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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Tema: PARPA O papel do FMI e do Banco Mundial

Nome de estudante: Adêncio do Rosário Geraldo


Código de estudante: 708215846

Curso: Lic. Em Ensino de Geografia

Disciplina: Geografia de Moçambique II

Ano de Frequência: 3º

Tutor: Queran Prabudaá Narandás Esmael

Pemba, Agosto de 2023

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bibliográfica
nacional e
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internacionais
relevantes na área
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dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
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Aspectos
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gerais
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Referências 6ª edição em das
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Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 5

1.O caso do Plano de Acção para a Redução da pobreza Absoluta (PARPA) ................. 6

1.2.Conceito de Pobreza ................................................................................................... 6

1.2.PARPA O papel do FMI e do Banco Mundial ........................................................... 8

1.2.1.Potencialidade e Constrangimentos do PARPA ...................................................... 9

1.2.1.Potencialidades ...................................................................................................... 10

1.2.2.Constrangimentos .................................................................................................. 10

1.3.As Ações do FMI e do Banco Mundial no Âmbito das Politicas param a Redução da
Pobreza ........................................................................................................................... 11

1.4.Influencia no Paradigma da Agricultura para PARPA ............................................. 12

Conclusão ....................................................................................................................... 14

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 15

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Introdução

O presente trabalho tem como tema: PARPA O papel do FMI e do Banco Mundial. O
PARPA (Programa de Ação para a Redução da Pobreza Absoluta) é um programa
estratégico adotado por muitos países em desenvolvimento para combater a pobreza
extrema e promover o desenvolvimento econômico e social. O objetivo principal do
PARPA é criar um ambiente propício para reduzir a pobreza absoluta e melhorar as
condições de vida da população. Nesse contexto, o Fundo Monetário Internacional
(FMI) e o Banco Mundial desempenham um papel crucial na implementação e
acompanhamento do PARPA. O FMI, como instituição financeira internacional, tem
como objetivo promover a estabilidade monetária e financeira global, bem como apoiar
o desenvolvimento econômico dos países-membros. O Banco Mundial, por sua vez, é
uma instituição voltada para o desenvolvimento que visa reduzir a pobreza e promover
o crescimento sustentável por meio de investimentos em projetos e programas.

No entanto, o papel do FMI e do Banco Mundial no PARPA tem sido objeto de debates
e críticas. Alguns argumentam que essas instituições impõem políticas econômicas
restritivas e medidas de ajuste estrutural que podem desfavorecer os mais pobres e
aprofundar as desigualdades. Objectivos:

Gerais

PARPA O papel do FMI e do Banco Mundial.

Específicos

 Identificar as potencialidades e constrangimentos do PARPA


 Apontar as ações do FMI e do Banco Mundial no Âmbito das Politicas para a
redução da pobreza e Mostrar como influenciou no Paradigma da Agricultura.

Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foram utilizados os procedimentos


metodológicos de revisão bibliográfica do módulo da disciplina Aplicações de
Microcomputadores Curso de Geografia de Moçambique II da UCM e os autores as
obras consultadas estão citadas, dentro do trabalho este estruturado como rege as regras
de trabalho científico contendo Índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e
Bibliografia.

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1.O caso do Plano de Acção para a Redução da pobreza Absoluta (PARPA)

Desde a sua ascendência a independência, na década setenta, que a República de


Moçambique passou por desafios extraordinários. A sua experiência colonial não
deixou os seus cidadãos suficientemente preparados para assumirem o comando do país
e tornou imperioso o recurso a cooperação internacional. Aliado a isto enfrentou, logo a
seguir, uma guerra civil que durou 16 anos e teve consequências sociais e económicas
bem descritas em muitas obras sobre o assunto. Como exemplo dessas consequências
negativas pode se apontar, segundo a avaliação nacional da pobreza de 1996/7, o facto
de no ultimo período, acima descrito, 69,4% da população ter vivido abaixo da linha de
pobreza (definida pelo consumo de alimentos equivalente a 2.150 calorias por dia
acrescido de uma pequena soma de gastos em viveres essenciais não alimentícios).

1.2.Conceito de Pobreza

Em Moçambique pobreza é “incapacidade dos indivíduos de assegurar para si e os seus


dependentes um conjunto de condições básicas mínimas para a sua subsistência e bem-
estar, segundo as normas da sociedade 4 ”.

Outras definições: pobreza “Falta de rendimentos necessários para satisfazer


necessidades alimentares básicas, ou requerimentos calóricos mínimos” (Pobreza
Absoluta ou Extrema, em termos de rendimento); “Falta de rendimento suficiente para
satisfazer necessidades alimentares a não alimentares essenciais, de acordo com o
rendimento médio do país (Pobreza Relativa); “Falta de capacidades humanas básicas,
como analfabetismo, má nutrição, esperança de vida reduzida, saúde materna fraca,
incidência de doenças preveníveis, com medidas indirectas tais como acesso à bens,
serviços e infra-estruturas necessárias para atingir capacidades humanas básicas –
saneamento, água potável, educação, comunicações, energia, etc. – (Pobreza Humana)

A pobreza em Moçambique também foi/ é fruto de factos como os de, no decurso da


terceira década de desenvolvimento, a chamada década perdida para o desenvolvimento,
Moçambique ter estabelecido a década de vitória contra o subdesenvolvimento e,
simultaneamente, aderido aos programas de estabilização e de ajustamento estrutural do
FMI e do BM respectivamente, em resposta ao facto de aquando da proclamação da
independência nacional em 1975, o stock total da divida externa do país ter sido de
cerca de 100 milhões de USD perante um saldo de reservas internacionais de cerca de

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500 milhões de USD o que lhe permitia ter uma divida sustentável a todos os níveis
(FMI citado em Navalha, 2002), mas, já depois de 1979 ter começado a acumular
elevados montantes de passivos externos que em 1984 já correspondiam a 2.4 biliões de
USD, valor correspondente à cerca de 10 vezes o total das receitas das exportações de
bens e serviços e 50% do PIB (FMI, 2000 citado em Navalha, 2002).

Por essa razão e, para a concretização do nosso objectivo, importa referir que, em
termos macroeconômicos, foram apontados pelo Plano de acção para a Redução da
Pobreza, como determinantes principais da pobreza:

 o crescimento lento da economia até ao começo da década noventa; _o fraco


nível educacional dos membros do agregado familiar em idade economicamente
activa, com destaque para as mulheres;
 as elevadas taxas de dependência nos agregados familiares;
 a baixa produtividade na agricultura familiar;
 a falta de oportunidades de emprego dentro e fora do sector agrícola e;
 o fraco desenvolvimento de infraestruturas, em particular nas zonas rurais.

Partindo deste contexto é fácil afirmar que o governo de Moçambique preocupa-se com
a pobreza já há décadas. Nos anos 1990 a redução da pobreza foi parte do processo de
reconciliação nacional, em 1995 foi formulada a primeira estratégia nacional de redução
da pobreza bem como instituída a primeira unidade que se dedicou à pobreza no
Ministério de Plano e Finanças e realizou a primeira avaliação da pobreza em
Moçambique.

Em 1999 estabeleceu-se uma estrutura política para a erradicação da pobreza e um


plano de acção para a erradicação da pobreza absoluta que mais tarde foi incorporada na
estratégia interina de erradicação da pobreza que foi submetida ao IDA e ao FMI em
2000.

O desenvolvimento deste PARPA interino (2000_2004) resultou mais tarde no PARPA


completo (2001- 2005) contendo já um diagnóstico da pobreza, priorização crescente de
programas sectoriais, alargada priorização de políticas macroeconômicas, nova
priorização da área de boa governação, e um plano financeiro ligado a estruturas de
despesas a médio prazo. O Referido PARPA completo foi disseminado junto aos
doadores, sociedade civil e sector privado.

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O PARPA é avisão estratégica para a redução da pobreza da República de Moçambique
e visa estabelecer os objectivos gerais e as principais acções a serem desenvolvidas na
elaboração de planos orçamentais, programas e políticas de médio prazo e anuais do
Governo.

É também de conhecimento geral que na elaboração do PARPA desenvolveu-se um


processo de consultas com segmentos e actores sectoriais relevantes fora da
administração pública bem como a participação da sociedade civil e de financiadores
externos.

Em termos de tempo de duração o PARPA foi definido como sendo de médio prazo na
perspectiva de que o objectivo redução da pobreza absoluta não se altera, mas os
instrumentos, políticas e metas podem se alterar à medida que se dominarem melhor as
variáveis em causa.

O seu objectivo central é reduzir a pobreza absoluta em Moçambique empoderando as


pessoas para realizarem as suas capacidades, sobretudo, as mais desfavorecidas. De
forma especifica o PARPA visa reduzir a incidência da pobreza absoluta do nível de
cerca de 70 por cento em 1997 para menos de 60 por cento em 2005, e menos de 50 por
cento até finais da primeira década de 2000.

1.2.PARPA O papel do FMI e do Banco Mundial

O FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial são instituições financeiras


internacionais que desempenham um papel importante na economia global.

O FMI é responsável por promover a estabilidade financeira e a cooperação monetária


internacional. Ele fornece empréstimos de curto prazo e assistência técnica para países
que enfrentam crises financeiras e dificuldades econômicas. Antes de conceder um
empréstimo, o FMI exigirá que o país receptor implemente reformas econômicas e
políticas para corrigir desequilíbrios e promover a estabilidade.

O Banco Mundial, por sua vez, tem como objetivo reduzir a pobreza e promover o
desenvolvimento sustentável. Ele fornece empréstimos de longo prazo e assistência
técnica para projetos de desenvolvimento em áreas como infraestrutura, saúde, educação
e agricultura. Além disso, o Banco Mundial trabalha para fortalecer as instituições
governamentais, melhorar a governança e promover o comércio internacional.

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Ambas as instituições têm seus críticos. Alguns afirmam que as políticas do FMI e do
Banco Mundial podem ser excessivamente rígidas e não levar em consideração as
realidades e necessidades específicas dos países em desenvolvimento. Por outro lado,
defensores argumentam que essas instituições desempenham um papel importante na
estabilização econômica e no desenvolvimento de países em todo o mundo.

No geral, o FMI e o Banco Mundial desempenham um papel fundamental na


governança econômica global e no apoio ao desenvolvimento sustentável. No entanto, é
fundamental garantir que as políticas e programas sejam adaptados às necessidades e
capacidades dos países em desenvolvimento para que sejam eficazes e promovam o
bem-estar econômico e social.

1.2.1.Potencialidade e Constrangimentos do PARPA

A potencialidade refere-se às capacidades, recursos e oportunidades existentes que


podem ser aproveitados ou desenvolvidos para alcançar um determinado objetivo. No
contexto agrícola, as potencialidades podem incluir a disponibilidade de terras aráveis,
recursos hídricos, clima favorável para o cultivo de certas culturas, acesso a mercados,
mão de obra qualificada, tecnologia e infraestrutura adequada. Identificar e capitalizar
essas potencialidades é fundamental para maximizar o potencial de desenvolvimento
agrícola de uma região ou país.

Por outro lado, os constrangimentos são obstáculos ou limitações que podem dificultar
ou impedir o desenvolvimento agrícola. Esses constrangimentos podem estar
relacionados à falta de acesso a recursos, como terras, água e crédito, à falta de
infraestrutura adequada, como estradas e sistemas de irrigação, à falta de conhecimento
e capacitação dos agricultores, aos impactos das mudanças climáticas, a questões de
segurança alimentar, à instabilidade política ou a conflitos violentos, entre outros.

Identificar e superar os constrangimentos é fundamental para promover o


desenvolvimento agrícola sustentável. Isso envolve investir em infraestrutura, fornecer
acesso a recursos, capacitar os agricultores, desenvolver políticas adequadas, promover
a estabilidade política e buscar soluções para os desafios causados pelas mudanças
climáticas e pela segurança alimentar.

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É importante destacar que as potencialidades e constrangimentos podem variar de
acordo com a região ou país, sendo essencial realizar uma análise específica para cada
contexto agrícola.

Para Bird, G., & Rowlands, D. (eds.) (2020). O Programa de Apoio aos Pequenos
Agricultores (PARPA) é um programa governamental que visa promover o
desenvolvimento e modernização da agricultura familiar em Moçambique. Para
identificar as potencialidades e constrangimentos deste programa, é importante
considerar os seguintes aspectos:

1.2.1.Potencialidades

 Fortalecimento da agricultura familiar: O PARPA busca promover a agricultura


familiar como um setor fundamental para o desenvolvimento do país,
reconhecendo o seu potencial para impulsionar a economia local e reduzir a
pobreza. Isso pode trazer benefícios socioeconômicos para as comunidades
rurais.
 Acesso a crédito rural: O programa prevê a disponibilização de crédito para os
agricultores familiares, com condições financeiras favoráveis, permitindo que
eles tenham acesso a recursos financeiros para investir em suas atividades
agrícolas. Isso pode ajudar a impulsionar a produção e a produtividade no setor.
 Melhoria da infraestrutura agrícola: O programa também prevê investimentos
em infraestrutura agrícola, como construção de estradas, sistemas de irrigação e
armazenamento, que são essenciais para melhorar o acesso aos mercados e
reduzir as perdas pós-colheita. Isso pode contribuir para o desenvolvimento
sustentável da agricultura familiar.

1.2.2.Constrangimentos

Limitações de recursos financeiros: Um dos principais constrangimentos


enfrentados pelo PARPA é a disponibilidade limitada de recursos financeiros
para implementar suas ações. Isso pode dificultar a ampliação do programa e a
abrangência das intervenções junto aos agricultores familiares.
Fragilidades institucionais: O programa depende da capacidade institucional das
entidades envolvidas na sua implementação, como ministérios, instituições

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financeiras e organizações de agricultores. Fragilidades nessas instituições
podem comprometer a eficácia e eficiência do programa.
Mudanças climáticas e vulnerabilidade ao clima: A agricultura familiar é
altamente vulnerável às mudanças climáticas, o que pode impactar
negativamente sua produção e produtividade. O PARPA precisa enfrentar esse
desafio, incorporando práticas de adaptação e mitigação das mudanças
climáticas em suas ações.
Desigualdades de gênero e acesso à terra: A agricultura familiar em
Moçambique é afetada por desigualdades de gênero e dificuldades de acesso à
terra. O PARPA precisa abordar essas questões, promovendo a igualdade de
gênero no acesso a recursos e garantindo a segurança da posse da terra para os
agricultores familiares.

o PARPA possui potencialidades importantes, como o fortalecimento da agricultura


familiar, acesso ao crédito e melhoria da infraestrutura agrícola. No entanto, também
enfrenta constrangimentos financeiros, institucionais e relacionados às mudanças
climáticas e desigualdades de gênero.

1.3.As Ações do FMI e do Banco Mundial no Âmbito das Politicas param a


Redução da Pobreza

Segundo Pereira, M. (2008) O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco


Mundial têm atuado no âmbito das políticas para a redução da pobreza por meio de
várias ações. Essas instituições têm como objetivo promover o desenvolvimento
econômico e a estabilidade financeira dos países membros, incluindo a redução da
pobreza. A seguir, são apresentadas algumas das principais ações realizadas pelo FMI e
pelo Banco Mundial nesse sentido:

1. Programas de empréstimos condicionados: O FMI e o Banco Mundial fornecem


empréstimos aos países em desenvolvimento, condicionados à implementação de
reformas econômicas para promover o crescimento econômico e a redução da pobreza.
Essas condições podem incluir a adoção de políticas fiscais responsáveis, a melhoria do
ambiente de negócios, a promoção do comércio internacional e a melhoria da
governança.

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2. Assessoria técnica: Além dos empréstimos, o FMI e o Banco Mundial também
fornecem assessoria técnica aos países membros. Isso inclui a análise da situação
econômica e social dos países, a formulação de políticas econômicas adequadas e a
capacitação de funcionários públicos.

3. Incentivo ao investimento e à assistência técnica: O Banco Mundial promove o


investimento em projetos de desenvolvimento que visam melhorar as condições de vida
das populações mais pobres. Isso inclui o financiamento de projetos de infraestrutura,
educação, saúde, agricultura, entre outros. Além disso, o Banco Mundial fornece
assistência técnica para apoiar a elaboração e implementação desses projetos.

4. Monitoramento e avaliação: Tanto o FMI quanto o Banco Mundial realizam


monitoramento e avaliação das políticas e programas implementados pelos países
membros, com o objetivo de avaliar a eficácia e o impacto na redução da pobreza. Isso
permite que ajustes sejam feitos para melhorar a efetividade das políticas adotadas.

No entanto, é importante ressaltar que a eficácia dessas ações e a sua capacidade de


reduzir efetivamente a pobreza têm sido objeto de debates e críticas. Alguns
argumentam que essas instituições podem impor políticas de ajuste estrutural que
causam impactos negativos sobre os mais pobres. Portanto, é fundamental um constante
diálogo e revisão dessas políticas para garantir que elas sejam verdadeiramente eficazes
na redução da pobreza.

1.4.Influencia no Paradigma da Agricultura para PARPA

O Programa de Apoio à Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) foi implementado em


Moçambique como uma estratégia para reduzir a pobreza no país, com foco especial na
promoção do desenvolvimento agrícola. O PARPA desempenhou um papel
significativo na transformação do paradigma da agricultura em Moçambique, passando
de um modelo de subsistência para um modelo de agricultura comercial e de mercado.

a) Investimento na agricultura: O PARPA direcionou recursos significativos


para o setor agrícola, com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola e
gerar renda para os agricultores. Esses investimentos incluíram o fornecimento
de insumos agrícolas, o desenvolvimento de infraestrutura rural, a capacitação
dos agricultores e a promoção de práticas agrícolas modernas.

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b) Promoção da agricultura empresarial: O PARPA incentivou a transição da
agricultura de subsistência para a agricultura empresarial, com ênfase na
produção de culturas de alto valor comercial e na participação dos agricultores
nos mercados locais e internacionais. Isso foi feito por meio do fornecimento de
assistência técnica e financeira, bem como da criação de parcerias entre os
agricultores e os setores público e privado.
c) . Melhoria da infraestrutura rural: Um dos principais objetivos do PARPA
foi melhorar a infraestrutura rural, incluindo estradas, sistemas de irrigação e
armazenamento de alimentos. Essas melhorias facilitaram o acesso dos
agricultores aos mercados, reduziram as perdas pós-colheita e promoveram a
comercialização dos produtos agrícolas.
d) Fortalecimento das instituições agrícolas: O PARPA buscou fortalecer as
instituições agrícolas, como os Ministérios da Agricultura e de
Desenvolvimento Rural, para melhorar a coordenação e implementação das
políticas agrícolas. Além disso, foram estabelecidos mecanismos de consulta e
participação dos agricultores no processo de tomada de decisão, visando
garantir que suas necessidades e demandas sejam consideradas.

Essas ações, promovidas pelo PARPA, contribuíram para uma mudança significativa no
paradigma da agricultura em Moçambique, impulsionando o desenvolvimento de uma
agricultura mais moderna, comercial e voltada para o mercado. Isso resultou no
aumento da produtividade agrícola, na geração de empregos e na melhoria da renda dos
agricultores, contribuindo para a redução da pobreza no país.

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Conclusão

Chegado a fim do trabalho percebi que, o FMI e o Banco Mundial desempenham papéis
cruciais na economia global. O FMI trabalha para promover a estabilidade financeira e a
cooperação monetária, fornecendo assistência financeira a países em crise. O Banco
Mundial, por sua vez, busca reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento
sustentável, oferecendo empréstimos e assistência técnica para projetos de
desenvolvimento.

Embora essas instituições tenham sido elogiadas por seu papel na estabilização
econômica e no desenvolvimento, também enfrentam críticas. Alguns argumentam que
suas políticas podem ser rígidas demais e não levar em consideração as realidades e
necessidades específicas dos países em desenvolvimento.

Portanto, é importante que o FMI e o Banco Mundial sejam responsáveis e adaptáveis


nas políticas e programas que estabelecem, levando em consideração as necessidades e
capacidades dos países em desenvolvimento, a fim de promover efetivamente o bem-
estar econômico e social global.

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Referências Bibliográficas

Pereira, M. (2008). O Papel do Banco Mundial e do FMI no Desenvolvimento e


Redução da Pobreza: Uma Perspectiva Crítica. Revista de Ciências Sociais, 14(2), 297-
316.

Bird, G., & Rowlands, D. (eds.) (2020). The International Monetary Fund and the
World Bank: The Politics of Poverty Reduction. Routledge.

Söderling, L., & Reed, R. (eds.) (2000). The International Monetary Fund and the
World Bank in the Caribbean: Implications for Economic Development. Macmillan
Caribbean.

Woods, N. (2006). The Globalizers: The IMF, the World Bank, and Their Borrowers.
Cornell University Press.

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