O documento discute a reforma da educação em Moçambique desde a independência em 1975. A educação passou por três períodos: educação tradicional, educação colonial excludente, e educação pós-independência focada na unidade nacional. Após a independência, o sistema educacional foi reformulado várias vezes para lidar com os desafios econômicos e sociais do país, incluindo a introdução do Sistema Nacional de Educação em 1983 e reformas subsequentes.
O documento discute a reforma da educação em Moçambique desde a independência em 1975. A educação passou por três períodos: educação tradicional, educação colonial excludente, e educação pós-independência focada na unidade nacional. Após a independência, o sistema educacional foi reformulado várias vezes para lidar com os desafios econômicos e sociais do país, incluindo a introdução do Sistema Nacional de Educação em 1983 e reformas subsequentes.
O documento discute a reforma da educação em Moçambique desde a independência em 1975. A educação passou por três períodos: educação tradicional, educação colonial excludente, e educação pós-independência focada na unidade nacional. Após a independência, o sistema educacional foi reformulado várias vezes para lidar com os desafios econômicos e sociais do país, incluindo a introdução do Sistema Nacional de Educação em 1983 e reformas subsequentes.
O presente trabalho faz uma análise descritiva sobre a reforma da educação em
moçambique e o seu impacto , desde a independência nacional (1975) Moçambique tem teve o seu impacto de forma decisiva para a reforma da educação no ensino básico de 2004. Com a reforma da educação do ensino básico pretendeu-se que o ensino fosse relevante, um ensino que formasse cidadãos capazes de saber, saber ser, estar e conviver com os outros e saber fazer. Com esta forma de pensar o ensino, foram introduzidas novas disciplinas, foi restruturado o ensino básico em ciclos de aprendizagem, assim como foi introduzido um novo paradigma de avaliação dos alunos baseado na progressão por ciclos. Moçambique é um país situado no sul do continente Africano. Foi uma colónia portuguesa durante 500 anos e se tornou independente em 1975 depois de 10 anos de luta de libertação nacional encabeçada pela Frente de Libertação de Moçambique. A história de educação moçambicana subdivide-se em três principais períodos: educação tradicional, educação colonial e educação pós independência. Salienta-se que embora a educação tradicional se considere como um período, pelas suas características ela atravessa em todos os períodos na medida em que é uma manifestação da cultura autotene. Com uma população estimada em mais de 24 milhões de habitantes, moçambique passou desde a independência por diferentes cenários que obrigou a adaptar constantemente o seu sistema de educação.
Em termos históricos, a educação moçambicana é analisada em três grandes períodos:
educação antes do período colonial (predominantemente uma educação tradicional/autotene), educação no período colonial (caraterizada por ser excludente e exaltação dos conteúdos do colonizador) e educação pós-independência (caraterizada pela exaltação da unidade nacional e formação do homem novo). De salientar que as características e formas de educação do primeiro período, vão atravessando os restantes períodos.
Em 1983 foi introduzido no Moçambique independente o Sistema Nacional de
Educação (SNE) com a Lei 4/83 de 23 de Março. Depois de introduzido o SNE em 1983, a República de Moçambique foi experimentando vários cenários, de entre eles há que destacar: declínio do crescimento económico devido a destruição de infra-estruturas educacionais e sociais motivadas pela guerra de desestabilização (1977-1992); a entrada de Moçambique na economia de mercado (1986) entre vários cenários. Estes e outros factores fizeram com que houvesse a revogação da Lei 4/83, de modo a adequar o sistema educativo moçambicano à nova realidade social, política e económica.
Estruturalmente e nos termos da Lei 6/92, o Sistema Nacional de Educação
moçambicano compreende: o ensino pré-escolar (destinado a crianças até 6 anos), ensino escolar (primário, secundário e universitário) e ensino extra – escolar (que se realiza fóra do sistema regular de ensino). Interessa nesta nossa abordagem, o Ensino Geral especificamente o nível primário, aqui entendido como Ensino Básico. O nível primário é considerado no SNE como sendo aquele que “prepara os alunos para o acesso no ensino secundário e compreende as sete primeiras classes que são subdivididas em 2 graus”. (Lei 9/92, p. 9).
Segundo PACHECO (2001, p.150), entende-se por reforma educativa a “uma
transformação da política educativa de um país a nível de estratégias, objectivos e estratégias, objectivos e prioridades”. Esta transformação pode ser traduzida por conceitos como: inovação, renovação, mudança e melhoria tendo como um elemento comum a introdução de algo novo. Nessa óptica, a reforma curricular vai necessitar de uma estratégia planificada para a modificação de certos aspectos do sistema educativo de um país de acordo com um conjunto de necessidades, resultados específicos, meios e métodos adequados. Na óptica de MOREIRA (1999), a ideia de reforma associa-se a ideia de progresso ou mudança que pressupõe a introdução de novos programas, tecnologias e processos que gerem maiores eficiências, racionalidade e controle dos resultados. SACRISTAN (1997) citado por MOREIRA (1999, p.31), afirma que “reformar denota remoção e isso dá certa notoriedade perante a opinião pública e perante os docentes [….] cria-se a sensação de movimento, geram-se expectativas, o que parece provocar, por si mesmo, as mudanças se propõem reformas” Um dos aspectos que podemos tirar ilação desta reforma da educação em Moçambique, olhando no Ensino Básico é facto de ter sido desenhado de forma centralizada e vertical em que os conteúdos são apresentados de forma homogénea e central para todo o país, embora ao longo do plano curricular se privilegie a consideração dos aspectos locais. Ora, esta forma de conceber os curricula pode limitar a iniciativa do professor na operacionalização dos programas, uma vez que ele (professor) pode estar a pensar que a sua margem de “manobra” apenas se situa naqueles limites estabelecidos pelos programas ou pelo projecto curricular A reforma da Educação em Moçambique antes e depois da independência A educaçao em Mocambique no tempo Colonial O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequadas as circunstancias histórico-economicas e a conjuntura politica internacional. A formação do indigenia e a criação da figura jurídico-politico “ assimilado” impunham-se como necessidades de força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista. O sistema de educacao colonial organizou –se em dois subsistemas de ensino distintos: Ensino oficial- destinado aos filhos dos colonos ou assimilados; nas vilas e cidades e onde predominava o ensino oficial; Ensino rudimentar- reservado aquilo que chamavam “ indígenas”- os naturais. A maior parte do ensino primário rudimentar se desenvolvia nas zonas rurais (campo), em escolas das missoes, contraladas pela igreja. Uma das leis do governo colonial sobre e educaçao dizia o seguinte: “ o ensino primário rudimentar destina-se a civilizar os indígenas da colonia, difundindo entre eles a língua portuuesa e os costumes portugueses. No periodo colonial, a reforma da educaçao em Mocambique esteve virada para a consecução dos objectivos económicos, uso dos recursos humanos e naturais para a produção da riqueza que era canalizada para a metrópole. Com base em escritos legais coloniais, não fica clara a intenção do poder colonial promover uma educacao integral para os mocambicanos, nesse tempo a refomra da educacao em Mo