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Nome de estudante: Admira Evaristo Singano

Cadeira: Fundamentos de pedagogia

A Educação em Moçambique

A história da educação em Moçambique pode ser dividida em três etapas relevantes: a


educação pré-colonial, no período colonial e a educação pós-colonial.

A educação pre-colonial

Não seria possível abordar a educação revolucionária em Moçambique sem conhecer e


compreender os valores culturais do povo moçambicano veiculados através da chamada
educação tradicional ou educação anticolonial.

Característica da educação tradicional

 Ligação muito intima da educação com as realidades quotidiana da vida;

Educação no período colonial (1845 – 1974)

A educação neste período foi caracterizada pela dominação, alienação e cristianização. Foi o
período em que surgiu a primeira regulamentação do ensino nas colónias, período da
Monarquia em Portugal, a 2 de Abril de 1845. A 14 de Agosto do mesmo ano, foi
estabelecido um decreto que diferenciava o ensino nas colónias e na Metrópole e criava as
escolas públicas nas colónias.

Subsistemas de ensino do sistema de educação colonial

Um dos maiores marcos da educação colonial em Moçambique é a vigência de dois


subsistemas de ensino, nomeadamente:

 Ensino Oficial – para os filhos dos colonos ou assimilados;


 Ensino Rudimentar – para os chamados “indígenas”- os nativos.

Característica do Sistema colonial

Carácter discriminatório
 Estabelecimento de dois tipos de educação, um destinado à população negra e dirigido
pelas missões, e outro reservado às crianças brancas e aos assimilados, confiado ao
estado e às instituições privadas;

Carácter urbano da rede escolar

 As escolas oficiais localizavam-se nos centros urbanos e eram melhor equipadas,


enquanto que os postos escolares eram construídos em zonas rurais para a maioria da
população moçambicana.

Unidade entre a religião e o ensino

A organização, direcção e controlo do “ensino para indigenas” estavam confiadas aos


missionários;

 O processo de assimilação e aculturação dos moçambicanos era sobretudo feito


através da educação moral cristã. católica;

Carácter fictício da escolarização obrigatória

 A limitação dos ingressos na escola na base da idade, a existência de uma rede escolar
insuficiente e inadequada foram, entre outros, factores inibidores para uma melhor
oferta dos serviços educativos e maior acesso aos mesmos;

Carácter paternalista

 Complexo de superioridade do branco em relação ao “negro” era bem patente em


alguns livros de leitura em uso nas escolas primárias para indígenas;

A Educação nas Zonas Libertadas 1964 a 1974

Durante a Luta Armada de Libertação Nacional a FRELIMO sempre compreendeu a


importância  que a educação desempenhava para o avanço e sucesso da própria luta.
Enquadra-se, neste  âmbito, a criação em 1963 do Instituto de Moçambique, em Dar-es-
Salam, capital de Tanzania. 

Estrutura da Educação na s zonas libertadas

Educação Formal: Esta estava destinada a crianças e adolescentes que viviam nas zonas 
libertadas.  A alfabetização e Escolarização de Adultos: Esta era dada aos guerrilheiros que ,
por sua  vez, ensinavam as populações nas escolas, nos centros pilotos de preparação político
militar, centros de saúde e representações da FRELIMO nos países vizinhos.  A Formação de
Professores. Era ministrado em cursos nacionais e provinciais cuja  duração variava entre três
meses e um ano.

A educação no Governo de Transição (1974-1975)

Este período é consequência dos acontecimentos destacados nos anos anteriores. Por
exemplo, a fundação da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), em 1962,
permitiu o desencadeamento da luta armada para a libertação nacional, na sequência da qual,
com os Acordos de Lusaka em 1974, condicionou o surgimento do Governo de Transição.

A educação pós - Independência

Neste período, destacam-se como principais marcos: o surgimento da lei 4/83; da lei 6/92; e
da Lei 18/2028.

Educação antes do Sistema Nacional de Educação (1975–1982)

Neste período regista-se os seguinte facto:

 A nacionalização da educação a 24 de julho de 1975, e a consequente suspensão de


todas as formas do sistema do ensino colonial português;

Surgimento da Lei 4/83 (1983 – 1991

Em 1983, procedeu-se à introdução do Sistema Nacional de Educação (SNE), através da Lei


nº 4/83. Em 1990, é introduzida a Constituição da República, que possibilita a reabertura do
ensino particular em 1991 e o reajustamento da Lei do SNE.

Surgimento da Lei nº 6/92 (1992 – 2018

A lei nº 6/92 surgiu para reajustar a lei 4/83. Em 2004 é introduzido o Plano Curricular do
Ensino Básico, ora em vigor, em consequência da reforma do currículo escolar anterior (vide
REGEB 2008).

Surgimento da Lei nº 18/2018

Esta lei traz as seguintes alterações ao SNE: Introdução da educação pré-escolar; O ensino
primário em seis classes; o ensino bilingue como modalidade do ensino primário; o ensino
básico obrigatório gratuito de nove classes; o ensino secundário de seis classes.

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