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Faculdade de Administração e Gestão da Educação

Aprovisionamento da Educação

Licenciatura em Administração e Gestão da Educação

Sandra Joaquim Gouveia

Maxixe - 2022
UNIVERSIDADE SAVE DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO – MAXIXE
Faculdade de Administração e Gestão da Educação

Aprovisionamento da Educação

Trabalho de pesquisa inerente a cadeira de


Aprovisionamento da Educação a ser
apresentado ao departamento de Administração
e Gestão da Educação, para efeitos de
avaliação.
Docente: Pedro J. A. Maundza

Sandra Joaquim Gouveia

Maxixe - 2022
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos: ....................................................................................................................... 4
1.1.1.Geral: ............................................................................................................................. 4
1.1.2.Específicos: .................................................................................................................... 4
1.2.Metodologia ...................................................................................................................... 4
2. Conceito de aprovisionamento da educação e sua importância .......................................... 5
2.1. Noção e Objectivo do Aprovisionamento;....................................................................... 5
2.2. Função de Aprovisionamento .......................................................................................... 5
2.3. Importância do aprovisionamento ................................................................................... 6
2.4. Posição e estrutura do aprovisionamento na Educação; .................................................. 6
3. O aprovisionamento – O que significa numa gestão empresarial e Educacional ............... 8
3.1. Na gestão empresarial ...................................................................................................... 8
3.2. Na gestão Educacional ..................................................................................................... 8
3.3. Modalidades de gestão do aprovisionamento Educacional; ............................................ 9
3.3.1. Modelo de Gestão por Análise Estatística ou Modelo Push ......................................... 9
3.3.2. Modelo de Gestão por Encomenda ou Modelo Pull ..................................................... 9
3.3.2.1.A Gestão JIT ............................................................................................................. 10
3.3.3. Modelo Misto .............................................................................................................. 11
4. O aprovisionamento ao nível micro e macro .................................................................... 11
4.1. Nível Micro .................................................................................................................... 11
4.2. Nível Macro ................................................................................................................... 12
5. Conclusão.......................................................................................................................... 13
6. Bibliografia ....................................................................................................................... 14
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1. Introdução
Embora se confundam muitas vezes, compras e aprovisionamento não são sinónimos. Na
realidade, compras, refere-se a um conjunto de actuações iniciadas pela identificação de uma
necessidade e compreendem, normalmente a selecção de um ou mais fornecedores,
negociação de preço e de restantes condições de venda. Por outro lado, o aprovisionamento
pode ou não incluir a actuação de compra, de material e de encomenda dos stocks, na
recepção e armazenamento dos produtos. Actualmente, o aprovisionamento, com a sua
subcomponente compras, é considerado um sector fulcral da actividade comercial, sendo,
quase sempre, decisivo relativamente aos resultados finais, uma vez que é sempre fácil vender
bem o que foi comprado. As ligações funcionais do aprovisionamento com os outros
departamentos ou sectores da empresa, são variadas e, quando eficazes optimizam a
rentabilidade da empresa.
1.1. Objectivos:
1.1.1.Geral:
 Resumir conteúdos sobre Aprovisionamento da educação.
1.1.2.Específicos:
 Conceituar Aprovisionamento da educação e sua importância;
 Apresentar o significado do Aprovisionamento numa gestão empresarial e
Educacional;
 Falar sobre o Aprovisionamento no nível Macro e Micro.
1.2.Metodologia
Para a concretização do trabalho, não só se recorreu à consulta bibliográfica, porém, também
à compilação de conteúdos que de forma clara se mostraram relevantes para uma melhor
compreensão do mesmo. Citar-se-á no desenvolvimento e no final apresentar-se-á a
bibliografia.
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2. Conceito de aprovisionamento da educação e sua importância


2.1. Noção e Objectivo do Aprovisionamento
Aprovisionamento organizado pode definir-se como a função responsável pela aquisição de
equipamento, mercadorias e serviços para cada operação de produção; (ASSIS at all:1991)
A definição clássica dos objectivos do aprovisionamento, que se traduz na obtenção de
materiais de qualidade certa na quantidade certa, na forma certa, na fonte certa, para serem
entregues no sitio certo à hora certa demonstra que os objectivos dos aprovisionamentos são
fundamentalmente três:
 Segurança nos aprovisionamentos;
 Melhoria da relação qualidade/preço dos produtos;
 Optimização do nível de stocks.
A obtenção de todos os certos contidos na definição anterior pode revelar-se de difícil
exequibilidade. Por exemplo, o preço certo (mais baixo) pode não ser o da fonte certa (prazo
qualidade). Deve ser, por isso, assegurada uma solução de compromisso entre os objectivos
parcelares enunciados.(Idem)
Actualmente, o aprovisionamento, com a sua subcomponente compras, é considerado um
sector fulcral da actividade comercial, sendo, quase sempre, decisivo relativamente aos
resultados finais, uma vez que é sempre fácil vender bem o que foi comprado. As ligações
funcionais do aprovisionamento com os outros departamentos ou sectores da empresa, são
variadas e, quando eficazes optimizam a rentabilidade da empresa. (HESKET:1973)

2.2. Função de Aprovisionamento


A função aprovisionamento passa a integrar funções prospectivas e não mero
acompanhamento de compras, passando de uma situação clara de curto prazo para uma
actuação de médio e longo prazo. A função aprovisionamento intensifica-se, estando ao nível
de qualquer departamento funcional da organização, através de:
 Pesquisa e selecção sistemática de fornecedores;
 Autonomia para encomendar quantidades diferentes das necessidades expressas;
 Participação na concepção de produtos e definição dos processos de produção;
 Participação na definição da política geral da empresa.(Idem)
A função aprovisionamento evoluiu ainda para aquilo a que se denomina gestão dos fluxos
físicos. Esta gestão permite retirar a actuação passiva da função (soberania da produção)
integrando-a com a produção e coordenando-a com um conjunto de actividades, resultando
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dai melhores e mais planificadas decisões de aprovisionamento. A função passou então a


integrar as seguintes responsabilidades:
 gestão de compras;
 Controlo da produção (Planificação geral da produção);
 Concepção e gestão de sistemas de stocks a todos os níveis do processo de uma forma
coordenada (matérias, produtos em curso acabados);
 Armazenamento e gestão física dos stocks;
 Transporte, recepção e expedição;
 Liquidação de excedentes (matérias e produtos)
A função aprovisionamento compreende o conjunto de operações que permitem pôr à
disposição da empresa em tempo oportuno, na quantidade e na qualidade definidas, todos os
recursos materiais e serviços necessários ao seu funcionamento, ao menor custo.
Para alem das actividades de selecção e qualificação de fornecedores, de negociação, d
contrataco e de compra de recursos materiais e serviços, de gestão de stocks, a função
aprovisionamento ainda inclui nas suas atribuições: a recepção de matérias, a armazenagem,
o aviamento de requisições e o envio/transporte de materiais para estaleiros onde decorrem
obras ou a expedição para subempreiteiros. (Idem)

2.3. Importância do aprovisionamento


Do exposto pode deduzir-se a importância da função aprovisionamento não apenas pelo valor
do capital aplicado em stocks, mas pela importância estratégica desta função. Uma boa gestão
da função aprovisionamento pode ser fonte de vantagem competitiva para a organização, na
medida em que contribui para:
 Gerar diferenciação face à concorrência, através de uma selecção criteriosa de
fornecedores qualificados que assegurem a qualidade dos fornecimentos e serviços
prestados;
 Reduzir os custos e os prazos de entrega dos produtos (bens tangíveis e serviços)
fornecidos através de contratação adequada, de gestão económica dos stocks, de
armazenagem e expedição convenientes.( ZERMATI:1986)

2.4. Posição e estrutura do aprovisionamento na Educação;


O posicionamento do aprovisionamento na estrutura da empresa, depende das
responsabilidades que estejam acometidas à função:
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 Função superior ou de direcção (quadros superiores);


 Função administrativa intermédia (quadros intermédios);
 Procedimento de rotina no escritório (administrativos).
Em função da importância e peso do aprovisionamento, a organização interna do
departamento poderá obrigar a criação de subdivisões, sendo os seguintes os critérios mais
comuns para a sua contribuição; por produtos; por estádio de produção; por localização de
unidades de produção ou por cliente.( JESUÍNO:1977)

Na estrutura organizacional exemplificada acima repartem-se as atribuições da função


aprovisionamento, do modo seguinte:
 A Programação estabelece as ligações ao Planeamento Geral de Operações e
disponibiliza informação relativa a quantidades necessárias e prazos, aos outros órgãos
do Departamento de Aprovisionamentos;
 A Contratação pesquisa o mercado, avalia e selecciona os fornecedores, com quem
estabelece contractos de fornecimento, após negociação;
 A Gestão de Materiais determina quanto e quando encomendar (gestão económica) e
mantém actualizado o inventário (gestão administrativa de stocks);
 As Compras processam as encomendas e asseguram o cumprimento dos contractos
com os fornecedores;
 A Recepção e Armazenagem asseguram a gestão e organização material dos stocks.
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Nas empresas de maior dimensão estas atribuições repartem-se por diferentes órgãos da
estrutura, mas nas pequenas empresas é frequente encontrar estas atribuições concentradas em
duas ou três pessoas, assumindo frequentemente o empresário ou o gerente algumas delas.

3. O aprovisionamento – O que significa numa gestão empresarial e Educacional


3.1. Na gestão empresarial
o aprovisionamento é um processo que abrange vários aspectos na relação entre fornecedores
e empresa, constituindo um conjunto de actos de administração e negociação do
estabelecimento da empresa logística. Tal abastecimento envolve matérias-primas,
componentes de produção sobressalentes. Módulos, produtos acabados e semiacabados,
transporte, linhas de montagem e armazéns. (ZERMATI:1986)

3.2. Na gestão Educacional


O departamento de aprovisionamento teria uma equipe de pessoas para realizar as tarefas de
compra como:
 Produzir ordens de compra;
 Planejar e receber materiais;
 Seleccionar fornecedores;
 Negociação de termos;
 Pagamento de contas;
 Desenvolvimento de contractos.(Idem)
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3.3. Modalidades de gestão do aprovisionamento Educacional;


3.3.1. Modelo de Gestão por Análise Estatística ou Modelo Push
De acordo com (VELUDO:2004), Este modelo conduz ao cálculo de lotes económicos de
fabricação de produtos e de quantidades económicas de encomenda dos materiais necessários,
baseado em previsões de consumos.
O modelo visa assegurar os menores custos de produção e de aprovisionamento, mas pode
implicar uma acumulação de stocks (de materiais consumíveis e de produtos acabados), com
consequências no agravamento do custo de posse.
Neste modelo de gestão, as previsões de consumos são calculadas a partir da análise
estatística de dados históricos ou anterioridades e o cálculo das necessidades logísticas são
independentes. Este modelo pode aplicar-se quando:
 A procura é uniforme;
 O contexto ou ambiente externo (macro e microambiente) é relativamente estável;
 A especificação do(s) produto(s) está bem definida e estabilizada;
 A podução é contínua (flow production) ou por lotes (batch production).
Exemplo: O modelo de gestão por análise estatística pode aplicar-se na produção de bens de
grande consumo corrente, tais como:
 Massas alimentícias;
 Bolachas;
 Iogurtes;
 Detergentes. O modelo é designado de push, na medida em que a empresa após a
produção, “empurra” o produto para o mercado, através de técnicas de venda.

3.3.2. Modelo de Gestão por Encomenda ou Modelo Pull


Este modelo de gestão é oposto ao anterior, na medida em que as quantidades a produzir
resultam de encomendas firmes de clientes ou de contractos. Em termos económicos, este
modelo tem vantagens sobre o modelo push, porque se a produção e a distribuição de
produtos forem realizadas de acordo com a procura real, gera-se um nível mais baixo de
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existências, stocks de segurança reduzidos ou mesmo nulos, o que influencia favoravelmente


o custo de posse, isto é, este diminui. Contudo, os custos de distribuição podem subir.
Este modelo pode aplicar-se quando:
 A especificação do(s) produto(s) está bem definida, embora adaptada à exigência
específica do cliente;
 A produção é por encomenda (job production). proporção de mais fretes com menos
capacidade utilizada. Neste modelo o cálculo das necessidades logísticas são
dependentes.
Exemplo: O modelo de gestão por encomenda pode aplicar-se na produção de bens de
equipamento, tais como:
 Equipamento de movimentação (Exemplo: Duas pontes rolantes industriais para
cliente X);
 Equipamento de carga e transporte (Exemplo: Um camião pesado do modelo M para
cliente Y). O modelo é designado de pull, na medida em que é a encomenda do cliente
que “puxa” a produção, isto é, o produto só é fabricado depois de encomendado pelo
cliente. (VELUDO:2004)

O modelo pull está frequentemente integrado numa filosofia de gestão global Just-In-Time
(JIT).
3.3.2.1.A Gestão JIT
Uma empresa pode adoptar os princípios da filosofia JIT desenvolvida, na década de 60, no
Japão pelo hoje lendário Taiichi Ohnawas.
JIT3 (Just-In-Time) é uma filosofia de gestão global, centrada no mercado, cujo princípio
fundamental é "produzir quando e apenas o que o cliente necessita ou deseja e aprovisionar
quando e apenas o necessário e suficiente para garantir aquela produção”. A gestão JIT
propõe-se alcançar os 6 objectivos seguintes:
 Zero existências em armazém;
 Zero defeitos durante a fabricação;
 Zero avarias dos equipamentos em produção;
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 Zero acidentes com o pessoal;


 Zero atrasos e prazos curtos;
 Zero papel em circulação; e tem-se mostrado geradora de competitividade.
A aplicação da filosofia JIT não exige produção repetitiva, nem dimensão mínima da
empresa, nem investimento excessivamente elevado em novas tecnologias, mas uma "atitude
económica". (Idem)

3.3.3. Modelo Misto


O modelo misto também designado modelo de gestão MRP (Material Requirements Planning)
foi desenvolvido, na década de 60, nos EUA e considera-se misto porque recorre ao cálculo
de necessidades logísticas independentes para um horizonte temporal de médio prazo e de
necessidades dependentes para um horizonte de curto prazo. Como vimos:
 Cálculo de necessidades independentes é um modelo de base estatística, que
estabelece previsões de procura e de consumo (produtos acabados e materiais
consumíveis) a partir da informação histórica (análise estatística de anterioridade);
 Cálculo de necessidades dependentes é um modelo que permite calcular as
necessidades de materiais consumíveis a partir das nomenclaturas dos produtos
encomendados. (Idem)

4. O aprovisionamento ao nível micro e macro


4.1. Nível Micro
Micro refere-se a moverem unidades individuais levando a que cada uma das vossas unidades
ou grupo de unidades atinge seu potencial máximo.
 É fazer com que cada vil recolha o máximo de recursos da forma mais rápida e
eficiente possível (ter cuidado na colocação dos Miningcamps);
 Não deixar os vils ficarem sem fazer nada e deixa-los morrer (um vil parado ou morto
não recolhe recursos);
 Abusar das contra unidades para vossa vantagem (usar um ou dois Spearmen no vosso
exército Feudal para protegerem os skirmishers dos Scouts);
 Fazer com que cada unidade militar cause o máximo de dano possível, minimizando o
dano que leva (usando as elevações de terreno por exemplo). (CARVALHO:2012)
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4.2. Nível Macro


Bem, é o oposto da Micro. Será qualquer acção que beneficie o jogador a longo prazo a
atingir o seu objectivo final. Será manter a atenção na economia e em manobras estratégicas
em larga escala. Um exemplo de uma visão “Macroscópica” será expandir a vossa base ou
tomar controlo do mapa. Macro Gestão está para a Micro como a estratégia está para a
táctica. Com uma boa Macro terão sempre muitos recursos e um bom exército. Aqui estão
alguns exemplos:
 Equilibrar a economia para produzir mais comida do que os outros recursos;
 Definir uma posição estratégica para colocar um castelo e assim obter protecção
durante a pesquisa da imperial Age;
 Fechar a vossa economia agrícola para evitar ser invadida e terem um fluxo constante
de comida e assim poderem ser vocês a invadir o inimigo;
 Planejar como construir e murar o mapa para não serem devastados pelo inimigo.
(Idem)
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5. Conclusão
A função Aprovisionamento compreende as operações que permitem disponibilizar em tempo
oportuno, na quantidade e qualidade pré-definidas, todos os recursos materiais e serviços
provenientes do exterior da organização e necessários ao seu funcionamento, ao menor custo.
Depois de descrito o âmbito da função aprovisionamento e justificada a respectiva
importância, foram apresentadas alternativas de posicionamento do Departamento de
Aprovisionamentos na estrutura organizacional da empresa, como órgão autónomo na
dependência da Direcção Geral ou integrado num Departamento de Logística.
Relativamente aos modelos de gestão de aprovisionamento foram caracterizados os seguintes:
• Modelo push de gestão por análise estatística, que calcula necessidades logísticas
independentes; • Modelo pull de gestão por encomenda, que calcula necessidades logísticas
dependentes, e está normalmente integrado numa filosofia de gestão global JIT; • Modelo
misto de gestão MRP, que recorre ao cálculo de necessidades logísticas independentes, para
horizontes temporais de médio prazo, e de necessidades dependentes para horizontes de curto
prazo.
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6. Bibliografia
1. ASSIS, Rui, FIGUEIRA, Mário. Microstock – Apoio à decisão em Gestão Economica de
Stocks. Lisboa, IAPMEI, 1991.
2. CARVALHO, José Crespo de.Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento. Lisboa,
Edições Sílabo, 2012.
3. HESKET, James L. Sweeping Changes in Distribuition. Harvard Business Review. Mar –
Apr., 1973.
4. JESUÍNO, Jorge Correi.A Negociação: Estratégias e Tácticas. Lisboa, textoeditora, 1977.
5. VELUDO, Manuel Vilhena. Introdução ao Aprovisionamento e Gestão de Stocks. Lisboa,
2004.
6. ZERMATI, Pierre. A gestão de Stocks. Lisboa, Editorial Presença, 1986.

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