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Cláudia Bento Bachita

Curso de Licenciatura em Ensino Básico

2º Ano

Relatório de Praticas Pedagógicas 1

Universidade Save

Chongoene
Junho de 2022

Cláudia Bento Bachita


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Curso de Licenciatura em Ensino Básico

Relatório de Praticas Pedagógicas 1

Relatório a ser submetido no departamento


de Ciências de Educação, para efeito de
avaliação na cadeira PP1, sob orientação
da Msc Rui Sousa

Universidade Save

Chongoene
Junho de 2022
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Índice
Abreviaturas e siglas utilizadas...................................................................................................................4
Agradecimentos...........................................................................................................................................5
Resumo........................................................................................................................................................6
1 Introdução.................................................................................................................................................7
1.1.Objectivos..............................................................................................................................................8
1.1.1.Objectivo Geral..................................................................................................................................8
1.1.2.Objectivos Específicos........................................................................................................................8
1.2.Metodologia de pesquisa.......................................................................................................................8
1.2.1.Pesquisa bibliográfica.........................................................................................................................9
1.3.Revisão da Literatura.............................................................................................................................9
1.3.1.Definição de conceitos básicos...........................................................................................................9
2.0.Planificação e execução de micro aulas...............................................................................................10
3.0.Reflexão das micro aulas assistidas.....................................................................................................12
3.1.O papel do professor no processo ensino/aprendizagem......................................................................13
3.2.Observação de micro aulas ( actividade do professor e aluno na sala de aulas)...................................14
4.0.Seminarios...........................................................................................................................................16
4.1.Praticas Pedagógicas............................................................................................................................16
4.1.1.Competências de PP1.......................................................................................................................16
4.1.2.Objectivos da PP1 do ensino básico.................................................................................................16
4.2.Micro ensino........................................................................................................................................17
4.3.O micro aulas.......................................................................................................................................17
4.4.Aula ideal e centrada no estudante.......................................................................................................17
5.0.Conclusão............................................................................................................................................19
6.0.Referências bibliográficas...................................................................................................................20
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Abreviaturas e siglas utilizadas


Abreviatura/ Sigla Significado
PEA Processo de Ensino Aprendizagem
PP1 Pratica Pedagógica 1
UNISAVE Universidade Save
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Agradecimentos
O espaço reduzido desta secção de agradecimentos, certamente, não me deixará agradecer, como
deveria, a todas as pessoas que directa ou indirectamente me ajudaram a para a materialização do
presente relatório.

A Deus, pelos dons da vida e sabedoria; obrigado, Senhor, pela resiliência que me concedeu ao
longo de mais uma jornada académica.

Ao Msc Rui Sousa, pela sua sábia orientação, paciência constante, pronta disponibilidade e
apoio, sem os quais não seria possível elaborar este trabalho. Não há palavras suficientes para
exprimir a minha profunda gratidão; expresso-lhes o meu reconhecimento indelevelmente
marcante.

Às minhas colegas de faculdade, pois sem elas o percurso académico teria sido em vão. Obrigada
pela vossa ajuda, companheirismo e algumas pela vossa amizade, pois por tudo isto e mais
alguns factores permitiram a concretização deste relatório.

Aos meus filhos, por serem as minhas maiores fontes de inspiração.


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Resumo
O presente relatório enquadra-se no âmbito da cadeira de PP1 ministrada no curso de licenciatura Ensino Básico,
pela UNISAVE. Este relatório visa compreender as actividades desenvolvidas no âmbito da cadeira de PP1. Para a
sua efectivação a autora apoiou-se na metodologia d pesquisa bibliografia. O relatório apresenta introdução,
desenvolvimento e conclusão. Conclui-se neste estudo que a Prática Pedagógica é componente real da supervisão
pedagógica em que decorre o ensino acompanhado com vista a elevar o grau da qualidade da aprendizagem do
educando. Na formação de professores é assumida como um instrumento aprendido pelos futuros professores na
prática, a ensinar e ajudados pelos supervisores ou tutores. Avalia-se a simulação da aula como uma actividade
essencial para a reflexão da praxis pedagógica na licenciatura em ensino básico.

Palavras chave: Práticas Pedagógicas, micro aulas, simulação de aulas


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1 Introdução
O presente relatório enquadre-se no âmbito da licenciatura em ensino básico, curso ministrado
na UNISAVE. Para a sua materialização apoiou-se numa pesquisa do tipo bibliográfico.

Pretendo com este relatório apresentar uma panorâmica geral das actividades desenvolvidas
nas PP1, nos diferentes domínios, apoiando as minhas decisões nos pressupostos da abordagem
por tarefas.

O presente relatório esta dividido em três partes sendo que a primeira é introdução onde aborda-
se os objectivos e metodologia do trabalho.

Na segunda parte é o desenvolvimento onde são narradas as actividades levadas acabo na


cadeira de PP1 e por fim temos a terceira e ultima parte onde trata-se de uma reflexão pessoal
relativa aos aspectos, que na minha perspectiva, contribuíram ou limitaram o meu
desenvolvimento profissional na qualidade de estudante.

Por fim, os anexos são compostos por todo o trabalho desenvolvido, nomeadamente, as
planificações de micro aulas.
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1.1.Objectivos
Segundo PILETTI (2004: 80), objectivos “consistem em uma descrição clara dos resultados que
desejamos alcançar com nossa actividade”.

1.1.1.Objectivo Geral
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003: 219), o objectivo geral, “está ligado a uma
visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos
e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se directamente à própria significação da tese
proposta pela pesquisa”.

O presenterelatório, apresenta o seguinte objectivo geral:

 Apresentar uma panorâmica geral das actividades desenvolvidas nas PP1,

1.1.2.Objectivos Específicos
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003: 219), os objectivos específicos “apresentam
carácter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir
o objectivo geral e, de outro, aplicá-lo a situações particulares”.

São os seguintes objectivos específicos da presente pesquisa:

 Descrever o decurso de micro aulas;


 Sintetizar os seminários apresentados durante a PPI;
 Sintetizar os conteúdos tratados na cadeira de PP1;

1.2.Metodologia de pesquisa
Severino (2000), define metodologia como o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma
pesquisa científica.
Para a concretização da presente pesquisa aplicamos a pesquisa bibliográfica.
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1.2.1.Pesquisa bibliográfica
Segundo Severino (2000) pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir de registo
disponível, decorrente de pesquisas anteriores em documentos impressos como livros, artigos,
tese etc. Utiliza-se dados já trabalhados por outros pesquisadores. Os textos tornam se fontes dos
temas a serem pesquisadas. Pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores analíticos
constantes dos textos.

Em outras palavras a revisão bibliográfica envolve abordagens de diversos autores acerca do


tema, propiciando uma análise crítica dos posicionamentos tendo em vista à produção de uma
base teórica a ser utilizada nos procedimentos do estudo como o referencial sobre o tema em
estudo.

Este tipo de método de procedimento foi desenvolvido com base em material já elaborado (livros
e obras literárias, artigos, monografias, dissertações e teses científicas) sobre a pratica
pedagógica 1.

1.3.Revisão da Literatura
Nesta parte do nosso trabalho, apresentamos as informações resultantes da revisão da literatura
de obras de vários autores que abordam conteúdos relacionados com a temática em estudo.
Ainda, apresentamos nesta parte o nosso posicionamento em relação ao trabalho já desenvolvido
por outros autores face as PP1.

1.3.1.Definição de conceitos básicos


Aluno – é quem aprende, aquele de quem existe a escola (LIBANEO: 1994).

Aula - O termo aula associa-se à ideia de: “alunos procurando saberes” e não os recebendo de
outrem (Néreci, 2001:97).

A aula é uma célula que representa o todo da escola: o projecto político-pedagógico, o


currículo, o projecto da área e o planeamento da disciplina.” Este projecto, é materializado num
determinado espaço denominado sala (Pimenta e Lima, 2004:159).
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Ensino - é o acto ou efeito de ensinar (Augusto, 2004).

Para o nosso ponto de vista, o ensino é um processo de transmissão de saberes que possibilitam a
mudança do comportamento de um indivíduo.

Aprendizagem

Para LIBÂNEO (1994) “Aprendizagem é a progressiva mudança de comportamento que está


ligada, de um lado, a sucessivas apresentações de uma situação, e, de outro lado, a repetidos
esforços dos indivíduos para enfrentá-la de maneira eficiente”.
ROSÂNGELA PIRES, refere que a aprendizagem é um processo inseparável do ser humano e
ocorre quando há uma modificação no comportamento, mediante a experiência ou a prática, que
não podem ser atribuídas à maturação, lesões ou alterações fisiológicas do organismo.

2.0.Planificação e execução de micro aulas

O modelo de planificação definido foi moldado à forma de trabalhar do estudante


praticante.

Após cada aula simulada, havia reuniões de pós observação de aula, onde o professor
praticante, os estudantes e o docente vão analisar a aula e reflectir sobre as práticas actuadas,
avaliando criticamente toda a decisão tomada, tendo como objectivo a reflexão e a alteração
de estratégias de práticas menos bem conseguidas, com intenção de evolução como
profissional e como produto final no processo de ensino aprendizagem.

A presença como observador na aula dos colegas que simularam as aulas , permitiu-nos termos
como referência algo para avaliarmos a nossa própria aula, reflectirmos sobre
comportamentos, posturas, formas de comunicação mais favoráveis ou não em actuação.

Na construção do plano de aula começamos por preencher a disciplina, definimos o


número de aulas necessário, as lições, o ano, a turma e a data. Depois seguimos para a
construção teórica da aula, iniciamos com leitura aprofundada da matéria, definimos a
situação-problema e o sumário. O passo seguinte foi a seleção das metas de acordo com os
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objectivos de aprendizagem e as experiências e aprendizagens que nos propusemos. O esquema


conceptual foi a tarefa que se seguiu, pois através deste temos o fio condutor de toda a aula.

O contributo das micro aulas foi fundamental para o sucesso do processo de ensino –
aprendizagem, garantindo que este decorresse de modo estruturado e eficaz. No início, o elevado
tempo dispendido na elaboração de um plano de aula era considerável.

As principais dificuldades sentidas não se baseavam apenas na selecção dos exercícios


mais adequados, mas principalmente na correcta programação e distribuição do tempo para as
várias tarefas (instrução, organização, transição dos exercícios, exercitação), bem como da
concretização dos objectivos estabelecidos através de cada tarefa.

Quanto à estruturação do plano de aula o mesmo apresenta todos os pontos essenciais


(introdução/ motivação, mediação/ assimilação, domínio / consolidação e controlo / avaliação) e
por fim o que aprendemos (embora tenha deparado que não existe um plano de aula modelo,
mas sim vários tipos de planos de aulas, dependo do professor que estejamos a trabalhar),
de modo a que este tivesse uma estrutura lógica e abordasse os vários aspectos pretendidos.

Assim, o modelo do plano de aula adoptado foi composto por um cabeçalho onde
indicava o ano/turma, data, número da aula total e número da aula por unidade didáctica,
número dos alunos previstos, indicação da unidade temática a abordar, período, horário,
duração da aula, local, nome do professor e ano lectivo. De seguida era apresentada a função
didáctica, os objectivos gerais da aula e os recursos materiais utilizados. A parte seguinte
continha uma tabela onde abrangia o tempo (parcial e real) para as várias tarefas/situação de
aprendizagem de cada uma das partes da aula (inicial, fundamental e final).

No que se refere à planificação, existe a articulação constante entre os objetivos específicos


para cada aula, e os objetivos gerais.

A planificação é a forma como o professor seleciona, estrutura e organiza o processo de


ensino e aprendizagem de determinados conteúdos.

Quando associados às metas de aprendizagem, esses conteúdos não são apenas temáticos,
passam também pelos procedimentos e atitudes. A este processo, que se baseia na criação de um
plano prévio e que culmina na execução de uma aula, chamamos de planificação.
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Os planos de aula construídos pelos colegas praticantes apresentavam o nome da disciplina, a


unidade temática, o número das lições, o ano, a turma, e a data a lecionar, o sumário da
aula, quando escrito no início da mesma pode servir de motivação e deve funcionar
como fonte de interesse para motivar os alunos para os conteúdos da aula . Além deste
enquadramento geral da aula, o plano de aula inclui as metas a atingir, os conteúdos
temáticos, os objectivos de aprendizagem, metodologias para a aula e pelos recursos a utilizar, e
a avaliação.

3.0.Reflexão das micro aulas assistidas


A avaliação é um elemento que faz parte da planificação, mas também é através dela que nos
certificamos de que todos os elementos da prática pedagógica, em articulação fazem
sentido. Também é por ela que professores e alunos caminham no sentido de
melhoramento progressivo. A avaliação é essencialmente compreensiva, tem

várias vertentes e modalidades e pretende dar conta de um processo, pontos fortes e


pontos fracos e contribuir para a sua correção.

A avaliação também esteve presente dos protocolos de observação de aulas que revelaram-se
instrumentos necessários para registo das inferências acerca das práticas observadas.
Permitiram desenvolver um conjunto de aprendizagens que se revelaram numa consolidação
de estratégias a aplicar nas aulas a ser lecionadas.

Para além disso permitiram uma reflexão acerca da própria prática pedagógica.

Aspectos constatados nas apresentações de micro aulas: Fraca exploração dos conhecimentos
prévios dos alunos, falta de estímulo aos alunos fracos; o material didáctico foi pouco explorado
em quase todas apresentações, falta de gestão de tempo.

De salientar que nem tudo foi negativo , a titulo de exemplo os professores praticanteS deram o
TPC.

Elaborar micro aula representou um momento de reflexão sobre a própria prática, analisar como
é possível trabalhar com certas limitações, mas realizando um trabalho de qualidade. A proposta
da microaula deixou evidente o quanto é importante a planificação prévio da aula, e fez perceber
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que não basta simplesmente reproduzir, é fundamental considera a classe no qual o assunto será
trabalhado e qual a melhor metodologia para esse conteúdo, além de considerar a idade dos
alunos que precisam a prender o conteúdo lecionado.

A reflexão crítica sobre si mesmo como docente foi estimulada, pois com a elaboração e
execução das micro aulas foi possível perceber quais aspectos precisam ser melhorados como
futuro docente, focando na execução os imprevistos que podem ocorrer em condições reais, em
qualquer outro lugar onde a aula for ministrada.

3.1.O papel do professor no processo ensino/aprendizagem


Durante muito tempo a prática educativa era centrada no professor. Este repassava os
conteúdos e os alunos absorviam ou memorizavam sem qualquer reflexão ou indagação.
Ao final , o conteúdo era cobrado em forma de uma avaliação. Esse tipo de informação;
repassada e memorizada, destoa completamente da proposta de um novo ensino na busca
da produção do conhecimento. Essa prática pedagógica em nada contribui para o aspecto
cognitivo do aluno.

Hoje, não se pede um professor que seja mero transmissor de informações, ou que aprende no
ambiente acadêmico o que vai ser ensinado aos alunos, mas um professor que produza o
conhecimento em sintonia com o aluno. Não é suficiente que ele saiba o conteúdo de sua
disciplina. Ele precisa não só interagir com outras disciplinas, como também conhecer o
aluno . Conhecer o aluno faz parte do papel desempenhado pelo professor pelo fato de que
ele necessita saber o que ensinar, para que e para que m, ou seja, como o aluno vai utilizar o que
aprendeu na escola em sua prática social.

Dessa forma, Libâneo (1998, p.29) afirma que o professor medeia à relação ativa do aluno com
a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, masconsiderando o
conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de aula, seu potencial
cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar.
Nesse sentido o conhecimento de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser
respeitado e ampliado.

Ensinar bem não significa repassar os conteúdos, mas levar o aluno a pensar, criticar.
Percebe-se que o professor tem a responsabilidade de preparar o aluno para se tornar um
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cidadão ativo dentro da sociedade, apto a questionar, debater e romper paradigmas. Cury
(2003, p.127) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida, a dúvida gera o estresse
positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim formamos pensadores, e não
repetidores de informações”.

A dúvida nessa exposição é um aspecto positivo, pois gera a curiosidade, levando o aluno a
refletir e buscar respostas. O autor citado enfatiza que a exposição interrogada transforma a
informação em conhecimento e esse conhecimento, em experiência e o melhor; o
professor não mais é persuasivo, ou o que convence, mas o que provoca e estimula a
inteligência. Diante disso, ele desempenha, no processo de ensino/aprendizagem, o papel de
gerenciador e não de detentor do conhecimento.

Numa sociedade que está sempre em transformação, o professor contribui com seu conhecimento
e sua experiência, tornando o aluno crítico e criativo. Deve estar voltado ao ensino dialógico,
uma vez que os seres humanos aprendem interagindo com os outros. É o processo aprender
a aprender. O professor deve provocar o aluno passivo para que se torne num aluno sujeito da
ação.

3.2.Observação de micro aulas ( actividade do professor e aluno na sala de aulas)


A preparação sistemática de aulas assegura a dosagem da matéria a tempo, o esclarecimento de
objectivos a atingir e das actividades que serão realizadas, bem como a preparação dos meios de
ensino adequados.

No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo, mobilização da
atenção, para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suscitar interesse e
ligar a matéria nova à anterior.

A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão


efectivamente consolidados e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor
está em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir próprias opiniões/ideias sobre o
que aprenderam e fazê-los ligar os conteúdos às coisas ou eventos do dia-a-dia.
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A mediação e assimilação é nesta fase em que os alunos devem ter amplas opoprtunidades de se
ocupar e empenhar com a matéria da aula, de forma activa e colaborativa. A actividade dos
alunos (seja individual, aos pares, ou em grupos) pode ser iniciada ou seguida por uma exposição
pelo professor. Desta forma, os alunos não apenas decoram factos, mas sim adquirem e
desenvolvem habilidades e competências.

A função do professor é de mediar o processo de construção do conhecimento. Assim, a figura


do professor como transmissor de conhecimentos desaparece, para dar lugar à figura de
mediador, facilitador ou orientador, concebendo o aluno como o sujeito da sua própria
aprendizagem.

Domínio/consolidação consiste na organização, aprimoramento e fixação dos conhecimentos por


parte dos alunos, a fim de que estejam disponíveis para orientá-los nas situações concretas de
estudo e de vida. Trata-se, também, de uma etapa em que, em paralelo com os conhecimentos e
através deles, se aprimora a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e
criadora dos conhecimentos. A consolidação de conhecimentos e formação de habilidades e
hábitos inclui exercícios, a recapitulação da matéria, o resumo, a aplicação dos conceitos
aprendidos para outros contextos, as tarefas de casa e a sistematização. Entretanto, estes
dependem do facto de que os alunos tenham compreendido bem a matéria e de que estes sirvam
de meios para o desenvolvimento do seu pensamento independente, do seu raciocínio e da sua
actividade mental.

Nesta etapa pretende-se conseguir o aprimoramento do novo saber dos alunos, por isso, o
professor deve criar condições de retenção e compreensão da matéria, através de exercícios e
actividades práticas para solicitar a compreensão.

Não é aconselhável apresentar aos alunos muitos conteúdos, sem que tenham a oportunidade de
pôr em prática o que têm aprendido e, muito menos, aproveitar- se do conteúdo aprendido para
as aprendizagens posteriores, através de repetição, sistematização e aplicação. Através da
repetição o professor pode: reafirmar os conhecimentos e capacidades fundamentais; controlar o
nível da situação inicial do aluno; obter uma base para avaliar a cada aluno ou a todo o grupo.

A aplicação é uma etapa fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, porque permite


que haja aumento e desenvolvimento das capacidades através da resolução de problemas e
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tarefas em situações analógicas e novas. Esta etapa é a ponte para a prática profissional, visto que
desenvolve as capacidades que devem possibilitar ao aluno o poder de aproveitar a teoria e,
posteriormente, pôr os seus conhecimentos no trabalho produtivo. Daí a importância da aplicação
para realizar a unidade entre a teoria e a prática.

4.0.Seminarios

4.1.Praticas Pedagógicas
A prática pedagógica 1 permite o estudante participar na dinâmica da sala de aula, reproduz
material didáctico nas oficinas pedagógico, simula micro aulas, estuda os programas de ensino,
manuais e outras matérias.

Observa aula de tutor onde o estudante pratica apoiando-os nas suas actividades e planifica as
aulas para esta pratica pedagógica, realiza-se também na Unisave sob a forma de seminários.
Torna-se de estrema importância o envolvimento do estudante nas oficinas pedagógicas. Ele tem
que saber o que a comunidade onde a escola esta inserida possui e como é que isso pode ser
aproveitado para produzir material didáctico,

Na ausência de condições da escola de PP a PP pode ser feita por meio de vídeo.

4.1.1.Competências de PP1
Mobilizar saberes e conhecimentos relacionados com fundamentos teóricos das didácticas
especificas e de PEA desta disciplina;

Trabalhar em grupo respeitando a individualidade de cada um;

4.1.2.Objectivos da PP1 do ensino básico


Observar aspectos gerais de uma aula ou um contacto particular;

Compreender asa transformações e inovações curriculares introduzidas numa certa disciplina;

Desenvolver capacidade de análise crítica do ensino de uma disciplina;


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Propor e usar matérias didácticos para o apoio as aulas;

4.2.Micro ensino
O micro ensino e uma técnica que pode ser aplicada nas PP1 e no estagio pedagógico quando há
turmas numerosas e não havendo possibilidades da distribuição de turmas para todos os
estudantes, a alternativa é simular situações de ensino aprendizagem na universidade

e o estudante não tem possibilidade de relacionar numa situação real e completa de sala de aulas.
Por esta razão o micro ensino deve surgir como complemento da PP.

O micro ensino pode aparecer em duas modalidades: micro aula e ensino reflexivo com uso de
vídeo.

4.3.O micro aulas


O exercício de qualquer profissão é prática no sentido de se aprender algo ou visões. A profissão
do professor é eminentemente prática.

O modo aprender a profissão conforme a perspectiva de evolução serão a partir da observação e


a reprodução e as vezes a realização dos modelos.

As micro aulas inserem se numa perspectiva de desenvolver mas praticamente habilidades


mentais de actividades.

Através das micro aulas os praticantes simulam a realidade não só pelo manuseamento do
conteúdo básico do curso , mas também principalmente pela preparação da aula, destacamento
do conteúdo e da gestão de tempo de realização dos seguimentos da aula mais extensa que terá
que realizar. É neste contexto que as micro aulas são consideradas como uma forma de
simulação de aulas.

4.4.Aula ideal e centrada no estudante


A aula ideal e centrada no estudante significa que as aulas são adaptadas as necessidades de
aprendizagem dos estudantes. Na execução das aulas o praticante deve ter em consideração a
complexibilidade que caracteriza tanto o ensino como também a aprendizagem.
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Em relação ao ensino é necessário que o praticante planifique convenientemente as suas aulas,


formulando e relacionando de forma adequada os objectivos e conteúdos, os métodos,
competências os meios e avaliação.

A planificação cuidada das aulas é portanto, uma das garantias essenciais para o sucesso na
aprendizagem por parte dos alunos.

No momento de execução de plano de aula o praticante deve estar a frente das diferentes
situações de aprendizagem e aos factores culturais que podem contribuir para o alcance dos
objectivos de PEA.
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5.0.Conclusão
Chegado o final de um percurso tão enriquecedor, árduo e difícil, é com alguma dificuldade que
escrevo esta breve conclusão, na medida em que é impossível traduzir para este pedaço de papel
tudo o que de tão magnífico se passou na cadeira de PP1.

Para a discente que relata como autora neste relatório contribuiu em sua formação como futura
professora, atingindo os objectivos iniciais e superando as expectativas, pois, foi possível
analisar a futura prática, que além de uma profissão, torna-se uma acção social ao contribuir
com a construção da autonomia e desenvolvimento das crianças.

Chegado a esta fase é possível afirmar que a elaboração e execução de aulas e micro aulas
durante a formação do professor subsidia reflexões sobre interações didácticas ao mesmo tempo
em que familiariza os alunos (futuros docentes) com algumas práticas que envolvem a docência,
além de conduzir a uma postura reflexiva sobre a própria prática que será importante para toda a
sua vida profissional.

Sugerimos, pois, que os formadores de professores, especialmente aqueles que actuam em


cursos de licenciatura, lancem mão de metodologias que promovam oportunidades para que os
alunos construam uma postura investigativa. Nesse sentido, um dos instrumentos que podem ser
utilizados pelo formador, durante o processo de formação inicial, para promover reflexões sobre
a própria prática pedagógica, são as micro aulas.
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6.0.Referências bibliográficas
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 12ª Ed. São Paulo: Gente, 2004.

CHARLOT, Bernard. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 196, p.15-18, outubro, 2006.

CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante,
2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e terra, 1996.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: novas exigências educacionais
e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo:Cortez,
2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.

GOMES, A. M. A. et al. Os saber e o fazer pedagógico: uma integração entre teoria e prática.
Editora UFPR. Curitiba. 2006.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. (2002). Técnicas de pesquisa: Planeamento e execução de


pesquisa. (5ª Edição). São Paulo: Atlas.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia d Trabalho Científico,


Procedimento Básico,  Pesquisa bibliográfica. São Paulo, Altas, 2001.

LIBANEO, C. Didáctica. Editora Cortez. São Paulo, 1994

Libâneo, J.C, et al (2007). Educação escolar: Politicas, estrutura e organização. São Paulo:
Cortez.

LIBANEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortêz editora, 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica Geral. Editora Cortês, São Paulo, 1994.


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Lima, L. (1998). Escola como organização e a participação na organização escolar (2ª ed.).
Braga:UM.

MARTINS, Joel, subsídio para redacção de tese de mestrado e doutoramento, 2ª ed. São Paulo,
1999.
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Anexos

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