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Universidade Licungo
Extensão da Beira
2021
Carla Marina Sevene Vitorino
Docente:
Dra. Lurdes Chicote
Universidade Licungo
Extensão da Beira
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2021
Índice
1.0. Introdução............................................................................................................................3
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.........................................................................................................11
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1.0. Introdução
Os meios de ensino é o tema explanado no presente trabalho. Para se considerar que existem
um ensino é necessariamente que haja os recursos favoráveis para a aprendizagem, os tais
meios são chamados de recursos didácticos ou pedagógicos. Estes são todos os meios usados
pelo professor para a facilitação e a compreensão da disciplina e conteúdos no PEA.
O tema tem como objectivo, mostrar a importância do uso dos meios de ensino na
aprendizagem. Mostrando em que ponto o uso destes recursos é benéfico para o professor e
para o aluno na aprendizagem. O tema encontra-se estruturado da seguinte maneira: conceito
dos recursos de ensino, a classificação dos meios de ensino, os objectivos de uso dos meios de
ensino, princípios de uso dos recursos didácticos e por fim a importância do uso dos recursos
de ensino.
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Segundo Piletti (2006, p.68), “os recursos de ensino são os componentes do ambiente da
aprendizagem que dão origem à estimulação do aluno”. Acrescenta Libâneo (2013, p.191),
podemos designar também como “meios de ensino todos os meios ou recursos materiais
utilizados pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do processo
de ensino e aprendizagem”.
No entanto, os recursos de ensino são todos aqueles meios usados pelos educadores e ao
educando com vista a fazer acontecer o PEA, de uma forma simples e compreensiva dos
conteúdos. Se sabe que para existir uma boa aprendizagem é necessário um ambiente
agradável, uma sala equipada de materiais básicos, o professor munido de recursos
necessários para a matéria que pretende leccionar e por fim o aluno também acompanhado de
cadernos, livros, caneta e o mais importante confiante e motivado para a realização das suas
actividades.
A estes pensamentos não foge a lógica de Souza (2007,p. 111), “recurso didáctico é todo
material utilizado como auxílio no ensino e aprendizagem do conteúdo proposto para ser
aplicado pelo professor a seus alunos”. De salientar que, os materiais didácticos variam
consoante as matérias e as disciplinas.
Por exemplo: na disciplina de Geografia quando se trata de conteúdos que dizem respeito a
localização dos continentes, será necessário os Mapas em especial Mapa-Mundo, Globo
terrestres, atlas. Na disciplina de Biologia na matéria relacionado com o corpo humano, o
professor precisará de Esqueleto Humano. Nesta vertente, os recursos não têm sido os
mesmos para todas as disciplinas, e por vezes nem mesmo para a própria disciplina.
As classificações de recursos de ensino existem uma grande divergência dos autores, mas
nesta abordagem irar-se-á classificar em dois autores: Piletti e Neríce. Piletti (2006,),
classifica os recursos de ensino em três que são:
Mas também o autor não exclui os recursos encontrados na sociedade, uma vez que a
instituição de ensino encontra-se nela, e que os conteúdos leccionados estão relacionados com
o homem e o meio. No entanto, encontramos Recursos humanos e Materiais.
3. Pedra 6. Cartazes
Esta é uma classificação bastante abrangente mas que tem como vantagem a inclusão da
sociedade no meio escolar. O uso destes recursos da comunidade serve como uma ponte de
aproximação da realidade comunitária à da escola.
Para Neríce (1966), classifica os recursos de ensino em quatro categorias que são:
Material permanente de trabalho: Quadro-preto, Apagador, Giz, Caderno, Compassos,
Projector e Réguas.
Material informativo: Mapas, Livros, Dicionários, Enciclopédias, Jornais, Discos e
Filmes.
Material ilustrativo visual ou audiovisual: Desenhos, Cartazes, Gravuras, Retratos,
Discos, Gravadores Projectores.
Material experimental: aparelhos e materiais necessários para a realização de
experiências no geral.
No entanto, o professor deve saber fazer o uso dos mesmos para que lhe facilite na exposição
dos conteúdos. De recordar que os recursos devem estar perto do professor ou aluno para que
quando for necessário o seu uso não tenha dificuldade em localizá-los e para evitar o mais
difícil que é procura-los no seu devido momento de utilidade.
Na ideia de Briggs (1976, p.130), “para alguns alunos, as imagens dão melhores resultados
que as palavras”, sustenta Casanova (1999), as imagens valem mais que as palavras, os alunos
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aprendem mais ouvindo e vendo. Estes cinco (5) órgãos de sentido devem trabalhar juntos
para a melhoria e o aperfeiçoamento dos conteúdos.
O uso dos recursos de ensino variam de disciplina para disciplina. Para Libâneo (2013,
p.191), “o momento de uso dos recursos de ensino vai depender do trabalho docente prático,
no qual se adquirirá o efeito traquejo da manipulação do material didáctico”. No momento
que o professor utiliza um recurso didáctico dentro da sala de aula, ele transfere os
conhecimentos que estão expressos no livro para a realidade do educando. Dessa forma, o
professor pode usar o recurso didáctico para preparar, melhorar ou aprimorar a aula que será
dada.
O uso destes recursos tem como objectivo motivar e despertar o interesse dos
alunos, favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação, visualizar
e concretizar os conteúdos da aprendizagem, fornecer informações e dados,
permitir a fixação da aprendizagem, ilustrar noções mas abstractas e
desenvolver a experimentação concreta (p. 154).
De lembrar que, as escolas moçambicanas, não reúnem todos os recursos necessários para
todas as disciplinas ou conteúdos, que torna difícil ao professor aprimorar os conteúdos com
materiais precisos para as suas aulas, os professores com intenção de entreter as suas aulas são
obrigado a usar os recursos pessoas e não da escola para ilustrar, ou mesmo, aproximar o
aluno com a realidade. Mas são poucos professores com essa iniciativa, mas os que fazem isso
é de louvar pois realiza uma tarefa muito exemplar para os seus educandos.
“Os recursos didácticos devem adequar-se ao nível dos alunos, à realidade da escola e ao
assunto a ser exposto”(Piletti, 2000, p.282). No entanto, ao seleccionar um meio de ensino
deve-se ter em vista os objectivos a serem alcançados. Nunca se deve utilizar um meio só
porque está na moda.
Sempre que possível, usar o recurso didáctico de forma colectiva, para provocar
observações, comentários e para os alunos tirem conclusos;
Deve ser levado em conta o recurso a ser empregado com o assunto e a faixa etária dos
alunos, quanto às suas características socioculturais e individuais;
O recurso didáctico empregado deve ativar os recursos mentais e conduzir ao
raciocínio.
A selecção dos recursos Dependem dos conteúdos específicos de cada disciplina;
Na escolha dos meios deve-se levar em conta a natureza da matéria ensinada. Algumas
matérias exigem maior utilização de e meios audiovisuais que outras. Ciências, por
exemplo exigem mais audiovisuais do que matemática;
A eficácia depende também das características dos próprios meios com relação as
funções que podem exercer no processo de aprendizagem. A função de um cartaz, por
exemplo, é diferente da do álbum seriado;
O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado. A
preparação e utilização dos meios requerem determinado tempo e, muitas vezes, o
professor não dispõe desse tempo.
Segundo Piletti (2000), “os recursos didácticos podem oferecer ricos estímulos à criança,
motivando-a e em muitos casos ajudando-a a desinibir-se cabendo ao professor associar os
recursos e saber explora-los”. Estes recursos dão mais motivação ao aluno no PEA.
Não deixando de fora a era tecnológica, os meios visuais também contribuem bastante na
aprendizagem. Muitas crianças vivem em ambiente repleto de informações. Piletti (2006),
sustenta que:
Portanto, os cinco (5) sentidos não têm a mesma importância no PEA, visto que cada sentido
actua de uma forma diferente que a outra, o uso de um único sentido não trás consigo a
eficácia na aprendizagem mas sim se usar os mesmos de uma forma simultânea.
Devem permitir que o aluno active o seu raciocínio, usando, p.e. ficha de trabalho para
preenchimento;
Devem ter um conteúdo informativo correcto, p.e. modelo do átomo com as camadas.
De acordo com Muller (2005), emprega-se meios didácticos nas seguintes fases da aula:
Antes do resumo ser tratado na aula, quando pretendemos estimular o interesse pela
aprendizagem (ex.: informação de um jornal sobre a poluição, experiências simples
sobre a identificação de nutrientes nos alimentos ou extração de pigmentos nas plantas
através de cromatografias, etc.).
Durante o estudo da matéria nova, quando queremos a participação dos alunos e a
partir dela para um maior aprofundamento (ex.: tabelas de valores e respectivos
gráficos para em seguida traçar gráficos sobre a taxa fotossintética, textos de apoio,
etc.);
Depois do tratamento da matéria quando queremos comprovar e/ou confirmar uma
actividade e o seu resultado (ex.: projectando um filme, slides, desenhos, fotografias,
cartazes, sobre a matéria dada, realizando uma experiência, trabalhando com as fichas
de trabalho, etc.).
Conclusão
Das abordagens feitas, os recursos didácticos é importante no PEA porque facilita o professor
na abordagem da sua disciplina tanto nos conteúdos e para o aluno facilita na aquisição e
percepção do conhecimento, levando assim na fixação da matéria.
Nos dias actuais com o avanço tecnológico, as aprendizagens tem sido mais eficais porque o
aluno e o professor ficam com os recursos ao seu dispor. Em escolas em que há o uso de
internet, projectores, gravador e ilustrações de filmes por exemplo, tem sido mais prático e
proveitoso na aprendizagem.
Mas não se pode globalizar, visto que existem escolas em Moçambique que não reúnem
condições necessárias para a aprendizagem, concretamente em zonas rurais. O uso dos
recursos de ensino, em algum momento pode vir à promover a qualidade de ensino assim
como a progressão do nível cognitivo do aluno.
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Referências bibliográficas