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BEIRA
2022
FERNANDO JOÃO JOSE
Docente:
dr. António Cardoso
BEIRA
2022
Índice
1.0. Introdução...........................................................................................................................................1
2.0. Avaliação do estado de conservação: Procedimentos qualitativo para avaliação da ameaça e
Regras para avaliação quantitativa de ameaças......................................................................................2
2.1. Biodiversidade....................................................................................................................................2
2.1.1. Importância da conservação da diversidade num parque...........................................................2
2.1.2. Principais causas da perda da biodiversidade..............................................................................2
2.1.3. Impactos na perda da biodiversidade............................................................................................3
2.2. Áreas de Conservação.......................................................................................................................3
2.2.1. Os Parques Nacionais.....................................................................................................................4
2.2.2. Importância dos parques nacionais...............................................................................................5
2.2.3 Parque Nacional da Gorongosa......................................................................................................6
2.3. Impactos e conflitos na conservação da biodiversidade................................................................6
2.5. Conservação........................................................................................................................................7
2.5.1. Procedimentos qualitativo para avaliação da ameaça.................................................................8
2.5.1.1. Etapas da avaliação......................................................................................................................9
2.5.2. Regras para avaliação quantitativa de ameaças.........................................................................10
Conclusão.................................................................................................................................................12
Referencias bibliográficas......................................................................................................................13
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1.0. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Biologia de Conservação, faz uma abordagem minuciosa sobre
avaliação do estado de conservação, destacando os procedimentos qualitativo para avaliação da
ameaça e regras para avaliação quantitativa de ameaças. A conservação se refere aos estudos
direcionados à conservação de fauna e flora de um ambiente, podendo ser ao respeito de diversos
grupos ou direcionado à espécies individuais envolvendo seu nicho e habitat. Ela se baseia em
alguns pressupostos, incluindo que a diversidade biológica e a evolução são positivas, e que a
diversidade biológica tem valor por si só.
Esta biodiversidade é fundamental para a vida humana, que dela retiram alimentos, remédios,
cosméticos e produtos industriais para uso animal e populacional, com riscos de esgotamento. A
conservação dessa biodiversidade é fundamental para a manutenção ecológica da Terra
(Lewinsohon; Prado, 2003).
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2.1. Biodiversidade
De acordo com Lei no. 10/99, de 07 de Julho, artigo 1, Biodiversidade: corresponde a variedade
de organismos vivos, incluindo genótipos, espécies e seus agrupamentos, ecossistemas terrestres
e aquáticos e processos ecológicos existentes numa determinada região.
O ser humano está a provocar o desaparecimento de diversas espécies. Isso deve-se à prática
intensiva da construção, da agricultura, a crescente urbanização, a poluição, corte de árvores e
muitas outras actividades que põem as florestas e animais em perigo. Para Mwitu, Conscientes da
importância de se preservar a biodiversidade, nós como seres humanos temos o dever de proteger
as outras formas de vida que não tem condições de lutar por si.
Ao lado da biodiversidade, a protecção de espaços naturais com forte valor estético continua a ser
um dos objectivos centrais das áreas protegidas. Os objectivos das áreas protegidas podem ser os
mais variados, mas têm como elemento central uma preocupação com a protecção da natureza
local. Materialmente, seus objectivos podem abranger desde elementos específicos da natureza
local, como a biodiversidade biológica, a paisagem ou o património cultural que frequentemente
se encontram presentes, ou um conjunto desses elementos. Da mesma forma, a foco específico
desses objectivos podem variar consideravelmente, prevendo desde uma protecção estrita e que
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Para Serra (2005), apesar dessa diversidade de objectivos e considerações, as legislações dos
países e os documentos que regulamentam a gestão desses espaços tipicamente incluem um ou
mais dos seguintes objectivos:
De acordo com a Lei no. 10/99, De 07 de Julho, artigo 11, os parques nacionais são zonas de
protecção total delimitadas, destinadas à propagação, protecção, conservação e maneio da
vegetação e de animais bravios, bem como à protecção de locais, paisagens ou formações
geológicas de particular valor científico, cultural ou estético no interesse e para recreação pública,
representativos do património nacional.
Para Mwitu (p.8), “um Parque Nacional é uma reserva de terra natural, semi-natural ou
desenvolvida, declarada pelo Estado. A União Internacional para Conservação da Natureza
(IUCN) é uma das organizações internacionais que ajudam a proteger os Parques Nacionais. Ela
define as áreas protegidas como “uma porção de terra ou mar especialmente dedicada à protecção
da diversidade biológica, recursos naturais e culturais a ela associados”
Os Parques Nacionais são lugares caracterizados pela coexistência de espécies vegetais e animais,
sítios geomorfológicos e habitats de interesse científico, educativo e recreativo especial ou que
contenham uma paisagem natural de grande beleza. Nestes lugares, as autoridades competentes
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tomam medidas para evitar a exploração dos recursos de tal forma que possa pôr em perigo a sua
longevidade.
Segundo Mwitu (p.12), Os Parques Nacionais são áreas geográficas necessárias por constituírem
habitat natural e seguro para plantas nativas e animais. Para além disso, com a sua vegetação os
parques ajudam a purificar o ar e a água, são fontes para aprendizagem sobre o ambiente, ao
mesmo tempo bons lugares para lazer.
Na óptica de Serra (2005), os parques servem igualmente para a preservação de bancos genéticos,
de fauna e de flora, de modo a permitir pesquisas que levem à utilização racional dos recursos
pelo homem, monitoria das alterações ambientais ocorridas, permitindo o estabelecimento de
regras para o uso ou reabilitação de recursos naturais degradados.
De acordo com a Lei no. 10/99, De 07 de Julho, artigo 11, Salvo por razões científicas ou por
necessidades de maneio, nos parques nacionais, são estritamente interditas as seguintes
actividades:
Para Mwitu (p.12), duma forma geral os parques nacionais desempenham uma diversidade de
funções que compreendem:
Para os seres vivos: Muitas plantas e animais, a chamada biodiversidade, só conseguem
viver em determinadas áreas. Os Parques Nacionais servem para proteger algumas dessas
áreas.
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A educação ambiental tem como uma das suas principais funções o desvelamento da
complexidade da realidade em que vivemos, especialmente das questões ambientais. Dessa
forma, ao planejarmos actividades educativas sobre a conservação da biodiversidade, é preciso
considerar os diversos aspectos envolvidos nesse tema: biológicos, ecológicos, políticos,
culturais, económicos, sociais... Muitas vezes essas dimensões são conflituantes entre si. Segundo
Carvalho (2001), a construção de um novo posicionamento ético para a conservação da
biodiversidade passa por situações polémicas e de conflitos. Sendo assim, os impactos e conflitos
fazem parte da realidade e precisam ser trabalhados nas acções de educação ambiental.
Quando se trabalha diante de uma situação concreta, real e local, a acção educativa passa a ter
mais sentido e ainda traz possibilidades de transformações. Um diálogo aberto entre
educadores(as) e educandos(as) sobre todos os desafios e caminhos possíveis é a maneira mais
efectiva de buscar soluções para uma situação polémica. A transparência no processo educativo é
fundamental para que isso ocorra. Isso quer dizer que os problemas e conflitos diante de uma
determinada situação não devem ser silenciados. Ao mesmo tempo, é preciso cuidar para que
caminhos possíveis sejam indicados, semeando a esperança na busca de soluções, mesmo diante
de um problema difícil de ser resolvido.
A relação entre os seres humanos e os outros elementos da natureza têm sido bastante conflituosa
e impactante. A grande maioria dos impactos geram efeitos negativos, tanto para os próprios
seres humanos, quanto para as outras formas de vida que ocupam o planeta Terra. A principal
causa da perda da biodiversidade é a perda de habitats ocasionada por desmatamentos e poluição.
2.5. Conservação
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Para Carvalho (1969), pode-se compreender, do termo "conservação", a manutenção dos recursos
que constituem a terra, bem como os seres vivos que a compõem, dentre eles, o homem. Difere-se
da preservação (que exclui o fator humano para que seja possível a manutenção supracitada),
considerando que o homem, principal responsável pela degradação do meio ambiente, é parte
dele.
Para Alho (2012), a diversidade biológica, mesmo sem que haja ação antrópica, não se mantém
inalterada ao longo do tempo, ela muda e se adapta de acordo com as variações do ambiente que
a compõe. No entanto, as ações antrópicas podem agravar alguns problemas ambientais, como a
alteração e perda de habitats, exploração predatória de recursos, introdução de espécies exóticas
em diferentes ecossistemas, aumento de patógenos e tóxicos ambientais e as mudanças
climáticas.
Para Medeiros (2012), o processo de avaliação do estado de conservação das espécies adota
metodologia criada pela UICN e as espécies avaliadas deverão ser enquadradas nas seguintes
categorias de risco de extinção: Extinta (EX); Extinta na Natureza (EW); Regionalmente Extinta
(RE); Criticamente em Perigo (CR); Em Perigo (EN); Vulnerável (VU); Quase Ameaçada (NT);
Menos Preocupante (LC); Dados Insuficientes (DD); Não Aplicável (NA).
1) Por convenção, a notação das categorias traz o nome em português e a sigla original em
inglês, entre parênteses.
2) A categoria "Regionalmente Extinta (RE)" se refere às espécies extintas em Território
Brasileiro e que ainda existem em outras regiões.
3) São consideradas "não aplicável (NA)" as espécies que não possuem uma população
selvagem no país ou que não estejam dentro da sua distribuição natural, ou que ocorra em
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números muito baixos no país, ou ainda que os indivíduos registrados sejam apenas
errantes na região.
4) São consideradas "Não Avaliada (NE)" as espécies que não foram avaliadas seguindo os
critérios e categorias UICN.
5) Serão consideradas aptas a integrar a Lista Nacional Oficial das Espécies da Fauna
Brasileira Ameaçadas de Extinção as espécies categorizadas nos Incisos de I a VI deste
artigo.
Para Medeiros (2012), para a determinação da categoria de risco de extinção de uma espécie são
analisadas e combinadas as seguintes informações, observando os critérios da metodologia
UICN:
Para Medeiros (2012), a proposta de avaliação do grupo taxonómico apresentada pelo Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação e aprovada pela Coordenação-Geral de Manejo para
Conservação obedecerá às seguintes etapas sequenciais, devidamente documentadas:
Para Medeiros (2012), a avaliação do estado de conservação das espécies é um diagnóstico que
identifica e localiza as principais ameaças às espécies, as áreas importantes para a sua
manutenção e a compatibilidade com actividades antrópicas, além de subsidiar a construção de
cenários de risco para as espécies, a actualização da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna
Brasileira Ameaçadas de Extinção e a elaboração de Planos de Ação Nacionais - PAN, para
aquelas espécies avaliadas como ameaçadas.
Para Medeiros (2012), o processo de avaliação do estado de conservação das espécies deve
considerar as seguintes diretrizes:
Conclusão
Referencias bibliográficas