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FACULDADES BATISTA DO PARANÁ

RAGNER ESPERANDIO SEIFERT

A VISÃO TEOLÓGICA DE FRANCIS SCHAEFFER SOBRE A ARTE COMO


PERSPECTIVA NO EVANGELISMO

CURITIBA
2020
2

FACULDADES BATISTA DO PARANÁ

RAGNER ESPERANDIO SEIFERT

A VISÃO TEOLÓGICA DE FRANCIS SCHAEFFER SOBRE A ARTE COMO


PERSPECTIVA NO EVANGELISMO

Trabalho apresentado como requisito parcial


à disciplina Influência das Teologias no
Contexto Brasileiro do Programa de Pós-
Graduação em Teologia, das Faculdades
Batista do Paraná.

Prof. Dr. Alan Myatt

CURITIBA
2020
3

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Perspectivas a partir das quais o cristão pode avaliar vários aspectos da
arte..............................................................................................................................11
4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2 FRANCIS AUGUST SCHAEFFER ........................................................................... 7

3 A BÍBLIA E A ARTE ................................................................................................... 9

4 PERSPECTIVA CRISTÃ SOBRE A ARTE .............................................................. 11

4.1 Uma obra de arte tem valor em si mesma ....................................................... 11

4.2 As formas de arte fortalecem a cosmovisão .................................................... 12

4.3 Definições padrões, sintaxe padrão ................................................................. 12

4.4 O fato de algo ser uma obra de arte não o torna sagrado ............................... 12

4.5 Quatro padrões de julgamento ........................................................................ 12

4.6 A arte pode ser usada para todo tipo de mensagem ....................................... 13

4.7 Os estilos artísticos mudam e nada há de errado nisso .................................. 13

4.8 Formas de arte moderna e a mensagem cristã ............................................... 14

4.9 A cosmovisão cristã ......................................................................................... 14

4.10 A arte cristã não é, de forma alguma, sempre religiosa ................................. 14

4.11 Todo artista enfrenta a dificuldade de fazer uma obra de arte individual bem
como a de desenvolver um conjunto de obras ...................................................... 15

5 A ARTE COMO EVANGELISMO! ou A ARTE COMO EVANGELISMO? ................ 15

6 CONCLUSÃO......................................................................................................... 17

7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 19
5

1 INTRODUÇÃO

Em pleno século 21, ainda não há um entendimento claro nas igrejas, de como
o artista deve relacionar a sua fé e profissão no mundo hoje. A tendência dualista do
sacro e do profano, ao sacralizar a arte “gospel” e desprezar a arte secular está
presente na maioria dos círculos eclesiásticos. Se faz necessário que a arte e a
teologia andem mais juntas. Essa é uma das razões na escolha do tema, que faz eco
ao autor Steve Turner, quando ele compartilha de forma aberta o seu anseio sobre a
arte e o cristianismo:

O tempo todo eu dizia a esses roqueiros que estava escrevendo e recitando


minha própria poesia. Ficava feliz em contribuir com eventos cristãos, mas
via meu principal chamado nos barzinhos e clubes, onde o novo cenário da
poesia verbal estava decolando. Ressentia-me quando era descrito como um
"poeta cristão", pois o rótulo era extremamente limitado. Acreditava que os
cristãos deviam fazer uma poesia que incutisse a percepção divina em vez
de uma poesia sobre religião. (TURNER, 2006, p. 27, 28)
Assim, um dos objetivos desse trabalho, é fazer com que o artista cristão olhe para si,
e encontre na sua fé, as respostas que pode dar às indagações do seu tempo. Costa
(2019, p. 62) afirma isso, ao explicar que “...seria mais razoável dizer ao artista cristão
que não faça ‘arte cristã’, mas que seja um artista aplicado, coerente com a sua fé.
Em síntese: seja um cristão artista.”
Minha formação profissional é em música, fiz duas graduações diferentes. Na
Escola de Música e Belas Artes do Paraná cursei Licenciatura em Música, e na
Universidade Federal do Paraná cursei Bacharelado em Produção Sonora. Atuei
muitos anos como músico antes de servir no ministério integral da minha igreja,
atendendo ao chamado para o ministério pastoral. Por isso, creio que consigo olhar
os anseios desses, e entendo que devo ser uma voz clamando para a igreja: “Ouçam-
nos, queremos viver o evangelho na nossa profissão, da maneira que Deus nos fez!”
Uma análise que se propõem aqui, é de que a igreja precisa compreender
melhor a arte e o artista. Há uma necessidade emocional aprisionada nos artistas
cristãos em serem ouvidos, estes não desejam ser vistos meramente como mão de
obra na liturgia dos cultos. Eles querem - e precisam - viver o evangelho integralmente
na sua profissão. E é nesse sentido, que Schaeffer (2010, p. 16) vai enfatizar que “Os
evangélicos têm sido criticados, com razão, por estarem sempre tão interessados em
ver almas sendo salvas e indo para o céu, e não se importam muito com as pessoas
de maneira integral.” Para ele, a Bíblia deixa quatro coisas muito claras, apontando a
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necessidade da igreja e do artista, em entender o senhorio de Cristo, na vida como


um todo, como chave na comunicação do evangelho:

1. Deus fez o homem todo;


2. Em Cristo o homem todo é redimido;
3. Cristo é Senhor do homem todo agora e Senhor da vida cristã toda;
4. No futuro, quando Cristo retornar, o corpo será ressuscitado dentre os
mortos e o homem todo terá uma redenção completa. (SCHAEFFER, 2010,
p. 16)
Ele vai afirmar que é a partir desse sistema que se deve compreender o lugar
da arte na vida cristã. Deve ser considerado de forma mais profunda, o que significa
ser um indivíduo pleno, cuja existência como um todo está sob o senhorio de Cristo.
Infelizmente, a arte – como uma das partes da integralidade do homem - tem sido
negligenciada pela igreja, sendo que isso é um reflexo das prioridades que a teologia
vem tomando ao longo da história recente, principalmente nos séculos 20 e 21.

Temos estudado exegese apenas como exegese, teologia apenas como


teologia, filosofia apenas como filosofia; estudamos algo na esfera da arte,
apenas como arte; estudamos música simplesmente como sendo música,
despercebidos de que são elaborações humanas e as coisas do homem não
se podem conceber como linhas paralelas não relacionadas. (SCHAEFFER,
1977, p. 10).
A redenção do homem em Cristo, faz com que cristão queira viver segundo as
normas das Escrituras e sob a direção do Espírito Santo. Assim, o senhorio de Cristo
deve envolver o interesse pela arte. O cristão deve usar a arte para glorificar a Deus,
não a reduzir como algo secundário ou panfletário, mas como algo belo para a glória
de Deus. “Uma obra de arte pode ser, em si, uma doxologia.” (SCHAEFFER, 2010, p.
19) Sim, é possível adorar a Deus também dessa maneira.
7

2 FRANCIS AUGUST SCHAEFFER

Nasceu em 30 de janeiro de 1912 em Germantown, Pensilvânica, nos Estados


Unidos, e morreu em 15 de maio de 1984. Em 1930 se tornou cristão depois de ler a
Bíblia por aproximadamente seis meses, e em 1935 casou-se com Edith, filha de
missionários presbiterianos. Estudou no Seminário Teológico Westminster (que após
uma divisão se tornou o Seminário Teológico Faith), sendo ordenado em 1938 como
pastor da Igreja Presbiteriana Bíblica.
Em 1947 foram em família para a Europa, para avaliar o estado da igreja por
lá, como representantes da Junta Independente para Missões Estrangeiras
Presbiterianas. E em 1948 se mudou para Lausanne, na Suíça, com Edith e três filhas,
indo depois para a aldeia de Champéry. No inverno de 1951, ele entrou numa profunda
crise espiritual, reconhecendo que algo estava muito errado em sua vida, ainda mais
como missionário e “...buscou reconsiderar com muito cuidado seu compromisso
cristão e as prioridades em sua vida. (...) chamou de ‘um pequeno vislumbre da glória
de Deus’ com uma nova certeza sobre sua fé, uma nova ênfase na santificação.”
(FERREIRA, 2006, p. 306)
Uma série de circunstâncias milagrosas em abril de 1955 (como receber o
dinheiro necessário para a compra de uma propriedade), marcou o começo informal
da comunidade L’Abri, quando ele e sua esposa começaram a abrir sua casa para
receber estudantes em busca de respostas às suas perguntas sobre Deus, o mundo,
e suas vidas pessoais.

Edith e eu nos dedicamos a Deus com um propósito. Não desejávamos iniciar


um ministério evangelístico, [tampouco] um ministério entre jovens, ou para
intelectuais ou na área de dependentes de drogas. Nós simplesmente nos
oferecemos a Deus e pedimos que ele nos usasse para demonstrar que ele
continua existindo na nossa geração. Isso é tudo que o L’Abri representa; foi
assim que tudo começou. (SCHAEFFER apud FERREIRA, 2006, p. 308)
A escolha de se basear exclusivamente em Francis A. Schaeffer, se dá pela
relevância que entendo que ele tem nos assuntos relacionados a teologia, arte, cultura
e cosmovisão. Como pensador teve uma grande influência com 22 livros escritos,
sendo chamado de “apóstolo dos intelectuais” pela revista Times em 11 de janeiro de
1960, e para muitos um profeta para o cristianismo do século 21.
Para Ferreira (2006, p. 305), “Francis Schaeffer foi um dos principais
pensadores evangélicos contemporâneos que procurou compreender a cultura
secular.” Ao se olhar os desenvolvimentos mais recentes no campo das artes, do
8

entretenimento, da política, da moralidade e da economia, pode-se confirmar o quadro


pintado por Schaeffer. Para ele, o cristianismo “...não era tão somente a melhor
cosmovisão, ou o ‘sistema’ verdadeiro, mas um retorno à realidade de Deus, do
mundo e do homem. E realidade não é algo que se possa mostrar meramente dentro
de um discurso filosófico ou apologético. Realidade é algo que precisa ser
demonstrado.” (CARVALHO, 2012, não paginado) Guilherme de Carvalho vai
destacar que a apologética de Schaeffer não era necessariamente um sistema
teológico-filosófico, “...mas um modo de vida, e por isso L’Abri era tão importante. A
comunidade L’Abri (‘o abrigo’ em francês), (...) é, por assim dizer, a ‘encarnação’ de
sua apologética, sendo impossível compreender uma coisa sem a outra.”
Assim, entendo que o valor de Francis Schaeffer não está numa grande
erudição, mas em seu admirável insight espiritual, muitas vezes comunicado de forma
questionável, mas ainda assim, imensamente esclarecedor. Sendo assim, creio ser
grande a contribuição do seu entendimento sobre artes e teologia, levando à reflexão
do mundo atual.

Schaeffer é um mestre de espiritualidade com uma abordagem genuinamente


pós-iluminista; talvez um dos poucos que temos assim. Ele escreve sobre
espiritualidade cristã e evangelização genuína no mundo de hoje, em termos
de como esse mundo funciona, confrontando a mente
moderna/hipermoderna e mostrando com clareza a verdade do evangelho.
(CARVALHO, 2012, não paginado)
9

3 A BÍBLIA E A ARTE
Para os cristãos em geral, não é tão claro o que a Bíblia fala sobre a arte. Assim,
o esforço aqui se dá em esclarecer o que a Palavra de Deus vai dizer sobre o assunto.
Serão elencados aqui versículos e trechos de histórias bíblicas que ajudam a perceber
princípios sobre a arte na Bíblia. Pode-se encontrar ideias sobre arte figurativa
(escultura e objetos), arquitetura, poesia, música, teatro e dança.
Na história do povo hebreu há muitos relatos interessantes. Muitos acham que
os dez mandamentos proibiam a arte (Ex 20.4-5), mas ao olhar Lv 26.1, fica claro que
a proibição é sobre a adoração à alguma arte figurativa. “Adorar a arte é um erro;
produzi-la, não.” (SCHAEFFER, 2010, p. 20) Do mesmo modo, a ordem de Deus a
Moisés sobre a construção do tabernáculo, emprega variadas formas de arte figurativa:
a) modelos arquitetônicos e mobiliários (Ex 25.9, 40); b) escultura, com os querubins
(Ex 25.18); c) candelabros (Ex 25.31-33); d) roupas sacerdotais (Ex 25.33). O templo,
assim como o tabernáculo, também não foi planejado por homens, mas por Deus e
com detalhes que denotavam o ornamento, a arte, conforme 2 Cr 3.6-7, 16-17; 2 Cr
4.3-4; 1 Rs 6.29 e 1 Rs 7.29.
Esses exemplos bíblicos abordam a arte com uma temática religiosa, mas deve
ficar claro aqui, que “O que torna a arte cristã não é necessariamente o fato de ela
tratar de questões religiosas”. (SCHAEFFER, 2010, p. 28) Ao procurar então exemplos
sobre arte secular na Bíblia Sagrada, pode-se ver em 1 Reis 10.18-20 a descrição do
trono de Salomão, que pela descrição se revela uma obra de arte: “Nada igual havia
sido feito em nenhum outro reino.” (BÍBLIA, 2003, 1 Reis 10:20b, p. 546) Pode-se ver
também em Ageu 1.4, os profetas condenando que “...as casas dos mais ricos eram
dispendiosamente decoradas, enquanto a casa de Deus era negligenciada.”
(DICIONÁRIO BÍBLICO VIDA NOVA, 2000, p. 31)
Há também, o uso da arte por Jesus, em João 3.14-15, quando Cristo menciona
a serpente de bronze de Moisés (Nm 21.8), usando como ilustração de sua
crucificação. A serpente não deixa de ser uma obra de arte, mesmo que depois tenha
disso usada como ídolo. Como dito anteriormente, o problema foi a adoração ao objeto
e não o objeto em si, que Deus mesmo mandou criar.
Evoluindo o tema, com certeza muitos já se lembraram dos Salmos, a poesia
judaica. É evidente que os hebreus estimulavam a expressão artística por meio da
música e literatura. Há muitos exemplos, como os 150 Salmos, e há poesia não
religiosa, como em 2Sm 1.19-27. Existe também o livro Cantares de Salomão, que
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apresenta de forma poética e muito bela o amor de um casal.


Sobre música, há um entendimento já mais comum, da sua presença bíblica,
visto que desempenhava um importante papel na cultura hebraica. Alguns exemplos
são: a) a canção que os hebreus entoaram após terem sido resgatados (Ex 15); b) a
profetisa Miriâ cantando (Ex 15.20-21); c) a organização feita por Davi de um coral e
orquestra para a adoração no templo (1Cr 15.16); d) corais que cantavam com vozes
divididas (1Cr 23.5-6); e) música instrumental durante os sacrifícios (2 Cr 29.25-28); f)
uso característico nas festas, onde associava-se com dança (Ex 15.20, Is 5.12); g)
funerais (Mt 9.23); h) cantos congregacionais (Cl 3.16); i) instrumentos como harpa
(Gn 31.27, 1Sm 10.5, 1 Cr 15.21), flauta (Gn 4.21; Jó 21.12; Jó 30.31;SI 150.4),
trombeta (Nm 10), percussão (castanholas, campainhas, címbalo (1Co 13.1), e adufe.
Chega-se então às duas últimas formas, teatro e dança. O texto de Ez 4.1-3 vai
evidenciar uma peça teatral, com vários atos simbólicos representados pelo profeta.
E existe a presença dos teatros gregos (At 19.29). Sobre dança, os textos de Sl 149.3
e Sl 150.4 vão demonstrar sua importância religiosa, e em 2Sm 6.14-16 com Davi, há
o aspecto da diversão (Ec 3.4). No Novo Testamento pode-se ver que a dança era um
aspecto comum da vida (Lc 7.32, Lc 15.25).
Ao refletir sobre o que a Bíblia pondera sobre arte, mesmo que de forma sucinta
e direta aqui, se revela a necessidade de que o cristão compreenda que sua vida deve
ser submissa ao senhorio de Cristo e aos preceitos das Escrituras. Schaeffer (2010,
p. 40) vai perguntar, procurando a resposta do leitor sobre o senhorio de Cristo: “Será
que a parte criativa de nossa vida está submetida a Cristo? Cristo é o Senhor de nossa
vida como um todo e a vida cristã deve produzir não apenas verdade – uma verdade
arrebatadora -, mas também beleza.” A verdadeira beleza humana só pode ser
produzida em uma vida integralmente submissa ao Senhor e à Palavra de Deus. Um
senso estético-bíblico se faz necessário hoje.
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4 PERSPECTIVA CRISTÃ SOBRE A ARTE

“Vá aos Alpes e observe as montanhas cobertas de neve. Não há como


contestar. Deus se interessa por beleza. Ele fez as pessoas para serem belas e a
beleza tem seu lugar na adoração a Deus” (SCHAEFFER, 2010, p. 25). Como cristãos,
temos um livro sagrado para o qual vamos (ou deveríamos) indagar sobre todas as
coisas. Se esse livro é a palavra de Deus, então serve para todos os assuntos dos
quais o homem pode ter interesse. Deste modo, “...ainda que a Bíblia não seja um
livro que trate de teoria estética, oferece-nos parâmetros para avaliar o sentido da arte
e o seu propósito”. (COSTA, 2019, p. 54) Assim, uma perspectiva cristã sobre a arte,
deve estar firmada na Escritura. Mas naquilo que a Bíblia não se expressa, a
perspectiva deve estar firmada numa cosmovisão cristã bíblica, onde se encontrará a
orientação da vida, o jeito de pensar, atitude do coração, as esperanças e sonhos e o
propósito da vida.
Prosseguindo nesse sentido, a tabela abaixo descreve os onze tipos de
perspectiva que Schaeffer considerou em sua obra “A arte e a bíblia.”
TABELA 1 - Perspectivas a partir das quais o cristão pode avaliar vários aspectos da arte
1 Uma obra de arte tem valor em si mesma
2 As formas de arte fortalecem a cosmovisão
3 Definições padrões, sintaxe padrão
4 O fato de algo ser uma obra de arte não o torna sagrado
5 Quatro padrões de julgamento
6 A arte pode ser usada para todo tipo de mensagem
7 Os estilos artísticos mudam e nada há de errado nisso
8 Formas de arte moderna e a mensagem cristã
9 A cosmovisão cristã
10 A arte cristã não é, de forma alguma, sempre religiosa
11 Todo artista enfrenta a dificuldade de fazer uma obra de arte individual bem como a de
desenvolver um conjunto de obras
FONTE: O autor, compilação feita a partir do livro “A Arte e a Bíblia” de Francis Schaeffer. (2020)

4.1 Uma obra de arte tem valor em si mesma


Pode parecer óbvio, mas é muito importante. A arte não deve ser analisada ou
avaliada por seu conteúdo intelectual, mas pela sua beleza. Por que uma obra de arte
tem valor? Em primeiro lugar, uma obra de arte é uma obra de criatividade, e a
criatividade tem valor porque Deus é o criador (Gn 1.1; Jo 1.1-3). Secundariamente,
porque o homem é feito à imagem de Deus, tendo a capacidade de criar, assim como
amar, pensar e sentir emoções. Faz parte da distinção do ser humano e do ser não-
humano. Entretanto, o homem está corrompido pelo pecado, e nem tudo que ele cria
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é bom em si. A criatividade sim, é algo bom.

4.2 As formas de arte fortalecem a cosmovisão


A consequência de qualquer proposição, seja verdadeira ou falsa, pode ser
expandida “...se ela for manifestada em poesia ou prosa artística em vez de numa
declaração padronizada, nua e crua.” (SCHAEFFER, 2010, p. 50). A arte possui um
grande poder catalisador da mensagem, dando ainda mais evidência à verdade a ser
dita.

4.3 Definições padrões, sintaxe padrão


“A arte totalmente abstrata se põe em uma relação indefinida com o espectador.
Há uma imensa parede entre eles.” (SCHAEFFER, 2010, p. 52). A comunicação se
torna falha, não há uma troca do autor com o apreciador, haverá apenas uma reação
emocional pessoal, sem comunicar algo de fato.

4.4 O fato de algo ser uma obra de arte não o torna sagrado
Como cristãos carecemos em perceber que o simples fato de um grande artista
retratar uma cosmovisão, não significa que devamos aceitar sua cosmovisão. “A
verdade de uma cosmovisão apresentada por um artista deve ser julgada à parte de
sua grandeza artística.” (SCHAEFFER, 2010, p. 53).

4.5 Quatro padrões de julgamento


1. Excelência técnica
“A busca pela excelência é uma maneira de louvar a Deus.” (SCHAEFFER,
2010, p. 34). É necessário fazer distinção entre excelência técnica e conteúdo, porque
as pessoas devem ser tratadas de maneira justa. Então devemos reconhecer o artista,
mesmo que não se concorde com sua cosmovisão.

2. Validade
O artista deve ser honesto consigo mesmo e com sua cosmovisão, e não fazer
sua arte apenas por dinheiro ou aceitação. Seu trabalho não tem validade se ele
produz uma obra de arte somente por causa de um cliente.

3. Conteúdo intelectual, a cosmovisão que está sendo comunicada


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A cosmovisão do artista sempre se reflete no conteúdo, mesmo que seja uma


cosmovisão que diz não haver um sentido, comunica algo, e por isso, para o cristão,
ela não pode ser isenta do julgamento da Palavra de Deus. “Seja como for, esteja o
artista consciente da cosmovisão ou não, se ela estiver presente, deve ser submetida
ao julgamento de Deus.” (SCHAEFFER, 2010, p. 56) Isso é importante, porque há
quatro tipos de pessoas na esfera da arte, sendo necessário sempre um julgamento
prévio (no bom sentido da palavra). 1. Artista cristão com cosmovisão cristã; 2. Artista
não-cristão com cosmovisão não-cristã; 3. Artista não-cristão influenciado por um
consenso cristão; 4. Artista cristão com cosmovisão não-cristã.

4. Integração entre o conteúdo e o veículo


Avaliar o quão bem o artista adequou o veículo à mensagem, verificar se a obra
conseguiu fazer uma correlação entre o estilo e o conteúdo. Numa obra de arte
superior, sempre o estilo e o conteúdo irão caminhar juntos, integrados no é que a
obra de arte.

4.6 A arte pode ser usada para todo tipo de mensagem


A arte tem o poder de alavancar uma mensagem, por isso mesmo que ela não
tenha uma evidência direta, a obra de arte pode fazer afirmações que propõe algo. “O
fato de uma obra de arte se apresentar em forma de fantasia ou épico ou pintura não
significa que ela não possua conteúdo proposicional.” (SCHAEFFER, 2010, p. 60)

4.7 Os estilos artísticos mudam e nada há de errado nisso


É legítimo a um cristão rejeitar uma obra de arte específica, por entender o que
está sendo dito por ela. “Porém, é diferente rejeitar uma obra de arte simplesmente
porque seu estilo é diferente daquele com o qual estamos acostumados”.
(SCHAEFFER, 2010, p. 61) Cada forma de arte em cada cultura deve procurar a sua
própria relação entre cosmovisão e estilo. O artista cristão deve trabalhar as formas
artísticas do seu tempo, mostrando as marcas de sua cultura de origem, refletindo seu
país e sua própria contemporaneidade e incorporando algo de um ponto de vista
cristão. “...se a arte do cristão não for uma arte do século atual, ela se tornará um
obstáculo que o impedirá de ser ouvido”. (SCHAEFFER, 2010, p. 63)
14

4.8 Formas de arte moderna e a mensagem cristã


Não existe em si um estilo bom e um mau, mas não se pode ser ingênuo e
pensar que os estilos não têm relação com o conteúdo ou a mensagem. Os estilos em
si crescem como sistemas simbólicos, ou como uma condução para certos tipos de
cosmovisões ou mensagens. “...uma forma (ou estilo) que não seja capaz de portar
conteúdo, não poder ser usada para transmitir a mensagem cristã. (...) A mensagem
bíblica, as boas novas, são boas novas de conteúdo.” (SCHAEFFER, 2010, p. 67) É
preciso ter cuidado com o estilo ou a forma que o artista usa – geralmente as do seu
tempo – para que elas não distorçam a cosmovisão cristã.

4.9 A cosmovisão cristã


Para Schaeffer, a cosmovisão cristã se divide entre tema menor e tema maior.
O tema menor tem a ver com a rebelião do homem contra Deus, não se voltando a
Cristo, e de que há um lado fracassado e pecaminoso na vida cristã. O cristão se
engana e peca constantemente. Já o tema maior diz respeito ao propósito de vida.
Deus intervém, Ele existe. Não é tudo absurdo, há um sentido. E na solução moral
cristã, baseada “....no fato de Deus existe e possui um caráter, que rege o universo.
(...) o artista cristão deve ter sempre em mente a lei do amor em um mundo imerso na
destruição.” (SCHAEFFER, 2010, p. 70) Um artista cristão que se concentra apenas
na imperfeição do mundo não vive de acordo com essa lei, não alcança o sentido de
propósito que Deus deseja.

4.10 A arte cristã não é, de forma alguma, sempre religiosa


A percepção do cristianismo não deveria ser como apenas um compromisso
com a “salvação” do homem, mas com o homem todo no mundo todo.

...a arte cristã é a expressão da vida integral da pessoa toda que é cristã.
Aquilo que o artista cristão retrata em sua arte é a totalidade da vida. A arte
não deve ser apenas um veículo para um tipo de evangelismo autoconsciente”
(...) Não temos produzido arte cristã porque temos nos esquecido de quase
tudo o que o cristianismo diz sobre as artes.” (SCHAEFFER, 2010, p. 74)
Os temas religiosos por si só, não garantem que uma obra de arte seja cristã. Até
mesmo esses temas podem ser completamente não-cristãos.
15

4.11 Todo artista enfrenta a dificuldade de fazer uma obra de arte individual
bem como a de desenvolver um conjunto de obras
Não se pode julgar a obra de um artista com base em apenas uma peça, mas
sim julgar seu desempenho e sua cosmovisão com base no maior número de suas
obras. Portanto, o artista não deve desistir por não conseguir fazer tudo de uma só
vez. Seu objetivo deve ser produzir um conjunto amplo e profundo de obras durante a
sua vida.

5 A ARTE COMO EVANGELISMO! ou A ARTE COMO EVANGELISMO?

Voltando-se ao início desse trabalho, é de vital importância o entendimento do


senhorio de Cristo para Schaeffer. Ele vai afirmar veementemente que a verdadeira
espiritualidade significa o senhorio de Cristo sobre o homem todo. Só assim – o
homem entendendo plenamente a sua espiritualidade - vai se evidenciar que “A arte
não deve ser apenas um veículo para um tipo de evangelismo autoconsciente”.
(SCHAEFFER, 2010, p. 74) Logo, o que Schaeffer quer dizer, é de que o artista não
precisaria pensar na sua arte como evangelismo, se ele vivesse todos os aspectos da
sua vida de acordo com o senhorio de Cristo. A chave para uma “arte evangelística”,
é uma cosmovisão tão cheia de Deus e da sua Palavra inerrante, que tudo vai estar
permeado pelo evangelho de Jesus, e inevitavelmente uma obra de arte que é criada
por esses artistas, estará cheia dos traços do evangelho.
Rookmaaker também vai afirmar isso, de uma outra forma, ao expor que o
mundo não se tornou ateu porque os ateus pregaram arduamente, mas sim porque
tomaram a liderança em muitas áreas, deram o tom do pensamento. Assim, ele vai
enfatizar que a arte não pode ser usada para mostrar a legitimidade do cristianismo,
e sim o contrário, porque o cristianismo é verdadeiro, não a arte em si. A resposta que
ele propõe, é no sentido de que artista cristão deve viver seus princípios, sua fé, de
forma integral, e não como uma ação evangelizadora pontual. Ele exemplifica
afirmando que “...se quisermos a recristianização da Europa e dos Estados Unidos,
isso não acontecerá se as pessoas não conseguirem encontrar um bom livro em certa
área do conhecimento e descobrir que ele foi produzido por cristãos.” (ROOKMAAKER,
2010, p. 35) Ainda nesse sentido, Schaeffer confronta também o pensamento
moderno, destacando que o cristianismo é a “Verdade verdadeira”, e que o cristão
deve viver genuinamente a sua fé, para que ele não perca a sua legitimidade.
16

Numa era relativista, não se deve dizer que cremos na verdade e não sermos
capazes de praticar a verdade nos lugares em que ela pode ser observada e
seu preço é alto. Nós, como cristãos, dizemos crer na existência da verdade.
Alegamos contar com a verdade na Bíblia. E afirmamos ser capazes de
transmitir a verdade a outros homens de forma propositiva e verbalizada,
sendo-lhes possível obter a verdade. (SCHAEFFER, 2015, p. 86 e 87)
Agora, ao pontuar sobre a comunicação do evangelho, Schaeffer vai trabalhar
o conceito de pré-evangelização como estratégia de uma apologética cristã. De forma
resumida, nesse conceito, o cristão deve buscar qual é o seu “ponto de contato” com
o outro (a realidade do homem, que ele é um ser moral, que tem sentimentos de amor
e estéticos, que é um ser pessoal) para que consiga abrir uma conexão. Em seguida,
que ele chama de “ponto de tensão”, onde se mostra a fragilidade do pensamento
não-cristão, confrontando-o com a realidade, mas já apontando para o evangelho,
para uma verdade real e não sobre algo vagamente religioso. Isso é negar a verdade
relativa, e realizar assim um confronto negativo, que despe a ideologia do outro. Após
isso, há então o “confronto positivo”, mostrando a saída pelo evangelho, que deve ser
feita de maneira muito educada. Schaeffer sistematiza da seguinte maneira:

1 – Você crê que Deus existe e que ele é um Deus pessoal, e que Jesus
Cristo é Deus – lembrando que nós não estamos falando da palavra ou da
ideia de deus, mas do Deus infinito pessoal que aí está?
2 – Você concorda que é culpado na presença deste Deus – lembrando que
não estamos nos referindo a meros sentimentos de culpa, mas à culpa moral
verdadeira?
3 – Você acredita que Jesus Cristo morreu no espaço e no tempo, na História,
na cruz, e que, ao morrer assim, a sua obra substitutiva, o fato de ter sofrido
o castigo de Deus, em razão do pecado, foi totalmente suficiente e acabada?
4 – Com base nas promessas de Deus e na sua comunicação escrita conosco,
a Bíblia, você está disposto a confiar a sua vida (ou já confiou) a Cristo como
o seu Salvador pessoal – deixando de confiar nas próprias obras que você
fez ou fará? (SCHAEFFER, 2016, p. 171, 172)
Em suma, a base da apologética de Francis Schaeffer é a integração entre fé
e razão na espiritualidade e vida humana, à luz do evangelho de Jesus (morte, vida e
ressurreição), bem como no poder do Espírito operando no tempo e espaço aqui neste
mundo. Não há separação nem dicotomia, e sim uma continuidade do mundo
sobrenatural no mundo natural.
O artista cristão pode usar desse modelo para que com a sua criatividade,
evangelize sem necessariamente ser panfletário. Comunicar o evangelho com a arte
é mostrar a beleza da graça de Deus, é adorar ao Senhor com todo o seu ser. “Uma
obra de arte pode ser, em si, uma doxologia.” (SCHAEFFER, 2010, p. 19)
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Sendo assim, o que a igreja e o artista cristão precisam compreender, em


relação à arte, é de que ela deve ser considerada como parte vital e indissociável do
ser humano, podendo expressar verdades espirituais profundas, anunciando aquilo
que falta às palavras muitas vezes. Por isso, não é vê-la simplesmente como uma
propaganda evangelística. Hans Rookmaaker (2010, p. 38) traz uma metáfora
interessante, ao explicar por que a arte não pode ter apenas esse viés: “A melhor
comparação talvez seja com um encanamento. Embora ele seja algo totalmente
indispensável em nossas casas, raramente nos damos conta de sua existência”. A
arte está presente o tempo todo na sociedade atual, mesmo quando não percebemos
– como o encanamento – ela está exercendo a sua função de comunicar alguma
verdade. De tal modo, ela tem moldado a forma do pensamento do nosso tempo, por
isso se faz tão importante hoje o conselho de Paulo: “Assim, quer vocês comam,
bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (BÍBLIA,
2003, 1 Coríntios 10:31, p. 1968) Nem todo artista que é cristão deve criar uma arte
que seja um sermão parafraseado. Turner (2006, p. 29) completa esse anseio ao
afirmar que “...uma vez que a arte é um registro e reflete as questões e ansiedades
da época, gostaria de ver contribuições que reflitam uma compreensão cristã. (...)
gostaria de vê-las nas artes em voga, e não na subcultura cristã.”
Um dos perigos em diminuir a arte, ao usá-la apenas como recurso
evangelístico, é de se apossar de todo um modelo secular, colocando um verniz
cristão e não percebendo as incompatibilidades entre o conteúdo e a forma,
esquecendo de que a forma também não é neutra. “É preciso ter cautela para não
usarmos ferramentas nas quais estejam pressupostos conceitos não cristãos, nos
tornando inocentes úteis de uma determinada cosmovisão. Tais ferramentas tendem
a moldar o seu usuário.” (COSTA, 2019, p. 62)

6 CONCLUSÃO

Ficou evidente, que a arte tem um papel muito importante na sociedade atual.
Através dela várias visões de mundo são cantadas, vistas e lidas. E uma arte cristã
só é possível a partir de um cristão comprometido em refletir em suas obras a obra de
Deus em sua vida, uma cosmovisão bíblica. Assim, essa arte deve ser avaliada a partir
de sua cosmovisão, qualidade técnica, beleza e propósito. Portanto, com essa
avaliação, um obra de arte qualquer, pode não ser agradável a Deus.
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Conhecer o que a Bíblia diz sobre a arte se faz importante para que o cristão
perceba que Deus se importa com a beleza, e deixo isso registrado de vária formas.
Não há uma sistematização, claro, mas há princípios fundamentais que podem nortear
o fazer artístico, por meio de uma percepção bíblica.
As perspectivas que devem moldar a avaliação da arte, de acordo com
Schaeffer, vão conduzir o cristão para que entenda como ler os sinais por trás da
criação artística. Com esses onze pontos, pode-se chegar a uma análise eficaz e clara
de uma obra de arte. E uma das razões da necessidade de uma análise constante, se
dá no Rookmaaker explica:

Hoje, se estudarmos os grandes artistas e seus feitos, não conseguiremos


identificar qual era a força propulsora de sua vida, no que eles criam, o que
defendiam. Essas coisas, vistas como subjetivas, são deixadas de fora.
Temos a impressão de que esses grandes nomes do passado eram capazes
de produzir suas obras de arte a partir de sua própria genialidade e ideias, e
que a religião tinha pouco a ver com isso. Precisamos nos atentar para esse
fato para não cairmos nessa perversão inerente, pois ela é fundamentalmente
uma inverdade. Os estudiosos modernos, os historiadores, os historiadores
da arte e os filósofos (assim como os artistas), fazem muito mais do que
apenas seguir as tendências. Eles operam a partir de uma perspectiva básica
da vida e da realidade. Essa perspectiva geralmente se configura como uma
religião irreligiosa. (ROOKMAAKER, 2010, p. 16-17).
Que a perspectiva cristã esteja muito clara nas nossas mentes. Por isso, como cristãos,
precisamos viver hoje ainda mais as verdades da Palavra de Deus, pois Ele se importa
com o que vivemos e cremos. Para o artista cristão só há uma saída. Nele deve haver
uma busca constante pelo senhorio de Cristo em todos os aspectos da vida humana,
essa procura deve ser diária e sem fim. “Nenhuma obra de arte é mais importante que
a própria vida do cristão e todo cristão deve se preocupar em ser um artista nesse
sentido. [...] A vida do cristão deve ser algo verdadeiro e belo em meio a um mundo
perdido e desesperado.” (SCHAEFFER, 2010, p. 76).
Como princípio geral para a criação artística e avaliação, deve-se permanecer
na instrução de Paulo aos filipenses, exercitando a mente de Cristo que está sendo
forjada em nós: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre,
tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de
boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.”
(BÍBLIA, 2003, Filipenses 4:8, p. 2038)
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7 REFERÊNCIAS
ARTE. In: WILLIAMS, Derek et al. Dicionário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida
Nova, 2000. p. 30, 31.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo NVI. Tradução: Nova Versão Internacional. São
Paulo: Editora Vida, 2003.
BLOG DO GUILHERME DE CARVALHO. Francis Schaeffer para o Século 21.
Viçosa, 2012. Disponível em:
http://ultimato.com.br/sites/guilhermedecarvalho/2012/02/08/francis-schaeffer-para-o-
seculo-21/. Acesso em: 05 de ago. 2020.
COSTA, Hermisten M. Cosmovisão e arte: uma introdução comprometida. Revista
Religião, Linguagem e Confessionalidade. São Paulo, v. 1 n. 1, p. 43-65, jan./jun.
2019.
FERREIRA, Franklin. Gigantes da fé: espiritualidade e teologia na igreja cristã.
São Paulo: Editora Vida, 2006.
L’ABRI FELLOWSHIP BRASIL. Lagoa Santa, 2020. Disponível em:
https://www.labri.org.br/sobre. Acesso em: 05 de ago. 2020.
MÚSICA. In: WILLIAMS, Derek et al. Dicionário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida
Nova, 2000. p. 243, 244.
ROOKMAAKER, Hans R. A arte não precisa de justificativa. Viçosa: Ultimato, 2010.
SCHAEFFER, Francis A. 25 estudos bíblicos básicos. Brasília: Editora Monergismo,
2015.
SCHAEFFER, Francis A. A arte e a bíblia. Viçosa: Editora Ultimato, 2010.
SCHAEFFER, Francis A. A morte da razão. São Paulo: Editora Fiel e ABU, 1977.
SCHAEFFER, Francis. A igreja no século XXI. São Paulo: Editora Mundo Cristão,
2010.
SCHAEFFER, Francis. O Deus que intervém. São Paulo: Cultura Cristã, 2016.
SCHAEFFER, Francis. Verdadeira espiritualidade. São José dos Campos: Cultura
Cristã, 1993.
TURNER, Steve. Cristianismo Criativo? - uma visão para o cristianismo e as artes.
São Paulo: W4 editora, 2006.

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