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DISCIPLINA
PLANIFICAÇÃO E ANALISE CURRICULAR
POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
GESTÃO
REALIZAÇÃO
DESCENTES:
Albertina Maurício Chilengue
Alice Salomão Novela
Clara da Rosália Nombora
Fátima Ngovene
Crizalda Azarias Vilanculos
Ricardina Abílio Mahumane
Sheila Domingos Franco Mahumane
XAI-XAI,
JULHO, 2020
Albertina Maurício Chilengue
Alice Salomão Novela
Clara da Rosália Nombora
Crizalda Azarias Vilanculos
Fátima Ngovene
Ricardina Abílio Mahumane
Sheila Domingos Franco Mahumane
GESTÃO
REALIZAÇÃO
A natureza do que está contido (o conteúdo) no currículo merece assim ser analisada de
forma crítica, face às circunstâncias, necessidades e públicos atuais. Para isso importa olhar o
currículo como esta realidade socialmente construída que caracteriza a escola como
instituição em cada época, e abandondo-se uma visão naturalista de currículo como um
figurino estável de disciplinas que nos últimos tempos têm sido ensinadas pela escola: não
foram sempre essas nem será sempre idêntico o modelo. Constitui-se em currículo aquilo a
que se atribui uma finalização em termos de necessidade e funcionalidade social e individual
e que, como tal, se institui.
Perceber de que forma as propostas curriculares podem ser colocadas em prática, quais são
os critérios que presidem no momento de elaborar essas propostas curriculares, quais são os
contextos onde se tomam as decisões que levam à transformação das mesmas, e, sobretudo,
perceber, num contexto de realização curricular, a necessidade de enquadrar o trabalho
pedagógico no âmbito da elaboração dos projectos educativos de escola e projectos
curriculares específicos, são aspectos que dizem respeito à natureza e âmbito do
desenvolvimento curricular. Pretende-se saber quais as orientações, na altura de concebermos
o currículo, que nos vão servir de base para a sua construção e desenvolvimento.
Para o desenvolvimento desse trabalho foi utilizada a pesquisa científica, quanto a sua
natureza utilizou-se a Pesquisa Básica onde predomina a fundamentação teórica. Quanto aos
objetivos prevaleceu à modalidade de Pesquisa Exploratória para proporcionar maior
familiaridade com o problema, e fazer um estudo mais detalhado do tema. Foi utilizada a
Pesquisa Bibliográfica, quanto aos procedimentos.
1.1.1 Geral
Compreender o processo de decisão curricular no contexto político-administrativo, gestão,
realização curricular;
1.1.2 Específicos
Reconhecer de decisão curricular no contexto Político-administrativo, gestão
realização curricular;
Indicar as etapas da decisão curricular no contexto Político-administrativo, gestão
realização curricular;
Descrever o processo da evolução de decisão curricular no contexto Político-
administrativo, gestão realização curricular;
Para Pacheco (2001) considera três grandes decisões neste contexto político-administrativo
de decisão de curricular. Para o autor, a primeira grande decisão assenta no planeamento
curricular e indica cinco dos modelos globais de construção curricular, também aplicados
noutros contextos. Quando se fala de prescrição não se deve entender num sentido de
determinismo absoluto, com a acção providencial da administração, mas num sentido de
orientação e estimulação já que existe uma responsabilidade político-administrativa na
ordenação de uma cultura de escola de que o currículo é o seu instrumento principal.
Nesta perspectiva, Kirk (1986, cit. in Pacheco (2001), considera que existem critérios
fundamentais na elaboração de um currículo nacional de modo a que este documento assuma
um carácter flexível e adequado às necessidades da população escolar que serve. Assim, a
consulta do currículo deve assumir um carácter democrático; não deve especificar
detalhadamente os conteúdos programáticos, mas sim basear-se numa estrutura geral ou
orientadora; considerar como objectivos gerais os aspectos relacionados com a vida numa
sociedade democrática; apresentar uma organização lógica dos conhecimentos e das
disciplinas; atender aos interesses dos alunos, permitindo que este possa tomar decisões;
respeitar as diferenças entre indivíduos, especialmente no que concerne aos diferentes ritmos
de aprendizagem e homogeneizar, o mais possível, os procedimentos em todo o sistema de
ensino.
Atendendo a estes princípios, Fernandes (1988, cit. in Pacheco 2001), define como
competências da administração central a realização dos planos curriculares, a elaboração dos
programas de cada disciplina e a apresentação de critérios gerais para a selecção de materiais
e manuais escolares; e ainda aspectos relacionados com a implementação do currículo:
organização do tempo escolar, determinação de critérios para a definição da unidade lectiva
básica, atribuição de cargas horárias e critérios gerais e específicos de avaliação.
O projecto curricular de escola, por sua vez, vai ao encontro das especificidades de cada
instituição, dos alunos e dos professores, adequando, assim, as orientações do sistema
educativo à realidade escolar. Este projecto envolve e responsabiliza os professores no
processo de desenvolvimento do currículo. De forma sucinta, Pacheco considera este
projecto como a adaptação do currículo pelos professores tendo em atenção a prescrição
existente e o contexto escolar em que se desenvolve, representando a articulação das decisões
da administração central com as decisões dos professores tomadas no contexto da escola e
funcionando como um elo de ligação intermédio entre o currículo-base e o projecto educativo
da escola, por um lado, e a planificação de actividades que cada professor prepara, por outro”
(Pacheco, 2001).
Quanto aos projectos curriculares de turma, podemos afirmar que são a fase final da
concretização do projecto curricular de escola. É no contexto da turma que o professor titular
de turma ou o conselho de turma elaborará e desenvolverá o projecto produzido em parceria
com os restantes docentes, adequando e construindo o currículo, atendendo, mais uma vez, às
especificidades presentes na sua sala de aula. Neste documento, deverão estar presentes
aspectos relacionados com as diversas áreas curriculares (conteúdos a abordar, sequência e
organização dos mesmos); as formas de organização das aprendizagens; as metodologias de
trabalho que serão adoptadas, a organização e o modo de funcionamento em termos de
espaço, recursos, entre outros e, ainda, as formas, critérios e instrumentos de avaliação a
utilizar naquele contexto (Roldão, 2003).
Actualmente, podemos considerar que este conceito de diferenciação curricular parte “de
uma percepção conceptual do currículo como construção social, referenciada especificamente
ao currículo enunciado, e situa, por outro lado, o currículo desenvolvido na sua dimensão de
práxis reconstrutora e geradora de significados que lhe dão realizações multiformes”
(Roldão, 2003).