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Manual do Curso de Licenciatura em ensino de Educação Física e

Desporto

Didática do Desporto I e II
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino à Distância
Didática do Desporto I e II i

Direitos de autor
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros) sem permissão expressa da entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique-Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.

Autor: Mcs Alberto Francisco Malequeta

Colaborador da Universidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino à Distância
82-5018440
23-311718
82-4382930
País

Fax:
E-mail: eddistsofala@teledata.mz
Website: www. ucm.mz
Didática do Desporto I e II ii

Agradecimentos
Agradeço a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:

Pelo meu envolvimento nas equipas do CED


Universidade Católica de Moçambique
como Docente, na área de Educação Física e
Centro de Ensino à Distância.
Desporto.
À Coordenação do Curso de Educação Física Pela contribuição e enriquecimentos ao
e Desporto. conteúdo
À Direcção do Centro de Ensino à Distância. Pela facilitação, orientação e prontidão
durante a concepção do presente manual.
Didática do Desporto I e II iii

Visão geral 5
Bem-vindo ao ensino da Didática do Desporto I e II 3º Ano ........................................... 5
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 6
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 6
Ícones de actividade .......................................................................................................... 7
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 7
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 8
Avaliação .......................................................................................................................... 8

Unidade nº 1 9
Generalidades da Disciplina ............................................................................................. 9
Sumário ........................................................................................................................... 15
Exercícios 1..................................................................................................................... 15

Unidade nº 2 15
Metodologia de Ensino do Desporto .............................................................................. 15
Sumário ........................................................................................................................... 24
Exercício 2 ...................................................................................................................... 24

Unidade nº 3 24
Modelo de Treino Desportivo ......................................................................................... 24
Sumário ........................................................................................................................... 30
Exercício 2 ...................................................................................................................... 30

Unidade nº 4 30
Fenómeno Desportivo e Educação Física Escolar .......................................................... 30
Sumário ........................................................................................................................... 33
Exercício 2 ...................................................................................................................... 33

BIBLIOGRAFÍA 34
Didática do Desporto I e II 5

Visão geral
A Cadeira de Didática do Desporto I e II foi introduzida para os Formandos, que, na sua maioria,
são já Professores do EP e/ou do ESG. Começa nestas Presenciais, para, segundo o seu propósito,
desenvolver uma forma inovadora de estar e ser, conhecer e aplicar a mesma. Nesta cadeira vamos
falar de uma forma geral da Didática do Desporto I e II e área de actuação no desporto.

Bem-vindo ao ensino da
Didática do Desporto I e II 3º Ano
Pretende-se munir ao estudante conhecimentos e competências
fundamentais à compreensão dos processos gerais e específicos da
Didáctica dos desportos Individuais e Colectivo, de modo a
compreender cada uma das modalidades Desportivas Individuais e
Colectivas, com enfoque sobre o que fazer e porque o fazer a partir da
vivência prática, reflectindo acerca dos conteúdos teóricos e práticos
específicos abordados (tecnologia didáctica referente ao processo de
treinamento e às respectivas progressões pedagógicas), conducente à
sua futura transmissão (como dar treino).

Conhecimentos, capacidades e competências a adquirir


A Didáctica dos Desportos Individuais e Colectivos visa abilitar os
estudantes para a condução do processo de ensino e aprendizagem dos
mesmos e a sua utilização como meio de valorização das actividades
físicas em diferentes contextos de prática não formal; identificar as
relações e dependências existentes entre os Desportos Individuais e
Colectivos; analisar a execução dos gestos técnicos e dos
comportamentos tácticos em situações de jogo simplificado de modo a
reconhecer o jogo como meio principal a utilizar no respectivo treino e
interpretar com desempenho motor satisfatório os gestos técnicos
básicos, bem como a metodologia.
Quando terminar o estudo da Sociologia do Desporto – 3º Ano, o
formando será capaz de:

 Perceber a evolução metodológica do ensino/treino dos diversos


desportos individuais e colectivos.
 Identificar as semelhanças estruturais das diversas modalidades que
compõem os desportos individuais e colectivos;
 Identificar as diferenças essenciais das diversas modalidades que
compõem os desportos individuais e colectivos;
Objectivos
 Reconhecer as regras primárias ou princípios de cada modalidade
abordada.
Didática do Desporto I e II 6

Quem deveria estudar este


módulo
Este Módulo foi concebido para os estudantes do 3º ano do curso de
Licenciatura em Educação Física e Desporto.

Como está estruturado este


módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por CED - UCM encontram-
se estruturados da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
 Um índice completa.
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.

Conteúdo do curso / módulo


O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, e uma ou mais actividades para auto-
avaliação.

Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista
de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir
livros, artigos ou sites na internet.

Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação


Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do módulo.

Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.
Didática do Desporto I e II 7

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Habilidades de estudo
Caro estudante, antes de mais o ensino à distância requer de ti
uma grande responsabilidade, ou seja, é necessário que tenhas
interesse em estudar, porque o teu estudo é ‘auto-didáctico’.
Entretanto, vezes há em que te acharás possuidor de muito
tempo, enquanto, na verdade, é preciso saber geri-lo para que
tenhas em tempo útil as fichas informativas lidas e os exercícios
do módulo resolvidos, evitando que os entregues fora de tempo
exigido.

Precisa de apoio?

Há exercícios que o caro estudante não poderá resolver sozinho, neste


caso contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a
situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o Staff do CED, neste
período pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre
outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta,
busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me
mutuamente, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza de
forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas
competências
Didática do Desporto I e II 8

Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos aos tutores/docentes da cadeira em questão.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plágio deve ser evitado. A avaliação da cadeira será controlada da
seguinte maneira:

Avaliação
Os exames são realizados no final da cadeira e os trabalhos marcados
em cada sessão têm peso de uma avaliação, o que adicionado os dois
pode-se determinar a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois)
testes e 1 (exame).
Didática do Desporto I e II 9

Unidade nº 1
Generalidades da Disciplina

O termo Didáctica tem a origem da palavra grega e esta relacionada a


arte de transmitir conhecimentos.
Em virtude ao grande empreendimento colectivo dos intelectuais
europeus para uma explicação científica e racional do mundo e a
necessidade de partir do olhar sistemático nasce ampla reforma do
conhecimento e dos métodos de ensino, o sentido de arte se aproxima
a uma técnica de ensinar. Sendo assim, a Didática passa a ser um
método de ensino centrado na razão, na busca de princípios gerais, na
observação da natureza, das semelhanças e diferenças entre os
fenômenos no século XVII. Assim o surgimento da Didáctica esta
relacionado com a pretensão de ser um método de ensino a nível de
ensino e método de trino a nível de treino de tudo a todos.

Com o desenvolvimento da ciência na área da educação possibilitou o


surgimento da Didática como uma disciplina ampla da Pedagogia. A
pedagogia tem origem do grego com objectivos de transmissão,
orientação, guia. Assim, a pedagogia é a ciência que estuda e teoriza
sobre a Educação, investigando sua natureza, finalidades e à nuances.

Segundo Houaiss (2001), a Didática tem uma definição e uma


compreensão contemporânea, que é a parte da pedagogia que se
consagra aos princípios científicos que orientam a actividade educativa
de modo a torná-la mais eficiente.
A didáctica é um dos ramos da Pedagogia. É uma disciplina que
estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo
de ensino tendo em conta os objectivos educacionais.

O objecto de estudo da Didactica

A nível da investigação, a didática tem sido vista como um


conhecimento relacionado com os processos de ensino e aprendizagem
que ocorrem em ambientes organizados de relação e comunicação
intencional, com vista a formação.
Faz parte das responsabilidades da didática investigar os nexos e
relações entre o ato de ensinar e aprender. Outrossim, a didáctica
possibilita ver o ensino como actividade de intercessão para progredir
o encontro formativo, educativo, entre o aluno e a matéria de ensino,
para cuja compreensão se juntam as teorias do ensino, as teorias do
conhecimento, as ciências auxiliares da educação e a epistemologia
das disciplinas ensinadas e estabelece uma correspondência dinâmica
Didática do Desporto I e II 10

entre três constituintes – professor (acção de ensinar), aluno (acção de


aprender) e matéria.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Conhecer os principais conceitos da Didáctica dos Desportos


Individuais e Coletivos;
 Conhecer os Princípios pedagógicos no ensino dos desportos
Objectivos Individuais e Colecivos.
 Conhecer as estratégias, tática e técnica; no treinamento dos desportos.

O desporto, neste primórdio de século, é um dos fenômenos sociais


mais presentes na vida do ser humano; nem mesmo os mais optimistas
desportistas imaginavam tamanha ascensão do desporto no mundo. E
actualmente o desporto é caracterizado por especialização precoce.

Com isso, o desporto tornou-se objeto de estudo nas mais variadas


áreas do conhecimento, com objetivo de estudar as suas possibilidades
em várias pesquisas. E o rendimento desportivo tem metas fixas para o
rendimento máximo, recebendo cargas de treinamento no limite de
suas possibilidades, aspirando ser o melhor do mundo; a saúde pesa
como a espada de Dâmocles devido ao trabalho intenso do treinamento
(DE La Rosa, 2004).

Em relação as modalidades desportiva coletiva com bola ou


modalidades individuais ou sem bola é importante que, toda a parte
técnica seja desenvolvida num processo de aprendizagem cognitivo-
motor precisa ser entrelaçado aos conteúdos e métodos de treino do
atleta.

Nos últimos anos, o desporto evidenciou avanços na literatura no seio


do ensino a partir das semelhanças estruturais entre as modalidades
coletivas, individuais e desportos radicais.
Para os desportivos colectivos são agrupadas em categoria pelo fato de
todas possuírem características invariantes: uma bola (ou implemento
similar), um espaço de jogo, parceiros com os quais se joga,
adversários, um alvo a atacar (e, de forma complementar, um alvo a
defender) e regras específicas.
Didática do Desporto I e II 11

São essas invariantes características que criam a categoria desporto


Coletivo, ou Jogo desportivo Colectivo (JDC), e que possibilitam
visualizar uma mesma estrutura de jogo. Esta estrutura comum, é
possível considerar as modalidades desportivas dentro de uma mesma
lógica, o que as tornam passíveis de um mesmo tratamento pedagógico
para seu ensino.

Esta abordagem de ensino dos desportos colectivos considera as


semelhanças entre as várias modalidades, definindo seis princípios
operacionais comuns, divididos em dois grandes grupos, um para o
ataque e outro para a defesa. Segundo Bayer, classifica os princípios
em:

 Princípios operacionais de ataque subdivididos em:


conservação individual e coletiva da bola, progressão da
equipe e da bola em direção ao alvo adversário e finalização
da jogada, visando à obtenção de ponto.

 Princípios operacionais da defesa subdivididos em:


recuperação da bola, impedir o avanço da equipa contrária e
da bola em direção ao próprio alvo e proteção do alvo visando
impedir a finalização da equipa adversária.

A partir dos seis princípios operacionais comuns às modalidades


desportivas colectivas, a que se integram nos mecanismos necessários
para operacionalização dos princípios descritos. São os meios de
gestão necessários para se alcançar êxito dos princípios operacionais.

Outrossim, os Desportos Individuais são aqueles que expõem um só


adversário em oposição a outro adversário. Desporto onde o atleta
compete individualmente. Sua vitória só depende de seus esforços.
Ainda podem ser descritos como individuais, quando o sujeito
participa sozinho durante a acção desportiva total (duração da prova,
do jogo), sem a participação colaborativa de um colega.

Os desportos individuais desenvolvem a personalidade, pois impõem


uma melhor preparação psicológica para que sejam aumentadas a
autoconfiança e a segurança, necessárias para um melhor desempenho
individual.
Para tanto, pode-se descrever os desportos individuais com os
seguintes princípios:
 São desportos sem interação com o oponente.
 Participam no desenvolvimento da personalidade, pois exigem uma
melhor preparação psicológica para a sua prática.
 Envolve um aumento d confiança, da preservaça, da motivação
intrínseca e da segurança.
Didática do Desporto I e II 12

De forma sintetizada, pode-se dizer que os desportos podem ser


classificados com base nos seguintes princípios: a) se existe ou não
relação com companheiros e, b) se existe ou não interação direta com
o adversário. Com base nesses princípios é possível classificar o
desporto em individuais, coletivas ou radicais, quando utilizado o
critério relação com os companheiros, e com e sem interação direta
com o adversário, quando o critério utilizado é a relação com o
oponente.

Os jogos desportivos coletivos é quando as modalidades exigem, pela


sua estrutura e dinâmica, a coordenação das acções de duas ou mais
pessoas para o desenvolvimento da atuação desportiva. Os mesmos se
qualificam pela confrontação por equipas, sendo limitados pelo
espaço, tempo e situação, contendo um sistema de referências com
vários componentes, como colegas, adversários, bola, campo de jogo.
Ainda ostentam um enorme interesse técnica-tática, fazendo com que
o atleta elabore planos de situações de acordo com as acções técnicas
adquiridas, em busca da melhor estruturação motora para atingir um
objetivo. E consideram-se individuais, quando a participação de um
sujeito durante a acção desportiva total (duração da prova, do jogo),
sem a participação colaborativa de um colega. Em a relação ao
adversário pode os desportos individuais pode ser classificação, a
interação com o adversário pode ser identificada como a característica
central dos desportes com oposição direta. Essa condição exige dos
participantes adaptações e mudanças constantes na atuação motora em
função da ação e da antecipação da atuação do adversário.

Fazendo uma combinação das classificações teremos as seguintes


categorias:

 Desportos Individuais em que não há interação com o


oponente: É Desporto onde atuação do sujeito não é
dependente diretamente pela necessidade de participação do
colega nem pela acção direta do oponente.

 Desportes individuais em que há interação com o


oponente: são aqueles em que os sujeitos se enfrentam
diretamente, tentando em cada ato conseguir os objetivos do
jogo evitando concomitantemente que o adversário o faça,
porém sem a colaboração de um companheiro.

 Desportos coletivos em que não há interação com o


oponente: são assim chamadas porque são actividades que
necessitam a participação de dois ou mais atletas, mas que não
comprometem a interferência do adversário na atuação da
actividade.
Didática do Desporto I e II 13

 Desportos colectivos em que há interação com o oponente:


compreendem actividades onde o sujeito colabora com seus
companheiros de equipa de forma convencionada, se
enfrentam diretamente com a equipa adversária, tentando
alcançar os objetivos do jogo, impedindo ao mesmo tempo
que os adversários o façam.

Outrossim, pode-se constatar que nos desportos sem interação com o


adversário segundo Almond (citado em Devis e Peiró,1992) tem-se
diferentes tipos de resultados como elemento de comparação de
desempenho, permitindo classificar em modalidades:

1) Desportos de "marca": são assim chamados porque nos


resultado da ação motora comparado é um registro
quantitativo de tempo, distância ou peso.

2) Desportos "estéticos": são aqueles dos quais o resultado da


acção motora comparado é a qualidade do movimento
segundo padrões técnico-combinatórios.

3) Desportos de precisão: aqueles que o resultado da acção


motora comparado é a eficiência e eficácia de aproximar um
objeto ou atingir um alvo.

Segundo Almond citado por Devis e Peiró,1992) classifica os


Desportos com interação com o adversário dando ênfase aos princípios
táticos do jogo, podem ser divididos em quatro categorias:

1) Desportos de combate ou luta: aqueles qualificados como


disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com
técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão,
imobilização ou exclusão de um determinado espaço na
combinação de ações de ataque e defesa (Brasil, 1998).

2) Campo e taco: abrangem desportos com objetivos colocar a


bola longe dos jogadores do campo a fim de recorrer espaços
determinados para conseguir mais corridas que os adversários.

3) Desportos de rede dividida ou muro: aqueles com objetivo de


colocar lançar um móvel em setores onde os adversários sejam
incapazes de alcançá-lo ou forçá-los para que cometam um
erro, servindo somente o tempo que o objeto está em
movimento.

4) Desportos de invasão: São desporto com objetivo invadir a


setor defendido pelo adversário procurando atingindo a meta
contrária para pontuar, protegendo simultaneamente a sua
própria meta.
Didática do Desporto I e II 14

As modalidades desportivas sempre tiveram amplo espaço em


diferente realidade a nível escolar, clubes e são justificadas
principalmente pela aceitação dos atletas ou alunos, a sua facilidade de
aplicação e a estrutura física.

Os especialistas em Educação Física estão em busca a implantação da


hegemonia do pensamento pedagógico e científico da área, através de
discussões a respeito do melhor método (Azevedo; Shigunov, 2001);
porém a maioria das abordagens questiona a eficiência técnica e o
rendimento desportivo.

Quando se fala de estratégia, vem à reminiscência nas pessoas uma


sucessão de formações defensivas e ofensivas e de “jogadas”
vinculadas a desportos colectivos executadas pela equipa desportiva,
que na verdade refere-se à estratégia seja ela colectiva ou individual.
Esse conceito confundido de tática faz com que haja uma resistência a
sua aplicação na iniciação. Essa resistência é justificada ao observar
muitas vezes crianças precocemente envolvidas em competições e que
são cobradas por seus professores/técnicos a executar “jogadas” e/ou
manter determinados comportamentos estratégicos. Tudo isso pode ter
como resultado a formação de atletas que utilizam movimentos
estereotipados e encontram dificuldades em aplicar a técnica para
resolver situações-problema que lhes são impostas pelas modalidades
desportivas.

Porém ao se referir do termo tática, é importante diferenciar de


estratégia, evidentemente é feita muita confusão com os dois termos,
originando imprecisões conceituais. O termo táctico muitas vezes se
confunde com a estratégia. Utilizam-se com frequência os termos
tática e estratégia como sinônimos ou não se estabelecem diferenças
entre eles; outrossim, se utiliza o termo táctico, mas seu significado
emprega se com a descrição de estratégia.

De forma geral, das descrições apresentadas anteriormente, pode-se


dizer que a estratégia distingue-se da tática, pois está ligada à
concepção, enquanto a tática relaciona-se à execução. Para outos
contextos da vida social referem que a estratégia representa o que está
previsto antecipadamente, enquanto a tática é a adaptação imediata das
estratégias; a nível desportivo refere às configurações do jogo e à
circulação de bola frente à oposição. Ainda pode se definir de
estratégia como sendo o processo de caráter prospetivo que explica os
contornos da atuação táctica do atleta.
Didática do Desporto I e II 15

Sumário
O Desporto, nas suas diversas vertentes - educativa, recreativa ou de
rendimento - constitui um dos fenómenos sociais identificadores desdê
anos de transição de milénio.

Exercícios 1
Após a leitura da Unidade I responde as seguintes questões:
1. Descreve de forma resumida os princípios pedagógicos no ensino
dos desportos individuais e colecivos.
2. A execução técnica é importante para se praticar uma modalidade
desportiva, mas sozinha, não garante uma ação inteligente dos atletas.
a) Descreve a importância da táctica e técnica nos desportos
individuais e coletivos.
3. Descreve as modalidades desportivas que correspondem as
seguintes categorias: desportos sem interação com o adversário;
Desportos Individuais em que não há interação com o oponente e
Desportes individuais em que há interação com o oponente.

Unidade nº 2
Metodologia de Ensino do
Desporto
Para analisar as implicações pedagógicas do ensino dos desportos
colectivos, considerando a dimensão simbólica inerente às acções
humanas. Os profissionais de educação física estão empenhados
encontrar o método ideal no ensino dos desportos colectivos.

É importante destacar que a dimensão técnica no ensino do desporto


colectivo estará presente durante todo o processo de ensino-
aprendizagem. O gesto técnico permite compor a técnica corporal, por
possuir uma tradição e ser passível de significações num grupo
específico.
Didática do Desporto I e II 16

Para o efeito é necessário refletir sobre Desporto e as implicações


pedagógicas, as mesmas são divididas em três dimensões a serem
levadas em consideração1:

1) A Gênese e a atual caracterização hegemônica da Instituição do


Desporto em relação ao projeto histórico hegemônico;

2) A inclusão do Desporto e suas finalidades no Sistema Nacional da


Educacional às políticas públicas formuladas e implementadas;

3) As práticas pedagógicas dos fazedores do desporto no trato com o


conteúdo de ensino desporto nos currículos das escolas públicas - a
busca da reinvenção do desporto.

Ao longo da história o desporto caracterizou-se respondendo a


eventualidades e necessidades próprias de formações e
socioeconómicas e culturais.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Conhecer as metodologias de ensino e suas implicações pedagógicas


nos desportos individuais e colectivos;
 Saber descrever e aplicar os princípios pedagógicos e organizacionais;
Objectivos  Saber organizar os torneios, campeonatos e demais atividades.

O Desporte deve ser ensinado com metodologias próprias respeitando


o princípio de individualidade, o interesse dos atletas e ainda
considerando o seu caráter multidimensional, sem esquecer da
aplicação dos princípios didáticos particularmente procedimentos de
ensino, que permitem alcançar um determinado objectivo.

Segundo a literatura são classificados vários métodos de ensino da


aprendizagem motora e o processo de treinamento desportivo. Para
este manual iremos destacar alguns destes métodos: método analítico,
global e o método estrutural. Actualmente este métodos são
designados por estratégias de ensino dentro das modalidades
desportivas seja ela colectiva ou individual.

No processo da definição da metodologia para o ensino do desporto,


devem envolver capacidades cognoscitivas e motoras, a motivação
para aprendizagem, a relação treinador-atleta ou professor-aluno se for
o caso na escola e a complexidade das tarefas onde o objetivo esta

1
http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/12308/1/11788-39795-1-
PB.pdf
Didática do Desporto I e II 17

relacionada ao factor aprendizagem do próprio atleta ou aluno que se


resumi em aprendizagem dos conceitos e averigue as soluções sem
dizer-lhes de uma forma direta, excepto pela resolução através de
jogos, actividades e práticas de treinamento sugerindo, desta forma,
um ensino construtivista, em que o atleta é construtor da
autoaprendizagem.

Conforme a informação anterior pode-se definir como método de


ensino a organização racional dos recursos disponíveis e dos
procedimentos-metodologia mais apropriadas para garantir um
determinado objectivo de forma mais segura e eficiente. Outrossim,
são caminho que nos conduzem a alcançar aprendizagem dos atletas
ou alunos. Pode-se afirmar que não existe um método único, universal
e válido para alcançar os objetivos, mas existe igualmente uma
sucessão de recursos que explicam e adaptam um e outro método
permitindo, desta forma, a aquisição dos mesmos resultados.

A nível Desportivo existem varias metodologias para o ensino dos


desportos, resultantes de diferentes representações e tolerando
influências, de várias correntes: metodologia centrada na técnica,
metodologia centrada na competição, metodologia centrada nos jogos
condicionados, metodologia tradicional, metodologia da série de
exercícios, metodologia de série de jogos, metodologia crítico-
emancipatória e metodologia estruturalista.

O ensino dos desportes na escola vem sendo, principalmente a


partir dos anos 80, alvo de inúmeras discussões e debates entre
estudiosos de Educação Física. De forma geral, estas discussões
versam sobre a forma como estes desportos são desenvolvidos e
sua finalidade no contexto escolar.

Podemos citar diversos métodos existentes para o ensino do


Desporto a destacar:

Por muitos anos, o ensino dos desportos foi baseado exclusivamente


no método analítico-sintético, caracterizado pela divisão das partes de
cada elemento técnico, iniciando pela aprendizagem dos fragmentos,
seguindo para a aprendizagem da união destas partes até chegar ao
jogo propriamente dito. Além disto, este método era extremamente
focado no comando do professor, um ensino rígido, enérgico e de
caráter imitativo.

Este método construído sobre as bases do treinamento desportivo, os


professores focalizam seu trabalho no ensino de técnicas desportivas
individuais e sistemas de jogos coletivos, em geral usando modelos
Didática do Desporto I e II 18

que repetem e reproduzem os modelos de treinamento dos adultos com


certas adaptações para as crianças.

Na década de 80, os professores alemães Heinz Alberti e Ludwig


Rothenberg propuseram este método com objetivos principais de
aperfeiçoamento da técnica motora, domínio do material do jogo e o
ensino do comportamento tático. O mesmo assenta-se no princípio
fundamental que os jogos devem ser desenvolvidos do mais simples
para os mais complexos e garantir uma intensidade máxima de prazer
e participação.
Este método classifica-se em três modelos

1) Aprendizagem por experiência de jogo – são aulas em que os alunos


aprendem a experimentar as mais diversas formas básicas de jogo, em
condições sempre renovadas.

2) Aprendizagem por condicionamento físico através do jogo - o


aumento da força, velocidade, agilidade, e outros aspectos físicos e
motores são requisitos para as formas mais difíceis de jogo e
determinados comportamentos técnicos e táticos durante um jogo.

3) Introdução de um novo jogo ou de uma série de jogos –


aprendizagem de novos movimentos decorrentes de pequenos e
grandes jogos desportivos, nova aquisição de elementos técnicos de
jogo.

Bunker e Thorpe (1982) com o objetivo de superar a abordagem de


ensino Tradicional, apresentam este método na qual baseia-se na
abordagem da compreensão dos jogos, onde todos e cada um dos
alunos podem participar na tomada de decisões. O ensino prossegue
através da tática de jogo, ao invés das habilidades técnicas. Esta
abordagem permite oportunidades reais para as crianças
desenvolverem seus próprios jogos, envolvendo-se, desta maneira, em
seu próprio aprendizado.
Didática do Desporto I e II 19

Na iniciação desportiva destaca-se aprendizagem motora ao


treinamento técnico e que consiste, basicamente, em desenvolver a
competência para solucionar problemas motores específicos do
desporto através do desenvolvimento das capacidades coordenativas e
técnico-motoras. Este método permite formação de automatismos
flexíveis de movimentos ideais conforme modelos; optimização dos
programas motores generalizados; aprimoramento da capacidade de
variação, combinação e adaptação do comportamento motor na
execução da técnica na situação de competição. Ainda busca incluir o
desenvolvimento paralelo de processos cognitivos inerentes à
percepção das táticas do jogo e se compõem de jogadas básicas
extraídas de situações padrões de jogo, aspecto este que, é a grande
vantagem deste método.

O ensino do desporto deve possuir princípios metodológicos da


lógica dialética, e apresentados de forma organizada e
sistematizados. São princípios do ensino: a relevância, a
contemporaneidade, a adequação às possibilidades sócio
cognoscitivas do aluno e a provisoriedade do conhecimento.
Neste método os conteúdos constituem referências que vão se
ampliando no pensamento do aluno de forma espiralada, desde o
momento da constatação dos dados da realidade, até sua
interpretação, compreensão e explicação.

Com os avanços tecnológicos e a mídia modificaram o desporto em


um fenômeno mundial, fazendo com que crianças de todas as idades
buscassem escolas de iniciação desportiva para a prática de uma de
suas modalidades. Por isso, a grande popularidade alcançada pelo
desporto fez com que muitos pesquisadores da área da Educação
Física começassem a estudar a metodologia ideal para o ensino do
desporto nos programas de iniciação.

Os princípios pedagógicos e organizacionais utilizadas no ensino do


desporto é muito importante, dado que o ambiente desportivo envolve
muitos desafios que devem superados, tais como: a busca pelo
desempenho atlético em crianças em fase de iniciação, a supremacia
da competitividade sobre os valores educacionais, a pressão
psicológica realizada por colegas e professores sobre os alunos menos
habilidosos, a especialização precoce em alguma modalidade
desportiva e a fragmentação das aulas, restringindo o aprendizado por
parte dos alunos (Galatti; Paes, 2006). Para a concretização do
Didática do Desporto I e II 20

desempenho atlético os pesquisadores em ensino da Educação Física,


enquanto disciplina escolar, apresenta variados princípios para o
ensino e prática do desporto numa dimensão educacional.

Acredita-se que, para o desporto tornar-se factor de emancipação


individual e consequentemente, alguns preceitos devem ser
respeitados, como:

Este princípio permite criar situações e oportunidades para a


participação de todas as crianças e jovens no aprendizado do desporto,
desenvolvendo habilidades e competências que proporcionem conter,
modificar, reedificar e usufruir as diferentes práticas desportivas.

Este princípio fundamenta-se pela participação ativa de todos os


envolvidos na estruturação do processo de ensino e aprendizagem do
desporto. Outrossim, é indispensável para os alunos, professores e
comunidade sejam conscientes e gestores do planeamento, execução,
avaliação e continuidade dos programas e projetos de treino ou ensino.

Foi concedido com objectivos de perceber, reconhecer e valorizar as


diferenças entre as pessoas no que se refere à raça, cor, religião,
gênero, biótipo, níveis de habilidades. Entendendo a diversidade como
uma oportunidade de aprender com as diferenças, é importante
diversificar as metodologias de ensino, favorecendo a convivência e a
aprendizagem compartilhada.

Define-se pela percepção do desporto como possibilidade de


aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, psicomotor e socio
afetivo. As acções pedagógicas devem abordar os conteúdos em
dimensão conceitual, atitudinal e procedimental.

A definição deste princípio consiste no entendimento e na


transformação do desporto como meio para uma educação
emancipatória que se baseia no conhecimento, no esclarecimento e na
autorreflexão crítica para superar o modelo de desporto, atualmente
difundido, em que predomina a eliminação, a violência, o sexismo, o
elitismo e a influência e imposição de modelos pela mídia. Portanto, a
autonomia constitui-se na capacidade dos atores sociais em analisar,
Didática do Desporto I e II 21

avaliar, decidir, promover e organizar a sua participação e de outros


nas diversas práticas esportivas.

Na organização de um torneio ou um Evento Desportivo é necessário o


desenvolvimento de um projeto que defina claramente o seu início e términus,
sendo importante que estejam bem delimitadas as actividades e as tarefas a
incluírem em cada uma das fases, bem como quem deve estar envolvido.

Para definir um projeto é indispensável que se realizem as seguintes etapas:


atribuição de um título; determinação dos objetivos; estabelecer as datas de
início e fim do projeto; determinação do responsável; descrição do projeto; e
por fim os comentários das principais questões e problemas do projeto.

Um evento é uma acção desenvolvida por um profissional mediante pesquisa,


planeamento, organização, liderança, controlo e implementação de um projeto,
visando atingir o seu público-alvo com medidas concretas e resultados
projetados.

Torneio: competição de carácter eliminatório, realizado num curto espaço de


tempo. Normalmente neste género de competição, dificilmente ocorre
confronto entre todos os participantes. Recomendável quando se tem pouco
tempo e um número elevado de participantes;

Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, campeonato é qualquer


certame, torneio ou disputa em que se concede o título de campeão ao
vencedor; certame é um evento público em que se confrontam equipas
desportivas; disputa é um confronto entre dois adversários; torneio é uma
competição em que tomam parte vários contendores; e copa é um campeonato
ou torneio em que se disputa uma taça ou troféu.

Nos desportos colectivos, em que as disputas ocorrem entre duas equipas de


cada vez, cada disputa é considerada popularmente jogo. Chama-se torneio a
qualquer série estruturada de jogos entre duas ou mais equipas, envolvendo um
regulamento e uma contagem de pontos, de forma a se estabelecer o vencedor
do torneio. E chama-se campeonato ao mais importante (e, em geral, mais
longo) torneio anual entre equipas de uma mesma região geográfica, ou
pertencente a uma mesma liga ou federação.
Didática do Desporto I e II 22

Por que apresentar como uma nova competência à capacidade de


organizar e de dirigir situações de aprendizagem? Ela não estaria no
próprio cerne do treinador ou professor? Na visão clássica do
professor, todas as situações vividas na escola são consideradas
situações de aprendizagem.

A escola é inteiramente organizada para favorecer a progressão das


aprendizagens dos alunos ou atletas e não se pode programar as
aprendizagens como a produção industrial de objectos, ou seja, é
preciso, às vezes, tomar decisões estratégicas.

Existe um movimento rumo à individualização dos recursos de


aprendizagem das habilidades diferenciada, tendo em vista a
progressão de cada atleta ou aluno. Os ciclos de aprendizagens
plurianuais estão inseridos neste contexto, com o objetivo de
proporcionarem uma melhor progressão de aprendizagem.

Existem vários tópicos a serem observados nas decisões de progressão


da aprendizagem, dentre eles destacam-se:

 Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível


e às possibilidades dos atletas;
 Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos de treino;
 Estabelecer laços com as teorias subjacentes às actividades de
aprendizagem;
 Observar e avaliar os atletas em situações de aprendizagem, de
acordo com uma abordagem formativa;
 Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões
de progressão.
Na perspetiva, organizar e dirigir situações de aprendizagem deixou de
ser uma maneira comum e difícil de designar o que fazem
espontaneamente todos os treinadores. Essa linguagem acentua a
vontade de conceber situações didáticas óptimas inclusive, e
principalmente, para os atletas que não aprendem rapidamente as
habilidades. As situações assim concebidas distanciam-se dos
Didática do Desporto I e II 23

exercícios clássicos, que apenas exigem a operacionalização de um


procedimento conhecido.

A avaliação de desempenho dos atletas representa um instrumento que


contribui para a melhoria da eficácia e eficiência dos processos de
gestão de uma organização desportiva.

A utilização de sistemas de avaliação de desempenho estruturados


definidos, regulados e assumidos pelos colaboradores de forma
sistemática e utilitária, os clubes desportivos possibilita o aumentar a
performance dos atletas e comprometimento dos intervenientes do
desporto.

Os exames médicos constituem um instrumento imprescindível para


aferir a aptidão ou inaptidão dos praticantes desportivos para o
desempenho da sua prática, representando um importante meio de
triagem de determinadas patologias ou situações clínicas,
principalmente na população jovem. Pois os exames de avaliação
médico-desportiva é um requisito necessária para qualquer praticante
desportivo, árbitro, juiz e cronometrista se possa inscrever, no início
de cada época, na respetiva federação desportiva dotada de estatuto de
utilidade pública desportiva.

A maioria das escolas em Moçambique, os jogos desportivos ainda são


desenvolvidos de forma tradicional. No começo da aula, são realizados
exercícios de aquecimento ou práticas de aptidões conhecidas; na parte
principal, são desenvolvidas as aptidões técnicas, frequentemente
executadas de forma isolada. Portanto, em consequência da tradição
histórica e do predomínio dos métodos de ensino, por muito tempo
predominaram – e ainda continuam em uso – os tradicionais métodos
ditos diretivos.
Didática do Desporto I e II 24

Sumário
O Desporto deve assumir outras características mais adequadas,
tratando-o pedagogicamente, pois este inadequadamente é tratado no
ambiente escolar, onde nas aulas os alunos têm que reproduzir as
técnicas e os gestos desportivos procurando atingir um rendimento
máximo, o qual acaba sendo o objectivo do professor.

Exercício 2
1. O princípio de inclusão permite criar situações e oportunidades para
a participação de todas as crianças e jovens no aprendizado do
desporto, desenvolvendo habilidades e competências que
proporcionem conter, modificar, reedificar e usufruir as diferentes
práticas desportivas. Fundamente a importância deste princípio
olhando para as crianças portadoras de deficiência motora.
2. Descreve os instrumentos para avaliação do desempenho.

Unidade nº 3
Modelo de Treino Desportivo
O Desporto nas suas formas institucionalizadas são actividades de alta
dificuldade e de grande exigência sobre os factores de rendimento,
físicos, técnicos, tácticos e psicológicos, implicando da parte dos
praticantes capacidade de adaptação e de resposta nos domínios
cognitivo, afectivo e motor. Tais categorias de dificuldade e exigência
permitem ao mesmo tempo um desafio e um risco, aos quais se
associam forças de atracção e de repulsão, traduzidas em expectativas,
sensações e sentimentos ora positivos ora negativos. Aderir e manterse
ligado à prática dos jogos pressupõe que, no praticante, as forças de
atracção ganhem prevalência e as forças de repulsão sejam mantidas
num nível que ele possa enfrentar ou tolerar.

À conformidade de qualquer matéria complexa e exigente, os jogos


desportivos necessitam de um tratamento didáctico que, ao reduzir e
adequar o grau de complexidade e dificuldade às actuais
possibilidades dos alunos, permite viabilizar a sua aprendizagem. Os
vários modelos de abordagem ao ensino dos jogos, a par das
concepções próprias sobre os processos de ensino e aprendizagem,
distinguem-se pela natureza dos conteúdos relevados, pela definição
Didática do Desporto I e II 25

da estrutura e sequência da apresentação e desenvolvimento das


situações de aprendizagem, pelos elementos do contexto de jogo que
são reduzidos, controlados ou eliminados em cada uma e no conjunto
das situação de prática.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:


 Conhecer os modelos de ensino dos jogos para a
compreensão.
Objectivos  Conhecer os modelos de competência nos jogos de invasão:
 Conhecer as competências do jogador;
 Conhecer os critérios para o delineamento das actividades
de treinamento.

Os modelos tradicionais de ensino dos jogos desportivos


enfatizam a aprendizagem dos elementos técnicos, apresentados
e exercitados em situações descontextualizadas, ao mesmo
tempo que atribuem pouca ou nenhuma importância aos
conteúdos tácticos. Não raramente a aprendizagem das
habilidades isoladas transforma-se num fim em si mesmo,
perdendo a sua conexão com a aprendizagem do jogo.

Nos modelos alternativos sustentam outras formas de ensino do


jogo, oferecendo máxima acuidade o elemento táctico, e formas
simplificadas de jogo, como contexto favorável para a
aprendizagem do jogo.

Estes modelos são é afectados por dimensões como a dimensão


cognitivo que compreende táctico-técnica, que abrange as
componentes cognitivas, motoras e físicas da performance; a
dimensão de interacção social, que compreende aptidões e
disposições de relacionamento no seio da turma, nomeadamente
com os colegas de equipa e adversários; e a dimensão
institucional-cultural, que inclui os significados atribuídos pelos
estudantes ao trabalho escolar e às formas de desporto
institucionalizado.
Didática do Desporto I e II 26

Competência nos jogos como modelo de invasão, esta


relacionada a três dimensões e as respectivas componentes. Os
mesmos estão preocupados em procurar e conferir maior
legitimidade e significado às experiências de aprendizagem e
regular um contexto mais aceitável para o desenvolvimento da
competência de jogo. Este modelo aparece e desenvolve-se num
período de renovação do ensino dos jogos desportivos e não
deixa por isso de ser influenciado pelas ideias emergentes de
outros modelos, onde importa salientar o modelo de educação
desportiva e o modelo de ensino dos jogos para a compreensão.

É um modelo define um plano compreensivo e coerente para a


renovação do ensino dos jogos na escola, conservando e reactivando o
seu potencial pedagógico. O modelo limita-se em definir a educação
lúdica "play education", avalia as abordagens descontextualizadas,
procurando estabelecer um ambiente propiciador de uma experiência
desportiva autêntica, conseguida pela criação de um contexto
desportivo significativo para os alunos, o que pressupõe resolver
alguns equívocos e mal entendidos na relação da escola com o
desporto e a competição.

As Características Estruturais do Modelo, seguem a ideia de


contextualização desportiva: As unidades didácticas são substituídas
por épocas desportivas para possibilitar uma maior concentração sobre
um tema e para fornecer uma estrutura global à organização da
experiência. A ideia de época desportiva tem subjacente a ideia de
filiação em equipas e de um quadro competitivo formal. Ainda neste
modelo enfatiza o fair play durante toda a época, tendo
classificação para o fair play em separado, ou com impacto na
pontuação geral da equipa. Este modelo afecta uma redefinição
importante dos papéis do professor e dos alunos. Nesta
conformidade, os critérios de formação de grupos visam
assegurar, não apenas o equilíbrio competitivo das equipas, mas
igualmente o desenvolvimento das relações de cooperação e
entreajuda na aprendizagem. Para o efeito, os alunos não são
colocados apenas no papel de jogadores ou executantes de
exercícios definidos e orientados pelo professor. São chamados a
tomar parte activa no ensino e aprendizagem e a desempenhar
um conjunto de papéis ligados ao contexto da prática desportiva.
Didática do Desporto I e II 27

Este modelo foi desenvolvido e sistematizado nos seus traços


fundamentais por Bunker e Thorpe em 1982, com objectivos de
desenvolver habilidades de modo a se deslocar para o
desenvolvimento da capacidade de jogo, subordinando o ensino
da técnica à compreensão táctica do jogo. O princípio é a de que
as circunstâncias de jogo precisam ser introduzidas antes e que a
partir daí se possa assegurar que as habilidades sejam ensinadas
de uma forma contextualizada.

Este modelo apresenta fases de descrição dos jogos em fases na qual


compreende:

1ª Fase inclui a apresentação de uma forma modificada de jogo


adequada à idade e ao nível de experiência dos alunos. O objectivo é
confrontar os alunos com problemas de jogo que estimulem a sua
capacidade de compreender e actuar no jogo;

2ª Fase compreende a avaliação das regras do jogo, do efeito que a


modificação das regras exerce na forma como se pontua, no que se
pode e não pode fazer.

3ª Abrange a consciencialização dos problemas tácticos do jogo. Nesta


fase, centra-se no ensino e privilegia a compreensão das tácticas
elementares, através da identificação dos problemas tácticos do jogo.

4ª Contempla a contextualização da tomada de decisão, em torno das


diversas questões, colocando-se à prova a capacidade de leitura e
tradução das situações de jogo em referência aos princípios tácticos
anteriormente apreendidos e às possibilidades de acção.

5ª Foi concebido com intenção de aprendizagem e domínio das


habilidades técnicas necessárias para resolver problemas reais do jogo.
Desta forma, o modelo versa o mais além do que a compreensão
táctica do jogo, ainda que seja esta a porta de entrada e a tónica
principal.

A 6ª fase enfatiza a performance, a conservação da qualidade do jogo


praticado, possibilitando um novo ciclo, com o início de um novo
jogo, ou de uma forma de jogo de complexidade superior.
Didática do Desporto I e II 28

O treinamento tem como objectivo atenuar desequilíbrios de


treinamento inteligente e com objectivo, respeitando as
particularidades de cada individuo. Além disso, visa treinar a “função”
desempenhada pelo corpo em uma atividade específica. No
desenvolvimento do conteúdo de treino são empregados conteúdos
relacionados com movimentos.

Segundo Spina (2011) as tarefas de treinamento na sua maioria, os


programas de treino envolve a produção de força em uma única
direção. Pouco tempo é dedicado ao treinamento que integra
movimentos em uma variedade de planos - similares às demandas
postas no corpo durante actividades da vida diária.

O Critérios para o delineamento das actividades de treinamento torna-


se cada vez mais inquestionável a necessidade de se estruturar o treino
de determinados exercícios, enquanto processo influenciador dos
resultados da performance. Para tal, concorre a utilização de princípios
de âmbito didáctico metodológico, no sentido de se configurar o
conteúdo que se pretende treinar.

Decorrente da especificidade do conteúdo, do contexto em que se


situa, das condições de envolvimento, dos objectivos e do nível de
desempenho dos atletas, o treinador é confrontado com a necessidade
de organizar o processo de instrução.

As deliberações expugnadas pelo treinador são suportadas pelos


modelos de instrução, os quais agregam, à luz de concepções
diferenciadas, os conteúdos específicos e a organização do processo de
instrução. Deste modo, a organização do processo de instrução decorre
da semelhança que se estabelece entre o objectivo, o conteúdo, os
procedimentos metodológicos e as formas de organização, estando
esta relação intimamente dependente das condições situacionais em
que se aplica. Estes elementos constituem as categorias didácticas
sobre as quais são tomadas decisões, procurando-se definir os
contornos de um modelo de actuação no processo pedagógico.

Os critérios para o delineamento das actividades de treinamento é


sustentada pela instrução que é por sua vez designado de abordagem
por estruturas de conhecimento, a estruturação do do treino deve partir
da actividade específica, assente em estruturas de conhecimento.
Outrossim, o conteúdo compõe o recurso central da construção da
Didática do Desporto I e II 29

instrução que se baseia no entendimento de que o desenvolvimento das


diferentes actividades desportivas determinam. Ainda é importante
salientar que o conteúdo, ao ser estimado como o elemento central de
toda a organização do processo de instrução, reivindica um domínio
aprofundado da especificidade da matéria em causa e da sua relevância
enquanto conteúdo didáctico.

Os critérios para o delineamento das actividades de treinamento deve


se ter em conta a organização e materialização do processo de
instrução, em referência ao conteúdo a tratar, particularmente:

 Definição dos objectivos a alcançar;

 Preparação das tarefas ou dos exercícios em função da


modalidade, consentânea com os objectivos considerados;

 A apresentação eficaz dos exercícios e tarefas, que forneça ao


atleta uma ideia clara sobre o que deve fazer, fundamentada na
motivação necessária para o fazer;

 A preparação e gestão do envolvimento de aprendizagem, de


forma a aumentar a motivação dos atletas para a prática das
tarefas;

 A supervisão do empenhamento, de forma a harmonizar ao


aluno ou atleta feedback relacionado com a sua performance
no cumprimento das tarefas;

 O desenvolvimento do conteúdo, através da alteração da


estrutura da tarefa, baseado na resposta motora do aluno ou
atleta durante a sua realização;

 A avaliação da eficácia do processo de instrução.


Didática do Desporto I e II 30

Sumário
O Desporto nas suas formas institucionalizadas compreende
actividades de alta dificuldade e de grande exigência sobre os factores
de rendimento, físicos, técnicos, tácticos e psicológicos, implicando
aos praticantes capacidade de adaptação e de resposta nos domínios
cognitivo, afectivo e motor.

Exercício 2
1. Descreve os modelos de ensino dos jogos para a compreensão
e dos jogos de invasão olhando pelas competências.

2. O que deve ter em conta ao se elaborar um plano de treino.

Unidade nº 4
Fenómeno Desportivo e
Educação Física Escolar
O Desportivo e Educação Física Escolar em quanto fenômeno
ocupando-se no seu destaque na sociedade contemporânea,
constituindo-se como um dos mais importantes objectos de análise,
não apenas das ciências do desporto, mas similarmente de múltiplas
abordagens literárias. Actualmente o desporto destaca-se pela
exaltação da educação física, visto que tornou se objecto de profundo
questionamento no que diz respeito aos seus objectivos, sentidos,
valores, diretrizes e aos instrumentos de acção didático-
pedagógica norteadores da prática pedagógica do professor na
escola. A este passo em que a educação física atingiu é,
reconhecido tipicamente de denúncia e crítica e designa-se de
Pensamento Pedagógico Renovador da Educação Física.

Esta unidade irá debruçar acerca das perspectivas sociológicas sobre a


actividade física.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:


Didática do Desporto I e II 31

 Conhecer o desporto enquanto fenômeno sociocultural;


 Conhecer o Desporto enquanto fenômeno desportivo e conteúdo da
educação física escolar;
Objectivos  Conhecer as Possibilidades educacionais da prática dos desportos.

O desporto escolar é, à base de iniciação desportiva na maior parte dos


países que se destacam em algumas modalidades. Fazendo uma análise
pode-se constatar que as discussões em torno dessa prática meramente
na formação de atletas dentro do contexto Escolar vem sendo
questionado e pensando nessa transformação, concordando o desporto
constitui-se hoje, sem duvidam, num dos mais importantes objectos de
análise, não apenas das ciências desportivas, mas das abordagens
científicas.

O Desporto escolar em função a pirâmide na formação do aluno ou


atleta está disposto a provar as alterações nas concepções da escola,
sendo a escola o meio de preparar os alunos para um estágio maior,
uma fase posterior, ou seja educar para a vida Adulta. Assim sendo, o
Desporto tem múltiplos estágios com finalidade, sendo no desporto a
iniciação desportiva como inicio.

Escola como uma “pirâmide” é definida como lugar onde as


experiências produzidas a partir da cultura corporal de movimento
poderão significar escolhas baseadas no conteúdo, na prática e na
crítica, tendo compreensão, até, que o rendimento desportivo expõe
objetivos bem limitados com o enfoque na maximização do
rendimento, a partir da autonomia despertada por essa prática
consciente. E nas aulas de educação física, o desporto estabelece uma
relação com o mundo, possibilitando compreensão crítica dos
movimentos gestuais que proporcionem o jogar. Ainda circunscreve
princípio fundamentais do desporto Educacional: princípio da
totalidade, da coeducação, participação, cooperação, contribuindo
como um meio de promoção da educação.
Didática do Desporto I e II 32

A educação física parece não apenas ter adotado o desporto como


principal conteúdo na lecionação nas escolas. No seu
desenvolvimento, o desporto tornou-se o conteúdo determinante das
aulas do ensino básico essencialmente no ensino médio. Esta
intervenção foi construída ao longo do século XX, culminando nas
décadas de 60, 70 e 80 com a ideia central de pirâmide desportiva,
cuja base é composta pela educação física, com a função de iniciar a
popularidade desportiva a nível da escola. Esse contributo permitiu
com que o desporto atingisse um papel fundamental na política e
sociedade, através dessa exigência que a educação física escolar
passou a ser sinônimo do desporto, produzindo uma monocultura do
desporto na escola.

A educação física escolar tem sido considerado o desporto da escola,


ou seja, a inserção do desporto na escola esta subjacente na ideia da
educação física, subordinada ao papel atribuído no contexto de
subordinar a educação física ao desporto.

Outrossim, o Desporto influência a educação física desde após a


Segunda Guerra Mundial na definição dos conteúdos hegemônico na
cultura corporal de movimento o mesmo desenvolvido pelos factores
como mídias, resultante do modelo de desporto Francês, tendo seu
crescimento difundido na educação física escolar, sujeitando pelo
desporto. Assim sendo, os estabelecimentos de ensino não pode ficar
alheia à prática hegemônica do desporto no contexto da cultura do
movimento, passando a ter grande influência na educação física, pois
os conteúdos possibilitam transmitir social a prática para as futuras
gerações, com a ajuda dos professores de educação física, edificando
um papel pedagógico que no universo escolar.

No contexto escolar, os profissionais de Educação Física devem levar


em reflexão que o seu trabalho centra-se em um meio cultural, com
pessoas que fazem parte de uma realidade social e utiliza conteúdos
historicamente relevantes cultura.

Os fazedores de educação de educação física carecem de metodologias


que se adaptem a realidade de seus alunos ou atletas e os mesmos
devem refletir e estudar constantemente sobre conteúdo, metodologia
e a forma de transmissão e interação do professor.
Didática do Desporto I e II 33

Para refletir criticamente sobre as possibilidades educacionais na


prática desportiva devemos ter em conta algumas dimensões
nomeadamente: a gênese e a atual caracterização hegemônica da
Instituição Desporto em relação ao projeto histórico hegemônico; a
inclusão do Desporto e suas finalidades no Sistema Nacional da
Educação e às políticas públicas formuladas; as práticas pedagógicas
dos professores no trato com o conteúdo de ensino desporto nos
currículos das escolas públicas - a busca da reinvenção do desporto.

Sumário
O Desportivo e Educação Física Escolar em quanto fenômeno
ocupando-se no seu destaque na sociedade contemporânea,
constituindo-se como um dos mais importantes objectos de análise,
não apenas das ciências do desporto, mas similarmente de múltiplas
abordagens literárias. Actualmente o desporto destaca-se pela
exaltação da educação física, visto que tornou se objecto de profundo
questionamento no que diz respeito aos seus objectivos, sentidos,
valores, diretrizes e aos instrumentos de acção didático-pedagógica
norteadores da prática pedagógica do professor na escola.

Exercício 2
1. Quais são as características do desporto enquanto fenômeno
sociocultural.

2. Para refletir criticamente sobre as possibilidades educacionais


na prática desportiva devemos ter em conta 3 dimensões.
Descreve cada dimensão tendo em vista a implicação para o
desporto.
Didática do Desporto I e II 34

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