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Manual de Tronco Comum

Disciplina: Didáctica Geral


1º Ano /1o SEMSTRE
Código: ISCED1-GL03
TOTAL DE HORAS: 100H
CRÉDITOS (SNATCA): 4

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (ISCED)

i
Direitos de autor (copyright)

Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED),


e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónico, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED)).

A não observância do acima estipulado, o infractor é passível a aplicação de processos


judiciais em vigor no País.

Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED)


Coordenação do Programa de Licenciaturas
Rua Dr. Lacerda de Almeida. No 211, Ponta - Gea
Beira - Moçambique
Telefone: 23323501

Fax: 23323501
E-mail: direcção@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz

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Agradecimentos

O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) é o autor do presente manual


agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste
manual:

Pela Coordenação Direção Académica do ISCED: Departamento de


Apoio ao Estudante.

Pelo design Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED

Financiamento e Logística Instituto Africano de Promoção da Educação a


Distancia (IAPED)

Americo Gabriel Fole Toca, Mestrado em Psicologia


Pela Revisão, Abril de 2016
Educacional pela Universidade Pedagógica, Beira -
Moçambique.

Elaborado Por: Pós-Graduada Aissa Firoza Madeira – Mestrado em Formação de


Formadores, pela Universidade Pedagόgica, Sofala, Moçambique. 2015.

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Índice

Visão geral 1
Benvindo ao Módulo de Didáctica Geral .......................................................................... 1
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 2
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 6
Avaliação ........................................................................................................................... 7

TEMA I: Fundamentos da Pedagógia - Introdução a Didáctica 9


UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Evolução Histórica e Pensamentos Pedagógicos................... 10
Introdução........................................................................... Erro! Marcador não definido.
Sumário ........................................................................................................................... 10
Exercícios de auto-avaliação ............................................... Erro! Marcador não definido.
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Desenvolvimento histórico da Didática: principais teóricos e
evolução das ídeias pedagógicas .................................................................................... 13
Introdução....................................................................................................................... 13
Sumário ........................................................................................................................... 14
Exercícios de auto - avaliação ......................................................................................... 20
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. Didática Instrumental para Didática Fundamental ............. 21
Introdução....................................................................................................................... 21
Sumário ........................................................................................................................... 21
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 24
UNIDADE Temática 1.4. Didáctica Inter/ Multicultural ................................................. 25
Introdução....................................................................................................................... 25
Sumario …………………………………………………………………………………………………………………….25
Exercícios de auto-avaliação…………………………………………………………………………………… 29
UNIDADE TemáDidácticas - suas relações com a Pedagógia e outras ciências...........................31

Introdução................................................................................................................................. .31

Sumário ............................................................................................................................... ......31

Exercicio de auto - Avaliação ...................................................................................................... 33

iv
TEMA II: O papel da didáctica na formação do professor Erro! Marcador não definido.

Introdução............................................................................................................................................ 34
Sumário .................................................................................................................................................35
Exercicio de auto - avaliação.................................................................................................................37
UNIDADE TEMÁTICA 2.2. A formação de professores inicial e continuada – o professor reflexivo
.............................................................................................................................................. 38
Introdução............................................................................................................................ 38
Sumário……………………………………………………………………………………………………………………………….39
Exercícios de auto - avalição............................................................................................. .43

UNIDADE TEMÁTICA 2.3.O Processo de Ensino Aprendizagem e as metodologias de ensino:


estruturando o processo……………………………………………………………………………………………………..44
Introdução.............................................................................................................................................44

Sumário……………………………………………………………………………………………………………………………….44
Exercícios de auto - avaliação .................................................................................................. 48

Tema III Planificação do Processo de ensino e Aprendizagem...................................................... 49


Introdução.................……………………………………………………………………………………………………………………… 50

Sumário .................................................................................................................................... 51
Exercícios de auto - avaliação .................................................................................................. 54
UNIDADE TEMÁTICA 3.2. Niveis de Planificação do PEA Tipos de Planejamentos .................. 55
Introdução ................................................................................................................................ 55
Sumário .................................................................................................................................... 56
Exercícios de auto-avaliação .................................................................................................... 57
UNIDADE TEMÁTICA 3.3.Componentes de Planificação e de PEA .......................................... 58
Introdução ............................................................................................................................... 58
Sumário.................................................................................................................................................60

Exercícios de auto - avaliação .................................................................................................. 63


UNIDADE Temática 3.4. Etapas de Processo de ensino e de Aprendizagem.Erro! Marcador não definido.
Introdução ............................................................................................................................... 64
Sumário .................................................................................................................................... 65
Exercícios de auto – avaliação………………………………………………………………………………………………………… 66

UNIDADE Temática 3.5 Estrutura da aula-Funções Didáctica................................................. 67


Introdução ................................................................................................................................ 67
sumário ………………………………………………………………………………………………………………………………………… 68

Exercícios de auto - avaliação..................................................................................................70


UNIDADE Temática 3.4.Funções Didácticas e suas caracteristicas………………………………………………... .71

Introdução ............................................................................................................................................71

Sumário............................................................................................................................................... 72

Exercicios de auto - avaliação ...............................................................................................................71

v
UNIDADE Temática - 3.5 Objectivos .....................................................................................................71

Introdução ............................................................................................................................................71

Exercicio de auto - avaliação ................................................................................................................ 79

Unidade Temática - 3.6. Objectivos de Ensino .................................................................................... 80

Introdução ............................................................................................................................................80

Sumário.............................................................................................................................................. 81

Exercicio de auto - avaliação .............................................................................................................. 85

TEMA IV: Metodologias de ensino-aprendizagem 86


Introdução ................................................................................................................................ 86
Sumário................................................................................................................................................. 87

Exercicio de auto - avaliação ……………………………………………………………………………………………………… 89

UNIDADE TEMÁTICA 4.2.Classificação dos métodos de ensino- aprendizagem .......................... 90

Introdução ....................................................................................................................................... 90

Sumário ............................................................................................................................................ 91

Exercicio de auto - avalição .............................................................................................................. 96

TEMA V: Meios e Recursos Didácticos .................................................................................... 97


Introdução ................................................................................................................................ 97
Sumário……………………………………………………………………………………………………………………………………….. 98

Exercicio de auto - avaliação ………………………………………………………………………………………………………… 104

TEMA VI: Avaliação no Processo de Ensino e Aprendizagem ……………………………………………………… 105

Introdução …………………………………………………………………………………………………………………………………… 105

Sumario ……………………………………………………………………………………………………………………………………… 106

Exercicio de auto - avaliação ........................................................................................................ 110

Bibliográfia......................................................................................................................................... 111

vi
Visão geral

Benvindo ao Módulo de Didáctica Geral

Caro estudante, bem-vindo a Didáctica Geral - é uma das


disciplinas que procura evidenciar o como ensinar ou
simplesmente como promover o processo de ensino
aprendizagem. Para a concretizacao deste proposito a didactica se
orienta em cinco questoes importantes para o processo de ensino
na sala de aula como: (por quê? tem sido a questao ligada aos
objectivos), (o quê? esta questao assegura a particularidade de
conteudos e programas e curricula), (como? a questao está
relacionada com os metodos e tecnicas no processo de ensino), (a
quem? Com esta questao relacionamos com o tipo da
personalidade que está na formacao). Portanto a didactica é uma
ferramenta fundamental no processo de ensino aprendizagem.
E assim se espera que este módulo traga uma contribuição valiosa
na formação de todos que desejam ser professor e, porque não,
guia de actualização do pensamento e práctica pedagógica dos
que já são professores e tem, desse modo, a nobre tarefa de
fazer com que os saberes, saber fazer e saber ser e estar da
humanidade seja apropriados pelos alunos, servindo assim de
base para o desenvolvimento das suas personalidades, a medida
da demanda social, cultural, política e económica dos países na
formação de homens e mulheres com competências significativas
para fazer face ao progresso e harmonia da humanidade, a
começar pela das instituições e indivíduos

Objectivos do Módulo

Ao terminar o estudo deste módulo de Didáctica Geral deverás ser


capaz de: Compreender a função da didáctica no processo de
ensino-aprendizagem.
Avaliar as diferentes bases teóricas que orientam o processo de
ensino-aprendizagem.
Analisar uso da didactica o processo de ensino-aprendizagem nas
escolas Moçambicanas.

1
 Analisar as diferentes formas de avalição do PEA
 Classificar os diferentes recursos e meios didácticos.
 Distinguir os diferentes tipos de didácticas.
 Relacionar a Didáctica com outras ciências.
Objectivos

Quem deveria estudar este módulo

Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano de todos os


cursos de licenciatura do ISCED. Poderá ocorrer, contudo, que haja
leitores que queiram se actualizar e consolidar seus
conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o
manual.

Como está estruturado este módulo

Este módulo de Didáctica Geral, para estudantes do 1º ano dos


cursos de licenciatura do ISCED, está estruturado como se segue:
Páginas introdutórias

 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como
componente de habilidades de estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo

Este módulo está estruturado em quatro Temas. Cada tema, por


sua vez comporta certo número de unidades temáticas
visualizadas por um sumário. Cada unidade temática se caracteriza
pela introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade
temática ou do próprio tema, são incorporados antes exercícios de
auto-avaliação, só depois é que aparecem os de avaliação. Os
exercícios de avaliação têm as seguintes características: exercícios
teóricos e praticos, incluido estudo de casos na sala de aulas.

2
Outros recursos

A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, apresenta uma


lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso
como: livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter
acesso a Plataforma digital moodle para alargar o horizonte dos
seus estudos.

Auto-avaliação e Tarefas de avaliação

Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final


de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos
exercícios de auto-avaliação apresentam duas caracteristicas:
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo,
exercícios que mostram apenas respostas.
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras.
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os
exercícios de avaliação é uma grande vantagem.

Comentários e sugestões

Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados


aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
pedagógica, etc. Pode ser que graças as suas observações, o
próximo módulo venha a ser melhorado.

Ícones de actividade

Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas


margens das folhas. Estes icones servem para identificar
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa,
uma mudança de actividade, etc.

3
Habilidades de estudo

O principal objectivo deste capítulo é o de ensinar aprender a


aprender. Aprender aprende-se.

Durante a formação e desenvolvimento de competências, para


facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos
estudos, procedendo como se segue:

1º Práticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de


leitura.

2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida).

3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e


assimilação e análise crítica dos conteúdos (estudar).

4º Fazer seminário (debate em grupos), que possebilita comprovar


a sua aprendizagem com a dos colegas.

5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou


as de estudo de caso se existir.

IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo,


respectivamente como, onde e quando... estudar, como foi
referido no início, antes de organizar os seus momentos de estudo
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à
noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana?
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada
hora, etc.

É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido


estudado durante um determinado período de tempo; Deve
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao
seguinte quando achar que já domina bem o anterior.

Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler


e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos
conteúdos de cada tema, no módulo.

DICA IMPORTANTE: não recomendamos estudar seguidamente por

4
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos
das actividades obrigatórias.

Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual


obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado
volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo,
criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência
lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente
incapaz!

Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma


avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobretudo,
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área
em que está a se formar.

Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que


matérias deve estudar durante a semana. Face ao tempo livre que
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades.

É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será


importante para o estudo das diversas matérias que compõem o
curso. A colocação de notas nas margens do seu caderno ou livro
pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil
identificar as partes que está a estudar e pode escrever
conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode
também utilizar a margem para colocar comentários seus
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é
imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de
uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um
conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar;

Precisa de apoio?

Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas
trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriviços de
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR),

5
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
torna incontornável entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.
As sessões presenciais/virtuais são um momento em que você,
caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com
staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do
ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões
presenciais/virtuais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar
assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%
do tempo de estudos a distância, é de muita importância, na
medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas.
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e
unidade temática, no módulo.

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)

O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e


autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues
duas semanas antes das sessões presenciais/virtuais seguintes.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da
disciplina/módulo.
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa,
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados,
respeitando os direitos do autor.
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um

1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
6
autor, sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).

Avaliação

Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância,


estando eles fisicamente separados e muito distantes do
docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja
uma avaliação mais fiável e consistente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento da de
avaliação.
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de
frequência para ir aos exames.
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou módulo e
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência,
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da
cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois)
trabalhos e 1 (um) (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as
recomendações, a identificação das referências bibliográficas
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de
Avaliação.

7
\\\

TEMA I: FUNDAMENTOS DA DIDÁCTICA

Introdução da Unidade Temática I – Introdução

Caro estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em torno de quatro
(5) itens fundamentais sobre a Didáctica como forma de Conhecimento, como são
apresentados a seguir:

 Unidade Temática 1.1 Evolução histórica e pensamentos pedagógicos;


 Unidade Temática 1.2 Desenvolvimento histórico da Didática: principais
teóricos e evolução das ideias pedagógicas;
 Unidade Temática 1.3 Da Didática Instrumental para Didática
Fundamental;
 Unidade Temática 1.4. Didática Inter/Multicultural.
 Unidade Temática 1. 5. Didáctica e suas Relações com outras ciência.

A disciplina de Didática tem Como propósito central apresentar e análisar um conjunto


de conhecimentos gerais e específicos dessa área de estudos. Apresentamos o
desenvolvimento histórico da Didática e sua tendência evolutiva, evedenciamos os
principais teóricos e evolução das suas ideias pedagógicas.

Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura diferente na
construção do conhecimento.

Seja bem-vindo!

9
\\\

UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Evolução histórica e pensamentos pedagógicos

Introdução

Caro estudante, nesse primeiro capítulo vamos estudar o desenvolvimento histórico da


Didáctica partindo das ideias pedagógicas, e o conceito, evidênciando os principais
teóricos ou pedagogos e sua influência na Didáctica. Por isso, nesta unidade,
pretendemos que você desenvolva uma postura diferente na construção do
conhecimento.

Seja bem vindo!

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Conhecer a evolução da Didáctica em diferentes períodos


partindo das ideias dos pedagogos;
 Identificar os diferentes períodos da evolução da Didactica;
 Caracterizar os referidos períodos da Didactica;
Objectivos
 Descrever os diferentes tipos de Didáctica.

Sumário

Presado estudante Você se lembra de como seus professores lhe ensinavam as lições?

É importante pensar nisso para que possamos compreender o desenvolvimento histórico da


Didática, seu campo de estudo e até mesmo analisar sua influência no pensamento e na
realização do trabalho docente ao longo do processo de escolarização, inclusive nos dias
actuais.

O que é didática? O que a didática estuda?

A palavra Didática deriva da expressão grega (didaktiké), que se traduz como arte ou técnica de
ensinar. Durante muito tempo, seu conceito ficou restrito ao acto de ensinar, mas, nos dias de
hoje, os estudos dessa área interligam o acto de ensinar ao acto de aprender, ou seja,
preocupam-se em desenvolver teorias e práticas, buscando subsidiar e orientar a actuação dos
professores para a eficácia do processo de ensino e de aprendizagem.

10
\\\

O termo Didáctica, é conhecido desde da Gécia antiga, e alguns pensadores definem a


didáctica como uma acção que se refere ao ensino, e outros, como uma ciência , cujo
objectivo fundamental é de ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas
relativas á metodologias e ás estratégias de aprendizagens. A partir da trajetória de
surgimento da Didáctica, é possível perceber que sua temática central se traduziu (e se
traduz) em torno de estudos, discussões e análises para nortear e/ou instrumentalizar o
processo de ensino-aprendizagem em que estão envolvidos aluno e professor (ALVITE
apud DAMIS, 2007).

As preocupações centravam-se (e centram-se), ainda, no estudo de um conjunto de


normas, recursos e procedimentos que deveriam informar e orientar o trabalho
docente.
Nessa trajetória de evolução, é possível observar que, além da produção de
conhecimentos sobre o acto de ensinar, a escola se organizou e se legitimou como uma
instituição social. Nesse contexto, foram identificadas relações entre as práticas
pedagógicas desenvolvidas pelos professores e a finalidade social da escola. Então,
como reflexão sistemática (aquela que estuda as teorias de ensino e aprendizagem e
seus resultados), a Didática, segundo Masetto (1997, p. 13) vai pensar e reflectir sobre
questões relacionadas à escola e à sala da aula, dentre as quais, destacamos:
• Como a criança e o adolescente aprendem?
• Como é a actividade do professor em aula?
• Como o professor ajuda os alunos a aprender?
• Como organizar o currículo de uma escola?

 Como fazer o processo de avaliação?

Tendo pensado e reflectindo sobre o processo ensino-aprendizagem e sua organização


que acontece na escola e na sala de aula, na actualidade, a Didática é reconhecida como
um campo de estudo que se dedica a compreender as práticas pedagógicas, bem como
a buscar alternativas e caminhos para que a aprendizagem se realize de forma activa e
significativa. Também investiga as condições materiais e sociais que permeiam as
relações entre a docência e a aprendizagem e, ainda, se preocupa em conhecer e
estudar as teorias da educação, as quais norteiam as directrizes da actividade
profissional dos professores (LIBÂNEO, 1994). Sendo assim, [...] a ela cabe converter
objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos
em função desses obcjetivos, estabelecer os vínculos entre o ensino e aprendizagem, tendo em
vista o desenvolvimento das capacidades mentais.

Portanto, a didática não é uma ciência isolada ou solitária mas ela resulta de um conjunto de
disciplinas que servem de pilares da pedagogia. A didática por si só tem sido o ramo principal do
estudo da pedagogia. Todavia, pela sua aplicabilidade no processo de ensino e aprendizagem
vários autores definem a didática segundo a sua sua visão na sua aplicação.

11
\\\

A Didática é o estudo do processo de ensino e aprendizagem e, nesse sentido, ela


enfatiza a relação professor-aluno (HAYDT, 2006, p 13).

Para Libaneo (1994, p.52) a didática investiga as condições e formas que vigoram no
ensino e, ao mesmo tempo, os factores reais (sociais, políticos, culturais,
psicossociais) condicionantes entre a docência e a aprendizagem.

Segundo Piletti (2008, p.42), a didática estuda a técnica de ensino em todos seus
aspectos práticos e operacionais. Portanto, ela é técnica de estimular, dirigir e
encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação do homem.

Sintizando

Nesse sentido, é importante que o professor organize o processo de ensino-


aprendizagem a partir da concepção actualizada de Didática – a compreensão de que
ensinar e aprender são processos que caminham juntos, pois têm como princípio básico
uma dinâmica de acções pedagógicas que visa às actividades dos alunos e não à
passividade.

Exercícios de auto-avaliação

1- Explica como se faz o processo de avaliação na didáctica ?

2- Defina o conceito da didáctica?

3- Descreva a evolução da tragetoria da didáctica?

4- Quem foi o pai da didáctica.

a- LIBÂNEO.

b- ALVITE.

c- Aristotiles.

d- João Comênio

Resposta:

 A Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagógia que procura conduzir o processo

12
\\\

de educativo. Actualmente a Didáctica reclama “autonómia” e sua acção transcende


o contexto escolar, ela investiga o processo de ensino-aprendizagem, orienta o
processo educativo para os fins propostos.

 A Didática é o estudo do processo de ensino e aprendizagem e, nesse sentido, ela


enfatiza a relação professor-aluno (HAYDT, 2006, p 13).

 Nessa trajetória de evolução, é possível observar que, além da produção de


conhecimentos sobre o acto de ensinar, a escola se organizou e se legitimou como
uma instituição social. Nesse contexto, foram identificadas relações entre as práticas
pedagógicas desenvolvidas pelos professores e a finalidade social da escola. Então,
como reflexão sistemática (aquela que estuda as teorias de ensino e aprendizagem e
seus resultados), a Didática, segundo Masetto (1997, p. 13) vai pensar e reflectir
sobre questões relacionadas à escola e à sala da aula.

4. O pai da didáctica foi: João Comênio

1. Explica o conceito da didáctica na visão de (Libâneo, 1994).


Exercícios
2. O que significa a palavra Didáctica.
3. Em que contexto a Didática surgiu?
4. Quais são os pressupostos evidênciados pelos grandes teóricos da
Didática em relação ao processo de ensino e aprendizagem?.
5. Qual (is) é (são) a(s) contribuição(ões) da Didática para o trabalho docente

UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Desenvolvimento histórico da Didática:


principais teóricos e evolução das ideias pedagógicas

Introdução

Pretende-se nesta unidade temática debater entorno da história da Didáctica que esta
relacionada ao aparecimento do ensino – no decorrer do planejamento e intencional.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

13
\\\

 Conhecer o surgimento e o desenvolvimento


histórico da Didática e seus principais teóricos,
Objectivos  Definir os conceitos das três catecogorias,
(Educação, Instrução e Ensino).
 Analisar os pensamentos pedagógicos de cada dos
teóricos apresentados.
 Explicar o surgimento da didáctica com disciplina.

Sumário

Discrição e Evolução da História da Didáctica

Estudos realizados por Haydt (2006) e Libâneo (1994-2002) revelam que a história da
Didática está relacionada ao aparecimento do ensino – no decorrer do desenvolvimento
da sociedade, da produção e das Ciências – como uma actividade planeficada e
intencional, destinada à instrução.

Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares de instrução e


aprendizagem, porém não como forma organizada de ensino, por exemplo, nas
comunidades primitivas a aprendizagem acontecia a partir da convivência diária entre as
pessoas, bem como das diferentes situações e actividades vivênciadas umas com as
outras. Na realização dessas actividades, o saber era transmitido de maneira informal,
ou seja, ainda não existia o carácter “didático”, o ensino formal (LIBÂNEO, 1994).

Na chamada Antiguidade Clássica (gregos e romanos) e no período medíeval, também se


desenvolveram formas de acção pedagógica em escolas mosteiros, igrejas, univesidades.
Entretanto, até meados do século XVII, não podemos falar de Didáctica como teoria do
ensino que sistematiza o pensamento didáctico e o estudo científico das formas de
ensinar.

O termo “Didática” teve origem quando os adultos começaram a intervir, de forma


organizada e planificada, na actividade de aprendizagem de crianças e jovens, por meio
do agrupamento dos conhecimentos pedagógicos e da atribuição da actividade de ensinar
com intenção pedagógica. “A escola se torna uma instituição, o processo de ensino passa
a ser sistematizado conforme níveis, tendo em vista a adequação às possibilidades das
crianças, às idades e ritmo de assimilação dos estudos” (LIBÂNEO, 1994, p. 58).

Foi no século XVII que a Didática emergiu formalmente como uma área de conhecimento
que visa à investigação da ligação entre ensino e aprendizagem. Nesse século, João Amós
Comênio (1592-1670) escreveu a primeira obra clássica sobre Didática, A Didática
Magna, a qual é uma de suas obras mais expressivas.

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Suas ideias foram fórmuladas numa época em que surgiram novidades no campo
da Filosofia e das Ciências e grandes transformações nas técnicas de produção se
iniciaram. Nesse contexto, Comênio desenvolveu ideias avançadas para a prática
educativa nas escolas, opondo-se às ideias conservadoras da nobreza e do clero.

Didática da vida, por isso chamada magna.


Na sua obra A Didática Magna, Comênio propõe a reforma da escola na busca
pelo ensino, pela aprendizagem e por um método para preparar o indivíduo para a
cidadania, partindo da vida religiosa-comunitária, fundamentado nas leis e estruturas da
natureza. Assim, na abertura desta obra revela como propósito que:
Através da Didática deve: buscar e encontrar um método para que os docentes ensinem
menos e os discentes aprendam mais; que nas escolas, haja menos conversa, menos
enfado e trabalhos inúteis, mais tempo livre, mais alegria e mais proveito; na república
cristã, haja menos trevas, menos confusão, menos dissídios e mais luz, mais ordem,
mais paz e mais tranquilidade (COMENIUS, 1997, p.13).
Comênio (apud LIBÂNEO, 1994) foi o primeiro educador a formular a ideia de que
os conhecimentos deveriam ser difundidos a todos, a criar princípios e regras do ensino.
Ao lutar para que a educação fosse direito de todos, revelou sua indignação em relação
ao sistema educacional de sua época, no qual a educação era discriminatória e privilégio
de poucos. Outro aspecto que merece destaque na Didática defendida por Comênio é a
proposta de uma educação de uso prático e contextualizada, na qual o homem deixa de
ser mero espectador.

Ao referimos a
história da Didáctica,
encontramos ideias
de ensinar por
“instinto”, ou por
aquilo que a cultura
nos impõe a
aprender e a pratica
de uma epoca.
Voltaremos ainda da
história.

Surgimento da Disciplina da didáctica


A disciplina da didáctica surge como campo de conhecimento, no século XVII, e constitui
um marco revolucionário e doutrinário.no campo da educação, com os seguintes
educadores: RATÍQUIO e COMÊNIO (século XVII), que propuseram agruparmos os

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conhecimentos pedagógicos.

Figura: 1. Pai da didática- João Amos komensky ou Comenius (1592-1670)

Disponivel em http://janaina-pedagogia.blogspot.com/2009/03/por-uma-educacao-de-qualidade-e-sem.html Acesso em 09-04-


2016

Comenius foi o criador da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século


XVII. Já naquele século, ele concebeu uma teoria humanista e espiritualista da formação
do homem que resultou em propostas pedagógicas hoje consagradas ou tidas como
muito avançadas.

Entre essas idéias, estavam:

a) O respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem,


b) A construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e
c) Uma educação sem punição mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado.

Comenius pregava ainda:

(a) A necessidade da interdisciplinaridade,


(b) da afetividade do educador e de
(c) um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico.
(d) coerência de propósitos educacionais entre família e escola,
(e) desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e
(f) a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral.

A escola moderna muito deve a ele. As idéias de seriação, currículo e avaliação


modernas estão ancoradas em suas primeiras premissas. Fonte:
http://frankvcarvalho.blogspot.com/2011/09/joao-amos-comenius-jan-amos-
komensky.html

Figura: 2. Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827).

Disponivel em: http://frankvcarvalho.blogspot.com/2011/10/johann-heinrich-pestalozzi-educador.html Acesso em 09-04-2016

A escola idealizada por Pestalozzi:

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- Não apenas uma extensão do lar, mas inspira-se no ambiente familiar, (atmosfera de segurança e
afeto);
- O amor é a plenitude da Educação: só o amor tem força salvadora capaz de levar o homem à plena
realização moral.
- Na visão de Pestalozzi, a criança se desenvolve de dentro para fora.
- Um dos cuidados principais do professor deve ser o de respeitar os estágios de desenvolvimento
pelos quais a criança passa.

O Método de Pestalozzi:

- Do mais fácil e simples, para o mais difícil e complexo, do conhecido para o novo e do concreto
para o abstrato, o ideal é “aprender fazendo”;

- O processo educativo deve englobar três dimensões humanas para uma formação também tripla:
intelectual, física e moral;

- O método de estudo deveria reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número
(posteriormente, a linguagem);

- Nas suas escolas não havia notas ou provas, castigos ou recompensas;

- Mais importante do que o conteúdo, o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

Em suma, Pestalozzi foi um dos pioneiros da educação moderna, influenciando profundamente


todas as correntes educacionais, e longe está de deixar de ser uma referência. Fundou escolas,
cativava a todos para a causa de uma educação capaz de atingir o povo, num tempo em que o
ensino era privilégio exclusivo. Fonte: http://frankvcarvalho.blogspot.com/2011/10/johann-
heinrich-pestalozzi-educador.html

ROUSSEAU(1712-1778), onde deu origem a um novo conceito de infância.

Seu pensamento sobre Educação


Na sua proposta educacional enalteceu a "educação natural" conforme um acordo livre
entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma
reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes.
Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou "materialismo dos sensatos",
ou "teísmo", ou "religião civil". Lançou sua filosofia não somente através de escritos
filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia.

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Os pressupostos básicos de Rousseau com respeito à educação eram a crença na


bondade natural do homem, e a atribuição à civilização da responsabilidade pela origem
do mal. Se o desenvolvimento adequado é estimulado, a bondade natural do indivíduo
pode ser protegida da influência corruptora da sociedade. Conseqüentemente, os
objetivos da educação, para Rousseau, comportam dois aspectos: a) o desenvolvimento
das potencialidades naturais da criança e b) seu afastamento dos males sociais.

O mestre deve educar o aluno baseado nas suas motivações naturais. "Logo que nos
tornamos conscientes de nossas sensações, estamos inclinados a procurar ou evitar os
objectos.

Método
Essencialmente o mestre deve educar o aluno para ser um homem, usando a estrutura
provida pelo desenvolvimento natural do aluno, enquanto ao mesmo tempo mantendo
em mente o contexto social no qual o aluno eventualmente será um membro. Isto
somente pode ser conseguido em um ambiente muito bem controlado.

As mães deveriam amamentar e fortificar o corpo de suas crianças por meio de testes
severos de força física e resistência. Seu método de educação era o de retardar o
crescimento intelectual: ele demandava a criança demonstrar seus próprio interesse em
um assunto e fazer suas próprias perguntas; no estágio da puberdade, no entanto, a
sensibilidade do jovem deveria ser educada. O adolescente aceitaria com confiança um
contrato livre e recíproco de amizade com seu mestre, que poderia então ajudá-lo a
descobrir as alegrias da religião e as dificuldade de lidar com a sociedade.

O ambiente em que o aluno vive deve ser tal que não haja nenhuma restrição física que
não venha do próprio aluno, e depois que desenvolve cognitivamente, até os 15 anos
não deveria haver qualquer restrição moral em seu ambiente. O objetivo é que o aluno
desenvolva plenamente seu Eu natural. Obviamente, uma tal educação só seria possível
se o aluno fosse totalmente isolado da sociedade e não tivesse contacto social, senão
com seu mestre.

O aluno somente entraria na sociedade quando a tendência para a socialização surgisse


como uma de suas necessidades naturais. Isto aconteceria na adolescência, após o
desenvolvimento da razão. Diz Rousseau "Ele antes tinha apenas sensações, agora ele
julga." Então o aluno experimenta um desejo de companhia e lhe será permitido
desenvolver relacionamento pessoal. Então ele vai estudar história e religião.
Finalmente ele vai entrar "na sociedade educada de uma grande cidade". Ele agora
poderá entender o que significa ser um cidadão. Fonte: www.consciencia.org/rousseau.shtm. Acesso
em Abril de 2016.

A Didática se fundamentou nos seguintes princípios:

 A finalidade da educação é conduzir o ser humano à felicidade eterna com Deus,


 Todos os homens merecem a sabedoria, a moralidade e a religião.
 O homem deve ser educado de acordo com seu desenvolvimento natural, isto é,

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de acordo com as características de idade e de capacidade conhecimento.


 A principal tarefa da Didática é estudar essas características e os métodos de
ensino correspondentes, de acordo com a ordem natural das coísas.
 Salientava a importância da educação formal nas crianças pequenas e
preconizou a criação de escolas maternais, pois essas teriam, desde cedo, a
oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveria ser
aprofundado mais tarde.
 Os conhecimentos devem ser adquiridos e assimilados pelos alunos a partir da
observação das coisas e dos fenômenos, utilizando e desenvolvendo
sistematicamente os órgãos dos sentidos.
 A educação deveria começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais
obtidas por meio dos objectos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas
pela razão.
 Comênio defende também, na sua obra, “A Didática Magna” que o professor,
ao ensinar sobre um assunto, deveria preencher as seguintes etapas:

1. Apresentar o objecto ou ideia directamente, fazendo demonstração, pois o aluno


aprende através dos sentidos, principalmente vendo e tocando.
2. Mostrar a utilidade específica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na vida
diária.
3. Fazer referência à natureza e [à] origem dos fenômenos estudados, isto é, às suas
causas.
4. Explicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes.
5. Passar para o assunto ou tópico seguinte do conteúdo apenas quando o aluno tiver
compreendido o anterior (COMÊNIO apud HAYDT, 2006, p.17).

Pensamentos pedagógicos de cada teóricos apresentados pelos pensadores:

As ideias apresentadas e defendidas por Comênio impulsionaram o surgimento de


uma teoria do ensino, influênciando directamente o trabalho docente, mas, mesmo
assim, Comênio não conseguiu retirar algumas crenças usuais da época, sobre o ensino,
pois, mesmo partilhando um ensino a partir da observação e da experiência sensorial,
manteve seu caráter transmissor; e, apesar de defender a adaptação do ensino às fases
do desenvolvimento infantil, conservou, ao mesmo tempo, um método único e o ensino
simultâneo a todos.

Assim, demarcamos outro grande nome da Didática: Jean Jacques Rousseau


(1712- 1778), filósofo iluminista, considerado um dos principais pensadores franceses
do século XVIII, que, procurando atender aos anseios da época, propôs uma nova
concepção de ensino, a qual se fundamentava directamente nas necessidades e nos
interesses da criança.

Vejamos, então, as principais ideias de Rousseau (apud LIBÂNEO, 1994, p. 60):


1) A preparação da criança para a vida adulta deve basear-se no estudo das coisas

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que correspondem às suas necessidades e interesses actuais.


2) A Educação é um processo natural, ela se fundamenta no desenvolvimento
interno do aluno.

Estudos revelam que Rousseau não colocou suas ideias em prática e nem elaborou
uma teoria de ensino. Essa tarefa foi realizada por outro grande nome da Didática, o
pedagogo João Henrique Pestalozzi (1746-1827), que trabalhou na educação de crianças
pobres, em instituições que ele próprio dirigiu. Atribuía grande importância ao ensino
como meio de educação e desenvolvimento das capacidades humanas, cultivando o
sentimento, a mente e o caráter.

Para Pestalozzi (apud LIBÂNEO, 1994, p. 60), a educação escolar, sendo


desenvolvida a partir do método intuitivo, poderia conduzir os alunos a desenvolver “o
senso de observação, análise dos objetos e fenômenos da natureza e a capacidade de
linguagem, através da qual se expressa em palavras o resultado das observações”.

A educação era entendida por Pestalozzi como um instrumento de reforma social,


ou seja, uma possibilidade que poderia mudar as condições precárias de vida do povo.
Defendeu a democratização da educação e o acesso à educação escolar para todas as
crianças, independentemente de sua condição social (HAYDT, 2006).

O método de ensino elaborado por Pestalozzi (apud HAYDT, 2006, p. 19) trouxe à
educação intelectual vários aspectos inovadores: esta inovacao foram resumidos em
principios educacionais como :
 O estabelecimento de uma relação de amor e respeito mútuos entre professor e
aluno.
 O professor deve respeitar a individualidade do aluno.
 A finalidade da educação é favorecer o desenvolvimento físico, intelectual e
moral.
 O objectivo do ensino não é a exposição dogmática e a memorização, mas sim o
desenvolvimento das capacidades intelectuais do aluno

 A instrução escolar deve favorecer tanto o desenvolvimento físico como o


intelectual.

 A aprendizagem escolar não deve corresponder apenas à aquisição de


conhecimentos, mas principalmente ao desenvolvimento de habilidades e ao
domínio de técnicas

 O método de instrução deve ter por base a observação ou percepção sensórial e


começar pelos elementos mais simples.

 O ensino deve seguir a ordem psicológica e respeitar o dedenvolvimento infântil.


 O professor deve desenvolver cada tópico do conteúdo de tal forma gradual,
considerando que a aquisição dos conhecimentos se dá forma gradativa.

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Na sequência, encontramos Johann Friedrich Herbart (1776-1841), pedagogo alemão


que também exerceu grande influência na didática e na prática docente. Hebart (apud
HAYDT, 2006) atribuía grande importância à educação, como responsável pela formação
das representações e pela forma como essas representações são combinadas nos mais
elaborados processos mentais.

Para Hebart (apud LIBÂNEO, 1994), a actividade educativa deve orientar o homem para
querer bem, possibilitando que aprenda a comandar a si próprio.
O método de ensino do professor têm a função de introduzir ideias correctas na mente
dos alunos e de provocar-lhes a acumulação de ideias. Assim determinou quatro passos
didáticos que deveriam ser rigorosamente seguidos pelo professor:
 A preparação e a apresentação da matéria de forma clara e completa, às quais
denominou clareza.
 A associação entre as ideias antigas e as novas.
 A sistematização dos conhecimentos, tendo em vista a generalização A aplicação do
uso dos conhecimentos adquiridos por meio de exercícios, denominado de método.
. Com isso, a aprendizagem torna-se mecânica, automática, desprovida de
mobilização da actividade mental, ou seja, da reflexão e do pensamento independente e
criativo dos alunos (LIBÂNEO, 1994).
Ensino- são acções meios e condições para a realização intencional da instrução. É
importante vincar a intencionalidade de quem ensina, isto é dos objectivos, dos meios,
dos conteúdos e das condições da sua realização.
Instrução- Formação e desenvolvimento intelectual mediante domínio de um
determinado corpo de conhecimentos.

Sintetizando

O professor deverá criar situações estimuladoras para investigar, nos alunos,


reacções e respostas que garantam a formação integral do aluno. Para isso, o ensino
deve ser desenvolvido pelo professor, a partir de centros de interesses directos e
práticas com perspectiva, é um grande defensor dos métodos de ensino activos.
É possível observar que a evolução dos pensamentos sobre a Didática se
fundamenta em pressupostos teóricos, bem como em ideias pedagógicas que
caminharam em direcção à necessidade de se reverem os processos de ensino e de
aprendizagem. Tais pressupostos teóricos muito contribuíram para a organização do
espaço escolar, bem como para a reforma dos métodos de ensino e de sua aplicação, ao
longo do desenvolvimento do ensino formal.

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Exercícios de auto - avaliação

1. A Didática fundamentou 6 princípios.


a- Menciona 3 principios.
2. A disciplina da didáctica surge como campo de conhecimento, no século XVII, e
constitui um marco revolucionário e doutrinário.

2.1.Menciona os nomes dos pensadores que marcaram essa epoca.

a- Ratíquio e Comênio, Rousseau, Pestalozzi e Herbt.

b- Rousseau, Piaget e Aristoteles.

c- Pestalozzi, Carlos Max e Comênio

d- Herbat, Joao Comênio e Pestalozzi

3.Defina o conceito da Educação


Resposta:

 Educação é uma acção reguladora e estimuladora do processo de desenvolvimento


humano e da personalidade humana. Também pode se considerar como um
processo social âmplo de influências e interrelação, compreemde situações
intencionais e ocasionais.

 Ratíquio e Comênio, Rousseau, Pestalozzi e Herbt.

1.Comênio na sua obra, “A Didática Magna” estabeleceu algumas etapas em como o


Exercícios professor deve ensinar. Justifica a resposta exemplificado – as.

2.Explique a relação entre as categorias de Ensino, Educação e Intrução.

3. Discuta os conceitos do Surgimento da Disciplina da didáctica de cada Educador.


4. Explique a evolução das três categorias em Moçambique.
5. Haydt (2006) e Libâneo (1994-2002) revelam que a história da Didática está
relacionada ao aparecimento do ensino – no decorrer do desenvolvimento da
sociedade. Justifica a resposta reflectindo – se ao contexto moçambicano.

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UNIDADE TEMÁTICA: 1.3. Didática Instrumental para Didática


Fundamental

Introdução

Ao iniciar esta unidade , vamos abordar sobre a didáctica instumental, que e concebida
por conhecimentos técnicos e para a didáctica fundamental são quelas que analisam as
prácticas pedagogicas no processo de ensino. Também iremos reflectir entorno das
prepectivas didáctica.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Evidênciar as características da proposta da


Didática Fundamental e Instrumental.
 Explicar os fundamentos Humanos da Didáctica.
Objectivos
 Descrever a diferença que existe entre
abordagem humanista e técnica.
 Explicar a Didáctica como uma disciplina
pedagógica.

Sumário

Antes de prosseguirmos a responder à seguinte questão: O que é uma didática


exclusivamente instrumental?

A Didática, numa perspectiva instrumental, é concebida como um conjunto de


conhecimentos técnicos sobre o “como fazer” os pedagógico, conhecimentos estes
apresentados de forma universal e, consequentemente, desvinculados dos problemas
relativos ao sentído e aos fins da educação, dos conteúdos específicos, assim como do
contexto sóciocultural concrecto em que foram gerados (CANDAU, 2002, 13-14).

Para a autora, nessa proposta (a Didática exclusivamente instrumental) o processo de


ensino-aprendizagem é desenvolvido a partir de uma visão reducionista e neutra. Por
isso, propõe a construção de uma Didática fundamental, a qual deve assumir a
multidimensionalidade do processo ensino-aprendizagem e promover uma articulação
entre as dimensões humana, técnica e político-social no centro de sua discussão
(CANDAU, 2002).

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Ora vejamos a:
Abordagem humanista: a didática têm como centro a dimensão humana no
processo ensino-aprendizagem, preocupando-se, poís, com a aquisição de actitudes
como empatía, calor humano, etc. Considera a relação interpessoal como centro do
processo ensino-aprendizagem.

Na abordagem técnica: o processo ensino-aprendizagem é uma acção intencional


e sistemática, portanto precisa ser organizado da melhor maneira possível,
considerando os objectivos instrucionais, o conteúdo programático, as estratégias de
ensino, o sistema de avaliação. Há uma busca pela organização de condições que
favoreçam a aprendizagem.

Em relação à dimensão político-social, a autora explica que nesta dimensão está


intimamente relacionada à organização social que se impregna em toda prática
pedagógica. Poís todo processo ensino-aprendizagem que acontece sempre numa
cultura específica têm uma posição de classe definida na Didática: evolução histórica e
pensamentos pedagógicos. Em suma e uma organização social. Nesta perpectiva
(CANDAU, 2002,P.14), diz que toda prática pedagógica possui em si mesma uma
dimensão político-social.

(CANDAU, 1984 apud CANDAU, 2002, p.15), explica que a Didática fundamental é
aquela que analisa as boas prática pedagógica e seus determinantes, aprofundando
algumas questões tais como: “a natureza do saber escolar, a relação escola e sociedade,
a competência do professor e suas dimensões”.

Abordagens Metodológicas

Nesta temática vamos discutir diferentes abordagens metodológicas no contexto em


que foram geradas, a visão de homem na sociedade em relação ao conhecimento da
educação e fazer uma reflexão didáctica com base nas experiências concrectas da teoria
e da prática. Contudo podemos dizer que a Didáctica Fundamental preocupa – se com
os seguintes aspectos:
 Como realizar a prática pedagógica,
 Para que realizar a prática pedagógica,
 Por que realizar a prática pedagógica.
Em gesto de conclusão podemos nos referir que esses elementos têm
sentido quando são desenvolvidos de forma articulada usando a
mecanização e manipulação de métodos e técnicos.

A história da Pedagógia é longa, remonta da Grécia; era papel dos escravos acompanhar
as crianças dos senhores aos locais de instrução, aos poucos essa actividade deixou de
ser do escravo e passou a ser de um profissional a que hoje chamamos de pedagogo.
Etimologicamente, pai, paidós=crianças, agein=conduzir; logo= ciência, assim a
Pedagógia significa ciência para a condução das Crianças, Piletti (1990).

Hoje a Pedagógia assume um papel diferente daquele desempenhado pelos escravos,

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\\\

trata de investigar as leís e regularidades que orientam o processo de ensino-


aprendizagem. Evidentemente que esse papel não seria possível se a Pedagógia não
lançasse mãos a outras ciências de natureza psicológia, sociológica e, até pedagógica
(assunto a ser abordado com maior detalhes na Unidade II). Dentro dessa
complexidade, Piletti (1990) apresenta três áreas importantes da Pedagogia:

1- Aspecto Filosófico: nesta área situam-se as disciplinas como a Filosofia


educacional, Políticas Educativas, teoria da Educação, História da Educação sua
principal preocupação é direccionar a educação para o ideal proposto por cada
povo, responde a questão o que deve ser a educação para um determinado povo
ou nação.
2- Aspecto técnico: esta área é mais operacional, no sentido de conduzir a
educação para as finalidades propostas, constam as disciplinas como, por
exemplo, a Administração Escolar, Saúde e Higiene Escolar, e a própria Didáctica.
3- Aspecto Científico: esta área pedagógica trata de investigar o campo educativo,
responde a questão o que é a Educação, fazem parte as disciplinas como a
Sociologia Educacional, Biologia Educacional, Educação Comparada etc.
Depois da classificação da Pedagogia apresentada, facilmente pode se compreender que
a Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagógia que procura conduzir o processo
educativo. Dissemos processo educativo por simples razão, há uma visão tecnicista que se
tem da Didáctica sobretudo, quando é encarrada como a “ciência que ensina a ensinar”
ou seja reduzida ao contexto da sala de aula. Actualmente a Didáctica reclama
“autonómia” e sua acção transcende o contexto escolar, sendo assim é pertinente
apresentar os fundamentos humanos da Didáctica.

Fundamentos Humanos da Didáctica

A educação é um processo histórico, colectivo e dinâmico que visa a


humanização do homem. Humanização entendida como processo de
construção do homem e da sociedade numa constante busca de superação
de condições opressoras e desumanizantes, (Marafon, 2001).

Sintetizando

Queremos destacar que, na Didática instrumental, a Didática é concebida como “um


conjunto de procedimentos e técnicas que o professor deve dominar para promover um
ensino eficiente. É a operacionalidade do processo que constitui a preocupação
central”. Já a Didática fundamental é concebida como “um saber de mediação e
garante sua especificidade pela preocupação com a compreensão do processo ensino-
aprendizagem e a busca de intervenção na prática pedagógica, concebida como prática
social, articulando sempre o ‘fazer’ com o sentido ético e político de todo projecto
educativo”.

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Exercícios de auto-avaliação

1. A didáctica Fundamental é concebida como um saber da mediação. Justifica a sua


respota.
2. Defina o conceito da Didáctica na prespectiva instrumental.
3. Descreva duas características de Didáctica Fundamental.
4. Explicar a Didáctica como uma disciplina pedagógica.
Resposta:
 Didática fundamental é concebida como “um saber de mediação porque
garante sua especificidade e preocupa – se com o processo – ensino e
aprendizagem buscando prática social no contexto ético e político no
sistema educativo.

 Didáctica Instrumental é concebida como um conjunto de conhecimentos


técnicos sobre o “como fazer” pedagógico, conhecimentos estes
apresentados de forma universal e, conseqüentemente, desvinculados.
 Como realizar a prática pedagógica,
 Para que se realizar a prática pedagógica,
 Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagógia que procura conduzir o processo
de educativo. Actualmente a Didáctica reclama “autonómia” e sua acção
transcende o contexto escolar, ela investiga o processo de ensino-aprendizagem,
orienta o processo educativo para os fins propostos.

1. O conhecimento científico é distinguido dos demais conhecimentos por duas


Exercícios
características essenciais. Diga quais são.
2. Aponte dos aspectos de discusão na Didáctica Instrumental e Fundamental
3. Aponte os aspectos que fazem com que a didáctica na formação dos professores
são importantes.
4. Explica porque o processo de ensino- aprendizagem funciona como objecto de estudo
da didáctica.
5. A especificidade Didáctica, está no processo de ensino-aprendizagem em sua relação
com finalidades educativas.justifique.
6. Qual é o objecto de estudo da pedagógia.

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UNIDADE TEMÁTICA: 1.4. Didáctica Inter/Multicultural e as principais


categorias pedagógicas

Introdução

Nesta unidade pretendemos discutir alguns conceitos básicos para melhor compreensão da
Pedagogia, a esses conceitos basilares aqui denominamos categorias pedagógicas. Vamos nos
deter essencialmente em três categorias: Educação, Ensino e Instrução, também vamos
procurar compreender as actuais exigências de trabalho docente e discente na escola.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Compreender os conceitos que envolvem exigênciais e


proposta da Didática Multi-Intercultural.
 Identificar as categorias pedagógicas.
Objectivos
 Explicar a relação entre as diferentes categorias
pedagógicas

Sumário

Propomos o estudo destas categorias, para a compreensão do campo educativo


que é nossa preocupação, essas categorias para além de ser pedagógicas elas
também são didácticas. Vamos centrar maior atenção ao conceito da didáctica
ineter/ multicultural e educação porque explica a complexidade pedagógica e
constitui objecto de estudo da própria Pedagógia e é também uma preocupação
didáctica.

Didática Inter/Multicultural
A perspectiva do multi/interculturalismo, é uma expressão contemporânea que
respossanbilizasse pelas actuais exigências de trabalho docente e discente. Onde os
espaços escolares encontra – se com uma prática da didáctica monocultural. Dentro da
perspectiva multi/intercultural de didática pode-se afirmar que há um novo desafio que
envolve acção dos professores na sua prática como docente..
Segundo Candau (2002, p.51-52), “urge ampliar este enfoque e considerar a
educação intercultural como um princípio orientador, teórica e práticamente, dos
sistemas educacionais na sua globalidade (...) a desconexão entre a cultura escolar e a
cultura social de referência dos alunos e alunas têm sido últimamente denunciada por
inúmeros autores e evidênciada por diversas pesquisas”.

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\\\

Deste modo, a importância de se considerar a temática cultural para compreender


uma exigência que a sociedade vem travando ao longo do tempo para que possamos
compreender e responder às questões que envolvem o direito à diferença e o direito à
igualdade, para além da compreensão das múltiplas razões que circunscrevem as
dificuldades que muitos alunos encontram nas expectativas escolares.

Portanto, para inserção de uma nova concepção de didática, na perspectiva


multi/intercultural, faz-se necessário buscar estratégias onde as diferenças culturais
possam coexistir de forma democrática no quotidiano das instituições, de modo que as
práticas pedagógicas possam ser repensadas e/ou reinventadas, incorporando
críticamente, a questõees das diferenças culturais.

O que é educação?

Caro estudante, não espere resposta taxativa desta categoria a essa questão, poís o
conceito é bastante complexo na sua definição. Várias são as definições que são
apresentadas pelos autores, elas diferem em função das escolas, do contexto, da época
que influênciam o pensamento de cada autor, aliás se o estudante se quiser
compreender melhor a complexidade deste termo, pega numa caneta e um bloco,
pergunta a pelo menos dez pessoas de diferentes estatutos e se possível de diferentes
contextos pergunte o que eles entendem por educação; verás que as respostas
apontam para ângulos distintos, não obstante existirá algumas semelhanças nos
depoimentos fornecidos.

Em função desta complexidade, Brandão (2007), escreveu num dos subtítulos sua obra,
educação ou educações? Para ele a educação existe nas representações dos indivíduos,
na vivência de cada povo, daí que é difícil termos uma visão uniforme de educação
porque ela é fruto das relações sociais e culturais de um determinado povo, região ou
comunidade.

A palavra educação têm sido utilizada, ao longo do tempo, com dois sentidos: Social e
individual.Do ponto de vista social, é a acção que as gerações adultas exercem sobre
gerações jovens, orientando sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de
conhecimento, normas, valores, crenças, usos e constumes aceites pelo grupo social.
Nesse sentido, o termo educação tem sua origem no verbo latino educare, que significa
a acção de formar, insttruir, guiar. Esse verbo espressa, portanto, a ídeia de que a

28
\\\

educação é algo externa, concedido a alguém.Assim concebida, a educação é uma


maifestação da cultura e depende do contexto histórico e social em que está inserida.
Assim sendo, os seus fins variam, portanto com as épocas e as sociedades. “ Não há
grupo nemhum, por mais rudimentar que seja sua cultura. Em suma, a educação, como
facto social, possibilita que as aquisições culturais do grupo sejam transmitidas as novas
gerações.

Do ponto de vista individual, a educação refere-se ao desenvolvimento das aptidões e


potencialidades de cada idividuo, tendo em vista o aprimoramento da sua
personalidade. Nesse sentido, o termo educação se refere ao verbo latino educare, que
significa fazer sair, conduzir para fora. O verbo latino expressa, nesse caso, a ídeia de
estimulação e liberação das forças latentes. Como podemos veríficar, nos dois sentidos
a palavra educação está ligada ao aspecto formativo.

Não pretendemos esgotar com a discussão desta temática neste espaço, sugerimos,
para aprofundar a discussão em educação, a leitura das obras de Carlos Rodriques
Brandão (2007), O que é Educação e a de Carlos Libâneo (2005) Pedagógia e Pedagogos
para quê? De recordar que a educação para Brandão (2007), acontece tanto na escola
como na família, no grupo de amigos, na rua, no bar, em casa, em todos lugares está
presente a educação nas diferentes formas de manifestação (formal, não-formal e
informal). É essencialmente na educação formal que está presente a educação escolar,
já no sentido mais amplo, a educação e quando fenómeno social, integra todas
componentes descritas anteriorimente.

29
\\\

Educação é uma acção reguladora e estimuladora do processo de desenvolvimento


humano e da personalidade humana. Também pode se considerar como um processo
social amplo de influências e interrelação, compreemde situações intencionais e
ocasionais. Para Kant(1724-1804), o ser humano só se torna verdadeiramente humano
pela educação.

Para Martins, J (1990:144) a educação é um processo de acção da sociedade sobre o


educando, visando entregá-lo segundo seus padrões sociais, econômicos, políticos, e
seus interesses. Reconhece-se aqui a necessária preparação para a vida, já referida em
outras definições e que só se logra a através de convicções fortes e bem definidas de
acordo com esses padrões. Por isso é tão importante, mas que uma definição o mais
precisa possível, a caracterização deste objecto de estudo e pesquisa da Pedagógia.

Ensino- acções meios e condições para a realização intencional da instrução. É


importante vincar a intencionalidade de quem ensina, isto é dos objectivos, dos meios,
dos conteúdos e das condições da sua realização.

Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é "um processo bilateral de ensino e
aprendizagem". Daí, que seja axiomático explicitar que não existe ensino sem
"aprendizagem". Seu posicionamento sempre foi muito claro, quando estabeleciam
entre ensino e aprendizagem, uma unidade dialética.

Instrução- Formação e desenvolvimento intelectual mediante domínio de um


determinado corpo de conhecimentos.

Segundo Baranov, S.P. et al. (1989, p. 22) "a instrução constitui o aspecto da educação
que compreende o sistema de valores científicos culturais, acumulados pela
humanidade". Nesta perspectiva nota-se a coincidência com o próprio termo de
educação. A instrução, não é directamente um aspecto da educação, nem reside dentro
desta, nem é inerente a ela; porém, deve ser considerada essa instrução, como uma das
melhores formas de aperfeiçoar e otimizar o processo educativo, o que é diferente.
A instrução não é inerente à educação; não obstante, atravéis da instrução pode-se
desenvolver a educação. Se os especialistas que consideram a instrução ou ensino como
parte inerente à educação, se eles estiveram certos, não existiriam pessoas bem

30
\\\

instruídas, pessoas já formadas, porém más educadas. Ou também, não existiriam


analfabetos, sem alguma instrução, com uma "boa educação".

Exercícios de auto – avaliação

1.O conceito de Educação deriva de:


a. Do latim;
b. Do Grego;
c. Do Espanhol;
d. Do Inglês.
2. A palavra Educação tem sido utilizada, ao longo do tempo, com dois sentidos:
do ponto de vista Social e individual .
a- Descreva o ponto vista Social.
3.Defina o conceito da Educação.
4. Na visão de Candau, explica a educação intercultural.

Resposta:

 O conceito da Educação é derivado do latim

 Do ponto de vista social - é a acção que as gerações adultas exercem sobre gerações
jovens, orientando sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de
conhecimento, normas, valores, crenças, usos e constumes aceites pelo grupo social.

 Educação é uma acção reguladora e estimuladora do processo de desenvolvimento


humano e da personalidade humana. Tambem pode se considerar comoum processo
social amplo de influencias e interrelação, compreemde situações intencionais e
ocasos.

 Os dois desafios actuais que envolve os docentes são: acção dos professores na sua
prática como docente.
 Na visão de Candau (2002, p.51-52), considera o enfoque da educação intercultural
como um princípio orientador, teórica e práticamente, dos sistemas educacionais na
sua globalidade (...) a desconexão entre a cultura escolar e a cultura social de
referência dos alunos e alunas tem sido ultimamente denunciada por inúmeros
autores e evidênciada por diversas pesquisas.

31
\\\

1.Defina o conceito de Ensino.


Exercícios
1. Explique a relação entre as categorias de Ensino, Educação e Intrução.

3.Descreva o ponto de vista individual.

4. Explique a evolução das três categorias em Moçambique.


5. Faça uma refrlexão em 20 linhas com relacao a educação intercultural em
Moçambique.

Sistematização
O desenvolvimento histórico da Didática foi marcado por ídeias pedagógicas de
grandes teóricos, os quais deixaram sua influência no pensamento didático até os dias
actuais. Observamos a evolução dos pensamentos sobre a Didática, os quais se
fundamentaram em pressupostos teóricos, bem como em ídeias pedagógicas que
caminharam em direção à necessidade de se reverem os processos de ensino e de
aprendizagem. Tais pressupostos teóricos muito contribuíram com a organização do
espaço escolar, bem como com a reforma dos métodos de ensino e de sua aplicação, ao
longo do desenvolvimento do ensino formal.

Como vimos, na actualidade ainda observamos a necessidade de res-


significação da Didática em decorrência dos novos desafios impostos pela
sociedade contemporânea.

Leituras recomendadas

MASSETO, Marcos. Didática: a aula Como centro. 4ª. Edição. São Paulo: FTD, 1997.
(Nesse livro, o autor apresenta informações e reflexões importantes sobre temas
significativos à educação tais como: buscando o significado da didática, a escola e o
desenvolvimento dos alunos, a sala de aula: espaço de vida? o processo de ensino-
aprendizagem, escolar.

CORDEIRO, Jaime. Didática. 1ª. Edição. Editora Contexto. São Paulo, 2007

(O autor aborda a didática de forma, clara e moderna),

Para aprofundar seus conhecimentos na temática desenvolvida nesse capítulo, leia o


texto abaixo: Crise na Educação: por quê? (Regina Célia Cazaux Haydt, thot, n. 22, p.45).
Esse trecho foi extraído na íntegra do site:
http://eduol.uniceub.br/_temp/eduol.asp?id=EFE&sec=38.

32
\\\

Unidade Temática: Didáctica – e Suas Relações com a Pedagógia


e outras ciências

Introdução
Dissemos na primeira Unidade que a Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso
que mantém relação com a pedagogia. Mas também vemos que devido a compelxidade
do processo de ensino e aprendizagem, de um lado e, por outro, tende em conta ao
carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica mantem relações
com outras ciências.

De facto, a actuação do professor com o propósito de ensinar, exige deste um agir


tendo em conta não somente habilidades didácticas, mas também pedagógicas e um
certo sentido psicológico, sociológico, biológico, filosófico etc, devendo, neste sentido, o
professor se municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo
tempo pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia,


psicologia, biologia, sociologia, filosofia) para a actividade
didáctica do professor;
Objectivos  Redefinir o campo específico de investigação da didáctica,
tendo em conta as especificidades de objecto de estudo das
outras ciências com as quais tem relação;
 Diferenciar o objecto de estudo da Didáctica Geral das
Didacticas específicas.

Sumário
Didáctica; suas relações com a Pedagogia e outras ciências

Caro estudante

Nesta unidade tematica vamos discutir sobre a pedagogia e a relação com outras ciências.
É verdade que a finalidade imediata do processo didáctico é o ensino de determinadas
matérias e de habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas
de ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e
tarefas mais amplas determinadas social e pedagogicamente. Dai considera-se a didáctica

33
\\\

como disciplina de intersecção entre a teoria educacional e as metodologias específicas das


matérias que se esclarecem e se particularizam sob caracteristicas comuns, básica, da
actividade pedagógica e, em particular, do processo de ensino aprendizagem.

Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica. Ela


engloba um conjunto de conhecimentos que entrelanaçam contribuições de diferentes
esferas científicas (teoria de educação, teoria do conhecmento, psicologia, sociologia,
etc), junto com requisitos de operacionalização.

Noutros termos, a pedagógia investiga a natureza das finalidades da educação como


processo social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias
apropriadas para a formação dos individuos, tendo em vista o seu desenvolvimento
humano para tarefas na vida em sociedade. Quando falamos das finalidades da
educação no seio de uma determinada sociedade, queremos dizer que o entendimento
dos objectivos, conteúdos e métodos da educação se modifica conforme as concepções
de homem em sociedade que, em cada contexto económico e social de um momento da
história humana, caracterizam o modo de pensar, de agir e os interesses das classes e
grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção da direcção do processo
educativo subordinado a uma concepção politico-social.

Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e o objecto
específicos da didáctica. A didáctica é, poís uma das disciplinas da pedagógia que estuda
o processo de ensino atravéis dos seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino
e a aprendizagem para, com o ambasamento numa teoria da educação, fórmular
directrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.

A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodológias


de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática, linguas, etc). De facto, as
metodológias das diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma
determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral têm um objecto de natureza geral:
Se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e
leís especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.

Assim, as Didácticas ou Metodológias específicas são uma base importante para a


Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas específicas.

Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatámos que a relação da

34
\\\

Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da segunte maneira:

A Psicologia indica a Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a
efectivação da aprendizagem.

A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a


liderança, a responsabilidade no contexto de interções sociais, pois a aprendizagem
acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas
relações na educação dos alunos.

A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a


nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.

A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica,
coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser
completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se
possam efectuar os propósitos de educação.

A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder planificar,


realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com garantia de que os seus
alunos aprendam, desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos
que esta complexidade se refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a
partir de uma concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma
concepção político-social, agindo, portanto, como pedagogo; e ao mesmo tempo o
professor deve:

Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor a
afectivação da aprendizagem. Garantem orientar – se sobre o desenvolvimento físico e
os índeces de fádiga dos alunos e, a partir disso, por exemplo, conceder aos alunos
intervalos depois de um período significativo de trabalho para permitir o repouso dos
estudantes, programar actividades em função das cacapacidades de resistência dos
alunos.

Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem desenvolver a


solidáriedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter
social da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo.

Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,


personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

35
\\\

Exercícios de auto – avaliação

1. Agrupe em dois conjuntos as afirmações que se seguem, segundo sejam


verdadeiras ou falsas:

a) O professor competente requer um sentido e tácto pedagógico, didáctico,


psicológico, filosófico;
b) Ao considerar importante que os alunos tenham necessidade e direito a pausa ao
longo do trabalho, revela do professor a consideração da psicologia;
c) A filosofia instiga o professor a visualizar o aluno como um todo, a procurar
ensiná-lo conforme as metas que se pretendem em termos do tipo de
personalidade a desenvolver;
d) A didáctica geral proporciona uma visão geral das diferentes metodologias que
poderão ser utilizadas nas diferentes disciplinas específicas.
e) Se quiser olhar para a contribuição das diversas disciplinas no seu acto didáctico,
o professor jamais cumprirá a sua tarefa; por isso, o melhor é planificar bem as
suas aulas e ensinar convenientimente, porque desta forma qualquer aluno irá
aprender.
R% Verdadeiras: a), d); falsas: c), e)

1. . De que forma a didáctica se relaciona com a pedagogia e outras


Exercícios ciências?
2. Qual é o objecto específico da didáctica dentro da investigação
pedagógica?
3. Diferencie a Didáctica Geral das Didácticas Específicas.
4. A didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica.
Justifica a resposta.
5. Qual é a complxidade do trabalho do professor.

UNIDADE TEMÁTICA: 1.3. O papel da didáctica na formação do professor

Introdução

Estimado estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em torno de


quatro (3) itens fundamentais sobre o papel da Didáctica na formação de professores
como forma de Conhecimento, são apresentados a seguir:

36
\\\

 Unidade Temática 2.1. O Papel da Didáctica na formação de


Professores;
 Unidade Temática 2.2. A formação de Professores inicial e continuada –
o professor reflexivo;
 Unidade Temática 2.3. O Processo – Ensino Aprendizagem e as
metodológias de de ensino estruturado.

Sumário

Prezado estudante , depois de discutirmos vários aspectos ligados a pedagógia, ciência


e educaçã, nesta unidade temática vamos nos cingir naquilo que constítui como
principal preocupaçã do manual da Didáctica. Um pouco sobre o papel da didáctica no
processo – ensino e aprendizagem,enfatizando os conhecimentos indispensavéis do
professor.

Como vimos a Didáctica e uma disciplina que se preocupa com a direcao através do
ensino, ou seja , processo de ensino e aprendizgem. Ainda vamos abordar aspectos da
area científica, onde vai estudar a didáctica, isto é aparte especifica da didáctica. Porque
a didáctica na formação de professores ou profissionais da educação, procura
compreender as transformação social, a realidade cultural, a política educacional, bem
como a permanência dos alunos na escola, buscando práticas pedagógicas que atendam
com eficiência a diversidade humana.. educação? Estas e outras questões serão a base de
orientação desta unidade temática.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Definir o objecto de estudo da Didáctica


 Explicar as principais causas da dificuldade imposta a
Pedagógia na sua cientificidade.
Objectivos
 Explicar a importância do estudo da Didáctica na formação de
professores.

O processo de ensino-aprendizagem como objecto de estudo da Didáctica

Já vimos nas unidades anteriores o objecto de estudo da Pedagogia que é a


educação, mas a educação processa-se de várias maneiras: na familiar, na escolar,
nos grupos de amigos, na comunidade, até na empresa. Como já dissemos, a missão
didáctica é direccionar a acção educativa. O mais característico da acção didáctica é
a intencionalidade de quem a orienta. Será necessária uma orientação educativa, se

37
\\\

a educação existe mesmo onde não há escola? (Brandão, 2007).


O mais importante destacamos, Como uma prática social, pois, Como tal, “o
processo ensino-aprendizagem é um processo intencional, portanto, uma actividade
humana desenvolvida em acção conjunta pelos autores sociais nela envolvidos”
(CALDEIRA e AZZI, 2003, p. 99).

Didáctica Geral
A educação enquanto uma construção social sempre existiu, porém com o aumento do
património cultural não foi possível transmitir todo o manancial sócio cultural a todos
na comunidade, surge então uma outra estrutura social para regular o que deve ser
aprendido numa determinada sociedade, essa instituição chama-se escola. Vários
autores concordam com a existência de uma instituição reguladora, tornando a
educação sistemática. A função da escola neste caso de acordo com Schmitz (1993), é
tornar um ambiente, em que os jovens reúnem-se entre si e com os educadores
profissionais para tomarem consciência profunda de suas aspirações e valores mais
íntimos e mais legítimos e tomarem decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para a
comunidade em que vivem, a partir das aprendizagens significativas.

Caro estudante, até agora deve estar a questionar a pertinência da abordagem da


educação sistemática e do surgimento da escola como istituição social, a explicação
é simples, o processo de ensino-aprendizagem, é intencional e faz sentido falar dele
na educação sistemática, intencional e isso acontece na escola. Porque então
processo de ensino-aprendizagem? Por muito tempo, mesmo até agora, alguns
autores de obras didácticas assumem o ensino como verdadeiro objecto de estudo
da Didáctica; alguns preferem não dissociar o ensino da aprendizagem, visto que a
intenção de quem ensino é suscitar aprendizagem no aluno, porém pode haver
ensino sem que haja aprendizagem, o recíproco também é válido. Claro, todos nós
sabemos que por mais que a intenção seja de proporcionar aprendizagem no aluno,
nem todos aprendem; assim como a aprendizagem não ocorre apenas na escola, ela
pode ocorrer nos grupos de amigos, no serviço e ainda na família onde o ensino no
seu verdadeiro sentido não está presente.

Nosso posicionamento se é o ensino ou processo de ensino-aprendizagem o objecto


de estudo da Didáctica, acreditamos que as duas visões são válidas, esclarecendo
melhor, já o dissemos que quem ensina pressupõe uma intecionalidade de
promover aprendizagens no aluno, sua missão principal é que o aluno aprenda, daí
que é tautológico dizer ensino-aprendizagem. Para finalizar esta discussão, é
processo, o ensino-aprendizagem, porque é resultado da conjugação de actividades
do aluno e do processor.

A especificidade Didáctica, está no processo de ensino-aprendizagem em sua relação


com finalidades educativas (Libâneo, 2005), quer dizer, a Didáctica ao preocupar-se
com o processo de ensino na sua globalidade tem em conta as finalidades sócio-

38
\\\

pedagógicas, princípios, condições e meios de direção do processo educativo.


O Papel da Didáctica na Formaçãoo dos Professores
O papel da Didáctica na formação dos professores está precisamente na necessidade
de propocionar uma melhor orientação dos profissionais da educação na direcção
do processo de ensino-aprendizagem. A organização sistemática da educação exige
também uma preparação sólida dos profissionais que trabalham nessas instituções
escolares.
Segundo as autoras, no processo ensino-aprendizagem há uma relação entre seus
sujeitos: professor e aluno e essa relação não se esgota, pois há um elemento básico
que deve também ser considerado: o conhecimento. A autora mostra-se atenta para o
fato de que, na formação docente, é importante entender que, no processo formal de
ensino-aprendizagem (a educação escolar), ensina-se e aprende-se algo que é
identificado como o conteúdo, ou seja, o saber escolar (sistematizado e constituído
cientificamente).

Ainda segundo as autoras, é importante considerar que o acto de ensinar não se


preocupa apenas a aprendizagem do conteúdo proposto no currículo escolar, mas o
professor parte de uma proposta de trabalho que visa não simplesmente à reprodução
do conteúdo (a simples transmissão do conteúdo), mas, sim, a uma proposta em que o
processo ensino-aprendizagem irá se traduzir para o aluno em discussões e
experimentações da própria realidade, estimulando a aprendizagem democráticamente
(CALDEIRA e AZZI, 2003).

Exercícios de auto – avaliação

1. Defina a especificidade pedagógica e didáctica.


2. Qual e o objecto de estudo da Didáctica.
3. Aponta da Didáctica abordagem com relação a didáctica segundo (Brandao,
2007).
4. Qual e a função na visão de Schmitz(1993)

Resposta:
1.A pedagogia cabe estudar os processos educativos (a educação), já a didáctica
procura direccionar esse processo, centrando se mais no processo de ensino.

2. o processo ensino e aprendizagem e as preticas pedagogias do professor.

3. (Brandão, 2007). Defende que acção didáctica é a intencionalidade de quem a


orienta. Será necessária uma orientação educativa, se a educação existe mesmo onde

39
\\\

não há escola.
4. A função da Escola segundo Schmitz(1993), ), é tornar um ambiente, em que os
jovens reúnem-se entre si e com os educadores profissionais para tomarem consciência
profunda de suas aspirações e valores mais íntimos e mais legítimos e tomarem
decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para a comunidade em que vivem, a partir
das aprendizagens significativas.

1. O papel da Didáctica na formação dos professores está precisamente na


Exercícios necessidade de propocionar uma melhor orientação dos profissionais da
educação na direcção do processo de ensino-aprendizagem.

a. Faca uma reflexão daquilo que e o processo- ensino aprendizagem no


instituto superior de educação a distância.

2. Qual e o papel da didáctica na formação dos professores.

3. Os professores, em seu processo de formação profissional, estão discutindo as


relações que integram o processo ensino-aprendizagem?

4. Faça uma refrlexãoo em 20 linhas com relação a formação de professores


em Moçambique.

UNIDADE Temática 2.1. Formação de Professor Inicial e Continuada-


professor reflexivo

Introdução

Esta unidade está programada para o estudo sobre a formação do


professor inicial e continuada – professor reflexivo. Trata – se de
aprofundar os conhecimentos em relação a necessidade de se terem
profissionais capacitados para tarefa de educar.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Reflectir sobre as discussões acerca da formação de


professores,
 Explicar formação inicial e a formação continuada,
Objectivos

40
\\\

Sumário

A formação de professor inicial continuada-


professor reflexivo

Paralelamente às preocupações apresentadas, há muita discussão em relação à


necessidade de se terem profissionais capacitados para a tarefa de educar. Nesse
sentido:
A formação do professor abrange, poís, duas dimensões:
 A Formação teórico – ciêntifica,
 A formação técnica - prática

1. A formação teórico – científica – é aquela que inclui a formação


académica especifica nas disciplinas em que o docente vai
especializar – se e a formação pedagógica, que envolve os
conhecimentos da filosofia, sociologia, história da educação e da
propia pedagógia que contribuem para o esclarecimento histórico
social.
2. Formação técnico-prática, visando à preparação profissional
específica para a docência, incluindo a didática, as metodológias
específicas das matérias, a psicologia da educação, a pesquisa
educacional e outras.

As disciplinas teórico-científicas são necessariamente referidas à prática escolar, de


modo que os estudos específicos realizados no âmbito da formação acadêmica sejam
relacionados com os de formação pedagógica que tratam das finalidades da educação e
dos condicionantes históricos, sociais e políticos da escola.

As disciplinas de formação teórico-prática não se reduzem ao mero domínio de técnicas


e regras, mas implicam também os aspectos teóricos, ao mesmo tempo que fornecem à
teoria os problemas e desafios da prática. A formação profissional do professor implica,
pois, uma contínua interpenetração entre teória e prática, a teória vinculada aos
problemas reais postos pela experiência prática orintada teoricamente.

Neste caso a Didáctica apresnta as seguintes:

Caracteristicas da Didáctica

nas disciplinas em que o docente vai especializar-se e a formação


 Como mediação entre asos conhecimentos da Filosofia,
pedagógica, que envolve Ela opera como História
Sociologia, uma ponte
da entre o “o
bases teórico-científicas
Educação e da própria Pedagogia que contribuem paraquê”oeesclarecimento
o “como” o processo
do
fenômeno educativo no
da educação escolar e a contexto histórico-social; pedagógico escolar corre. Para 41
isso
prática, docente. recorre às contribuições das ciências
auxiliares da Educação e das próprias
metodologias específica.
\\\

É, pois, uma matéria de estudo que integra e articula conhecimentos teóricos e práticos
obtidos nas disciplinas de formação acadêmica, formação pedagógica e formação
técnico-prática, provendo o que é comum, básico e indispensável para o ensino de
todas as demais disciplinas de conteúdo.
Que o domínio das bases teórico-científicas e técnicas e sua articulação com as
exigências concrectas do ensino permitem maior segurança profissional, de modo que o
docente ganhe base para pensar sua prática e aprimore sempre mais a qualidade do seu
trabalho (LIBÂNEO, 1994, p. 27-28).

PROFISSIONAL TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

FORMAÇÃO PROFISSIONAL TRABALHO

Na Decada 80 no sec (XX), as discusões da formação intensificaram – se com o intuito de


mudanças no pensamento da educacional e formação de professores. Então na
actualidade desde da década 90 no (XX), a formação de professor e considerada
continua de profissionalizações. Sendo a formação inicial o primeiro momento.

A profissao de docente nos dias hoje: lida com um conhecimento de construção


e nao mais imultavel, e analisao a educação como um compromisso politico,
carregado de valores éticos e morais, que conisidera o desenvolvimento da
pessoa e a colaboração entre iguais e que seja capaz de conviver com mudanças
e incertezas, MIZUKAMI (2002,p:12)

Com base na citação, podemos dizer que o conhecimento profissional do professor deve estar
em constante construção e aperfeiçoamento, para que acompanhe o desenvolvimento
acelerado do conhecimento científico, na cultura e na arte, bases do conhecimento escolar e

42
\\\

das estruturas materiais e institucionais da sociedade. Também deve “acompanhar a evolução


dos conhecimentos específicos da formação pedagógica, o que o capacita a intervir e reflectir
sobre sua própria prática” (CALDEIRA e AZZI, 2003, p.104).

Outra consideração importante em relação à formação de professores é a de que


essa formação não pode ser considerada como um âmbito autônomo de conhecimento
e decisão, pois, conforme revela Perez Gómez (1992), a formação de professores é
determinada profundamente por concepções de escola e de ensino, de conhecimento e
de sua produção, transmissão e aprendizagem, de relação teória-prática, de cultura e de
sociedade.

De forma geral, a formação de professores que estamos buscando se fundamenta em


uma perspectiva que amplia e ressignifica os modelos de formação profissionais iniciais
(aqueles que visavam ao domínio dos conteúdos, das disciplinas e as técnicas para
transmiti-lós) para aderir a uma formação profissional contemporânea, que visa à
formação de um profissional cidadão “nas diversas instâncias em que a se cidadania se
materializa: democrática, social, solidária, igualitária, intercultural e ambiental”
(MIZUKAMI, 2002, p 12).

Modelos de Formação
Modelo racionalidade técnica, e a actividade profissional consiste na resolução de
problemas instrumentais, rigorosamente discutidos pela aplicação da teória e da técnica
científica. Ao estudar esse modelo-formação, o autor revela que “a teória consiste num
conjunto de princípios gerais e conhecimentos científicos, e a prática, na aplicação
rigorosa de teórias e técnicas científicas” (SCHÖN apud CALDEIRA e AZZI, 2003, p. 104).
Nessa perspectiva, a teória é colocada em primeiro plano, ou seja, primeiro os
professores adquirem os conhecimentos dos princípios, das leís e das teórias que
esclarecem o processo de ensino-aprendizagem. Apenas em um segundo momento (no
futuro, ou seja, após esse período de formação profissional), esses princípios, essas leís
e essas teórias são empregadas na prática escolar.

Outro modelo estudado por Schön (apud CALDEIRA e AZZI, 2003, p. 104), é o da
racionalidade prática, que, segundo o autor, “representa uma tentativa de superar a
relação linear e mecânica entre o conhecimento científico-técnico e a prática escolar”.
Nessa perspectiva, analisa-se a prática dos professores, buscando compreender como
fazem uso do conhecimento científico, como enfrentam as diferentes situações
(complexas, singulares, imediatas, conflituosas) que emergem na sala de aula.

Dessa forma, nesse segundo modelo, Schön (1995), destaca que a formação básica (ou
inicial) , e diz que a formação docente não deve ocorrer apenas por acumulação de
cursos e técnicas, mas
também por meio da interligação de um trabalho permanente de reflexão crítica e de
construção de uma identidade profissional docente.
Assim, a concepção do desenvolvimento de uma prática reflexiva é explicada por Schön
(1995) a partir de três diferentes aspectos que integram o pensamento prático. São eles:

43
\\\

Reflexão na acção: evidência-se no saber fazer. Permeia os conhecimentos que um


professor possui e/ou alcança ao longo de sua experiência ou reflexões profissionais
vivênciadas ao longo da realização de seu trabalho.

Reflexão sobre a acção: é pensar sobre o que faz ao mesmo tempo em que actua.
A reflexão sobre a acção e sobre a reflexão na acção: é uma análise realizada pelo
professor, a posteriori, sobre sua acção. A partir dessa análise, o professor pode analisar
sua prática e reconstruí-la a partir da compreensão de tal análise.

Contudo a formação inicial apresenta alguns (exigências de conhecimentos


universitários e burocrácias curriculares) para a formação de um profissional prático
reflexivo. Nesta ordem de ídeia defende – se a formação contínua dos professores,
acreditando que nela os professores podem reflectir e pensar críticamente sobre sua
prática. Explica que, para isto, na formação contínua, as actividades desenvolvidas.

Segundo Santos (apud PEREIRA, 2000, p. 49): “é de fundamental importância


compreender que a formação do professor começa antes mesmo de sua formação
acadêmica e prossegue durante toda sua actividade profissional”.

Em suma importa nos referimos que os professores exercem um processo de reflexão


sobre acções pedagógicas que desenvolve na sala de aula para melhorar a sua eficácia,
onde lhe possibilitará a compreender as suas interpretações a realidades da sala de
aula e na escola.

Ressalta Mizukami (2002, p.31), Coerentemente com o novo perfíl do professor, o


conceito de formação docente é relacionado ao de aprendizagem permanente, que
considera os saberes e as competências docentes como resultados da transformação
pfissional e do exercício da docência, mas também da aprendizagem realizada ao longo
da vida, dentro e fora da escolar.

Exercícios de auto-avaliação

1. Explique a contribuição de Mizukami com relação ao conceito de formação docente.

2. Indica os modelos de formação defendido por Schön.

3. Descreva o modelo de racionalidade técnica.

4. A formação do professor abrange, duas dimensões. Justifica a resposta explificando


uma dela.

Resposta:

1. Mizukani, diz que a formação de docente esta relacionado com as aprendizagens

44
\\\

permanentes que considera os saberes e competência docente como resultado


de transformação profissional.

2. Os modelos de formação defendidos por shon são: racionalidade prática e


racionalidade técnica.

3. Racionalidade prática, representa uma tentativa de superar a relação linear e


mecânica entre o conhecimento científico-técnico e a prática escolar.”

4. Formação técnico-prática, preocupa – se com a preparação profissional


específica do docênte, incluindo a didática, as metodológias específicas das
matérias, a psicologia da educação, a pesquisa educacional e outras.

1. Os professores exercerem um processo de reflexão sobre as acções pedagógicas


que desenvolvem em sala de aula para melhorar a eficácia.
Exercícios
a. Faca reflexão daquilo que e o prcesso de formação de professor em
moçambique.
2. Quais são os modelos de formação usados em moçambique.
3. Faça uma análise de modelo de formação inicial (10 +1), ministrada em
moçambique. Apontando as vatagegens e desvantagens.
4. Quais são as caracteristicas apresentas pela didáctica em relação a formação
docente.
5. Descreva os aspectos de formação docente nos dias de hoje.

UNIDADE Temática 2.3. O Processo de Ensino e aprendizagem e as


metodologias de ensino : estruturando o processo.

Introdução

Esta unidade está programada para o estudo sobre a origem e desenvolvimento


histórico do processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de aprofundar os
conhecimentos das unidades anteriores, sobretudo, quando falamos da especificidade
didáctica. E ainda vamos apresentar as carcteristicas do PEA.

Caro estudante

Nesta unidade temática Iremos abordar o processo de ensino-apendizagem ligado ao


período histórico de sua criação e seu desenvolvimento na sociedade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

45
\\\

 Abordar o processo de ensino-aprendizagem sob diferentes


concepções.
 Identificar as particularidas de uma educação com carácter
Objectivos intencional.
 Caracterizar o desenvolvimento Histórico do PEA
 Explicar a origem e evolução do PEA.

Sumário

Daremos início à temática – planejamento – trazendo uma breve reflexão sobre o seu
conceito, num sentido amplo e geral.
O planejar é uma realidade que acompanha a trajetória histórica da
humanidade.
Exemplo : O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida.
O homem primitivo, no seu modo e habilidade de pensar, imaginou como
poderia agir para vencer os obstáculos que se interpunham na sua vida
diária. Pensava as estratégias de como poderia caçar, pescar, catar frutas e
de como deveria atacar seus inimigos (MENENGOLA e SANT’ANNA, 2002, p.
15).

Com base na citação acima, é possível observar que a acção de planejar está presente
na vida das pessoas nos seus mais variados momentos, constituindo-se um referencial
organizacional para suas acções (ao planejar, as pessoas pensam sobre as possibilidades
e/ou a inviabilidade para se executar algo). A educação, é o ensino e toda a acção
pedagógica que devem ser pensados e planejados, visando a propiciar melhores
condições de vida às pessoas.

Nessa prespectiva, ainda segundo Menengola e Sant’Anna (2002, p.21), destaca alguns

46
\\\

elementos fundamentasis para o planejamento que são:


 Conhecimento da realidade, das suas urgências, necessidades e tendências;
 Definição de objectivos claros e significativos;
 Determinação de meios e recursos possíveis, viáveis e disponíveis;
 Estabelecimento de critérios e de princípios de avaliação para o processo de
planejamento e execução;
 Estabelecimento de prazos e etapas para a sua execução.

Assim, O planejamento do processo educativo, segundo a análise de Menengola e


Sant’Anna (2002), envolve um processo de análise, reflexões, previsão e tomadas de
decisões no sentido de contribuir para a formação de pessoas autônomas e críticas,
tornando-as capazes de escolher seus caminhos e, embora parta de uma realidade e
seja dirigido pelas normas e necessidade da socidade.

Processo de Ensino-Aprendizagem, Origens e Desenvolvimento Histórico do


PEA

Relacionar o desenvolvimento do património sócio-cultural e técnico científico


com o surgimento do processo de ensino-aprendizagem.
Já ouviu falar várias vezes do termo “educação” e terá tido a ocasião de se questionar
sobre o seu conceito e significado no desenvolvimento da sociedade.
Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos educam todas as
crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho junto com os adultos.
Mais, a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes de
produçãoes, assim, aparece a divisão de trabalho e, consequentimente, a especialização
do trabalho.

Na sequência disso, aumenta o património sócio-cultural e técnico científico da


humanidade e torna-se cada vez mais complicado todos os adultos “ ensinarem a todas
as crianças”. Assim, surgem pessoas especializadas em educação das crianças e criam-se
situações específicas de educação; e, neste sentido, surge o processo de ensino-
aprendizagem com processo organizado e intencional para a educação das crianças
Exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal, todos ensinavam

47
\\\

a todas as crianças, enquanto com as especialização do trabalho, surgem pessoas e


situações específicas em que se realiza a educação, o que caracteriza o processo de
ensino e aprendizagem. Mais precisamente, podemos destinguir a educação da
sociedade primitiva e a da sociedade em que surge a especialização do trabalho da
seguinte forma:

Características da Educação

Na sociedade Primitiva Na sociedade de divisão de


trabalho

A educação/formação do homem A educação é organizada, razão


depende dos seguintes factores: pela qual toma o carácter de
processo de ensino-
A simples imitação aos adultos (por
aprendizagem, o que implica:
isso, era espontânea)
Carácter intencional do PEA
A transmissão oral
Colocação prévia de objectivos e
tarefas de ensino
A influência do meio
Elaboração de conteúdos e
Os exercícios no próprio processo métodos de ensino/educação
de traballho (a imitação)
Designação de homens especiais
(alunos e professores
/educadores com características
próprias

Estabelecimento da duração e de
locais especiais para realização do
PEA

Desde que o homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais,
técnicos e científicos que serviam de base a educação das novas gerações, no sentido de
assegurar a sua continuidade e generalização ao longo do tempo e das gerações. Trata-
se de um processo que, no princípio era realizado de forma espontânea e envolvendo a
todos, graças a pouca diferenciação dos agentes “educadores”, dai a celebre idéia de
que “todos ensinavam a todos”.
Com o aumento desse património sócio-cultural e técnico-científico, nem todos são
capazes de ensinar “tudo” e começa a haver diferenciação dos homens, em parte, pelo
tipo de saber desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem todos podem
ensinar tudo, ao mesmo tempo que surgem individuos cuja função específica é de
educar “ensinar “, fazendo com que o ensino seja uma actividade intencional,

48
\\\

contrariamente ao momento em que “ todos ensinavam tudo “ onde a educação tinha


um carácter espontâneo.
Características do Processo do Ensino e Aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se destingue pelas
suas características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o
PEA apresenta as seguintes características:
 Carácter social
 Carácter educativo
 O PEA desenvolve a personalidade
 O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialético
 O PEA tem carácter sistemático e planificado
 O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades

DIALÉTICA
A dialética não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da evolução da
natureza, da sociedade e do pensamento. A dialéctica no processo de ensino-
aprendizagem expressa-se nas interações entre os sujeitos sociais, a educação na ideia
de Dewey, é uma contínua estruturação e reorganização da experiência, o que
pressupõe que ao interagir com a situação, o sujeito muda a sua visão, assim como a
visão que tem da situação. Daí que reconhecemos que o PEA, espaço de concretização
da educação tem essas características.

Exercícios de auto-avaliação

Das afirmações seguintes assinale com V e F, conforme sejam respectivamente


verdadeiras ou falsas:
a) Existem processos de ensino-aprendizagem desde a sociedade primitiva.
b) Tendo em conta a problemática fundamental da didáctica, cabe a Didáctica
conduzir o processo de ensino-aprendizagem.
c) O carácter intencional do PEA obriga o professor a planificá-lo
cuidadosamente, incluindo, entre outros aspectos, os métodos a usar, os meios, a
avaliação a ralizar antes, durante e ao fim do PEA.
d) Devido ao caráter intencional do PEA, o professor não se deve autorizar a
realizar e agir diante dos alunos fora do que está planificado para essa aula.

Resposta:

a) F, b) V, c) V, d) F.

49
\\\

01. Os professores, em seu processo de formação profissional, estão dis-


Exercícios cutindo as relações que integram o processo ensino-aprendizagem. Justifica a
resposta.

02. Por que a formação de professores deve integrar a teória e a prática? Os


professores estão buscando a formação continuada?

03. Leia a citação abaixo e reflita sobre a realização do trabalho docente. Nele, elabore
um comentário, respondendo à seguinte questão: quais são as contribuições da prática
reflexiva para a formação de professores?
O professor, ao ensinar, encontra-se constantemente monitorando o que ocorre durante
a aula e agindo com base em percepções e interpretações do está acontecendo. As
crenças, metas, objetivos e conhecimentos dos professores se inter-relacionam,
afetando-os uns aos outros. Suas escolhas e decisões, além do contexto imediato, estão
submetidas às influências da história pessoal do professor e da história deste com seus
alunos (MIZUKAMI, 2002, p. 44).
04. Que saberes integram a formação de professores e consequentemente estão
presentes na prática docente, segundo Freire.

Leituras recomendadas
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002. (O
livro discute os saberes que servem de base aos professores para realizarem seu
trabalho em sala de aula.)

PIMENTA, Selma G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez,
2000. (Nesse livro, a autora apresenta algumas reflexões sobre a prática docente.)

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática. 25ª. edição. Campinas, SP:
Papirus, 2007.SP: Papirus, 2007.( Nesse livro, a autora, propõe repensar o papel da
didática na formação de professores da Educação Básica

UNIDADE TEMÁTICA : 3. Planificação do Processo de Ensino-


Aprendizagem

Presado estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em torno de


quatro (7) itens fundamentais sobre a planificação do processo de Ensino -
Aprendizagem, são apresentados a seguir:

50
\\\

Unidade Temática 3.1. planificação do processo de Ensino - Aprendizagem;

Unidade Temática 3.2. Niveis de Planificação do PEA;

Unidade Temática 3.3. Componentes de Planificaçã do PEA.

Unidade Temática 3.4. Etapas do Processo de Planificação.

Unidade Temática 3.5. Objectivos de Ensino

Unidade Tematica 3.6. Estrutura de aula e suas Funções

Unidade Tematica 3.7. Funções didácticas e suas caracteristicas

UNIDADE Temática 3.1. Planificação do Processo de Ensino-


Aprendizagem

Nesta unidade temática vamos estudar o trabalho docente e as competências


profissionais. Alêm disso, iremos reflectir sobre a importância de cada modalidade de
planejamento educacional.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Definir as intenções educativas que presidem o


Planejamento de Ensino.
 Definir a planificação do Processo de Ensino-
Objectivos aprendizagem;
 Explicar importância da planificação do PEA.

Tema : Planificação do Processo de Ensino - Aprendizagem

Introdução

Nesta Aula, tomaremos como referência as análises de Libâneo (1992) e Vasconcellos


(1995), sobre o assunto planejamento, claro porque essêcial, ao trabalho docente.
(1992) e Vasconcellos (1995), sobre o assunto Planejamento, claro, porque essêncial, ao
trabalho docente.
Planejamento de ensino consiste em traduzir, em termos mais concrectos e
operacionais, o que o professor fará em sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar
os objectivos propostos.

51
\\\

O processo de ensino aprendizagem é uma actividade intencional e, nesta condição,


requere uma planificação, a começar pelo nível central, da escola e da aula. Neste
sentido, a palnificação do ensino-aprendizagem assume carácter de obrigatoriedade
para o professor: o plano de ensino determina os objectivos a que se pretende chegar e
o conteúdo a mediar e ademais, algumas caracteristicas fundamentais da estruturação
didáctico-metodológica e organização de ensino. É, pois, pela importância que a
planificação do PEA tem, de seguida iremos nos debruçar sobre ela, focalizando,
conceito e importância da planificação do PEA.

Sumário

Caro estudante, se tivéssemos pedido para listar o que fará hoje? Diria-nos que vai ao
cinema, a praia, no grupo de estudo, ou seja um monte de possibilidades, mas porquê
não deixa essas actividades para outro dia? O nosso dia – a – dia exige uma organização,
preparação ou simplesmente antevisão de acções para nao nos surpreender ou
surpeendidos. Vejamos a seguir que a semelhanca das actividades quotidianas,
educativas, exige uma preparacao, um nivel de organizacao para garantir o
cumprimento das finalidades.

o que é planejamento escolar


O Planejamento é uma antecipação mental de uma acção que será realizada. É fazer o
plano (planejar).

CONCEITO E IMPORTÂCIA DA PLANIFICAÇÃO DO PEA

De acordo com Libâneo (1992, p. 222), “é uma tarefa docente que inclui tanto
a previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e
coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua visão revisão e
adadequação no decorrer do processo de ensino.

52
\\\

O real a ser comandado pelo ideal.

A Planificação é uma práctica corente em todas as actividades humanas,


especificamente as que são realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil
para você concluir que o plano de aula (ou seja, a planificação do PEA) é a
previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a
efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a
alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é
uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concrectos e
operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para coduzir os alunos
a alcançar os objectivos educacionais propostos.

A Planifiação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A
planificação é um meio para se programar as acções docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE AULA
Se será fácil definirmos a planificação do ensino, não parece tão simples falar da
importância da palanificação do ensino, sobretudo com uma parte dos nossos
professores que trabalham nas nossas escolas a relativamente muito tempo; referimo-
nos a aqueles (muito experientes) que pensam ser dispensável o plano de aula, como
acontece também com alguns recém-formados ou contratados que não devolveram
ainda nem hábito, nem suficiente capacidades para fazer a planificação das aulas.
Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tende em vista alcançar
determinadas metas, torna-se importante fazer uma previsão básica da acção a ser
realizada, previsão essa, que funcione como um fio condutor susceptível de orientar a
acção. Com efeito, na medida em que a acção educativa põe em causa o presente e o
futuro da criança, do adolescente e do jovem, pondo consequentemente em causa a
própria comunidade, não se pode permitir que ela se desenrole ao sabor dos acasos da
improvisão. Com a planificação da aula, o professor determina objectivos a alcançar ao
término do processo de ensino- aprendizagem, os conteúdos a serem aprendidos, as
actividades a serem relizadas pelo professor e aluno, a distrubuição do tempo, etc, ou
seja, a planificação permite visualizar previamente a sequência de tudo o que vai ser
desenvolvido em dia lectivo.
Assim a planificação da aula é a sistematização de todas as actividades que se
desenvolvem no periodo de tempo em que o professor e aluno interagem numa
dinâmica de ensino e aprendizagem. Mas porquê é importante planificar as actividades
de ensino-aprendizagem? Para responder essa questão solicitamos a visão de Piletti
(2004:75), para este autor a planificação,
“- Evita a rotina e a improvisão;
-Contribui para a realização dos objectivos visados;

53
\\\

-Promove a eficiência do ensino;


-Garante maior segurança na direccao do ensinoi;
-Garante economia de tempo e energia”

A Planificação do PEA, por parte do professor afigura-se como uma etapa


necessária se admitirmos que se trata de prever o conjunto de actividaes (do
professor e dos alunos) que estarão ao centro do PEA, incluindo conteúdo,
meios, selecionados tendo em conta os objectivos que se pretendem atingir e as
condições em que se irá realizar o PEA.

Ao falarmos da planificação das aulas, sobretudo da a sua importância,


compreendemos porquê a aula não pode ser um improviso, cada aula enquadra-
se dentro de um universo do sitema de saberes que se pretendem sejam
propriedade dos alunos mediante o PEA, os quais estão interligados e respodem
a interesses curriculares. Estamos, portanto cientes que cada aula dada, significa
aula planificada, não que isso signifique que o que vai acontecer na sala de aulas
é uma simples reprodução mecânica do plano. O plano de aula é um intrumento
flexivel, aliás, o momento de aula é dinâmico por envolver uma relação dialéctica
entre alunos e destes para com o professor, o que suscita reacções, inter-
relações, a ajustar /equilibrar, istos mas que para que o PEA respeite o rítimo do
que se passa efectivamente na sala de aula: Dificuldade de aprendizagem dos
alunos, perguntas e contribuições dos alunos, recursos existentes na sala de aula
antes não previstos mas que têm grande potêncialidade para a aprendizagem
dos alunos, tempo (disponibilidade e escassez), etc.

Deacordo com Libâneo (1992, p. 223) o planejamento escolar exerce várias funções que
são:
• Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente;
• Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, politico – pedagógico e
profissional e as acções efectivas que o pofessor ira’ realizar na sala de aula.
• Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente.
• Prever objectivos, conteúdos e métodos, a partir da consideração das exigências
postas pela realidade sócial, no âmbito de preparo e das condições sócioculturais e
índividuais dos alunos.
• Assegurar a unidade e coerência do trabalho docente;
• Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto;
• Facilitar a preparação das aulas.

Dimensões e características do plano


Tipos de planos
(Vasconcellos, 1995)

54
\\\

O Plano envolve três


dimensões

Acção Finalidade Realidade

De acordo com Vasconcellos (1995), o Planejamento têm como finalidade fazer acontecer e
estabelece condicoes de espaco e tempo, materiais e disposição.

Distinção entre Planejamento e Plano


O planejamento é o processo de reflexão para se tomar uma decisão, e é permanente.
Plano é um guia de orientação, que deve se estabelecer ordem sequêncial, progressive,
para que se alcance seus objectivos ou objectividade e flexíbilidade. (Vasconcellos,
1995)

Exercícios de auto-avaliação

1. Nas nossas escolas temos vários professores, cada um com seus hábitos
particulares. Entretanto, a escola é uma organização, sobretudo entidade
responsável por realizar o PEA, uma actividade com carácter sistemático e
planificado como vimos na aula sobre as características do PEA. Nesse sentido,
você concordaria ou não com o professor que:

55
\\\

a) As suas aulas, apesar de serem planificadas, ocorrem espontanêamente, ao


curso do que acontece na aula.
b) Minunciosamente planificado ao ponto de nas suas aulas não se tratam, nem se
discutem assuntos, tarefas, problemas que não estavam previstos no plano de
lição.
Orienta aulas atrativas “ movimentadas”, cujo dinamismo é sustentado por aquilo que
se passa na sala, mas sem deixar a parte seu plano de aula.
4.Qual e a diferença que existe entre planejamento e plano.
Resposta:
a) Sim, b) Não, c) Sim.

4. A diferença que existe entre o planejamento e o Plano e de que, O


planejamento e o processo de reflexão para se tomar uma decisão, e é
permanente.equanto que Plano e um guia de orientação, que deve se
estabelecer ordem sequêncial, progressive, para que se alcance seus
objectivos ou objectividade flexibilidade.

Exercícios

01. Quais as finalidades do planejamento educacional? Tais


finalidades são importantes para a realização do trabalho docente?
Por quê?
02. Os planos curriculares estão sendo documentados, levando-se
em consideração as directrizes oficiais e as condições sociais e educacionais dos sujeitos
envolvidos no processo de ensino?
03. Qual a importância do plano de ensino?
04. Que aspectos devem ser considerados pelo professor na elaboração do plano de
aula?
05. O planejamento escolar exerce várias funções.
a. Diga quais são essas funções.

UNIDADE Temática 3.2. Níveis de Planificação do PEA e Tipos de


Planejamentos

Introdução

A prática do ensino mostra que o que acontece na escola como experiências da


aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nivel, classe ou tipo de ensino.

56
\\\

O professor, na sua planificação, desempenha, nesse sentido, o papel quem


operacionaliza e concrectiza no tereno uma planificação anteriormente feita a
níveis acima dele. Isto, em parte orienta o professor, mas ao mesmo tempo,
como vimos anteriormente, nenhum plano do PEA pode considerar-se
proposição rígida, acabada, o que faz com que da sua parte, o professor
planifique, a sua maneira, as suas aulas.
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa o tema
proposto na unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar os elementos constantes nos modelos de


plano de aula que normalmente são utilizados pelos
professores
Objectivos  Definir os diferentes níveis de planificação no PEA
 Tipos de planejamentos.

Sumário

Níveis de Planificação do PEA e Tipos de Planos

A planificação do processo e ensino- aprendizagem se realiza em dois níveis


fundamentais: central e do professor, passando por um nível intermediário, o da
planificação pela escola.

A nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de


ensino-aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição
do perfil de saida do nível/grau, curso, disciplina, ano, etc a partir do qual se faz:
 A definição dos objectivos, conteúdos e métodos gerais
 A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc) e pelas unidades do
PEA.
 A elaboração dos programas detalhadas por disciplina
Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do professor
e outros meios de ensino-aprendizagem.

Em termos de modelos para a planificação das aulas, convém realçar que


existem muitos, em função do autor que os propõe. Por iso, nos parece marginal
a discussão sobre qual é o melhor modelo, desde que se chegue ao ponto de
incluir os elementos que simbolizam a dinâmica do processo de ensino-
aprendizagem.

57
\\\

Assim, por uma questão meramente elucidativa, incluiremos a seguir alguns


modelos de plano de aula, deixando ao critério do professor, em grupo de
disciplina ou nível da escola, e em função da disciplina que lecciona adoptar este
ou aquele modelo, ou ainda a combinação entre eles.
A planificação do professor têm como base a planificação curricular que, por sua vez
orienta a planificação a nível da escola. Deste plano da escola, que reflecte o curriculo, o
professor se serve para planificar as suas aulas.

A planificação das aulas, é uma etapa essêncial da actividade do professor como


podemos ver nas aulas anteriores, é realizada, regra geral obedecendo a
determinados modelos. Em todo caso, mesmo com esta diversificação de
modelos de planificação de aulas, parece haver algum consenso de que ele
comporta actividades do professor e dos alunos (traduzindo os métodos “
variantes métodicas básicas “ de ensino a utilizar), os meios de ensino, o tempo,
o conteúdo, os objectivos e as funções didácticas (na sua integralidade, incluindo
momentos de introdução e motivação, mediação assimilação, dominio e
consolidação e, finalmente, controlo e avaliação).

TIPOS DE PLANO
(Vasconcellos, 1995)

Planejamento
Planejamento Planejamento
como Planejamento da
Instrumental /
príncipio Participativo escola
Planejamento
prático

Preocupa-se
Preocupa-se Preocupa-se com
com tarefa da Estabelece
com a técnica os saberes,
sala de aula plano de ensino.
valorização
da educação.

58
\\\

Exercícios de auto-avaliação

1. Coloque V ou F as afirmações que são, respectivamente, verdadeiras ou falsas:


a. A planificação do nível central é importante por orientar ao professor sobre
as experiências educativas que deverá organizar para os seus alunos.
b. Em função das condições concrectas, o professor, pode incorporar ou
enriquecer o curriculo para poder ajustar as condições da sua escola e as
particularidades dos seus alunos.
c. O plano central, portanto, o curriculo deve ser cumprido sequêncialmente e
de forma linear.
4.Menciona os tipos de Planejamento segundo vasconselos.

Resposta:
a) V, b) V, c) F.

4.OS Tipos de planejamentos definidos por vasconsellos sao : Planejamento como


principio prático, Planejamento Instrumental / Planejamento Participativo e
Planejamento da escola.

Exercícios
1. Depois da planificação central, em que vai consistir a
planificação ao nível do professor?
2. Quais são os modelos existentes para a elaboração do
plano de aula?
3. A planificação do processo e ensino- aprendizagem se
realiza em dois niveis fundamentais: central e do professor, passando por um
nível intermediário, o da planificação pela escola. Justifica a resposta.

4. A planificação das aulas, é uma etapa essêncial da actividade do professor.


Explica porque?

Livros Recomendados (Didáctica Geral ) Rosilene Horta Tavares Belo Horizonte


Editora UFMG – 2011.

59
\\\

UNIDADE Temática 3. 3. Componentes de planificação e do processo


de ensino e aprendizagem.

Introdução
Prezado estudante, ao completar esta unidade, vamos abordar sobre
apresentação dos modelos de plano de lição ja foi um bom passo para
visualização dos componentes (ou elementos) que orientam a elaboração da
planificação do PEA e, quiçá, em todos os níveis de planificação do PEA. Estes
componentes, em parte, devem ser cuidadosamente analisados, visto que
qulquer plano de ensino para ser funcional deve, por exemplo, ajustar-se aos
alunos, aos conteúdos, aos meios existentes e outros componentes que a seguir
nos debruçaremos deles.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar os componentes que se devem ter em


conta para a planificação do PEA;
 Explicar, em que medida, é util se ter em conta cada
Objectivos um desses componentes.

Sumário

Componentes de planificação do PEA

a. O meio ambiente
Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de
aula são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e
hábitos culturais da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente
estranhos não são considerados nas propostas de aprendizagem, corre-se risco de não
interessarem ou de serem inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios a
que se vão propôr, as motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser
adequado ao meio. E evidentimente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e
com os recursos quer materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito,
as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico
não se tomar em consideração. E assim, frequentimente o professor é forçado, por
exemplo, a mudar de estratégia porque não é mesmo possivel concretiza-la com o material
e que dispõe.

60
\\\

b. Recursos/meios de ensino existentes

É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o


quadro preto a árvore do pátio da escola, a mão do professor que pousa amigavelmente
no ombro do aluno, as experiências vividas podem contribuir para que a aprendizagem
se torne mais rica e gratificante.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojectores, ter
laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias,
explorações mineiras, etc, abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados
ou feiras, artesanatos característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha
de estratégias. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os professores,
os alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que
ele constitui um excelente reurso de ensino, pois tudo depende do seu
“empenhamento, das atitudes, da natureza e da qualidade de relação pedagógica
investida no processo educativo”. O professor ao planificar a sua acção tem, pois de
estar bem conciente dos seus aspectos positivos e das suas limitações como pessoa e
como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido possivel.
c. O aluno

Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um


saber, cujo aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um
determinado assunto é muitas vezes mais facíl se esse assunto for tratado por um
colega em vez do professor), é o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu
próprio mundo ao PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas desse processo e
fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante em si mesmo e nso outros.
Por outro lado, uma componente importante na palnificação do PEA é a sua adequação
ao aluno. Realmente, para além da compreensão das caracteristicas próprias do nível
etário do aluno e das caracteristicas da população escolar, certamente tidas na
elaboração dos programas, é fundamental que o professor conheça as caracteristicas
pessoais do aluno.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no
tipo de trabalho que se irá propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas
mais dinâmicas que canalizam aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para
alunos excessivamente competitiva terá de insistir em propostas assentes no trabalho
de grupo.

d. Conteúdos
Os conteúdos a se ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados,
em linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseiam nos esquemas conseptuais
que os presidem e os temas organizadores.
Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não trabalham em conjunto

61
\\\

sobre um mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Este facto poderá
aparentemente não ser importante, mas a discrepância de situações em que
inevitavelmente oa alunos se encontrarão ao enfretarem os exames, naturalmente, a
nível da classificação.

Neste sentido, o importante conciste em perceber que para além da organização do


conhecimento em si, com base nas sua regras, o conteúdo abrange todas as
experiências educativas do conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas
pela escola. E na selecção da matéria deve-se ter em conta o valor funcional que mais se
liga aos problemas da actualidade e tenha valor social. A selecção deve ter em conta os
interesses regionais bem como as necessidades e fases do desenvolvimento do aluno.

e. Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado
da nossa actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da familia,
da escola, da disciplina, do professor e, principalmente, do aluno).

f. Procedimentos de ensino
Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para
colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam
modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos previstos. Eles se relacionam com os
recursos didácticos, teóricos e materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os
objectivos da aprendizagem dos seus alunos: compreende método e técnicas de ensino
e de todos os recursos auxiliares usados para estimular a aprendizagem do aluno.

g. Avaliação

A avaliação se justifica como componente essêncial do palno de ensino pelo facto de


ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos
objectivos definidos. Nesta ordem de ideias, quando terminam os trabalhos previstos
para o ano lectivo, para aquela unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as
actividades que, por se ter de atender a qualquer acontecimento inesperado
substituíram ou complementaram o que estava planificado, a proxima etapa são avalir o
plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia, o seu rendimento
e optimização, a sua maximização

O ambiente escolar. Esse sim, é o elemento primordial a considerar para a planificação


do PEA. O Professor, qualquer disciplina que seja, não poderia dar aula indistintamente
quer esteja nesta unidade naquela escola, neste ou naquele ponto do pais, soretudo em
função das condições de que dispõe: é uma questão de pragmatismo e de adequação as
condições locais, para que, efectivamente o palno seja funcional sob o ponto de
conseguir levar oa alunos a atingirem os objectivos de aprendizagem que se desejam.

62
\\\

Igualmente diriamos para o caso doutros componentes de que acabamos de retratar:


meios ou recursos de ensino, conteúdos e aluno. E como poderemos ver na aula que se
segue, o exercicio tem que ser sempre o mesmo em relação a outros componentes,
nomeadamente objectivos, procedimentos (métodos) de ensino e a avaliação do plano
de ensino.
Estratégias para elaborar um plano de Ensino
 Para elaborarmos um Plano de Ensino,
 precisamos definir os objectivos que conduzem uma
aula ou um conjunto de aulas.

QUAL É O OBJECTIVO DE UM PLANO DE ENSINO?


O objectivo é a realização das actividades planeadas pelo professor com base no
desenvolvimento de conhecimentos, competências, habilidades e atitudes
demonstradas pelos alunos.

O PLANO DE AULA

É a sucessão das actividades que serão desenvolvidas durante uma aula, sendo
importante seguir as etapas:
• Definir o tema central da aula.
• Estabelecer objectivos da aula.
• Indicar o conteúdo a ser abordado.
• Prever a avaliação da aprendizagem.

63
\\\

2. Procedimentos de ensino
Sao acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o
aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar
sua conduta, em funçõ dos objectivos previstos.

3. A avaliação se justifica como componente essêncial do palno de ensino pelo facto


de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em
relação aos objectivos definidos. Enquanto que os procedimentos de ensino São
acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o
aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam
modificar sua conduta, em função dos objectivos previstos.

Exercícios de auto-avaliação

1. Mencione os componetes da planificação do PEA.


2. Faça a descrição das etapas de o planejamento da aula.
3. Explica o concito de procedimentos de ensino.
4. Fale de avaliação como componente de plano.

Resposta:
1. As componentes da planificação no PEA são: O meio ambiente, Recurso/meios de
ensino existentes, aluno, conteúdos, objectivos, procedimentos de ensino e avaliação.
2. Definir o tema central da aula, Estabelecer objectivos da aula, indicar o conteúdo a
ser abordado, prever a avalição da aprendizagem.
3. procedimentos de ensino - São acções e processos ou comportamentos planeados
pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos
que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos previstos.
4. Avaliação como componente de plano pelo facto de ajudar na determinação do grau e
quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos. Enquanto que

64
\\\

os procedimentos de ensino São acções e processos ou comportamentos planeados pelo


professor para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que
possibilitam modificar sua conduta, em função dos objectivos previstos.

Exercícios Seleccione apenas as afirmações verdadeiras do conjunto das seguintes frases:

a. Para além da organização do conhecimento em si, com base nas suas


regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do
conhecimento, devidamente seleccionado e organizado pela escola (em
grupo de professores da esma disciplina ou classe)
b. Nenhum plano de aula teria espaço para acomodar os vários aspectos do
ambiente envolvente: o que interessa é que ele se restrinja ao que consta no
programa.
c. A verdadeira aprendizagem é sempre o produto da actividade pessoal de
cada um, razão pela qual, o papel do professor conciste em tentar criar
soluções que favoreçam em cada aluno a mobilização optima de todos os
seus recursos, particilarmente dos seus pré-requisitos.
d. O que se disse na alinea anterior obriga o professor a planificar as suas aulas
em função das particularidades dos seus alunos.
e. Se pudéssemos com a riqueza cultural das pessoas existentes a volta da
escola para servirem de meios de ensino, isso iria atrasar ainda mais o
cumprimento do programa.

UNIDADE Temática 3. 4. Etapas de Processo de Ensino- Aprendizagem

Introdução
Ao definirmos a planificação como sequência de actividades a serem desenvolvidas na
sala de aula, remete-nos a ídeia de uma sequencialidade dessas acções
didácticas/pedagógicas. Nesta unidade vamos analisar as diferentes etapas que
orientam o processo de Planificação

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

65
\\\

Identificar as etapas do processo de Planificação

Objectivos Explicar a essência de cada etapa no processo de planificação.

Sumário

Vamos começar coma abordagem das etapas do processo de planifição, são


principalmente quatro etapas: a sondagem, a elaboração, a execução do plano e a
avaliação do mesmo. Vejamos detalhadamente essas etapas.
Sondagem
Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do
conhecimento da realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado; sobre a
pertinência desta etapa, Schmitz (1993:105), observa que “conhecendo o aluno em seu
ambiente, com seus elementos integrantes, com suas aspirações, frustrações,
necessidades epossibilidades pode-se planificar para ele. A falta de sondagem e
diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o que não
interessa, ou até o que já foi alcançado”. A observação deste autor é importante para a
compreensão da necessidade de olhar sempre para o destinatário desse processo de
planificação, incluindo as condições ambientais e materiais, bem como os métodos, os
recursos didácticos necessários para o cumprimento das actividades de aprendizagem
planific planificadas.

Repare que voltamos a falar do diagnóstico como etapa fundamental para se começar a
actividade educativa e de aprendizagem em especial. Esse exercício, minimiza as
imprecisões e incuprimento das actividades, pois a planificação assenta-se numa
realidade concreta. Imagine um professor que vai ao Distrito, pensa em usar um recurso
didáctico, o retroprojector ou datashow, o que exige a utilização de energia, ele não
sabe se no Distrito têm energia ou não. Será que esse vai cumprir com as actividades de
aprendizagem planificadas? Certamente que não, porque não observou as condições
concretas do terreno, faltou aqui a sondagem, o diagnóstico ou simplesmente o
conhecimento da realidade, o plano tem que ser realista, uma das suas característas.

Elaboração
Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao processo
em que o professor ou os profissionais da educação, senta para esse exercício em que
prevém o que deverá acontecer na prática, no terreno pensando nas condições físicas,
sociais e mentais dos alunos, nas condições da sala de aula ou da escola, condições da
comunidade, no conteúdo que será trabalhado, nos objectivos a atingir, nos
procedimentos a empregar, na forma de avaliação, isso tudo faz parte da planificação.

66
\\\

Essas actividades serão colocadas a disposição sob forma de um documento escrito, a


esse documento é que se chama de plano. Quer dizer, um é processo (planificação) e o
outro é produto deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já compreendeu
a diferença, agora vamos explicar em que consite a elaboração do plano.

A partir das informações obtidas na sondagem, agora estamos em condições de decidir


se levamos o retroprojector ou datashow, ou ainda nada disso? Para não cairmos numa
simples repetição, repare nas actividades descritas quando explicamos a planificação no
parágrafo anterior, essas corespondem a esse processo de elaboração, olhar para os
objectivos, condições de realização, formas de avaliar e todas actividaes descritas nesse
parágrafo.

Execução
Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a
concretização das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas
anteriores. Aqui a semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto
desde que não coloque em causa os objectivos planificados daí que se refere que a
planificação exige flexibilidade, uma das características do plano. Ao longo deste
processo é sempre importante ter em conta a avliação dessas actividades.

Avaliação
Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz (1993),
importa referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige também
estabelecimento de critérios claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda
bem quando na verdade estamos longe de cumprir com os objectivos previstos.
Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não podem
ser consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são dinâmicas e
interligadas, quer dizer o processo não para na avaliação, pois a avaliação vai permitir a
replanificação, tornando um ciclo vicioso

Exercícios de auto-avaliação

1. Apesar do dinamismo reconhecido no processo de planificação, a sondagem é


considerada uma etapa crucial deste processo. Explique porquê?

2. Aponta as Etapas de Processo de Ensino - Aprendizagem.

3. Quando é que avalição usa - se na planifição?

4. Define o concito de execução?

Resposta:
1. Vamos ser sintético na resposta, a falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se

67
\\\

propõe ou o que é impossível alcançar, ou o que não interessa, ou até o que já foi
alcançado, todas etapas para a sua melhor execussão, dependem essencialmente do
conhecimento da realidade.
2 As Etapas de processo de ensino- aprendizagem sao: sondagem, execução, avaliação e
elaboração.
3.Avalição usa – se na planificaçã porque exige estabelecimento de critérios claros para
não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando na verdade estamos longe
de cumprir com os objectivos previstos.
4. Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a
concretização das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas
anteriores. Aqui a semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto
desde que não coloque em causa os objectivos planificados daí que se refere que a
planificação exige flexibilidade, uma das características do plano.

1. Faça um resumo de 6 paginas numa reflexão do processo – ensino


Exercícios e aprendizagem em mocambique.
2. Qual é importância política e pedagógica do plano de ensino?
3. Que aspectos devem ser considerados pelo professor na
elaboração do plano.
4. Os planos curriculares estão sendo documentados, levando-se
em consideração as directrizes oficiais e as condições sociais e educacionais dos sujeitos
envolvidos no processo de ensino?

Livros Recomendados
Rosilene Horta Tavares, Belo Horizonte. Didactica Geral. EditoraUFMG - 2011
MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?: currículo, área,
aula. 12ª. edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002

Unidade Temática: Estrutura da aula – funções didácticas

Introdução
Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade de estrutura e dinamica do PEA. A
educação especialmente organizada realiza-se, nas escolas, sobretudo através
das aulas que em si, constituem um conjunto de condições pelos quais o
professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria
do aluno no processo de aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente
e activa dos conteúdos. Por outras palavras, o processo de ensino, através das
aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria do ensino, preparada

68
\\\

didácticamente no plano de ensino e nos planos de aula. A realização de uma


aula ou conjunto de aulas requere uma estrutura didáctica, isto é, etapas ou
passos mais ou menos constantes que estabelecem a sequeência do ensino de
acordo com a matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada
aluno e situações didácticas específicas; é neste sentido que nesta unidade
vamos discutir sobre a estrutura da aula, como forma de organização do
processo de ensino e aprendizagem.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Explicar o papel das funções didácticas no


PEA;
 Identificar as principais funções didácticas
no plano de aula.
Objectictivos

Sumário

Estrutura e Dinâmica do Processo de Ensino e Aprendizagem

As diferentes etapas serão apresentadas sucessivamente e, ao mesmo tempo,


chamaremos atenção sobre a interligação existente entre elas.
Trata-se das etapas, também chamadas funções didácticas passemos a
apresentar as funções didácticas:

 Função Didáctica de Introdução a Motivação;


 Função Didáctica Mediação e Assimilação;
 Função Didáctica de Domínio e Consolidação;
 Função Didáctica de Controlo e Avalição.

As funções didácticas como já referimos, são etapas ou fases do PEA que, na


sua essência realizam-se não rigidamente de forma sequênciadas, mas sim
interligada.

De certeza que já deu ou assisntiu aulas e deve ter ficado com a impressão de que a
indicação das etapas ou funções didácticas não significa que todas devem seguir um
esquema rígida. A opção pela qual etapa é mais adequada iniciar a aula ou conjugação
de vários passos numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos objectos da
matéria, das caracteristicas dos alunos, dos recursos didácticos disponíveis, das
informações obtidas na avaliação diagnostica etc.

69
\\\

Por exemplo, ao iniciar a aula sobre “ As caracteristicas dos rios de Moçambique “, por
causa da relação que esse conteúdo tem com o “Relevo e o Clima de Moçambique “, o
professor poderá fazer uma breve revisão destes conteúdos e, neste sentido, pode se
entender como sendo Introdução e Motivação por cumprir a função de (re) activação
dos pré-requisitos, mas ao mesmo tempo pode ser uma consolidação (envolve
repetição, exrcitação ou sistematização do (já aprendido), assim como avaliação por
ajudar a verificar o nivel de compreensão e aprendizagem que os alunos tiveram nesta
matéria (relevo e clima de Moçambique).
Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica
criatividade e flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que fazer perante a situações
didácticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsivel.

Devemos entender, portanto, as funções como tarefa do PEA relativamente constantes


e comuns a todas as matérias, considerando-se que não há entre elas uma sequência
necessariamente fixa, e que dentro de uma etapa se realizam simultanêamente outras.
Elas estão em interacção reciproca, tal como se pretende ilustrar na figura abaixo.

Figura 1- A interdependência entre as funções didácticas

Introdução e Motivação

Controlo e Avaliação
Mediação e Assimilação

Dominio e Consolidação

Como pode imaginar, a função didáctica Introdução e Motivação teoricamente é a


primeira função didáctica, aquela que faz iniciar a aula, mas que, como vimos
anteriormente, pode estar associada a outras funções didácticas. Para este caso, o
importantente é o professor reconhecer a importância da motivação no PEA e, de
seguida, procurar encontrar as formas práticas para conseguir a motivação dos alunos
nesse PEA.
No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo: mobilização
da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente,
suiscitamento do interesse e ligação da matéria nova em relação a anterior.
Os alunos motivados ficam conscientes do que estudam e isso estimula a actividade

70
\\\

cognitiva deles e faz com que eleve o seu papel educativo e formativo.

Exercícios – de auto- avaliação

a) Descreve as caracteristicas de um aluno motivado na sala de aula?

b) Explica quais as estratégias usadas para prepação no inicio de uma aula?

c) Diga o que é função como tarefa de PEA ?

d) Menciona as Funções Didácticas que conheces?

e) A função Didáctica de motivação, usa – se no inicio de uma aula ou no fim de uma


aula?

Resposta:

1.O aluno motivado na sala de aula, fica consciente do que estuda e isso estimula a
actividade cognitiva dele e faz com que eleve o seu papel educativo e formativo.
2. As estratégias usada para a prepação do inicio da aula, são: mobilização da atenção
para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suiscitamento do
interesse e ligação da matéria nova em relação a anterior.
3. Funções é uma tarefa do PEA relativamente constantes e comuns a todas as
matérias, considerando-se que não há entre elas uma sequência necessariamente fixa, e
que dentro de uma etapa se realizam simultanêamente outras. Elas estão em interacção
reciproca, tal como se pretende ilustrar na figura abaixo.
4. Introdução e Motivaçã, Mediação e Assimilação, Dominio e consolidação e controlo e
avaliação.
5. Usa – se no incio de uma aula. Dependendo de caso porque a motivação é
permanente.

71
\\\

A
u
t
o 1.Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para
Exercícios
- conseguir a mobilização da motivação na sala de aula.
a
v 2. Em que momento da aula se realiza a avalição formativa . Escolha a
a opcção correcta.
l a. Dominio e Consolidação,
i
b. Introdução e Motivação,
a
ç c.Mediação e assimilação.
ã d. Controlo e Avaliação.
o
3. Indica os tipos de motivação.
4. Em que momento da aula se usa o método de elaboração Conjunta. Escolha a
opção certa.
a. Controlo e avalição
b. Dominio e Consolidação
c. Mediação e Assimilação Introdução e motivação
d. Assimilação.
e. Todas.
5. Explica como ocorre a motivação contínua e final.

:
Tema Funções – Didácticas e suas caracteristicas

Introdução
Caro estudante, nesta aula procuramos desenvolver um entendimento comum sobre a
importância da motivação, assimilação, dominio e consolidação e controlo e avaliação
no PEA e, sobretudo, para a aprendizagem dos alunos, tendo em conta a natureza de
que a aprendizagem dos alunos deve ser consciente e activa, integrando os novos
conhecimentos na estrutura mental do aluno. Fizemos isso antes de apresentarmos a
relação dialéctica entre as funções didácticas de que falamos na unidade anterior.E na
sequência disso, devido a grande importância das funções didácticas o no PEA, iremos
nos debruçar sobre as tarefas didácticas que o professor deve realizar para conseguir a
usar todas as funções nos alunos, falarenos de forma resumida apresentando as suas

72
\\\

carateristicas.

Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.

Ao completares esta unidade será capaz de:;

 Descrever as funções didacticas no processo de


ensino aprendizagem;
 Identificar tipos de motivação no PEA;
Objectictivos
 Controlar a aprendizagem dos alunos;
 Avaliar os alunos.

Sumário

Introdução e Motivação

Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos, você
compreendeu que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o objectivo
principal consiste em conseguir a mobilização psíquica e física dos alunos para a
aprendizagem do (não) novo conteúdo. Para o efeito devem, por exemplo, serem
realizadas as seguintes tarefas:

a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão efectivamente


disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor está em
estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir opiniões próprias sobre o que
aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a coisas ou eventos do quotidiano. A correcção
dos trabalhos de casa trona-se importante factor de reforço e consolidação. As vezes
haverá necessidade de uma breve revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação
de conceitos ou habilidades insuficientimente assimilados.

b) Estabelecer a ligação entre noções que ao alunos ja possuem com a matéria


nova, bem como estabelecer vinculos entre a prática quotidiana e o assunto.

73
\\\

Para isso, o melhor procedimento é apresentar a matéria como um problema a


ser resolvido, embora nem todos os assuntos se prestem a isso. Mediante
perguntas e trouca de experiências, colocação de possíveis soluções,
estabelecimento de relação causa-efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se
encaminhando para se tronarem também problemas para os alunos em suas
vidas práticas.
c) Criar ou obter uma atmósfera propícia para a aprendizagem. Para isso
é necessário:
d) Dar informações sobre o conteúdo da aula;
e) Orientar para os objectvos em vista;
f) Procurar curiosidade;
g) Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem
recursos ao medo, ao castigo, mas sim com base na persuação e
envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).

2. Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem


interessados, não estiverem atentos, então, não há aprendizagem.

Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:

 A orientação para objectivos concretos atingiveis pelos alunos, que se


encontrem na zona de desenvolvimento próximo.
 A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da
turma e de cada

Motivação contínua e final

Antes de a aula iniciar a motivação inicial põe os alunos em condições de poderem


querer aprender, ou seja, dispostos para realizarem as actividades requeridas nesse PEA
e ao mesmo tempo, gradualmente o professor trabalha para manter essa motivação ao
longo de todo PEA, daí a pertinência da motivação contínua. Mas os alunos devem
também serem/estarem preparados, motivados, para as tarefas ou actividades
seguintes parecidas ou semelhantes a estas.

A motivação permanente ou contínua tem como sua estratégia atingir o bjectivo de uma
tarefa, de uma aula: atingir o objectivo de uma tarefa/actividade tem uma função
motivadora. Por isso, dada a sua importância dos objectivos na actividade do professor
e dos alunos, eles devem ser recordados e verificados em todas as etapas do
ensino.Esse cuidado auxilia a avaliação permanente do PEA, assim como evita a
dispersão, impedindo que aspectos secundários tomem conta do essencial no

74
\\\

desenvolviemrnto, etc.

Os alunos precisam de ser activados logo desde o princípio da aula; igualmente devem
permanecer activos, motivados ao discurso da aula em causa para garantir a
manutenção do nível optimal por muito mais tempo, fazendo permanecer a capacidade
de recepção, assimilação do conteúdo, ao mesmo tempo que fará com que os alunos se
inventam nas actividades em virtude de estarem “despertados“, com alto nível de
actividade neurofisiologiaca “. É uma questão de princípio didáctivo, mas também de
garantia de que o professor não estará a agir para com individuos ” amorfos “, “inactivos
“ e “ incenssiveis “ as actividades que estão sendo desenvovidas na aula.

De igual modo, surge, a partir do que vimos nesta unidade, o imperativo de que as aulas
sejam realizadas de tal forma que todos e cada um dos alunos atinja os objectivos
preconizados, isto é, sinta que está a aprender, a progredir, visto que isso será condição
para que encontrem energia psíquica necessária para as aprendizagens seguintes,
partindo duma relação/atitude positiva para com as matérias/disciplnas (e respectivo
professor) em que os alunos atingiram niveis satisfatorios de aprendizagem aluno
individualmente. Esse parágrafo explica a pertinência da motivação final. Assim como
nas funcoes didácticas aprendidas, a diferenciação da motivação deve ser entendida no
sentido didáctivo, pois nenhum professor será capaz de identificar a motivação inicial,
contínua e final nos seus alunos; além de que a motivação criada na fase inicial pode
não exigir outra movivação para certos alunos, mesmo assim ao propósitos da aula
serem atingidos.

Mediação e Assimilação

Lembramos mais uma vez, as etapas ou funções didácticas, estão estritamente


relacionadas, de modo que, neste caso, podemos dizer que o tratamento da matéria
nova começa inclusive na função didáctica Introdução e Motivação. Mas na função
didáctica mediação e assimilação há o propósito de maior sistematização, envolvendo a
transmissão-mediação/assimilação activa dos conhecimentos. Nesta etapa se realiza a
percepção dos objectivos e fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o
desenvolvimento de capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocinio dos
alunos. Neste sentido o professor nesta etapa coloca os alunos em contacto com a
“matéria nova”.

Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é criado a
atmosfera propícia para a aprendizagem, conseguido o interesse e atenção é feita a
reactivação do nível inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na qual se realiza
uma parte fundamental da aprendizagem propriamente dita, ou seja, para a etapa em
que o profesor medeia um novo conteúdo e, na sequência disso, os alunos assimilam
novos conceitos, teorias, princípios, etc, contribuindo para o desenvolvimento de um
novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e estar.

Importa clarificar que, pela sua designação, a função didáctica Mediação e Assimilação
compreende, de um lado a actividade do professor (mediação do novo conteúdo) e do

75
\\\

aluno (assimilação do novo conteúdo).

Lembrando o que discutimos na funcao didactica Introducao + Motivacao, sobre tudo


em termos de reactivação do nível inicial, podemos entender o processo de
mediação/assimilação como um caminho que vai do “não saber” para o saber,
admitindo-se que o ensino consiste no domínio do “saber absoluto”, pois os alunos são
protadores de conhecimentos e experiências, seja da sua prática quotidiana, seja
aquelas obtidas no processo de aprendizagem escolar ou não. Portanto, para a
realização desta funcao didatica, o professor deve ter em conta algumas considerações:

 Qual é o nível (de pré-requisitos) dos alunos (depois da reactivação)?


 Quais são os objectivos a atingir?
 Quais são os conteúdos através dos quais os objectivos devem ser
atingidos?
 Quais os métodos através dos quais os conteúdos devem ser mediados
e os objectivos atingidos?
 Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos objectivos
definidos, ao conteúdo, aos métodos escolhidos e as características do
professor, de maneira a atingir uma assimilação activa por parte dos
alunos?

Através destas questões pretende-se chamar particular atenção ao facto de que na


Funcao Didactica Mediacao + Assimilacao o professor não deve concentrar a sua atenção
exclusivamente para o conteúdo que está a ser mediado, mas também sobre todas as outras
categorias didacticas numa relação dialéctica (aluno, professor, métodos e meios de ensino-
aprendizagem, objectivos), de modo a tornar efectiva a aprendizagem dos alunos; e,
analizando a interligação entre as categorias, na Funcao Didactica Mediacao+Assimilacao, o
professor determinará se os métodos de ensino adoptadas/ou a adoptar estão mais variados
para:

 A assimilação de novos conhecimentos (saber)


 O desenvolvimento de habilidades, métodos, habitos e técnicas de trabalho
(saber fazer)
 O desenvolvimento de entidades, convicções e comportamentos (saber se e
estar)
 Ou a interligação, conexão entre esses processos parciais.

Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das
considerações básicas para o professor decidir os métodos de ensino e aprendizagem a
empregar é “quais são as actividades dos alunos necessários para atingir a assimilação
de um determinado conteúdo nas suas potencialidades cognitivas, instrutivas e
educativas “.

E porque o PEA é uma sequência lógico-didáctica de actividades planificadas e


sistematizadas dos professores e dos alunos, podemos e devemos fazer essa pergunta,
também, da seguinte maneira: “quais as actividades do professor necessárias para
desencadear as devidas actividades dos alunos em relação aos objectos e conteúdos?”;

76
\\\

e como resultado desta questão, vê-se que a qualidade das actividades do professor
determina em larga medida a qualidade das actividades dos alunos.

Dominio e Consolidação

Se olharmos para o PEA, como tendo o objectivo de conseguir que os alunos,


efectivamente aprendam, vemos que o trabalho com a nova matéria não se deve
reduzir a simples exposição e explicação dessa matéria e colocá-la a disposição dos
alunos. Mas deve, ao mesmo tempo, ir tratando de conseguir apuramento desse (ja
não) novo saber nos alunos, visto que o trabalho docente consiste em provar as
condições de assimilação e compreensão da matéria, incluindo já exercícios e
actividades prácticas para solidificar a compreensão. Entretanto, o processo de ensino
não pára por aí. É preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e
fixados na mente dos alunos, a fim de que estejam disponíveis para orienta-los nas
situações concretas de estudo de vida. Do mesmo modo, e em consonância com os
conhecimentos, é preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a
utilização independente e criadora dos conhecimentos.

Trata-se, assim, do que justifica a necessidade de se ter no PEA uma etapa, uma Funcao
Didactica essencialmente destinada ao domínio, consolidação e fixação da matéria.
Alias, os conteúdos só são realmente dominados, assimilados, apropriados, quando se
atingiu a capacidade de operar com elas nas várias tarefas de aplicação teóricas e
práctica; e para tal, são necessários na continuidade do trabalho com os conteúdos
novos, etapas, fases ou componentes do PEA que tem por objectivo directo a
consolidação e o domínio dos conteúdos: no PEA é preciso proceder-se a uma constante
consolidação dos resultados da aprendizagem.

Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o PEA como
unidade de todas as funções didácticas. Muitos professores são habilidosos na”
Introdução e Motivação”, outros podem expor o novo conteúdo de modo
impressionante e astimular os alunos para a autoactividade criadora. Mas nem todos
estes professores têm habilidades para terminar o processo de ensino-aprendizagem:
não só é interessante a motivação, a exposição do prblema e do conteúdo que desperta
o entusiasmo e a viva conversação na sala de aulas, integram também no PEA a
repetição e sistematização planificadas, a prática intensiva e a aplicação variada dos
conhecimentos e habilidades.

A consolidação, neste sentido, pode dar-se em qualquer etapa do processo didáctico:


antes de iniciar matéria nova, recorda-se, são realizados exercícios em relação a matéria
anterior; no estudo do novo conteúdo, ocorre paralelamente as actividades de
assimilação e compreensão. Mas constitui também, um momento determinado do
processo didáctico, quando é posterior a assimilação inicial e compreensão da matéria.

A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. Estes três tipos,


diferenciam-se no seguinte:

Consolidação reprodutiva

Nesta consolidação, o aluno reproduz o que o professor disse, sem muito espaço para a

77
\\\

criatividade, notam-se esses estudantes pela capacidade de recordar os exemplos que o


professor usou na explicação da matéria.

Consolidação criativa

Aqui recide a compreensão verdadeira, quando o aluno não se limita nos exemplos do
professor, mas procura exemplos da vida quotidiana, das suas experiências, ligadas a
matéria estudada. Não usam necessariamente as expressões utilisadas pelo professor,
mas sim suas próprias palavras.

Consolidação generalizadora:

 Inclui a aplicação de conhecimentos para situações novas, após a sua


sistematização;
 Implica a integração de conhecimento de forma que os alunos estabeleçam a
relação entre os conceitos, analisem os factos e fnómenos variados sob varios
pontos de vista, façam a ligação dos conhecimentos com novas situações e
factos da prática social.

Controlo e Avaliação
Controle e avaliação acompanha todo o prcesso de ensino aprendizagem e forma, ao
mesmo tempo, a conclusão das unidades de ensino (ou unidades temáticas). No geral,
podemos destinguir:

 Controle e avaliação directos, isto é, especificamete nas fases de Função


Didactica Controlo+Avaliação.
 Controle e avaliação contínuos ou imanentes, isto é, em todas as outras
funções didácticas.
Nesta primeira aula sobre a Função Didactica Controlo+Avaliação., vamos nos ocupar
sobre o conceito, objecto e caracteristicas básicas da avaliação; e, nas aulas seguintes
trataremos de outros aspectos, tais como os tipos e funções da avalação, os
instrumentos de avaliação e a utilização dos resultados de avaliação.

Conceito de Avaliação

Definir a avaliação, não é uma tarefa fácil, se tivesse consultado bibliografia da área
pedagógica de certeza teria visto que na literatura pedagógica existem muitos conceitos
sobre avaliação dos alunos; mas de modo geral ela pressupõe classificar os alunos,
determinar em que medida cada um dos objectivos foi atingido e as qualidades dos
métodos e os meios de ensino e dos próprios professores, selecionar os alunos, etc.

Para INDE/MINED (2008), a avaliação “e um instrumento que permite visualizar o


andamento do processo de ensino-aprendizagem, permitindo adequar, ou melhorar
estratégias de ensino face aos objectivos propostos, sendo assim deve ser concebida no
sentido dinâmico, contínua e sistemática.

A principal missão é permitir uma imagem possível do desempenho dos alunos e a


retroalimentação do PEA (processo de ensino-aprendizagem). De acordo com o mesmo

78
\\\

autor, cumpre a avaliação:

Aos alunos

- Consciencializa-los sobre os pontos fortes e fracos da sua aprendizagem;

- Estimular o gosto pela aprendizaem de modo a superar as dificuldades encontradas no


PEA;

- Desenvolver atitude crítica e activa no PEA.

Aos professores

- Identificar o nível de desempenho dos alunos;

- Adequar os métodos e os meios de ensino-aprendizagem;

- Informar regularmente os pais sobre o progresso.

Aos pais e encarregados de educação

Sugerir junto dos pais e professores formas de melhorar o processo de ensino-


aprendizagem.

A valiação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho docente, que


deve acompanhar passo a passo o PEA. Através dela os resultados que vão sendo
obtidos no decorrer do trabalho conjunto dos professores e dos alunos são comparados
com os objectivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e reorientar o
trabalho para as correcções necessárias. Deste modo, podemos afirmar que a valiação é
uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor, dos pais
e encarregados de educação, como dos alunos.

Portanto, avaliar é:

a. Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e


traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos.
b. A perceber se da incorrecção ou correcção do trabalho desenvolvido pelo
professor para ver se é ou não necessário uma revisão do PEA.
Como pode ver, graças a valiação é possivel saber se a aprendizagem está a efectuar se
conforme o previsto ou não. E em caso negativo, a realimentação pela avaliação
permitirá saber se de facto deve-se:

a. A inadequação dos objectivos.


b. A deficiências individuais que possam ou não ser superadas.
c. As deficiências individuais relacionadas com pré-requisitos de
aprendizagem.
d. A inadequação da orientação do PEA por parte do professor devido aos
métodso e meios de ensino ou outros factores.
Objecto da Avaliação

Ao falarmos do objecto da avaliação pretendemos saber o que se avalia. E, nesse caso, é

79
\\\

evidente que a avaliação dirige-se essencialmente ao progresso nos resultados de


aprendizagem demonstrando ao longo e ao fim do ano lectivo.

Características Básicas do Controle e Avaliação

O controlo e avaliação da aprendizagem dos alunos caracteriza-se por ser


simultaneamente meio didáctico e meio pedagógico. E o que significa? Você concordará
connosco ao afirmar que a avaliação é um meio didáctico e pedagógico por causa das
suas finalidades. Assim, a avaliação é:

1. Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:


 Comparar o decorrer e os resultados da parendizagem com os
objectivos pretendidos
 Avaliar o nível de aprendizagem atingido
 Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento
 Descobrir sobre a continuação do processo

2. Meio Pedagógico, isto é, de educação dos alunos para:


 Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar
 Desenvolver as capacidades de expressão linguistica
 Desenvolver a capacidade de auto-avaliação
 Desenvolver a auto-confiança
 Influenciar a auto-avaliação
 Desenvolver a capacidade de autocorecção.

80
\\\

Exercícios – de auto- avaliação

Seleccione, dentre as estratégias a seguir, aquelas que darão bom sentido a actividade.

A
u
t
o 1.Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para
Exercícios
- garantir a mobilização psíquica e física dos alunos para a
a aprendizagem do novo conteudo.
v
a 2. Em que momento da aula se assilão os conteudo novo. Escolha a
l opcção correcta.
i a. Dominio e Consolidação,
a
b. Introdução e Motivação,
ç
ã c.Mediação e assimilação.
o d. Controlo e Avaliação.
3. Indica os tipos de consolidação que aprendeste. E faça a sua descrição.
4. Meio Didáctico uma das caracteristicas básicas de controlo e avaliação que
conduz o professor no PEA. Justifica a resposta.
5. Explica como ocorre a motivação contínua e final.

de um professor:

a) Iniciar a aula cumprimentando os alunos (Sim)

b) Preocupar-se em desenvolver nos alunos uma aprendizagem consciente e activa


através da motivação dos alunos (Sim)

c) Os propositos do trabalho didactico, em princípio, devem ser apenas do dominio do


professor (Não)

d) O professor deve forçar os alunos a aprender qualquer que seja o conteudo, o


importante é que esteja previsto no programa (Não)

e) A aula deve partir de um ponto em que os alunos participem, para não ficarem
naquela atitude passiva.(Sim)

81
\\\

Unidade Temática: Objectivos de Ensino

Introdução
Caro estudante, nesta unidade temática vamos tratar dos objectivos de ensino.
Para entendermos mais sobre as finalidades dos objetivos na prática educacional,
vamos explicar os objectivos gerais e os objectivos específicos determinates do processo
de ensino – aprendizagem.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Conceituar os objetivos do processo ensino-


aprendizagem;
 Diferenciar os objectivos gerais dos específicos.
Objectictivos
 Explicar a importância de determinação dos objectivos
no processo de ensino-aprendizagem;
 Distinguir objectivos de ensino das actividades de
ensino.

Sumário

Objectivos de Ensino

Os objectivos de ensino também designados por objectivos comportamentais ou


objectivos operacionais, são listagem de resultados específicos do ensino, indicadores
do comportamento e da capacidade de execução dos alunos (Hannah, 1985 apud Golias,
1999:220).

Objectivos como a descrição da aprendizagem

Os objectivos são formulados no sentido do comportamento esperado, aliás a


aprendizagem em última instância culmina com a modificação do comportamento,
mas nem todo o comportamento em mudança é resultado da aprendizagem, dai a
necessidade de clarificar o comportamento esperado em forma de objectivos. De
facto dissemos na unidade anterior que ao ensinar o professor visa suscitar
aprendizagem nos seus alunos, essa aprendizagem que se traduz em mudança de
comportamento previsto, veja o esquema proposto por Golias (1999) a seguir:

82
\\\

Observe o esquema:

ENSINO  APRENDIZAGEM  OBJECTIVOS



Descrição dos resultados
esperados da
aprendizagem do aluno
Fonte: Extraído de Manuel Golias (1999)

Observando o esquema é fácil de compreender que os objectivos são especificações


de resultados de aprendizagem expressos em forma de conduta, vamos entender
comportamento no sentido dos comportamentalistas que aprendeu em Psicologia
Geral, isto é, de condutas expressas.
Em síntese

Os objectivos de ensino especificam resultados esperados como consequência do ensino.


Tais resultados constituem expressão de condutas resultantes da aprendizagem.

Vantagens de formulação de objectivos de ensino

Autores como Hannah e Michaelis (1985) citados por Golias (1999) que sintetizam
algumas destas vantagens:

 Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os objectivos que
vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto valor;
 As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades especiais dos
grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas, planificadas e avaliadas;
 As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser seleccionados e
utilizados de modo a alcançar resultados claramente definidos.
 Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é especificada
num comportamento observável ou um produto desse comportamento;
 É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino desejado;
 A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são especificados os
objectivos claramente definidos;
 A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados, porque são
fornecidas mais dados sobre as necessidades adicionais, as forcas e fraquezas do
ensino. (Golias, 1999 & Schmitz, 1993).

Distinção entre ”objectivos de ensino” e “ actividades do ensino”

Não menos verdade, os professores confundem, de facto, os objectivos e as actividades


a serem desenvolvidas pelos alunos, a seguir passamos a síntese de Golias (1999) na
especificação deste equívoco:

83
\\\

 Os objectivos de ensino descrevem e especificam os resultados de aprendizagem;

 Os objectivos de ensino descrevem condutas do aluno, não actividades do ensino a


realizar pelo professor ou pelo aluno para conseguir aqueles;

 Os objectivos de ensino constituem condutas que se esperam que os alunos


consigam, não enunciados de itens de avaliação.

 Os objectivos de ensino não são objectivos temáticos, simples especificações de


conteúdos, mais sim o conjunto de conteúdos e habilidades e actividades que
desejamos que se desenrolem nos alunos ao estudar o seu conteúdo.

Lembre-se que os objectivos gerais expressam intenções a serem alcançadas no fim da


aula ou da aprendizagem, não são facilmente mensuráveis pois não indicam uma
conduta manifesta, já os específicos, instrucionais ou comportamentais, indicam uma
conduta manifesta que se espera verificar como resultado da aprendizagem.
Gostaríamos de decifrar um possível equívoco: nem tudo na aprendizagem é possível
prever, mas vale apenas estabelecer alguns critérios para conseguir verificar se o aluno
aprendeu ou não.

Conceitos de Objectivos Gerais e Especificos

Os objetivos gerais, segundo Libâneo (1992), são importantes para o processo


pedagógico e social, uma vez que eles se ocupam com o sistema escolar, a escola e o
professor, conforme discriminado a seguir:

O sistema escolar A escola instaura as O Professor realiza as


determina as finalidades diretrizes e princípios do prátcas na sala de aula.
educativas de acordo com a trabalho escolar.
sociedade em que está
inserido.

84
\\\

OBJETIVOS GERAIS
Expressam propósitos mais amplos acerca do papel da escola e do ensino
diante das exigências postas pela realidade social e do desenvolvimento da
perssonalidade dos alunos.

OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS, segundo Libâneo (1992), determinam exigências e


resultados esperados da atividade dos alunos, referentes a conhecimentos,
habilidades, atitudes e convicções.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Expressam as expectativas do professor sobre o que deseja
obter dos alunos no decorrer do processo de ensino. Têm
sempre um carácter pedagógico, porque excitam a
direcção a ser estabelecida ao trabalho escolar, em torno
de um programa de formação.
 Situar a educação escolar no conjunto das lutas pela democratização da
sociedade.
• Garantir a todos os estudantes, sem nenhuma discriminação, uma sólida preparação
cultural e científica, através do ensino das matérias.

• Formar nos alunos a capacidades crítica e criativa em relação às matérias de ensino e à


aplicação dos conhecimentos e habilidade e tarefas teóricas e práticas.

• Atender à função educativa do ensino, ou seja, a formação de convicções para a vida


coletiva.

85
\\\

O trabalho do professor deve estar voltado para a formação de qualidades humanas,


modos de agir em relação ao trabalho, ao estudo, á natureza, em concordância com
princípios éticos.
• Instituição de processos participativos, envolvendo todas as pessoas que, direta ou
indiretamente,
se relacionam com a escola: diretor, coordenador de ensino, professores, funcionários,
alunos, pais.

Exercícios – de auto- avaliação

1-Explique a importância da definição dos objectivos de ensino.


 R% Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os objectivos
que vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto valor;
 As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades especiais dos
grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas, planificadas e avaliadas;
 As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser seleccionados e
utilizados de modo a alcançar resultados claramente definidos.
 Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é especificada
num comportamento observável ou um produto desse comportamento;
 É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino desejado;
 A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são especificados os
objectivos claramente definidos;
A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados, porque são fornecidas
mais dados sobre as necessidades adicionais, as forcas e fraquezas do ensino

86
\\\

A
u
t
o 1.Explique as Vantagens dos Objectivos.
Exercícios
-
a 2. Faça a Distinção entre ”objectivos de ensino” e “ actividades do
v ensino?
a 3. Indica os tipos de Objectivos que aprendeste. E faça a sua descrição.
l
4. Defina o Conceito de Objectivo.
i
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Editora
ã
o

87
\\\

UNIDADE TEMÁTICA: 4. Metodologias de Processo de Ensino -Aprendizagem

Caro estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em torno de dois
(2) itens fundamentais sobre as metodologias de processo - ensino planificação do
processo de Ensino - Aprendizagem, são apresentados a seguir:

 Unidade Temática 4.1. Métodos e Técnica de Ensino;


 Unidade Temática 4.2. Classifcação dos Métodos de Ensino

UNIDADE Temática 4. 1. Método e Técnica de Ensino

Introdução

Presado estudante a nossa intenção nesta unidade, é de priomeiro discutirmos sobre os


conceitos de métodos e de técnicas de ensino-aprendizagem, para servir de seguida
apresentarmos na sua classificação dos métodso de ensino-aprendizagem, na
esperança de que desta forma você possa compreender o imperativo de uso de variados
e multifacetados métodos de ensino-aprendizagem com o propósito de conseguir a
aprendizagem dos alunos. Assim, esta unidade falaremos do Conceito de Método e de
Técnica de Ensino-aprendizagem.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Definir os métodos de ensino-aprendizagem

 Diferenciar métodos de técnicas de ensino-aprendizagem

Objectivos  Apresentar as características e o conceito dos métodos de


ensino e a sua
relação com os objetivos e conteúdos de ensino.

88
\\\

Sumário

Métodos e Técnicas de Ensino-Aprendizagem

CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS DE ENSINO

 Orientados para objetivos.


• Implicam uma sucessão planejada e sistematizada de acções,
tanto do professor quanto dos alunos.

• Requerem a utilização de meios

Conceito de Método de Ensino


Antes de mais nada importa referir que, etimologicamente, método quer dizer “
caminho para chegar a um fim “. Representa a maneira de conduzir o
pensamento ou acções para alcançar um objectivo.É, também forma de
disciplinar o pensamento e as acções para obter maior eficiência no que se
deseja realizar.

Existem várias definições sobre os métodos de ensino, alguns autores partem


essencialmente da actividade do professor, outros integram a actividade do
professor e dos alunos; alguns definem com uma via para alcançar os objectivos
de ensino, outros como um conjunto de procedimentos metodológicos. Assim os
métodos de ensino são um conjunto de acções, pessoais, condições externas e
procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e
estimular o professor de ensino em função da aprendizagem dos alunos
(Libâneo, 1992).
A par das dificuldades de se encontrar unanimidade na definição dos métodos, o
professor na actividade docente tenta estabelecer uma diferenciação entre
método e técnica de ensino. No entanto, não é fácil estabelecer fronteiras bem
definidas entre estas duas componentes essênciais da formação.Na literatura
sobre o assunto não encontramos unanimidade. Alguns autores consideram
como método que outros reduzem a simples técnicas, sendo o contrário
igualmente verdadeiro.
Assim, tendo em conta o carácter necessariamente “elástico” e “permeável” da
actividade pedagógica, talvez não seja muito conveniente estabelecer fronteiras
rígidas; é necessário, todavia, definir conceitos que consideramos essênciais e
igualmente compreender a relação entre métodos e técnica.

89
\\\

A técnica de ensino ou pedagógica é o conjunto de atitudes, procedimentos e


actuações que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos
instrumentos de formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o texto, o
audiovisual, a informática, etc. Deste modo, autilização correcta de diferentes técnicas
pedagógicas contribui para que o método desempenhe, de facto, a sua função de
gestão de situação de formação.

Exemplificando, se, ao fazer uma exposição de determinido assunto, o formador não é


conhecedor das técnicas de exposição ou não as emprega de forma correcta, é evidente
que o método utilizado, Expositivo - não pode cumprir a sua função e deste modo a
relação de formação é claramente prejudicada.

Os métodos podem ser dividos em dois:


Métodos Tradicionais – são aqueles que exigem um comportamento passivo do aluno.
Muitas vezes o professor e como o possuidor do poder que deve ser transmitido ao
estudante a quem se considera vazio e que precisa de encher a sua mente.
Métodos Moderno – são aqueles que Consideram o desenvolvimento natural do aluno
e a necessidade de aprendizado active, participante e de descobertas. Isto e precisa de
todos sentidos ver, ouvir, tocar,experimentar e ate provar se for possivel.

No ensino Primário e Secundário o ensino deve:

•Compreender (conceitos e princípios).

•Aplicação dos conhecimentos (habilidade reproductiva).


•Informar (factos e procedimentos).

Na Universidade:deve-se ter em considerações:


Compreensão e aplicação dos conhecimentos.

.
•Alto Nivel de habilidade (habilidade produtiva)

A RELAÇÃO OBJETIVO-CONTEÚDO-MÉTODO

• Os métodos são as formas pelas quais os objetivos e conteúdos se manifestam no


processo de ensino.
• A relação objetivo-conteúdo-método tem como característica a mútua
interdependência.
• O método de ensino é determinado pela relação objetivoconteúdo, mas pode também

90
\\\

influir na determinação de objetivos e conteúdos.


• O conteúdo determina o método, pois é a base informativa Concrecta para atingir os
objetivos. Mas o método pode ser um conteúdo quando é também objeto de
assimilação activa dos Conteúdos.

Exercícios de auto-avaliação

1. -Diferencie os métodos das técnicas de ensino.


2. Defina o conceito de Método.escolhendo a linha correcta.
a. É assimilação activa dos conteúdos.
b. É a base formativa.
c. É caminho para chegar a um fim
d. É o fim de um conteudo.
3. Diga o que é técnica de ensino ou pedagógica?
4. Defina o método tradicionais?

Resposta:
1. Os métodos de ensino são um conjunto de acções, pessoais, condições externas e
procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o
professor de ensino em função da aprendizagem dos alunos, já a técnica de ensino ou
pedagógia é o conjunto de atitudes, procedimentos e actuações que o
professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos instrumentos de
formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o texto, o audiovisual, a
informática, etc.

2.c

3. Técnica de ensino ou pedagogico é o conjunto de atitudes, procedimentos e


actuações que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos
instrumentos de formação.

4. Métodos Tradicionais - são aqueles que exigem um comportamento passivo do aluno.


Muitas vezes o professor e como o possuidor do poder que deve ser transmitido ao
estudante a quem se considera vazio e que precisa de encher a sua mente.

Exercícios
91
\\\

1.Descreva as caracteristícas dos Métodos.

2. Explica como os métodos estão devididos.

3. Qual e a relação que existe entre objectivo-conteudos- método.

4. Faça descriçã dos métodos no ensino primário e secundário e no ensino superior.

5. Técnica de ensino ou pedagogico é o conjunto de atitudes, procedimentos e actuações


que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos instrumentos
de formação. Explica como se espressa essa técnica na sala de aula?

Unidade Temática: Classificação dos métodos de ensino-


aprendizagem

Introdução
Perante uma turma, mas sobretudo durante a fase de planificação da aula,
provavelmente o professor se pergunta sobre que método podem ser utilizar.
Para responder a esta questão importa, pois, do lado do professor ter um
inventário geral sobre as possibilidades de métodos que se podem utilizar no
PEA.
De certeza que esta seria também uma questão que você iria se colocar. De
facto, não pretendemos que, para cada situação, lhe daremos indicações sobre
os métodos que deveria utilizar, se não alistarmos as variedades destes
métodos, conforme os diferentes tipos de classificações de métodos de ensino-
aprendizagem que temos a disposição na literatura pedagógica e de acordo com
as circunstâncias de ensino saberá escolher o método ou técnica adequada.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Distinguir as diferentes classificações dos métodos


de Ensino
 Explicar a vantagem e desvantagem da aplicação de
alguns métodos no PEA.
Objectivos

92
\\\

Sumário

Classificação segundo as vias lógicas de obtenção de cohecimento:


 Métodos Indutivos
 Métodos Dedutivos
 Métodos analitico-sintético

Classificação segundo as fontes de obtenção dos conhecimentos:

 Métodos orais (os que se centram na palavra como fonte


essencial de aquisição de conhecimento. Ex: conversação,
exposição, conto, narção, etc)
 Método e percepção sensorial (os que centram nas fontes visuais.
Ex: Ilustração, demonstração, etc.)
 Métodos práticos (os que fundamentam no uso de exercícios
escritos e gráficos, nos trabalhos em laboratórios, nos ateliers.etc)
Classificação dos Métodos, tendo em conta aspectos em realção as posições do
professor, do aluno, da disciplina e organização escolar:

a. Método quanto a forma de raciocínio:


b. Método Dedutivo
 O professor procede do geral para o particular;
 O professor apresenta conceitos ou princípios, definições
ou afirmações, dos quais se extraem conclusões ou
consequências;
 Permite tirar consequências, prever o que pode acontecer,
ver a riqueza de um princípio ou de uma afirmação;
Método indutivo

 O assunto é estudado por meio de casos particulares, sugerindo-


se que se descubra o princípio geral que os rege;
 Começa com a apresentação de elementos que originam
generalizações por parte dos alunos com ou sem ajuda do
professor
 Basea-se na experiência, na observação, nos factos.

Método analógico, comparativo ou transdutisco

 Utiliza-se quando os dados particulares apresentados permitem


comparações que levam a concluir por semelhança
 O pensamento procede do particular para o particular. Por isso, este método
pode conduzir o aluno a analogias entre o reino vegetal e mesmo animal,
com relação a vida humana.

93
\\\

Métodos quanto a coordenação da Matéria

Método Lógico

 Os dados ou factos são apresentados em ordem de antecedência e


conseqência;
 A estrutura da matéria, dos factos ou elementos é do menos para o mais
complexo, ou da origem a actualidade
 Principalmente faz a ordenação partindo da (s) causa (s) para o (s) efeito (s).
Método Psicológico

 A ordem dos elementos segue-se mais segundo os intereses, necessidade e


experiências dos alunos;
 Segue mais a motivação do momento do que um esquema rígido previamente
estabelecido;
 Atende a idade evolutiva dos alunos ao invés de determinações da lógica do
adulto.

Método quanto a relação do Professor com aluno

Método individual

 Destina-se a educação de um só aluno/formando


 Trata-se do caso em que o professor está para um aluno;
 É recomendável em casos de recuperação para alunos que, por qualquer
motivo, tenham-se atrasado nos seus estudos. Também pode ser usado em
casos de alunos excepcionais, que requerem um tratamento individualizado,
exigem maior atenção e muito tempo por parte do professor.
 Procura ajustar o ensino a realidade de cada aluno, o que é vantajoso no
sentido de que: o aluno passa a ser o centro de acção educativa; o ensino é
adequado realmente as condições pessoais doas alunos; possibilita a
motivação, o que favorece o crescimento pessoal; propicia o desenvolvimento
da criatividade.
 Entretanto: não favorece a sociabilização do aluno, quando a aluno trabalha
sozinho; não oferece situações de estudo compatíveis com a realidade; é mais
caro.
Método de ensino colectivo

 Dirigem-se ao mesmo tempo e sub mesmas condições para todos os


educandos;
 De modo geral, o professor actua com base no aluno médio
 As tarefas a serem desenvolvidas individualmente são as mesmas para todos os
alunos;
 Exemplo destes métodos: método expositivo, de Arguição, de leitura, etc.
Método quanto a actividade dos alunos

94
\\\

Método Passivo

 Enfatiza a actividade do professor, ficando os alunos em atitude passiva;


 Suas formas de realização podem ser os ditados, a exposição oral, lições do
livro, perguntas e respostas, etc.

Métodos activos

 A aula decorre com a participação dos alunos;


 Se desenvolve na base de realização da aula por parte do aluno, em que o
professor torna-se um orientador, um incentivador e não um transmissor do
saber, um ensinador

Métodos quanto a abordagem do tema

Método analítico

 Implica análise, a separação de um todo em suas partes ou em seus elementos


constitutivos;
 Basea-se na concepção de que, para compreender um fenómeno, é preciso
conhecer-lhe as partes que o constituem.

O PROCESSO DE ENSINO POSSUI DOIS ASPECTOS:

Aspecto externo, sao representados pelos conteúdos de ensino.

Aspeto interno, elas se representam através das condições mentais e físicas


dos alunos para a assimilação dos conteudos.

Esses aspectos se relacionam mutuamente estabelecendo alguns


criterios.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO

1. Método de exposição pelo professor


Os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou demontradas
pelo professor como um método bastante utilizado em nossas escolas, e podemos
discriminá – lo com os seguintes critérios:

• A exposição verbal possui como função principal explicar de modo sistemazado de um


dterminado assunto.

95
\\\

• A demonstração representa fenômenos e processos que ocorrem na realidade.


• A ilustração é uma forma de apresentação gráfica de fatos e fenómenos da realidade.

• A exemplificação é um importante meio auxiliar da exposição verbal, quando o professor


utiliza recursos para auxiliar o conteúdo ministrado.

2. Método de trabalho independente


Consiste com base nas tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos
as resolvam de modo relativamente independente e criador. Seu aspecto mais importante
é a actividade mental dos alunos, a criticidade e a reflexão.
• A tarefa preparatória estimula os alunos a escrevem o que pensam sobrem
determinado assunto. Essa tarefa serve para verificar os conheccimentos pévios dos
alunos.
• As tarefas de assimilação do conteúdo são exercícios de aprofundamento e aplicação
de problemas dos temas já tratados, enfatizando a resolução de problemas, como uma
competência relativa ás áreas do conhecimento.

• As tarefas de elaboração pessoal são exercícios nos quais os alunos produzem


respostas surgidas do seu próprio pensamento.

3. Método de elaboração conjunta


É uma forma de interação ativa entre o professor e os alunos visando á obtenção de
novos conhecimentos, habilidades e competências.

 A forma mais típica é a conversação didática ou aula dialogada.


• Atinge os objetivos quando os temas da matéria estimulam o desenvolvimento das
capacidades mentais dos alunos.
• Organiza-se pelas perguntas feitas pelo professor aos alunos.

4. Método de trabalho em grupo


Consiste em distribuir temas de estudo diversificados e deve sere empregado
eventualmente, conjugado com outros métods de trabalho independente. Sua
finalidade principal é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma
tarefa.

96
\\\

Trabalhos em Grupo
•Favorece o debate e a crítica.
• Favorece a participação de alunos que, muitas vezes, não o fazem no grupo maior.
• Desenvolve habilidades de síntese, coordenação, colaboração, análise, aceitação de
opiniões divergents e autodisciplina.
• Para executar uma tarefa específica.
•Quando se deseja aprofundar determinado tema.
• Para resolução de casos e problemas.
• Para leitura e análise de textos.
•Quando se deseja maior participação e envolvimento dos alunos.

A Técnica de Perguntas e Respostas: perguntas aos alunos sobre algo que estudaram ou
sobre sua experiencia. Base de perguntas objectivos e tema.
Restritas: Sim, Não, está bem, Ok.
Abertas : argumenta, Porque, critica, que dizes.

Técnica de Solução de Problemas: ensinar é apresentar problemas e que aprender


problemas que estimulem o pensamento reflexivo na busca de uma solução satisfetória.
Princípios fundamentais:
•Desenvolver o pensamento reflexivo, pois só este resolve as situações novas;
•Apresentar ao aluno problemas que exijam solução reflexiva.

6.Visita de Campo: Este pode ser feito indo em locais onde o fenómeno que se está
estudando, o que está justamente acontecer.
Os alunos têm oportunidade de ver as coisas acotecer na realidade.
Por examplo: a visita a fábrica de cerveja, a visita ao parque nacional de Angola, a visita
a Assembleia nacional.

7.Método de Ditado e Fascículo: O professor dita a matéria aos alunos. Vantajoso: toda
a matéria é preparada pelo professor.
Limitado: torna o aluno preguiçoso, o erro transmitiddo pelo professor será aprendido
assim pelo aluno.

8.Métodos de Recursos humanos


Se convida alguém que é especialista em alguma matéria e ele expõe e partilha os seus
conhecimentos com os alunos. Os alunos têm opurtinidade de escutar e pedir
exclarecimentos.

97
\\\

9. Métodos de discussão. Diálogo e partilha


-Examinar o problema e trabalhar para a sua solução.
-Procurar a informação que ainda não está registada.
-Envolve o aluno no processso de ensino.
-Estimular e desenvolver a habilidade de pensamento.
-Desenvolve cooperação, escuta e respeito pelos outros.
Valores: Democracia, Escuta, humildade e comunidade
Entre os Métodos de ensino tem havido a divisão de
dois niveis:
10. Métodos Centrado no Aluno: Demonstrativo; Método de Discusão, Método de
tarefa ou projecto, Método de visita de campo, Metodo de pergunta e resposta.
Métodos Centrado no Professor: Exposição; Ditado;

Exercícios de auto-avaliação

1. A seguir se apresenta uma lista de abordagem dos métodos de ensino aprendizagem,


da qual se pede que diga quais são as afirmações com as quais concorda e com as que
não concorda:
a) Ao designarmos métodos de ensino-aprendizagem, da-se a ideia de que as
actividades de ensino condicionam fortemente as de aprendizagem (de acordo)
b) O trabalho do professor de planificação das aulas, desde que sejam excelentes, os
métodos que forem a utilizar pouco importa para a qualidade d aprndizagem
(discordo)
c) Na questão sobre os métodos de ensino-aprendizagem, temos que ver a actividade
do professor, dos alunos como sendo interdependentes (de acordo)
d) Na questão sobre os métodos de ensino-aprendizagem, temos que ver a actividade
do professor, dos alunos como sendo interdependentes (de acordo)
e)A utilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o método
desempenhe, de facto, a sua função de gestão da sua situação de formação (de acordo)

Exercícios 1.Descreva as caracteristicas de Metodos.

2. Explica como os metodos estao devididos.

3. O Processo de Ensino Possui dois aspectos. Explica como ocorre a sua relacao.

4.Descreva a classificacao dos Metodos.

5. Como se classifica os Método quanto a actividade dos alunos?

98
\\\

Leituras Recomendadas:
FERRARI, Márcio. Comênio – o pai da Didática moderna.
Revista Nova Escola . Ed.especial. São Paulo:Abril.out.2008.Disponivel em: MARTINS,
Pura Lúcia Oliver. Conteúdos escolares: a quem compete a seleção e a organização. In:
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (coord.). Repensando a didática. 25ª. edição. Campinas:
Papirus, 2007, p. 75-92.
MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?: currículo, área,
aula. 12ª. edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002
Escola. Ed. especial. São Paulo: Abril. out. 2008. Disponível em: <http://
revistaescola.abril.com.br/história/prática-pedagógica/pai-didáticamoderna-
423273.shtml»Acesso em: 8 set.2010.

Unidade Temática 5 – Meios de Ensino – Aprendizagem

UNIDADE Temática 5. 1. Meios de Ensino - Aprendizagem


UNIDADE Temática 5.2. Classificasão dos meios de Ensino

Presado estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em torno de


dois (2) itens fundamentais sobre a planificação do processo de Ensino -
Aprendizagem, são apresentados a seguir:

Introdução
A unidade de estudo de meios de Ensino e Aprendizagem, mesmo que seja
tradicional, apoia-se em meios ou recursos; aliás, esta é uma participação
inerente a todas actividades humanas que, para a sua realização, um mínimo de
recursos materiais e humanos (para além de financeiros, em certos casos)
serem indispensavel.
No caso do ensino trata-se sobretudo de meios que se devem utilizar para
dispertar e motivar as actividades dos alunos, ao mesmo tempo que poderam
representar forma atravéis da qual os conteúdos são representados e
concretizados, tornando-os reais e palpáveis, próximos dos alunos. Portanto, são
estes meios de ensino que iremos tratar nesta unidade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

99
\\\

 Definir meios de ensino-aprendizagem


 Classificar os meios de ensino-aprendizagem
 Explicar a importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem
Objectivos

Sumário

Meios de Ensino e Aprendizagem

Conceito
Dissemos anteriormente que em qualquer situação de ensino-aprendizagem se
usam meios ou recursos didácticos. Trata-se de uma variada gama de
dispositivos materiais e humanos, naturais e artificiais que o professor utiliza
para facilitar o seu trabalho didáctico. Quer dizer, os meios de ensino são usados
com determinados fins pedagógicos.
Por outras palavras, os recursos de ensino são componentes do ambiente da
aprendizagem que dão origem a estimulação para o aluno (Piletti, 2004). Esses
componentes podem ser, o profesor, os livros, os mapas, os objectos físicos, as
fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade,
os recursos materiais e assim por diante. Para Libâneo, (1994), meios de ensino
são meios e recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a
realização e condução metódica do processo de ensino-aprendizagem.
O material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio
de palavras, a fim de torná-lo concrecto e intuitivo.
Importa desde já esclarecer os quívocos frequentes no estudo dos recursos de
ensino, são eles sinónimos de materiais didácticos, recursos didácticos, meios
didácticos ou de ensino? Ou referem amesma coisa? Certamente, vários autores
ao usarem esses termos, em algum momento parece diferentes, deu para
entender nas definições apresentadas acima. Seja como for, esses conceitos são
sinónimos, referem-se a mesma coisa, dito de outro, a designação desses
recursos, mudou ao longo do tempo, do material didáctico, hoje falamos de
recursos didácticos, incluindo deste modo o aluno, professor (recursos
humanos), os recursos materiais (correspondem aos antigos materiais
didácticos). Ao tratar de recursos de ensino seja qual for a designação, não
olhemos para a definição, mas sim para a finalidade, aí que vamos compreender
que são todos recursos de aprendizagem.

Finalidades do uso dos meios de Ensino-aprendizagem.


A partir dos conceitos de “meios de ensino-aprendizagem”, que vimos

100
\\\

anteriormente, facilmente podemos chegar a conclusão de que os meios de


ensino-aprendizagem são usados com vista a determinadas finalidades, dentre
as quais:

 “Aproximar o aluno a realidade;


 Desenvolver a capacidade de observação;
 Desenvolver a experimentação concreta;
 Visualizar, ou concretizar os conteúdos de aprendizagem;
 Permitem a fixação da aprendizagem.” (Schmitz, 1993:47)

Em resumo, pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico mais do


que ilustrar, tem por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e a
construir, pois é neste sentido que ele aprende. Assume assim, aspecto funcional
e dinâmico, proporcionando oportunidade de enriquecer a experiência do aluno,
aproximando-o da realidade e oferendo-lhe oportunidade de actuação.

Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do


ensino, deve obedecer as seguintes condições:
 Ser adequado ao assunto da aula
 Ser de facil apreensão e manejo
 Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente,
se trata de aparelhos.

E por outro lado, a utilização dos recursos de ensino de acordo com Piletti
(2004:154) deve ter em conta alguns critérios e princípios, nomeadamente:
seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem
alcançados.
Nunca se deve utilizar um recurso de ensino so porque esta na moda.
Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido sificientimente de forma a
poder empregar correctamente.
A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos”.
Por isso, devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua
receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa, etc.

Classificação dos Meios de Ensino-aprendizagem

Existem muitas classificações de meios de ensino-aprendizagem e, de igual modo,

101
\\\

constata-se que cada disciplina exige também seu material específico, como ilustrações,
gravuras, filmes, mapas e globo terrestre, discos e fitas, livros, enciclopedias, dicinários,
revistas, album seriado, manuais e livros didácticos, etc, ao mesmo tempo que temos
equipamentos ou meios de ensino gerais necessários para todas as disciplinas (exemplo,
carteiras ou mesaz, quadro - negro, projector de slides ou filmes, gravador, flanelógrafo
etc.).

Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados em


visuais (projecções, cartazes, gravuras) auditivos (radio, gravação) e audiovisuais
(cinema, televisão), apesar de se reconhecer que, na paratica, as expressões verbais,
sonoras e visuais se complementam, fazendo com que os recursos/meios visuais,
auditivos e audiovisuais muitas vezes sejam funcionais quando se utilizam de forma
complementar. Uma outra classificação de meios de ensino considera existirem:

Meios/recursos humanos
 Porfessores
 Alunos
 Pessoal escolar
 Comunidade

Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar apresenta as
eguintes categorias de meios de ensino-aprendizagem:

Categoria/tipo Exemplos

Cadernos, lapis, esferografica, régua,


escantilhão, compasso, giz, apagador, etc.
Meios simples de trabalho

Móveis e equipamento geral das salas de Carteiras e mesa do professor,


aula armarios/estantes, etc.

Objectos originais/naturais Partes de seres vivos ou na sua totalidade,


vivos ou mortos, exemplos minerologicos,
matérias-primas, etc.

Reprodução ou imtações tridimencionais Modelos didácticos: modelo do sistema


solar, máquinas simplificadas

102
\\\

Aparelhos e aparelhagens para Aparelhos de demonstração e mediação,


experiências e produção máquinas e ferramentas de produção,
estojos de dissecação, microscopios,
aparelhos em vidro (tubos de ensaio,
pipetas, provetas, buretas, alambique, etc)

Meios visuais, auditivos e audio-visuais Veja a classificação anterior

Importância dos meios audiovisuais


Os meios de ensino que acabamos de apresentar, podemos destacar aqueles
cuja acção se faz mediante o uso da visão (meios visuais), da audição (meios
auditivos) e, finalmente, aqueles que estmulam simultneamente a visão e
audição (meios audiovisuais, colaborando para aproximar a aprendizagem de
situações reais.
Quanto a utilização dos meios audiovisuais na sala de aula, devemos ter
presente que o homem toma conheciemento do mundo exterior através de
cinco sentidos. Pesquisas revelam que aprendemos:
 1 % - Através do gosto
 1.5 % - Do tacto
 11 % - Através do ouvido
 83 % - Através da vista
E retemos:
 10 % Que lemos
 20 % Que escutamos
 30 % Que vemos
 50 % Que vemos e escutamos
 70 % Que ouvimos e logo discutimos
 90 % Do que ouvimos e logo realizamos, (Piletti, 2004: 156)
A partir destes dados concluimos que os cinco sentidos não tem a mesma
importância para a aprendizagem.Concluimos também que a percepção através

103
\\\

de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através de dois ou


mais sentidos. Por isso é importante utilizar método e ensino que utilizem
simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar esta importância dos
recursos audiovisuais, apresentamos os dados do quadro abaixo que nos ilustra
de que retêm mais informações/dados por muito mais tempo se tiverem sido
assimilados através de método de ensino que combinem a estimulação da visão
e da audição dos alunos.

Método de Ensino Dados retidos depois Dados retidos depois


de três horas de três dias

Somente oral 70 10

Somente Visual 72 20

Visual e Oral
Simultaneamente 85 65

Fonte: Piletti (2004), Didáctica Geral


De facto, a partir destes dados surge a ideia de que, o professor para tornar a
aula mais dinâmica e com maiores potencialidades de atingir os objectivos, deve
conbinar os meios auditivos com os visuais, evitando, quanto possivel, utiliza-los
separadamente

Sintese
Um ensino activo, participativo requer inevitavelmente o so de meios de ensino-
aprendizagem. Será com base nestes meios que o professor facilmente guiará as
experimentações, a observação e a manipulação dos alunos, podendo, estes,
descrever os factos e fenómenos representados pelos meios de ensino-
aprendizagem. De facto, eles constituem um grande suporte para a actividae do
professor, no sentido de, através da intuição, dos orgãos de sentido, aproxima-se
o aluno a realidade do que se pretende aprender, visto que estes meios
representam sempre um conteudo específico.
 Com este procedimento, do uso de meios de ensino, os alunos
estarão em condições de estar cada vez mais dispertos e aptos para a
aprendizagem. Entretanto, resta, para um aproveitamento integral
dos meios de ensino, reconhecermos que eles não se utilizam e nem
devem ser utilizados com finalidade em si mesmos, senão virados
para a aprendizagem dos alunos, eis porque, o professor precisa de
ter domínio exaustivo sobre a finalidade com que usa os meios,
recorrendo, ao mesmo tempo, a principios e critérios fundamentados
sob ponto de vista didactico. Lembra-nos Schmitz (1993), que
autilização dos recursos didácticos dependerá do tipo de aluno, o seu
interesse, os objectivos, os conteúdos, os métodos, e muitos outros
factores ocasionais ou ambientais.

104
\\\

Exercícios de auto – avaliação

1.Estando diante da conversa entre dois


professores, cujo profesor A aconselha o B nos
termos que se seguem, assinala apenas
aquelas que considera possuirem afirmções
correctas:
a) Os meios de ensino estimulam a
actividade dos alunos (certo)
b) A eficácia dos meios de ensino na sala de
aula está condicionada a capacidade de
mobilizar a atenção, observaçào,
manipulação dos alunos. (Certo)
c) Para cada aula, todos os meios de ensino
são válidos, é só uma questão do
professor ver -os que estão próximos,
evitando assim “dar” aulas sem auxílio de
quasquer que sejam os meios de ensino
(Negativo)
d) A palavra do professor, o professor ele
mesmo, nunca pode ser um meio de
ensino a explorar; por isso antes de cada
aula que cada professor faça o esforço de
olhar seu exterior, aos recursos materiais
disponíveis. (Negativo)
e) Meios modernos, aqueles que atraem
mais a curiosidae dos alunos por causa da
novidade que inspiram são muito mais
funcionais que os conhecidos, mesmo que
o professor não tenha dominio suficiente
sobre o funcionamento
daqueles.(Negativo)
Um ensino em que se faz uso diversificado de
meios desde que sejam adequados e utilizados
eficazmente, facilitam a fixação do conteúdo
pelos alunos. (certo)

105
\\\

1. Defina o conceito de Meios de Ensino.


Exercícios
3. Qual é o foco das finalidades do uso dos meios de Ensino – aprendizagem.
4. Discuta os meios de Ensino Humanos e meios audio visuais.
5. Quais são os criterios e principios apresentados Piletti (2004:154).

Lituras Recomendadas : KARLING, A.A. (1991), A didáctica necessária, São Paulo,


Ibrasa.

LURIA, LEONTIEV, VIGOTSKY, et al, (1977), Psicologia e pedagogia, Lisboa, Editorial


Estampa.

UNIDADE TEMÁTICA 6. Avaliação no processo de ensino-aprendizagem

Introdução

Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente avaliação no processo-


ensino e aprendizagem.

Sabemos que, devido às mudanças acarretadas pela Lei de Directrizes e Bases da


Educação Nacional – LDBEN 9394/96- para os novos parâmetros curriculares nacionais
e os conteúdos multidiciplinares, aqui entendidos como as quatro áreas do
conhecimento :
– Ciências Humans, Ciências da Natureza, Linguagens e suas tecnologias
e Matemática –, tornam-se necessárias novas diretrizes para a avaliação do processo de
aprendizagem e do ensino.

Colaborando com autores como Cortesão e Torres (1990), Nérici (1989) Piletti (1990),
Libâneo (1992) e outros, podemos destinguir três tipos de avaliação no PEA,
nomeadamente avaliação Diagnóstica, Formativa ou continua e Sumativa. Vamos ver,
nesta unidade, o conceito de cada um destes tipos de avaliação, as suas funções, os
momentos do PEA em que se devem realizar e as formas da sua realização.

Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade

106
\\\

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Caracterizar a avaliação Diagnóstica, formativa sumativa,


indicando o momento em que se realizam e os seus
objectivos/funções
Objectivos  Reconhecer a avaliação diagnóstica, formativa e sumativa
como instrumentos para (re) orientação do PEA.
 Mencionar as formas através das quais se pode realizar a
valição diagnóstica, formativa e sumativa.
 Apresentar os princípios básicos da avaliação da
aprendizagem e do ensino

Sumário

Avaliação deve servir como diagnósticco do ensino realizado, tendo em vista as


competências e as habilidades e a capacidade de organizar as informações, construindo
conhecimento

Avaliar o quê?

Para que possamos desenvolver as competências propostas pelos PCNs,


( PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS) , precisamos também trabalhar
com métods e estrarégias de ensino que visem oferecer aos alunos questões
de reflexão e, por que não, de memorização para o desenvolvimento de
formas de pensamento mais complexo.

107
\\\

Princípios que norteiam as práticas pedagógicas no processo de avaliação


1. Estabelecer os objetivos que devem ser avaliados (para quê, por quê, como, quando e
quanto).
2. Aplicar estratégias adequadas para que a avaliação esteja focada dentro dos bjetivos
propostos.

3. Diversificar as técnicas, a fim de se obterem resultados satisfatórios do


desenvolvimento do aluno.
4. Utilizar métodos que sirvam para avaliar os aspectos quantitativos e técnicas que
sirvam para avaliar os desempenhos qualitativos.
Função da Avaliação
É diagnosticar o processo de aprendizagem, não a capacidade do aluno.”

avalia quem de facto examina o aluno.

Tipos e Funções de Avaliação

Avaliação Diagnóstica

A avaliação Diagnóstica realiza-se no ínicio do curso, do ano lectivo, do semestre,


da unidade ou dum novo tema. A valiação diagnóstica tem como objectivo
verificar o dominio de pré-requisitos necessários para a aprendizagem
posteriores (=nível dos alunos). Estes pré-requisitos constituem o ponto de
partida para estabelecer uma estratégia do PEA adequado para os alunos, de
forma que o professor possa ajudar todos os seus alunos a terem o domínio do
saber, saber fazer e saber ser/estar correspondentes a objectivos considerados
fundamentais. Deste modo é possível que se faça:

108
\\\

 Organização de aulas de recuperação


 Simplificação dos conteúdos programáticos que serão estudados,
reduzindo-os ao essencial
 Acompanhamento contínuo dos alunos individualmente ou em
grupo.
 Elaboração constante de trabalhos pelos alunos e sua correcçào
regular pelo professor.
 Testagem regular dos progressos e resultados de aprendizagem.
.
Portanto a avaliação diagnóstica tem uma função formativa, pois tem como
finalidade, através de conhecimento do nível inicial dos alunos, elevar a
aprendizagem para atingir os objectivos educacionais propostos.

Avaliação Continua ou formativa


Este tipo de avaliação, como o nome já diz, realiza-se continuamente ao longo
das aulas Também tem uma função formativa, uma vez que dá a conhecer ao
professor e ao aluno se os objectivos estão a ser alcançados, identifica os
obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem, estabelecendo estratégias
que ajudem os alunos e os professores a ultrapassar as dificuldades detectadas.

Esta actividade (avaliação contínua) vai revelar problemas de aprendizagem


colectivos (da turma) ou individuos. Por exemplo, o facto de uma noção não ter
sido adequada por grande número de alunos na turma pode significar que ela é
dificil ou que o professor não actua de forma adequada.

Consequentimente, há um diagnóstico do PEA, e em caso de os resultados serem


negativos, exige-se a replanificação que consiste em:

 Rever os objectivos traçados e os conteúdos por parte do


professor
 Rever os métodos e os meios de ensino e aprendizagem utilizados
na aula
 Alongar o tempo previsto inicialmente de modo a fazer
compreender os conteúdos eficazmente.
 Acompanhar de perto o trabalho dos alunos ou exigir mais
esforço com vista a compreensão da matéria.

109
\\\

Avaliação Sumativa

No fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre,


semestre, ano ou curso) chegou o momento de se “medir a distância” a que o
aluno ficou da méta pré-estabelecida, ou seja, avaliar se os objectivos traçados
foram ou não alcançados pelos alunos. Esta distância é quantificada, isto é,
classificada. A função desta avaliação é, pois, emitir um juízo de valor final.

Mas classificar pressupõe que haja um critério de como fazer uma comparação
com o que está a ser classificado num determinado quadro de referência, e
nosso caso temos a escala de valores, de notas, surgindo daí as classificações de
Muito Bom, Bom, Sufciente, Mediocre e Mau.

Contudo, a avaliação sumativa para além de função de classifica ção pode


também assumir a função formativa e orientadora do percurso de aprendizagem
na medida em que será um instrumento que permitirá ao professor:
 Decidir da possibilidade de passar ou não para uma nova unidade didáctica.
 Medir a posição de cada aluno, tendo em conta os objectivos estabelecidos na
planificação e toda a avaliação que o aluno foi evidenciado.
 Decidir da possibilidade de os alunos transmitirem para o ano seguinte,
apoiando-se também, como é óbvio, em todas as informações recebidas sobre
aluno.
 Constatar se porventura houve folha no seu próprio trabalho, identificar as
causas, a fim de as ultrapassar posteriormente.
A avaliação acompanha todo o PEA; alias, juntamente com planificação e
realização do PEA, construem os ciclos docentes, ou seja, o ciclo de actividades
fundamentais do professor: planificar, realizar e avaliar o PEA. E não se trata de

110
\\\

uma avaliação “fim” em sim mesmo, mas de uma avaliação que inicia com o
processo para o diagnóstico das particulardades individuais dos alunos e da
turma, para ajustar as actividades ao aluno e, depois, a medida que se vai
realizando o PEA o professor e o aluno requerem uma informação sobre como
está a decorrer a aprendizagem para reorientação da actividae do ensino tendo
em conta o rítmo da aula e da aprendizagem dos alunos. E, finalmente, após a
conclusão de uma unidade, semestre ou curso, faz-se a avaliação sumativa para
classificação dos alunos.

O importante, em nosso entender, é que a avaliação, contrariamente ao que


fazem muitos professores, não deve servir apenas para “ dar notas “ aos alunos,
classificá-los, mas sim como um instrumento valioso para condução do PEA. Para
o efeito, se impõe ao professor a realização, não apenas da avaliação sumativa,
mas cada vez mais da avaliação diagnóstica e formativa.

Exercícios de auto – avaliação

Indique as proposições verdadeiras, dentre as que se seguem:

1.Quando se realiza a avaliação diagnóstica temos em vista aferir o nível inicial dos
alunos para a aprendizagem do novo conteúdo.
2- Despois da realização a avaliação diagnóstica, quando se verificar que os alunos não
têm os pré-requisitos , o professor deve reprogramar a recuperação dos alunos antes de
avançar com a nova matéria. (Verdadeira)
3- A recupração dos alunos pode acontecer tanto no início de uma aula com nova
matéria ou numa aula inteira especificamnte reservado para o efeito. (Verdadeira)
4- A avaliação sumativa serve essencialmente para diagnosticar as dificuldades dos
alunos em termos do seu progresso na aprendizagem. (Falso)
5. A avaliação formativa não é realizável nas nossas escolas por causa do número
elevado de alunos e da extensão dos programas (Falso)
6.O que é mesmo importante é que cada um dos alunos percebe, através da avaliação,
os seus progressos e as suas dificuldades para, a partir dai, esforçar-se no que for
necessário. (verdadeira).

111
\\\

Exercícios 1.Apesar do dinamismo reconhecido no processo de planificação, a


sondagem é considerada uma etapa crucial deste processo. Explique porquê?

2. Explica quando é que se usa Avaliação Continua ou formativa no Processo


de Ensino e Aprendizagem?
3. Indica os Princípios que norteiam as práticas pedagógicas no processo de avaliação?
4. Qual é o foco das finalidades do uso Avaliação Diagnóstica?
5. Menciona os tipos de avalição. E qual é a sua função?

Lituras Recomendadas :
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 6ª Edição. São
Paulo: Editora Ática, 2008.
HOFFMANN, Jussara: Avaliação –mito e desafio. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos: Avaliação da Aprendizagem Escolar. 21° Edição. São Paulo:
Editora Cortez, 2010 (p. 17-26).

112
\\\

Referência Bibliográfica

CORTESÃO e TORRES. Avaliação Pedagógica II-Mudança na Escola, Mudança na


Avaliação; Porto Editora, Porto, 1990
GOLIAS, Manuel. Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo, 1999.
HAIDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo, 2006.
KLINGBERG, Lothar. Itroducción a la didáctica general.Editorial Pueblo y educacion;
Ciudad de la Habana, 1972.
LEMOS, V.O Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem; 4edição; Texto
editora.,Portugal,1990.
LIBANEO, J. Didáctica; Cortez editora; SP, 1992
_________. Pedagogia e Pedagogos para quê? Cortez Editora, 8ª Edição, SP,2005.
LIBANEO, José Carlos. Directrizes curriculares da pedagogia: imprecisões teóricas e
concepção estreita da formação profissional de educadores. Educ. Soc. [online]. 2006,
vol. 27, no. 96 [citado 2007-03-25], pp. 843-876.
MARAFON, Maria Rosa Carvalho. Pedagogia crítica: uma metodologia na construção do
conhecimento. Editora Vozes, RJ, 2001.
MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?: currículo, área,
aula. 12ª. edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Conteúdos escolares: a quem compete a seleção e a
organização. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (coord.). Repensando a didática. 25ª.
edição. Campinas: Papirus, 2007, p. 75-92.
MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?: currículo, área,
aula. 12ª. edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

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