Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que visam a
formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que continuem a aprender ao
longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma componente
profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências relevantes para uma
integração plena na vida política, social e económica do país.
8
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do mercado
cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das Tecnologias de
Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de modo que
possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus próprios juízos de valor
que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida;
Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos científicos sólidos
e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos
fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito empreendedor
no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas também às tendências
de transformação no mercado;
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber comunicar-se
com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas culturas, religiões, raças,
entre outros.
Agenda 2025:129
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize em
torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir sobre ele,
cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes para que
os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos responsáveis e úteis
na família, na comunidade e na sociedade, em geral.
9
1.2. Os desafios da Escola
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da escola
transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes quantidades de
conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais
importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da
vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a realidade
do país.
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as competências
viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita, matemática e cálculo,
mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento
do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:
10
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do país e
do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem com
os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem como
em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática educativa
no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja preparado
para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis subsequentes.
11
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a uma
economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas habilidades
relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de problemas,
competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo
da vida.
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é chamada a
contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema parecidas com as
que se vão confrontar na vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos temas
já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos seus
intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os outros e
bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal forma
que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam para o seu
desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares sejam
suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores.
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo do ano
lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua abordagem
no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas transversais.
O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
12
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no
âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a comunidade e
constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No currículo
do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas estrangeiras (Inglês e
Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura (concursos
literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões para a apresentação
e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em datas festivas e
comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão
ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre
temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a
expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso da
língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos constitui um pilar
para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.
13
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na família,
no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para a vida
passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para a vida do
jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se estiver
ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à disciplina, às
componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este consiga:
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à profissão, aos
alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa pelo trabalho
colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar
em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os professores não dialogam,
14
não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha
de contos tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção dos
textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.
Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de análise,
de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o desenvolvimento das
competências mais gerais definidas no PCESG.
15
O Ensino da disciplina de História
Este é o Programa de História da 9ª classe. Este programa visa contribuir para o desenvolvimento das
competências para a vida, desenvolvendo o espírito de solidariedade, de tolerância, consciência patriótica
e vontade de participar activamente na construção de uma sociedade moçambicana democrática.
Este Programa retoma ao estudo da História Universal iniciado na 8ª classe e sugere o enquadramento da
História da África como parte importante da História Universal. Além disso, no campo das metodologias,
aconselha a adopção de várias estratégias e técnicas inerentes à disciplina, mas com enfoque para o
método participativo de ensino centrado no aluno.
Na sequência do estudo feito na 8ª classe sobre o modo de produção feudal, o programa da 9ª Classe
aborda a Acumulação Primitiva do Capital como condição fundamental para a transição do Feudalismo ao
Capitalismo, até a fase do Imperialismo. Por conseguinte, é preciso que durante o processo de ensino -
aprendizagem, os conhecimentos, habilidades e convicções das classes anteriores sejam ligados,
aprofundados e reforçados com a nova matéria.
O programa foi concebido tendo em conta os temas transversais que deverão ser integrados ao longo da
planificação das unidades temáticas. Para complementar a abordagem dos temas transversais poder-se-ão
realizar actividades extracurriculares.
Ao longo do 1º ciclo do Ensino Secundário Geral, (8ª, 9ª e 10ª Classes) os alunos devem desenvolver as
seguintes competências gerais para a vida:
16
Interpreta acontecimentos diversos usando a língua portuguesa;
Emite opiniões sobre os processos históricos, sociais e culturais que ocorrem em seu redor, no
país e no mundo;
Promove o respeito pelos órgãos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos e de
cidadania;
Demonstra compreensão dos problemas económicos e sociais do seu país e sugere, a seu nível,
vias de solução em seu benefício e em benefício da comunidade em que está inserido;
17
Objectivos Gerais do Ciclo
18
Mencionar as principais medidas económicas e políticas tomadas pela burguesia para consolidar o
seu poder económico, político e social;
Explicar as causas e o decurso da Comuna de Paris, os seus efeitos, o seu fracasso e a sua
importância para o movimento operário no mundo;
Mencionar como o imperialismo desde o seu surgimento se caracterizou pela política de
agressividade, expansionismo, exploração dos próprios operários e da pilhagem dos países com menor
nível de desenvolvimento;
Caracterizar particularmente os efeitos da pilhagem e da partilha do continente africano pelas
potências imperialistas bem como das primeiras guerras imperialistas nos finais do século XIX;
Explicar o papel de Portugal na penetração imperialista;
Explicar as causas do agravamento das contradições e as rivalidades das potências imperialistas;
Utilizar adequadamente mapas, quadros, esquemas, cronologias e gravuras relacionadas com o
conteúdo do programa;
Utilizar adequadamente os termos e conceitos de: revolução burguesa, burguesia, trabalho
assalariado, comércio colonial, mercantilismo, absolutismo, parlamento, monarquia, república,
manufactura, capitalismo, reforma, expropriação, nobreza, acto de supremacia, luta de classes, guerra
civil, proletariado e operariado.
19
sociais e a formação de Imperialismo (1939-1945) e o Movimento
Estados de Libertação Nacional
4. As relações sócio- 4.- O Mundo entre a
políticas na Europa e na confrontação e o
África entre séc.VII-XV desanuviamento
20
Visão Geral dos Conteúdos da Disciplina de História da 9ª Classe
21
Avaliação 18 horas
Total de horas 72 horas
22
Carga Horária Por Trimestre
23
Unidade 2 O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário entre os Séculos XVIII-XIX
2.2 O Movimento Operário: 18
As teorias socialistas
O sindicalismo
2.3 A Comuna de Paris como a primeira forma de poder popular no mundo
3º 2.4 A África e Moçambique na época das Revoluções Burguesas e Industrial (breve
Trimestre relance)
Unidade-3 Do Capitalismo Industrial ao Imperialismo
3.1 O início do Imperialismo e a política imperialista
3.2 As grandes potências imperialistas e a partilha do mundo
3.3 A luta dos Estados africanos contra a ocupação efectiva
Avaliação 6
24
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
Unidade Temática 1 A Formação do Sistema Capitalista Mundial (Séc. XV-XVIII)
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Definir “Período de Transição” 1.1. A Europa e mundo no início do séc. XV;
ou “Antigo Regime”; 1.1.1. O “Período de Transição” ou “Antigo
Caracterizar a economia Regime”;
europeia no Período de 1.1.2. A economia europeia no período de Caracteriza a Europa e o Mundo no período de
Transição; Transição ou Antigo Regime; transição;
Caracterizar a estrutura da 1.1.3. A estrutura da sociedade europeia no
sociedade europeia no Período período de transição;
de Transição;
Caracterizar o 1.1.4. O desenvolvimento sócio-económico,
desenvolvimento das politico e cultural da África entre o século XV e
sociedades africanas durante o XVII;
período de transição; 1.1.5. As relações entre a África e os outros
Descrever as relações entre a continentes entre os séculos XV-XVII; 18
África e o mundo no período
de transição;
19
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Explicar os antecedentes da 1.2. Expansão Europeia e Comércio Colonial
Expansão; (Revisão); Interpreta a penetração estrangeira como uma fase
Explicar os factores e/ou 1.2.1. O comércio Mediterrânico nos séculos XIII e da integração da África e Moçambique na economia
razões da Expansão; XIV: mundial;
Caracterizar as etapas da - As partes envolvidas;
Expansão Europeia; - os principais mercadores;
Caracterizar a expansão - A ascensão dos italianos e turcos; Reconhece a expansão como resultado do
portuguesa em Moçambique; 1.2.2. os factores de expansão, objectivos e desenvolvimento técnico e científico do mundo;
20
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Explicar o impacto 1.2.5.
da As consequências da 1ª expansão europeia:
expansão e comércio colonial - permutas culturais entre Europa, Ásia, América e Explica as razões da pilhagem colonial e as sua
em África, Ásia e América e África; consequências;
Europa no início do Séc. XV; - ascensão da Burguesia mercantil;
- início do subdesenvolvimento das colónias em
Explicar o conceito benefício das potências coloniais;
mercantilismo e o seu papel na 1.2.6. As Teorias Económicas do Antigo Regime;
pilhagem colonial; 1.2.7. O mercantilismo e o seu papel na pilhagem
das colónias e a acumulação de capitais na
Europa;
1.2.8. O Fisiocratismo: Origens e características;
Sintetizar a origem, as
características, espaço e
tempo em que se difundiu o
fisiocratismo;
21
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Definir Renascimento e 1.3. O Renascimento, o Humanismo, suas Explica as consequências dos movimentos Culturais
Humanismo; características e difusão: e Ideológicos dos Séculos XIV-XVI;
Caracterizar cada um destes 1.3.1. Conceito de Renascimento;
movimentos culturais e 1.3.2. Os factores do Renascimento;
ideológicos; 1.3.3. Características do Renascimento;
Sintetizar a influência destes 1.3.4. Representantes;
movimentos nas ciências e na 1.3.5. O Humanismo e sua difusão;
arte; 1.3.6. Os novos caminhos da ciência e da arte;
Nomear principais
representantes destes
movimentos;
22
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Analisar as causas da crise
1. 4. A crise religiosa do século XVI: a Reforma Associa a origem das igrejas cristãs modernas à
religiosa do Séc. XVI; Protestante e a resposta da Igreja Católica; reforma religiosa;
Caracterizar a crise religiosa;1.4.1. Origens e características da Crise;
Identificar as 1.4.2. A Reforma Religiosa;
correntes
religiosas resultantes da 1.4.3.As principais correntes protestantes
23
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Explicar o conceito e 1.6. O Absolutismo; Associa as revoluções burguesas ao
características do absolutismo; 1.6.1. Conceito e características do absolutismo; desenvolvimento da sociedade capitalista;
Analisar criticamente o regime 1.6.2. O surgimento dos regimes absolutistas na
absolutista, tomando como Europa; Explica o alcance das medidas tomadas pela
exemplo o absolutismo 1.6.3. O exemplo da França; burguesia depois do triunfo das revoluções
francês; 1.7. As Revoluções Burguesas; burguesas;
Relacionar Revoluções 1.7.1. A Revolução Burguesa na Inglaterra e seu
as
Burguesas na Europa com o significado: o Associa a Revolução Americana a formação dos
As origens;
desenvolvimento da Sociedade Estados Unidos da América do Norte;
capitalista; As fases; Reconhece as revoluções burguesas como transição
Explicar as principais medidas
Importância/significado; política do antigo regime católico feudal ao novo
tomadas pela burguesia para regime liberal;
consolidar o seu poder;
24
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Explicar o processo de 1.8. A luta pela independência nas colónias
formação das colónias da inglesas da América do Norte;
América do Norte; 1.8.1. As colónias inglesas da América do Norte
- As contradições entre Inglaterra e as 13 colónias
norte-americanas
1.8.2. O processo da luta pela independência
Caracterizar as contradições das colónias norte-americanas (breve
entre a Inglaterra e as 13 cronologia)
colónias norte americanas; 1.8.3. A Constituição Americana de 1787, sua
importância.
25
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga horária
O aluno:
Explicar as 1.9. Ada
causas Revolução Francesa (1789-1795)
Revolução Francesa; 1.9.1. As causas da Revolução Francesa
Explicar os 1.9.2. O Início da Revolução: A convocação dos Estados
conceitos
Iluminismo, Revolução Gerais e a tomada da Bastilha
Burguesa; 1.9.3. As etapas da Revolução Francesa
Explicar as características do 1.9.4. A importância da Revolução Francesa
Iluminismo;
Descrever as etapas da
Revolução;
Explicar a importância da
Revolução;
Analisar a situação África entre os séculos XV – XVIII
africana Explica a relação entre a Europa e África entre os
nos séculos XV-XVIII; A situação Económica séculos XV e XVIII;
A situação política
A situação religiosa
A cultura
As Relações entre a Europa e África entre os
séculos XV e XVIII
Sugestões Metodológicas: Unidade Temática 1. A Formação do Sistema Capitalista Mundial (Séc. XV-XVIII)
26
No programa da 8ª Classe, a última unidade trata da emergência e desenvolvimento do Feudalismo na Europa entre os séculos VII-XV e o estádio
de desenvolvimento da África durante o mesmo período.
O Programa da 9ª Classe inicia com a análise das contradições que este sistema continha, cuja derrocada dá origem ao Sistema Capitalista, que
começa a desenvolver-se à partir do século XV. O professor, ao iniciar a implementação deste programa, deverá fazer a ponte entre o programa da
8ª classe, nomeadamente a última unidade no concernente a África antes do Sec. XV, de tal forma que os alunos compreendam a ligação que
existe entre este programa e o da 8ª classe.
A 1ª Unidade do Programa da 9ª classe trata da “Formação do Sistema Capitalista Mundial entre o século XV e XVIII. O fulcro desta unidade é a
Acumulação Primitiva do Capital que é acompanhada de um amplo movimento económico (mercantilismo), político (absolutismo), ideológico (as
reformas e o iluminismo) e cultural (o Renascimento e o Humanismo) em toda a Europa. Esta fase conduziu a uma tomada de poder pela
burguesia, mantendo, entretanto, a monarquia como forma de Estado.
Introduz-se nesta unidade o fenómeno de trabalho assalariado no interior do sistema capitalista e, em simultâneo, o fenómeno de exploração entre
Estados, que se manifestou através da troca desigual com as colónias, com destaque para o tráfico de escravos. Estes temas favorecem uma
ligação com a actualidade na compreensão das origens remotas do subdesenvolvimento dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos.
O ciclo de estudo do Estado numa sociedade de classes deve culminar com a análise do Estado burguês e reflectir sobre conceitos de Estado,
classe, luta de classes, capital e burguesia. É necessário que os alunos entendam que a tomada do poder pela burguesia foi uma revolução em
relação ao sistema Feudal.
Para melhor abordagem desta unidade sugere-se o seguinte:
Estudar convenientemente os objectivos específicos definidos para cada subunidade, os conteúdos e as competências requeridas;
Utilizar os livros do aluno da 9ª classe existentes e outros manuais complementares (como os livros da 7ª e 8ª);
27
Promover estudos independentes através da elaboração de resumos, quadros comparativos, fichas de trabalho, esquemas, mapas,
interpretação de textos, debates, etc.
Destacar o carácter transitório do período em estudo e as marcas do mesmo no domínio político, económico, cultural e social.
Mais do que descrever as Revoluções Burguesas é fundamental destacar a sua importância no processo de transição do Feudalismo ao
Capitalismo.
Será importante destacar nesta unidade o surgimento de um novo sistema de relações de produção, baseadas no trabalho assalariado, em
oposição ao quadro de relações vigentes no feudalismo.
O fenómeno do comércio colonial (baseado na troca desigual) deve ser destacado para que os alunos entendam as origens, em parte, do
subdesenvolvimento dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos. Em torno desta questão merece atenção especial a problemática do tráfico
de escravos, para cuja abordagem propõe-se o seguinte:
recomendar aos alunos para preparar um breve resumo sobre as origens, as rotas, agentes e consequências do tráfico esclavagista com
base no livro de Ciências Sociais da 7ª classe e no de História da 8ª classe;
com base nos trabalhos dos alunos e em algumas leituras complementares, o professor poderá partir para uma abordagem mais profunda
do tráfico, destacando em particular o impacto desta prática.
Levar os alunos, a pesquisa de documentos históricos nas diferentes matérias em estudo, para uma melhor compreensão da política e
ideologia da época em estudo.
Ao falar da expansão europeia, envolver os alunos na análise da designação “descobrimentos” que também é usada para este fenómeno e
problematizar esta terminologia.
Por exemplo, sub-temas como: “A economia europeia no Antigo Regime”; “O comércio no Mediterrâneo nos séculos XIII e XIV”, “O
desenvolvimento sócio-económico da África entre o Século XV e XVII”; etc., podem ser distribuídos a pequenos grupos de alunos (3 ou 4) para
28
prepararem e apresentá-los na aula seguindo-se um debate. É importante que o professor ajude os alunos a seleccionar os materiais de consulta, a
seleccionar questões principais que devem ser respondidas e a organizar o texto. No debate participam todos os alunos sob orientação criteriosa do
professor. Os autores do texto anotam as observações dos colegas, o professor ajuda-os a corrigir e aí surge documento de consulta para todos.
O professor pode encarregar a um grupo de 3 ou 4 alunos para estudarem e interpretarem-no e apresentar a síntese à turma, sob olhar atento do
professor. Um dos aspectos que o professor não deve esquecer é o de contextualizar estas ideias e levar os alunos a compreender a sociedade,
sua génese e transformação e os múltiplos factores que nela intervêm, como produto da acção humana.
Esta forma de ensinar História exige muita organização e planificação cuidadosa do professor. O professor distribui os trabalhos e acompanha a
sua realização e exige que outros alunos estudem os temas para poder intervir construtivamente no dia da discussão.
Este exercício pode ser difícil no início mas tem a vantagem de fazer com que os alunos participem na construção de uma aula, estimula a sua
auto-estima e criatividade e consolida a sua auto-confiança.
O mesmo se pode fazer em relação aos conceitos que se seguem. Um grupo de alunos pode ocupar-se do esclarecimento destes conceitos e
apresentar os resultados à turma.
Esta unidade relaciona-se com vários Temas Transversais. Ao falar do trafico de escravos poder-se-á relacionar com o Tema Transversal : Cultura
de paz, direitos humanos e democracia, isto é, os alunos podem realizar trabalhos como bandas desenhadas, pesquisas e outros sobre o
comércio de escravos e as suas consequências. Estes trabalhos deverão reflectir as regiões onde os escravos eram capturados e o destino dos
mesmos e as condições desumanas a que estavam sujeitos.
Conceitos:
29
O conhecimento e aplicação dos conceitos inerentes aos conteúdos em leccionação são importantes porque permitem que os alunos adquiram
vocabulário específico da disciplina. Por isso sugerem-se os seguintes conceitos:
Estado, Classes Sociais, Luta de classes, Capital, Burguesia, Período de Transição, Comércio Colonial, Monarquia, Acumulação Primitiva do
Capital, Reforma, Protestantismo, Absolutismo, Escravatura, Revolução burguesa, parlamentarismo, Regime Constitucional, Iluminismo.
Podem ser desenvolvidas actividades como apresentação e debate de alguns artigos da Constituição por exemplo Inglesa, Americana ou Francesa
para aferir a importância deste instrumento. Os alunos devem compreender a importância de um Estado de direito.
Em relação à Constituição moçambicana, pode ser interessante convidar um parlamentar, ou uma outra personalidade reconhecida para abordar
este tema.
As actividades aqui sugeridas podem ser realizadas também em relação às outras unidades. O que se pretende é que o ensino/aprendizagem
desta unidade permita atingir os objectivos e competências definidos no programa através de uma participação activa dos alunos.
Indicadores de desempenho
30
Unidade Temática 2 O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
Descrever os factores da eclosão da 2.1. A Revolução Industrial e o desenvolvimento do Compara a sociedade católico-feudal com a da
Revolução Industrial na Inglaterra; capitalismo Industrial: época industrial;
2.1.1. Os factores da eclosão da "Revolução
Analisar as consequências económicas, Industrial" na Inglaterra; Associa a Revolução Industrial ao triunfo das
políticas sociais e culturais da Revolução 2.1.2. As invenções técnicas na primeira e segunda relações capitalistas de produção na Europa; 16 h
Industrial; fase da "Revolução Industrial" e as novas fontes
da energia;
2.1.3. As consequências económicas, políticas,
sociais e culturais da "Revolução Industrial".
Descrever as condições de vida e de 2.2. O Movimento Operário:
trabalho dos operários; 2.2.1. As condições de vida e de trabalho dos
Relaciona as condições de vida e de operários;
trabalho com o descontentamento dos 2.2.2. A exploração do trabalho feminino e infantil;
operários; 2.2.3. As contradições fundamentais entre a classe
operária e a burguesia;
31
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
Explicar o contexto em que surgiram as 2.2.4. O aparecimento das teorias socialistas: Relaciona condições de trabalho e de vida dos
teorias socialistas; 2.2.4.1. O Socialismo Utópico; operários com as mais diversas formas de luta;
2.2.4.2. O Socialismo Científico;
Descrever as características gerais do
socialismo Utópico e socialismo
ciêntifico;
Caracterizar os primeiros movimentos 2.2.5. O sindicalismo e as primeiras organizações e
operários europeus; manifestações operárias:
- Os TRADE-UNIONS na Inglaterra;
Descrever as principais formas de luta
dos operários; - A Confederação Geral dos Trabalhadores na França;
Mencionar os primeiros - A Liga Comunista e 1ª. Internacional;
partidos
operários europeus; - A formação dos partidos operários europeus;
Explicar as causas da Comuna de 2.3. A Comuna de Paris:
Paris; 2.3.1. As causas e o decorrer da Comuna;
Explicar o decorrer da Comuna de 2.3.2. As características do primeiro poder popular e
Paris; as causas da sua derrota;
Identificar as características do primeiro 2.3.3. O Significado da Comuna de Paris;
poder popular e as causas da sua
derrota;
Explicar o significado da Comuna;
32
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
Descrever o mapa político da África e 2.4. África e Moçambique na época das
Moçambique nos séculos XVIII/ XIX; Revoluções Burguesa e Industrial;
Caracterizar a estrutura sócio- 2.4.1. O mapa político da África no final do século
económica da África neste período; XVIII/início de XIX:
Descrever as relações África/resto do 2.4.2. A estrutura sócio-económica; Avalia criticamente a presença europeia em
mundo; 2.4.3. As relações África/mundo; África e Moçambique;
33
Sugestões Metodológicas: Unidade Temática 2. O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário
O centro desta unidade é o estudo da Revolução Industrial, particularmente o desenvolvimento de máquinas, fábricas e as fontes da energia, assim
como os ramos principais da indústria e as suas aplicações nas novas relações de produção.
No concernente às lutas do proletariado é importante destacar a Comuna de Paris e a sua importância como primeiro Estado da classe operária no
mundo. A Comuna de Paris será apresentada como primeiro exemplo da revolução proletária preconizada por Marx e Engels.
São introduzidos e aprofundados conceitos como: movimento operário, reforma parlamentar, socialismo utópico, socialismo científico,
internacionalismo proletário, comuna, proletariado, 1ª internacional.
Para o melhor tratamento destes conteúdos sugere-se o seguinte:
Que sempre que seja possível se recorra ao trabalho independente dos alunos. Por exemplo, na análise dos factores da Revolução
Industrial na Inglaterra, como é o caso da “revolução agrícola”, “revolução demográfica”, “o alargamento dos mercados e a acumulação de capitais”.
Pode-se propor a realização de trabalhos em grupo resumindo os assuntos em questão seguidos de discussão na sala e elaboração de sínteses. O
mesmo pode ser feito em relação as fases da Revolução Industrial em que os alunos podem sintetizar as principais invenções técnicas de cada
fase.
As actividades a realizar no âmbito do trabalho independente deverão ser programadas pelo professor de acordo com as condições
concretas da sua escola.
Sendo possível os alunos poderão ser levados a contemplar a realidade dos assuntos em estudo através de visitas a fábricas ou outros sectores
relacionados. Podem ser adoptadas várias acções como as sugeridas em relação à unidade 1.
Nesta unidade, o conteúdo sobre o capitalismo relacionam-se com o Tema Transversal: Cultura de paz, direitos humanos e democracia. O
professor deverá conduzir os alunos a compreender que o sistema capitalista era caracterizado pela exploração da força de trabalho dos operários,
para além da exploração da mão-de-obra infantil. Por exemplo o conteúdo exploração do trabalho feminino e infantil pode ser aprofundado na
34
perspectiva de género através de trabalhos sobre a participação da mulher na vida económica, política e social da comunidade do país. Também se
pode fazer o levantamento e uma análise crítica a práticas de exploração de crianças no trabalho, recorrendo a diversos materiais e entrevistas a
membros da comunidade.
Os alunos poderão realizar trabalhos em grupo de pesquisa sobre as condições de trabalho dos operários moçambicanos baseando na Lei do
Trabalho em vigor na República de Moçambique. Pode – se aproveitar esta oportunidade para analisar as causas da revolta que deu origem ao 1º
de Maio. Estes trabalhos deverão ser apresentados e debatidos na sala de aula.
INDICADORES DE DESEMPENHO
35
Unidade Temática 3 - Do Capitalismo Industrial ao Imperialismo
36
Sugestões Metodológicas: Unidade Temática 3. Do Capitalismo Industrial ao Imperialismo
A transição do Capitalismo Industrial à fase de monopólio e a essência económica e política do Imperialismo é o ponto principal desta unidade.
Analisando e avaliando o Imperialismo como fase suprema do Capitalismo, os alunos devem conhecer as causas e a razão de ser da transição do
capitalismo livre e concorrencial, ao Capitalismo monopolista, bem como a essência económica, política e o lugar histórico do Imperialismo. Para
isso sugere-se que o professor destaque os conceitos “Capitalismo Concorrencial”, “Capitalismo Monopolista” e conduza os alunos a compreender
a diferença entre estes dois fenómenos.
Outro aspecto essencial nesta unidade é que os alunos entendam o carácter agressivo do Imperialismo para o que será importante destacar os
acontecimentos do passado que consubstanciam essa política imperialista.
Deve-se caracterizar o Imperialismo com exemplos concretos da sociedade europeia do século XIX, ajudando a desenvolver, nos alunos, uma
atitude anti-imperialista, bem como prepará-los para a compreensão dos conteúdos e objectivos da 10ª Classe. Para esta abordagem serão
considerados, como exemplos, a África Austral e Moçambique.
Os alunos deverão saber aplicar e explicar os conceitos de Imperialismo, monopólios, exportação de capitais, livre concorrência e financeira. As
actividades sugeridas na primeira unidade, relativamente aos alunos, podem ser também adoptadas nas outras unidades.
As competências claramente sugeridas no Plano Detalhado do Programa constituem a síntese da aprendizagem, ou seja, o resultado da
construção do conhecimento. Ao professor é solicitado a privilegiar a análise dos processos históricos para que os próprios alunos construam este
conhecimento.
Nesta unidade, o conteúdo sobre o imperialismo relacionam-se com o Tema Transversal : Cultura de paz, direitos humanos e democracia. O
professor deverá conduzir os alunos a compreender que o Imperialismo era a fase mais avançada do desenvolvimento do Capitalismo,
caracterizado pela: Concentração Monopolista, Exportação de Capital Recrudescimento do sistema Colonial...
37
Os alunos poderão realizar trabalhos em grupos tentando trazer exemplos de violação da paz dos direitos humanos e da democracia. A pesquisa
devera centrar-se na análise critica das principais características do Imperialismo, citando exemplos da actuação das potências imperialistas. Estes
trabalhos deverão ser apresentados e debatidos na sala de aula.
Indicadores de desempenho
38
AVALIAÇÃO:
A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o desenvolvimento do
trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de reajuste curricular de acordo com as
necessidades educativas dos alunos.
A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos de forma que se obtenha
uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos de competências básicas
descritas no Programa de Ensino.
Para cada uma das avaliações propostas o professor deverá ter em conta o regulamento de avaliação que
prevê a realização de duas ACS e uma ACP obrigatórias por cada trimestre. Assim, deverá privilegiar a
avaliação contínua no decurso da própria aula que poderá consistir na elaboração de esquemas, gráficos
cronológicos, leitura e interpretação de mapas ou globo terrestre etc. Para o caso de visitas de estudo os
alunos poderão elaborar relatórios a serem apresentados em grupos.
O professor poderá adoptar outras iniciativas de avaliação que visam estimular o processo de ensino
aprendizagem com o objectivo de obter melhores resultados.
19