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Universidade Pedagógica
Moçambique
Direitos de autor
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. No caso de reproducão deve ser mantida a
referência à Universidade Pedagógica, especificamente a UP – Maxixe e ao autor do módulo.
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Fornecimento da bibliografia usada na elaboração e/ou Aos funcionários afectos à Biblioteca local.
produção deste Manual.
Visão geral 11
Benvindo ao Módulo “Didáctica de Ciências Naturais”................................................................................11
Objectivos do Módulo ..................................................................................................................................11
Quem deve estudar este módulo ................................................................................................................12
Como está estruturado este módulo ...........................................................................................................13
Habilidades de estudo .................................................................................................................................13
Precisa de apoio?........................................................................................................................................14
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ..........................................................................................................14
Avaliação .....................................................................................................................................................15
Unidade I 17
Objectivos e conteúdos das Ciências Naturais ...........................................................................................17
Lição n˚1 17
Didáctica de Ciências Naturais....................................................................................................................17
Introdução ........................................................................................................................................17
Conceito Didáctica ...........................................................................................................................17
Objecto de Estudo da Didáctica de Ciências Naturais .....................................................................18
Relação entre a Didáctica de Ciências Naturais e outras Ciências .................................................18
Importância da Didáctica de Ciências Naturais................................................................................19
Sumário .......................................................................................................................................................20
Exercícios ....................................................................................................................................................21
Lição n˚2 22
Conteúdos das Ciências Naturais ...............................................................................................................22
Introdução ........................................................................................................................................22
Conceito Conteúdo ..........................................................................................................................22
Classificação dos Conteúdos ...........................................................................................................22
Critérios de Selecção dos Conteúdos ..............................................................................................23
Procedimentos metodológicos para a formação de Conteúdos .......................................................23
Princípios didácticos da estruturação dos conteúdos ......................................................................24
Sumário .......................................................................................................................................................26
Exercícios ....................................................................................................................................................27
Lição n˚ 3 28
Objectivos....................................................................................................................................................28
Introdução ........................................................................................................................................28
Conceito Objectivo ...........................................................................................................................28
Classificação dos Objectivos ...........................................................................................................28
Características, propriedades e elementos dos Objectivos .............................................................30
Formulação dos Objectivos ..............................................................................................................31
Sumário .......................................................................................................................................................32
Exercícios ....................................................................................................................................................33
Unidade II 34
Métodos, procedimentos e meios de ensino das ciências Naturais ............................................................34
Lição n˚ 1 34
Actividades Cognitivas dos Alunos..............................................................................................................34
Introdução ........................................................................................................................................34
Classificação das Actividades Cognitivas ........................................................................................35
Sumário .......................................................................................................................................................40
Exercícios ....................................................................................................................................................41
Lição n˚ 2 43
Meios de Ensino ..........................................................................................................................................43
Introdução ........................................................................................................................................43
Meios Didácticos ..............................................................................................................................43
Funções dos Meios Didácticos ........................................................................................................44
Factores para a escolha dos Meios Didácticos ................................................................................44
Classificação dos Meios Didácticos .................................................................................................45
Importância dos Meios Didácticos....................................................................................................45
Sumário .......................................................................................................................................................47
Exercícios ....................................................................................................................................................48
Unidade III 49
Formas de Organização do ensino das Ciências Naturais (Planificação) ...................................................49
Lição n˚ 1 49
Planificação das Aulas ................................................................................................................................49
Introdução ........................................................................................................................................49
Fundamentos para a Planificação ....................................................................................................50
Fases da Planificação da aula .........................................................................................................51
Elaboração do Plano de aula ...........................................................................................................52
Sumário .......................................................................................................................................................56
Exercícios ....................................................................................................................................................57
Lição n˚ 2 58
Excursão .....................................................................................................................................................58
Introdução ........................................................................................................................................58
Excursão Didáctica ..........................................................................................................................58
Etapas da Planificação da Excursão ................................................................................................59
Importância da Excursão para Estudo das Ciências Naturais .........................................................60
Sumário .......................................................................................................................................................61
Exercícios ....................................................................................................................................................62
Unidade IV 63
Sistema Solar ..............................................................................................................................................63
Lição n˚ 1 63
Constituição do Sistema Solar ....................................................................................................................63
Introdução ........................................................................................................................................63
Constituição do Sistema Solar .........................................................................................................63
A Terra como Planeta moderado .....................................................................................................65
Sumário .......................................................................................................................................................66
Exercícios ....................................................................................................................................................67
Lição n˚ 2 68
Movimentos da Terra e consequências na dinâmica da vida ......................................................................68
Introdução ........................................................................................................................................68
Movimentos da Terra .......................................................................................................................68
Consequências dos Movimentos da Terra .......................................................................................70
Sumário .......................................................................................................................................................72
Exercícios ....................................................................................................................................................73
Unidade V 74
Atmosfera, Hidrosfera e Litosfera ................................................................................................................74
Lição n˚ 1 74
Composição e estrutura da Atmosfera ........................................................................................................74
Introdução ........................................................................................................................................74
Composição da Atmosfera ...............................................................................................................75
Estrutura da Atmosfera ....................................................................................................................75
Propriedades do Ar e Contaminação ...............................................................................................77
Sumário .......................................................................................................................................................79
Exercícios ....................................................................................................................................................80
Lição n˚ 2 81
Clima, cinturas climáticas e distribuição ......................................................................................................81
Introdução ........................................................................................................................................81
Conceito Clima .................................................................................................................................81
Factores que determinam o Clima ...................................................................................................81
Tipos de Clima e suas características..............................................................................................82
Sumário .......................................................................................................................................................83
Exercícios ....................................................................................................................................................85
Lição n˚ 3 86
Água: Propriedades, Mudanças de Estado e Importância para os seres vivos ..........................................86
Introdução ........................................................................................................................................86
Propriedades da Água .....................................................................................................................87
Mudanças de estado físico ..............................................................................................................87
Ciclo Hidrológico ..............................................................................................................................89
Ocorrência Natural da água na Terra...............................................................................................90
Importância da água para os seres vivos.........................................................................................90
Sumário .......................................................................................................................................................92
Exercícios ....................................................................................................................................................93
Lição n˚ 4 94
Crusta terrestre: composição ......................................................................................................................94
Plataforma oceânica e continental ...................................................................................................94
Introdução ........................................................................................................................................94
Litosfera ...........................................................................................................................................94
Crusta Oceânica ..............................................................................................................................95
Crusta Continental ...........................................................................................................................95
Sumário .......................................................................................................................................................96
Exercícios ....................................................................................................................................................97
Lição n˚5 98
Estudo do Relevo ........................................................................................................................................98
Introdução ........................................................................................................................................98
O Relevo ..........................................................................................................................................98
O Solo ............................................................................................................................................100
Composição do Solo ......................................................................................................................100
Formação do Solo ..........................................................................................................................101
Perfil do Solo ..................................................................................................................................102
Fertilidade e Erosão .......................................................................................................................103
Sumário .....................................................................................................................................................104
Exercícios ..................................................................................................................................................105
Unidade VI 106
Biosfera .....................................................................................................................................................106
Lição n˚ 1 106
Vida e Diversidade ....................................................................................................................................106
Introdução ......................................................................................................................................106
Diversidade dos Seres Vivos .........................................................................................................106
Classificação dos Seres vivos ........................................................................................................107
Sumário .....................................................................................................................................................108
Exercícios ..................................................................................................................................................109
Lição n˚ 2 110
Estudo da Célula .......................................................................................................................................110
Introdução ......................................................................................................................................110
Conceito Célula ..............................................................................................................................110
História da descoberta da Célula ...................................................................................................110
Componentes químicos da Célula .................................................................................................111
Tipos de Células ............................................................................................................................112
Sumário .....................................................................................................................................................114
Exercícios ..................................................................................................................................................115
Lição n˚ 3 116
Estudo das Plantas ...................................................................................................................................116
Introdução ......................................................................................................................................116
Plantas ...........................................................................................................................................116
Diversidade das Plantas ................................................................................................................116
Polinização, Frutificação e Germinação ........................................................................................120
Sumário .....................................................................................................................................................122
Exercícios ..................................................................................................................................................123
Lição n˚ 4 124
Animais Vertebrados e Invertebrados .......................................................................................................124
Introdução ......................................................................................................................................124
Animais ..........................................................................................................................................124
Animais Invertebrados ...................................................................................................................125
Animais Vertebrados ......................................................................................................................125
Sumário .....................................................................................................................................................127
Exercícios ..................................................................................................................................................128
Lição n˚ 5 129
Sistema Ósseo-Muscular do Homem ........................................................................................................129
Introdução ......................................................................................................................................129
Constituição e Funções do Sistema Ósseo-Muscular....................................................................129
Divisão do esqueleto humano e classificação dos ossos...............................................................130
Classificação dos Músculos ...........................................................................................................132
Sistema Ósseo-Muscular e Saúde .................................................................................................132
Sumário .....................................................................................................................................................134
Exercícios ..................................................................................................................................................135
Lição n˚ 6 136
Constituição e Funções do Sistema Disgestivo ........................................................................................136
Introdução ......................................................................................................................................136
Metabolismo e Nutrição .................................................................................................................136
Constituição e Funções do Sistema Digestivo ...............................................................................137
Processos digestivos .....................................................................................................................137
Sistema Digestivo e Saúde ............................................................................................................138
Sumário .....................................................................................................................................................140
Exercícios ..................................................................................................................................................141
Lição n˚ 7 142
Sistema Circulatório ..................................................................................................................................142
Introdução ......................................................................................................................................142
Constituição e Funções do Sistema Circulatório............................................................................142
Sumário .....................................................................................................................................................145
Exercícios ..................................................................................................................................................146
Lição n˚ 8 147
Sistema Respiratório .................................................................................................................................147
Introdução ......................................................................................................................................147
Constituição e Funções do Sistema Respiratório .........................................................................147
Movimentos Respiratórios..............................................................................................................148
Ou ainda:........................................................................................................................................149
Hematose Pulmonar ......................................................................................................................149
Sistema Respiratório e Saúde .......................................................................................................150
Sumário .....................................................................................................................................................151
Exercícios ..................................................................................................................................................152
Lição n˚ 9 153
Sistema Excretor .......................................................................................................................................153
Introdução ......................................................................................................................................153
Órgãos com função excretora ........................................................................................................153
Constituição e Funções do Sistema Excretor ................................................................................154
Processo de formação da urina .....................................................................................................156
Sistema Excretor e Saúde .............................................................................................................157
Higiene da pele ..............................................................................................................................157
Sumário .....................................................................................................................................................158
Exercícios ..................................................................................................................................................159
Lição n˚ 10 161
Sistema Nervoso .......................................................................................................................................161
Introdução ......................................................................................................................................161
Constituição e Funções do Sistema Nervoso ................................................................................161
Unidade nervosa - Neurónio ..........................................................................................................162
Actividade Nervosa ........................................................................................................................164
Sistema Nervoso e Saúde .............................................................................................................166
Sumário .....................................................................................................................................................167
Exercícios ..................................................................................................................................................168
Lição n˚ 11 169
Sistema Endócrino ou Hormonal ...............................................................................................................169
Introdução ......................................................................................................................................169
Constituição e Funções do Sistema Endócrino..............................................................................169
Funções das glândulas endócrinas ................................................................................................170
Sistema Endócrino e Saúde...........................................................................................................171
Sumário .....................................................................................................................................................172
Exercícios ..................................................................................................................................................173
Bibliografia.................................................................................................................................................174
Visão geral
Benvindo ao Módulo “Didáctica
de Ciências Naturais”
O homem sempre soube da importância da educação para a sua formação integral.
Os fenómenos naturais sempre foram objecto muito fascinante de interpretação humana e para tal
preocupou-se em procurar formas de sistematitizar todo conhecimento a eles relacionado numa área
denominada Ciências Naturais.
A Didáctica de Ciências Naturais surge como resposta à necessidade de viabilizar o ensino dessa disciplina
científica.
Objectivos do Módulo
Quando terminar o estudo do Módulo de Didáctica de Ciências Natuais, o estudante deverá ser capaz de:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Conteúdo do módulo
Habilidades de estudo
Caro estudante!
Para tirar maior proveito deste módulo terá de buscar através de uma leitura cuidadosa da
informação ligada ao assunto abordado. Para o efeito, no fim do módulo apresenta-se uma
sugestão de livros para leitura complementar.
Uma pergunta bem compreendida representa meia resposta, por isso, antes de resolver qualquer
tarefa ou problema, o estudante deve certificar se compreendeu a questão colocada.
Deve fazer sempre que possível, uma sistematização das ideias apresentadas na lição corrente.
Precisa de apoio?
Em caso da necessidade de explicação pormenorizada de assuntos abordados no presente módulo, o
estudante deve recorrer ao Departamento de Ciências de Educação e Psicologia da Universidade
Pedagógica, especificamente da delegaçao da Maxixe, devendo em última necessidade contactar o autor do
módulo.
Lição n˚1
Introdução
Nesta unidade apresenta-se, de forma detalhada o conceito da
DIdáctica de Ciências Naturais, bem como os objectivos que norteiam
o estudo desta cadeira e a sua pertinência para os estudantes do
Curso de Ensino Básico.
Conceito Didáctica
A palavra didáctica vem da expressão grega techné didaktiké, que se pode
traduzir como arte ou técnica de ensinar. A didáctica é a parte da pedagogia que
se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as
directrizes da teoria pedagógica.
Também pode ser definida como a ciência que investiga as regularidades
durante o processo de transmissão ou mediação de conhecimentos pelo
professor assim como de aquisição de conhecimentos pelos alunos.
O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido
como o pai da didáctica moderna, e um dos maiores educadores do século XVII.
Uma das razões que justificam a inclusão das Ciências da Natureza no currículo
do ensino básico é a necessidade de os alunos adquirirem um conjunto de
conhecimentos e competências essenciais para se iniciarem no estudo das
ciências. Este é o papel da disciplina de Ciências da Natureza visto na
perspectiva da própria ciência. O papel desta disciplina no currículo justifica-se
também na perspectiva do indivíduo pelo seu importante contributo para o
desenvolvimento de capacidades na criança. Justifica-se, ainda, na perspectiva
da sociedade ao permitir à criança adquirir uma compreensão científica dos
fenómenos e acontecimentos que compõem o mundo físico e social de que faz
parte (PEREIRA, 1992 citado por COSTA, s.d.).
Auto-avaliação Ciências?
Nesta lição vamos perceber melhor sobre o conteúdo nas Ciências Naturais e a
sua esturuturação.
Terminologia
Conceito Conteúdo
Conteúdo é a escolha consequente dos resultados duma ciência organizados
pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e a aplicação
pelos alunos na sua prática da vida (MÜLLER, 2005).
Método Indutivo
De acordo com LAKATOS (1991) este método consiste em partir de uma
situação particular, para tirar uma conclusão ou seja, parte-se do específico para
o geral.
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos
argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o
das premissas nas quais se basearam.
Para as Ciências Naturais, podemos ter os seguintes exemplos:
Método Dedutivo
De acordo com LAKATOS (1991), este método caracteriza-se, em partir de uma
situação geral e genérica para uma situação particular.
A dedução é o processo mental contrário à indução. Através da indução, não
produzimos conhecimentos novos, porém explicitamos conhecimentos que antes
estavam implícitos.
Exemplos:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
Objectivos
Introdução
A actividade docente depende dentre outros factores da estratégia definida, em
função da realidade objectiva. A reflexão sobre objectivos pode ser considerada
um complemento à reflexão sobre as estratégias, pois é necessário analisar a
realidade para se saber onde é que estávamos, onde estamos e para onde é que
vamos.
Conceito Objectivo
Objectivo é a transformação das orientações estratégicas, quer funções ou
finalidades em resultados pré-concebidos e concreto-operacionalizados
(MÜLLER, 2005).
Existe uma outra terminologia para esta taxonomia dos objectivos: os objectivos
gerais também podem ser designados educacionais e os objectivos específicos
também podem ser designados por objectivos instrucionais.
Característica/
propriedade
Significado
Pertinentes devem estar relacionados com o conteúdo
Compatíveis Devem estar de acordo com os pre-requisitos necessários para a sua materialização
Alcançáveis Devem ter um horizonte palpável e possível
Lógicos devem apresentar os mesmos resultados, não devem apresentar contradições
Inequívocos devem ser definidos com precisão indicando o que se pretende exactamente
Concretos Não devem apresentar ambiguidades
Observáveis devem possibilitar o alcance do objecto pelo qual foram traçados
Realizáveis devem estar relacionados com o ambiente real do aluno
Mensuráveis devem ser possíveis de medir através de uma escala de avaliação do aluno
Relevantes devem estar relacionados com os interesses reais do sujeito de aprrendizagem
Congruentes o conteúdo não pode ser diferente dos objectivos.
Equilibrados deve haver um equilíbrio entre os âmbitos e níveis pelos quais foram traçados
Elementos Características
Actividade Designação do comportamento activo a executar
Conjunto de conhecimentos, capacidades, habilidades e
Conteúdo
atitudes correspondentes à actividade a desempenhar
Indicação das condições importantes nas quais a actividade
Contexto
se deve reproduzir
Critério Expressão de um resultado positivo
Formulação dos Objectivos
Tendo em conta todos os elementos que foram descritos acima, para
formularmos os objectivos para uma aula devemos reflectir
profundamente e actuarmos de acordo com os instrumentos
recomendados.
Objectivos da aula
Nível cognitivo Nível psicomotor Nível afectivo
O aluno deve: O aluno deve ser capaz: O aluno deve:
Conhecer os agentes Classificar a poluição tendo Reconhecer a
poluentes. em conta os agentes necessidade de preservar o
poluentes; meio ambiente livre da
poluição.
Sumário
Objectivo é a transformação das orientações estratégicas, quer funções
ou finalidades em resultados pré-concebidos e concreto-
operacionalizados;
Lição n˚ 1
Actividades Cognitivas dos Alunos
Introdução
A melhor maneira de ajudar ao aluno a aprender é dar-lhe uma actividade para
exercer.
Um bom ensino deve ser construtivista, promover a mudança conceitual e
facilitar a aprendizagem significativa.
A preocupação actual do ensino de ciências centra-se na qualidade acima da
quantidade, o significado acima da memorização e a compreensão acima do
conhecimento.
As actividades cognitivas dos alunos são importantes para o desenvolvimento da
personalidade do aluno e contribuem para a aprendizagem significativa.
Terminologia
Meios de Ensino
Introdução
Nesta lição vamos tratar dos meios de ensino em Ciências Naturais.
Existe uma diversidade de meios para condução das aulas. A eficácia de
cada meio para tratar um determinado conteúdo, depende da sua escolha
consciente, associando todos os elementos importantes a ter em conta.
Terminologia
Meios Didácticos
Os meios didácticos são um instrumento para auxiliar o professor a
alcançar os objectivos previamente traçados e contribuem para a redução
do grau de abstração nos alunos.
Funções dos Meios Didácticos
O modelo é usado quando não é possível obter os objectos reais para a sua
utilização nas aulas.
Lição n˚ 1
Terminologia
Fundamentos para a Planificação
As aulas são a espinha dorsal do processo educativo ou podemos
considerar o epicentro da actividade docente. A aula que o professor
lecciona se encontra estruturada num diagrama detalhadamente descrito
denominado plano de lição. O processo pelo qual o professor elabora o
plano de lição denomina-se planificação da aula.
A acção docente deve estar centrada em três elementos, como ilustra o triângulo
pedagógico que se segue.
Modelo 1:
Modelo 2:
Deve se garantir uma interconexão entre as funções didácticas, uma vez que
durante a aula as actividades do professor e do aluno devem garantir a
aprendizagem através das actividades cognitivas. É importante ainda recordar
que não existe uma sequência fixa entre elas.
Podem ainda ser definidos segundo a fonte em: apresentação, trabalho conjunto
e trabalho independente do aluno.
Apresentação - assume a forma de palestra do professor, leitura, demostração
de objectos, mapas e modelos. Este método é normalmente mais usado pelo
professor nas aulas em que o aluno tem pouco domínio sobre os conteúdos de
aprendizagem.
Excursão
Introdução
Nesta lição vamos tratar da planificação de uma excrusão.
O estudo das Ciências Naturais não se esgota na sala de aula. Há necessidade
de entrar em contacto directo com a natureza para melhor entender os seus
complexos fenómenos e processos. Nesse âmbito surge a excursão como
complemento do aprendizado na sala de aulas.
Terminologia
Excursão Didáctica
Sistema Solar
Lição n˚ 1
O Sistema solar teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma
perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central,
enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos.
Planetas telúricos
Gigantes gasosos
São os quatro maiores e mais afastados do Sol. Todos com dimensões
consideravelmente superiores às da Terra. Seu tamanho e constituição
distinguem-nos dos telúricos, pelo que também recebem a denominação de
planetas jovianos, em alusão ao maior planeta deste conjunto, Júpiter (ou Jovis).
Figura 2: Os oito planetas em escala São formados principalmente por Hidrogénio (H) e Hélio (He) o, além de uma
pequena fracção de elementos mais pesados e possuem baixa densidade.
É a massa da Terra, nem muito grande nem muito pequena, que lhe permite, por
um lado, ter uma atmosfera, que ficou presa pela gravidade, e por outro, produzir
no seu interior uma quantidade de energia que lhe permite ser um planeta com
uma grande dinâmica interna, a partir da qual se geram sismos e vulcões, se
formam montanhas e se movem os continentes, entre outros fenómenos
geológicos.
Às condições referidas junta-se o efeito da distância da Terra ao Sol que faz com
que a maior parte da superfície da Terra seja nem muito quente nem muito fria.
O nosso planeta localiza-se numa "zona de vida" do Sistema Solar onde a água
pode existir no estado líquido.
O Sistema solar teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por
alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela
central;
Movimentos da Terra e
consequências na dinâmica da
vida
Introdução
Como todos os corpos do Universo, a Terra também não está parada. Ela realiza
inúmeros movimentos. Os dois movimentos principais do nosso planeta são o de
rotação e o de translação.
Movimentos da Terra
Vale lembrar que, durante o ano, a iluminação do Sol não é igual em todos os
lugares da Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual a Terra faz a sua
rotação, tem uma inclinação de 23º 27´, em relação ao plano da órbita terrestre.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Movimento de Translação
Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é
chamado "ano". O ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias. Como o ano
sideral, ou o tempo real do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a
cada quatro anos temos um ano de 366 dias, que é chamado ano bissexto.
A sucessão dos dias e das noites (se a Terra não girasse, era sempre
de dia, na parte virada para o Sol, e sempre de noite, na parte escura).
Lição n˚ 1
Composição e estrutura da
Atmosfera
Introdução
O primeiro papel da atmosfera no clima é o efeito térmico regulador, além
de proteger o planeta contra meteoritos.
A atmosfera primitiva era formada basicamente por Hidrogénio.
Posteriormente juntaram-se outros gases emitidos por materiais e
substâncias do interior do planeta (por exemplo, o Dióxido de Carbono
produzido pelos vulcões) e o próprio Oxigénio cuja origem está ligada à
acção da radiação solar sobre o vapor da água e ao processo da
fotossíntese.
Nesta lição vamos tratar da composição e estrutura da Atmosfera
Ao completar esta lição, você será capaz de:
Estrutura da Atmosfera
Sob ponto de vista de estratificação vertical, a Atmosfera é constituída por
cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e
exosfera. O ar se torna mais rarefeito quanto mais distante da superfície
terrestre, e é por isso que os “alpinistas” normalmente levam oxigénio com
eles quando escalam altas montanhas. A mesma razão justifica o facto de
os aviões estarem equipados de máscaras de Oxigénio, para em caso de
um incidente serem usadas.
Fonte: iag.usp.br
Troposfera
Estratosfera
Termosfera
Exosfera
Propriedades do Ar e Contaminação
O ar possui as seguintes propriedades:
ar tem massa. Na Terra, tudo o que tem massa também tem peso, ou
seja, é atraído pela gravidade terrestre, que é a força que puxa todas as
coisas para o seu centro.
Contaminação e Poluíção do Ar
Estima-se que 78% do ar atmosférico é composto pelo gás Nitrogénio (N2),
sendo, portanto, o componente mais abundante do ar.
Para além deste, é composto também pelo Oxigénio, gás carbónico, gases
nobres também conhecidos como gases raros.
A forma mais comum de contaminação do ar é através da emissão de gases
nocivos como o clorofluorcarbonetos e outros gases industriais que se acumulam
na atmosfera, impedindo a dispersão do calor emitido pelo sol e provocando um
aumento da temperatura do planeta, denominado efeito estufa.
Consequências da contaminação do ar
O Monóxido de Carbono é tóxico para o ser humano, pois passa pelos pulmões
e chega à corrente sanguínea e se fixa na hemoglobina, (a hemoglobina permite
o transporte de Oxigénio pelo Sistema Circulatório), e isso acaba impedindo o
carregamento do Oxigénio dos pulmões até as células do corpo, causando
enfraquecimento de órgãos vitais do corpo humano.
Concentrações de Dióxido de Enxofre estão relacionadas à aumentos de
morbidez (taxa de doenças) e mortalidade (taxa de mortes). A inalação do
Dióxido de Enxofre pode resultar em danos ao Sistema Respiratório, e
agravamento de doenças pulmonares.
A grande preocupação com o Óxido de Nitrogénio é o efeito secundário, já que
na presença de luz solar se transforma em Dióxido de Nitrogénio que contribui
para formação do smog fotoquímico, que causa irritação nos olhos, reduz a
visibilidade e causa doenças respiratórias.
1. Defina Atmosfera.
Conceito Clima
Clima, num sentido restrito é definido como “tempo meteorológico médio”,
ou mais precisamente, como a descrição estatística de quantidades
relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período de tempo,
que vai de meses a milhões de anos; é o conjunto de estados do tempo
meteorológico que caracterizam o meio ambiente atmosférico de uma
determinada região ao longo do ano.
Clima Árido
Climas secos (precipitação anual inferior a 500 mm);
Evapotranspiração potencial anual superior à precipitação anual;
Não existem cursos de água permanentes.
Clima Glacial
Climas polares e de alta montanha;
Temperatura média do ar no mês mais quente maior de 10 °C;
Estação do Verão pouco definida ou inexistente.
Sumário
Clima, num sentido restrito é definido como tempo meteorológico
médio;
Auto-avaliação 3. Qual é a importância do clima para a distribuição dos seres vivos na biosfera.
Lição n˚ 3
O estado líquido é o mais comum, pois está mais presente em nosso dia a dia. É
a água que bebemos, tomamos banho, lavamos roupa e louças e etc. Podemos
encontrar, na natureza, a água neste estado nos mares, rios, lagos, riachos, etc.
No estado sólido, a água se apresenta na forma de gelo. Neste estado físico, ela
é mais comum em regiões frias do continente com na Antártida e no Polo Norte.
A água também pode passar do estado físico líquido para o sólido de forma
artificial, ou seja, quando colocamos água no congelador de nossas geleiras.
Quando a água passa do estado líquido para o gasoso. Pode ocorrer através de
dois processos.
Solidificação
A água passa do estado líquido para o sólido. Essa transformação ocorre quando
a água atinge a temperatura de 0ºC. Um bom exemplo é quando pegamos a
água em temperatura ambiente e colocamos no congelador. Quando a água
chega a 0ºC ela muda para o estado sólido (gelo).
Condensação
Fusão
Ocorre quando a água passa do estado sólido para o líquido. Quando o gelo é
retirado do congelador, a temperatura da água vai aumentando. Quando ela
ultrapassa a marca de 0ºC (ponto de fusão), começa a derreter, transformando-
se em água líquida.
Sublimação
Quando a água passa do estado físico gasoso para o sólido e vice-versa, sem
passar pelo estado líquido. É a transformação mais rara na natureza.
Geralmente, este processo de transformação é realizado em laboratórios.
Ciclo Hidrológico
A movimentação constante da água na Terra passando pelos estados líquido,
sólido e gasoso, dos oceanos para a atmosfera, desta para a terra, sobre a
superfície terrestre ou no subsolo, e o retorno para os oceanos, recebe a
denominação de Ciclo Hidrológico.
O ciclo se inicia quando o sol aquece e evapora a água dos oceanos, rios, lagos
e solos. O vapor de água sobe e junta-se formando as nuvens. Estas, por
determinadas condições atmosféricas, condensam-se e precipitam-se em forma
de chuva, granizo ou neve. Quando chove sobre os continentes, parte da água é
retida pela vegetação e acaba evaporando novamente para a atmosfera. Outra
parte escoa directamente para os rios e lagos, retornando assim aos oceanos ou
infiltra-se no solo.
A parte da água infiltrada é retida pelas raízes das plantas e acaba evaporando
através da capilaridade do solo ou através da transpiração desses vegetais;
outra parte da água move-se para as camadas mais profundas, por efeito da
gravidade, até chegar a chamada zona de saturação. Nessa região do subsolo
todos os poros da formação sedimentar, as fissuras das rochas e os espaços
vazios são preenchidos com água, constituindo o que se denomina de Água
Subterrânea.
Fonte: http://construindofuturos.blogspot.com/
Ocorrência Natural da água na Terra
Um oceano é um componente principal da superfície da terra, constituído por
água salgada. Forma a maior parte da hidrosfera: aproximadamente 71% da
superfície da Terra (uma área de aproximadamente 361 milhões de Km2).
O oceano terrestre é, para efeitos práticos, normalmente dividido em várias
partes, demarcadas por continentes e grandes arquipélagos. Regiões menores
dos oceanos são conhecidas como mares, golfos e estreitos.
O mar é uma longa extensão de água salgada conectada com um oceano. A
água do mar é transparente. Mas, quando se observa, ele parece azul, verde ou
até cinzenta. O reflexo do céu não torna o mar azul, o que torna o mar azul é o
facto de que a luz azul não é absorvida, ao contrário do amarelo e do vermelho.
Também depende da cor da terra ou das algas transportadas pelas suas águas.
Os recursos hídricos incluem o conjunto das águas superficiais e das águas
subterrâneas utilizadas pelas populações quer para beber quer para as diversas
actividades humanas.
A água também ocorre em rios que são cursos naturais de água, usualmente
de água doce que flui no sentido de um oceano, um lago, um mar, ou um outro
rio.
A superfície da Terra pode conter depressões naturais que de forma permanente
podem conter uma quantidade variável de água, denominadas lagos.
Litosfera
A litosfera é a camada sólida mais externa de um planeta rochoso e é constituída
por rochas e solo. No caso da Terra, é formada pela crusta terrestre e por parte
do manto superior. Apresenta uma espessura variável, sendo mais espessa sob
as grandes cadeias montanhosas.
Crusta Continental
A crusta continental ou crosta continental é a camada de rochas graníticas,
sedimentares e metamórficas que forma os continentes e as zonas de baixa
profundidade junto às suas costas, conhecidas como plataformas continentais. É
menos densa que o material do manto e assim "flutua" sobre este. A crusta
continental é também menos densa que a crusta oceânica, mas muito mais
espessa; 20 a 80 km de espessura contra os 5 a 10 km da crusta oceânica.
Cerca de 40% da superfície terrestre encontra-se coberta por crusta continental.
As zonas mais delgadas da crusta continental situam-se nas zonas de rift onde a
crusta é adelgaçada por estiramento e eventualmente rompida, sendo
substituída por crusta oceânica. As orlas de fragmentos continentais formados
desta forma (como por exemplo as margens do Oceano Atlântico) são chamadas
margens passivas.
1. O que é litosfera?
Objectivos
Terminologia
O Relevo
As diversas formas que a terra apresenta constituem o relevo.
Existem vários factores que condicionam a formação do relevo, dentre eles, os
factores externos e factores internos.
Os agentes que condicionam a formação do relevo são também chamados de
agentes modeladores do relevo. Esses agentes actuam de forma conjunta,
criando as diversas formas de relevo que conhecemos.
Factores Externos
Tabela 1 – Tipos de Factores Externos
Tipo de Factores
Constituintes
Externos
Factores Temperatura, Vento, Humidade, Chuva.
Atmosféricos
Factores Internos
Tabela 2 – Tipos de Factores Internos
Tipo de Factores
Características
Internos
Tectonismos resultam de pressões verticais e horizontais, vindas do
interior da terra e que agem na crosta terrestre.
Originam as montanhas
Quando se faz uma análise sobre a actuação dos factores que influenciam na
forma do relevo, pode-se chegar a conclusão que os factores endógenos ou
internos agem, deformando o relevo e os agentes exógenos ou externos agem,
modelando o relevo.
A actividade humana nas diversas frentes, também condiciona a alteração do
relevo, por isso é importante que ao abordar este tema com os alunos, haja
chamada de atenção para a reflexão conjunta sobre a actividade humana nas
diversas frentes. Por exemplo, o abate indiscriminado das árvores pode levar a
uma degradação contínua do solo (erosão) que por sua vez pode modelar o
relevo, alterando a sua estrutura.
Umas das consequências mais evidentes da actuação conjunta dos factores
modeladores do relevo, é o solo. A sua formação depende fundamentalmente
da degradação contínua da rocha nua.
Composição do Solo
Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica),
líquida (água) e gasosa (ar). Essas fases podem ser encontradas em diferentes
proporções, dependendo de factores como tipo de solo e forma de sua utilização.
Formação do Solo
O solo é um subproduto de uma acção combinada de diversos factores. Estes
são geralmente chamados por factores da formação de solo, designadamente
factores bióticos (seres vivos) e factores abióticos (clima e relevo). É considerado
o estado final da degradação da rocha mãe. O solo resulta de um processo
físico-químico, isto é pela acção química e física de um conjunto de factores num
processo denominado meteorização.
Entende-se por meteorização ao conjunto dos processos de decomposição
química e degradação física que as rochas sofrem quando expostos aos factores
abióticos como ar, humidade e temperatura, bem como aos factores bióticos
como os seres vivos.
Os factores de meteorização têm uma influência muito forte na decomposição do
solo, de modo que qualquer rocha submetida a eles, de uma forma rápida ou
lenta, sofrerá uma alteração química e física em qualquer ponto em que esteja
em contacto com a atmosfera.
Dependendo do grau de transformação dos elementos minerais do solo, pode-se
designar de solo jovem ou solo maduro.
O solo propício para a prática da agricultura é o solo maduro que reúne todas as
condições necessárias para o desenvolvimento das plantas. De todas as
propriedades do solo, a mais determinante para a prática de agricultura é a
fertilidade. Um solo fértil reúne um conjunto de propriedades como a
permeabilidade, porosidade, humidade, arejamento, salinidade e acidez
estabilizadas para o desenvolvimento da prática agrária.
Perfil do Solo
Para se classificar um solo, deve-se ter em vista o seu perfil ou horizonte.
O solo apresenta normalmente três horizontes fundamentais, designadamente A,
B e C. Por vezes o horizonte é dividido em subcamadas A0, A1, A2 e o B em B1,
B2 e B3. Em certos casos, o camada A0 pode ser considerada um horizonte
independente.
Na primeira camada do solo, de cima para baixo, designada de horizonte A,
predomina a matéria orgânica e é por isso, geralmente mais escura. A matéria
orgânica presente nesta camada se encontra em forma de húmus (parcialmente
decomposta) e favorece o enriquecimento do solo, possibilitando a sobrevivência dos
seres vivos consumidores. Gradualmente, de cima para baixo, a matéria orgânica vai
rareando e na última subcamada encontramos maior abundância de matéria
inorgânica.
Na segunda camada do solo, designada por horizonte B, predomina a matéria
inorgânica em detrimento da matéria orgânica.
Na última camada, designada por horizonte C, predominam os fragmentos rochosos
que marcam a ligação com a rocha mãe.
Fertilidade e Erosão
O solo funciona como alicerce da vida terrestre. Os micro e macro nutrientes,
assim como boa porção da água que as plantas necessitam, estão nos solos.
Para essa vida existir, o equilíbrio dentro do solo deve ser preservado e
adequado. Quando isto ocorre, diz-se que o solo está fértil. Se um dos
elementos necessários à vida não estiver presente, ou estiver em quantidade
insuficiente, o solo não é fértil e deve ser artificialmente corrigido. Muitas vezes,
é o próprio Homem que torna seu solo infértil, através da erosão ou exploração
acelerada.
1. Defina Relevo.
Biosfera
Lição n˚ 1
Vida e Diversidade
Introdução
A Biosfera é a parte da terra constituída pelos seres vivos.
Objectivos
Seres vivos, Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Plantae
Reino Animal
Terminologia
Nesta lição vamos perceber melhor o conceito célula e sobre um dos ramos da
Biologia que se dedica ao seu estudo.
Objectivos
Terminologia
Conceito Célula
Célula é a unidade básica estrutural e fisiológica de todos os seres vivos.
Segundo esta definição, podemos dizer que a célula é a base para a construção
do corpo dos seres vivos, isto é, se um ser vivo fosse um edifício, os blocos que
constituem as paredes representariam as células. A célula serve ainda de
unidade de funcionamento, isto é, todas as funções vitais do organismo ocorrem
ao nível celular.
Tipos de Células
Quanto à organização celular, podem-se distinguir dois grandes grupos de
células: Procarióticas e Eucarióticas. As primeiras são típicas das bactérias
(figura 1), são de organização celular simples, sendo a característica distintiva a
ausência de membrana nuclear (carioteca) e as últimas, de organização celular
complexa que compreende um núcleo individualizado e outros organelos
.
Lição n˚ 3
Estudo das Plantas
Introdução
As plantas são seres vivos muito importantes para o balanço energético e para o
fluxo de matéria e nergia na Biosfera.
As plantas são estudadas num ramo específico denominado Botânica.
Terminologia
Plantas
As plantas são seres vivos pluricelulares autotróficos ou produtores do seu
próprio alimento, utilizando para o efeito água, sais minerais, dióxido de carbono
e energia solar para a produção de glicose e libertando oxigénio.
Folha
As folhas podem ser conceituadas como sendo expansões laminares dos caules
com origem em gomos e se encontram inseridos nos nós dos caules ou nas suas
ramificações. Uma característica típica relacionada com a morfologia das folhas
é o facto de a área foliar ser muito maior do que o volume foliar, o que significa
que a folha é um órgão muito achatado.
As folhas têm três funções principais: permitir as trocas gasosas entre a planta e
o ambiente, produção da matéria orgânica através da fotossíntese e de regular o
balanço de água na planta através da transpiração.
Figura 2- Estrutura de uma
folha Apresentam as seguintes partes:
Bainha - é a porção da folha que envolve parte do caule.
Pecíolo – é o que normalmente se chama pé da folha.
Limbo – é a parte mais larga da folha.
Margem – extremidade do limbo.
Nervura principal e secundárias – zonas das folhas pelas quais passam os
vasos que transportam as substâncias na folha.
Página superior – a que está voltada para a luz.
Página inferior – a que está voltada para o solo.
Flor
A flor é um órgão que apresenta como função biológica a medição do processo
de fecundação através da polinização. O agrupamento de flores em uma planta é
denominado inflorescência.
A flor é composta por uma haste e quatro partes denominadas verticilos florais
ou peças florais, designadamente: cálice, corola, androceu e gineceu. A haste
que prende a flor ao caule denomina-se pedúnculo e a que prende os verticilos
designa-se receptáculo.
O cálice é o conjunto formado por sépalas. A corola é o conjunto formado pelas
pétalas. O cálice e a corola formam o perianto que é a região de protecção e de
atracção da flor.
Figura 3- Estrutura de uma
flor O androceu é o conjunto dos órgãos sexuais masculinos, constituído por
estames que reúnem as anteras e filetes. O gineceu é o conjunto de órgãos
sexuais femininos, constituído por carpelos que reúnem o estigma, estilete e
ovário.
Nesta lição é importante lembrar que as flores dão vida aos jardins e são os
principais elementos de decoração de eventos festivos.
Muitas flores são ainda usadas para curar muitas doenças e outras são
amplamente usadas para a alimentação humana e na indústria cosmética para a
produção de perfumes.
Polinização, Frutificação e Germinação
A polinização é a transferência dos grãos de pólen, localizados nas anteras para
o estigma.
A transferência de pólen pode ser através de factores bióticos, ou seja, com
auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de factores ambientais.
A polinização pode ser directa, quando os grãos de pólen são transferidos para o
estigma da mesma flor, podendo ser cruzada quando são transferidos para o
estigma de outra flor.
O estigma funciona como um receptor dos gâmetas masculinos contidos nos
grãos de pólen e estes por sua vez, funcionam como os transportadores.
A polinização garante o encontro natural entre os gâmetas masculinos
(anterozóides) e femininos (oosfera).
Dessiminação
As folhas são órgãos que apresentam uma área muito maior em relação
ao seu volume;
As folhas têm três funções principais: permitir as trocas gasosas entre a
planta e o ambiente, produção da matéria orgânica através da
fotossíntese e de regular o balanço de água na planta através da
transpiração;
A polinização é a transferência dos grãos de pólen, localizados nas
anteras para o estigma.
A transferência de pólen pode ser através de factores bióticos, ou seja,
com auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de factores ambientais.
Os grãos de pólen podem ser transferidos para o estigma da mesma flor
ou de uma outra flor;
Germinação é o processo inicial do crescimento de uma planta a partir
de um corpo em estado de vida latente, a semente;
Introdução
O Reino Animalia ou Animal é constituído por seres vivos pluricelulares,
eucariontes e heterotróficos.
Objectivos
Animais
A maioria dos animais possui um plano corporal que se determina à medida que
se tornam maduros, excepto em animais que metamorfoseiam. Esse plano
corporal é estabelecido desde cedo em sua ontogenia quando embriões.
Animais Vertebrados
Os animais Vertebrados (Subfilo Vertebrata) são animais que possuem um
esqueleto interno (endoesqueleto) que inclui uma estrutura constituída por uma
coluna de vértebras. O Subfilo Vertebrata é um grupo dentro do Filo Chordata
(comumente chamado de “cordados”) e como tal herda as características de
todos os cordados:
Simetria bilateral
Segmentação do corpo
Endoesqueleto (ósseo ou cartilaginoso)
Bolsas faríngeas (presente durante alguma fase de desenvolvimento)
Sistema digestivo completo
Coração ventral
Sistema sanguíneo fechado
Cauda (em algum estágio de desenvolvimento)
As classes de animais que são vertebrados incluem:
Peixes sem mandíbula (Classe Agnatha)
Peixe blindado (Classe Placodermi)
Peixes cartilaginosos (Classe Chondrichthyes)
Peixes ósseos (Classe Osteichthyes)
Anfíbios (Classe Amphibia)
Répteis (Classe Reptilia)
Pássaros (Classe Aves)
Mamíferos (Classe Mammalia)
.
Sumário
Os animais podem ser classificados tendo em conta a presença da
coluna vertebral em Invertebrados e vertebrados;
Os animais invetebrados não aprentam a coluna vertebral;
Os animais vertebrados são aqueles que apresentam coluna vertebral;
São exemplos de animais invertebrados moluscos: lulas, polvos e
amêijoas;
São exemplos de animais vertebrados o cão, boi e o Hommem.
Exercícios
Auto-avaliação
Lição n˚ 5
Terminologia
Quanto à forma, os ossos classificam-se em: ossos longos, ossos curtos e ossos
chatos ou laminares.
Os ossos longos são aqueles que apresentam um comprimento maior do que a
largura. Os ossos curtos são aqueles que apresentam um comprimento quase
que igual à largura. Os ossos chatos são aqueles que apresentam a forma de
placa ou de lâmina.
Os diversos tipos de ossos se encontram distribuídos ao longo do corpo a
constituir o esqueleto axial e apendicular.
Esqueleto axial
É constituído por ossos da cabeça e ossos do tronco. Na cabeça encontramos
os ossos chatos a constituir o crânio (figura 2).
Os principais ossos da cabeça são: um frontal (na testa), um occipital (na nuca),
dois parentais (um de cada lado) dois temporais (laterais), dois maxilares (um
superior e outro inferior).
Os principais ossos do tronco são: vértebras (unidos entre si formando a coluna
vertebral), costelas e pelo osso esterno. As costelas se encontram unidas às
Fig. 1 – Esqueleto humano
vértebras e ao esterno, constituindo a cavidade torácica que aloja os pulmões e
o coração. As costelas unidas directamente ao esterno são chamadas
verdadeiras, as que se ligam por meio de cartilagem são falsas e as que não se
ligam são chamadas costelas flutuantes. A quantidade de vértebras é fixa em
todos os vertebrados.
Constituição e Funções do
Sistema Digestivo
Introdução
Todos os seres vivos necessitam de energia para realizar as suas funções
metabólicas vitais. A energia necessária para os processos metabólicos se encontra
nos alimentos que, precisam de ser transformados em partículas pequenas e estas
por sua vão fornecer os nutrientes vitais.
O conjunto de reacções químicas que ocorrem no organismo chama-se metabolismo.
Essas reacções químicas implicam uma troca constante de matéria e energia com o
ambiente onde o organismo se encontra.
Terminologia
Metabolismo e Nutrição
Os processos metabólicos podem ser de dois tipos: anabolismo ou assimilação e
catabolismo ou desassimilação.
O anabolismo é um conjunto de reacções de síntese de substâncias necessárias
para o desenvolvimento do organismo enquanto o catabolismo é um conjunto de
reacções de degradação de substâncias em energia útil para os processos
metabólicos vitais.
A fonte de aquisição de energia para o Homem são os alimentos que fornecem
igualmente outras substâncias essenciais ao seu desenvolvimento. Os alimentos
fornecem os nutrientes que são substâncias complexas e indispensáveis que
actuam no organismo como energéticos (hidratos de carbono e lípidos)
construtores (proteínas) e protectores (vitaminas e sais minerais).
Processos digestivos
Ao longo do tubo digestivo, o alimento vai se misturando com as diferentes
secreções, provenientes quer do próprio tubo, quer das glândulas anexas. Essas
secreções possuem enzimas.
As enzimas são catalisadoras biológicas que aumentam a velocidade de
ocorrência de reacções químicas no organismo. Na boca, os alimentos são
sujeitos por um lado à acção química da saliva – amilase e, por outro lado, à
acção mecânica dos dentes e da língua. Como resultado desta acção conjunta,
os alimentos são transformados em bolo alimentar.
O bolo alimentar ora formado, por deglutição, passa para a faringe, de onde se
desloca em direcção ao estômago por acção dos movimentos peristálticos,
gravidade e da pressão da deglutição.
O bolo alimentar, no estômago, sujeito a acção mecânica dos movimentos
peristálticos e da acção química das enzimas do suco gástrico assim como do
ácido clorídrico, transforma-se em quimo. As proteínas, por acção das proteases,
se decompõem em polipeptídeos. Em seguida o alimento passa para o intestino
delgado, o quimo, sujeito a acção da bílis, suco entérico e pancreático,
transforma-se em quilo – formado por moléculas de pequenas dimensões.
Quando termina a digestão, os glícidos são desdobrados em monossacarídeos,
as proteínas em aminoácidos, os lípidos em ácidos gordos e glicerol.
A água, vitaminas e sais minerais não sofrem digestão, porque não podem ser
fragmentados. As paredes do intestino delgado possuem microvilosidades
responsáveis pelo aumento da área de absorção dos nutrientes. As porções
alimentares não digeridas passam para o intestino grosso, onde haverá apenas
absorção de água e sais minerais, sendo os resíduos (partículas sólidas que
restam) constituem as fezes, que serão posteriormente eliminadas pelo ânus
através da defecação
Sistema Circulatório
Introdução
Na aula anterior vimos que os alimentos são a fonte dos nutrientes que o
organismo necessita.
Terminologia
1. Assinale com “V” as afirmações que são verdadeiras e com “F” as que são
falsas.
Sistema Respiratório
Introdução
Os seres vivos precisam de realizar trocas gasosas com o ambiente circundante
de modo a garantir o fluxo de gases necessários para o seu metabolismo.
No Homem, as trocas gasosas são efectuadas por um sistema de órgãos
altamente especializados para o efeito, denominado Sistema Respiratório. O
oxigénio e o dióxido de carbono são os gases respiratórios que corporizam a
respiração no Homem.
É sempre importante ter em mente que para a melhor percepção por parte dos
alunos os conteúdos devem ser resumidos em esquemas e mapas. Para o
Sistema Respiratório, podemos reunir os conceitos no seguinte mapa:
Figura1: Constituição do Sistema Respitório As vias respiratórias são uma rede muito complexa de canais que conduzem o ar
do exterior até ao contacto quase directo com o sangue. Esse contacto é feito
nos pulmões – alvéolos pulmonares.
Os pulmões são sacos em forma de cone, situados na cavidade torácica e se
encontram revestidos por uma parede muito fina. Armazenam o ar captado pelas
vias respiratórias. Existem dois pulmões (pulmão direito e pulmão
esquerdo).Tanto o pulmão direito assim como o esquerdo apresentam sulcos
que os divide em lobos, contendo milhões de alvéolos, onde ocorre a hematose
pulmonar.
Os principais processos que ocorrem durante a respiração são a ventilação
pulmonar e a hematose pulmonar.
Movimentos Respiratórios
Existem dois tipos de movimentos respiratórios designadamente
inspiração e expiração que garantem a ventilação pulmonar.
Ou ainda:
Hematose Pulmonar
O processo de hematose pulmonar consiste na passagem de oxigénio do ar para
o sangue dos capilares e na passagem do dióxido de carbono e água dos
capilares para o ar alveolar. Uma vez que as paredes dos alvéolos pulmonares
são muito finas, não oferecem qualquer resistência à passagem dos gases
permitindo a sua difusão. O oxigénio por se encontrar em maior concentração no
ar alveolar se difunde para o sangue arterial que, por possuir maior concentração
de dióxido de carbono, permite a sua difusão no sentido contrário ao oxigénio
Sistema Respiratório e Saúde
As vias respiratórias possuem uma camada mucuosa aderente às suas
paredes internas que humedecem, filtram e regulam a temperatura do ar.
São revestidas por cílios vibráteis que auxiliam na retenção de poeiras. A
mucuosa pode ser prejudicada devido a algumas práticas nocivas ao
sistema respiratória. Existem muitas doenças relacionadas com o Sistema
Respiratório tais como: tuberculose, bronquite, cancro do pulmão, asma,
pneumonia, entre outras.
- não fumar e evitar ficar em locais com ar poluído pelo fumo do tabaco;
.
Sumário
A respiração é efectuada por um conjunto de órgãos que formam o
Sistema Respiratório;
O sistema Respiratório é constituído por pulmões e vias respiratórias;
Os pulmões sãos sacos que armazenam o ar e as vias respiratórias
captam e canalizam o ar até aos pulmões;
Existem dois tipos de movimentos respiratórios: inspiração e expiração;
A inspiração garante a entrada de ar para os pulmões e a expiração
garante a sua saída;
A hematose pulmonar ocorre nos alvéolos pulmonares;
Para o bom funcionamento do sistema respiratório é importante praticar
exercícios físicos, arejar o ambiente e evitar ficar em locais com ar
poluído.
Exercícios
1. Complete as seguintes frases por forma a obter afirmações correctas do
ponto de vista de Ciências Naturais.
2. Assinale com “V” as afirmações verdadeiras e com “F” as que são falsas.
A. Para o bom funcionamento do sistema respiratório é importante praticar
exercícios físicos, arejar o ambiente e evitar ficar em locais com ar
poluído.
B. Existem dois tipos de movimentos respiratórios: inspiração e expiração
C. A respiração é efectuada apenas pelos pulmões
Lição n˚ 9
Sistema Excretor
Introdução
Os alimentos que consumimos possuem uma vasta gama de nutrientes que
devido ao seu consumo desregrado, podem intoxicar o organismo. As
substâncias em excesso são armazenadas para futura utilização e outras são
eliminadas juntamente com a água, formando a urina.
O processo de formação de urina está sob a responsabilidade do sistema
excretor ou urinário. Quando bebemos muita água há uma tendência de
formação de maior volume de urina, o que significa que o sistema excretor regula
igualmente a quantidade de líquidos corporais.
Higiene da pele
A nossa pele é um dos órgãos de excreção, por isso devemos ter alguns
cuidados com ela, tais como:
Sumário
O sistema excretor é constituído por rins e vias urinárias de três tipos:
dois uréteres, uma bexiga e uma uretra;
2. Assinale com “V” as afirmações que são verdadeiras e com “F” as que
são falsas.
A. Comer demasiada carne para evitar artrite.
B. Evitar comer sal ou comida muito salgada em excesso.
C. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
D. Beber água com frequência, pelo menos 1,5 litros por dia, o equivalente
a 6 copos.
E. Ter cuidado com a higiene pessoal, para não contrair infecções nas vias
urinárias.
Lição n˚ 10
Sistema Nervoso
Introdução
Os seres vivos respondem à diversas sensibilidades no meio externo devido à presença do
sistema nervoso.
O sistema nervoso responsabiliza-se pelo ajustamento do organismo animal ao ambiente
circundante, permitindo a integração das informações provenientes dos receptores
sensoriais que captam estímulos do meio exterior e dos diferentes órgãos do organismo,
solicitando uma grande variedade de respostas ao ambiente.
Objectivos
Terminologia
O sistema nervoso (SN) é constituído por sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso
periférico (SNP).
Mapa 1: Constituição do Sistema Nervoso
O sistema nervoso central integra duas subdivisões principais que incluem o encéfalo e a
medula espinal. O encéfalo é a maior massa nervosa onde é possível distinguir três órgãos:
o cérebro, o cerebelo e o bolbo raquidiano.
O sistema nervoso central encontra-se localizado na cabeça e é protegido pelo crânio. O
sistema nervoso periférico é constituído por receptores sensoriais, nervos e gânglios
nervosos. Pode ainda ser classificado tendo em conta o tipo de respostas que elabora em
sistema nervoso simpático (com 12 pares de nervos cranianos) e sistema nervoso
parassimpático (com 31 pares de nervos espinais).
A maior parte dos nervos cranianos liga-se às diferentes partes da cabeça, principalmente
aos órgãos dos sentidos: ouvidos, língua, nariz e olhos.
Os nervos raquidianos saem da medula espinal e ramificam-se, chegando assim a todas
partes do organismo.
O conjunto de neurónios forma fibras nervosas que por sua vez formam os nervos. As
células nervosas têm capacidade de divisão limitada, daí que não se renovam e uma vez
danificadas ou destruídas, permanecem nesse estado.
Os nervos podem ser classificados tendo em conta a sua função em nervos sensitivos,
nervos motores e nervos mistos.
Os nervos sensitivos são responsáveis por conduzir ao sistema nervoso central os
estímulos vindos dos órgãos de sentido ou dos receptores sensoriais distribuídos pelo
corpo. Os nervos motores levam impulsos nervosos em forma de respostas aos órgãos
efectores como os músculos e as glândulas. Os nervos mistos ou associativos estabelecem
conexão entre os nervos sensitivos e motores.
Actividade Nervosa
A actividade nervosa manifesta-se integrando vários sistemas para a efectivação de uma
determinada acção.
Já havia sidoe referido que tendo em conta o funcionamento o sistema nervoso pode se
dividir em sistema nervoso somático e sistema nervoso autónomo.
O sistema nervoso somático inclui os mecanismos que estão relacionados com os órgãos
de sentido, portanto com os movimentos do corpo.
O sistema nervoso autónomo, por sua vez, é responsável pelo equilíbrio interno do
organismo designadamente a regulação da temperatura corporal, ritmos cardíacos
(batimentos do coração), ritmos respiratórios, pressão sanguínea, movimentos do tubo
digestivo, secreção de glândulas, etc. Para a execução das suas ordens, age através de
dois subsistemas, o simpático e o parassimpático, que possuem efeitos contrários. Por
exemplo, se por um lado o sistema simpático age acelerando os batimentos do coração e
acelerando o ritmo respiratório, o que leva ao organismo a gastar mais energia, o sistema
parassimpático age contrariando, diminuindo os batimentos do coração, o ritmo respiratório,
levando o organismo a gastar menos energia.
No nosso cérebro existem zonas específicas de tratamento de determinadas informações.
Existem áreas responsáveis pela visão, tacto, audição, paladar, olfactiva (cheiro) que estão
intimamente relacionados com os respectivos órgãos de sentido.
Actos voluntários
Muitas das nossas acções são comandadas pela nossa vontade (como dançar, cantar,
andar, etc.).
Num acto voluntário os impulsos nervosos têm origem no cérebro e nele actuam: centro
nervoso (cérebro): via de transmissão (bolbo raquidiano, medula espinal, neurónios
motores): órgão efector (músculos).
Ex: Chutar uma bola.
Os actos voluntários são coordenados por uma área do cérebro chamada área motora. No
córtex cerebral, além da área motora existem outras áreas (visual, olfactiva, gustativa e de
sensibilidade geral) onde as impressões recebidas pelos receptores sensoriais existentes
nos órgãos dos sentidos são transformadas em sensações.
O sistema nervoso está ainda relacionado com a regulação dos padrões de sono e pela
memória que é fundamental para a aprendizagem e pelo raciocínio. A memória pode ser
classificada tendo em conta o factor tempo em: memória de curta duração (armazena
informações até um máximo de 24 horas) e memória de longa duração (armazena
informações a longo prazo).
O Homem apresenta o sistema nervoso mais complexo que lhe permite realizar operações
mentais também complexas. O raciocínio, a capacidade de falar, a capacidade de previsão
de acontecimentos com base em situações passadas ou presentes são apenas alguns
exemplos.
Para que o sistema nervoso funcione plenamente é necessário tomarmos alguns cuidados,
tais como:
- dormir bem ou o suficiente: as crianças mais novas devem dormir entre 8 a 10 horas por
dia e os adultos devem dormir entre 6 a 8 horas por dia;
- ter uma alimentação equilibrada;
- evitar o consumo de drogas;
- alternar as actividades mentais e evitar ficar durante muitas horas concentrado na mesma
actividade;
- evitar, sempre que possível, aborrecimentos e ter uma vida alegre.
Sumário
O sistema nervoso (SN) é constituído por sistema nervoso central (SNC) e sistema
nervoso periférico (SNP);
O sistema nervoso responde pela coordenação de todas as funções vitais do
organismo, recepção de informações do ambiente e sua condução, produção e
emissão de respostas aos estímulos do ambiente e pelo armazenamento de
informações adquiridas (memória);
A transmissão do impulso nervoso na sinapse é feita através de
neurotransmissores;
Sob ponto de vista de funcionamento, o SN pode ser somático autónomo;
O sistema nervoso autónomo pode ser simpático e parassimpático;
O sistema simpático e parassimpático agem de forma contrária;
Os actos reflexos são reacções do sistema nervoso que não dependem da nossa
vontade, contrariamente das acções voluntárias;
O sistema nervoso é responsável por operações mentais complexas como falar e
pensar;
Para um bom funcionamento do sistema nervoso devemos dormir o suficiente,
evitar o consumo de drogas e ter uma vida alegre.
Exercícios
2. Assinale com “V” as afirmações que são verdadeiras e com “F” as que são
falsas.
A. O sistema nervoso (SN) é constituído por sistema nervoso central
(SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
B. O sistema nervoso central encontra-se localizado na cabeça e é
protegido pelas vétebras.
C. O sistema nervoso periférico é constituído por receptores
sensoriais, nervos e gânglios nervosos
D. A maior parte dos nervos cranianos liga-se às diferentes partes da
cabeça, principalmente aos órgãos dos sentidos: ouvidos, língua,
nariz e olhos
3. Assinale com “V” as afirmações que são verdadeiras e com “F” as que são
falsas sobre os cuidados que devemos ter com o sistema nervoso:
A. Dormir bem ou o suficiente: as crianças mais novas devem dormir entre
8 a 10 horas por dia e os adultos não precisam dormir.
B. Ter uma alimentação equilibrada.
C. Evitar o consumo de drogas;
D. Alternar as actividades mentais e evitar ficar durante muitas horas
concentrado na mesma actividade;
E. Evitar, sempre que possível, aborrecimentos e ter uma vida alegre.
Lição n˚ 11
Introdução
A coordenação do organismo depende não só do sistema nervoso, mas também do
sistema endócrino ou hormonal.
Nesta lição vamos perceber melhor a regulação de organismo através do sistema
endócrino.
Objectivos
Terminologia
O sistema endócrino, tal como foi dito atrás, funciona em estreita coordenação com o
sistema nervoso. Ambos são responsáveis pela coordenação do equilíbrio do organismo e
agem como sistemas reguladores. A ligação entre o sistema nervoso e endócrino é
também anatómica, pois a hipófise e o hipotálamo situam-se no encéfalo.
Sistema Endócrino e Saúde
O sistema endócrino pode ser afectado por vários factores.
O consumo de drogas é altamente prejudicial para o bom funcionamento do sistema
endócrino.
As disfunções das glândulas endócrinas produzem efeitos graves ao organismo, como por
exemplo, quando a hormona de crescimento é produzida em excesso, provoca um
crescimento exagerado do organismo, conhecido como gigantismo mas, quando for após a
adolescência provoca a acromegalia (crescimento exagerado das extremidades dos
membros, e maxilas). Entretanto, quando ela é produzida em doses muito pequenas pode
levar ao nanismo. Quando a hormona insulina é produzida em quantidade insuficientes
provoca uma doença conhecida como diabetes, devido ao excesso de açúcar.
Para que o sistema hormonal funcione plenamente é necessário tomarmos alguns
cuidados, tais como:
Ter uma alimentação equilibrada;
Evitar o consumo de drogas;
Praticar exercícios físicos.
Sumário
O sistema endócrino é responsável pela regulação do organismo;
CANIATO, Rodolpho. A Terra em que vivemos. Campinas, São Paulo, Papirus, 1989;
COSTA, José António Marques, Educação Em Ciências: Novas Orientações [disponível on line em
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DEMO, Pedro. Pesquisa: Prinίipio Cientifico e Educativo.6ªed. São Paulo, Cortez, 1999;
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