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Programas do
Ensino Primário
Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física
1º Ciclo
(1ª e 2ª Classes)
Julho de 2015
Prefácio
Caro Professor!
É com prazer que colocamos, nas suas mãos, os Programas do 1º Ciclo do Ensino Primário, das
disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física.
Os presentes Programas resultam da revisão pontual do Plano Curricular e dos respectivos Programas de
Ensino Básico introduzidos em 2004, com o objectivo de incrementar a qualidade do Ensino Primário
em Moçambique, traduzida no desempenho qualitativo dos alunos na literacia, numeracia e nas
habilidades para a vida.
Esperamos que estes Programas revistos possam auxiliá-lo na execução da sua tarefa diária de
proporcionar aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes - com vista a
enfrentarem, de forma adequada, os desafios que lhes são colocados no dia-a-dia - para que se tornem
cidadãos participativos, reflexivos e autónomos, contribuindo, deste modo, para a melhoria da sua vida,
da vida da sua família, da sua comunidade e do País.
É nossa pretensão, também, que os alunos sejam educados dentro do espírito patriótico, versado pela
preservação e desenvolvimento da cultura moçambicana, pela preservação da unidade nacional, pela
cultura de paz, pelo aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos.
Importa ainda salientar que os Programas são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade dos
alunos e da escola.
Estamos certos de que os Programas serão um instrumento de base para as discussões pedagógicas na
sua escola, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e
elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o seu desempenho profissional – que,
afinal, é um direito seu.
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Ficha Técnica
Autor: INDE/MINEDH
Capa: INDE
Impressão:
Tiragem:
No. De Registo:
Índice
Introdução ....................................................................................................................................................... 1
Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Educação Física ...................................... 167
Em 2004, foi introduzido o Currículo do Ensino Básico, cujo objectivo principal era tornar o ensino
mais relevante, no sentido de responder às diferentes demandas socioculturais, económicas e
políticas, formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua
família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,
manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos
direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.
1
3º ciclo: 6ª e 7ª classes, de 11 para 9 disciplinas.
Reorganização dos tempos lectivos, de forma a permitir que os alunos possam adquirir,
desenvolver e consolidar a literacia e a numeracia no Ensino Primário.
2
Guia de Leitura
Os Programas do Ensino Primário revistos enquadram-se nos princípios básicos que nortearam a
transformação curricular do Ensino Básico, especificamente:
Neste contexto, os Programas do Ensino Primário são uma fonte de estudo e de orientação dos
professores para o desenvolvimento de um ensino de qualidade, um ensino que permite que os alunos
desenvolvam as competências determinadas nos diferentes ciclos de aprendizagem e as utilizem para
a resolução dos diferentes problemas do dia-a-dia, da sua comunidade, distrito, província, país, bem
como para responder aos desafios da globalização.
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I - Estrutura dos Programas
Os Programas de Ensino Primário apresentam:
a) A Introdução
b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os conteúdos,
as competências parciais e a carga horária)
c) As Sugestões Metodológicas
d) A Avaliação
a) Introdução
Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que está
por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.
b) Plano temático
Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de ensino-
aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.
Eis a seguir o esquema desse plano:
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências Parciais Carga
Temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: Horária
A primeira coluna do plano temático apresenta a unidade temática a ser abordada em cada fase.
Para abordar a unidade temática, o professor deverá fazer a leitura completa de toda a linha, para
ter uma ideia global sobre o tratamento da matéria proposta.
Na 2ª coluna, são apresentados os objectivos especificos. O professor tomará os objectivos
específicos definidos para cada tema como metas a atingir durante e no fim do processo de
ensino-aprendizagem. Cada professor poderá desdobrar os objectivos específicos se o processo
de condução das aulas assim o exigir.
Na 3ª coluna, são apresentados os conteúdos que indicam ao professor as matérias e noções
concretas que devem ser abordadas em cada tema. É necessário verificar, para cada tema, a
relação dos conteúdos propostos com os propostos nas outras disciplinas curriculares, para
estabelecer a ligação conveniente.
4
Na 4ª coluna, temos as competências parciais que indicam os principais estágios de aprendizagem
atingidos pelo aluno em um determinado tema. As competências parciais referem-se a estágios de
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes atingidos pelo aluno no processo de ensino-
aprendizagem.
A 5ª coluna apresenta a carga horária. Apesar de servir de indicativo para o professor, esta carga
horária não deverá ser tomada como tempo rígido de abordagem da unidade temática. O professor
deverá ser flexível em relação à carga horária, podendo compensar as perdas e ganhos de tempo
entre os diferentes conteúdos. Cabe ao professor fazer a planificação analítica das aulas, com base
no plano temático e no ritmo de aprendizagem da turma.
o A carga horária aqui apresentada corresponde a 80% da carga horária total, pois, os
restantes 20% estão reservados para o Currículo Local.
c) Sugestões Metodológicas
Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor poderá
usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a
desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas
Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem
metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor cumprir
mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade, como facilitador
do processo de ensino e aprendizagem.
d) Avaliação
Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de Progressão por
Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do processo de ensino-
aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas
pelos alunos correspondem às competências preconizadas no Programa de Ensino.
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II - Currículo Local
O que é Currículo Local?
O Currículo Local (CL), é uma componente do currículo nacional correspondente a 20% do total
do tempo previsto para a leccionação de cada Disciplina. Esta componente é constituída por
conteúdos definidos localmente como sendo relevantes, para a integração da criança na sua
comunidade.
Este processo é coordenado pela Direcção da Escola e pelo Conselho de Pais a quem cabe a
planificação das actividades que culminarão com elaboração de um Programa do CL para a
escola. Estas acções incluem a realização de encontros com as comunidades para a recolha de
informação que deverá ser sistematizada pelos professores obtendo assim o conjunto de con
teúdos do CL a serem leccionados na escola.
Nesta fase cabe aos professores enquadrar os conteúdos nas diferentes classes e disciplinas (na
respectiva área temática) de forma lógica e coerente, tendo em conta o nível dos alunos.
6
Como é feita a integração de conteúdos definidos localmente?
Após a elaboração do Programa do Currículo Local para a escola, segue-se a fase de integração
nos Programas de cada disciplina, que é feita de duas formas:
a) aprofundamento de conteúdos já previstos no Programa;
b) inserção de novos conteúdos de interesse local, no Programa de ensino.
Caso haja conteúdos de interesse local que o professor não domine, este, em coordenação com a
Direcção Pedagógica e do Conselho de Pais da sua escola, poderá solicitar a colaboração de pais,
encarregados de educação ou outros membros da comunidade para a sua leccionação.
Avaliação
Sendo o CL uma componente do Currículo Nacional, a sua avaliação poderá ser feita de forma
integrada, isto é, algumas questões relativas ao CL poderão ser integradas nas diferentes
avaliações previstas.
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III - Competências do Ensino Primário e Evidências de Desempenho
A reforma do sistema educacional em Moçambique remete-nos para uma nova abordagem por
competências e evidênciasde desempenho. A competência é definida como “evidência de
conhecimentos, habilidades e atitudes na realialização de uma actividade, tarefa ou função ou a forma
de encarar com sucesso qualquer situação. A competência manifesta-se, portanto é observável.
Evidênciasde desempenho são factos observáveis que permitem medir ou avaliar o nível de alcance ou
do desenvolvimento das competências.
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2. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário e respectivas Evidências de Desempenho
9
Usa diversos materiais e técnicas de expressão Relaciona a imagem à palavra;
plástica para o desenvolvimento psicomotor e Ilustra as áreas temáticas em estudo;
do gosto pelo belo. Representa, livremente, imagens, de acordo com
a sua percepção da realidade e com a sua faixa
etária.
Distingue sons de diferentes fontes para o Compara os diferentes sons da natureza;
desenvolvimento da percepção auditiva. Imita diferentes sons de animais e objectos;
Distingue sons fortes, fracos, altos e baixos.
Reconhece os símbolos da pátria, o dia da Toma a posição correcta no içar da Bandeira
Independência Nacional e dos Heróis Nacional e na entoação do Hino Nacional;
Moçambicanos. Relaciona a data da Independência Nacional e
dos Heróis Moçambicanos, com Samora Machel
e Eduardo Mondlane, respectivamente;
Realiza actividades alusivas à data da
Independência Nacional e aos Heróis
Moçambicanos.
Participa em actividades de conservação e Rega e cuida das plantas;
preservação do ambiente. Mantém a sala e o recinto escolar limpos;
Conserva o mobiliário e o material escolar.
Pratica exercícios físicos, para o seu Pratica exercícios físicos de orientação espacial e
desenvolvimento integral. lateralidade, de acordo com a idade;
Apresenta-se limpo e asseado;
Relaciona-se bem com os outros;
Pratica actividades etnoculturais (danças e jogos
tradicionais moçambicanos).
10
Programa de Língua Portuguesa
1º Ciclo
11
1. INTRODUÇÃO
Em Moçambique, a adopção do Português como língua de ensino impõe que se considere a
realidade linguística nacional, onde o Português, Língua Oficial e de Ensino, coexiste com
outras línguas e não é dominado pela maioria da população.
À luz destes princípios, espera-se que o ensino acomode e potencie a vivência cultural e, no
caso específico da língua, a experiência linguística que a criança traz de casa. Deste modo, a
aula de língua deve ser um espaço em que, com o auxílio do professor, a criança adquire
“ferramentas” que lhe permitam organizar e usar a língua, de acordo com as suas necessidades
comunicativas.
Os conteúdos retratados no Programa têm como ponto de partida a realidade mais próxima do
aluno (família, escola, comunidade e ambiente). Assim, o Programa está organizado em
unidades temáticas, tais como: família, escola, comunidade, ambiente, corpo humano, saúde e
higiene e outras, que percorrem todas as classes do Ensino Básico, diferindo apenas na
extensão e profundidade do tratamento.
As competências parciais foram definidas em função dos novos estágios do saber, saber fazer,
saber ser e saber estar, que o aluno deve alcançar, como resultado do processo de ensino-
aprendizagem.
Deste modo, as estratégias de ensino devem basear-se numa metodologia que torne o processo
de ensino-aprendizagem agradável, divertido e útil, dando uma grande relevância à interacção
professor/aluno, aluno/aluno, aluno/comunidade. Esta forma de abordagem proporciona aos
alunos a possibilidade de ouvir, falar, ler e escrever, tendo em conta que só se aprende a ouvir,
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ouvindo; a falar, falando; a ler, lendo e a escrever, escrevendo.
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Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática
14
Canções sobre material escolar
Expressões de lateralidade 10
Localização do som tempos
Pré-leitura
Exercícios de coordenação psico- motora
10
Manuseamento do material escolar
tempos
Jogos
Recorte, colagem e dobragem
Ouvir e falar
Vocabulário sobre instruções de controlo
Instruções simples 10
Expressões para dar instruções tempos
Expressões para perguntar e responder
Canções sobre instruções.
Pedido de licença/ permissão
Resposta a pedido de licença
6
Pedido de desculpas
tempos
Resposta a pedido de desculpas
Canções sobre pedido de licença/permissão
Expressões de lateralidade 6
tempos
Pré-escrita
6
Grafismos semi-livres
tempos
Ouvir e falar 8
Expressões e palavras para indicar a posição tempos
Dias de semana
Dias úteis. 4
Fim-de-semana tempos
Canções
Expressões para formular pedidos de desculpas
Expressões para reagir a pedidos de desculpas 10
Expressões para formular pedidos tempos
Expressões para reagir a pedidos
Expressões para agradecer 4
Expressões para reagir a agradecimentos tempos
Expressões para felicitar 2
Expressões para reagir a felicitações tempos
Expressões para exprimir dor 2 tempos
15
Expressões para manifestar preferências 2 tempos
Pré-escrita
Desenho/pintura
Grafismos orientados para as letras c, d, v, b, r, g
Ler e escrever
Introdução de: c, d, v, b, r, g 4 tempos
Letras minúsculas e maiúsculas. 60
Letra de imprensa e cursiva tempos
Sílabas (Dez
Palavras aulas
Frases para
Cópia cada
Ditado letra)
Caligrafia
Relação imagem-palavra, frase
Desenho/pintura
16
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática
Ler e escrever 50
Introdução de m, p, t, l, n. tempos
18
Letras: cursiva e de imprensa (Dez
Sílabas tempos
Palavras para
Frases cada
Cópia letra)
Ditado
Caligrafia
Relação palavra-gravura.
Recorte e colagem de letras
Desenho/pintura
Canções
19
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Unidade Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)
Ouvir e falar Cópia
Lugares públicos Ditado 16
6 tempos
Função dos lugares públicos Caligrafia tempos
Desenho dos lugares públicos
Actividades comunitárias Ouvir e falar
Profissões/ocupações Locais/instituições públicas 8
8 tempos
Relação profissão/ instituição (lugar) Recorte, colagem, dobragem, desenho e pintura tempos
Canções sobre profissões Canções
Histórias, adivinhas e lengalengas Ler e escrever
Meios de transporte
8
6 tempos Regras básicas de segurança rodoviária.
tempos
Redacção
Ilustrações
Canções típicas da comunidade Meios de comunicação 10
Danças típicas da comunidade 2 tempos Redacções tempos
Ilustrações, recorte, dobragem e colagens
Meios de transporte Contos, fábulas, lengalengas, poemas e jogos
COMUNIDADE Meios de transporte e as vias de circulação Funcionamento da Língua
18
Utilidade dos meios de transporte 6 tempos Pronomes demonstrativos:
tempos
Modelagem dos meios de transporte Flexão em género e em número
Desenho/pintura dos meios de transporte Palavras antónimas
Regras de prevenção de acidentes: Introdução de: al, el, ul, ol, il;
Cuidados a ter com o fogo, com as minas e com os Introdução de: an, en, in, on, un; 18
4 tempos
carros Palavras, frases, pequenos textos; tempos
Cuidados a ter com o lixo Imagens.
Datas festivas e comemorativas: • Cópia
Canções sobre datas festivas e comemorativas • Ditado 16
6 tempos
Danças • Caligrafia tempos
Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura
Pré-escrita
4 tempos
Grafismos orientados para as letras s, j, f, z, h, q, x
Ler e escrever 70
20
Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x tempos
Letra cursiva e de imprensa (Dez
Sílabas tempos
Palavras para
Frases cada
Pequenos textos letra)
Cópia
Ditado
Caligrafia
Relação imagem-palavra
21
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática
22
Ler e escrever
Introdução de k, w, y 30
Letra cursiva e de imprensa tempos
Sílabas (Dez
Palavras tempos
Frases para
Pequenos textos cada
Cópia letra e
Ditado seis
Caligrafia aulas
Relação imagem-palavra para a
Pontuação: ponto final, vírgula; ponto de interrogação; consolid
Acentuação: til ação)
Redacção
23
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Unidade Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Ouvir e falar
Corpo humano: cabeça, tronco e membros
8
Timbres corporais
tempos
Higiene corporal
Canções
Ler e escrever
Contos, fábulas, lengalengas
Poemas 16
Canções tempos
Jogos
Ilustrações
Ler e escrever
CORPO
Funcionamento da Língua
HUMANO 6
Concordância nome/adjectivo
tempos
Pronomes indefinidos
Pronomes possessivos
Ler e escrever
Introdução de combinações grafémicas: ch, nh; ce, ci; 20
ar, er, ir, or, ur tempo
Imagens.
Ler e escrever
Cópia
16
Ditado
tempos
Caligrafia
Imagens
24
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática
Ouvir e falar
Peças de vestuário
10
Regras básicas de higiene do vestuário
tempos
Regras de higiene alimentar
Canções
Limpeza do meio 4
tempos
Ler e escrever
Contos
6
Fábulas
tempos
Lengalengas
Poemas
Funcionamento da Língua
Tempos verbais
20
Canções
tempos
Expressões interrogativas:
Pronomes possessivos
SAÚDE E Introdução de combinações grafémicas: lh; az, ez, iz,
HIGIENE 20
oz, uz; gi; ge
tempos
Imagens
Cópia
16
Ditado
tempos
Caligrafia
Funcionamento da Língua
8
Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.
tempos
Frases imperativas
Introdução de combinações grafémicas: br, cr, dr, fr,
20
gr, pr, tr; bl, cl, fl, gl, dl, pl
tempos
Imagens
Ler e escrever
Cópia 16
Ditado tempos
Caligrafia
25
Funcionamento da Língua
Expressões interrogativas 8
Pronomes indefinidos tempos
Pronomes demonstrativos
Introdução de combinações grafémicas: que, qui,
qua, quo 24
Introdução do x com os cinco valores fonéticos. tempos
Imagens
Cópia
Ditado
18
Caligrafia tempos
Redacção
26
Programa de Língua Portuguesa
1ª Classe
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DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA
I. ESCOLA 7 112
III. ESCOLA 5 80
IV. COMUNIDADE 6 96
V. AMBIENTE 3 48
Sub-total 30 480
TOTAL 38 608
28
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
Habilidades: Ouvir e falar
29
Habilidades: Ouvir e falar
30
Habilidades: Ouvir e falar
OBJECTIVOS
UNIDADE ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz CONTEÚDOS O aluno:
de:
Ouvir e falar
Aplicar as regras Normas de convivência escolar:
básicas de convivência - Levantar-se para cumprimentar o professor
na escola; - Levantar a mão para pedir para falar;
Cantar canções sobre - Ficar na formatura antes de ir para a sala de aula Convive de forma harmoniosa no 4
normas de convivência - Ficar em sentido para cantar o Hino Nacional ambiente escolar. tempos
escolar. - Cantar o Hino Nacional, em sentido
- Limpar, arrumar e ornamentar a sala de aula
ESCOLA - Colocar o lixo no local adequado
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Habilidades: Ouvir e falar
Mobiliário escolar:
carteira, cadeira, banco, secretária, armário, etc.
32
Habilidades: Ouvir e falar
33
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Responder às instruções de Ouvir e falar
controlo de presença; Vocabulário sobre instruções de controlo:
- Presente/ausente
Instruções simples:
-Levantar/sentar, abrir/fechar, entrar/sair,
perguntar/responder, ir/vir, dizer, andar,
Obedecer a instruções simples;
correr, saltar, parar, dançar, cantar, jogar, desenhar,
varrer, limpar
ESCOLA Demonstra evidências de
Expressões para dar instruções: 10
Dar instruções; compreensão de instruções
- Levanta-te/senta-te, entra/sai, vai/vem, abre/fecha, tempos
Reagir a instruções; simples.
diz, anda, corre, joga, desenha, limpa, varre,
pergunta/responde
34
Habilidades: Ouvir e falar
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Habilidades: Ouvir e falar
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Indicar as pessoas com quem Ouvir e falar
vive; Membros da família: mãe/pai; irmão/irmã; tio/tia;
avô/avó, etc.
Expressões para indicar com quem vive
Dizer o nome dos membros da
-Com quem vives?
FAMÍLIA sua família;
-Eu vivo com… Identifica os membros da sua
-Ele(a) vive com… família em situações sociais. 3
Expressões para indicar o nome: tempos
- Como se chama a tua mãe?
- A minha mãe chama-se…
- A mãe dele(a) chama-se…
Cantar canções sobre os
- Como se chama o teu pai?
membros da família.
- O meu pai chama-se...
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Habilidades: Ouvir e falar
37
Habilidades: Ouvir e falar
38
Habilidades: Ouvir e falar
39
Habilidades: Ouvir e falar
40
Habilidade: Pré-escrita
41
Habilidades: Ouvir e falar
42
Habilidades: Ouvir e falar
43
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Desenhar grafismos orientados para as Pré-escrita
letras em estudo. Grafismos orientados para as letras (m, p, 2
t, l, n) tempos
44
Habilidades: Ouvir e falar
45
Habilidades: Ouvir e falar
OBJECTIVOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
ESPECIFICOS CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno:
O aluno deve ser capaz de:
Usar expressões para Ouvir e falar
formular pedidos; Expressões para formular pedidos de
desculpas.
Reagir a pedidos. - Desculpa .
- Peço desculpa.
Expressões para reagir a pedidos de desculpas:
- Não faz mal!
- Estás (está) desculpado!
- Está bem. Eu desculpo!
- Não tem de quê! Expressa-se com boa educação e cortesia
Expressões para formular pedidos: em situações de formulação de
- Posso falar? Pedidos;
6
ESCOLA - Podes falar mais alto/baixo? Reaje com boa educação e cortesia em
tempos
- Pode explicar melhor? situações de formulação de
- Podes repetir? Pedidos.
- Diz outra vez.
- O que é que eu faço?
- Posso abrir o livro/ caderno?
- Por favor, podes ajudar-me a abrir a pasta?
- Podes ajudar-me a carregar a carteira/ limpar
a sala, etc.?
Expressões para reagir a pedidos:
- Sim, posso ajudar!
- Com certeza!
- Desculpa, não posso!
46
Habilidades: Ouvir e falar
47
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Desenhar e/ou pintar imagens relacionadas com Pré-escrita
os grafismos; Desenho/pintura
2
Cobrir os grafismos tracejados; Grafismos orientados para as letras
tempos
Desenhar correctamente grafismos orientados c, d, v, b, r, g
para as letras em estudo.
Ler e escrever
Ler letras, sílabas, palavras e frases; Introdução de: c, d, v, b, r, g.
Escrever letras, sílabas, palavras e frases, com Letras minúsculas e maiúsculas.
caligrafia correcta; Letra de imprensa e cursiva.
Interpretar palavras e frases;
ESCOLA Lê e escreve sílabas;
Usar letra maiúsculas e minúsculas na escrita de Sílabas 60
Lê e escreve palavras e frases, com as
(continuação) letras, palavras e frases; tempos
letras já aprendidas.
Relacionar letra cursiva com letra de imprensa; Palavras (Dez
Escrever letras, sílabas, palavras e frases Frases tempos
ditadas; Cópia para
Identificar letras e palavras a partir de imagens; Ditado cada
Relaciona imagens com letras, palavras e frases; Caligrafia letra)
Relação imagem-palavra, frase
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Habilidades: Ouvir e falar
49
Habilidades: Ouvir e falar
50
Habilidade: Pré-escrita
51
Habilidade: Ouvir e falar
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Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Identificar os animais domésticos mais Ouvir e falar Identifica os anumais domésticos;
comuns; Animais domésticos: galinha, pato, Descreve animais domésticos e
Identificar os animais selvagens mais gato, cão, cabrito, boi, burro e pombo selvagens, e sua utilidade.
conhecidos; Animais selvagens: macaco, girafa,
Distinguir os animais domésticos dos gazela, elefante, hipopótamo, cobra e
selvagens; leão
Desenhar/pintar animais.
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Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Identificar as plantas do seu meio; Ouvir e falar Identifica as plantas e as suas partes;
Identificar as partes de uma planta; Plantas Descreve as plantas, suas cores,
Nomeiar os frutos mais comuns no seu Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto sabor dos frutos e formas de
meio; Frutos protecção.
Descrever os frutos em função da sua cor e Cores: verde, vermelho, amarelo, azul,
sabor; branco, preto, castanho
Sabores: doce, azedo, amargo e picante: 8
- a laranja é doce tempos
Relacionar a árvore com o fruto; - o limão é azedo
Cuidar das plantas; - o piripiri é picante
Cantar canções sobre frutos e cores. - o paracetamol é amargo
AMBIENTE Relação árvore/fruto
.
Cuidados a ter com as plantas (regar, não
(Continuação)
queimar, etc.)
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Habilidade: Ler e escrever
55
Sugestões Metodológicas
1ª CLASSE
Em Moçambique, como já nos referimos, a situação linguística das crianças que entram pela primeira
vez na escola, apresenta três cenários principais: crianças que falam Português como língua materna
(L1), crianças que falam Português como língua segunda (L2) e crianças que não falam Português.
Neste contexto, as sugestões que a seguir se apresentam têm em conta os três cenários e visam o
desenvolvimento de competências da Língua Portuguesa relativas aos domínios de ver, ouvir, falar,
ler e escrever.
1. Período de Ambientação
A chegada da criança à escola tem para ela um significado muito especial, pois representa uma
mudança de meio a que está habituada para outro totalmente diferente e desconhecido: a escola.
Torna-se importante que, nos primeiros momentos de contacto entre a criança e a escola, se propicie
um ambiente e clima favoráveis à sua socialização. Para tal, durante o período de ambientação, a
escola deve proporcionar à criança actividades próprias desta fase, tais como jogos, danças e canções
da região, canções acompanhadas de mímica - do seu agrado - manuseio de materiais com que
rabisca, desenha, pinta e recorta.
Nesta faixa etária, as actividades de recorte devem ser realizadas com as mãos, ou com instrumentos
que não constituam perigo para as crianças, como por exemplo, tesouras para papel com pontas
arredondadas. Importa referir que o professor deve valorizar estas práticas, porque são muito
importantes para o desenvolvimento da destreza manual (libertação dos dedos) e da motricidade fina
(delicadeza no manuseio dos materiais).
A criança ainda pequena aprende a desenhar. Mesmo que para os adultos sejam simples rabiscos,
essa forma de expressão da criança é uma descoberta das suas capacidades. O desenho da criança
revela a sua expressão afectiva, porque representa as suas vivências e os seus sonhos. Nesta classe,
todo o desenho do aluno é bom. O professor não deve comparar os desenhos das crianças com os dos
56
adultos, pois os desenhos infantis não são fiéis à realidade. Deste modo, deve ter o cuidado de não
criticá-los, mas sim motivá-los a continuar.
O professor não deve dizer algo que, mesmo vagamente, decepcione a criança, porque pode diminuir
ou anular o seu nível motivacional em relação à escola. Por isso, o professor deve respeitar e estar
atento, porque essas representações criarão um importantíssimo meio de comunicação entre elas.
Assim como na comunicação verbal, a comunicação através da imagem acompanha um processo
mental que percorre todas as etapas do desenvolvimento da criança.
Os desenhos livres podem constituir oportunidades para o desenvolvimento da oralidade. Por isso, o
professor, à medida que vai acompanhando os trabalhos dos alunos, poderá pedir-lhes que falem
sobre o seu conteúdo.
A observação directa de vários sectores da escola pode constituir momentos para conhecer diferentes
espaços da escola, tais como: a sala de aulas, o recreio, o campo de jogos, o jardim, a horta e a casa
de banho/latrina.
Na fase de ambientação, a criança, integrada na sua turma, deverá ser levada a desenvolver pequenas
actividades, a saber: recolha de diversos materiais da natureza e de outro tipo, tais como pauzinhos,
folhas, pedrinhas, assim como pode limpar e embelezar a sala de aulas, conservar o jardim, a horta,
etc. Estas actividades podem contribuir para se estabelecer uma ambientação das crianças à escola,
aos companheiros e, sobretudo, ao professor.
Durante esta fase, é normal que a maioria das crianças, sobretudo nas zonas rurais, não saiba
comunicar em Português. Para contornar esta situação, sempre que se afigure necessário, o professor
pode recorrer ao uso da(s) língua(s) moçambicana(s).
Importa frisar que a língua local só pode ser usada, como recurso, em último caso, isto é, depois de se
usar os meios concretizadores, tais como o cartaz, o desenho, a mímica, os gestos, entre outras
alternativas que possam levar o aluno a entender o que se diz.
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2. Oralidade
Na fase de aquisição de pré-requisitos da leitura e escrita, a oralidade será feita a partir de actos de
fala/expressões linguísticas. As expressões linguísticas são frases ou sequência de frases que
reportam variadas situações da vida real ou imaginária. Tais situações, como já foi referido, estão
integradas nos conteúdos das diferentes unidades temáticas.
No início da aprendizagem do Português, como língua segunda (L2), deve existir uma etapa de
iniciação à oralidade que antecede a introdução da leitura e da escrita. Assim, propõe-se um fundo de
tempo equivalente a 116 tempos lectivos para a oralidade inicial. Porém, na 1ª classe, a oralidade está
presente em todas as aulas.
O fundo de tempo proposto foi calculado considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos
que chegam à escola sem falar a Língua Portuguesa.
No caso das crianças que já falam a Língua Portuguesa antes de frequentarem a escola, o professor
pode encurtar o período da oralidade inicial e começar a aprendizagem da leitura e escrita.
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Normalmente, nas turmas, o professor é confrontado com a coexistência de três contextos
linguísticos:
Alunos que têm o Português como L1, uns que têm o Português como L2 e outros ainda que têm o
Português como LE. Neste caso, o professor deve trabalhar com todos, aproveitando os alunos que já
falam Português para apoiarem os que ainda não falam esta língua, pois os alunos sentem-se
motivados quando são ensinados ou apoiados pelos colegas, ansiando um dia virem a usar tão bem a
língua, quanto os colegas. Podem ainda trabalhar aos pares, ou em grupos.
Consolidar uma expressão de cada vez, antes de se introduzir a outra. Ex: as expressões
“Adeus, até amanhã, até logo” não podem ser ensinadas todas no mesmo dia.
a) Ter consciência de que os alunos possuem uma tendência natural para a oralidade, isto é, a
facilidade que as crianças têm para aprender línguas;
b) Assegurar, tanto quanto possível, a apresentação dos objectos a que se faz referência em
Português;
c) Aproveitar ao máximo todas as formas de comunicação (os gestos, as imagens, as canções , as
danças, os jogos, etc.) como contributo para a compreensão do que diz;
d) Recorrer a vivências dos alunos e sua cultura, como base da comunicação oral adequada, útil
e eficaz.
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2.1. Oralidade Inicial para os alunos que não falam a Língua Portuguesa
A oralidade inicial é uma fase crucial para as crianças que não falam a Língua Portuguesa quando
chegam à escola e dela depende o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta fase, o
ensino da língua, torna-se mais alegre e menos monótono, combinando actividades de ambientação e
de desenvolvimento psico-motor. Em seguida, apresentam-se algumas sugestões (que completam as
que se encontram no Programa):
Ornamentar a sala de aula e outros espaços da escola com imagens, cartazes, recortes de
revistas e jornais, dizeres em Português e desenhos ou objectos produzidos pelos alunos para
o treino da oralidade. O professor deve actualizar as imagens de acordo com o conteúdo
programático em estudo.
Contar, histórias alegres que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que
identifiquem palavras ou expressões que já conhecem.
Incentivar os alunos a ouvir a rádio ou ver a televisão, para o contacto com o Português, pelo
menos 10 minutos por dia.
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2.2. Oralidade inicial para os alunos que já falam a Língua Portuguesa
Os alunos que já falam a Língua Portuguesa também devem desenvolver uma oralidade inicial
orientada para o desenvolvimento de um vocabulário básico e para a familiarização com diferentes
formas da língua, ao mesmo tempo que se integram no novo ambiente escolar e realizam exercícios
de desenvolvimento psico-motor. Eis algumas sugestões:
Exercitar o vocabulário básico através de pequenos diálogos, simulações, jogos de papéis, etc.
Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor tais como folhear, tactear, rabiscar,
etc.
Contar histórias engraçadas que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que
identifiquem as palavras ou expressões que já conhecem e a moral da história.
Por exemplo: ao ensinar as expressões para cumprimentar, o professor pode contar a seguinte
história:
Era uma vez, um menino chamado Malumbe que se esquecia de cumprimentar os pais, ao acordar.
Numa manhã, antes de ir à escola, pediu à mãe que lhe desse pão ou mandioca para o lanche na
escola.
- Bom dia! O meu filho ainda está a dormir, pois quando ele acordar, a primeira coisa que vai fazer
será cumprimentar-me dizendo, “Bom dia, mãe!”
Daquele dia em diante, o Malumbe passou a ser um menino educado e cumprimentava toda a gente
dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite, conforme o período do dia.
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2.3. Desenvolvimento da oralidade
Exercitar novas palavras, recorrendo a objectos e imagens, fazendo sempre relação com a
realidade e com as letras já aprendidas.
Ordenar as acções de uma história desordenada, em grupos, para estimular o uso da língua
entre os alunos.
Fazer exercícios de identificação de palavras do mesmo grupo ou não. Ex: dar um conjunto de
palavras para que os alunos identifiquem a palavra que não faz parte do grupo, ou as que
formam um grupo. Ex: banana, laranja, cão, manga.
Nesta classe, para o desenvolvimento da expressão oral, propõem-se, de entre outras, as seguintes
actividades:
Ouvir;
Falar;
Agir segundo orientações;
Observar e descrever imagens;
Narrar pequenas histórias com o apoio de imagens;
Recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
Recitar poemas;
Fazer jogos orais;
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Dramatizar situações do dia-a-dia;
Cantar canções educativas.
Antes de começar a canção, o professor deve preparar psicologicamente os seus alunos, motivando-
os para a actividade que irão realizar em seguida.
É importante que o professor cante primeiro a canção do princípio ao fim, de modo a expô-la
completamente aos seus alunos.
O refrão ou coro numa canção é a parte mais fácil e mais repetida; por isso, aconselha-se que seja a
primeira a ser ensinada, antes das estrofes.
Neste nível, aconselha-se que o professor cante um extracto de uma frase e logo de seguida peça aos
alunos para repeti-lo e, assim, sucessivamente, até ao fim da canção.
Para finalizar a aprendizagem da canção, o professor deve cantá-la toda, estrofe por estrofe e depois
pedir aos alunos para realizarem a mesma actividade.
Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:
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3. Pré-Leitura e Pré-Escrita
A pré-leitura e a pré-escrita constituem uma fase que antecede a iniciação da leitura e da escrita.
É o momento em que o aluno adquire os pré-requisitos intelectuais e motores que o habilitarão, mais
tarde, a enfrentar, com sucesso, a aprendizagem da leitura e da escrita. O desenvolvimento das
actividades preparatórias da leitura e da escrita devem estar intimamente ligadas à oralidade.
A motricidade fina é a capacidade de executar movimentos finos com controlo e destreza, como por
exemplo, usar com delicadeza uma tesoura ou um lápis. Esta constitui uma das competências-chave a
ser desenvolvida desde tenra idade, possibilitando, à posterior, bons resultados na escrita e na
matemática.
É importante desenhar, rasgar, recortar, colar, modelar e pintar, pela necessidade natural que a
criança tem de se comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.
Estas actividades contribuem para o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando
consideravelmente a motricidade fina.
Os jogos rítmicos populares (batimento de palmas e pés, estalos com os dedos das mãos, etc.)
permitem o desenvolvimento da psicomotricidade, preparando, assim, a destreza manual da criança.
64
saber, por exemplo, que, em Língua Portuguesa, se escreve da esquerda para direita e de cima para
baixo; distinguir o b do d, o p do q, o n do u; o t do f; o j do i; e o n do m.
No ensino e aprendizagem da leitura inicial, exige-se que a criança conheça e identifique os sons das
letras e das palavras. Neste aspecto, a música pode ajudar no desenvolvimento das capacidades
auditivas que, por sua vez, facilitarão a fixação e memorização dos sons que constituem as letras e
palavras em estudo.
Exercícios de percepção visual - exercícios que ensinam as crianças a distinguir, através da vista, a
forma, a cor e o tamanho de objectos, seres, figuras/imagens. Esta capacidade é importante para o
aluno distinguir, na aprendizagem da leitura e da escrita, a configuração das letras e das sílabas.
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4. Leitura e Escrita
A aprendizagem da leitura e da escrita, como a de qualquer outra habilidade, passa por três fases: a
fase cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização.
Na fase cognitiva, o aluno apercebe-se da funcionalidade da leitura e dos meios de que se vai servir
para se beneficiar dessa funcionalidade. Para o efeito, o aluno deve ser confrontado com diferentes
tipos de texto (literatura infantil, revistas, jornais, etc.), com e sem imagem, para que se sinta
motivado a conhecer o conteúdo dos mesmos, através da leitura. Em presença de textos interessantes,
cuja mensagem só lhe chega através da leitura do professor, o aluno vai “descobrir” a funcionalidade
da leitura e adquirir a capacidade de ler com maior facilidade.
Na fase de domínio, o aluno deve treinar e aperfeiçoar a realização das actividades necessárias para
atingir a funcionalidade da leitura. Este treino é efectuado a partir de exercícios de pré-escrita, de pré-
leitura e de grafismos.
Na fase de automatização, o aluno tem já habilidades suficientes que lhe permitem ler e escrever,
sem que realize um controlo consciente do acto de ler e de escrever.
66
as palavras, frases e textos aparecem em letra de imprensa e cursiva no livro de leitura e
caderno de exercícios, mas o aluno só vai escrever em letra cursiva.
Na fase inicial da leitura, é muito importante que o professor oiça a leitura de cada aluno, a fim de
poder apoiá-lo nas dificuldades que eventualmente enfrente. Para o efeito, os alunos devem, com
bastante frequência, ler letras, sílabas, palavras e frases e relacionar palavras com imagens.
O professor precisa de estar atento à escrita dos alunos para verificar a sua correcção em termos de
caligrafia, ortografia, sentido do traço das letras e a ligação entre elas.
A canção, por exemplo, pode, também, ser um importante recurso na aprendizagem da leitura.
Através do uso de canções apropriadas, o professor pode ensinar vogais e consoantes para além da
exercitação da pronúncia, dicção e articulação das palavras.
É de realçar que a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da aprendizagem, pois, através dela, o
professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares desse
nível como a Matemática, Ciências Naturais e outras. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem
sobre os animais domésticos, o professor pode começar por ensinar ou cantar uma canção que retrata
estes animais com os seus alunos, para depois fazer a abordagem sobre os mesmos.
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Leitura e Escrita - Proposta de aula Exemplificativa
Introdução da vogal i
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1ª Aula
Observação da imagem pelos alunos (em silêncio).
Interpretação da imagem com base nas seguintes perguntas:
- O que é que vê na imagem?
A partir destas perguntas, o professor leva os alunos a construírem oralmente a seguinte frase-
chave: É uma ilha.
Caso os alunos não consigam chegar à frase-chave, o professor terá de dizê-la: É uma ilha.
O professor deve deixar que os alunos descubram sozinhos a letra que se ouve em primeiro lugar.
Caso os alunos não consigam dizer que se ouve primeiro o “i”, o professor pronuncia pausada e
repetidamente a letra em estudo: “i”
2ª Aula
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Jogo oral de identificação de palavras que têm “i”.
O professor diz uma série de palavras umas contendo i e outras não. Cada vez que ele disser uma
palavra com i, os alunos gritam: iiii (tem iiii).
O professor escreve o “i” no quadro e diz esta letra chama-se“ i”. E repete “i” quantas vezes
forem necessárias.
Os alunos identificam o “i” em palavras escritas. Exemplo: milho, pilha, fita, pilão, pipoca,
livro, afiador através de:
- circundagem;
- sublinhação;
- marcação de um x ou traço.
Eu leio o “i”
Tu também podes ler.
Eu leio o “i”
Tu também podes ler.
Não custa nada
É só dizer o “i”.
3ª Aula
Correcção do TPC.
O professor inventa uma canção sobre o“ i” e canta com os alunos.
Treino do grafismo conducente à escrita do “i”:
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- no ar;
- no tampo da carteira;
- no quadro;
- no chão;
- na folha desperdício;
- no caderno diário;
- no livro – caderno.
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4ª Aula
Para a escrita da letra “i” no ar, o professor posiciona-se do lado esquerdo do quadro preto.
Levantando o braço direito, escreve a letra no ar, como se estivesse a escrever no quadro. Ele faz a
demonstração do movimento para a escrita da letra “i”. Os alunos devem observar o movimento.
Em seguida, o professor pede aos alunos para levantarem o braço direito. O professor deve controlar
se todos os alunos levantaram o braço direito e não o esquerdo.
Finalmente, os alunos escrevem a letra “i” no ar: Os alunos acompanham o movimento do braço do
professor, ao mesmo tempo que escrevem a letra ”i” no ar, dizendo: ” para cima, para baixo,
curvamos, pintinha.” Este exercício deve ser repetido cinco vezes.
NB: O professor deve estar atento aos alunos “canhotos” e se tiver a certeza de que são canhotos, não
deve obrigá-los a escrever com a mão direita.
- Escrita da letra ”i” no tampo da carteira: este exercício deve ser realizado caso a escola tenha
carteiras. Nas escolas sem carteiras, escreve-se a letra no chão, com um pauzinho.
O professor fica do lado esquerdo do quadro preto e escreve a letra ”i” manuscrita, bem grande e, à
medida que o aluno vai observando, o professor repete a escrita da letra “i” no quadro, várias vezes e
em diferentes tamanhos.
Em seguida, vários alunos vão ao quadro de forma individual para escrevem o “i” no quadro e, os
colegas, com ajuda do professor avaliam a escrita de cada aluno.
O professor elogia os alunos que tiverem escrito correctamente e apoia e encoraja os que ainda
apresentam dificuldades.
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- Escrita da letra “i” na areia
O professor orienta os alunos para que no dia seguinte levem um pauzinho à escola. Contudo, o mais
aconselhável seria o professor preparar pauzinhos para distribuir aos seus alunos e, no fim da aula
recolher.
O professor organiza os alunos em grandes círculos. Caso se trate de uma turma numerosa, deve
formar-se dois círculos, de modo que os alunos tenham um espaço suficiente para escrever.
Os alunos escrevem a letra ”i” 10 vezes. O professor deve ter em conta que cada aluno tem o seu
ritmo de aprendizagem. Logo, nem todos vão atingir o número de vezes recomendado.
N.B. O professor deve controlar o exercício de escrita, elogiando os alunos que escrevem
correctamente: “Estás de parabéns, teu i é muito bonito!”, e apoiando os que apresentam
dificuldades: “O menino, deve melhorar, falta pouco para o teu i ficar bonito, escreve mais ”i.”
- sobre o ponteado;
O professor leva os alunos a recordar algumas regras sobre o uso do caderno e lápis, nomeadamente:
O professor deve pedir aos alunos que indiquem: as linhas e margens; a direcção da escrita; como se
pega o lápis, enquanto respondem. É impotante que o professor seja persistente na realização deste
tipo de actividade.
O professor indica aos alunos a página e a linha onde devem escrever o “i” no livro-caderno. Chama
a atenção dos alunos que a letra deve assentar na linha de baixo e tocar a linha de cima.
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O professor deve circular pelas carteiras, elogiando os que escrevem correctamente e apoiando os que
apresentam dificuldades.
O professor poderá apoiar-se nos alunos que tiverem escrito correctamente o “i”, para ajudar os que
ainda têm dificuldades.
N.B. O professor deve escrever uma linha com a letra i no caderno de cada aluno, para servir de
modelo.
5ª Aula
Correcção do TPC.
Treino da escrita do “i” no caderno diário.
Correcção dos exercícios pelo professor.
TPC: Escrita do “i” no caderno diário.
6ª Aula
Correcção do TPC
Recapitulação da imagem
Identificação dos pormenores da imagem:
O que é que há na ilha?
O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:
Eu escrevo o “i”
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Eu escrevo o “i”
A partir de uma sopa de letras (vogais), cada aluno selecciona a letra “i” e coloca-a no quadro
de pregas, ou fixa-a numa esteira/papelão/cartolina.
Exercício de cópia do “i” no quadro e no caderno diário.
Correcção dos exercícios pelo professor.
7ª Aula
Jogo de Identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas
com “i” outras sem ele. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos batem
palmas.
- pequenos grupos;
- pares de alunos;
- alunos, individualmente.
8ª Aula
Correcção do TPC.
Canto: canção relacionada com o “i”.
Identificação do “i” num quadro alfabético constituído por vogais através de:
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- circundagem;
- sublinhação;
- marcação de um x ou traço.
A partir de uma sopa de palavras, cada aluno selecciona aquelas que tiverem “i”, e coloca-as
no quadro de pregas ou fixa-as numa esteira/papelão/cartolina.
TPC: Desenho livre.
9ª Aula
Correcção do TPC.
Exercício de cópia do “i” no:
- quadro;
- caderno diário.
Correcção do trabalho.
Na correcção do trabalho, o professor deve estar atento aos seguintes aspectos:
- Se os alunos escrevem bem o “i” e se as letras são bonitas;
- Se as cinco letras de cada linha estão organizadas em colunas, por baixo uma da outra.
10ª Aula
Jogo de identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas
com “i” e outras, sem “i”. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos dizem iii.
Depois, faz o mesmo exercício para:
- pequenos grupos;
- pares de alunos;
- alunos individualmente.
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Exercício de recorte e colagem do “i”.
TPC: Escrita do “i” no caderno diário. Os alunos escrevem a letra “i” enchendo 10 linhas.
Esta aprendizagem parte da análise de uma frase para se chegar à identificação dos grafemas (letras
do alfabeto) e não à pronúncia/leitura do fonema (som da letra).
Cada letra é tratada, como grafema, de maneira sistemática, da análise para a síntese e vice-versa,
obedecendo os seguintes passos:
Análise
Síntese
Formação da sílaba-chave;
Leitura da sílaba-chave;
Leitura da sílaba-chave noutras palavras;
Formação da palavra-chave;
Leitura da palavra-chave;
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Grafismos;
Escrita da letra-chave;
Formação de sílabas variantes fonéticas com base na letra em estudo;
Escrita de sílabas variantes fonéticas;
Formação de novas palavras com variantes fonéticas;
Leitura das palavras formadas;
Interpretação das palavras formadas;
Formação de frases com as novas palavras;
Leitura e interpretação das frases formadas;
Escrita das frases formadas.
O facto de se apresentar o percurso completo dos passos do método analítico sintético para a leitura e
a escrita iniciais, não significa que qualquer unidade programada, ou qualquer aula, passe,
necessariamente, por todas as etapas que aqui se referem.
No início da escolaridade, o aluno não é capaz de realizar todo o percurso apresentado. À medida que
o processo de iniciação for abarcando mais letras, abre-se a possibilidade de se fazer uma exploração
maior das etapas.
Os alunos só devem escrever ditado de palavras, frases e pequenos textos cujas letras já sejam do seu
conhecimento.
4.2.Alfabeto
Ao terminar a 1ª classe, o aluno deve saber ler (identificar) e escrever o alfabeto em ordem, mas isso
não significa que, no processo da iniciação da leitura e da escrita, siga tal ordem. O que se pretende é
que, findo o processo de iniciação, haja uma sistematização de todo o alfabeto.
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A introdução dos grafemas, maiúsculos e minúsculos em simultâneo, durante o processo de iniciação
à leitura e escrita, obedecerá às seguintes etapas e ordem:
1ª Etapa: I, U, O, E, A
2ª Etapa: M, P, T, L, N
3ª Etapa: C, D, V, B, R, G
4ª Etapa: S, J, F, Z, H, Q, X
5ª Etapa: K, W, Y
Como se pode verificar, no conjunto das 26 letras que constituem o alfabeto, estão incluídos os
grafemas (letras) Y, K, W. Mas, por serem pouco usadas, em Língua Portuguesa, elas devem ser
introduzidas na última etapa.
5. Funcionamento da Língua
Na 1ª e 2ª classes, os alunos não devem memorizar as regras gramaticais. Não é por saber, de cor, as
regras de gramática, que o aluno aprende a comunicar correctamente.
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Durante as aulas de oralidade, o professor, através de várias técnicas de ensino, vai introduzindo
material linguístico (actos de fala/expressões linguísticas, vocabulário e verbos) e trabalhando, de
modo a que os alunos possam usá-lo em situações do dia-a-dia. Este procedimento é também
extensivo às aulas de leitura e escrita.
Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da
língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e
procurando (melhores) soluções para os problemas identificados;
Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre,
ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de
aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e
capacidade.
80
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam
que todos os alunos desenvolvam as competências previstas no Programa e, por outro, delimitar as
capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou
temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados.
Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a
nova matéria, verificando-se o que foi aprendido anteriormente e a consequente recuperação e
consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;
No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de
proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação
e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua,
para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção.
Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de
modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não
se lhes atribua uma classificação.
A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a
sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social
e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como
as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos.
Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os
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pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é
necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o
passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais
e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente.
Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de
ensino, ano lectivo ou curso.
É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por
exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes,
os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.
Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com
um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente,
numa escala de zero a vinte valores.
a) ouvir e falar;
b) ler e compreender;
c) escrever.
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a) Ouvir e falar
A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:
b) Ler e compreender
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz
de:
c) Escrever
Legendar imagens;
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A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para
o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para
que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a
progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem.
Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.
O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.
84
Referências Bibliográficas
Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:
Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática Pedagógica, pp. 7 – 54, Maputo: INDE.
INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.
Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo.
Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix
Elt.
Silva, R. M. V. (s/d). O Português São Dois: Variação, mudança, norma e a questão do ensino do
Português no Brasil. In Congresso Internacional Sobre o Português. pp 375 – 401.
85
Programa de Língua Portuguesa
2ª Classe
86
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA
I. FAMÍLIA 7 110
II. ESCOLA 3 52
IV. AMBIENTE 2 28
V. CORPO HUMANO 4 60
Sub-total 30 480
TOTAL 38 608
87
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE
101
Sugestões Metodológicas
2ª CLASSE
1.Oralidade
Os trabalhos feitos pelos alunos através das técnicas de recorte, colagem, pintura, desenho,
modelagem, estampagem são recursos importantes para o desenvolvimento da oralidade,
constituindo oportunidade para os alunos falarem sobre o seu conteúdo. Por exemplo, o aluno
pode descrever a imagem, falando sobre:
102
As canções podem ainda ser usadas para a exercitação da pronúncia, dicção, articulação das
palavras e para o desnvolvimento do sentido de audição e da memória, do ritmo, melodia e
harmonia.
A oralidade deve estar aliada à leitura e escrita, ao conhecimento de novas estruturas linguísticas
e ao alargamento do vocabulário, em prol de uma melhor competência comunicativa.
ouvir;
falar;
narrar pequenas histórias com base nas imagens;
recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
cantar;
recitar poemas;
fazer jogos orais.
Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:
103
2. Leitura e escrita
1ª Etapa: r intervolcálico: are, ari, ura; duplo r, s intervocálico: ase, asa, usa; duplo s;
2ª Etapa: as, es, is, os, us; am, em, im, om, um; al, el, il, ol, ul; an, en, in, on, un;
4ª Etapa: ce, ci; ar, er, ir, or, ur; az, ez, iz, oz, uz; lh;
5ª Etapa: ge, gi; br, cr, fr, gr; vr, pr; bl, cl, fl, gl, pl;
6ª Etapa: que, qui, qua; os cinco valores fonéticos do x (em palavras como xarope, exame,
táxi, explicação, próximo).
2.1.Leitura
Na 2ª classe, o aluno vai começar a tomar contacto com textos como histórias, contos, fábulas,
lendas, pequenas bandas desenhadas, poemas, lengalengas e imagens. Alguns destes textos
constam do livro de leitura.
104
3° Leitura expressiva de textos feita pelo professor;
6° Registo das palavras difíceis e do seu significado pelos alunos, nos cadernos diários;
8º Leitura oral por unidades lógicas (feita pelo professor e seguido pelos alunos);
Os passos aqui apresentados não incluem a leitura silenciosa, por se tratar de alunos que ainda
estão na fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita. Este tipo de leitura só poderá entrar na
3ª classe.
2.2. Escrita
105
Para que o aluno da 2ª classe escreva, é preciso que lhe sejam criadas algumas condições,
nomeadamente:
a necessidade de escrever;
a oportunidade de escrever;
a vontade de escrever.
As actividades de escrita, nesta fase, deverão obedecer, de entre outros, aos seguintes aspectos:
A cópia e o ditado devem ser preparados e motivados, de acordo com o nível e o ritmo de
aprendizagem dos alunos. Para além da cópia e do ditado, os alunos devem desenvolver, de
entre outras, as seguintes actividades:
106
Escrita de palavras e frases adequadas a imagens;
Escrita de palavras e frases, para dar resposta a perguntas;
Estas são algumas actividades que os alunos devem realizar, mas o professor poderá criar outras
estratégias que permitem maior diversificação de tarefas para o enriquecimento da escrita, nesta
classe.
É importante que os alunos continuem a desenhar, pintar, recortar, colar, modelar, explorando
diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas actividades contribuem para o aprimoramento da
destreza manual e da motriciadde fina, para além de constituirem oportunidades para o aluno
descrever, por escrito, os trabalhos que realiza.
Os materiais produzidos pelos alunos, tais como: textos escritos, desenhos e pinturas
legendados, objectos feitos através de técnicas de dobragem, recorte, colagem, modelagem
deverão ser expostos, pois constituem um momento de crescimento para a criança, em que ela
se sente encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. De igual modo, a criança
torna-se mais produtiva, se sentir que o seu trabalho merece o interesse do seu professor e dos
colegas.
3. Funcionamento da Língua
Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios integrados no domínio Ouvir e Falar
propiciam ao aluno o desenvolvimento da oralidade uma vez que este não se limita apenas a
desenhar, mas também a falar sobre o conteúdo do desenho. Se desenha ou modela a família,
107
por exemplo, deve indicar os elementos que fazem parte dela. A linguagem plástica da criança
revela a sua expressão afectiva porque ela representa as suas vivências e os seus sonhos e o
professor deve estar atento, porque essas representações permitirão um melhor relacionamento
com o aluno.
Desenhar, pintar, modelar, recortar, colar é importante pela necessidade natural que a criança
tem de comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.
Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios propostos para este domínio não só
concorrem para o desenvolvimento da libertação dos dedos (destreza manual) e para a
delicadeza no manuseamento dos materiais (motricidade fina), mas também para a concretização
e complementaridade dos conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa. Nesta idade, o
professor não deve comparar os desenhos do aluno com os dos adultos, por estes não serem
fiéis à realidade, mas sim motivá- lo a continuar. A realização de exposições dos trabalhos na
sala de aula, ou na escola, é um momento de crescimento para a criança, pois ela se sente
encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado.
Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais
da língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de
ensino e procurando soluções para os problemas identificados;
108
Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do
processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que
garantam que todos os alunos atinjam os objectivos definidos no Programa e, por outro,
delimitar as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de
aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter
maiores ou menores resultados.
Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno
para a nova matéria, verificando o que tiver sido aprendido anteriormente e a
consequente recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos
para a nova unidade temática;
No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos
de proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior
consolidação e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor
domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso,
requerem uma maior atenção.
Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas
especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
109
Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-
aprendizagem, uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de
realização dos objectivos do Programa e impulsiona o aluno para que se empenhe cada vez mais
nos estudos.
A avaliação formativa preocupa-se com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua
personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida
social e linguística. Este conhecimento poderá permitir a compreensão dos progressos e
fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a
diferentes tipos de alunos.
Os critérios a adoptar neste tipo de avaliação incluem uma auscultação e uma ligação directa
com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas
especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou
relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deverá
preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é
expressa numericamente.
Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma
unidade de ensino, ano lectivo ou curso.
Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais é feita de
acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa
quantitativamente numa escala de zero a vinte valores.
110
A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes
habilidades:
a) ouvir e falar;
b) ler e compreender;
c) escrever.
a) Ouvir e falar
A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno, individualmente, é capaz de:
b) Ler e compreender
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno,
individualmente, é capaz de:
c) Escrever
111
Ordenar frases em sequência lógica.
A perspectiva de avaliação proposta deverá permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe
para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de
aprendizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado
ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma
progressão por ciclos de aprendizagem.
Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.
O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.
112
6. Obras de Leitura Obrigatória e Complementar
O desenvolvimento do gosto pela leitura nos alunos constitui um dos desafios do Ensino
Primário. Deste modo, apresenta-se a seguir um conjunto de obras de leitura obrigatória e
complementar que devem ser lidas e interpretadas pelos alunos sob orientação do professor.
113
Referências Bibliográficas
Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian
Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:
Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática pedagógica, pp 7 – 54, Maputo: INDE.
INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.
Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico.
Maputo.
Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York:
Phoenix Elt.
114
Programa de Matemática
1º Ciclo
115
INTRODUÇÃO
A Matemática é uma disciplina que tem como missão desenvolver competências de resolução de
problemas, aplicando conhecimentos de contar, calcular, bem como competências de situar e
orientar, identificar, relacionar, classificar, estimar e medir grandezas, interpretar mensagens na
linguagem simbólica e gráfica, assim como recolher e organizar dados, em tabelas e em
gráficos.
A Matemática, como instrumento para o trabalho, deve ser apresentada tendo em as necessidades
do mercado. Ela tem como missão, entre outras, o trabalho com quantidades, medidas, formas,
operações e relações geométricas.
As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade temática. Porém, estas não
devem limitar a iniciativa do professor; servem de base para lhe auxiliar na condução do
processo de ensino-aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o desenvolvimento de
competências pelos alunos.
116
I - COMPETÊNCIAS GERAIS DO 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO, NA
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Na Matemática, o aluno desenvolve competências de contar e calcular, usando as quatro
operações básicas na resolução de problemas, por um lado, e, por outro, desenvolve as
competências de observar, identificar, agrupar, distinguir, interpretar, analisar, estimar e medir.
117
VISÃO GERAL DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA, 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO
Conteúdos Conteúdos
Unidade Temática Tempo Tempo
(1ª classe) (2ª classe)
VOCABULÁRIO Noções de: quantidade, tamanho, posição,
BÁSICO distância, direcção-sentido e massa-peso 40
118
CARGA HORÁRIA
119
Programa de Matemática
1ª Classe
120
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
UNIDADE CONTEÚDO PARCIAIS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno
Noção de quantidade:
Muito e pouco
Mais… do que, menos…do que
Tanto… como
Cheio e vazio 05
I Comparar diferentes quantidades Aumentar e diminuir Usa noções de
e tamanhos de objectos; Pôr e tirar. quantidade e
VOCABULÁRIO
tamanho para
BÁSICO Comparar distâncias entre
Noção de tamanho situações do seu dia
diferentes pontos;
Grande e pequeno a dia
Maior, menor e igual
O maior e o menor
10
Comprido e curto
Largo e estreito
Alto e baixo
Grosso e fino
121
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIA PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Noção de posição
À frente, atrás, à esquerda e à direita
Antes e depois
10
Primeiro, no meio, entre e último
Dentro, fora e fronteira
Em cima, em baixo, em volta, ao lado
Noção de distância
I Agrupar vários objectos - Perto e longe 05
- Aproximar e afastar
VOCABULÁRIO Desenhar e pintar diferentes Usa noções de posição,
Noção de Direcção e sentido
BÁSICO distância, direcção-sentido,
objectos Para a frente e para atrás
massa e peso para situações do
Comparar massas de diferentes Para a direita e para a esquerda
seu dia a dia
Para dentro e para fora
objectos 05
Para o interior e para o exterior
Para o lado, para cima e para
baixo
TOTAL 40
122
Sugestões Metodológicas
a) Vocabulário Básico
O desenvolvimento do vocabulário e do seu significado é de extrema importância para o raciocínio
matemático. Portanto, deve ser conduzido, de forma contextualizada, para que os alunos compreendam a
sua aplicação na aprendizagem de Matemática. Se o aluno for capaz de entender e usar convenientemente
o vocabulário básico, ser- lhe-á fácil progredir na aprendizagem da Matemática, porque terá bases, não só
para interpretar os enunciados dos problemas, mas também para entender a estrutura das operações
No caso de Moçambique, onde a maioria das crianças aprende na 2ª língua (Português), o tratamento do
vocabulário básico nas classes iniciais considera-se indispensável, para assegurar a aprendizagem dos
conceitos matemáticos. Estas noções de vocabulário devem ser ensinadas de forma concretizada
(visualizada). Isto é, a criança deve ser capaz de ver, por exemplo, a pedra grande em relação à pequena.
1. Noção de quantidade: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio,
Sugere-se que o professor oriente os alunos para trazerem materiais, tais como: pedrinhas, sementes,
Na aula, os alunos devem realizar várias actividades que os levem a desenvolver as competências de:
123
Os alunos podem desenhar e/ou pintar objectos aplicando noções de quantidade. Os objectos escolhidos
devem reflectir conteúdos transversais. Por exemplo, equidade do género (rapazes e raparigas), meio
Exemplo sobre:
1. Noção de quantidade: Muitos e poucos.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas
e outros.
Actividade
Usando a acção de tirar e pôr, os alunos formam diferentes grupos de objectos: muito e pouco, mais…
do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir.
Numa 1ª fase, os exercícios práticos devem ser realizados ao nível da turma pelos alunos, sob a
orientação do professor. Na 2ª fase, os exercícios práticos são realizados em grupos e aos pares, sob a
orientação do professor.
2. Noção de tamanho: Grande e pequeno, maior e menor, igual, o maior, o menor, comprido e curto,
larga e estreito, alto e baixo, grosso e fino.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: bolas, lápis, cordas, os próprios alunos, árvores, etc.
Na aula, devem ser realizadas várias actividades pelos alunos, que os levem a desenvolver as
competências de desenhar, pintar, modelar e comparar tamanhos de diferentes objectos reais.
3. Noção de posição: à frente, atrás, à esquerda e à direita; antes e depois; primeiro, no meio, entre e
último; dentro, fora e fronteira; em cima, em baixo, em volta, ao lado.
Para que os alunos desenvolvam as competências de situar diferentes objectos reais de acordo com
posições indicadas e de localizá-los em relação a si e aos outros, podem usar materiais existentes na sala
de aula (quadro, secretária do professor, etc.), ou na escola (secretaria, sala de professores,
124
latrinas/banheiros, jardim, campo de futebol, plantação de árvores, etc.), assim como os próprios alunos
podem servir de material concretizador (identificar a posição em que uns se sentam em relação aos
outros).
Exemplo:
Com esta matéria, pretende-se que os alunos desenvolvam as competências de estimar distâncias em
relação à sua casa, à escola, à fontenária, ao hospital, ao mercado, à esquadra, etc.
O professor poderá orientar os alunos a situarem-se em diferentes posições e estimarem a distância
entre eles.
A B C
A roda C está longe da lata de água A.
A caixa B está perto da lata A.
5. Noção de direcção e sentido: para a frente e para trás; para a direita e para a esquerda; para dentro
e para fora; para o interior e para o exterior; para o lado; para cima e para baixo.
Para o desenvolvimento de competências dos alunos sobre a orientação no espaço, o professor pode
orientá-los a movimentarem-se em diferentes direcções e sentidos dentro e fora da sala.
Exemplo: utilizar a formatura dos alunos para cantar o hino nacional à frente da bandeira.
125
O professor poderá orientar os alunos na realização das actividades de desenho e pintura de objectos de
diferentes massas.
Actividade
Apresentando pedras grandes e pequenas, o professor pede aos alunos para comparar o seu peso.
Pedra A Pedra B
126
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno
II Contagem progressiva e regressiva até
20.
NÚMEROS 1. Contagem progressiva
NATURAIS E (crescente), por etapas:
OPERAÇÕES Contar, cantando, progressivamente 40
1 a 5;
os números naturais até 20; Conta os números naturais de
(1) 6 a 10;
Contar, cantando, regressivamente 11 a 15; 1 a 20 e de 20 a 1
16 a 20
os números naturais de 20 a 1; 2. Contagem regressiva
(decrescente), por etapas:
5 a 1;
10 a 6;
15 a 11;
20 a 16.
127
A contagem e a sua importância
As contagens progressivas (crescente) e regressivas (decrescente) têm como função preparar os alunos
para a iniciação da realização das operações de adição e subtracção até 50. O seu papel está reflectido
particularmente na aplicação das estratégias de cálculo mental e escrito.
O Programa de ensino sugere que a contagem progressiva e regressiva sejam treinadas desde o período
de ambientação, quando se estiver a tratar o vocabulário básico e, deve ser feita por etapas. Em geral, a
contagem deve ser realizada de forma individual para permitir que o professor avalie o seu domínio por
cada aluno.
128
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
UTEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Os Números Naturais de 1 a 5
Número natural 1
Leitura e escrita do número 1
Associação de objectos ao número
1 e vice-versa.
129
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Numero natural 5
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 5
Associação de quantidades ao
número 5
Ordenação de números até 5
Número natural 0
Noção do número zero
Leitura e escrita do número
Zero (0)
Adição e subtracção até 5,
incluindo o zero (0).
130
Sugestões Metodológicas
Adição até 5
O professor deve tratar a adição cuidadosamente, propondo aos alunos situações problemáticas
em diversos contextos, para que eles desenvolvam as competências requeridas.
Em uma primeira fase, na adição os alunos devem manusear objectos (juntando, aumentando e
acrescentando), de modo que adquiram a noção de adição.
Em uma segunda fase, o professor ensina os sinais: mais (+) e igual (=) e os seus significados, a
partir de uma situação concreta, usando a linguagem corrente e matemática:
131
“Duas laranjas mais três laranjas são cinco laranjas’.
“Dois mais três é igual a cinco”.
2 + 3 5
A subtracção até 5
Alguns autores reconhecem que as crianças podem usar três modelos de raciocínios de
subtracção, nomeadamente tirar, comparar e completar.
Na nossa escola, o modelo mais comum é o de tirar. Isto é, a maior parte das crianças aprende a
subtracção como sendo uma forma apenas de tirar.
a) Exemplo1: Comprei 6 lápis de cor . Dei 2 à minha irmã.
Com quantos lápis de cor fiquei?
Este modelo traduz-se da seguinte forma:
O modelo de tirar pode adequar-se a esta situação, pois de 6 posso tirar 2. Normalmente, as
crianças usam este modelo através da contagem de objectos concretos.
Entretanto, o tirar não responde a todos os problemas da vida relacionados com a subtracção.
temos ainda o completar e o comparar.
Exemplo de completar:
b) Tenho 2 lápis de cor, mas preciso de 6. Quantos lápis de cor faltam?
Nesta situação, é mais prático pensar no modelo de completar, isto é, tenho 2 e faltam-me (3),
(4), (5) e (6). São exactamente 4 passos:1 2 3 4
Logo, faltam 4 lápis de cor.
Exemplo de comparar:
c) Neste caso, a subtracção pode ser realizada através da relação (um para um) dos objectos.
Os triângulos que restam correspondem à diferença.
Portanto: 5 – 3 = 2
132
Introdução do número zero
Em uma primeira fase, o zero é introduzido na base de exemplos que demonstram a ausência de
elementos. Por exemplo, o professor pode usar uma lata vazia e mostrar aos alunos que não
contém nenhum elemento (está vazia).
Em uma segunda fase, o zero é introduzido com base na diferença de dois números iguais que
representam quantidades de dois conjuntos, com o mesmo número de elementos.
O número natural zero deve ser introduzido depois do número natural 5, para permitir que as
crianças realizem operações de adição e subtracção e resolvam problemas até 5.
Exemplo 1: desenhar bananas em um lado e, no outro, desenhar duas cascas de banana. O
professor poderá explicar a noção de zero, a partir de situações concretas da criança.
Exemplo 2: O professor poderá mostrar uma lata vazia e dizer aos alunos que ela não tem nada.
Não ter nada, significa ter zero.
Exemplo 3: Tínhamos dois copos e partiram-se os dois. Com quantos copos ficamos?
Ex: 2 - 2 = 0
133
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
O aluno
CH
Identificar Linhas abertas, Figuras geométricas
fechadas, rectas e curvas; Linhas abertas e fechadas
Traçar linhas abertas, fechadas Linhas rectas e curvas
III
rectas e curvas; Noção de rectângulo, Relaciona as figuras planas com as
ESPAÇO
20
E Identificar figuras planas triângulo e círculo diferentes formas de objectos reais.
FORMA
Desenhar e pintar figuras planas. Noção do ponto.
134
Sugestões Metodológicas
Espaço e forma
Na abordagem dos conteúdos desta unidade temática, o professor poderá orientar os alunos para
trazerem algum material didáctico que esteja ao seu alcance, como caixinhas, pacotes de chá, de sumo,
de leite, de lápis de cor, latas de leite condensado, de azeite, o esquadro, sinais de trânsito, etc., cujas
faces permitirão observar a forma de algumas figuras planas (rectângulo, triângulo e círculo).
Através da observação e manipulação de objectos e de sólidos geométricos, pretende-se que os alunos
comecem a aperceber-se de certas semelhanças e diferenças existentes entre eles, utilizando material
de desperdício, como, por exemplo, caixas vazias, tubos e outros. Os alunos podem fazer diferentes
construções, o que contribuirá para o reconhecimento intuitivo das formas.
É importante que os alunos desenhem, pintem, façam dobragens, recortes, colagens e outras
actividades.
Os alunos podem identificar várias figuras geométricas (quadrados, triângulos, círculos, rectângulos),
em objectos da vida real.
Ainda nesta fase, os alunos, sob a orientação do professor, poderão desenhar e pintar figuras planas.
Os desenhos que os alunos fazem nos jogos de “necas”, “mathakudzana” (explicação), berlindes e
outros, podem ser relacionados com figuras planas.
135
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO PARCIAIS CH
O aluno
Números naturais de 6 a 9:
Número natural 6
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 6
Associação de quantidades ao
número 6
Conceitos de números antes e
depois, até 6
Sugestões Metodológicas
O tratamento de números de 6 a 10 deve ser feito na base de uso de objectos concretos e aplicação do conceito "depois" (+1),
adicionando-lhes a unidade: 6 + 1, 7 + 1, 8 + 1 e 9 + 1.
Exemplo: 5 + 1 = 6 (O aluno pensa no número depois do 5).
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e
colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 6 a 10, para consolidação.
O professor poderá explicar aos alunos a noção de dezena, que pode ser exemplificada com os dedos das duas mãos ou molhos de 10
pauzinhos.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e\ou históricas, até 10.
Exemplos: 7 de Abril, Falar do dia da mãe, 7 Setembro….
137
Tabela 1. Adição até 9
Nesta tabela, existem 36 combinações de exercícios básicos de adição que devem ser calculados
mentalmente.
Os exercícios da coluna 1 + X e os da diagonal X + 1 formam ao todo 15 exercícios básicos, que
facilmente são calculados com a aplicação do conceito número depois.
Exemplo1: 2 + 1 é só pensar no número depois de 2, que é 3. Portanto: 2 + 1 = 3
Exemplo2: 1 + 7 = 7 + 1, è só pensar no número depois de 7, que é 8. Portanto: 1 + 7 = 7 + 1 = 8
Os restantes 21 exercícios são os que devem ser aprendidos de cor, ou poderão ser calculados na base
de aplicação do conhecimento de memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas vezes a
parcela menor.
Esta tabela pode ser trabalhada pelos alunos organizados em grupos, discutindo e comentando as
respostas ou soluções, sob a orientação do professor.
138
Tabela de subtracção até 9
Esta tabela é composta por 36 combinações de exercícios básicos de subtracção, que devem ser
calculados mentalmente.
Nas colunas X – 1 existem 8 exercícios básicos que facilmente são calculados com a aplicação
do conceito número antes.
Exemplo1: 4 - 1 é só pensar no número antes do 4, que é o 3. Portanto: 4 – 1 = 3.
As diagonais com exercícios do tipo diferença igual a 1 e diferença igual a 2 contêm mais 13
exercícios básicos, totalizando 21.
Os restantes 15 exercícios poderão ser aprendidos de cor, ou calculados na base de aplicação do
conhecimento de contar para:
a) a frente do diminuidor ao diminuendo;
b) atrás do diminuendo ao diminuidor
Se os alunos dominarem estas combinações, ser-lhes-á fácil generalizar o conhecimento 7- 3 = 4
para 17 – 3, 27 – 3, 37 – 3, etc.
139
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Ler e escrever números Números naturais 11 e 12
Contagem de objectos
naturais até 20;
Leitura e escrita dos números 11 e 12
Associar quantidades aos Associação de quantidades aos números 11 e 12
20
números até 20; Composição e decomposição de números 11 e 12
Noção de dúzia.
Ordenar e comparar números Cálculo mental e escrito de adição até 12
naturais até 20; Cálculo mental e escrito de subtracção até 12
Números 13, 14 e 15
Compor e decompor números Contagem de objectos
IV naturais até 20 Leitura e escrita dos números 13, 14 e 15
NÚMEROS Associação de quantidades aos números 13, 14 e
NATURAIS Adicionar números naturais 15 40
E Composição e decomposição de números até 15
até 20;
OPERAÇÕES
Cálculo mental e escrito de adição até 15
Subtrair números naturais até
Cálculo mental e escrito de subtracção até 15
(2) Resolve problemas que envolvem
20;
Números 16, 17, 18 e 19 números naturais até 20.
Identificar, pintando, os Contagem de objectos
números naturais até Leitura e escrita dos números: 16, 17, 18 e 19
20.
Associação de quantidades aos números 16, 17, 18 e
40
19
Composição e decomposição de números até 19
Cálculo mental e escrito de adição até 19
Cálculo mental e escrito de subtracção até 19
Número 20
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 20
Associação de quantidades ao número 20
Ordenação e comparação (sem uso de sinais <, = e >) 20
dos números, até 20
Composição e decomposição de números, até 20
Cálculo mental e escrito de adição até 20;
Cálculo mental e escrito de subtracção até 20;
140
Sugestões Metodológicas
141
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Traçar linhas de diferentes Comprimento, capacidade-volume e
comprimentos; massa
V Noções intuitivas de medição de
GRANDEZAS Medir comprimentos de objectos; comprimento Resolve problemas que envolvem 20
E MEDIDAS Comparar comprimentos, capacidade- Noção do metro medições.
Noções de capacidade-volume
volume e massa. Noções de massa
142
Sugestões Metodológicas
GRANDEZAS E MEDIDAS
1. Medição de comprimentos
No tratamento de noções intuitivas de medição de comprimentos, os alunos devem comparar
comprimentos, classificar objectos segundo o comprimento e agrupá-los.
O professor deve orientar os alunos na medição de vários objectos (caderno, livro, carteira, lápis e
outros) e espaços (sala de aula, campo de jogos, jardim, horta), usando palmos da mão, pés e passos.
Estas actividades têm em vista mostrar que os resultados obtidos pelos diferentes alunos, ao medir o
mesmo espaço, não são iguais. Em seguida, dois (2) ou três (3) alunos usam o metro para medir o
mesmo espaço e verificarão que o resultado obtido é o mesmo. Assim, revela-se a necessidade da
existência de uma medida padrão, o METRO.
2. Capacidade-volume
No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade e volume, os alunos devem: classificar
recipientes, segundo a capacidade, verificando depois por transvasamento; e agrupar recipientes de
diferentes capacidades.
Enche-se um recipiente, servindo-se de outro mais pequeno e conta-se o número de vezes que foi
necessário para enchê-lo.
O professor pode seleccionar uma série de objectos: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e água, para
dar a noção de capacidade e volume.
O professor mostra uma jarra com água e uma pedra. Em seguida, mostra o nível da água. Pede a
um(a) aluno(a) para mergulhar a pedra na jarra de água, enquanto os outros vão observando. Depois, o
professor pergunta aos alunos: O que aconteceu quando o(a) aluno(a) mergulhou a pedra na jarra?
Possíveis respostas: A água aumentou; a água subiu de nível, etc.
Com base nas respostas dadas pelos alunos, conclui-se que a pedra tem um volume determinado pelo
espaço que ocupa. Os alunos comparam diferentes volumes e capacidades.
O professor deve proporcionar aos alunos várias oportunidades de realizarem manipulações de
transvasamento de líquidos ou areia.
143
Por exemplo: O professor coloca à disposição dos alunos 3 copos (A, B e C), dos quais 2 copos (A e
B) devem ser iguais. A seguir, pede a um aluno para que os encha de água e que tinja um deles com
tinta.
Em seguida, o professor pede ao aluno que despeje o líquido contido em B, para um copo C mais
estreito e pergunta à turma:
Dos copos A e C, qual é que contém mais líquido?
Se os alunos ainda não possuírem a noção de conservação, dirão que há mais água no copo C.
O mesmo poderá acontecer, ao usar-se um copo D de maior secção; os alunos poderão responder que o
copo A é que tem mais água. Isto porque os alunos fazem uma leitura perceptiva, centrada apenas em
um aspecto.
É preciso que sejam realizadas várias experiênciais, para que os alunos possam compreender que a
capacidade se mantém, independentemente da forma do recipiente.
3. Massa
O professor deverá procurar saber se os alunos já viram alguém a pesar produtos na loja, talho,
supermercado, ou mercado.
A seguir, o professor poderá apresentar-lhes diferentes objectos, para eles observarem e decidirem qual
deles é que pesa mais, menos, ou igual. Por fim, os alunos poderão conferir as suas respostas, pesando
os produtos com as suas mãos, como se estas fossem uma balança.
Para o estudo das grandezas, é necessário material variado na sala de aula (réguas, cordas, bandas de
cartão) e recipientes, para a medição de volumes e capacidades.
144
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
aluno
CH
Sugestões Metodológicas
145
Programa de Matemática
2ª Classe
146
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO CH
TEMÁTICA aluno
Ler e escrever números naturais Revisão
- Contagem, leitura, ordenação e comparação de
até 50 números naturais até 50;
Ordenar números naturais até 50 - Composição e decomposição de números naturais
até 50;
Comparar números naturais até Resolve problemas que
I
NÚMEROS NA 50 - Cálculo mental e escrito de adição e subtracção até
50. envolvem números naturais até
TURAIS E 40
Adicionar números naturais até 50.
OPERAÇÕES
50 Contagem e escrita de números naturais até 50
de:
Subtrair números naturais até 50 - 2 em 2;
Contar os números naturais até - 5 em 5;
- 10 em 10.
50.
147
Sugestões Metodológicas
Consolidação dos conteúdos da 1ª classe
A 2ª classe inicia com a consolidação dos principais conteúdos da 1ª classe, que servirão de pressupostos para o tratamento dos novos conteúdos:
a) Contagem progressiva e regressiva;
b) Cálculo oral (mental) e escrito;
c) Decomposição e composição em dezenas e unidades;
d) Determinação do sucessor e antecessor de um número dado;
e) Leitura, escrita, ordenação e comparação dos números naturais;
f) Adição e subtracção até 50.
O professor poderá usar as metodologias sugeridas na 1ª classe, para a consolidação.
Exemplo:
Na consolidação do cálculo mental de operações, tais como: 14 + 3; 7 + 12, os alunos poderão memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas
vezes a parcela menor, independentemente da posição das parcelas. Enquanto que, no que se refere à subtracção do tipo 13 – 9, se pode contar para a
frente a partir do diminuidor até ao diminuendo, ou contar para atrás, a partir do diminuendo até ao diminuidor. O mesmo já não seria aconselhável
para a subtracção do tipo 43 – 9 (onde o diminuendo é maior que 20 e o diminuidor seja um dígito).
Para estes casos, concretiza-se o diminuidor 9, contando para atrás, a partir do diminuendo.
Exemplo: 43, (42, 41, 40, 39, 38, 37, 36, 35, 34). o último número da contagem regressiva, portanto, o 34 é igual a diferença.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Os alunos poderão realizar actividades sobre a contagem 2 em 2, 5 em 5 e 10 em 10, até 50, sem o uso de objectos.
148
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
UNIDADE
CONTEÚDO PARCIAIS CH
TEMÁTICA
O aluno deve ser capaz de: O aluno
Números naturais de 51 a 100
Leitura e escrita de números naturais de:
51 a 60
61 a 70
71 a 80
81 a 90
40
91 a 100
Ler e escrever números naturais até 100
Ordenar números naturais até 100 Ordenação (crescente e decrescente) de
II números naturais até 100; Resolve problemas
NÚMEROS Comparar números naturais até 100 Comparação de números, usando os sinais <, = que envolvem
NATURAIS E
Adicionar números naturais até 100 e >. números naturais
OPERAÇÕES
Dezena e unidade até 100
Subtrair números naturais até 100 Conceito de dezena e unidade
Decomposição de números naturais em dezenas
e unidades
Tabela de posição
60
Adição na forma horizontal e vertical, até 100
Subtracção na forma horizontal e vertical, até
100
Leitura e escrita de números ordinais até 20º
149
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números naturais de 51 a 100
O professor poderá orientar o aluno para contar, progressivamente, de 10 em 10, até 100.
Sugere-se que a formação de números de 51 até 100 seja realizada da seguinte maneira:
50 + 10 = 60
60 + 10 = 70
O aluno deve realizar actividades de recorte e colagem de números, para ordenação e comparação dos mesmos.
O professor explica ao aluno o preenchimento da tabela de posição, a partir da decomposição de números em dezena e unidade, até 100.
O aluno realiza as operações de adição e subtracção, usando números recortados.
O procedimento escrito de adição e subtracção deverá ser explicado na base de tabela de posição. É importante que o professor destaque que,
tanto na adição como na subtracção, a colocação dos algarismos na posição de dezenas e unidades deve ser respeitada. Neste sentido, o aluno
poderá realizar jogos que exijam, primeiro, a definição da ordem que cada algarismo ocupa.
150
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno
O relógio
III Ler e marcar horas inteiras; Horas inteiras Resolve problemas que envolvem
GRANDEZAS Construir relógios; O calendário medidas de tempo. 30
E MEDIDAS Identificar dia, semana, mês e o ano. Dia, semana, mês e ano.
Sugestões Metodológicas
Medição do tempo
O RELÓGIO
O aluno constrói um relógio (mostrador e ponteiros), fixando os ponteiros com pauzinho, atache (fixador dos ponteiros), usando diversos materiais
recicláveis (cartões e caixas), sob a orientação do professor. Para a concretização desta actividade, sugere-se que se recortem cartões e caixas, de
modo a que cada aluno tenha o seu relógio.
O CALENDÀRIO
Trata-se, fundamentalmente, de iniciar os alunos na tomada de consciência da sucessão dos dias da semana, dos meses do ano e de os dotar de um
vocabulário útil, na vida corrente.
Os alunos começam por recordar os dias da semana.
O professor deve iniciar cada dia de trabalho, escrevendo no quadro a data desse dia e as crianças registam no caderno diário, assim como o dia da
semana.
151
Será útil a existência de um calendário na sala de aula. O professor pode orientar os alunos a construí-lo. Deste modo, os alunos familiarizam-se
com ele e tomarão consciência dos dias. Diariamente, os alunos deverão assinalar o dia da semana no calendário.
Em cada segunda-feira, pintam com a mesma cor o sábado e o domingo anteriores (dias em que não foram à escola).
Esta actividade deve manter-se ao longo do ano. Quando acaba o mês, os alunos afixam uma nova folha e começam o mês seguinte.
Uma actividade importante é assinalar, no calendário, os feriados, as datas comemorativas e, também, os aniversários das crianças.
Os alunos realizam vários exercícios de identificação dos feriados e datas comemorativas no calendário, nomeadamente:
1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro, 7 de Abril, 7 de Setembro, 16 de Junho, 25 de Junho, 25 de Setembro, 12 de Outubro, 25 de
Dezembro, Dia da Mãe e do Pai (data variável).
O professor deve controlar os números das datas comemorativas, escritos pelos alunos no quadro e nos seus cadernos.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno
Interpretar o significado da multiplicação, Multiplicação até 50
Noção de multiplicação
como adição de parcelas iguais;
Números pares e ímpares
Identificar números pares e ímpares; Contagem de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100
60
Multiplicação por 2, 3, 4 e 5
Contar de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100;
IV Tábuas de multiplicação
Resolve problemas que
NÚMEROS Efectuar a divisão através de subtracções O dobro, a metade e o triplo de um número envolvem multiplicação por 2, 3,
NATURAIS E
sucessivas; 4, 5 e 10 e de divisão até 50.
OPERAÇÕES Divisão até 50
Noção de divisão
Divisão partitiva como subtracções sucessivas
até 50, com os divisores 2, 3, 4 e 5 60
A divisão como operação inversa da
multiplicação
A divisão por 2, 3, 4 e 5
152
Sugestões Metodológicas
A multiplicação
O professor poderá seleccionar material concretizador para a aula, por exemplo, flores, lápis, cadernos e outros. Os próprios alunos poderão
servir de material concretizador.
Exemplo: o professor poderá formar três grupos de dois alunos cada e colocá-los em frente da turma, para permitir a observação dos outros.
Depois pergunta à turma:
Quantos alunos estão à frente?
Quantos grupos são?
Quantos alunos estão em cada grupo?
A partir das respostas dadas pelos alunos, o professor explica o conceito de multiplicação através de adição sucessiva de parcelas iguais: 2 + 2
+2=6
Quantas vezes aparecem os dois (2)? 2 + 2 + 2 “São três vezes, os dois” 3 x 2 = 6. Analogamente, introduz-se a multiplicação por 3, 4, 5 e 10.
Os problemas e exercícios com distribuições rectangulares ajudam a realçar a estrutura multiplicativa. No nosso dia-a-dia, observamos diversas
distribuições rectangulares: uma embalagem, cartão ou favos de ovos, uma caixa de refrescos, uma janela rectangular com vários vidros e
outras.
Noção de divisão
A noção de divisão deve ser explorada a partir de situações-problema que envolvem raciocínios de divisão, relacionando com as três operações
já estudadas, tendo em conta que:
A divisão está relacionada com a multiplicação, pois a divisão é a operação inversa da multiplicação;
154
d) Raciocínio que envolve a multiplicação:
Neste raciocínio, o aluno resolve a divisão, aplicando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação.
15: 3, pensa no número que, multiplicado por 3, dá 15. E neste caso, é o 5.
Assim conclui-se que, o pacote dá para 5 dias.
Numa primeira fase, o aluno tem a liberdade de escolher a estratégia que melhor se coadune com a sua forma de raciocinar e maior segurança lhe der.
Após a resolução de um problema, o professor deve pedir aos diferentes alunos para explicarem as estratégias no quadro, descrevendo o caminho
utilizado até chegar à solução.
Pouco a pouco, os alunos vão adquirindo a capacidade de escolher a estratégia que melhor se adapte à sua maneira de pensar.
Mais tarde, eles serão obrigados a resolver os problemas de divisão usando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação, que é o ideal.
Para a consolidação da divisão, o professor poderá apresentar vários problemas, tais como:
Problema 1: O pai do João comprou 12 cadernos para oferecer aos seus 4 filhos.
Problema 2: A Yolanda comprou 15 ramos de flores. Ela tem 5 vasos e quer colocar, em cada vaso, o mesmo número de flores.
155
Objectivos Específicos
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno
Traçar linhas curvas e rectas; Figuras e sólidos geométricos
Identificar segmento de recta;
Linhas curvas e rectas
Distinguir figuras planas através de
decomposição de sólidos geométricos e Noção de segmento de recta
V objectos;
ESPAÇO E Desenhar e pinta figuras planas; Figuras planas (quadrado, Resolve problemas que envolvem
40
rectângulo, triângulo e círculo) figuras e sólidos geométricos.
FORMA Moldar e modelar os sólidos
geométricos; Sólidos geométricos (bloco, cubo,
Relacionar as figuras e os sólidos esfera e cilindro)
geométricos com os objectos da vida
real.
Sugestões Metodológicas
ESPAÇO E FORMA
Em muitos lugares, tais como lojas, mercados, casas, podemos encontrar produtos em pacotes, caixas, latas, por exemplo caixa de fósforo,
pacote de chá, de margarina, de sumo, caixa de refrescos, uma lata de azeite e outros. Os alunos vão aprender as linhas curvas e rectas, as
figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo e círculo), a partir da decomposição de modelos de sólidos geométricos escolhidos para
identificação de faces rectangulares, quadrangulares, triangulares e circulares.
156
IDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno
O aluno deve ser capaz de:
Identificar moedas e notas do dinheiro
moçambicano;
O Metical 20
Decalcar e recorta moedas; Moedas e notas do dinheiro moçambicano:
Cantar canções que valorizam o Moedas (1 MT, 2 MT, 5 MT e 10 MT)
Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT) Resolve problemas do
metical. quotidiano, que envolvem
noções de comprimento,
VI Medir pequenos comprimentos, capacidade e massa;
GRANDEZAS
usando unidades não padronizadas (o Resolve problemas
E MEDIDAS
Comprimento, capacidade e massa quotidianos de compra e
palmo, o pé e o passo) como base para
venda em estabelecimentos
Noção de metro (m)
conhecer as unidades padronizadas. improvisados;
30
Noção de centímetro (cm)
Realizar experiências que
Noção de quilograma (kg)
conduzam à noção de capacidade e
massa. Noção de litro (l)
157
Sugestões Metodológicas
161
A melhor maneira de aprender a medir é permitir, à criança, a sua máxima espontaneidade. Portanto,
colocado o aluno perante um problema de medição - por exemplo saber o comprimento da carteira – o
professor não lhe deve dar qualquer sugestão. Ele encontrará o seu próprio modelo.
Quanto mais variadas forem as experiências que tiver de realizar, mais profunda será a sua compreensão
do acto de medir e mais facilmente resolverá problemas que envolvam medidas. Neste caso, a interacção
entre alunos é muito importante para o desenvolvimento de competências individuais e colectivas.
Medição de comprimentos
1ª Actividade
Os alunos observam dois objectos, por exemplo dois lápis e, por comparação directa, sobrepondo-os,
verificam qual é o mais comprido.
2ª Actividade
O professor mostra dois lápis, de comprimentos sensivelmente iguais e coloca-os em dois sítios diferentes,
por exemplo, um em cada extremidade da secretária. O professor pede aos alunos que digam qual dos lápis
é mais comprido, mas sem os deslocar.
O professor deixa os alunos reagirem à vontade. O objectivo é fazê-los sentirem a necessidade de utilizar
um meio intermediário de comparação. Neste caso, já não é possível comparar os objectos directamente.
3ª Actividade
O professor propõe aos alunos que meçam o comprimento da carteira. É natural que eles recorram às mais
variadas unidades de medida: lápis, caneta, pau de giz, pauzinho, palmos e outros. Perante a diversidade
de soluções obtidas, é importante discutir a necessidade de utilizar a mesma unidade de medida por todos
os alunos.
Uma vez escolhida a unidade de medida - por exemplo, uma banda de papel - é importante que os alunos
verifiquem a impossibilidade de, por vezes, exprimir o resultado de uma medição por um só número. Daí a
necessidade de construir um sistema arbitrário de unidades, obtido, por exemplo, dobrando a banda de
papel, sucessivamente, em duas partes iguais.
A
162
C
Medição de capacidades
A B C
Medição de massa
Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriormente descritos. O aluno
começa por fazer comparações, servindo-se das mãos e da balança de braços iguais. Depois, passa a
163
utilizar unidades de medida, que começam por ser pouco rigorosas (pedras, por exemplo). O aluno
rapidamente apercebe-se de que a escolha tem que ser mais criteriosa. Escolhe, por exemplo, as tampinhas
das garrafas de refrescos. Se os alunos vivenciarem diversas experiências de medições de comprimentos,
capacidades e pesos, a passagem para o 2º ciclo, para as respectivas unidades do sistema métrico, far-se-á
facilmente.
164
Programa de Educação Física
1º Ciclo
161
Introdução
A Educação Física é um dos direitos fundamentais do cidadão, devendo ser garantida pelo
sistema educativo e por outras instituições sociais.
O presente programa tem como propósito imprimir uma dinâmica às aulas desta disciplina, na
perspectiva de, simultaneamente, desenvolver o sentido de cidadania, habilidades práticas,
ocupacionais e etnoculturais, isto é, valorizando os conhecimentos das práticas da comunidade
onde a escola está inserida.
A ideia central é começar por jogos e exercícios simples para desenvolver a motricidade e as
habilidades da criança, num período de adaptação e, gradualmente, ir aumentando o grau de
exigências de acordo com a idade do aluno.
nas duas classes, em forma de espiral, diferenciando-se no grau de exigências, segundo o nível
de desenvolvimento das capacidades motoras e da idade.
162
Visão geral dos conteúdos do 1º Ciclo
1ª CLASSE 2ª CLASSE
UNIDADE CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA
Exercícios de organização e controlo Exercícios de organização e controlo
Formatura básica com a marcação de distância Marcha no lugar em deslocamento seguindo a contagem
Marcha seguindo o compasso e a contagem do Exercício de mudanças de formatura
professor Conversões (Giro)
Exercícios de desenvolvimento físico geral Exercício de orientação espacial
Jogos de orientação espacial através da contagem Conversões seguindo a orientação do professor
Exercícios de orientação espacial Exercícios de coordenação motora
Exercícios de orientação usando jogos de Exercícios de ordem seguindo a orientação
GINÁSTICA numeração
8 Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha 8
DE BASE Exercícios de coordenação motora Exercício de baloiçar em objectos e equilibrar uma bola ou
Jogos de corridas em diferentes velocidades objecto na cabeça
Jogos de deslocamento em grupos Exercícios de desenvolvimento físico geral
Exercícios de equilíbrio portando objectos
Exercícios de imitação de animais, ofícios entre
outros
Jogos de lançamento e recepção
Exercícios de agilidade
Exercícios de coordenação motora
Jogos com a bola Passe e recepção da bola
Jogos educativos Jogos de passe e recepção com contagem
JOGOS
Jogos com a bola feita pelos alunos Jogo de neca
EDUCATIVO 12 12
Jogos reduzidos Jogo de mata-mata
S
Exercícios de imitação de animais Jogos educativos
Jogos de lançamento de precisão
Jogos e danças típicas da localidade onde a escola se encontra
JOGOS E
DANÇAS Jogos e danças tradicionais
14 14
TRADICION Jogos e danças da região
AIS
167
Programa de Educação Física
1ª Classe
168
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
Ginástica de Base
Nas formaturas, o professor deve prestar maior atenção à correcção de erros de execução, assim
como às posições básicas necessárias para criar as rotinas organizativas que facilitam a
aprendizagem.
A marcha deve ser acompanhada por contagem marcada pelo professor, para permitir uma melhor
organização da turma, uma vez que os alunos seguirão o compasso da contagem para a sua
execução.
Os jogos de corridas devem ser alternados com marchas, para se evitar monotonia, e não devem
ser prolongados.
Os exercícios de desenvolvimento físico geral (flexões, torções, circunduções entre outros) não
devem ser de longa duração, e deve-ser realizados com canticos, que indicam a acção a realizar.
Nos exercícios de equilíbrio, deve-se usar material de fácil acesso, (pauzinhos, pedras pequenas,
entre outros). Estes exercícios de equilíbrio podem ser sobre uma perna, correr ou saltar com uma
perna, entre outros.
O espaço físico a utilizar para a aula deve ser limitado, de modo a permitir o controlo do
cumprimento das regras dos jogos e das diferentes formas organizativas.
A presença dos alunos nas primeiras aulas facilita a organização da turma e, sempre que possível,
os alunos devem formar da mesma maneira, para permitir maior aproveitamento do tempo na
organização das crianças.
No início de cada aula, o professor deve velar pela saúde dos alunos, os que estiverem com
alguma doença devem ser retirados da aula, podendo ser recomendados a velar pelo cumprimento
de regras.
Jogos Educativos
Os jogos com a bola não podem ser desportivos, e devem ser realizados por todos os alunos.
Nos exercícios de imitação de gestos e vozes de animais, o professor, para além de dizer o nome
do animal, poderá mostrar a imagem para o desenvolvimento da leitura.
O ensino de jogos tradicionais deve começar pelos mais praticados na região, podendo ser
sugeridos pelos alunos.
Na medida do possível, as danças tradicionais podem ser acompanhadas com uma música ou uma
canção para tornar a aprendizagem mais lúdica.
No final de cada aula, o professor deverá fazer uma pequena avaliação sobre o decurso da mesma,
devendo destacar os alunos que mais se dedicaram e encorajar que os outros sejam melhores para
as próximas aulas.
171
Programa de Educação Física
2ª Classe
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH
TEMÁTICA
Marchar no lugar ao compasso do Executa a marcha no lugar e em
professor; Exercícios de organização e controlo deslocamento;
Formar por ordem da altura; Jogos de corrida a diferentes velocidades Executa acções de abrir e fechar
Marcha no lugar em deslocamento, seguindo a formaturas;
contagem Executa a formatura para cantar o
Jogos de orientação espacial através da Hino Nacional e o içar da
contagem bandeira.
Formar fileiras e colunas Exercício de mudanças de formatura Orienta-se no espaço em diferentes
GINÁSTICA DE Executar acções de orientação Exercício de orientação espacial direcções (esquerda, direita, frente
8
BASE espacial Exercícios de coordenação motora e atrás);
Efectuar conversões simples Exercícios de ordem, seguindo a orientação Executa mudanças de formatura
no lugar, tomando os pontos do
recinto como referência.
Caminhar sobre uma linha traçada Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha Realiza jogos de equilíbrio;
no solo, a pé cochinho; Exercícios de baloiçar em objectos, equilibrar Executa acções de coordenação
Realizar exercícios de uma bola ou objecto na cabeça óculo-manual.
deslocamentos em diferentes Exercícios de desenvolvimento físico geral
direcções
Jogar a bola com as mãos e os pés; Passe e recepção da bola Joga a bola com qualquer parte do
Realizar jogos de passes e recepção Jogos de passe e recepção com a contagem corpo;
6
com contagem crescente e Jogos de lançamentos por equipas de 6 Obedece as regras do jogo.
JOGOS decrescente até 10 elementos
EDUCATIVOS Efectuar diferentes tipos de jogos Jogo de neca Colabora com os colegas; 6
conhecidos pelos alunos; Jogo de mata-mata Aceita o resultado do jogo.
Jogos educativos
Jogos de lançamento de precisão
Cantar e dançar canções conhecidas Jogos e danças típicas da localidade onde a Respeita as regras de jogo;
JOGOS E
pelos alunos; escola se encontra Pratica danças tradicionais da
DANÇAS 14
Realizar jogos tradicionais região.
TRADICIONAIS
conhecidos pelos alunos.
Sugestões Metodológicas
Para a 2ª classe, o professor deve ter em conta o desenvolvimento das capacidades
motoras das crianças em relação a primeira classe, e por conseguinte o nível de exigência
deve ser maior. O professor poderá recorrer às sugestões metodológicas da primeira
classe, sempre que se julgar necessário.
Na medida do possível, o professor deve incluir os alunos com deficiência na aula, dando
tarefas que possam realizar na aula.
Ginástica de Base
Na ginástica de base, para a segunda classe, deve-se incluir algumas conversões simples
no lugar. Estas devem ser breves e não devem exceder mais de um tipo na mesma aula.
Na realização dos exercícios de coordenação motora, é importante que se preste atenção à
lateralidade e às conversões.
Os giros devem ser realizados no lugar e para esta classe recomenda-se que sejam
simples, ou seja de 90º para transformar colunas em fileiras e vice-versa. Ao mesmo
tempo que os alunos forem executando as converções, o professor deve ir explicando o
tipo de formatura adoptado antes e depois do giro.
Deve-se prestar atenção à correcção de erros de execução em todo o momento, mas para
se evitar a quebra do movimento ou exercício, os mesmos devem ser corrigidos de uma
forma geral para todos os alunos.
Jogos Educativos
Na realização dos jogos educativos, o professor deve ter em conta a consolidação das
competências desenvolvidas na primeira classe. O aluno realiza jogos que vão
aumentando de grau de complexidade, por exemplo, reduzindo o espaço do jogo ou
aumentando o número de jogadores.
O cumprimento das regras do jogo é de carácter obrigatório, pelo que o professor deve
prestar atenção a este aspecto.
174
Recomenda-se o seguimento das regras ou metodologias de ensino dos jogos e danças
tradicinais para que o professor possa facilitar a execução dos mesmos. Nos casos em que
o professor não conheça a dança ou o jogo, o aluno fará uma explicação sobre a forma de
execução, as regras e desta forma o professor poderá ensinar tendo em conta a
metodologia aplicada.
175