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COMUNICAÇÕES ÓPTICAS

FIBRA ÓPTICA (COOP)

Curso Técnico de Telecomunicações

FIEB – Brasilio Flores de Azevedo


Unidade Jd. Belval

Prof. André Vinícius Ribeiro


andre.ribeiro@docente.fieb.edu.br
www.fieb.edu.br
Prof. André Ribeiro
FIEB Brasílio Flores de Azevedo - Unidade Jd. Belval – Curso Técnico em Telecomunicações – Prof. André V. Ribeiro – andre.ribeiro@docente.fieb.edu.br
AGENDA
• Breve histórico de comunicações ópticas;
• Natureza da luz;
• Conceito de fibras ópticas;
• Tipos de fibras ópticas;
• Janelas de transmissão ópticas;
• Conceito de atenuação e dispersão;
• Perdas ópticas;
• Cabos ópticos;

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Breve Histórico

A ideia de utilizar a luz como meio de


comunicação, não foi um privilégio do homem
moderno. Desde cedo, o homem já utilizava a luz
solar aliado a um espelho e outro objetos
interpostos a luz solar, conseguiu-se transmitir
informações de um lugar a outro.

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Breve Histórico
No século XVIII, o engenheiro francês Claude Chappe,
desenvolveu um sistema de comunicações ópticas conhecido como
Sémaphore, considerado o primeiro telegrafo óptico, baseado em
um dispositivo com braços mecânicos, instalado no alto de uma torre e
operado manualmente, permitia a transmissão de sinais em distâncias
consideráveis.

Claude Chappe Primeiro telegrafo óptico e seus códigos

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Breve Histórico
Em 1870, o pesquisador inglês John Tyndall realizou experiencias
nas quais demonstrava se possível conduzir luz através de um fluxo
de água baseando principio físico de reflexão total.
Utilizando um balde com água e furado e o sol como fonte de luz,
ele observou que à medida em que o fluxo de água passava pelo furo,
ele era iluminado pela luz do sol e a essa luz seguia o fluxo de agua
até o chão.

Experimento de Tyndall
John Tyndall
https://www.youtube.com/watch?v=F69tWoZa4ic&t=129s

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Breve Histórico
Em 1880, Alexander Graham Bell apresentou e patenteou um sistema
óptico para uso em telefonia e o chamou de Photophone. Esse aparelho
empregava a luz do sol que refletia a partir de um espelho que vibrava ativado
pela voz, chegava até um dispositivo baseado numa vareta de selênio, cuja
resistência elétrica mudava conforme intensidade de luz atingia a superfície. A
vareta era conectada em uma cápsula receptora alimentada por uma bateria e
esse conjunto reproduzia o som da voz humana do outro lado do receptor.

Photophone
Alexander Graham Bell
https://www.youtube.com/watch?v=Kc9Mjzfowcs

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Breve Histórico
Todas as iniciativas de transmissão da energia luminosa pelo ar
encontravam obstáculos e o desenvolvimento dos sistemas ópticos
em estruturas sólidas geralmente esbarrava na falta de
disponibilidade de um meio adequado para a transmissão da luz.
A atmosfera, sujeita a diversos tipos de interferências como chuva,
neblina, neve, poeira etc., mostrava bastante limitada.

Também havia o inconveniente de que o transmissor e o


receptor deveriam estar visíveis entre si, o que causava grandes
dificuldades para a comunicação. Todos esses fatores acabaram
estimulando a busca de novas alternativas para o modo de
transmissão da luz. Muitos pesquisadores tentaram solucionar esses
problemas buscando transmiti-la na forma de trajetórias
curvilíneas.

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Breve Histórico
Em 1953, o pesquisador indiano Narinder Singh Kapany
desenvolveu fibras de vidro com revestimento e introduziu o termo
Fibra Óptica e assim começaram a surgir condições tecnológicas para
a transmissão da luz de maneira guiada.

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Breve Histórico
Em 1958, o laser foi inventado e após varias pesquisas, no ano de
1960 foram realizados testes na área de telecomunicações e
comprovou-se que a fibra seria capaz de substituir os cabos
metálicos em algumas aplicações.

No ano de 1970 houve avanços na tecnologia optoeletrônica, com


o desenvolvimento de dispositivos emissores de luz como o LED (Light
Emitting Diode) e o Laser Diode.

A partir de 1976 foram instalados na Inglaterra os primeiros


sistemas de transmissão com fibras ópticas, entrando em operação o
primeiro sistema óptico comercial que utilizava um enlace de fibra
óptica de 1,4km para distribuição de sinais de televisão por cabo.

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Breve Histórico
Foi no ano de 1980 com o desenvolvimento das comunicações e
da informática, as aplicações da fibra óptica não se limitaram ao
campo das telecomunicações, chegando as áreas da indústria,
medicina, astronomia, militar, automação industrial e residencial
etc. 
Os esforços foram orientados a buscar sistemas com maiores
eficiências, com maiores capacidades de transmissão e maior
alcance com a utilização de menos repetidores. 

O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a dominar a


tecnologia de fibras ópticas, ainda no final da década de 70. A
UNICAMP foi o primeiro instituto a desenvolver a tecnologia e fabricar
fibras ópticas nessa época. 

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Natureza da Luz
• O que é luz?
• A luz é um raio?
• A luz é onda?
• A luz é partícula?

• Resposta: Luz é Luz.

A luz é um fenômeno da natureza que para ser explicado


necessita de modelos adequados.

Assim o raio luminoso é a representação da luz segundo o


modelo da óptica geométrica; a onda segundo o modelo da
óptica física; e a partícula segundo o modelo da física quântica.

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Natureza da Luz: Onda Eletromagnética
A luz tratada como uma onda eletromagnética de frequência muito alta
e comprimento de onda muito curto, conforme modelo adotado pela
óptica física. 

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Características da Onda Eletromagnética
No vácuo (espaço livre), as OE se propagam a uma velocidade de:

C=3x108 m/s 
(valor utilizado na atmosfera). Nos meios materiais, a velocidade da luz se modifica: ela depende
do material e da estrutura de guiamento que pode estar presente.
A relação ente o comprimento de onda e a frequência estão relacionados pela expressão:

A frequência do sinal luminoso é determinada pela fonte emissora de luz e não se modifica
quando a luz atravessa de um material para outro. Em vez disso, a diferença de velocidade de
propagação causa uma mudança do comprimento de onda. 

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Natureza da Luz: Partícula de Luz

A partícula elementar de luz é chamada de Fóton. 

Ele representa a menor unidade de luz, isto é, não é possível


decompor a luz em divisões menores que o fóton. Os feixes de luz,
normalmente, contêm um número imenso de fótons.

A natureza de partícula da luz é utilizada no estudo das fontes


luminosas e dos fotodetectores. 

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Natureza da Luz: Óptica Geométrica 
No ponto de vista da óptica geométrica a luz é tratada
como um raio que se propaga no vácuo a uma velocidade
de 300.000.000 m/s.

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Natureza da Luz: Óptica Geométrica 
• Refração: consiste na mudança da velocidade da luz ao passar de um
meio para o outro. O índice de refração é uma medida indireta da
velocidade de propagação da luz e indica a transparência do material,
utilizado para calcular a diferença entre o ângulo de incidência e o
ângulo de refração do feixe luminoso (antes e após penetrar no novo
meio).  

Obs: N >1

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Natureza da Luz: Óptica Geométrica 
• Reflexão Total:  Quando a luz incide sobre uma superfície polida, como
ocorre nos espelhos, ela é totalmente refletida, ou seja, retorna ao meio de
origem. Essa reflexão pode ser retangular, quando os raios de luz incidem
sobre uma superfície totalmente polida e são refletidos todos na mesma
direção e paralelos entre si; reflexão difusa os raios de luz incidem sobre
uma superfície irregular e são refletidos em diferentes direções. 

Reflexão Difusa

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Natureza da Luz: Óptica Geométrica 
• Os raios de luz se propagam em linha reta, a não ser que sejam defletidos
por algum obstáculo ou mudança de alguma característica do meio; 
• Em uma interface plana entre dois meios, um raio de luz é refletido de tal
forma que o ângulo do raio refletido em relação à reta normal à interface é
igual ao ângulo do raio incidente.
• A direção do raio de luz que atravessa a interface entre dois meios é
dada pela lei de Snell - Descartes.

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Natureza da Luz: Óptica Geométrica 
• Ângulo Crítico: quando o raio de luz atinge a superfície de um meio
em um ângulo oblíquo específico, o raio não é curvado ele é
refletido. O ângulo sob o qual isso ocorre é único para todas a
superfícies temos o chamado ângulo crítico. 

• No ângulo crítico, a luz é refletida de volta a superfície e permanece


dentro do meio mais denso.

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Fibra Óptica: Modo de Propagação
O raio refratado, resultante da refração de um raio incidente em um
meio de índice de refração diferente do meio em que a luz já vinha
trafegando, fica confinado dentro da fibra por meio do fenômeno da
reflexão total. 

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Fibra Óptica: Definição
A fibra óptica é um pequeno filamento de vidro capaz de conduzir a luz
pelo seu interior.  Ela tem diâmetros ínfimos da ordem de alguns
micrometros (mais fino que um fio de cabelo) podendo chegar a vários
milimetros (fibra usada para iluminação e decoração de ambientes). 
A F.O. é composta por um material dielétrico, normalmente sílica
(vidro com impurezas) ou mesmo plástico, capaz de confinar luz em
seu interior, possibilitando que pulsos luminosos possam ser
codificados, estabelecendo uma comunicação entre suas extremidades.

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Fibra Óptica: Estrutura Básica
Sua estrutura básica é formada por uma região central, chamado
Núcleo, constituída de um material dielétrico (em geral vidro),
envolta por uma camada chamada de Casca, também de material
dielétrico (vidro ou plástico) com índice de refração ligeiramente
inferior ao do núcleo, oferecendo condições à propagação de
energia luminosa através do núcleo pelo mecanismo de reflexão
total. 

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Fibra Óptica: Estrutura Básica
Os filamentos podem ter diâmetros diferentes de acordo com sua aplicação, dando
origem as fibras monomodo (Single Mode – SM) de multímodo (Multi Mode – MM).
O diâmetro da casca compreende o diâmetro externo da fibra e o valor situa-se em
125 µm. O diâmetro externo pode variar entre 125 µm e 900 µm. Para efeito de
especificação da fibra óptica, consideramos os diâmetros de núcleo e casca
respectivamente: 

• 62,5/125 µm
• 50/125 µm
• 9/125 µm

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Fibra Óptica: Tipos de Fibras

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Fibra Óptica: Tipos de F.O.

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Fibra Óptica: Multimodo Degrau
Quando o índice de refração do núcleo é constante e ligeiramente superior ao índice de
refração da casca; 

Construídas de um único tipo de material para compor o núcleo (plástico, vidro, etc.) com
dimensões que variam de 50 µm a 400 µm.  

Simplicidade quanto à fabricação;

Apresentam capacidade de transmissão limitada; Alta atenuação: maior que 5 dB/Km e


pequena largura de banda (menor que 30 MHz/km).

São aplicadas em transmissão de dados em curta distância e iluminação;

Permitem o uso de fontes luminosas mais baratas como LEDs e facilitam o


acoplamento a tais fontes devido ao tamanho da abertura do diâmetro de seu núcleo;
requerendo pouca precisão na junção dos conectores; 

Além de telecomunicações são utilizadas na medicina (fibras de plástico) para


transmissão de luz e imagens como por exemplo em exames de endoscopia, cateterismo
e colonoscopia entre outros; 
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Fibra Óptica: Multimodo Gradual
Quando o índice de refração do núcleo varia continuamente do centro da fibra para a casca, o perfil de
índice de refração é dito do tipo gradual e a fibra, chamada de fibra índice gradual; 

O seu núcleo é composto por vidros especiais com diferentes valores de índice de refração (várias
camadas de vidro), os quais têm como objetivo diminuir as diferenças de tempo de propagação da luz no
núcleo, devido aos vários caminhos possíveis que a luz pode tomar no interior da fibra, diminuindo assim
a dispersão e aumentando a largura de banda passante. 

Materiais utilizados na sua fabricação e dimensões : 


Núcleo: Sílica dopada – 50/62,5/85 µm  - Casca: Sílica Pura - 125 µm. 

Opera nos comprimentos de onda: 850 e 1300nm

Atenuação típica de 3dB/km em 850nm;

Utilizadas em  redes de computadores LAN (1Gbps a 10Gbps) ambientes internos;

Interconectar sites e campus com distâncias entre 6 e 20Km;  

Moderada complexibilidade na fabricação e dimensões; acarretando em uma conectividade relativamente


simples  e uma capacidade de transmissão alta; 

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Fibra Óptica: Monomodo – Single Mode - SM
O feixe luminoso se propaga em linha reta sem realizar reflexões  internas,
evitando assim vários caminhos de propagação da luz dentro do núcleo;

Dimensões: 2 µm a 10 µm para o núcleo;  80 µm a 125 µm para a casca; 


Materiais utilizados: Sílica pura e Sílica Dopada. 

Requer uso de dispositivos e técnicas de alta precisão para a realização de


conexões entre segmentos de fibras e do acoplamento da fibra com as fontes e
detectores luminosos; 

Atenuação: 0,35 dB/Km em 1300nm e 0,20 dB/Km em 1550nm;

Grande largura de banda da ordem de 10 a 100 Gbps

Ideal no uso de redes de longa distância; 

Dificuldade na sua conectividade devido as suas dimensões reduzidas;  


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Fibra Óptica: Comparativo MM x SM

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Fibra Óptica: Comparativo MM x SM

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Fibra Óptica: Janelas de Transmissão
As fibras não transmitem todos os comprimentos de onda da luz
com a mesma eficiência. A transmissão de informação através de
fibras ópticas se realiza mediante a modulação, ou seja, variação de
um feixe de luz que no espectro de cores da luz se encontra abaixo da
faixa infravermelho, porque a atenuação dos sinais ópticos é muito
maior para faixa de luz visível (comprimentos de onda de 400 nm a
700  nm) do que a luz nas proximidades da região do infravermelho
(comprimentos de onda de 700 nm a 1600 nm.

As fibras se caracterizam pela existência de regiões onde a


atenuação é mínima, as faixas espectrais de comprimentos de onda
denominadas janelas de transmissão óptica. 

Os sistemas ópticos foram desenvolvidos segundo a ordem das


janelas e operam hoje na região espectral de 0,7 mm a 2,0 mm nas
janelas ópticas de baixa atenuação. 
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Fibra Óptica: Janelas de Transmissão

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Fibra Óptica: Janelas de Transmissão

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Fibra Óptica: Bandas de Transmissão

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Fibra Óptica: Janelas de Transmissão

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Fibra Óptica: Limitações da fibra
Atenuação limita a distância

Dispersão limita a taxa de transmissão

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Fibra Óptica: Dispersão

• A atenuação e a taxa de transmissão em uma


fibra são completamente independentes uma da
outra;

• A atenuação reduz a amplitude do campo óptico;

• A dispersão modifica a forma de onda;

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Fibra Óptica: Dispersão
Dispersão é o fenômeno que ocorre na propagação de campos
eletromagnéticos em meios materiais, causando atrasos na
propagação destes campos.  

Na fibra óptica, o fenômeno de dispersão está associado ao fato de que


os sinais podem ser transmitidos com velocidades diferentes, resultado
dos diferentes atrasos de propagação dos modos que transportam a
energia luminosa, tendo como efeito a distorção dos sinais transmitidos
e impondo uma limitação na sua capacidade de transmissão.  

São observadas em fibras ópticas três tipos de dispersões:

• Dispersão Modal;
• Dispersão Cromática;
• Dispersão dos modos de polarização;

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Fibra Óptica: Dispersão Modal 
Dispersão Modal: está relacionada com os diferentes modos de
propagação na fibra que têm diferentes caminhos ópticos, levando a
diferentes atrasos do sinal na fibra. É um problema típico em fibras
multimodos. 

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Fibra Óptica: Dispersão Cromática
Dispersão Cromática: A dispersão cromática é o resultado da ação
conjunta das dispersões modal e da guia de onda. Refere-se ao atraso
diferencial que os diversos componentes espectrais do pulso ou do
sinal experimentam. É a principal fonte de atraso em fibras
monomodo. 

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Fibra Óptica: Dispersão Modo de Polarização
A PMD (Polarization Mode Dispersion) é
uma propriedade fundamental da fibra óptica
monomodo em que a energia do sinal a um
dado comprimento de onda é composta por
dois modos de polarização ortogonais com
velocidades de propagação diferentes. A
PMD causa sérias deteriorações na
capacidade de transmissão dos sistemas,
incluindo o espalhamento de pulso. Ela em
qualquer comprimento de onda do sinal é
instável, forçando os projetistas de sistemas a
fazer as previsões estatísticas de PMD no
sistema de transmissão digital; diferente da
dispersão cromática, cujo fenômeno é
relativamente estável, podendo ser calculado
e mitigado. A PMD é causada pela assimetria
no eixo de diâmetro do núcleo (seção
transversal elipsoidal ao invés de circular)
resultante do processo de fabricação, por
tensão externa na instalação dos cabos ou
até mesmo pela dilatação causada pela
temperatura. Nos sistemas com taxas de
transmissão abaixo de 10 Gpbs a PMD não é
relevante.
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Fibra Óptica: Atenuação

Atenuação de uma fibra óptica é definida pela


relação entre a potência luminosa na entrada da
fibra e a potência luminosa na saída da fibra e
determina a distância máxima de transmissão do
sinal óptico. 

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Fibra Óptica: Atenuação

Atenuação de uma fibra óptica é definida pela relação entre a potência


luminosa na entrada da fibra e a potência luminosa na saída da fibra e
determina a distância máxima de transmissão do sinal óptico.
Ps 1
α f = 10log × , [ dB/
Pe L
km ]

Onde: αf → atenuação sofrida na fibra (dB/Km)

Ps → potência óptica de saída (Watts)

Pe → potência óptica de entrada (Watts)

L → comprimento da fibra (Km)

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Fibra Óptica: Atenuação

• Absorção pelo material que compõe a fibra;


• Irradiação devido a curvaturas;
• Espalhamento pelo material;
• Perdas por modos vazantes;
• Perdas por micro e macro curvaturas;
• Atenuação em emendas e conectores;
• Perdas por acoplamento no início e final da fibra; 

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Fibra Óptica: Absorção
O vidro, mesmo aquele com elevado grau de pureza, absorve energia
luminosa dentro de regiões específicas de comprimento de onda. Isso
ocorre pela conversão da luz em calor pelas moléculas do vidro.

Absorção Intrínseca: É causada pela interação da luz com um ou mais


componentes do material que compõe a fibra, e ocorre com maior
intensidade na faixa de comprimentos de onda na região do ultravioleta do
espectro eletromagnético, designada por absorção UV.

Absorção extrínseca: É causada pela interação da luz com impurezas do


material, resultado da contaminação de impurezas que a fibra experimenta
durante o processo de fabricação. O principal responsável é a Oxidrila (OH -)
residual conhecida como atenuação pico de água (WPA – Water Peak
Attenuation).

Absorção por defeitos estruturais: resulta do fato de a composição do


material da fibra estar sujeita a imperfeições.
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Fibra Óptica: Absorção devido OH-
Picos de atenuação devido aos íons OH-

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Fibra Óptica: Absorção devido OH-
Com a evolução
na técnica de
fabricação os
picos diminuíram

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Perdas por Espalhamento
As perdas por espalhamento incluem reduções na amplitude do 
campo guiado por mudanças na direção de propagação, causadas 
pelo próprio material e por imperfeições no núcleo da fibra. Isto é,
as  perdas por espalhamento ocorrem em função do desvio da luz em
diferentes direções;

O espalhamento linear refere-se à transferência de uma parcela da luz


de um modo de propagação para outros modos, quando a
quantidade de energia transferida for diretamente proporcional à
potência da luz guiada;

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Perdas por Espalhamento
• O espalhamento é causado por:
– Flutuações térmicas;
– Variações de pressão;
– Pequenas bolhas;
– Variação no perfil de índice de refração;

Luz espalhada

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Perdas por Espalhamento

➢ Espalhamento de Rayleigh
Espalhamentos
➢ Espalhamento de Mie lineares

➢ Espalhamento estimulado de Brillouin Espalhamentos


➢ Espalhamento estimulado de Raman não-lineares

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Perdas por Espalhamento
• O espalhamento Rayleigh é o mais importante e resulta de irregularidades 
submicroscópicas na composição e densidade do material, que podem surgir
durante o processo de fabricação da fibra ou em função de irregularidades
própriass na estrutura molecular do vidro que compõe a fibra óptica. Estas são
bem  pequenas quando comparadas ao comprimento de onda de transmissão
(inferior  a 10%);

• O espalhamento de Mie pode ser observado quando as irregularidades da


fibra  têm dimensões comparáveis ao comprimento de onda da luz guiada.
Quando são  superiores a 10% do comprimento de onda do feixe óptico;

• As irregularidades neste caso são: bolhas, minúsculos defeitos na interface do 


núcleo com a casca, variações no diâmetro da fibra, sinusoidades no eixo 
conhecidas como microcurvaturas.

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Perdas não-Lineares
• No espalhamento estimulado de Brillouin ocorre uma modulação da luz
causada  pelas vibrações. O máximo de desvio da frequência ocorre no sentido 
oposto ao originalmente estabelecido na fibra. Este espalhamento é um
fenômeno que excita uma onda retrógrada no núcleo. É  possível percebê-lo
quando a potência guiada ultrapassa alguns miliwatts;
• O espalhamento estimulado de Raman refere-se à transferência da energia
óptica  que ocorrerá em bandas laterais mais separadas em relação ao
comprimento de onda original. As frequências espalhadas serão maiores do
que a do espalhamento de Brillouin;
• O espalhamento de Raman se verifica quando a potência aplicada for grande, 
da ordem de 10 a 1.000 vezes maior do que no caso do espalhamento de 
Brillouin;
• As bandas laterais resultantes deste efeito podem estar separadas de até
200nm.  O efeito predominante é no sentido direto da propagação.

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Perdas não-Lineares

• O espalhamento de Raman se verifica quando a potência aplicada for grande,


da ordem de 10 a 1.000 vezes maior do que no caso do espalhamento de
Brillouin;
• Quando a transmissão pela fibra estiver sendo feita em um único comprimento
de onda, a potência típica para dar origem ao efeito Raman é da ordem de
50mW a 100mW ;
• Para os níveis de sinal mais comuns, a perda de potência causada por este
tipo de problema não é significativa na transmissão de informações em fibras
ópticas.

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Perdas por deformações mecânicas
• As perdas por deformações mecânicas podem ser de dois tipos:

 MICROCURVATURAS;

 MACROCURVATURAS.

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Macrocurvaturas
A ocorrência da perda é dada quando os modos próximos ao ângulo crítico (alta
ordem) ultrapassam este valor em função da curvatura. Assim deixam de ser
totalmente refletidos internamente, passando a ser refratados;

Na interface do núcleo com a casca, o campo guiado deve satisfazer


determinadas condições de contorno impostas pelas leis da teoria
eletromagnética:

• a componente tangencial do campo elétrico e a componente tangencial do


campo magnético da luz devem ser sempre contínuas na fronteira de
separação;
• no ponto da interface entre o núcleo e a casca as amplitudes dos campos
elétrico e magnético tangenciais devem ser sempre iguais;
• isto exige um ajuste automático da velocidade de propagação do campo fora
do núcleo ao se encurvar a fibra.

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Macrocurvaturas

• Para que estas condições sejam satisfeitas, a velocidade do campo deve ser igual
à velocidade da luz;

• Assim, a partir de uma certa distância (raio crítico – r ) o modo guiado deveria
propagar-se c

com uma velocidade superior à velocidade da luz. Como isto não é possível, a
partir de uma determinada distância radial, haverá modos de irradiação.

3N 2 λ
1 Fibra multimodo
rc ≃ 2 32
4π  2
N1− N 2

20 λ

Fibra monomodo

[
rc ≃


N 21
23
N2 2 2,748−0,996
] λ
λc

3
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Macrocurvaturas

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Microcurvaturas
• É uma pequena deformação na fronteira entre o núcleo e a casca;

• Pode ser provocado por qualquer força transversalmente aplicada na superfície


da fibra;
• Parte da energia é perdida devido aos modos de alta ordem tornarem-se não
guiados.

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Vantagens das Fibras Ópticas
Capacidade de Banda : capacidade de transmissão dez
mil vezes superior à capacidade dos sistemas de micro-
ondas operando na banda de 100 Hz a 1000 Hz.
Baixas Perdas: na ordem de 0,2 dB/Km a 5 dB/Km
permitindo enlaces de até 300 Km aumentado o
espaçamento entre os repetidores simplificando os
projetos.
Material Dielétrico: o material que compõe a fibra é
isolante elétrico e não sofre interferência eletromagnética
e rádio frequência. Assim uma fibra não interfere em
outra (diafonia – crosstalk). Um rompimento de fibra não
gera faíscas e tampouco choque elétrico.

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Vantagens das Fibras Ópticas
Dimensões e Peso: Dimensões das fibras são
comparadas a um fio de cabelo o que torna o cabo de
fibra mais leve que o cabo de cobre. Um cabo de 100
Kg de cobre equivale a 4 Kg de um cabo óptico.

Segurança da informação: garante o sigilo das


informações.

Capacidade de transmissão: A taxa de transmissão


do sistema pode ser aumentada gradativamente sem
que haja necessidade de mudar o cabeamento da
rede externa;
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Desvantagens das Fibras Ópticas
Fragilidade: o manuseio das fibras é bem mais delicado se
comparado com os pares metálicos;

Dificuldade de conexão: As pequenas dimensões das fibras


exigem procedimentos e equipamentos de alta precisão na
realização das conexões e emendas;

Impossibilidade de alimentação remota: os sistemas ópticos


requerem alimentação elétrica independentes para cada
repetidor, não sendo possível ainda prover uma alimentação
remota através do próprio meio de transmissão;

Temperatura: As fontes de luz utilizadas em sistemas ópticos


têm suas características influenciadas pela temperatura.
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Aplicações das Fibras Ópticas

Redes WAN e LAN

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Aplicações das Fibras Ópticas
Rotas submarinas intercontinentais

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Cabos Ópticos

Trata-se de estruturas com


encapsulamento que têm
como função básica proteger e
prover facilidades de
manuseio às fibras ópticas.

O encapsulamento protege a
fibra óptica contra esforços
mecânicos e condições
ambientais durante a
instalação e operação da rede
óptica de comunicação.

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Construção de Cabos Ópticos

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Estrutura dos cabos ópticos
Os cabos ópticos são fabricados de modo que as fibras não sofram
tensões mecânicas fora de suas especificações. Para isso eles possuem
elementos capazes de assegurar sua estabilidade, e também servem
para permitir uma fácil identificação das fibras no seu interior. Os
elementos em questão são:

• A fibra é revestida por uma camada plástica de proteção;

• Possuem tensores e tubos que absorvem as solicitações mecânicas


aplicadas ao cabo;

Os cabos devem ter esta constituição para garantir a proteção das


fibras durante e após a instalação, e para assegurar uma transmissão
sem perdas de suas propriedades, enquanto durar a vida útil do
sistema.
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Estrutura dos cabos ópticos

Nas aplicações em redes externas, é necessário oferecer à fibra óptica uma proteção
adicional por meio de um processo construtivo conhecido como buffering.

• Solto (ou loose) – Para uso externo e algumas aplicações internas.

• Compacto (ou tight) – Para uso interno e subterrâneo.

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Estrutura Loose Tube - Vantagens
 Maior proteção contra variações de temperatura – Com variações de temperatura
ocorrem expansões e retrações no cabo, porém com as fibras “soltas” no interior
do tubo de transporte não há esforço sobre elas.
 Maior proteção contra umidade – A água em contato com a fibra óptica pode
provocar, ao longo do tempo, microfissuras. O gel de preenchimento dificulta a
penetração da água em possíveis rompimentos do tubo.
 Aplicação ideal – Em ambientes externos, por proteger a fibra de grandes
variações de temperatura e penetração de água; é o tipo mais adequado para
sistemas de telecomunicações.
• Restrições – Não é recomendado para ambientes internos, pela dificuldade de
manuseio devido ao volume e por alguns modelos apresentarem gel de
preenchimento derivado de petróleo, que é propagante a chamas.

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Tipos de Estrutura Loose Tube

 Loose tube – Os tubos de transporte são preenchidos com 2 a 12 fibras, com tubos
de diâmetros pequenos. Apresentam como vantagem um menor custo em cabos
de baixa contagem.

 Core tube – O tubo de transporte tem um diâmetro maior, podendo receber alta
contagem de fibras (acima de 12). Apresenta como vantagens menor custo por
fibra, maior facilidade na decapagem e menor diâmetro externo do cabo.

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Estrutura Loose Tube: Ribbon

As fibras são dispostas em forma de fitas agrupadas em conjuntos de 12, dentro de um


tubo central de preenchimento. Possui as mesmas vantagens do core tube, somadas
às facilidades de localização das fibras; Utilizado em data centers; 

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Estrutura Loose Tube: Tight - Compacto
 Aplicações interedifícios (subterrânea);

 Sistemas de cabeamento primário interno (entre


pisos);

 Distribuição secundária, utilizando calhas ou


canaletas;

 Instalação em dutos congestionados;


 Nos cabos do tipo tight as fibras ópticas recebem
um revestimento primário colorido de acrilato
(resina acrílica usada na fabricação de tintas) e,
acima dele, um revestimento extra de material
plástico (revestimento secundário), podendo
receber elementos de tração e capa externa
individual, ou global, que irá proporcionar uma
proteção maior para as fibras.

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Cabo Drop Autossustentado
• Uso externo;
• Possui elemento de suspenção metálico de aço galvanizado;
• Facilidade de fixação em redes aéreas;
• Tubo Loose com 1 ou 12 fibras; 
• Reforço estrutural de material polietileno resistente a intempéries;

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Cordões Ópticos

• Uso interno;
• Conectorizações nas
duas pontas;
• Tamanho de 1 a 20mts
ou sob encomenda;
• Revestimento azul são
monomodo e laranja
multimodo;
• Utilizado na
interconexão de
equipamentos;

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Cabo Drop low friction (baixo atrito)
• Cabo tipo figura oito de dimensões
compactas com capa em material de
baixo atrito (low friction).
Especialmente desenvolvido para
instalações de acesso final ao
assinante (tipo drop) em redes FTTH e
FTTA. Os elementos de tração em fios
de aço possibilitam que o cabo seja
puxado ou empurrado pelo duto,
dispensando a utilização de um guia
na instalação.

• Uso interno e externo;

• Aéreo autossustentado e dutos;

• Revestimento externo em material


termoplástico (não propaga chamas);

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Cabo Drop low friction (baixo atrito)

• Uso interno e externo;

• Revestimento externo
em material
termoplástico (não
propaga chamas);

• Utilizado em redes FTTx


– normalmente dentro
do ambiente do
assinante.

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Cabo Armored (Blindado) – Anti roedor

• Uso interno e externo;

• Proteção metálica
adicional com tubo
corrugado;

• Pode ser enterrado


diretamente ao solo;

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Cabo OPGW - (Optical Ground Wire)
• Transmite energia elétrica e dados;
• Tubo loose normalmente com 144 fibras;
• Utilizado torres de energia de alta tensão – 500kV

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Cabo Submarino
• Proteção mecânica adicional, própria para instalação sob a
água;
• Permitem espaçamento entre repetidores em torno de 60km;

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Cabo HFC – Hybrid Fiber Cooper
• Contêm condutores metálicos associados a fibras ópticas;
• Utilizados em instalações internas de redes e TV a cabo;
• Dificuldade na instalação e manutenção em caso de
rompimento;

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Resumo
Tipo de Cabo Aplicação Característica
Tight buffer Rede de acesso e rede Montagem de cordões ópticos
interna
Distribution Rede de acesso e rede Concentração de fibras em pequeno
interna volume
Breakout Rede de acesso e rede Robustez e fácil manuseio em ambientes
interna internos
Loose tube Rede externa (alimentação Seco ou com gel, aplicações gerais na
e distribuição) rede externa
Armored Rede externa (alimentação Proteção contra roedores e outros
e distribuição) danos mecânicos
Ribbon Rede externa (alimentação Alta contagem de fibras em pequeno
e distribuição) volume

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Identificação das Fibras Óticas e Tubos Loose
Cores dos Tubos Loose Cores das Fibras

Contagem de Fibras - ABNT/ANATEL Contagem de Fibras - EIA598-A

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Identificação das Fibras Óticas

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Identificação, Quantidade de Fibras e tubos loose no cabo
óptico

N. de fibras por cabo N. de fibras por tubo N. de tubos loose


2 2 1
4 2 2
6 2 3 N. de tubos loose Tubo com 2 fibras Tubo com 6 fibras Tubo com 12 fibras
8 2 4 1 Verde Verde Verde
10 2 5 2 Amarelo Amarelo Amarelo
12 2 6 3 - Branco Branco
18 6 3 4 - Azul Azul
24 6 4 5 - Vermelho Vermelho
30 6 5 6 - Violeta Violeta
36 6 6 7 - - Marrom
48 12 4 8 - - Rosa
60 12 5 9 - - Preto
72 12 6 10 - - Cinza
84 12 7 11 - - Laranja
96 12 8 12 - - Água-marinha
108 12 9
120 12 10
132 12 11
144 12 12

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