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ESCOLA SECUNDÁRIA DA PONTA-GÊA RELATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM GEOGRAFIA

                                                                             Autor: MALUA, Rajabo Caetano Bernardo

Agradecimento

Quero agradecer em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, em segundo ao Departamento
de Ciências Sociais da Universidade Pedagógica, Delegação da Beira pela orientação
metodológica sobre a cadeira de Práticas Pedagógicas em Geografia no que tange a assistência
de aula cujo espaço de acção foi na Escola Secundária da Ponta-Gêa. Os meus agradecimentos
vão de igual modo a Direcção da Escola Secundária da Ponta-Gêa em geral e a professara
Domingas em particular pelas contribuições valiosas durante o período das minhas
práticas. Reconheço que muitos dos meus colegas tiveram algumas dificuldades no que tange
ao acesso a assistência de aula. Ao tutor da Cadeira e aos colegas da turma, meus profundos
agradecimentos.

Lista de Abreviaturas

ESPG – Escola Secundária da Ponta-Gêa

MINED – Ministério de Educação e Cultura

ONP – Organização Nacional dos Professores.

PPII – Práticas Pedagógicas II

PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem.

Resumo

As Práticas Pedagógicas, do terceiro ano na Universidade Pedagógicas nos cursos de formação


Psico-pedagógicos, consistem na assistência de aulas. Por tanto, este relatório vincou-se sobre
as actividades de observação/assistência de aulas na Escola Secundária da Ponta-Gêa, na 9ª
classe, turma1, com o propósito de dotar ao assistente um certo domínio sobre que método,
estratégias o futuro professor deve usar em seu dia a dia em sala de aula. Atendendo que o
processo de ensino-aprendizagem configura-se na acção conjunta do professor e dos alunos,
em que o professor estimula e dirige as actividades em função da aprendizagem dos alunos.
No decurso deste relatório, estão aqui abordados os momentos que se devem observar no
acto de leccionação. Deste modo, atrelado a estrutura formativa do processo de ensino escolar
encontramos os métodos de ensino, os objectivos educacionais, a planificação, os conteúdos
programáticos, a avaliação e a relação professor – aluno.

Introdução
O presente relatório de Práticas Pedagógicas, versa sobre assistência de aulas realizada na
Escola Primaria Completa de Boroma. Como é sabido, no decurso das actividades das Práticas
Pedagógicas consistem na assistência de aulas e destas não fugiram a regra, tendo como lugar
de assistência de aulas na Disciplina de Geografia, 9ª classe, turma 1, na Escola Secundária da
Ponta-Gêa.

O relatório aborda todos os momentos vivenciados durante a assistência e/ou observação de


aulas que tinham como propósito, verificar como se processa o processo de ensino e
aprendizagem em sala de aula no ensino de Geografia. Retrata, a relação professor-aluno,
como uma etapa mais importante que deve considerar como crucial quando o assunto é
leccionação, pois se não há conforto na relação professor-aluno, compromete os objectivos de
ensino, sendo que há necessidade de se consolidar cada vez mais a relação acima descrita.

O relatório está dividido em capítulos para facilitar a compreensão das actividades executadas
pelo autor. Espelhou se a necessidade de observar o domínio das funções didácticas, dos
métodos, dos meios, da planificação diária assim como quinzenal, pois é na efectivação destes
elementos que os conteúdos possam ter efeitos positivos imediatos.

Objectivos

Objectivo Geral

Ø  Adquirir experiência no processo de leccionação de aula.

Objectivos específicos

Ø  Observar os procedimentos metodológicos e dificuldades de professor na transmissão de


conteúdos;

Ø  Analisar os métodos e meios aplicados pelo Professor de Geografia durante as aulas;

Ø  Sugerir mecanismos de procedimentos para melhorar a actividade docente.

Abordagem metodológica

O autor partiu da concepção de Nérici (1991) ao afirmar que Método é o caminho pelo qual se
pretende alcançar um certo objectivo proposto. Nesta ordem de ideia, para a elaboração deste
presente relatório foi necessário o uso de diversos métodos com maior destaque para o
método de observação de entre eles (Directa e Indirecta) e método bibliográfico que consistiu
na revisão bibliográfica.

CAPITULO I

1.      Descrição da Escola Secundaria da Ponta-Gêa

1.1. Localização física Geográfica

A Escola Secundária da Ponta-Gêa (ESPG), localiza-se na  República de Moçambique, na Região


Centro do País, na Província de Sofala, na Cidade da Beira, no Posto Administrativo Central, no
terceiro Bairro - Ponta-Gêa, tendo como limites:
Norte: Avenida Dom Gonçalo da Silveira.

Este: Avenida Mouzinho de Albuquerque.

Oeste: Rua Sancho de Toar.

Sul: Avenida Dom Francisco de Almeida.

1.2. Historial da Escola

As obras de construção da Escola, iniciaram no dia 05 de Abril de 1955, e foram concluídas em


07 de Dezembro de 1956, ano em que começou a funcionar como Colégio Luís Camões. Mais
tarde passou a ser chamada de Escola Dona Isabel de Lencastre, funcionado em simultâneo
com a repartição escolar Manica Sofala.

1.3. Finalidade da Escola no Período Colonial

A Escola estava destinada para um certo grupo social (brancos e assimilados). Ela foi
construída com o propósito de ser uma escola e a sua capacidade era de 330 alunos,
funcionando em 10 salas de aulas.

Em Julho de 1975, após as nacionalizações a escola passou a ser chamada de escola Primaria
da Ponta-Gêa e a parte do edifício que funcionava como repartição Manica Sofala, passou a
funcionar como Delegação de Educação da Cidade da Beira, que actualmente serve de
moradias, biblioteca, sala 13, gabinete da ONP da Cidade e Centro Social. O fundador
proprietário da escola foi o senhor João Jorge Nunes de Almeida, despachante oficial.

Em 2011, a Escola, passou a se chamar Escola Secundária da Ponta-Gêa no âmbito da expansão


da rede escolar com a introdução do 1º ciclo (8ª à 10ª classe) e em 2013 a escola introduz o 2º
ciclo (11ª e 12ª classe) com o apoio da Vale Moçambique.

Ate 2013, a escola funcionava com cerca de 13 salas de aulas, um gabinete para Directora da
Escola, um gabinete para Director Adjunto Pedagógico, do Ensino Secundário Geral Curso
Diurno e um gabinete para Adjunta Pedagógica, do Ensino Secundário Geral Curso Nocturno,
uma sala de professores, um gabinete onde funciona ONP local, cantina escolar, uma
secretaria, um gabinete da chefe de secretaria, dois quartos de banho dos quais uma para
direcção da escola e outra para professores, dois balneários feminino e masculino uma casa de
para professores, duas residências uma para a directora e outra para Director adjunto
Pedagógico ambas de tipo dois e um anexo com duas moradias do tipo dois e um
respectivamente.

1.4. Situação actual da Escola Secundaria da Ponta-Gêa

Actualmente a ESPG, conta com mais de cinco salas novas somando um total de 18 salas de
aulas, em parceria com Empresa Mineradora Vale Moçambique na Pessoa da Esposa do
Director de Logística da Vale no Mundo, Humberto Freitas a quando da sua visita a escola em
2012 o que possibilitou a introdução do 2º ciclo e requalificação da actual biblioteca para sala
de informática, reabilitação das três casas de banho e dois balneários, reabilitação do campo
desportivo polivalente, pintura geral da escola e aquisição de 250 carteiras para salas de aula e
982 livros novos para biblioteca e doação de 25 computadores e moveis para sala de
informática.

1.5. Pessoal Docente e Administrativo

Através dos documentos que o autor deste relatório teve acesso, pode-se constatar que a
Escola possuí cerca de 83 funcionários dos quais 76 são corpo docente e sete (7), são corpo
não docente. No corpo docente, 40 dos 72, são homens, sendo que 36 são mulheres. Em
relação ao corpo não docente, 6 dos 7 funcionários são mulheres e apenas um é homem.

Figura:1. Tabela de corpo docente e não docente

Pessoal docente e administrativo H M Total:

Corpo Docente 40 36 76

Corpo Não Docente (funcionário) 1 6 7

Fonte: Autor, através dos dados obtidos na escola.

1.6. Efectivo dos alunos da classe assistida

De acordo com os dados do relatório anual de aproveitamento Pedagogico de II trimestre de


2014, indica que os estudantes da 9ª classe, até ao dia de publicação deste relatório, a escola
dispunha de cerca de 740 alunos da 9ª classe, divididos em dois turnos dois quais 576 são de
Curso Diurno e 164 são do Curso Nocturno.  

Figura: 2. Efectivo dos alunos da classe assistida.

No de alunos da 9ª Classe por curso H M HM

Curso Diurno 241 335 576

Curso Nocturno 82 82 164

Total 323 417 740

Fonte: Autor, através dos dados do relatório anula de aproveitamento pedagógico do II


trimestre 2014.

1.7.  Efectivo dos alunos da turma assistida

A ESPG, tem cerca de 10 turmas da 9ª classe, dos quais sete turmas são de curso diurno e 3 do
curso Nocturno. A 9ª classe, turma 1, de acordos com os dados disponibilizados pela escola a
turma no primeiro trimestre estava composto por cerca de 85 alunos, dos quais 37 são
homens e 48 são mulheres com uma faixa etária que varia dos 14 a 17 anos. Até ao segundo
trimestre a sala era composta por 81 alunos, tendo se transferidos dois alunos e três são dados
como desistentes.
Figura: 3. Efectivo dos alunos da 9ª classe, turma 1.

Turma 1, 9ª Alunos no 1º Alunos Alunos Alunos no fim do


classe trimestre transferidos desistentes trimestre

H M HM H M HM H M HM H M HM

Total: 37 48 85 0 1 1 2 1 3 35 46 81

Fonte: Autor, através dos dados do relatório anula de aproveitamento pedagógico do II


trimestre 2014.

1.8. Documentos Normativos da Instituição

Como estabelece os regulamentos das instituições de ensino, documentos normativos podem


ser vistas como sendo um conjunto de instrumentos empregues na orientação do corpo
directivo, professores, alunos e trabalhadores na uniformização de métodos e na tomada de
consciência de medidas perante situações anómalas que possam acontecer no decurso das
actividades escolares.

Deste modo, este conjunto de instrumentos, compreende todos os documentos indispensáveis


para o funcionamento de uma instituição de ensino dentro dos parâmetros legais traçados
pelo MINED. Dos documentos normativos existentes constam nesta escola os seguintes:

Ø  Regulamento interno da escola;

Ø  Regulamento do ensino secundário geral;

Ø  Despachos ministeriais;

Ø  Regulamento de avaliação;

Ø  Estatuto do professor;

Ø  Plano anual, trimestral, mensal e semanal da secção pedagógica;

A aplicação destes documentos que regulam o funcionamento da escola proporcionam um


ensino bem sistematizado e organizado, estabelecendo relações entre escolas, com a
comunidade e com outras instituições afins em suma permite a comunhão de objectivos,
métodos e tarefas entre diversas escolas.

O plano de actividade anual, trimestral, mensal e semanal tem por objectivo programar os
trabalhos a serem desenvolvidos no espaço de tempo em causa e atribuir as
responsabilizações as pessoas envolvidas para o cumprimento dos deveres pedagógicos. Estes
reflectem actividades desde o período das matrículas até a época dos exames.

No novo currículo de ensino básico espelha a situação actual da educação respeitante as novas
perspectivas de ensino bem como os novos métodos de avaliação. Pela sua importância há
toda necessidade do seu aprimoramento, apesar de algumas inovações constantes destes não
estarem em implementação como, por exemplo os ciclos de aprendizagens, ensino básico
integrado e introdução de novas disciplinas.

1.9. Horário de funcionamento da ESPG

A ESPG, funciona das 7:30 as 15:30, para o atendimento ao publico em geral, mas
internamente ela funciona entres momentos que são: das 07:00h as 12:05h, das 12:45h às
17:55h e das 18:15 às 22:00h.

1.9.1.      Projecto em carteira

A Escola Secundária da Ponta-Gêa, tem como projecto em carteira a construção de mais oito
(8) salas de aulas (sobre o novo edifício segundo a sua arquitectura que prevê três andares);
requalificação do anexo para um laboratório de ciências exactas e línguas e sala de reuniões;

Ø  Falta de meio de transporte para actividades de excursão para alunos e professores;

Ø  Introdução do ensino paralelo (geral e técnico profissional: artes e ofícios), com objectivo de
absorver os alunos que terminam o nível médio que não conseguem se enquadrar no nível
superior para participarem numa acção de formação de artes e ofícios que podem ser
definidos de acordo com as necessidades das empresas/mercado como é o caso da acção de
formação de operadores de máquinas, pedreiros, carpinteiros, informática, maquinistas, entre
outros.

Com objectivo de conter os problemas que há em Moçambique de que, quando o aluno


termina o ensino geral não sabe fazer nada, se não só ler e escrever e a fraca absorção dos
alunos no ensino superior.

CAPITULO II

2.      Essência de Práticas Pedagógicas

2.2. Prática Pedagógica

Para compreender a Prática Pedagógica é necessário associar alguns conceitos, tais como
Pedagogia, Pratica Educativa, Ensino e Instrução.

A Pedagogia é “um campo de conhecimento que investiga a natureza das finalidades da


educação numa determinada sociedade”. Ela assegura e orienta a prática educativa para
finalidades sociais e políticas, criando condições metodológicas e organizativas (Libâneo,
1994).

A Prática Pedagógica, por sua vez, é um fenómeno social e universal, na qual cabem tarefas ao
professor de assegurar aos alunos um sólido domínio de conhecimentos e habilidades, o
desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de pensamento independente, crítico e
criativo.

Partindo desse entendimento – pedagógico e prática educativa e adoptando o posicionamento


de Libâneo (1994), nota-se o carácter pedagógico da prática educativa se verifica na acção
consciente, intencional e planificada do professor no processo de formação humana. Tudo isso
através dos objectivos e meios estabelecidos por critérios socialmente determinados e que
indicam o tipo de homem a formar, para qual sociedade, com que propósitos.

Corroborando com esses entendimentos, Libâneo (1994), esclarece que a instrução tem
resultados formativos quando converge para o objectivo educativo, estabelecendo, pois, uma
unidade entre educação e instrução. Embora sejam processos diferentes; pode-se instruir sem
educar, e educar sem instruir.

Para Cunha (1992), a Prática Pedagógica é o “quotidiano do professor na preparação e


execução do ensino”.

Observamos na definição do autor que a prática pedagógica delimita-se no ensino, apesar de a


mesma ser muito mais abrangente, porque envolve um conjunto de interesses socialmente
determinadas.

De maneira geral, a prática pedagógica é toda acção docente com fins educativos cujo
objectivo é atender determinada sociedade a partir da prática educativa, mediante o ensino e
a instrução.

Outro esclarecimento que merece destaque é a cerca da instrução e do ensino. Aquele se


refere à formação e desenvolvimento intelectual, mediante o domínio de certo nível de
conhecimentos sistematizados. Este corresponde a acções, meios e condições para a
realização da instrução.

CAPITULO III

3.      Processo de Assistência

O autor deste relatório esteve afecto na 9ª classe, turma 1, com mais dois colegas tendo como
tutora a Professora Domingas João Sacama, de Disciplina de Geografia, que lhes recebeu com
toda bondade e assim como a turma pela maneira sabia que souber manifestar durante o
processo todo o processo que o autor esteve a observar.

O processo de assistência das aulas começou no dia 10 de Setembro de 2014, depois de uma
semana aguardando o diferimento para a realização das práticas pedagógicas. É de recordar
que nesta escola estiveram 15 estudantes do mesmo curso com o mesmo fim, a realização de
práticas, a morosidade do diferimento, talvez esteja associado a este elevado número de
estudantes. Quanto a data do término das práticas pedagógicas, foi em 30 de Setembro de
2014, como preconizava o tempo de práticas pedagógicas.

3.1. Dias de aula da Disciplina de Geografia na turma assistida

A turma 1, da 9ª classe, da Escola Secundaria da Ponta-Gêa, no ano de 2014, de acordo com o


horário, as aulas da Disciplina de Geografia era ministrada no terceiro tempo das terças-feiras
e primeiro tempo de quarta-feira. 

3.2.Temas assistido durante as praticas pedagógicas


O autor os encontrou os alunos quando estes estavam na Unidade Temática III, que versa
sobre a Industria e Comercio e de entre vários temas tratados durante o período da sua
observação foram os de destacar:

Ø  Outras avaliações no dia 10 de Setembro de 2014.

Ø  Industria e o ambiente no dia 16 de Setembro de 2014.

Ø  Distribuição mundial dos principais recursos minerais e energéticos no dia 17 de Setembro


de 2014.

Ø  Sistematização dos recursos minerais e energéticos no dia 23 de Setembro de 2014.

Ø  Recursos minerais não metálicos – continuação no dia 24 de Setembro de 2014.

Ø  Minerais energéticos no dia 30 de Setembro de 2014.

3.3. Analises dos temas tratados durante a observação de aulas

No que concerne ao primeiro dia de observação de aula, a professora tinha como conteúdo
“Outras Avaliações”, que consistiu na avaliação dos cadernos.

Diante deste facto, o autor socorre-se ao PILETTI (1992), ao afirmar que avaliação é um
processo contínuo de pesquisa que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes
dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos,
a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planeamento do trabalho do
professor e da escola como um todo.

E LIBÂNEO (1992) que considera a avaliação como uma tarefa didáctica, necessária e
permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e
aprendizagem.

Contacto a professora, ela comentou que o objectivo da avaliação dos cadernos dos alunos
tinha como propósito:

“Verificar a participação dos estudantes na sala de aula, partindo do pressuposto que os


cadernos que possuírem todos os apontamentos implica terem participado em todas aulas
apesar de que nem sempre é verdade. Neste caso, um dos critérios era ter todos
apontamentos do terceiro trimestre até a data que avalio e que a diversificação dos valores vai
de acordo com a organização dos conteúdos e do cuidado de caderno”.

No segundo dia de assistência de aula, com tema: Industria e Ambiente, a aula tinha como
propósito despertar aos alunos sobre que impactos a industria traz para o meio ambiente
sendo que a leccionação desta aula, tinha muita participação por parte dos estudantes, pois
trata-se de um conteúdo com realidade próxima do aluno e pela maneira sabia que a
professora tem no uso dos métodos.

Tendo em conta que trata-se de sala numerosa, o uso do método de elaboração conjunta que
envolve a participação dos alunos na aula, pude constatar que o tempo usado na mediação e
consolidação foi exagerado o que implicou o não cumprimento dos objectivos propostos no
plano de acordo com o tempo previsto no plano de aula.

3.4. Métodos usados pela tutora

Segundo Merenne (1999) e Libâneo (1992) método é o caminho para se alcançar um objectivo
pré-definido. Portanto, os professores de Geografia usam várias alternativas no processo de
leccionação para alcançar esses objectivos numa dada aula.

No que tange aos métodos, durante o processo de assistência de aulas notou-se uma
predominância do método de elaboração conjunta porque na aula houve muitas contribuições
por parte dos alunos o que permitia uma forte interacção entre a professora e alunos até em
algum momento a professora foi obrigada a limitar alguns alunos como forma de gerir o
tempo diante deste facto, ela sentiu a necessidade do uso do método expositivo, pois
tratando-se de ultimo trimestre, o objectivo de qualquer docente é terminar com os
programas.

3.5. Os meios usados pela tutora

O autor durante a sua assistência constatou que, para além do livro do aluno, a professora
limitou se apenas a usar a imagem do quadro. Também é necessário destacar que a tutora
tentou explorar o princípio da realidade próxima do aluno baseando nos seus exemplos como
é caso da fábrica de Cimento de Dondo, a fábrica de Óleo da Munhava, quando abordava
sobre o tema: Industria e o Ambiente. 

Segundo FREIRE (1996;103) ˮ processo de ensino e aprendizagem exigem autoridade e


liberdade. Nesta ordem de ideias, o professor deve ser capaz de colocar a sua autoridade
durante a exposição, deste momento que crie uma liberdade para os alunos contribuírem,
opinar e interagir livremente durante a aula, querendo afirmar que a autoridade do professor
não pode de alguma forma limitar a expressão dos alunos, algo que as vezes têm tornado
ineficaz o método expositivo. Continuando, Nérice (1989;215)ˮ é necessário que o professor
prove se a matéria dada foi ou não assimilada, através de uma avaliação contínua ou
formativa, onde o professor tem a obrigação de colocar algumas questões ou dar alguns
exercícios durante a aula para conseguir verificar se os alunos estão ou não entendendo a
matéria, e também para poder apurar as dificuldades enfrentadas durante a aula.

Durante a aula o professor foi cumprindo com outras funções didácticas normalmente. Deste
modo, a aula foi positiva, a medir pelo domínio dos conteúdos demonstrados pelos professor
bem como pela organização lógicas leccionada, alem de o professor ter criado alguns
momentos de poder ouvir e respeitar as ideias expostas pelos alunos.

3.6. Planificação quinzenal 

Pode se definir planificação quinzenal como sendo, o estudo e previsão de estratégias que são
usadas numa dada aula em função das condições que a escola apresenta, com particular
destaque a problemática das fontes que é muito saliente nos dias de hoje.
O autor não teve a ousadia de participar na elaboração dos planos mas quando mais tarde se
apercebeu que havia necessidade de incluir no relatório, o autor voltou a se encontrar com a
tutora para a observância destes detalhes e colecta do mesmo o que surtiu no ensaio e
posterior elaboração por parte do autor.

3.7. Planificação de aulas

Segundo LIBANEO (1994:177) ˮ aula é um conjunto de meios e condições pelas quais, o


professor dirige e estimula o processo de ensino, em função das actividades próprias do aluno
no processo de ensino e aprendizagem escolar, ou seja a assimilação consciente e activa dos
conteúdos. Em outras palavras, o processo de ensino através de aulas possibilita o encontro
directo entre o professor, os alunos e os conteúdos preparados didacticamente no plano de
ensino e no plano de aulas.

Para Piletti (2002) a planificação de aula é a especificação dos comportamentos esperados do


professor e alunos em relação aos conteúdos e procedimentos bem como os recursos que
serão utilizados para a sua realização.

O autor, não teve a oportunidade de participar na elaboração dos planos durante a sua
assistência, mais quando este percebeu que era necessário incluir no relatório teve a ousadia
de fazer com ajuda da tutora e como havia necessidade de incluir nos anexos os planos de
aulas assistidas, o autor não teve acesso dos planos, dai que foi sugerido pela tutora para
elaborar os planos de aula pessoalmente, acerca dos conteúdos por ele assistido e que seriam
assinados pela tutora, sendo que estes encontram-se nos anexos.

3.8. Dosificação

Em relação a este item, havia total certeza de o autor ter este documento, mas mais tarde,
esta certeza, reduziu-se num fracasso. Tendo-se como argumento da tutora, não ter localizado
de onde havia guardado, dai que o autor não traz este documento no anexo.  

3.9. Relação Professor – aluno

Libâneo (1994), argumenta que as relações entre professores e alunos, as formas de


comunicação os aspectos afectivos e emocionais, a dinâmica das manifestações na aula, fazem
parte das condições organizativas do trabalho docente.

O professor, não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mais também ouve os
alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e
dar respostas (Libâneo, 1994).

De acordo com Jeremias Júnior e Sene (2008) “os processos de ensino e aprendizagem em um
ambiente escolar acontecem sempre com a presença de dois agentes onde em momentos de
interacção e interactividade promovem trocas de conhecimentos”. Visto isso, é de
fundamental importância uma óptima relação entre o docente e o discente, que juntos podem
construir um eficaz e sólido conhecimento.

Apesar do elevado número de alunos, o autor deste relatório constatou que a relação
professor-aluno naquela sala, rena um bom clima pois a professora durante as aulas usava de
forma fluida as funções didácticas com uma motivação contínua que criava prazer no aluno de
participar sempre, demonstrando assim que possui virtudes necessárias mas devido o tempo e
o número dos alunos foi mais notório o método expositivo para facilitar a gestão do tempo.

3.9.1 Dificuldades encaradas na efectivação das actividades de assistência e execução do


relatório

É de salientar que as dificuldades existiram, desde o primeiro dia de assistência até a


elaboração deste relatório mais muito destas foram cada vez ultrapassados.

O autor nota as dificuldades ultrapassadas como o caso de elaboração de planos de aula e a


capacidade de encarar os colegas no lugar de estudantes, algo que terá sido notado no
processo de simulação de aula, quando este regressou das práticas pedagógicas.

Das dificuldades não ultrapassadas é de mencionar: o acesso ao plano de aula, da dosificação e


do plano quinzenal da escola, mais principalmente da docente assistida pelo autor, sendo que
estes eram importantes para servirem de anexos e/ou de comprovativo que o assistente,
esteve envolvido, nas praticas naquele estabelecimento de ensino.

Conclusão

Terminado o relatório, percebi que, as praticas pedagógicas no concernente a assistência de


aulas, ela tem dupla função de entre elas, ganhar o domínio na exploração dos meios e/ou
recursos didácticos que o assistente apreende durante as actividades de observância e como
aplicar os métodos com a realidade concreta, neste caso, faixa etária dos alunos, dos
comportamentos e da constituição dos alunos em sala de aula. O autor que dizer, que durante
as suas praticas, constatou que os métodos são aplicados em função da realidade dos alunos e
do efectivo existente em sala de aula. Os planos de aulas servem de linhas orientadoras para
facilitar o professor no acto de leccionação a atingir os objectivos de entre eles, os cognitivos,
psicomotores e afectivos. O autor constatou poucas foram as vezes que a professora usou
outros matérias didácticos a não ser, a imagem do quadro, o livro do aluno.

Bibliografia

CUNHA, M.I. O bom professor e sua pratica. 2ª ed. São Paulo, 1992.

JEREMIAS JÚNIOR, Daniel Paulo; SENE, Richard Ferreira. A cultura da educação Fisica escolar:
Planificação, conteúdo, metodologia, estratégia e avaliação. EFDeportes.com, revista Digital.
Buenos Aires, ano 13, n. 119, Abril de 2008.

LIBÂNEO, José Carlos, Didáctica. 3 Edição, Cortes Editora, São Paulo, 1992.

Merenne, Bernadete, Didáctica de Geografia, 1a edição, editora ASA, 1999

Nérici, Imédio, G. Introdução a Didáctica Geral, 16a edição, São Paulo, 1991

PILETTI, Claudino, Didáctica Geral, 23 edição, Editora Ática, São Paulo, 2002
UP, Regulamento académico para os cursos de graduação e de Mestrado, aprovado na
primeira sessão ordinária do conselho Universitário através da deliberação no 01/CUP/201,
Maputo, 2010.

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