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TEMA/DELIMITAÇÃO
O “caipirês” não representa uma maneira errada de falar o português.
Constitui-se num dialeto de raízes antigas. Portanto, o caipira não fala errado;
ele fala um dialeto, uma legítima variante da língua portuguesa.
Tudo quase terminou quando o rei de Portugal proibiu o uso da língua geral
na Colônia. Nas casas, nas ruas, em qualquer lugar, falava-se o tupi-guarani
adaptado ao português, ou vice-versa, façanha desenvolvida pelo padre
Anchieta. Assim nasceu o nheengatu, a língua brasílica, que se espraiou como
as ondas do mar de Bertioga e lá foi ela, falada por todos, desde o litoral de
Santa Catarina até o Pará. Ela permitia que portugueses e indígenas se
entendessem, assim como, entre si, indígenas de falares diferentes. Foi a
língua predominante até o século XVIII. O berço da cultura caipira e onde ela
fincou pé é a vasta região compreendida pelo Sudeste e Centro-Oeste do
Brasil e Paraná. A cultura caipira motivou vários escritores, e sem ela, teriam
precisado de outra fonte de inspiração para construir suas obras monumentais.
Sua delimitação e caraterização datam de 1920, com a obra de Amadeu
Amaral, O Dialeto Caipira.
Tendo em vista o apresentado, a proposta do nosso trabalho é trazer
uma avaliação das ocorrências fonéticas do dialeto caipira e suas implicações,
trazendo uma discussão sobre a presença da variação linguística e o
preconceito linguístico na música regional caipira. Para fundamentar a teoria,
nos pautamos nos conceitos de Martins (2007), Villalta (2004) e Bagno (1998)
que afirmam que o dialeto caipira resultou da hibridação da língua
metropolitana como fala indígenas, e que é herança dos habitantes da zona
rural de certas regiões do Brasil. A música que embasa nossa análise é de
alcance nacional e enfatiza a necessidade de maior atenção no que tange uma
emergente necessidade de uma pesquisa na área, antes que comunidades não
consigam mais expressar, por meio da música, a riqueza de sua linguagem, e
esta venha a se perder em meio ao contexto social.
Considerando que, por mais que reneguemos, em todos nós há
uma porção dessa herança dialética que tanto procuramos extirpar ao
esquecimento, pois se lançarmos nossa observação quanto as ocorrências
fonéticas existentes no nosso corpus, elas estão arraigadas até mesmo em
nosso falar culto. Isso nos leva a convicção que de uma forma geral, somos
todos um pouco protagonistas na disseminação daquilo que tanto criticamos e
discriminamos
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
METODOLOGIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Análise do corpus
Música: “Chico Mineiro”
Autores: Tonico e Francisco Ribeiro
Declamado Cantado
Vocábulos
A discriminação linguística
A música caipira
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS