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RESUMO: O estudo da toponímia de São Paulo, desenvolvido neste artigo, tem como
objetivo principal o estudo significativo ou histórico-toponímico dos nomes indígenas
que configuram a terra paulista a partir de sua formação, em 1554, até o final do século
XVIII, mais precisamente em 1796. Como medida preliminar, a pesquisa compreende o
levantamento e seleção de nomes indígenas de acidentes geográficos da cidade de São
Paulo presentes no códice intitulado Memória Histórica da Capitania de São Paulo e
todos os seus Memoráveis Sucessos, de autoria contestada de Manoel Cardoso de
Abreu, a que se segue uma análise de natureza semântica das denominações e o
estabelecimento de uma sistematização de “classes” de tais topônimos.
1. INTRODUÇÃO
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Mestranda do Programa de Filologia e Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da USP. E-mail: renataferreiracosta@yahoo.com.br
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semântica das denominações e o estabelecimento de uma sistematização de “classes” de
tais topônimos.
No corpus, há referência a topônimos de outras Capitanias, mas nos
delimitaremos aqui aos topônimos da chamada Paulistânia, a região expandida a partir
de São Paulo, hoje contida em parte dos territórios de Minas Gerais, Goiás, Tocantins,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte do Rio Grande do
Sul.
O corpus utilizado é um livro manuscrito de fins do século XVIII, pertencente
ao Arquivo do Estado de São Paulo, cota E11571, composto de 323 páginas, escritas em
frente e verso, e em ótimo estado de conservação. Trata de um resgate da memória dos
paulistas através da história da Capitania de São Paulo, desde a sua fundação até o ano
de 1796. Essa obra é um importante legado da história, da cultura e dos hábitos do povo
paulista, constituído, em seus primórdios, por brancos, mamelucos, índios e jesuítas.
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costumes e crenças. O batismo e a denominação dos lugares acabavam refletindo tudo
isso.
A primeira gramática do tupi foi feita por José de Anchieta, que viveu 44 anos
no Brasil, aprendendo o tupi com os índios guaianazes de São Paulo de Piratininga. Foi
nessa região que a língua tupi imperou, porém, deve-se a sua mais notável expansão aos
próprios conquistadores europeus, graças às expedições bandeirantes que penetraram
nos sertões para apresar índios e para a busca de metais preciosos, e principalmente aos
jesuítas, que, através da catequese, tornaram geral esse idioma e o cultivaram.
Segundo Sampaio (1928, p.5), a conquista do território foi feita tendo por
veículo a própria língua dos vencidos. As bandeiras praticamente só falavam o tupi.
Dessa forma, muitas regiões que iam sendo descobertas recebiam um nome indígena.
Na Capitania de São Paulo, diferentemente do que aconteceu nas colônias
nordestinas, houve um isolamento social e econômico. Os paulistas praticavam a caça
aos índios para vendê-los no mercado interno, o que contribuía para a expansão das
fronteiras, mas restringia seus contatos ao território brasileiro. Dessa maneira, ficavam
afastados da influência da Metrópole no que concerne à língua e aos costumes.
Ainda que o tupi fosse a língua dominante na Capitania de São Paulo, não se
pode excluir a importante presença da língua portuguesa, que, segundo Villalta (apud
OLIVEIRA, 2002, p. 3), estava restrita ao espaço público, pois era aprendida na escola
e usada nos documentos escritos. Esse fato é confirmado por Vieira (Obras Várias, I,
Lisboa, 1856, p. 249, apud NAVARRO, 1998, p. 174) quando escreve:
Essa Língua Geral ganhou vida e difundiu-se por todas as camadas sociais,
irradiando-se do privado para o público, conforme salienta Oliveira (2002, p. 3),
formando o que hoje é a variante paulista da língua portuguesa.
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TOPÔNIMO (do grego TOPOS, lugar, e ONYMA, nome) é o nome próprio
de lugar: identifica acidentes geográficos, povoações, logradouros, cidades, estados e
países. Enquanto TOPONÍMIA é o estudo lingüístico ou histórico da origem dos
topônimos.
À semelhança da Arqueologia, os topônimos são às vezes o único testemunho
de certa presença humana num local, principalmente quando se trata de fenômenos pré-
históricos. O topônimo carrega em si algo da expressão psicossocial e cultural de um
grupo humano.
O topônimo, embora seja em sua estrutura um significante animado por uma
substância de conteúdo, como todo e qualquer elemento do código lingüístico, o seu
emprego possui uma dimensão muito maior, já que está relacionada aos motivos
predominantes na formação dos nomes de lugares. Esses motivos são diversos, podendo
relacionar-se às características naturais na configuração do terreno ou acidente
geográfico, a eventuais semelhanças do local com outros, a características referentes à
economia, etc.
Dick (1990, p. 39) salienta que a motivação toponímica possui um duplo
aspecto: a intencionalidade do denominador, que o leva a eleger um determinado nome
para certo acidente geográfico, e a origem semântica da denominação, o seu
significado.
Esse duplo aspecto da motivação toponímica justifica, portanto, a existência de
uma relação analógica entre o topônimo e fatos do cotidiano indígena, de uma complexa
interação das condições do indivíduo e do ambiente em que se encontra.
Na toponímia paulista, encontra-se um grande número de locativos de origem
tupi, desde a denominação de cidades, até a de pequenos acidentes geográficos.
Entretanto, como afirma Dick (1996, p.13), quando o europeu aqui chegou, havia
poucos rios, aldeias e colinas denominados, sendo o próprio português o grande
condutor e desencadeador do processo nominativo. Isso significa que o domínio do solo
se deu juntamente com a necessidade da conquista do elemento de outra etnia,
significando, conseqüentemente, a participação indígena na própria cultura estrangeira e
vice-versa.
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Hoje capital do Estado do Mato Grosso, Cuiabá foi descoberta em 1718 por
alguns paulistas, entre eles Antônio Pires de Campos e Pascoal Dias. A povoação de
Cuiabá foi elevada à condição de vila, segundo Marques (1952, p.211), no dia 1° de
janeiro de 1727, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, pelo
governador de São Paulo, Rodrigo César de Menezes, e à cidade, em 1818.
CUYABA seria constituído de CUÍ-ABÁ, o homem da farinha, o farinheiro
(SAMPAIO, 1928, p.195). Para Marques (1952, p. 211), teria origem pela grande
quantidade de árvores carregadas de cabaças, que se encontravam nesse território, e
que os paulistas chamavam CUIAS. Porém Mendonça se vale do testemunho
lendário de um escritor daquela região chamado Feliciano Galdino, que escreve:
2. Villa de PARNAGUÁ
Parnaguá, forma sincopada de Paranaguá ou Paranagoá, foi uma povoação
fundada em 1647, que, depois de ser desligada da província de São Paulo, passou a
pertencer à comarca de Curitiba (MARQUES, 1952, p. 143).
Composto de PARANÃ (semelhante ao mar), de onde se tem Paraná por
desnasalação, e GUÁ ou GOÁ, a bacia, o seio, significa a bacia ou o seio
semelhante ao mar, que tem início ao sul de Cananéia (SAMPAIO, 1928, p. 282).
3. Povoação de/ Praya de/ Villa de/ Capitania da Conceição de/ Capitania de
Nossa Senhora da Conceiçam de/ Rio de ITÁNHEEN/ ITANHEEN
A Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, pequena povoação
no litoral, no sul de Santos, situada à margem esquerda do rio que lhe dá o nome, foi
habitada pela tribo tupi que deu nome ao rio e à povoação (MARQUES, 1952, p.
353).
Do tupi ITÁ-NHAĒ, significa bacia de pedra, vaso de metal ou ainda panela
de pedra ou ferro (SAMPAIO, 1928, p. 232).
4. Rio de/ Rio da / Reconcavo de/ Ilha de/ Villa de São João de CANANEA/
CANANÊA/ CANANEYA
Cananéia foi o primeiro ponto da Capitania de São Vicente, em que a esquadra
de Martim Afonso de Souza ancorou em 12 de agosto de 1531 (MARQUES, 1952,
p. 161).
Quanto a sua origem etimológica, há duas versões. Sampaio (1928, p. 138)
acredita que Cananéia tem origem tupi procedente de CANINDÉ e lusitanizada por
homofonia – CANÍNEE > CANDINDÉ > CANENÉ: espécie de arara. Já Derby
(apud CARDOSO, 1961, p. 220), pensa em uma procedência bíblica de CANÁ >
CANANEU > CANANÉA.
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5. Terras de/ País ENGUAGUAÇÛ
Os índios guaianazes designavam com este nome a ilha de São Vicente vista
do alto da serra de Paranapiacaba (MARQUES, 1952, p. 243).
Pode ter vindo de INGÁ-GUASSÚ, o pilão grande, (MARQUES, 1952, p.
243), ou de YGUÁ-GUAÇÚ, a baía grande, o lagamar extenso (SAMPAIO, 1928,
p. 199).
6. Data de GERIBATYBA
Geribatyba, que a pronúncia corrompeu atualmente para Jurubatuba, dá nome
ao rio, afluente do Capivari, que tem origem nas proximidades da serra de Cubatão,
atravessando Santo Amaro, hoje Guarujá, para desaguar no rio Pinheiros. Conforme
Marques (1952, p.299), “é o mesmo que na estrada de São Paulo a Santos tem o
nome de Rio Grande”. Também tem esse nome o terreno fronteiro à ilha de São
Vicente.
Geribatiba é a forma composta de GERIVÁ-TYBA, significando abundância
de jerivás ou palmar de jerivás (DICK, 1996, p. 101).
7. Rio IUQUERIQUERÊ
Rio/ Rio de CURUPACÊ/ CARUPACÊ
Juqueriquerê é o rio que serve de limite entre os municípios de São Sebastião e
Caraguatatuba. Era chamado anteriormente de rio Curupacê (MARQUES, 1952, p.
67).
Iuqueriquerê vem de YUKERI- KER- Ê, o espinheiro muito propenso a
dormir; a planta dorminhoca (mimosa pudica – que se fecha à noite ou quando
tocada) (SAMPAIO, 1928, p. 250).
Curupacê ou Carupacê, de CURÚ-PACÉ, grande amontoado de pedras, o
cascalho destacado (SAMPAIO, 1928, p. 194).
8. Destricto de IUQUERY
Juquery é o rio afluente da margem direita do Tietê. Nasce nas imediações da
cidade de Atibaia (MARQUES, 1952, p. 67).
De YU-KER-I, o espinho propenso a dormir ou salmora, já que desta planta (a
mimosa pudica) o índio tirava uma espécie de sal com que temperava a sua comida
(SAMPAIO, 1928, pp. 82 e 250).
10. IPEROÝG
Era uma aldeia de índios Tamoios, situada entre as povoações de São
Sebastião e de Ubatuba (MARQUES, 1952, p. 344).
Pode ter procedido de YPIRÚ-YG, o rio ou água do tubarão; ou de IPERÓ-
YG, o rio das perobas (SAMPAIO, 1928, p. 226).
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11. Rio da/ Forte da/ Torre da/ Barra da BERTIOGA
Era um canal histórico entre a ilha de Santo Amaro e a terra firme que
representou um papel importantíssimo nos primórdios da colonização da Capitania
de São Vicente (SAMPAIO, 1928, p. 130).
Segundo Sampaio (1928, p.131), Bertioga é um vocábulo tupi alterado pela
dicção portuguesa:
BERTIOGA/ BRITIOGA/ BERITIOGA/ PIRITIOGA/ BRIKIOKA/
BRICKIOKA/ BARTIOGA/ BURIQUIOCA.
Essas formas poderiam ter procedido de BURICI-OCA, casa de macacos,
antes aplicado a um monte fronteiro à barra do canal. Ou poderiam também ter
procedido de PIRATI-OCA, que quer dizer refúgio ou paradeiro das tainhas, o que
seria justificável, já que as pescarias eram importantes naquela região, cuja posse os
índios e os colonos portugueses disputavam.
Manoel Cardoso de Abreu diz que os índios apelidavam o lugar de Buriquioca,
mas depois esse nome foi transmutado para Bertioga.
12. Povoação de/ Porto de/ Ilha de/ Rio de Santo Amaro de/ Ilha de Santo Amaro
de GUAIBE
Guaibe é o nome indígena com que era conhecida a ilha de Santo Amaro, atual
Guarujá, ao norte da de Engaguaçu ou São Vicente.
A Capitania de Santo Amaro foi objeto de longa disputa entre os herdeiros de
Pedro Lopes e Martim Afonso de Sousa, que reciprocamente disputavam a sua
propriedade (MARQUES, 1952, p. 309).
Pode ter procedido de GUÁ-IBE, o lugar dos caranguejos.
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É a parte mais alta da serra do mar, que serve de divisa entre os municípios das
cidades de Santos e São Paulo (MARQUES, 1952, p. 145).
Proveniente do tupi PARANÃ-APIACABA, que significa a vista do mar, o
lugar de onde se pode avistar o mar; miramar (SAMPAIO, 1928, p. 283; DICK,
1990, p. 45) .
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21. Ribeyro/ Aldeya de/ Campos de/ Colonia de São Paulo de/ Campo de/
Campos/ São Paulo de PIRÁTININGA/ PIRATININGA
Ribeiro/ Rio TAMANDUATIÝ/ TAMANDUÁTIÝ
No corpus, o rio ou ribeiro de Piratininga é identificado como o rio
Tamanduateí, proveniente de TAMANDUÁ-TEÍ ou TEY, tamanduá grande ou
tamanduás em grande número (SAMPAIO, 1928, pp. 89 e 317), ou ainda rio do
tamanduá verdadeiro (DICK, 1996, p. 36).
Piratininga também identifica a aldeia dos índios guaianazes, de que era
soberano o cacique Tibiriçá.
São Paulo de Piratininga conservou esse nome até 1712, quando recebeu o
foro de Cidade e ficou só com o nome do seu padroeiro, São Paulo (DICK, 1996, p.
75).
Quanto à etimologia do topônimo, temos um composto de PIRÁ-TININGA, o
peixe a secar ou o lugar em que o peixe fica seco. “Designa rio que, por efeito dos
transbordamentos deita peixe fora e o deixa em seco, exposto ao sol. É a explicação
de Anchieta” (SAMPAIO, 1928, p. 292).
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26. Serra de IARAGUÂ
Na serra do Jaraguá se deu a primeira descoberta de minas de ouro, em 1590
(MARQUES, 1952, p. 12).
Pode ter vindo de YARA-GUÁ, a bacia do senhor, o vale do dono, ou ser
corrupção de YARA-QUÁ, que significa o dedo de Deus, a ponta do Senhor
(SAMPAIO, 1928, p. 246).
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1. Geomorfotopônimos – referentes a formas de relevo terrestre (planícies,
serras, montanhas, montes, morros, planaltos, vales, etc.);
2. Litotopônimos – relativos a elementos minerais (areia, barro, pedra, terra,
lama, etc.);
3. Fitotopônimos – relativos à vegetação terrestre (mata, floresta, etc.);
4. Zootopônimos – referentes à presença de animais (peixe, macaco, porco,
garça, etc.);
5. Animotopônimos – encerram os topônimos relativos à cultura espiritual
(afeto, bondade, liberdade, etc.);
6. Ergotopônimos – relativos a elementos da cultura material do homem (balsa,
barco, anel, etc.);
7. Sociotopônimos – constituídos por aglomerados humanos (aldeia, bairro,
cidade, vila) e por atividades profissionais (boiadeiro, sapateiro, etc.);
8. Somatotopônimos – os relativos metaforicamente às partes do corpo humano
ou do animal;
9. Hidrotopônimos – os que se vinculam aos cursos d’água;
10. Antropotopônimos – os referentes aos nomes próprios individuais (prenome,
hipocorístico, prenome + alcunha, apelidos de família, prenome + apelido de
família);
11. Etnotopônimos – referentes a agrupamentos étnicos, a cidades, países, regiões
ou indicativos de procedência geográfica.
Iperoýg Zootopônimo
Rio/ Ilha/ Villa/ reconcavo Cananea/ Cananêa/ Cananeya Zootopônimo
Rio/ Forte/ Torre/ Barra Bertioga Zootopônimo
Ilha/ Povoação/ Porto/ Rio Guaibe Zootopônimo
Rio Anhenbý Zootopônimo
Serra Iaguamimbaba Zootopônimo
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Ribeyro/Colonia/ Campos/ Zootopônimo
Aldeya/ Campo/ Campos Pirátininga/ Piratininga
Aldeya Yrirityba Zootopônimo
Barra Guaratyba Zootopônimo
Destricto Cutia Zootopônimo
Ribeiro/ Rio Tamanduatiý/ Tamanduátiý Zootopônimo
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8
6 Ocorrências
4
2
0
os
H opô os
Fi pôn s
Zo pôn s
os
Er pô os
os
An opô os
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tro ni
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An top
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A partir do gráfico acima, percebe-se que a quantidade de zootopônimos e de
ergotopônimos evidencia a importância da flora e da fauna nativas. Ou, melhor dizendo,
a importância que tinham para o indígena e a impressão que causaram no colonizador.
Esses topônimos expressam um forte apelo ao concreto, reflexo do mundo animal, da
constituição do terreno, da vegetação circundante, entre outros, menos constantes, mas
igualmente importantes.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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MENDONÇA, Renato. O Português do Brasil. Origens, Evolução, Tendências. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1936.
OLIVEIRA, Marilza de. “Para a história social da língua portuguesa em São Paulo:
séculos XVI-XVIII”. In: Lingüística, 14, 2002, pp.323-351 (versão informatizada).
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