Você está na página 1de 9

Índice

1. Introdução:.................................................................................................................5

1.1. Objectivos:..............................................................................................................5

1.1.1. Gerais:.................................................................................................................5

1.1.2. Específicos:.........................................................................................................5

2. Individualismo: conceito............................................................................................6

3. Ética Profissional: conceito........................................................................................7

4. Individualismo e Ética Profissional...........................................................................9

5. Conclusão:................................................................................................................11

6. Referências bibliográficas........................................................................................12
1. Introdução:
São frequentes as queixas sobre falta de ética na sociedade, na política, na indústria e até
mesmo nos meios esportivos, culturais e religiosos.

A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer


possibilidade de cultivo de relações éticas.

Um dos campos mais carentes, no que diz respeito à aplicação da ética, é o do trabalho e
exercício profissional. Por esta razão, executivos e teóricos em administração de empresas
voltaram a se debruçar sobre questões éticas.

O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado alguns
profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que
trabalham, colocando-as em risco. Os casos de corrupção e investimentos duvidosos nas
empresas públicas e privadas são os maiores exemplos do que estamos dizendo. Esse quadro
nos remete directamente à questão da formação de recursos humanos, pois são as pessoas a
base de qualquer tentativa de iniciar o resgate da ética nas empresas e nas relações de
trabalho.

Portanto, o presente trabalho é produto de uma investigação, que tem como tema de
abordagem O individualismo e a ética profissional.

Na concretização de qualquer trabalho de investigação científica, para além de resolução do


problema que pode ser teórico, prático, procura alcançar objectivos quer no geral, quer
específicos como a seguir elaborados:

1.1. Objectivos:
1.1.1. Gerais:
 Compreender sobre o individualismo e a ética profissional.

1.1.2. Específicos:
 Conceitualizar o individualismo assim como a ética profissional;
 Explicar o individualismo na vida profissional;
 Descrever as caracteristicas da ética profissional.

5
2. Individualismo: conceito
Individualismo para o dicionário é: substantivo masculino. Tendência, atitude de quem vive
exclusivamente para si, demonstra pouca ou nenhuma solidariedade; egoísmo, egocentrismo e
confia a doutrina moral, econômica ou política que valoriza a autonomia individual na busca
da liberdade e satisfação das inclinações naturais.

Não é possível realizar-se pessoalmente sem levar em conta o bem-estar do outro. A


conclusão das reflexões de filósofos antigos e da actualidade é que, para alcançar a realização
pessoal, é fundamental, como diz Tomazoni (2013, cit. em Santos, 2011):
“ultrapassar a reconstrução solitária do indivíduo e transformá-la em ação social
solidária. Se assim não for, esta sociedade pode estar fadada a ter de conviver com a
tentativa de dominação de um indivíduo sobre o outro, tentativa esta movida por uma
realização pessoal fundada no individualismo e no utilitarismo”.

Tal luta quase sempre se processa através de aviltamento de preços, propaganda enganosa,
calúnias, difamações, tramas, tudo na ânsia de ganhar mercado e subtrair clientela e
oportunidades do colega, reduzindo a concorrência. Igualmente, para maiores lucros, pode
estar o indivíduo tentado a práticas viciosas, mas rentáveis. A Consciência de grupo tem
surgido, então, quase sempre, mais por interesse de defesa do que por altruísmo. Isto porque,
garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o individualismo pode
transformar a vida dos profissionais em reciprocidade de agressão (Passos, 2006).

Para (Passos, 2006):


A tutela do trabalho, pois, processa-se pelo caminho da exigência de uma ética,
imposta através dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas
devem ser condizentes com as diversas formas de prestar o serviço e de organizar o
profissional para esse fim. Nos mais variados ramos profissionais, seja como for, seja
em que profissão se considere as separações das temáticas corporativas (cada
profissional no seu ramo de atuação – ex: administrador que trabalha em área de
tributos, outros em área de recursos humanos e afins), o interesse apenas pessoal pode
chegar a níveis altíssimos.

Uma sociedade que reconhece o primado do econômico não se dá a virtude, porque a virtude
consiste essencialmente em obedecer às leis da vida, e quando o homem se reduz à atividade
econômica, logo deixa de obedecer, quase que de todo, as regras da natureza.

6
A conduta do ser humano tende ao egoísmo, mas para os interesses de uma classe, de toda
uma sociedade, é preciso que acomode às normas, porque estas devem estar apoiadas em
princípios de virtude. Como só a virtude virtuosa tem condições de garantir o bem comum, a
ética tem sido o caminho justo, adequado, para o benefício geral.

3. Ética Profissional: conceito


A Ética profissional começa com a reflexão e deve ser iniciada antes da prática profissional.
Ao escolher uma profissão, todo indivíduo passa a ter responsabilidades e deveres
profissionais obrigatórios. Ser ético é basicamente aprender a agir sem prejudicar os demais,
pensando também na felicidade e alegria de viver.

A vida em sociedade, que preza e respeita o bem-estar do outro, requer alguns


comportamentos que estão associados à ética. No trabalho, especialmente pela supervisão
constante de chefes, líderes e companheiros de equipe, é preciso refletir e pôr em prática a
ética profissional.

De acordo com SBC (2014), “A ética profissional é um conjunto de valores e normas que
direcionam as condutas do colaborador para que este preserve uma reputação positiva no
ambiente de trabalho”.

Vicentin (2005) refere que:


Diferentes autores definem a ética profissional como um conjunto de normas de
conduta com uma função reguladora da “ética” aplicada ao exercício profissional. A
ética profissional regularia a relação do profissional com sua clientela, visando a
preservação da dignidade humana e do bem-estar no contexto social e cultural no qual
a profissão é exercida. Todas as profissões estão vinculadas à ética profissional,
mesmo que esta não se expresse por um conjunto de normas ou código específico. De
modo geral, as profissões estão referidas a regulamentos que determinam sua natureza
e seus limites, com um caráter normativo e até mesmo jurídico.

O profissional ético é, naturalmente, admirado, pois o respeito pelos colegas e pelos clientes é
o que dá destaque a esse colaborador.

A ética seria uma espécie de filtro que não permite a passagem da fofoca, da mentira, do
desejo de prejudicar um colaborador, entre outros aspectos negativos. E é necessário ressaltar
que os líderes são profissionais éticos, ou devem ser, para desenvolver as competências do
cargo com êxito. Por isso, os que optam pela ética preferem oferecer feedbacks, em vez de

7
deixar o ambiente de trabalho desarmônico, e são honestos quanto às próprias condições, ou
seja: não inventam mentiras para se ausentar das falhas (SBC, 2014).

No entender de SBC (2014), “A ética profissional engloba um conjunto de valores e de


normas responsáveis por orientar a conduta do indivíduo no ambiente de trabalho e em todas
as situações relacionadas à organização, a fim de que sua reputação seja preservada”.

Apesar dos estímulos éticos estarem baseados em aspectos bastante pessoais, como a moral e
a religiosidade cultivada, é possível definir, por meio da análise de algumas situações, o
quanto a postura de um profissional está de acordo com a ética no trabalho (SBC, 2014).

Ter ética profissional e adequar-se às normas de conduta de uma empresa, são condições cada
vez mais valorizadas no reconhecimento dos trabalhadores e no processo seletivo de novos
funcionários. Para conquistar uma vaga no mercado de trabalho e manter-se no emprego em
longo prazo, é preciso mais que formação acadêmica e experiência profissional. Conhecer um
pouco mais sobre ética profissional, as características do comportamento ético, o código de
conduta organizacional, e saber como agir para agregar esse diferencial é importante para o
currículo (Matos, 2011).

Matos (2011) afirma ainda que:


Ter uma conduta ética é saber construir relações de qualidade com colegas, chefes e
subordinados, contribuir para bom funcionamento das rotinas de trabalho e para a
formação de uma imagem positiva da instituição perante os públicos de interesse,
como acionistas, clientes e a sociedade em geral.

A ética não pode ficar confinada à dimensão privada e individual. Grandes problemas éticos
se localizam na família, na sociedade civil e no Estado. Cada profissional tem
responsabilidades que extrapolam o individual, configurando-se responsabilidades sociais que
envolvem não só os que dependem de seu trabalho, mas a sociedade como um todo (Valls,
2006)

A acção profissional requer competência e eficiência, além de atitudes e condutas consonantes


com princípios éticos essenciais. Uma classe profissional se define pela natureza comum do
conhecimento exigido e pela identidade de habilidades específicas, necessárias ao
desempenho de uma determinada profissão dentro de uma sociedade (Costa & Gomez, 2003).

8
O desempenho profissional ético, depende de qualidades pessoais que podem ser adquiridas
com esforço no decorrer da atividade profissional e que, integradas ao modo de ser do
profissional, facilitam a incorporação e o desempenho dos deveres profissionais.

Líderes de empresas e organizações têm defendido que bons ambientes de trabalho, com
relações amigáveis e respeitosas, contribuem para o aumento do nível de confiança e
comprometimento entre os funcionários, refletindo no aumento da produção e no
desenvolvimento da empresa. E que comportamentos antiéticos prejudicam o clima
organizacional, afetando o rendimento das equipes (Matos, 2011).

Ainda para o olhar de Matos (2011):


Os colaboradores que conseguem construir relações de qualidade entre os colegas e
conquistar a confiança dos líderes, com uma postura de trabalho adequada e resultados
concretos, são os que obtêm maior sucesso no desenvolvimento de suas carreiras. É
preciso entender e respeitar os limites de cada função, zelar pelos instrumentos de
trabalho, pelo patrimônio da organização, e contribuir para o bom rendimento de sua
equipe. Essas são condições básicas para a construção de uma postura ética no
trabalho.

4. Individualismo e Ética Profissional


Na no mundo actual, parece ser uma tendência do ser humano, a de defender, em primeiro
lugar, seus interesses próprios; quando, entretanto, esses são de natureza pouco recomendável,
ocorrem seriíssimos problemas.

Quando o trabalho é executado só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito, por
outro lado, quando o serviço é realizado com amor, visando beneficio de terceiros, passa
então a ser adotada a expressão social ao mesmo.

O valor ético do esforço humano é, pois, variável de acordo com seu alcance em face da
comunidade. Aquele que só se preocupa com os lucros, em geral, tende a ter menor
consciência de grupo, pois, preocupado com a questão monetária, a ele pouco importa o que
ocorre com a sua comunidade e muito menos com a sua sociedade. Devemos pensar como
seres sociais, e não apenas, seres individuais, pois nossas ações enquanto profissionais ecoam
em lugares em que sequer imaginamos.

Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu trabalho. Entrou,
então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário perguntou o que fazia e este
respondeu que procurava ganhar seu salário; ao segundo repetiu a pergunta e obteve a
9
resposta de que ele preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou
um que lhe dis se: "Estou construindo uma catedral para a minha cidade". A este último, o
sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho, como instrumento do
bem comum (Passos, 2006).

Na vida profissional o individualismo é demonstrado em buscar apenas o interesse pessoal,


desconsiderando o interesse coletivo.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objectivo de proteger os profissionais, a


categoria e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não
previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser
eticamente correto, ou seja, fazer a coisa certa (Passos, 2006).

Outra referência que tem sido objecto de estudo de muitos estudiosos parece ser a tendência
do ser humano de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses
interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos problemas (Passos,
2006).

O valor ético do esforço humano é variável em função do seu alcance, em face da


comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, temem em geral seu valor
restrito. Os serviços realizados, visando o benefício de terceiros com consciência do bem
comum, passa a existir a expressão social do mesmo.

O número dos que trabalham visando primordialmente o rendimento é muito grande, fazendo
assim com que as classes procurem defender-se contra a dilapidação de seus conceitos,
tutelando o trabalho e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos
serviços, pois ficam vulneráveis ao individualismo (Passos, 2006).

A consciência de grupo tem surgido mais por interesse de defesa do que por altruísmo, pois
garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o individualismo pode
transformar a vida dos profissionais em reciprocidade de agressão.

A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se agressiva e inconveniente e esta é uma
das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase sempre buscam maior abrangência.
Assim, ao se referir à classe, ao social, não nos reportamos apenas a situações isoladas ou
modelos particulares, mas a situações gerais (Passos, 2006).

10
O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um número expressivo de pessoas e até
mesmo influenciar o destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de minorias
poderosas, preocupadas apenas com seus lucros.

Sabe-se que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os interesses de uma
classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas, porque estas devem estar
apoiadas em princípios de virtude, assim a ética tem sido o caminho justo e adequado, para o
benefício geral.

5. Conclusão:
Ao finalizarmos o trabalho, conclui-se que é inequívoco que o ser tenha sua individualidade,
sua forma de realizar seu trabalho, mas também o é que uma norma comportamental deva
reger a prática profissional no que concerne a sua conduta, em relação a seus semelhantes.
Interessa menos ao homem conviver bem com o outro, já que prefere experimentar algo que
satisfaça seus desejos absolutamente egoístas e utilitaristas. Um desses desejos é a
necessidade de dominar, que desenvolve no indivíduo uma supervalorização do sentido de
poder. Os sentimentos de domínio e de posse se aproximam, e ambos geram o individualismo
calculista da ganância, comprometendo os valores éticos e morais da sociedade.

No que tange a ética profissional, conclui-se que na vida profissional, onde todos têm que
trabalhar em perfeita harmonia para que os objetivos de cada integrante sejam alcançados com
plenos êxitos. Assim pode-se afirmar que a ética é indispensável tanto na vida social como
consequentemente na vida profissional. Neste sentido, o profissional deve seguir tanto os
padrões éticos da sociedade quanto as normas e regimentos internos das organizações. A ética
profissional proporciona ao profissional um exercício diário e prazeroso de honestidade,
comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros, que conduzem o seu comportamento e
tomada de decisões em suas atividades. Por fim, a recompensa é ser reconhecido, não só pelo
seu trabalho, mas também por sua conduta exemplar.

11
6. Referências bibliográficas
Costa, R. J., & Gómez, J. A. C. (2003). Hoje, mais do que nunca, os professores são
educadores para o futuro. Jornal “A Página”, no. 125.

Matos, F. G. de. (2011). Ética na Gestão Empresarial. São Paulo: Saraiva.

Passos, E. (2006). Ética nas Organizações. São Paulo: Atlas.

Sociedade Brasileira Coaching (SBC). (2014). Ética Profissional: A importância da ética


profissional. Recuperado em:
https://www.sbcoaching.com.br/blog/tudosobre-coaching/etica-profissional-importancia/.
Acesso em 29/03/2023.

Tomazoni, T. M. (2013). Ética no Setor Público. Brasília: NT Editora.

Valls, A. L. M. (2006). O que é ética. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense.

Vicentin, S. (2005). O professor e a ética profissional. Recuperado em:


http://www.sinpropar.org.br/. Acesso em 29.03.2023.

12

Você também pode gostar