Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Deus" no quarto século antes de Cristo, por Platão em A República, Livro ii, Cap. 18. Aristóteles
dividiu teoricamente a filosofia em matemática, física e teologia, com a última sendo
correspondente mais ou menos à metafísica que, para Aristóteles, incluía o discurso sobre a
natureza do divino.
Com base nas fontes gregas estoicas, o escritor latino Varro distinguiu três formas de tal
discurso: mítica (sobre os mitos dos deuses gregos), racional (análise filosófica dos deuses e da
cosmologia) e civil (sobre os ritos e deveres da observância religiosa pública).
Theologos, intimamente relacionado com a teologia, aparece uma vez em alguns manuscritos
bíblicos, no título do Livro do Apocalipse: apokalypsis ioannoy toy theologoy, "a revelação de
João o teólogos". Ali, no entanto, a palavra não se refere a João como "teólogo" no sentido
moderno da palavra, mas - usando um sentido ligeiramente diferente da raiz logos ', o que
significa não "discurso racional", mas "palavra" ou "mensagem"- alguém que fala as palavras
de Deus.
Alguns autores cristãos latinos, como Tertuliano e Agostinho, seguiram o uso triplo de Varro,
embora Agostinho também usasse o termo mais simplesmente para significar "raciocínio ou
discussão sobre a divindade".
O autor latino Boécio, escrevendo no início do século VI, usou a "teologia" para denotar uma
subdivisão da filosofia como sujeito do estudo acadêmico, lidando com a realidade imutável e
incorpórea (em oposição à "física" ', que trata de corpórea, realidades em movimento). A
definição de Boécio influenciou o uso latino medieval.
Nas fontes latinas escolásticas, o termo passou a denotar o estudo racional das doutrinas da
religião cristã, ou (mais precisamente) a disciplina acadêmica que investigava a coerência e as
implicações da linguagem e reivindicações da Bíblia e da tradição teológica (esta última
frequentemente representada no Sentenças de Pedro Lombardo, um livro de extratos dos Pais
da Igreja).
É neste último sentido, a teologia como uma disciplina acadêmica que envolve o estudo
racional do ensino cristão, que o termo passou para o inglês no século XIV.
A partir do século XVII, também se tornou possível usar o termo teologia para se referir ao
estudo de ideias e ensinamentos religiosos que não são especificamente cristãos (por
exemplo, no termo teologia natural que denotou teologia baseada no raciocínio de fatos
naturais independente da revelação especificamente cristã) ou que são específicos para outra
religião (veja abaixo).A "teologia" também pode agora ser usada em um sentido derivado para
significar "um sistema de princípios teóricos, uma ideologia (impraticável ou rígida)".
Em várias religiões e tradições o termo teologia foi considerado por alguns como apenas
apropriado para o estudo das religiões que adoram uma deidade (a theos), ou seja, mais
amplamente do que monoteísmo; e pressupõe uma crença na capacidade de falar e razão
sobre essa deidade (em logia). Eles sugerem que o termo é menos apropriado em contextos
religiosos que são organizados de forma diferente (religiões sem uma única divindade, ou que
negam que tais assuntos possam ser estudados logicamente). ("Hierologia" foi proposto como
um termo alternativo, mais genérico.
Cristianismo
Teologia cristã é o estudo da crença e prática cristã. Esse estudo concentra-se principalmente
nos textos do Antigo Testamento e do Novo Testamento, bem como na tradição cristã. Os
teólogos cristãos usam exegese bíblica, análise racional e argumento. A teologia pode ser
realizada para ajudar o teólogo a entender melhor os princípios cristãos, fazer comparações
entre o cristianismo e outras tradições, defender o cristianismo contra objeções e críticas,
facilitar as reformas na igreja cristã, ajudar na propagação do cristianismo, aproveitar a
recursos da tradição cristã para abordar alguma situação atual ou necessidade, ou por uma
variedade de outras razões.
Referencias bibliográficas
E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos
profetas ressuscitou. E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse:
O Cristo de Deus.» (Luc 9, 18-21)
Concílios do Primeiro Milênio: a Igreja Católica reconhece oito Concílios Gerais desse período.
Os seis primeiros estão ligados entre si, uma vez que os assuntos de um se arrastavam para o
outro. Eles trataram de assuntos de ordem doutrinal e teológica, na definição das grandes
verdades da fé, como a divindade e humanidade de Jesus, o mistério da Trindade, a relação de
Maria e Jesus. Os outros dois trataram de assuntos distintos, como o culto aos santos (Niceia
II) e a estrutura da interna da Igreja (Constantinopla IV).
a) Niceia I: o assunto central desse concílio foi combater a heresia do Arianismo, que pregava
a humanidade de Jesus e quase desconsiderava sua divindade.
b) Constantinopla I: foi convocado pelo imperador Teodósio. O texto original desse concílio
se perdeu no tempo. Houve discussão sobre o arianismo e novamente foi escrito um credo
cristão (niceno-constantinopolitano), colocando o Espírito Santo no mesmo patamar do Pai e
do Filho.
d) Calcedônia: este concílio reuniu-se para tentar ainda dizimar dúvidas que surgiram na
doutrina sobre Jesus e a Santíssima Trindade. A principal decisão desse encontro foi a
afirmação já feita anteriormente que Jesus é uma pessoa com duas naturezas distintas,
humana e divina..
e) Constantinopla II: convocado pelo Imperador Justiniano, este concílio foi conturbado e
politicamente complicado.
f) Constantinopla III: pode parecer absurdo, mas o centro desse concílio foi a vontade de
Jesus: ele tinha vontade humana ou divina?
g) Niceia II: passado o período crítico das heresias, o concílio de Niceia II abordou uma
questão litúrgica prática: a veneração dos ícones e imagens dos santos e de Maria, situação
conhecida com Iconoclastia.
h) Constantinopla IV: momento conturbado, este concílio foi mais político que eclesial ao
colocar como questão de fundo o verdadeiro patriarca de Constantinopla, Fócio ou Inácio. As
disputas foram acirradas e até hoje este concílio é considerado o mais irrelevante da história.
2. Concílios Medievais: o poder do papado atingiu seu auge na Idade Média e os concílios
desse período foram dedicados à organização da Igreja e ao controle de suas estruturas
internas. Os documentos conciliares são aprovados exclusivamente pelo Papa, que passa a
convocar e coordenar os trabalhos com pulso de ferro. Uma linguagem legalista e menos
teológica invade os documentos conciliares e reafirma uma monarquia papal. O conjunto
desses sete concílios pode ser visto dentro de um único conjunto de fortalecimento da
hierarquia eclesiástica.
a) Latrão I: Latrão era a residência do Papa em Roma. Nessa residência acontecerão quatro
concílios, todos reafirmando o poder papal na Igreja. Outro assunto foram as cruzadas à Terra
Santa, que entrariam na pauta nos próximos concílios.
b) Latrão II: sem muita novidade, este concílio simplesmente reforçava a autoridade papal
sobre a vida da Igreja local pelo mundo afora.
c) Latrão III: contou com um participação inédita em termos de concílio, conseguindo reunir
participantes de quase todas as partes da Europa e delegados orientais.
d) Latrão IV: Este concílio convocou mais uma Cruzada à Terra Santa e definiu relações entre
cristãos, judeus e muçulmanos. Foi usada a palavra “transubstanciação” para falar do mistério
eucarístico e estabelecido o dever de comungar ao menos na Páscoa de cada ano.
e) Lyon I: o objetivo desse concílio era político, derrubar o imperador Frederico II, acusado de
heresia.
f) Lyon II: conduzido pelo Papa Gregório X, este concílio trabalhou com material trazido pelos
bispos de suas dioceses de origem. Novas regras da eleição papal foram definidas.
g) Vienne: reunido num período em que o papado residiu em Avinhão (na França) este
concílio teve forte influência secular.
3. Concílios da Reforma: A Alta Idade Média trouxe o maior desafio para a fé católica, o
surgimento de conflitos sobre a autoridade papal e o começo do movimento protestante.
Nesse período temos quatro concílios, entre eles o concílio de Trento, talvez o mais
importante para a Igreja em todos os tempos. Uns dos temas mais discutidos nesse período foi
o próprio poder dos concílios e se estes tinham autoridade maior do que o Papa. Esta questão
foi chamada de Conciliarismo.
a) Constança: tinha como tarefa unir a Igreja do Ocidente, que se encontrava numa posição
tão frágil que havia três papas ao mesmo tempo, cada um deles afirmando-se o legítimo
sucessor de Pedro.
c) Latrão V: Julio II, o papa guerreiro, reuniu-se em Latrão no começo do século XVI para
reafirmar a força do papado. Seu sucessor, Leão X. continuou o concílio com o ataque direto e
duro contra as teses conciliaristas, afirmando que o concílio só existe com a presença e
confirmação do Papa.
d) Trento: este é talvez o concílio mais falado, conhecido e questionado até hoje. Por mais de
300 anos as decisões de Trento moldaram a fé católica ao redor do mundo. Foram temas de
Trento os grandes alicerces da Igreja: hierarquia, sacramentos, Tradição e Escrituras,
costumes, devoções, formação intelectual do clero, poder papal, etc.
4. Concílios da Idade Moderna: entre os 306 anos que separam Trento do Vaticano I o mundo
mudou muito e a Igreja ficou isolada em si mesma. Ideias iluministas, Revolução Industrial,
mudanças políticas no mundo, tudo foi acontecendo ligeiramente e a Igreja vendo tudo da
sacristia, alheia a realidade. A Igreja parecia ter medo do mundo.
a) Vaticano I: convocado pelo papa Pio IX teve como principal objetivo, num mundo marcado
pela mudança e democratização das instituições, definir a infalibilidade papal. O auge desse
concílio foram as discussões para se chegar a definição que o papa tem “infalibilidade na sua
autoridade doutrinária”, ou seja, a pessoa do papa não é infalível, mas somente as suas
declarações feitas da cátedra de Pedro em questões de fé e de moralidade.
b) Vaticano II: o último e mais recente concílio geral da Igreja nasceu do espanto de todos. O
velho papa de transição João XXIII, já com 77 anos, resolveu “arejar” a Igreja e provocou a
maior revolução que a Igreja já conheceu na sua história.
Referencias bibliográficas
O conceito de teologia aparece pela primeira vez no pensamento grego, através de Platão, no
diálogo “A República” para referir-se à compreensão da natureza divina por meio da razão, em
oposição à compreensão literária própria da poesia, feita por seus conterrâneos.
o Período escolástico.
Século XI ao XVII aparecimento dos burgos (centros comerciais que sedesenvolveram fora dos
feudos) e surgimento das escolas catedrais,proporcionando o aumento do nível cultural do
clero secular;o Período moderno ou contemporâneo.
Após a morte de Paulo e dos demais apóstolos, a responsabilidade pela pregação doevangelho
e da manutenção das comunidades cristãs espalhadas pelo império recaiu sobreos chamados
Pais apostólicos, homens que viveram num período imediatamente
Este período foi marcado pela reelaboração das doutrinas já formuladas e ausência
deformulações originais. Valorizava-se a contemplação e a busca da perfeição espiritual,
porisso o ideal de santidade supera em muito as belas-letras e a filosofia10. Dentre as
maiorespersonalidades desse período destaca-se Boécio (480-524), responsável pela
tradução dealgumas obras de Aristóteles. Outros nomes importantes são Leôncio de Bizâncio,
MáximoConfessor (c. 580-662), Isidoro de Sevilha (560-636), Beda Venerável (673-735) e
JoãoDamasceno (ca. 675-749). Novas controvérsias teológicas surgiram neste período.
Pararesolvê-las, foram convocados os seguintes concílios ecumênicos:
Concílio deConstantinopla II (trindade 553), Toledo III (filioque - 589), Latrão (monotelismo -
649),Toledo XI (trindade e encarnação 675) e Constantinopla III (monotelismo 680).2.2
Período Pré-Escolástico (ou Carolíngio) Século VIII ao XIA pré-escolástica é dominada pela
teologia surgida nos mosteiros beneditinos, daí o termo teologia monástica, que consiste,
sobretudo, em comentários das Escrituras. As escolas monásticas surgiram na época carolíngia
(relativo ao Imperador Carlos Magno), tornando-seum foco cultural de extrema importância.
Carlos Magno não sabia escrever, mas tinhaconsciência da importância de se preservar e
difundir o conhecimento. Para realizaressatarefa buscou na Inglaterra o monge Alcuíno (730-
806), grande conhecedor da culturaclássica latina. A gramática, uma das sete artes liberais da
antiguidade, tornou-seuminstrumento para a interpretação das Escrituras. Alguns nomes
importantes deste período,iniciadores da teologia escolástica propriamente dita, são: Alcuino
de York, RabanoMauro eAnselmo de Cantuária. Os concílios ecumênicos convocados neste
período estãorelacionados com a crise iconoclasta: Constantinopla 754, Latrão 767, Nicéia II
787, Ratisbona 792, Francfort 794;
. A coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III;. A crise iconoclasta, provocada pelo repúdio
às imagens por parte de alguns padresda igreja bizantina.
Os primeiros cristãos, como descrito nos primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos, ou
eram judeus ou eram gentios convertidos ao judaísmo, conhecidos pelos historiadores
como judeus-cristãos.[6] Tradicionalmente, o Cornélio, o Centurião, é considerado o primeiro
gentio convertido.[7] Paulo de Tarso, depois de sua conversão ao cristianismo, reivindicou o
título de Apóstolo dos Gentios.[8] A influência de Paulo no pensamento cristão se diz ser mais
significativa do que qualquer outro autor do Novo Testamento.[9] Até ao final do século I, o
cristianismo começou a ser reconhecido interna e externamente como uma religião separada
do judaísmo rabínico.[10] Como mostrado pelas numerosas citações nos livros do Novo
Testamento e outros escritos cristãos do século I, os primeiros cristãos tinham como regra
de fé e prática os ensinamentos da Bíblia judaica - Antigo Testamento,[11] e em geral eles liam
ou a versão grega (Septuaginta) ou a tradução aramaica (Targum), boa parte da qual está
escrita em forma narrativa onde "na história bíblica Deus é o protagonista, Satanás (pessoas
ou poderes malévolos) é o antagonista, e o povo de Deus são os agonistas". [12][13]
Foi nesse período que o cânon do Novo Testamento foi desenvolvido, com as cartas de Paulo,
os quatro evangelhos, e várias outras obras dos seguidores de Jesus que também foram
reconhecidas como Escrituras Sagradas. Das cartas de Paulo, especialmente a de Romanos, os
cristãos criaram uma teologia baseada na obra expiatória de Cristo e na justificação pela fé.
Essa teologia objetivava explicar todo o significado e os objetivos da Lei Mosaica. A relação de
Paulo de Tarso e o Judaísmo é ainda hoje objeto de debates entre os cristãos protestantes,
principalmente no que se refere a alteração do dia de descanso do sábado para o domingo.
[14]
Os pais da igreja desenvolveram a teologia cristã e as bases para a doutrina da Trindade.
ILLANES, Jose Luis; SARANYANA, Josep Ignasi. Historia de la teologia. Madrid. Biblioteca
deAutores Cristianos, 1995.