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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Departamento de ciências de educação

Curso de licenciatura em Geografia

Funções do pedagogo no campo educacional

Nome da estudante: Victória Mariano Xavier Rêgo

Código da estudante: 11200127

Beira, Junho de 2020

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Departamento de ciências de educação

Curso de licenciatura em Geografia

Funções do pedagogo no campo educacional

Trabalho de campo de ser submetido na coordenação


do curso de Licenciatura em Ensino de Geografia do
ISCED, referente a cadeira de Didáctica de Educação,
cujo a mesma é leccionada pelo Tutor. Dr. .

Nome da estudante: Victória Mariano Xavier Rêgo

Código da estudante: 11200127

Beira, Junho de 2020

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Índice

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4

1.1. Contextualização ...................................................................................................................... 4

1.2. Objectivos ................................................................................................................................. 4

1.2.1. Geral ...................................................................................................................................... 4

1.2.2. Específicos ............................................................................................................................. 4

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 5

2.1. Função de pedagogo no campo educacional em Moçambique ................................................ 5

2.2. A especificidade do conhecimento Pedagógico ........................................................................ 6

2.3. Áreas de actuação profissional do pedagogo ............................................................................ 7

2.4. Algumas definições clássicas sobre educação .......................................................................... 8

2.5. As propostas metodológicas formativas Emancipatórias .......................................................... 9

CAPÍTULO III: CONCLUSÕES .................................................................................................. 11

3.1. Considerações finais ............................................................................................................... 11

3.2. Recomendações ...................................................................................................................... 11

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 12

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

O presente trabalho da cadeira de didáctica visa abordar entorno de funções do pedagogo no


campo educacional, sobre tudo no que tange a especificidade do conhecimento pedagógico, áreas
de actuação profissional do pedagogo, algumas definições clássicas sobre a educação e por fim
referenciar as propostas metodológicas formativas emancipatórias.

Portanto é de referir que a educação enquanto formação humana numa sociedade de organização
capitalista, desafia constantemente educadores e educadoras a repensar a prática pedagógica. Na
proposta de reflectir sobre a prática pedagógica, via organização do trabalho pedagógico, a
questão central que perpassará todo o material será pensar sobre educação de forma abrangente
enquanto proposta de emancipação dos sujeitos, no recorte da educação escolar na concepção
crítica de formação humana.

1.2. Objectivos

1.2.1. Geral

➢ Analisar as funções do pedagogo no campo educacional.

1.2.2. Específicos

➢ Identificar as funções do pedagogo no campo educacional;


➢ Descrever as funções do pedagogo no campo educacional;
➢ Caracterizar as funções do pedagogo no campo educacional.

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Função de pedagogo no campo educacional em Moçambique

O pedagogo é o profissional que actua em processos relacionados ao ensino e aprendizagem. Seu


trabalho está intimamente ligado ao do professor e é considerado como um apoio educacional.
Ele é especialista em educação e associa o aprendizado às questões sociais e à realidade em que o
estudante se encontra. O Pedagogo actual precisa ser um observador da realidade escolar de
modo que lhe ajuda a supervisionar seu trabalho através da pesquisa do quotidiano da
comunidade onde sua escola está inserida para que possa realizar um trabalho de qualidade.

Segundo Castiano, et al. (2005), afirmam que o processo de educação tem em vista a preparação
do homem para sua melhor inserção na sociedade. Esta preparação é guiada no sentido de
alcançar determinados objectivos que variam com o tempo, de acordo com as exigências da
sociedade, tendo em conta que os objectivos da educação são dinâmicos.

A educação em Moçambique não teve sempre as mesmas características, visto que se, olharmos a
Independência Nacional (1975) como marco referencial, a caracterização da educação em
Moçambique pode ser dividida em dois grandes períodos: o período antes da Independência e o
período pós-Independência (Gasperini, 1989).

Para Mazula (1995), a história da educação em Moçambique compreende dois períodos: a


educação antes da independência e pós-independência. Cada período é caracterizado por
principais marcos. No período antes da independência destacam-se, como marcos importantes, o
facto de ter havido a educação colonial e a educação no governo de transição. Este período foi
caracterizado por uma educação discriminatória, devido ao regime colonial. Os curricula
defendiam as finalidades da Metrópole. Mas, com a fundação da FRELIMO, surgiram as zonas
libertadas, constituindo a primeira fase de integração e valorização da educação moçambicana.

O período pós-independência tem como marcos: o antes e o depois do surgimento do SNE (Lei
4/83); o surgimento da Lei nº 6/92 e da Lei 18/2018. A independência trouxe uma nova dinâmica
na educação em Moçambique, a qual se reflectiu na garantia, pelo Estado, da educação para

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todos, expansão da rede escolar; sistematização da experiência de educação nas zonas libertadas,
formação de professores e revisão curricular contínua. A proclamação do direito à educação para
todos os moçambicanos, pela Constituição da República e a consequente massificação do acesso
à educação, em todos os níveis de ensino, constitui o principal marco da educação pós-
independência (Gomez, 1999).

2.2. A especificidade do conhecimento Pedagógico

As questões referentes a especificidades do conhecimento pedagógico frequentam o debate em


todo o país há vários anos no que tange as organizações científicas e profissionais dos
educadores. É visível que a profissão de pedagogo, como a do professor, tem sido constatada por
todos os lados: baixos salários, deficiências de formação, desvalorização profissional implicando
baixo status social e profissional, falta de condições de trabalho, falta de profissionalismo etc.
Esses factores, por sua vez, rebatem na desqualificação académica da área, fazendo com que
docentes e pesquisadores de outras áreas desconheçam a especificidade da Pedagogia, embora a
critiquem.

Um dos fenómenos mais significativos dos processos sociais contemporâneos é a ampliação do


conceito de educação. De facto, vem se acentuando o poder pedagógico de vários agentes
educativos formais e não formais. Ocorrem acções pedagógicas não apenas na família, na escola,
mas também nos meios de comunicação, nos movimentos sociais e outros grupos humanos
organizados, em instituições não escolares.

Considerando-se, ainda, os vínculos entre educação e economia, as mudanças recentes no


capitalismo internacional colocam novas questões para a Pedagogia. Por mais que se reconheça
que as transformações na educação decorrem de necessidades e exigências geradas pela
reorganização produtiva e pela competitividade no âmbito das instituições capitalistas, portanto,
com um carácter economicista e tecnocrático, é notório que nos encontramos diante de novas
realidades em relação ao conhecimento e à formação.

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O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo
esferas mais amplas da educação informal e não formal. Hoje em dia, muitos pedagogos parecem
estar se escondendo de sua profissão ou, ao menos, precisando justificar o seu dia-a-dia no seu
posto de trabalho. Há uma ideia de senso comum, inclusive de muitos pedagogos, de que
Pedagogia é o modo como se ensina, o modo de ensinar a matéria, o uso de técnicas de ensino. O
pedagógico aí diz respeito ao metodológico, aos procedimentos. Trata-se de uma ideia simplista e
reducionista.

A Pedagogia ocupa-se, de facto, dos processos educativos, métodos, maneiras de ensinar, mas
antes disso ela tem um significado bem mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um campo de
conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e historicidade e, ao mesmo
tempo, uma directriz orientadora da acção educativa. O pedagógico refere-se a finalidades da
acção educativa implicando objectivos sociopolíticos a partir dos quais se estabelecem formas
organizativas e metodológicas da acção educativa.

A pedagogia expressa finalidades sociopolíticas, ou seja, uma direcção explícita da acção


educativa. Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da
educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como
um dos ingredientes básicos da configuração da actividade humana.

2.3. Áreas de actuação profissional do pedagogo

O papel do profissional formado em pedagogia é ser relevante na sociedade. Actuando em


escolas, sendo a base para escolarização e formação de crianças, jovens e adultos. O profissional
formado em Pedagogia tem um papel muito importe no papel nessa formação. É o professor,
junto com a família e sociedade, que ajudarão a formar o carácter e a identidade de cada pessoa.
É através do exemplo, contexto, convivência e aprendizado que crianças e adolescentes são
formados com o auxílio do professor. Por isso, a Pedagogia precisa estar presente de forma tão
sólida e eficaz. Essa é uma profissão de extrema importância.

Após formado, o profissional em Pedagogia pode trabalhar em redes públicas ou privadas de


ensino, empresas, departamentos e muitos outros. Essas são algumas das áreas onde o pedagogo
pode actuar:
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Escolas Públicas e privadas: o pedagogo lecciona as aulas, exerce actividades coordenadoras da
escola, actividades pedagógicas, director o director adjunto da escola.

Meios de Comunicação: o pedagogo pode trabalhar como responsáveis na produção de conteúdos


destinados ao público infantil, programas educacionais e de apoio didáctico para programas de
rádio, de TV, internet e revistas.

Nas ONG’s: ele pode actuar em empresas do terceiro sector, coordenando projectos, programas
sociais educativos e ensinando sobre diversos tema com o objectivo de desenvolver a
comunidade.

Nos Órgãos públicos ligados à educação: o profissional irá actuar nos programas de educação do
âmbito localidades, posto administrativos ou distritos, com elaboração de projectos e programas
sociais.

Treinamento e coordenação em empresas privadas: o pedagogo poderá actuar juntamente com


os recursos humanos nos departamentos de treinamento, desenvolvimento, qualificação
profissional e responsabilidade social.

2.4. Algumas definições clássicas sobre educação

Segundo Libânio (1990) afirma que A prática educativa é sempre a expressão de uma
determinada forma de organização das relações sociais na sociedade. Se, a par disso, virmos cada
forma de organização social como resultado das acções humanas, portanto, passível de ser
modificada, também a educação é um acontecimento sempre em transformação. A educação não
tem sentido unívoco enquanto pura instância de reprodução, pois os processos que desencadeiam
geram e desenvolvem também forças contraditórias, que comprometem o fatalismo da
reprodução quer ideológica, quer social, actuando na direcção da transformação da realidade
social.

As concepções naturalistas, também chamadas analistas, atribuem primazia aos factores


biológicos do desenvolvimento. A influencia externa vinda de factores sociais, culturais, agiria
apenas como reguladora do ritmo e da manifestação de processos internos inatos. A educação e o

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ensino devem adaptar-se à natureza biológica e psicológica da criança e às tendências de seu
desenvolvimento que já estariam basicamente prontas desde o nascimento.

As concepções pragmáticas concebem a educação como um processo imanente ao


desenvolvimento humano, cujo resultado é a adaptação do indivíduo ao meio social. Por isso,
educar-se é desenvolver-se, é auto actividade provocada pelos interesses e necessidades do
organismo, suscitados pelo meio ambiente físico e social. É pela experiência, nas interacções
entre o organismo e meio, que o indivíduo desenvolve suas funções cognitivas.

As concepções espiritualistas também concebem a educação como um processo interior mediante


o qual cada pessoa vai se aperfeiçoando, mas é necessária a adesão a verdades ensinadas de fora,
que dizem como o homem deve ser. Para a Pedagogia católica, a educação busca o fim último da
vida, que é regenerar o homem corrompido pelo pecado original, preparando-o para a vida eterna.

Para as concepções culturalistas, a educação é uma actividade cultural dirigida à formação dos
indivíduos, mediante a transmissão de bens culturais que se transformam em forças espirituais
internas no educando. O processo educativo realiza o encontro de duas realidades: a liberdade
individual, cuja fonte é a vida interior, e as condições externas da vida real, o mundo objectivo da
cultura.

As concepções ambientalistas são as que jogam no ambiente externo toda a força de actuação
sobre o indivíduo para configurar sua conduta às exigências da sociedade. Segundo Durkheim, é
a sociedade que propicia valores, ideias, regras, às quais o espírito do educando deve submeter-
se. Diz mesmo que a educação é uma imposição ao educando de maneira de ver, de sentir e de
agir em consonância com os valores sociais.

2.5. As propostas metodológicas formativas Emancipatórias

De acordo com o Lopes, (2001) afirma que as propostas metodológicas formativas


emancipatórias estão centradas nos seguintes princípios: no desenvolvimento de uma percepção
crítica em relação ao conteúdo técnico e ao contexto sociocultural do trabalho; na percepção do
aluno como sujeito do processo; na ênfase nas formas de criação do conhecimento e das

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diferentes maneiras de conhecer; na concepção da prática profissional integral (dimensão técnica
e política). Além desses princípios, a organização de currículos da educação profissional (pautada
numa concepção crítica e emancipatória) tem procurado enfrentar de modo inovador a questão da
articulação teoria e prática, rompendo com os paradigmas tradicionais do tratamento dessa
questão.

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CAPÍTULO III: CONCLUSÕES

3.1. Considerações finais

Considerando as complexidades do mundo contemporâneo, reflectidas na forma de enormes


desafios no campo educacional, há a necessidade de intervenções que permitam reflectir sobre a
actuação do (da) pedagogo (a) e a organização da prática pedagógica. Para desencadear processos
de reflexão com vistas à educação emancipatória, requer se estudos, busca do conhecimento nas
teorias pedagógicas, nas ciências afins etc.

Neste sentido, o caderno pedagógico tem por objectivo subsidiar as reflexões e as discussões nos
encontros que acontecerão com as (os) pedagogas (os), por meio de leituras, debates, pesquisas e
exibição de filmes. Propicia-se, nestes momentos formativos, uma oportunidade para reflectir
sobre as acções da escola com possibilidades de elaboração junto aos pares de novas abordagens
e perspectivas de mudanças e transformações na educação. A prática pedagógica, deve buscar
olhares, virados na reflexão pelos envolvidos no processo, na luta em construir diariamente de
forma crítica, consciente e responsável um novo pensar, que considere os cenários educacionais,
sociais e políticos de nosso tempo.

3.2. Recomendações

Dadas as conclusões obtidas na realização do presente trabalho é unânime recomendar o seguinte:


Que a expansão quantitativa das escolas (acesso e participação) das mesmas deve requer das
instituições custos favoráveis para o apetrechamento condigno para as instituições de ensino de
modo a garantir a qualidade de ensino;

Que os pedagogos sejam munidos de conhecimentos práticos e teóricos para atender a demanda
do ensino com qualidade para os nossos alunos.

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Referências bibliográficas

CASTIANO, J, NGOENHA, S e BERTHOUD, G (2005). A longa marcha de uma educação para


todos em Moçambique. Maputo: Imprensa Universitária.

GASPERINI, L (1989). Moçambique: educação e desenvolvimento rural. Roma: Edizioni


Lavoro.

GOLIAS, M. (1993). Sistema de Ensino em Moçambique. Maputo: Escolar.

GOMEZ, B. M.(1999) Educação Moçambicana - História de um processo (1962-1984). Maputo:


Livraria Universitária.

MAZULA, B. (1995). Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985. S/L: Edições


Afrontamento e Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa.

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