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Requalificação

Arquitetônica
Centro de
Convivência
Djalma Marinho

Dissertação de Mestrado
PPAPMA - UFRN
Volume 1

José Aureliano de Souza Filho


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE

MESTRADO PROFISSIONAL EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO

PROJETO ARQUITETÔNICO DE REQUALIFICAÇÃO


DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

VOLUME 1

Natal
2018
JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO

PROJETO ARQUITETÔNICO DE REQUALIFICAÇÃO


DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

VOLUME 1

Dissertação submetida ao Mestrado


Profissional em Arquitetura, Projeto e Meio
Ambiente do Programa de Pós-graduação em
Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como parte dos requisitos para obtenção do
Título de MESTRE.

Orientadora: Prof.a Edja Bezerra Faria Trigueiro, PhD


Co-orientador: Prof. Dr. Paulo José Lisboa Nobre

Natal
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Biblioteca - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Dr. Marcelo Bezerra de Melo Tinôco - DARQ - CT

Souza Filho, José Aureliano de


Projeto arquitetônico de requalificação do centro de convivência
Djalma Marinho / José Aureliano de Souza Filho - Natal, 2018.
175fl.: il.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do


Norte. Centro de Tecnologia. Departamento de Arquitetura e
Urbanismo.
Orientadora: Edja B. F. Trigueiro.
Coorientador: Paulo José Lisboa Nobre.

1. Projeto arquitetônico - Dissertação. 2. Projeto de


arquitetura institucional - Dissertação. 3. Centro de convivência
universitário - Dissertação. 4. Sintaxe do espaço - Dissertação. I.
Trigueiro, Edja Bezerra Faria II. Nobre, Paulo José Lisboa. III.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. IV. Título.

RN/UF/BSE15 CDU 72.012.1


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE
MESTRADO PROFISSIONAL EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE

PROJETO ARQUITETÔNICO DE REQUALIFICAÇÃO


DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo,


Mestrado Profissional em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de MESTRE.

Aprovada em 28 de setembro de 20181

Banca Examinadora:

Prof.a Edja B. F. Trigueiro, PhD


Orientadora - Presidente da Banca - PPAPMA/UFRN

Prof. Dr. Heitor de Andrade Silva


Examinador Interno - PPAPMA/UFRN

Prof. Frederico de Holanda, PhD


Examinador Externo - PPG-FAU/UNB

1
A ata da defesa, devidamente assinada pelos membros da banca, encontra-se na secretaria do
PPAPMA/UFRN, disponível à consulta pública.
DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Aureliano e Salete,


a quem devo a régua e o compasso
para uma vida aberta ao conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos me ajudaram a completar essa jornada com um incentivo, um
conselho, um ouvido, uma leitura, uma mão, uma consultoria, um alerta, um carão, um
alimento, um local limpo, um ponto final. Cada pequeno gesto foi importante.
Em especial, minha gratidão:
A Edja Trigueiro e Paulo Nobre, orientadores nesses dois anos, pela dedicação e
sincera entrega nos momentos que mais precisei, corrigindo meus desvios e acreditando que
meu limite nunca era aquele que eu imaginava.
Aos Professores Heitor Silva e Frederico Holanda, pelo precioso tempo que ofereçam
desde a qualificação e pelos conselhos que transformaram minhas convicções para além da
formação acadêmica.
A todos os professores do Mestrado Profissional, pelo conhecimento que me
permitiu ir mais longe e pelas palavras de incentivo e confiança que ajudaram a perseverar.
Aos professores Aldomar Pedrini, Petrus Gorgônio, Edna Pinto, Marizo Vitor e
Henrique Silveira, pelo privilégio da informação especializada, fundamental para o
desenvolvimento do trabalho.
Aos funcionários da INFRA, pela informações documentais que me permitiram
reconstituir o histórico do Centro de Convivência.
A Viviane e Nicolau, pela pronta solicitude no desembaraço dos novelos burocráticos.
A Andréa Fabiana, companheira de alma e coração, pela atenção, zelo e cuidado.
Aos amigos, Henrique e George, essenciais e atenciosos à minha saúde mental.
A Henrique, amigo vigilante e guardião dos portais de entrada e saída dessa jornada.
A família, em especial ao meu irmão Sávio, sempre pronto ao socorro.
RESUMO
O Centro de Convivência Djalma Marinho (CCDM) foi construído na década de 1980
na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) como local para integração e
desenvolvimento de atividades discentes. Passados quase quarenta anos, testemunhamos a
mudança do seu espaço para uma finalidade distinta da sua concepção original. Ao invés de
um lugar convidativo e favorável ao convívio, o que se encontra é um abrigo subordinado à
prestação de serviços e facilidades, dominado por instituições financeiras e de assistência,
correios, espaços de alimentação, dentre outros. Uma oportunidade para revisão desse
contexto surgiu no âmbito acadêmico através do Mestrado Profissional do Programa de Pós-
Graduação em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente da UFRN (PPAPMA). Esse trabalho
apresenta as premissas, procedimentos e resultados do processo de desenvolvimento do
projeto de requalificação arquitetônica do CCDM, cujo objetivo foi a reconfiguração do
espaço para ampliação do seu o potencial de integração e articulação de pessoas. Seu
escopo está organizado da seguinte forma: aspectos metodológicos; problema de projeto;
concepção; previsão; e memorial. Em aspectos metodológicos, apresento os fundamentos
do modelo conjectura-teste adotado como referência teórica do processo projetual. No
problema de projeto, desenvolvo o conjunto de demandas e restrições que definiram o
contexto para tomada de decisões. Na concepção, discorro sobre as operações e
instrumentos empregados no desenvolvimento das ideias projetuais. Na previsão, reviso a
concepção à luz da teoria analítica adotada como referência conceitual do projeto. No
memorial, descrevo os principais aspectos que caracterizam o resultado final: organização
funcional e espacial; acessos, circulação e reunião; e aspectos técnicos e construtivos.
Acompanha essa redação um volume com a documentação gráfica do projeto em doze
pranchas.

Palavras chaves: projeto de arquitetura; centro de convivência; sintaxe do espaço.


ABSTRACT
The Djalma Marinho Living Center (CCDM) was built in the 1980s at the Federal
University of Rio Grande do Norte (UFRN) as a place for integration and development of
student’s activities. Almost forty years have passed and we have witnessed the
transformation of its space to serve a different purpose of its original design. Instead of an
inviting and friendly place, what is found is a shelter for facilities and provision of services,
mostly dominated by financial and assistance institutions, post office, food businesses,
among others. An opportunity for revision of this context arose in the academic scope
through the Professional Master of the Program of Post-Graduation in Architecture, Design
and Environment of UFRN (PPAPMA). This work presents the premises, procedures and
results that make up the developing process of a CCDM architectural requalification design
which seeks to promote its potential as a meeting place and a contributor for the integration
of the university community. Its scope is structured as follows: methodological aspects;
definition of the design problem; conceptualisation; predicting; and design report. The
methodological aspects present the foundations for the conjecture-test model adopted as a
theoretical reference for the design process. In the definition of the design problem, a set of
demands and constraints that defined the context for decision making is developed. In the
section called conceptualisation, the operations and efforts performed in the identification
of the central idea of the project are presented. In predicting, the design is reviewed in light
of the analytical theory adopted as conceptual reference for the project. In the design
report, the main aspects that make up the final result are approached: functional and spatial
organization; accessing, moving and assembly, as well as a description of the other technical
and constructive aspects. This writing is accompanied by a volume comprising the graphical
documentation of the project, layed out in twelve sheets.

Keywords: architectural design; living center; space syntax.


LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 - Campus Central da UFRN e sua vizinhança .............................................................. 26
Figura 2 - Plano Geral do Campus Central da UFRN ................................................................. 27
Figura 3 - Ocupação do Campus Central da UFRN entre 1970 e 2018 ..................................... 28
Figura 4 - Centro de Convivência da UFRN e imediações......................................................... 29
Figura 5 - Concepção estrutural do CCDM conforme à construção (1982) ............................. 30
Figura 6 - Planta esquemática da concepção original do CCDM (1978) .................................. 31
Figura 7 - Imagem da construção do CCDM com ginásio poliesportivo da UFRN ao fundo .... 32
Figura 8 - Planta esquemática da proposta para execução CCDM (1981). .............................. 33
Figura 9 - Ocupação do CCDM de 1982 a 2018 ........................................................................ 34
Figura 10 - Planta esquemática da ocupação atual do CCDM (2018) ...................................... 35
Figura 11 - Acessos e configuração da circulação interna do CCDM ....................................... 36
Figura 12 - Conformação topográfica do Campus Central da UFRN ........................................ 37
Figura 13 - Conformação topográfica do entorno do CCDM ................................................... 38
Figura 14 - Perfil topográfico do CCDM. ................................................................................... 39
Figura 15 - Carta Psicométrica para Natal/RN com zona de conforto adaptativo ASHRAE ..... 40
Figura 16 - Carta de variação de temperatura para Natal/RN ................................................. 41
Figura 17 - Temperatura de conforto e velocidade do ar ........................................................ 44
Figura 18 - Insolação Total Brasil - Normal Climatológica (1961-90) ....................................... 46
Figura 19 - Modelo com trajetória solar para Natal/RN .......................................................... 47
Figura 20 - Radiação incidente sobre superfícies para Natal/RN ............................................. 47
Figura 21 - Carta solar para o Centro de Convivência .............................................................. 48
Figura 22 - Simulação de túnel de vento com modelo da UFRN .............................................. 50
Figura 23 - Rosa dos Ventos para Natal-RN.............................................................................. 50
Figura 24 - Simulação dos ventos de orientação Leste ............................................................ 51
Figura 25 - Simulação dos ventos de orientação Sudeste ........................................................ 52
Figura 26 - Simulação dos ventos de orientação Sul ................................................................ 53
Figura 27 - Percursos usuais de usuários da UFRN................................................................... 59
Figura 28- Resumo de avaliação de espaços livres na UFRN.................................................... 60
Figura 29 - Plataforma de cobertura do CCDM (1981?) ........................................................... 64
Figura 30 - Reforma e ampliação do CCDM (Térreo) - INFRA/UFRN (2013) ............................ 66
Figura 31 - Reforma e ampliação do CCDM (Superior) - INFRA/UFRN (2013) ......................... 67
Figura 32 - topologia e configuração do espaço ...................................................................... 78
Figura 33 - Expressão gráfica da experiência espacial humana ............................................... 79
Figura 34 - Espaço convexo ...................................................................................................... 79
Figura 35 - Rede de espaços axiais ........................................................................................... 80
Figura 36- Isovista de um ponto D............................................................................................ 80
Figura 37 - Rede de visuais em torno de um T ......................................................................... 81
Figura 38 - Modelos de redes empregados na SE .................................................................... 81
Figura 39 - Profundidade topológica ........................................................................................ 83
Figura 40 - Cálculo da MD de um nó com passo topológico e angular .................................... 84
Figura 41 - Cálculo da MD de configuração com passo topológico e angular ......................... 86
Figura 42 - Diferença entre Mapa Axial e de Segmentos para medida de integração ............ 87
Figura 43 - Isovistas a partir de dois procedimentos ............................................................... 88
Figura 44 - VGA da UFRN com medida de conectividade ........................................................ 88
Figura 45 - Linhas axiais para veículos e pedestres no Campus Central da UFRN ................... 94
Figura 46 - Mapa de linhas axiais de Natal Donegan-Lopes (2016) ......................................... 95
Figura 47 - Pontos de observação e eixos respectivos em cada mapa sintático .................... 97
Figura 48 - Correção entre medida de integração e choice. .................................................. 101
Figura 49- Correlação entre medidas: inteligibilidade e interface de movimento ................ 102
Figura 50 - Correlação entre fluxo de veículos e medida choice R1500 ................................ 104
Figura 51 - Correlação entre fluxo de pedestres e medida choice R400................................ 105
Figura 52 - Sequência de isovistas pelo interior do CCDM ..................................................... 107
Figura 53 - VGA do CCDM com limite a dois metros do piso. ................................................ 108
Figura 54 - Desenhos para reconhecimento da área de estudo (CCDM) ............................... 119
Figura 55 - Primeiras explorações gráficas para o projeto do CCDM ..................................... 120
Figura 56- Outras explorações gráficas o projeto do CCDM .................................................. 121
Figura 57 - Maquete de estudo da proposta projetual para o CCDM .................................... 126
Figura 58 - Partido arquitetônico esboçado na escala 1:500 ................................................. 128
Figura 59 - Redefinição das vias de circulação formais no CCDM e entorno ......................... 128
Figura 60 - Partido arquitetônico, pavimento térreo ............................................................. 129
Figura 61- Partido arquitetônico, pavimento superior .......................................................... 129
Figura 62 - Partido arquitetônico, perspectiva geral .............................................................. 130
Figura 63 - O Revit possibilita a simulação virtual da construção .......................................... 133
Figura 64 - Definição paramétrica da cobertura através do Dynamo .................................... 135
Figura 65 - Componentes de suporte e vedação aplicados com Dynamo e Revit ................. 136
Figura 66 - Comparação da rede pedonal antes e após a proposição projetual ................... 138
Figura 67 - Mapa de segmentos pedonal antes e após o projeto para NACH R400 .............. 139
Figura 68 - Mapa de segmentos pedonal antes e após o projeto para NACH R1500 ............ 140
Figura 69 - Isovistas pelo interior do CCDM após proposta projetual ................................... 142
Figura 70 - Comparativo de isovistas antes e após a proposta projetual .............................. 143
Figura 71 - VGA do CCDM antes e após a proposta projetual ............................................... 144
Figura 72 - Perspectiva geral da requalificação arquitetônica do CCDM ............................... 145
Figura 73 - Esquema da distribuição das unidades por estrutura e nível .............................. 148
Figura 74 - Redefinição de vias no entorno do CCDM............................................................ 149
Figura 75 - Acessos e percursos no nível 1 do CCDM ............................................................. 151
Figura 76 - Acessos e percursos nos níveis 3 e 4 do CCDM .................................................... 151
Figura 77 - Acessos e percurso no nível 5 do CCDM .............................................................. 152
Figura 78- Praças no nível 1 do CCDM .................................................................................... 153
Figura 79- Praças nos níveis 3 e 4 do CCDM ........................................................................... 153
Figura 80 - Praça no nível 5 do CCDM .................................................................................... 154
Figura 81 - Laje de piso sobre a plataforma .......................................................................... 158
Figura 82 - Estrutura metálica de reforço da plataforma....................................................... 158
Figura 83 - Estrutura da passarela .......................................................................................... 159
Figura 84 - Seção da passarela com elementos de recobrimento da estrutura .................... 160
Figura 85 - Sistema estrutural da cobertura do café .............................................................. 161
Figura 86 - Entrando pela Praça Cívica ................................................................................... 162
Figura 87- Caminhado no Jardim Suspenso para passarela ................................................... 162
Figura 88 - Observando da passarela o acesso que conduz à Reitoria .................................. 163
Figura 89 - Passarela vista a partir da extremidade da Reitoria............................................. 163
Figura 90- Entrado no CCDM pelo acesso que se conecta à Reitoria .................................... 164
Figura 91 - Observando a Praça da Diversidade ..................................................................... 164
Figura 92 - Vista da rótula no estacionamento do CCDM ...................................................... 165
Figura 93 - Vista da passarela pelo acesso sul do CCDM ........................................................ 165
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resumo das áreas do projeto da INFRA para o CCDM ............................................ 65
Tabela 2 - Distribuição das amostras de fluxo coletadas ......................................................... 97
Tabela 3 - Média horária das amostras do fluxo de pessoas e veículos .................................. 98
Tabela 4 - Relativização de médias amostrais e medidas sintáticas ........................................ 99
Tabela 5 - Representatividade das médias amostrais ............................................................ 100
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Princípios de compensação ambiental ao aquecimento ....................................... 43
Quadro 2 - Exemplares arquitetônicos revisados .................................................................... 71
Quadro 3 - Medidas sintáticas extraídas da configuração presente do Campus Central ........ 95
LISTA DE SIGLAS
APURN ............... Associação dos Professores da UFRN
ASA ..................... Angular Segment Analysis (Análise Angular de Segmentos)
BCZM.................. Biblioteca Central Zila Mamede
BIM..................... Building Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção)
CAENE ................ Comissão Permanente de Apoio a Estud. com Necessidade Educ. Especiais
CAERN ................ Companhia de Águas e Esgotos do Rio grande do Norte
CAURN ............... Caixa Assistencial Universitária do Rio Grande do Norte
CCDM ................. Centro de Convivência Djalma Marinho
CEF ..................... Caixa Econômica Federal
CESIP .................. Código Estadual de Segurança contra Incêndio e Pânico
DCE..................... Diretório Central do Estudantes
EDFURN.............. Editora da UFRN
ETE ..................... Estação de Tratamento de Esgoto
PPAPMA ............. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente
UFRN .................. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
INFRA ................. Superintendência de Infraestrutura
INMET ................ Instituto Nacional de Meteorologia
MD ..................... Medium Depth (Profundidade Média)
MLC .................... Madeira Laminada Colada
NACH.................. Normalised Angular Choice (Escolha Angular Normalizada)
PROCEL............... Programa de Conservação de Energia Elétrica
RNP .................... Rede Nacional de Pesquisa
SAD69 ................ South Americam Datum 1969
SE ....................... Sintaxe do Espaço
TCC ..................... Trabalho de Conclusão de Curso
VGA ................... Visibiity Graph Analysis (Análise de Grafos de Visibilidade)
SUMÁRIO
VOLUME 1

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16

1 PROBLEMA DE PROJETO ....................................................................................... 22


1.1 SÍTIO .............................................................................................................................. 25
1.1.1 Relevo .................................................................................................................. 37
1.1.2 Clima .................................................................................................................... 39
1.1.3 Geometria Solar ................................................................................................... 46
1.1.4 Ventos.................................................................................................................. 49
1.2 VALORES ....................................................................................................................... 55
1.2.1 Percepção dos Usuários ........................................................................................ 56
1.2.2 Ideias Existentes ................................................................................................... 61
1.2.3 Caráter do Projeto e Configuração Inicial .............................................................. 63
1.2.4 Funcionalidade ..................................................................................................... 64
1.3 SABERES ........................................................................................................................ 68
1.3.1 Precedentes ......................................................................................................... 68
1.3.2 Uma Teoria Analítica ............................................................................................ 73
1.4 PODERES ..................................................................................................................... 109
1.4.1 Cliente................................................................................................................ 109
1.4.2 Regulamentos .................................................................................................... 111

2 CONCEPÇÃO ....................................................................................................... 116


2.1 CONJECTURAS ............................................................................................................. 118
2.1.1 Conversas com o Desenho .................................................................................. 118
2.1.2 Conversas com a Narrativa ................................................................................. 121
2.1.3 Conceito ............................................................................................................. 124
2.1.4 A Maquete de Estudo ......................................................................................... 125
2.2 PARTIDO ...................................................................................................................... 127
2.3 EVOLUÇÃO .................................................................................................................. 131

3 PREVISÃO ........................................................................................................... 137


3.1 MAPAS DE SEGMENTOS ............................................................................................. 138
3.2 ANÁLISE DE VISUAIS.................................................................................................... 141

4 MEMORIAL ......................................................................................................... 145


4.1 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL E ESPACIAL .................................................................... 147
4.2 ACESSOS, CIRCULAÇÃO E REUNIÃO ............................................................................ 149
4.3 ASPECTOS CONSTRUTIVOS ......................................................................................... 157
4.4 PERSPECTIVAS ............................................................................................................. 162
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 166

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 168

APÊNDICE ........................................................................................................... 172

ANEXO ............................................................................................................... 175


INTRODUÇÃO
Convivência significa viver em proximidade, compartilhar do mesmo espaço,
coexistir. Há a conversa fortuita, a troca de opiniões, o encontro com a novidade, o olhar
descompromissado do ir e vir, exposições, músicas, teatro e uma infinidade de outras
atividades nas quais o fundamental é estar com o outro. São acontecimentos naturais e
surpreende quando percebemos locais, criados para reunião de pessoas, sendo utilizados
como praças de circulação. Essa é a percepção ao visitar o Centro de Convivência Djalma
Marinho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CCDM/UFRN). Construído no
início da década de 1980, tinha a intenção original de proporcionar um espaço atrativo para
o encontro e o desenvolvimento de atividades do interesse dos discentes, mas já durante a
execução os planos foram alterados. Passados quase quarenta anos desde sua entrega, há
uma percepção generalizada da sua inadequação como lugar de encontro e integração,
notória que é a sistemática documentação desse estado em trabalhos acadêmicos (COSTA,
2017; PEREIRA; NOBRE, 2007; PINHEIRO, 1986). O CCDM é o reflexo de uma visão utilitarista
que negligencia necessidades humanas de conforto, acolhimento, convívio e segurança. Essa
caracterização se mantém com a passagem do tempo, mas existem olhares preocupados
com tal condição. Junto meus esforços à disposição daqueles que esperam e se mobilizam
para a mudança desse quadro. No contexto do Mestrado Profissional do Programa de Pós-
Graduação em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente (PPAPMA) ofereço uma contribuição -
um mínimo retorno pelos conhecimentos a mim oferecidos pela UFRN - de intervenção no
espaço do CCDM.
Sociedade e espaço são aspectos de uma mesma realidade - esse é um dos
fundamento teóricos utilizados nesse trabalho e premissa da Teoria da Lógica Social do
Espaço, mais conhecida com Sintaxe do Espaço. Se modificamos o arranjo de passagens e
obstruções de um lugar, alteramos o campo de possibilidades do comportamento das
pessoas que utilizam esse lugar, o que torna o espaço uma fonte de conhecimento. Intervir
na configuração do espaço pressupõe não só a aquisição desse conhecimento, mas
igualmente a produção de um conjunto próprio de informações sobre processos e
resultados - esse é um conhecimento inerente ao campo do planejamento e do projeto.
Nesse âmbito, especificamente o do projeto arquitetônico, é que realizei esse trabalho. O
objetivo principal foi a produção de um projeto arquitetônico de requalificação que

16
promovesse as características de integração e articulação do Centro de Convivência Djalma
Marinho. Espero que a discussão acerca do processo de trabalho, bem como as percepções
estimuladas pelo resultado alcançado, ofereçam subsídios àqueles que tem o poder ou
influência para intervenção factual.
O modo pelo qual o conhecimento é inserido na atividade projetual e como ele se
torna um que pode ser discutido, compartilhado e revisado é uma questão essencial e
examinada antes que qualquer outra. A produção da arquitetura envolve abordagens
cognitivas aparentemente contraditórias, mas entender como essas são associadas no
processo projetual é o fundamento para definição do escopo desse trabalho. Os aspectos
metodológicos do projeto têm por costume provocar algum grau de apreensão ou desdém.
Há uma sensação de artificialismo na exposição de procedimentos, equipamentos, formas
de registro e análise, enfim, na declaração do modo como os objetivos do trabalho serão
alcançados. A impressão persistente é que o processo projetual transcorre de um modo
diferente daquele que planejamos e isso provoca dúvidas sobre o esforço dedicado à sua
definição. Parece improvável que o processo de projeto na arquitetura possa ser submetido
a algum tipo de ordenamento, mas a dificuldade desse conflito não está na
incompatibilidade dos termos, processo projetual e metodologia, mas na abordagem
convencional do método na academia.
O ápice da abordagem processual no campo da arquitetura ocorreu na década de
1960, quando houve uma mobilização internacional na pesquisa sobre métodos de projeto,
envolvendo teóricos de áreas diversas, que ficou conhecida como Design Methods
Movement. As proposições abordavam o processo projetual como uma sequência de
atividades logicamente ordenadas, porém as ideias apresentadas eram continuamente
criticadas e revisadas por sua incompatibilidade com a prática projetual. A visão processual
do projeto que procurava retirar a hermenêutica da atividade e elevá-la à disciplina
científica, passível de apreensão lógica e transmissão, não alcançou resultados convincentes
(HILLIER, 2007; LAWSON, 2011). Aparentemente, o projeto tinha características que
tornavam inviável sua racionalização.
O modelo processual carrega consigo um paradigma no qual a racionalidade do
pensamento é percebida apenas como uma racionalidade procedural, para a qual a
realidade só é passível de apreensão pelo ordenamento rigoroso de observações ou
premissas, uma interpretação equivocada do método científico segundo Hillier (2007, p.

17
323). Porém, esse pensamento já teve os seus fundamentos epistemológicos questionados.
Karl Popper criticou a adoção do pensamento linear baseado na indução ou dedução como
fundamento para compreensão da realidade. A revisão da natureza da ciência admitiu a
imaginação e a intuição como processos cognitivos válidos na investigação racional e
rompeu com a dicotomia entre o método científico e o processo projetual enquanto
modelos de conhecimento. De certo modo, isso permite entender por que a emulação dos
procedimentos típicos da pesquisa científica na metodologia de projeto não lograram êxito
na intenção de tornar o projeto uma disciplina baseada no conhecimento. Simplesmente,
esse desafio não existia, o equívoco estava na interpretação dada ao conhecimento
científico. Ciência e projeto são ambos processos baseados no conhecimento.
O problema no reconhecimento de um "modelo das internalidades do processo
projetual" não está na dicotomia entre ciência e projeto, mas sim no ponto de vista sobre a
questão. Segundo Hillier (2007, p. 323), "o que diferencia o projeto de outras atividades não
é o procedimento, mas o seu objeto, e o que faz o projeto difícil é o que está para ser
projetado". O que distingue a pesquisa projetual na arquitetura das investigações realizadas
por outros campos do conhecimento é o atributo configuracional do seu objeto de estudo, o
espaço construído. Há dois aspectos significativos a qualquer configuração: primeiro, suas
partes são interdependentes e não existe uma alteração que deixe de afetar todo o
conjunto; segundo, a configuração é manipulada pela mente humana de modo não
discursivo, aspecto da cognição ao qual nos referimos como intuição. Essas são as
características que dificultam a abordagem procedural do projeto, pois tornam uma parte do
seu desenvolvimento inacessível à sistematização e reprodução, o que não deve ser
interpretado como refratário à racionalização. Como diz Hillier (2007, p.323), não existe uma
dicotomia entre razão e intuição, o projeto tem lugar em todas as estruturas mentais.
É possível definir uma abordagem metodológica que inclua aspectos não discursivos
e ainda assim não deixe à subjetividade a tarefa de avaliar os resultados do projeto. Assumo
como premissa metodológica nesse trabalho a concepção de Hillier (2007, p. 323), que
entende a arquitetura (enquanto processo) como o "desenvolvimento da intuição dentro de
um campo estruturado pela razão". Um desenvolvimento dessa abordagem metodológica é
apresentada no capítulo 11 (The reasoning art) do livro "Space is the Machine" (HILLIER,
2007), mas seu fundamento é anterior e remonta às discussões do Design Methods
Movement ((HILLIER; MUSGROVE; O’SULLIVAN, 1972). Não se trata de um procedimento

18
operacional, mas de uma estruturação de processos cognitivos que permite uma abordagem
racional das atividades de projeto. Farei uma explanação sintética dessa premissa
metodológica e deixo para momentos mais oportunos, ao longo do texto, o
desenvolvimento ampliado dos tópicos.
O projeto é um processo de conjectura-teste, no qual possibilidades de solução são
submetidas à predição em ciclos que se repetem até que o desempenho do conjunto alcance
o ajuste pretendido (ou até o limite de paciência do cliente). O processo tem início com uma
fase de reconhecimento, na qual o projetista obtém informações sobre os aspectos que irão
fornecer o contexto para exploração das ideias arquitetônicas (condicionantes naturais,
prescrições legais, usuários, tipologia da edificação, referências etc.). Munido de
informações (problema de projeto), o projetista se envolve com duas atividades por meio
das quais buscará uma solução: a proposição e a previsão.
A proposição é uma atividade conjectural, predominantemente não discursiva e
restrita ao campo formal. Quando o projetista concebe um registro de caráter arquitetônico,
ele não está fazendo uma conversão das informações do problema projetual em arranjo
formal ou espacial. O que ocorre é uma tradução de possibilidades formais e espaciais em
especificidade formal e espacial (o registro). O campo de possibilidades é o elemento mais
relevante desse processo e a sua compreensão ocorre através da reflexão abstrata que
fornece ao projetista "ideais com as quais pensar".

Faz parte da natureza de atos criativos de concreção, como o projeto, que algum
conjunto de ideias com as quais se pensa sejam mantidas estáveis,
temporariamente ao menos, afim de manipular e experimentar ideias sobre as
2
quais o projetista pensa na busca do campo de possibilidades. (HILLIER, 2007, p.
239, itálico no original)

São dois os principais campos de ideias com as quais pensar à disposição dos
projetistas: os tipos, padrões formais e espaciais culturalmente estabelecidos; e o estilo
pessoal, um princípio de estruturação de meios próprios. A atividade de conjectura é
receptiva à teorização, mas suas proposições não têm caráter universal ou oferecem
garantias ao cumprimento dos requisitos funcionais da arquitetura, elas atuam apenas na
estruturação do pensamento para geração de novas possibilidades criativas, são teorias de
possibilidades.

2
Do original: "It is in the nature of creative acts of concretion, like design, that some set of ideas to think with
must be held steady, temporarily at least, in order to manipulate and experiment with the ideas the designer
thinks of in searching the field of possibility." (HILLIER, 2007, p. 239, itálico no original).

19
Na previsão, o projetista avalia suas conjecturas procurando indicações que
permitam confirmar ou refutar suas escolhas. Essa atividade não exclui os processos não
discursivos, porém é nela que existe a abertura para ocorrência de abordagens discursivas
na tomada de decisão, em geral baseadas em referências empíricas por meio do emprego de
analogias. A previsão é uma atividade receptiva a processos baseados no conhecimento e é
momento oportuno para submeter a intuição ao crivo da racionalidade. O campo da
conjectura está sujeito a subjetividade e à influência de ideologias setoriais da sociedade, e
há a necessidade de confrontá-la a parâmetros objetivos que possam ser apreendidos,
compartilhados e discutidos através de uma teorização analítica.

A teoria analítica é o preço que arquitetos devem pagar pela liberdade. Sem ela, os
dois lados da arquitetura - que é ao mesmo tempo criação individual e transmissão
social - entram em arbitrariedade e conflito incompreensível. Com a teoria
analítica, o debate sobre os fins arquitetônicos é um debate aberto, sem ele, um
3
paradigma oculto. (HILLIER, 2007, p. 340).

Problematização, proposição e previsão não são fases operacionais do processo


projetual, são fases cognitivas do pensamento projetual em arquitetura. Partindo de algum
conjunto de informação, a passagem de conjecturas à verificação dos resultados é um curso
cíclico, cujos resultados nem sempre oferecem avanços do desenvolvimento da solução. Este
trabalho teve sua estrutura organizada em torno dessas três atividades, mas alerto para que
a ordenação das ideias expressas no texto não sejam confundidas com a rotina do processo
projetual, sinuosa e indômita.
No primeiro capítulo, Problema de Projeto, faço uma revisão dos fatores
determinantes da proposta, o conjunto de demandas, restrições e fundamentos que
guiaram o campo de possibilidades da pesquisa formal e espacial. É a parte mais volumosa
do trabalho, o que não denota mais importância. É apenas um esforço para ajudar na
compreensão dos resultados, que enfim surgem da profusão de estímulos das mais diversas
ordens. Adotando uma estruturação apresentada por Holanda (2015), reúno as variáveis em
quatro seções: Sítio, características do contexto ambiental do objeto de estudo; Valores,
aspectos relativos à fruição e percepção do espaço; Saberes, relativo ao conhecimento

3
Do original: "Analytic theory is the price that architecture must pay for freedom. Without it, the two sides of
architecture - that it is at once individual creation and social transmission - move into arbitrary and
uncomprehending conflict. With analytic theory, the debate over architectural ends is an open debate,
without it, a concealed paradigm." (HILLIER, 2007, p. 340)

20
formal e sistemático que fundamenta o exercício de projeto; e Poderes, que observa os
domínios que têm a capacidades de atuar sobre o curso dos acontecimentos.
No segundo capítulo, Proposição, apresento os ritos, técnicas e ferramentas que
empreguei para pesquisar o campo de possibilidade, propor a ideia central do projeto e
torná-la uma proposta arquitetônica definida e consistente. Esses conteúdos definem
respectivamente as seguintes seções: conjecturas, partido e evolução. Aproveito a
oportunidade para apresentar minhas críticas ao dogmatismo procedural e às concepções
limitadas frente às ferramentas operacionais de projetação.
O terceiro capítulo, Previsão, é dedicado a revisão da proposta, especificamente do
atributo delimitado pelos objetivos do trabalho, a configuração espacial. O intuito é
demonstrar, empregando critérios positivos de investigação, que a solução proposta tem as
características pretendidas pelas intenções de projeto. Os meios de análise empregados são
aqueles oferecidos pela Sintaxe do Espaço para quantificar os atributos espaciais que estão
associados ao estado (integração) e à dinâmica (escolha ou choice) das pessoas.
No último capítulo, Memorial, realizo uma descrição das principais características do
projeto. Abordo os aspectos que oferecem uma visão do conjunto e possibilitam justificar
algumas das soluções centrais do projeto: organização funcional e espacial; acessos,
circulação e reunião; aspectos técnicos e construtivos. Sugiro iniciar a leitura por esse
capítulo. Ainda que ocorram lacunas ou seja incômodo partir pela abordagem mais dura do
conteúdo, o reconhecimento prévio da solução projetual tornará mais produtiva a
assimilação das informações precedentes, além de evitar a expectativa pelo grand finale.
Desejo uma boa leitura.

21
PROBLEMA DE PROJETO

1 PROBLEMA DE PROJETO
No contexto da pesquisa acadêmica o problema é um enunciado definido por
critérios de relevância, clareza, precisão, dentre outros, que indica uma dificuldade que se
pretende resolver. É comumente declarado de forma interrogativa e é discursivamente
desenvolvido para delimitar o seu campo de aplicação e expor suas características.
(MARCONI; LAKATOS, 2000). No âmbito do projeto arquitetônico, de modo similar, o
problema apresenta uma dificuldade que demanda resolução, mas essa possui
características que lhes são próprias. Primeiro, o problema de projeto na arquitetura é uma
questão que envolve uma relação entre forma e função, é uma dificuldade que se coloca por
que existe uma indeterminação sobre que arranjo espacial é adequado para atender algum
conjunto de atividades humanas: uma casa para habitar, um escritório para trabalhar; um
hospital para curar etc. Segundo, o problema projetual não assume um enunciado
interrogativo, não implica necessariamente o desenvolvimento de um contínuo textual para
delimitar a questão, envolve mais levantar uma série de aspectos que deverão ser
observados para alcançar um resultado pretendido - a resposta à dificuldade ou projeto.
Essa é a concepção da atividade que costuma preceder à elaboração projetual e que
pode ser encontrada na literatura por denominações como: instrução, programação, ou
problema projetual. Hillier (2007), observa "brief" (instrução) como sendo, em essência, a
descrição do que um programa funcional deve satisfazer. Webster4 (apud PEÑA; PARSHALL,
2001, p. 14) afirma que programação é um processo que leva à declaração de um problema
arquitetônico e aos requisitos que serão atendidos pela solução. Lawson (2011) entende que
o problema de projeto envolve as questões, denominadas por ele de "restrições", que
devem ser consideradas quando se configura uma solução. O debate especializado pode
levar a discussões pormenorizadas sobre o significado dos termos. Está evidente que
expressões empregadas por um autor podem surgir na definição de outro com um sentido
diferente. Foge ao escopo desse trabalho definir algum consenso a essas diferenças e, de
forma objetiva, adotarei um sentido amplo ao qual todas as definições fazem referência, isso
é, um tipo de operação preliminar que envolve, em resumo, a definição de um conjunto de
informações que apoiam o processo de elaboração formal.

4
A citação a Webster não é acompanhada por referência ou citação bibliográfica.

22
PROBLEMA DE PROJETO

Uma delimitação mais completa de problema projetual, contudo, exige que


observemos qual sentido ele adquire sob o paradigma teórico do processo processual que
estamos adotando. Desenvolverei alguns aspectos da metodologia e assim, poderei
esclarecer o sentido que a definição do problema projetual adquire nesse trabalho, bem
como apresentar o seu escopo.
As ideias em torno do problema projetual podem ser filiadas a duas concepções
distintas sobre uma compreensão mais ampla do processo de projeto. De um lado, há o
entendimento do processo projetual com foco na operação. Nesse caso, o processo
projetual é observado como um conjunto de atividades que converte "matéria-prima" em
"produto acabado" através de uma sequência de operações, à semelhança de um modelo de
produção seriado. Essa visão estabeleceu um paradigma teórico conhecido como "análise-
síntese". Modelos in-out, como "caixa transparente" e "caixa preta", e mapeamentos
diversos do processo de projeto são frutos dessa visão teórica, bem como as expressões:
"das partes ao todo" e bottom-up. Essa concepção teórica resultou de um esforço que, a
partir da década de 1960, procurou aproximar a atividade projetual, tida como intuitiva, de
uma abordagem científica, vista como racional (HILLIER, 2007). Essa corrente, que acabou
desenvolvendo modelos mais prescritivos que explicativos, está associada a autores como:
Morris Asimov; Tom Markus; Tom Maver; Broadbent; e Christopher Alexander5. Por outro
lado, há um segundo entendimento sobre o processo de projeto que desloca a atenção
antes dada à operação para os processos de pensamento, ou em outros termos, para
cognição. Essa perspectiva surge como crítica ao paradigma análise-síntese e seus primeiros
ensaios estão documentados em artigos como os de Hillier, Musgrove e O'Sullivam (1972) ,
Hillier e Leaman (1974), e Darke (1979). Seus proponentes argumentam que o
desenvolvimento projetual é um processo de investigação cíclico de possibilidades realizado
de forma configuracional ou, em outros termos, holística. Essa investigação é realizada por
meio de uma reflexão pré-estruturada que seleciona, desde um campo de probabilidades,
uma resposta possível que deve ser confirmada por testes empíricos ou analíticos. Essa
mudança de perspectiva sobre o processo projetual estabeleceu outro paradigma teórico
reconhecido como "conjectura-análise". Desse ponto de vista, já não se trata de saber qual

5
As referências a esse autores, bem como revisões sobre o desenvolvimento dessa corrente de pensamento
podem ser encontradas em Hillier (2007), Lawson (2011), e Andrade, Ruschel e Moreira. (2011).

23
PROBLEMA DE PROJETO

caminho a informação deve percorrer para alcançar um resultado, mas sim, como a partir de
informações, nós fazemos escolhas, tomamos decisões e podemos confirmá-las.
As perspectivas distintas que os paradigmas "análise-síntese" e "conjectura-análise"
têm sobre o processo projetual, também conferem importância e significados diferentes à
definição do problema projetual. No contexto do paradigma "análise-síntese", o problema
projetual adquire tanta relevância que chega a ser preconizado como uma atividade distinta
do ato projetual em si, tendências observadas nos Estados Unidos e Reino Unido (LAWSON,
2011). Peña e Parshall (2001, p. 16, tradução nossa), alinhados com essa perspectiva,
afirmam que "qualificações de programadores e projetistas são diferentes. Programadores e
projetistas são especialidades separadas por que os problemas de cada uma são muito
complexas e requerem duas capacidades mentais diferentes, uma para análise, outra para
síntese"6. A proposição de soluções que se antecipam ao encerramento da definição do
problema são vistas como riscos ao sucesso da construção e a "programação" é tida como "o
prelúdio para bom um projeto, embora não o garanta" (PEÑA; PARSHALL, 2001, p. 21,
tradução minha). Nesse caso, a percepção de otimização de um projeto é diretamente ligada
à otimização da definição do problema projetual, isso é, à quantidade e qualidade das
demandas identificadas.
Sob a perspectiva do paradigma "conjectura-análise", as prescrições de separação
entre análise e síntese, a ordenação rígida entre problema e solução, e a otimização da
solução pautada na correlação direta aos itens do problema, não só são desnecessárias
(HILLIER; MUSGROVE; O’SULLIVAN, 1972), são incompatíveis com observações empíricas do
desenvolvimento de projetos arquitetônicos. Segundo Hillier (2007), o problema projetual
não fornece instruções escritas a partir do qual podemos derivar um objeto formal ou
espacial, pois esses são domínios incomensuráveis. O projeto é uma atividade
configuracional, e como tal não é uma aglomeração de partes extraídas de instruções
discursivas, mas uma entidade única manipulada pela mente de modo não discursivo, isso é,
intuitivamente. Nesse contexto, o problema projetual adquire outro papel. Ele não fornece
instruções para o desenvolvimento da forma, o que faz é ativar um campo não discursivo no

6
"qualifications of programmers and designers are different. Programmers and designers are separate
specialists because the problems of each are very complex and require two different mental capabilities, one
for analysis, another for synthesis" (PEÑA; PARSHALL, 2011, p. 16).

24
PROBLEMA DE PROJETO

qual modos de expectativas humanas, padrões espaciais e expressões formais estão inter-
relacionadas.
A escolha metodológica para esse trabalho foi apoiada na referência teórica do
paradigma "conjectura-análise". Nesse contexto, adoto a seguinte definição para problema
projetual: conjunto de informações em termos de demandas e limites, que possibilitará
estabelecer um campo não discursivo de ideias com as quais e sobre as quais serão
realizadas conjecturas de formas e espaço.
A aquisição de dados e informações não seguiu um sistema geral de levantamento,
apenas algumas coletas, por razões técnicas, exigiram uma abordagem mais controlada - a
exemplo daquelas que passaram por tratamento estatístico. Por economia de tempo e
recursos, utilizei fontes bibliográficas tanto quanto possível e, sem a pretensão de ser
exaustivo, levantei aspectos que são rotineiramente considerados na realização de um
projeto arquitetônico: identificação do local e sua história; demandas funcionais; percepção
dos usuários; fundamentos teóricos das decisões projetuais; pré-concepções do projetista;
legislação, dentre outros. Somente à guisa de organização, adotarei categorias para
apresentar essas informações. Pareceu-me suficientemente afim ao problema projetual a
categorização adotada por Holanda (2015) para identificar os fatores que subjazem à
arquitetura (determinações da arquitetura) e que, para introduzi-las, assim nos diz: "ao
fazermos as coisas, há um ponto de partida" (HOLANDA, 2016). Suas determinações
incluem: características do sítio natural (clima, relevo, geologia, hidrografia, disponibilidade
de materiais de construção); e contexto social (saberes; poderes; valores). Sem me ater
rigidamente às designações, adotei-as do modo que foi adequado.
Segue meu ponto de partida.

1.1 SÍTIO
O objeto de interesse deste trabalho, o Centro de Convivência Djalma Marinho
(CCDM), é uma edificação localizada no Campus Central da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (Figura 1), o qual ocupa uma área de 115 hectares no bairro de Lagoa
Nova, Natal/RN. Farei uma breve caracterização desse sítio, partindo da vizinhança do
Campus Central até chegar ao local de intervenção desse trabalho, o CCDM.
O entorno do Campus Central é caracterizado por um intenso fluxo de pessoas e
veículos e apresenta uma diversidade de usos e serviços. Na sua extremidade oeste, o

25
PROBLEMA DE PROJETO

Campus Central faz limite com uma rodovia federal (BR-101), que é o principal eixo de
penetração da cidade; a Leste, tem fronteira com o Parque das Dunas; e por todas as demais
direções encontram-se áreas residenciais servidas por supermercados, hospitais, clínicas,
centros comerciais, serviços públicos administrativos e de segurança, dentre outros (Figura
1). A despeito dessa diversidade urbana, o modelo espacial do Campus Central (cidade
universitária) é responsável por criar dificuldades à interação da comunidade universitária
com o seu entorno - a cerca que rodeia toda sua extensão é um testemunho simbólico desse
aspecto.

Figura 1 - Campus Central da UFRN e sua vizinhança

01

02
03
05
04

BAIRROS LIMÍTROFES
01 - LAGOA NOVA
02 - NOVA DESCOBERTA
06 03 - PARQUE DAS DUNAS
04 - CAPIM MACIO
05 - CANDELÁRIA
06 - PONTA NEGRA

Fonte: Elaborado pelo autor. Imagem obtida no Google Earth, maio 2018.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi criada através de lei estadual em
25 de junho de 1958, sendo federalizada em 18 de dezembro de 1958. A partir do plano
geral elaborado pela equipe do arquiteto paraense Alcyr Meira, as obras de construção do
Campus Central foram iniciadas no começo da década de 1970 (Figura 2). Algumas
edificações ficaram sob responsabilidade do escritório de Alcyr Meira, porém o conjunto é

26
PROBLEMA DE PROJETO

resultado da intervenção de uma variedade de profissionais e determinações, o que fica


evidente na profusão de expressões formais encontrados no Campus Central. O processo de
ocupação que se iniciou na década de 1970 ainda não chegou ao seu limite (Figura 3), como
indica o plano de obras da INFRA/UFRN (2016), disponível na página da Superintendência
(http://infra.ufrn.br/docs/plano_obras_2016.pdf).

Figura 2 - Plano Geral do Campus Central da UFRN

Obs.: A figura apresenta a Planta Geral da UFRN mais antiga encontrada nos arquivos
da INFRA/UFRN de autoria do escritório Alcyr Meira Arquitetura e Urbanismo. A
implantação dos blocos não ocorreu conforme esse plano. No arquivo da INFRA,
. existem outros desenhos que parecem indicar revisões dessa
concepção, contudo, não foi identificado qualquer plano gráfico.
que corresponda especificamente à distribuição das edificações
conforme observamos em campo. Aparentemente, o plano
base sofreu adaptações a partir dos
projetos e implantação das primeiras
edificações construídas. De qualquer
modo, há duas observações pertinentes
sobre a concepção inicial do Campus
Central, conforme ilustração ao lado.
Primeiro, o Centro de Convivência não
fez parte do plano inicial do Campus - o
maior retângulo na área central do
aglomerado de blocos é a indicação da
biblioteca. Segundo, o sistema viário
indica que a circulação de veículos ficaria
restrita ao anel viário e aos bolsões de
estacionamento que se projetavam para
o interior do Campus. O trânsito entre
blocos seria restrito aos pedestres.

Fonte: Plano Diretor UFRN por Alcyr Meira, Planta Geral (arquivos da INFRA/UFRN) adaptado pelo autor.

Em 1978, por iniciativa da administração universitária (na época, representada pelo


Reitor Domingos Gomes de Lima), foi solicitado ao Departamento de Arquitetura um projeto
para o Centro de Vivência (nome original da edificação) "com o propósito de atrair,
predominantemente, a convergência das atenções do corpo discente, permitindo aí um
espaço de encontro e de atividades estudantis, com apoio de serviços básicos" (PEREIRA;
NOBRE, 2007, p. 9). A iniciativa de um local de integração numa comunidade universitária
formada por edificações dispersas em 123 hectares era, por si, uma proposta relevante, mas
como observa Pinheiro (1986, p. 39), seu significado ia além.

No momento em que o povo brasileiro começava a reconquistar a vida política e se


proparava (sic) para escolher os governadores estaduais, parecia oportuno que a
comunidade universitária - também ela, apesar de isolada - encontrasse sua praça,
seu centro social, um palco para a ação coletiva de seus membros.

27
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 3 - Ocupação do Campus Central da UFRN entre 1970 e 2018

Obs.: as vias não refletem à ordem cronológica indicada. Apresenta a configuração viária de 2018 e foi disposta
em todas figuras apenas para facilitar a leitura comparada.

MEADOS DÉCADA 1970 FINAL DÉCADA 1970

INÍCIO DÉCADA 1980 FINAL DÉCADA 1990

2008 MEADOS DE 2018

Fonte: Onofre (2008) adaptado e complementado pelo autor.

28
PROBLEMA DE PROJETO

Essa edificação, que viria a ser denominada "Centro de Convivência Djalma Marinho",
teve seu projeto desenvolvido em 1978, sob responsabilidade dos arquitetos Hiran César da
Silva e Marizo Vitor Pereira, professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo, em
colaboração com uma equipe formada por discentes do curso. O local escolhido para
implantação foi uma área localizada entre a Reitoria e a Biblioteca Central - posição em
acordo com as intenções declaradas - situada num ponto central em relação aos setores de
aula e edificações representativas da administração e do saber (Figura 4).

Na concepção, propuseram uma edificação térrea formada por uma extensa


estrutura modular de concreto aparente, sem vedações laterais e coberta com telhas

Figura 4 - Centro de Convivência da UFRN e imediações

05

08
07
03

06
LEGENDA 04
01

01 - CCDM
02 - REITORIA 10
03 - BIBLIOTECA CENTRAL 0 02
11
04 - SETOR DE AULAS I 0
13
05 - SETOR DE AULAS II
09
06 - SETOR DE AULAS III
0
07 - SETOR DE AULAS IV

12

11

14 04
09
0 10
08
0

08 - SETOR DE AULAS V 01
02
09 - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO 03
10 - TV UNIVERSITÁRIA
11 - PARQUE OLÍMPICO 05
12 - GINÁSIO POLIESPORTIVO I
06
13 - RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO
14 - ANFITEATRO
07

Fonte: Onofre (2008) adaptado e complementado pelo autor. Imagem aérea do próprio autor, 2017.

29
PROBLEMA DE PROJETO

estruturais metálicas (Figura 5). Abaixo dessa estrutura, para abrigar as atividades
demandadas pelo programa fornecido pela administração do campus, foram dispostas
edículas distanciadas umas das outras. Esses poucos volumes foram distribuídos em setores,
conforme sua destinação funcional: alimentação, serviços, e cultura e lazer. Os pilares das
extremidades foram alongados no seu comprimento e a altura destes ultrapassava o topo da
cobertura, fazendo uma analogia aos pórticos de uma feira de amostras.

Figura 5 - Concepção estrutural do CCDM conforme à construção (1982)

Proporção de uma
Estrutura principal pessoa em relação
grelha modulada aos pilares das
extremidades

Estrutura secundária
para abrigo de acessos

Fonte: elaborado pelo autor, 2018.

O projeto original dessa proposta (Figura 6) não existe mais, mas algumas
informações ainda podem ser encontradas na INFRA/UFRN, a exemplo de uma planta baixa
alterada e desenhos do projeto estrutural. Ademais, temos que contar com a memória dos
projetistas e alguns trabalhos que já documentaram essas memórias (COSTA, 2017; PEREIRA;
NOBRE, 2007). Segundo Pereira e Nobre (2007) a proposta se apoiou sobre alguns preceitos
estilísticos, ambientais e construtivos determinados. Expressões da estética modernista
foram declaradamente procuradas, em especial uma associação ao Brutalismo: os
elementos estruturais estão à mostra, evidenciado suas atribuições e material constituinte;
as superfícies laterais são independentes da estrutura e reduzidas à quantidade mínima para

30
PROBLEMA DE PROJETO

não prejudicar a transparência e conexão entre interior e exterior; e suas condições de


implantação estimularam sua concepção como objeto isolado, para ser visto à distância.
Preocupações com a qualidade ambiental influenciaram algumas escolhas: as laterais mais
extensas foram voltadas para o noroeste e sudeste de forma a favorecer a circulação dos
ventos predominantes, preceito que reforçava as ideias ligadas à permeabilidade; foram
previstos anteparos de proteção à insolação também nas laterais mais extensas da
edificação para prolongar o sobreamento do piso. Preocupações mais técnicas também
orientaram decisões: a ausência de linhas curvas na edificação resulta de um cuidado com a
capacitação da mão de obra disponível; e uma economia de meios foi estimulada por
considerações sobre a manutenção do edifício.

Figura 6 - Planta esquemática da concepção original do CCDM (1978)

6
3 5
4

2
1
7

LEGENDA
01 - RESTAURANTE 4 - PRAÇA 7 - ESPELHO D'ÁGUA
02 - BANHEIROS 5 - DEPÓSITO
03 - EXPANSÃO 6 - EVENTOS

Fonte: INFRA/UFRN, adaptada pelo autor.

Quando a construção do CCDM teve início (1979), os projetistas foram confrontados


com várias mudanças na concepção original: altura menor dos pilares das extremidades;
ausência de uma platibanda para ocultar o perfil da coberta; eliminação de elementos
terminais da calha e proteção solar. Tais alterações foram recebidas pelos autores como
uma descaracterização e isso foi o suficiente para que decidissem retirar a responsabilidade
técnica sobre o projeto (APÊNDICE A). Contudo, a maior transformação viria dois anos após

31
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 7 - Imagem da construção do CCDM com ginásio poliesportivo da UFRN ao fundo

Fonte: (Agecom) Agência de Comunicação da UFRN.

o início da construção7: uma nova proposição para ocupação do espaço sob a cobertura
(único elemento da proposta original que foi mantido). O projeto das edículas como
construídas recebeu a assinatura do arquiteto Ubirajara Galvão e sua configuração espacial
distanciava-se da precedente, em especial nas suas características de permeabilidade visual
e física. A revisão, que parecia atender a uma demanda ampliada da solicitação inicial pelo
"Centro de Vivência", reduziu a quantidade de espaço livre, restringindo mais as visuais e as
possibilidades de circulação (Figura 7 e 8).
A inauguração do CCDM ocorreu em 02 de junho de 1982 com a realização da I Feira
de Ciência e Tecnologia da UFRN. Um anúncio público de página inteira divulgado através da
Tribuna do Norte, um jornal local, convidava a população para participar do evento com uma
chamada que anunciava: "um Centro de Convivência tão liberal quanto o seu patrono:
Djalma Marinho"8.

7
Após a execução da estrutura, a obra do CCDM ficou paralisada por dois anos (MARECO, 1996).
8
O anúncio da Tribuna do Norte foi obtido através de Pinheiro (1986). A frase publicada no jornal possui uma
ironia: como informa Pinheiro (1986), naquele início de abertura política no Brasil, foi vedada a instalação no
CCDM do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e da Associação dos Docentes da UFRN (ADURN/UFRN).
Falecido em 26 de dezembro de 1981, Djalma Marinho teve sua história parlamentar marcada por um
episódio de protesto contra coações da ditadura militar. Pressionado a aprovar uma licença para processar e
cassar o mandato do deputado Márcio Moreira Alves - acusado de discurso difamatório às forças armadas -

32
PROBLEMA DE PROJETO

A edificação foi apresentada com um programa mais extenso do que aquele


incorporado no projeto original. Reunia, sob 4.225m² de área construída, postos bancários,
correios, restaurante, lanchonete, livrarias, farmácia, auditório, cinemateca, musicoteca,
galeria, atelier e laboratórios de arte, e salas administrativas e de apoio. Os blocos que
abrigavam esses espaços foram distribuídos ao longo do perímetro definido pela cobertura,
criando uma sequência de barreiras que iniciaram uma progressiva negação do exterior
(PEREIRA; NOBRE, 2007). As reformas e ampliações que se seguiram estreitaram
gradualmente os acessos e reforçavam a configuração de um corredor central, para o qual
quase todas as portas se abriram. A permeabilidade visual e física foi reduzida e as fachadas,
que deveriam ser livres e abertas ao entorno, se tornaram os fundos dos diversos blocos
implantados sob a cobertura. Após todas as intervenções, a estrutura é o elemento que se
manteve mais próximo à concepção original (Figura 9)9.

Figura 8 - Planta esquemática da proposta para execução CCDM (1981).

Fonte: INFRA/UFRN, adaptada pelo autor.

Djalma renunciou à Presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em defesa da liberdade de


expressão na tribuna.
9
A Figura 9 ilustra a progressiva ocupação do espaço no CCDM, desde sua construção (1982) até o ano de
apresentação deste trabalho (2018). Os gráficos apresentados conciliam informações dispersas entre várias
fontes, algumas delas contraditórias. A indicação do espaço ocupado é inequívoca, porém as datas indicadas
expressam apenas o período mais provável para execução das diferentes edículas. Diante do que foi
consultado, sugiro que uma pesquisa mais dirigida a esse fim é capaz de reconstituir a cronologia do CCDM a
partir da base de dados dos setores de arquitetura e de engenharia da INFRA/UFRN.

33
PROBLEMA DE PROJETO

As demandas em torno do espaço também sofreram mudanças com o passar do


anos. Alguns serviços se expandiram, outros foram eliminados, e nos espaços vagos ou
ampliados foram incorporados novos serviços. O cadastro técnico da UFRN não consegue

Figura 9 - Ocupação do CCDM de 1982 a 2018

Existente no período Construído no período

1982 1982-1997

1997-2002 2002-2010

2010-2018 2018

Fonte: Elaborado pelo autor conciliando fontes diversas: desenhos técnicos da INFRA/UFRN, fotos da
Agecom/UFRN, (PINHEIRO, 1986), (MARECO, 1996) e (COSTA, 2007).

34
PROBLEMA DE PROJETO

manter atualizado todas essas alterações, é possível indicar a atual destinação geral dos
diversos blocos do CCDM10 (Figura 10).
Na configuração atual, identificamos no CCDM um total de 9 pontos de acesso
(Figura 11). Não há características expressivas (forma, detalhes, nível etc.) que remeta à
percepção de entrada para a maior parte dessas passagens, exceto para os acessos A1 e A2,

Figura 10 - Planta esquemática da ocupação atual do CCDM (2018)

LEGENDA

09 - OUVIDORIA UFRN 18 - ADMISTRAÇÃO BANCO DO BRASIL


01 - NÚCLEO DE ARTE E CULTURA (NAC) 10 - ADMINISTRAÇÃO CCDM 19 - CENTRAL DE MONITORAMENTO
02 - GALERIA CONVIV'ART 11 - FEIRINHA 20 - SETURN
03 - SALA MULTIMÍDIA 12 - BANCO SANTANDER 21 - POP/RN
04 - RESTAURANTE APURN 13 - BANCA DE REVISTA 22 - CORREIOS
05 - FARMÁCIA ESCOLA 14 - LOJINHA FUNPEC 23 - CAENE
06 - SANITÁRIOS 15 - SANITÁRIOS 24 - BANCO DO BRASIL
07 - LIVRARIA DA EDITORA UFRN 16 - CAURN 25 - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
08 - SINCRED 17 - ATELIER DE ARTES (NAC) 26 - COOPERATIVA CULTURAL

Fonte: Elaborado pelo autor.

que podemos considerar como os principais. A exceção destes, o que existe como acesso é
apenas o que restou de espaço perimetral livre após o processo de ocupação. A distribuição
em torno da construção é equilibrada, contudo a maioria dos acessos conduz a pátios de

10
Foi solicitada a INFRA/UFRN desenhos técnicos atualizados do Campus Central e do Centro de Convivência. O
material foi fornecido, porém encontrei algumas inconsistências entre o conteúdo registrado e
características observado in loco, com destaque para definição das curvas de nível da topografia e para
divisão interna das edículas do CCDM.

35
PROBLEMA DE PROJETO

estacionamento e estes às vias que delimitam a quadra de locação do CCDM. Internamente,


o fluxo está estruturado de forma linear e hierárquica, uma configuração que resultou da
forma de ocupação do espaço. O progressivo fechamento do perímetro gerou corredores de
circulação similares aos que encontramos em "shopping centers".

Figura 11 - Acessos e configuração da circulação interna do CCDM

Acesso por calçada Acesso por estacionamento

Fonte: Elaborado pelo autor.

Da concepção à realização, a intenção original de um Centro de Convivência como


espaço aberto, flexível dedicado ao encontro perdeu a oportunidade do enfrentamento
prático do problema. Alguma inconsistência ocorreu entre a demanda inicial e a construção.
As concepções que materializaram o espaço já não foram as mesmas da primeira proposição
projetual. Reabrirei esta questão no trabalho enquanto exercício projetual, mas agora, com
uma vantagem em relação aos pioneiros: da banca a bancos, todos querem um lugar à
sombra do CCDM e essa pressão contínua por apropriação de espaços - o conflito entre
intenções e decisões que se manifestou na trajetória de concepção e construção do CCDM -
deve ser considerada no meu intento de reaproximação às premissas do projeto original.

36
PROBLEMA DE PROJETO

1.1.1 Relevo
O contexto topográfico do CCDM deve ser observado em duas escalas: uma ampla,
que abrange os limites do Campus Central; outra imediata, que vai pouco além da quadra
delimitada pelas vias perimetrais do CCDM. Na escala mais ampla, o relevo oferece
indicações relacionadas ao escoamento de fluidos (drenagem e ventos) que têm relevância
para o projeto, e na escala imediata, o relevo nos fornece indicações pertinentes à
implantação dos elementos construtivos no terreno.
As características do relevo do Campus Central e seu entorno apresentam dois
aspectos que devem ser considerados (Figura 12). Primeiro, existe uma bacia de drenagem
bem nos limites do Campus Central - na área pertencente à CAERN - que é alimentada por
um vale natural de escoamento que corta todo o Campus ao longo de um eixo noroeste-

Figura 12 - Conformação topográfica do Campus Central da UFRN

NORTE

09
10

11 13
04
08
01
LEGENDA
03
76
01 - CCDM 02 05
02 - REITORIA
71 03 - BIBLIOTECA CENTRAL 06
04 - SETOR DE AULAS I
05 - SETOR DE AULAS II
06 - SETOR DE AULAS III 07
64 07 - SETOR DE AULAS IV
08 - SETOR DE AULAS V
09 - GINÁSIO POLIESPORTIVO
12
57 10 - CIA. ÁGUAS E ESGOTOS RN (CAERN)
11 - ANFITEATRO
12 - COMP. TEC. ENGENHARIA (CTEC)
52 13- PARQUE DAS DUNAS

Fonte: Elaborado pelo autor.

sudeste. O CCDM está situado nesse vale e próximo às cotas mais baixas do terreno. Nesse
contexto, é necessário não criar obstáculos ao fluxo de drenagem, assim como garantir a
permeabilidade da área. Como não há, no local, registro de incidentes relacionados à
drenagem pluvial, as condições de uso e ocupação existente estão satisfatórias e devem ser
preservadas. Segundo, a lateral Leste do Campus Central faz limite com o longo
agrupamento de dunas que constituem o Parque das Dunas. Essa formação atinge alturas de

37
PROBLEMA DE PROJETO

120 metros acima do nível do mar e forma uma barreira entre a UFRN e o litoral. Os ventos
que alcançam o continente pelo litoral encontram no Parque das Dunas um bloqueio à sua
livre passagem. É preciso verificar o impacto que essa barreira tem para penetração dos
ventos a Leste na UFRN.
O CCDM se encontra isolado numa quadra delimitada por três vias e um pátio de
estacionamento (Figura 13). Exceto pelo setor noroeste - área na qual está situada a Estação
de Tratamento de Esgoto (ETE) da UFRN - todas as demais cotas da circunvizinhança são
mais elevadas que o local de implantação do CCDM. As edificações adjacentes mais
significativas - a Reitoria e a Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) - estão elevadas de três
a quatro metros acima da cota de referência do CCDM (Figura 14). Essa configuração reforça
características de descontinuidade da edificação com seu entorno, inclusive quanto às
condições perceptivas (barreiras visuais) e climáticas (barreiras aos ventos). A locação do
CCDM foi realizada sobre a cota predominante da quadra (58), possibilitando que todos os
acessos da fachada oeste fossem realizados em nível com o terreno. O mesmo já não ocorre
nas demais fachadas, onde os acessos são intermediadas por escadas ou rampas e o desnível
entre o piso interno e o terreno alcança valores acima de cinquenta centímetros.

Figura 13 - Conformação topográfica do entorno do CCDM

NORTE

05 04
54 65
62
55
72 LEGENDA
59
56 60
01 - CCDM 61
69 62
02 - REITORIA 57
03 - BCZM 58
66 58
04 - TVU
05 - ETE 61 01
63
63
60 62
02
57 03

58
55

Obs.: A base topográfica 63 59


(INFRA) foi editada para se 59 60
ajustar à configuração do 61 60 61
62 62
relevo observada in loco.
63 63

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de planta topográfica fornecida pela INFRA/UFRN.

38
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 14 - Perfil topográfico do CCDM.

REITORIA BCZM
15m
CCDM
3m
0

Fonte: Elaborado pelo autor.

O contexto topográfico do CCDM tem um impacto determinante sobre a edificação,


mas esse aspecto não recai propriamente sobre a implantação do edifício - disposto sobre
um piso único sem maiores dificuldades - mas sobre a relação da edificação com seu
entorno. É preciso atenção para não reforçar características do relevo que possam gerar
condições indesejáveis à acessibilidade, percepção, conforto e manutenção do CCDM.

1.1.2 Clima
As variáveis climáticas, elementos constitutivos do clima, incluem: a temperatura, a
umidade, a radiação solar e a pressão atmosférica. Tomá-los como objeto de estudo é o foco
de disciplinas como a climatologia, mas no contexto da arquitetura, o interesse é observar a
interação desses fatores com o conforto humano. É preciso entender a dinâmica energética
entre o corpo humano e o meio que o cerca para definir premissas projetuais adequadas.
Realizei uma análise dessa dinâmica utilizando um programa de análise climática, o
Climate Consultant 6.0. O programa permite gerar uma variedade de cartas gráficas de
atributos climáticos, associando conjuntos padronizados de fatores ambientais a padrões de
conforto humano no ambiente construído. Os fatores ambientais utilizados foram extraídos
do Ano Climático de Referência11 para a localidade de Natal/RN e inclui dados relativos à
temperatura do ar, radiação, umidade e movimento do ar. O padrão de conforto empregado
foi o Adaptative Comfort Model in ASHRAE Standard 55-2010. Esse modelo, assim como
outros disponíveis, estabelece requisitos ambientais mínimos para alcançar o conforto
térmico das pessoas. O modelo escolhido possui a característica específica de refletir a
capacidade adaptativa das pessoas para reestabelecer suas condições de conforto em

11
O Ano Climático de Referência (tradução para Test Reference Year - TRY) é uma série de dados climáticos
referenciais de um ano típico para determinada localidade, obtidos mediante uma metodologia baseada na
eliminação de anos com médias mensais extremas até que se obtenha apenas um ano de dados médios
(GOULART; LAMBERTS; FIRMINO, 1998). É a base de dados mais precisa para análise de adequação de uma
edificação ao clima local (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014). Para o Brasil estão disponíveis dados
padronizados de 14 capitais.

39
PROBLEMA DE PROJETO

ambientes internos climaticamente não condicionados12. A análise se concentrou sobre a


investigação da carta psicométrica13, utilizando as demais como recursos auxiliares.
Na carta psicométrica já configurada (Figura 15), encontramos a distribuição dos
valores horários (8.760 horas) de temperatura e umidade para Natal-RN plotados em cores
que definem os limites da faixa de conforto para o modelo empregado. O verde indica as
medidas que estão dentro dos limites da zona de conforto, enquanto o conjunto de pontos
vermelhos, o contrário. Existem três faixas de medidas para as quais as estratégias de
manutenção de conforto ambiental deverão ser distintas. Há duas faixas fora da zona de
conforto: uma que concentra as medidas com temperaturas até 23,5°C aproximadamente,

Figura 15 - Carta Psicométrica para Natal/RN com zona de conforto adaptativo ASHRAE

Fonte: Climate Consultant 6.0.

12
O Climate Consultant 6.0 alerta sobre os parâmetros do modelo Adaptative Comfort Model in ASHRAE
Standard 55-2010 da seguinte forma: em espaços naturalmente ventilados, onde os ocupantes podem abrir e
fechar janelas, a resposta térmica deles dependerá, em parte, do clima ao ar livre, e pode ter uma faixa de
conforto mais ampla do que em edifícios com sistemas HVAC centralizados. Este modelo assume que os
ocupantes adaptam suas roupas às condições térmicas e são sedentários (1.0 a 1.3 met → 1met=58W/m²).
Não deve haver nenhum sistema mecânico de refrigeração ou aquecimento em operação.
13
A carta psicométrica é um diagrama que relaciona temperatura do ar e umidade relativa. A carta permite
avaliar diferentes combinações de temperatura e umidade e sua influências nos processos de transferência
de calor (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014).

40
PROBLEMA DE PROJETO

doravante faixa 1; e outra com valores com temperaturas acima de 29°C aproximadamente,
doravante faixa 3. Entre essas, temos uma faixa com valores que estão dentro dos limites de
conforto, doravante faixa 2. Para evitar as condições indesejadas adotam-se duas estratégias
distintas, uma de aquecimento, para faixa 1, e outra de resfriamento, para faixa 3. Na faixa 2
precisamos manter as condições ambientais que tornam válidas a definição de conforto.
Investigando os valores que estão concentradas na faixa 1 - visualizando os meses
hora a hora e a cartas complementares (Figura 16) - identificamos que as medidas se
encontram no intervalo de tempo entre duas e seis horas manhã, no meses que vão de julho
a novembro. O alcance da faixa é restrito, se concentra nos meses de menores temperaturas
médias (41% do ano) e no período da madrugada (17% do dia). O total de horas nessa faixa
de desconforto representa 7% de um ano e a amplitude de temperatura em relação ao
limite é de no máximo 3°C aproximadamente. Outro aspecto a considerar é que o horário de
funcionamento do Centro de Convivência não se inicia antes das sete manhã e não se
prolonga além das dez horas da noite. A faixa 1 não representa uma preocupação para
definição de estratégias bioclimáticas para manutenção do conforto. Sua ocorrência não
coincide com o uso do CCDM. É possível até argumentar que seria benéfico ao contexto
bioclimático que o edifício estivesse aberto à influência ambiental dos horários da faixa 1,
pois uma temperatura mais baixa interior da edificação tem uma influência positiva sobre a
temperatura do ambiente ao longo do dia.

Figura 16 - Carta de variação de temperatura para Natal/RN

Limite inferior da
faixa de conforto

Limite inferior das médias


de temperatura entre os
meses de julho e novembro

Fonte: Climate Consultant 6.0, complementado pelo autor.

41
PROBLEMA DE PROJETO

Na faixa 2 - pontos verdes na carta psicométrica - temos os momentos nos quais as


medidas estão dentro da zona de conforto. Essa configuração representa 63% do total de
horas do Ano Climático de Referência. A zona de conforto é uma referência definida
estatisticamente por meio de levantamentos que cruzam variáveis ambientais com a reação
das pessoas sob condições controladas. A prerrogativa de conforto está associada a
parâmetros que devem ser observados para que suas previsões tenham validade. O modelo
de conforto adotado foi o Adaptative Comfort Model in ASHRAE Standard 55-2010, um
modelo que se baseia no conceito de temperatura neutra ou operativa. Essa definição de
temperatura considera todos os ganhos e perdas de energia advindos dos mecanismos de
troca passivos e aqueles derivados de atividades humanas. Resulta que a temperatura
operativa de um ambiente não é necessariamente igual à temperatura do ar, pois temos que
considerar além desta, por exemplo: a influência da radiação emitida por uma parede ou
equipamentos em funcionamento; o grau de atividade metabólica dos usuários e a
vestimenta que estão utilizando. A rigor, a sobreposição do modelo de conforto térmico
(temperatura operativa) à carta psicométrica (temperatura do ar) só é válido se
conseguirmos manter a temperatura do ar igual à temperatura operativa. Para tanto,
precisamos preservar as condições ambientais indicadas pelo modelo para condição de
conforto, procurando:

 Possibilitar o controle de aberturas e ter uma ampla variedades de estratégias passivas de


condicionamento ambiental;
 Possibilitar a ventilação cruzada, evitando a estagnação do ar. O modelo considera a
ocorrência de espaços naturalmente ventilados, portanto, as condições de conforto não
são válidas para ambientes com condicionamento mecânico;
 Evitar o contato direto do ambiente com fontes de irradiação térmica. As aberturas
devem estar protegidas e se deve evitar que os ganhos térmicos da envoltória alcancem
o interior da edificação. Estudos de geometria solar não poderão ser ignorados;
 Considerar que os usuários desenvolvam atividades com taxas metabólicas entre 1,0 e 1,3
met. Algumas atividade esperadas no CCDM - sentar (1,0 met) e ficar em pé relaxado (1,2
met) - são compatíveis como o modelo, porém algumas outras, com níveis metabólicos
mais elevados - fazer compras (1,6 met), caminhar em local plano a 2 km/h (1,9 met) -
demandam configurações diferenciadas para manutenção do conforto.

42
PROBLEMA DE PROJETO

Na faixa 3, encontramos aqueles valores que estão fora da zona de conforto, mas
agora no sentido da sensação fisiológica de aquecimento. Nesse contexto, as estratégias
empregadas pelo modelo de conforto (sombreamento e circulação do ar) não são
suficientes. A própria temperatura do ar é responsável pela sensação de desconforto. Tal
condição indica que é necessário adotar estratégias de resfriamento para manutenção das
condições de conforto nos ambientes. Alguns princípios podem ser considerados quando as
condições climáticas demandam soluções para resistir aos ganhos e promover as perdas de
energia (Quadro 1). Partindo desses princípios, farei uma verificação das estratégias que se
mostram mais adequadas ao contexto.
Quadro 1 - Princípios de compensação ambiental ao aquecimento

CONDUÇÃO CONVECÇÃO RADIAÇÃO EVAPORAÇÃO


Resistir aos Minimizar fluxos de Minimizar infiltração Promover resfriamento
Minimizar ganho solar
ganhos calor por condução de ar evaporativo
Promover Promover resfriamento Promover resfriamento
Promover ventilação
perdas através do solo radioativo

14
Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2014), adaptado de Watson; Labs (1983) , adaptado pelo autor.

Pelo modelo adaptativo, a circulação de ar já deve ser um fator ambiental a ser


considerado. Partindo desse ponto, é preciso considerar arranjos que promovam o aumento
do fluxo de ar, pois assim é possível compensar o aumento de temperatura do ar. O
movimento do ar sobre a pele aumenta o processo de evaporação da epiderme, resultando
numa percepção térmica menor que aquela relativa à temperatura do ar. O aumento da
ventilação pode ser alcançado por meio de determinadas configurações espaciais (túnel de
Venturi, esquinas, chaminés etc.) ou pelo controle das aberturas do ambiente. Contudo, há
limites. Velocidades do ar até dois metros por segundo podem ser desejáveis -
principalmente em condições de elevada umidade - porém, acima de um metro e meio por
segundo o fluxo de ar já pode ser considerado incômodo. Outro limite é a própria
temperatura do ar. A partir de 32°C o movimento do ar acelera o ganho de calor e a
ventilação deixa de ser desejável (LAMBERT; DUTRA; PEREIRA, 2014).
As medidas aplicáveis à faixa 3 se iniciam a partir da temperatura de 29°C,
aproximadamente. Até 32°C, limite para emprego da ventilação para resfriamento corporal,
temos um intervalo de 3°C. É possível alcançar uma redução da sensação térmica de até 3°C

14
WATSON, D., LABS, K. Climatic design: energy-efficient building principles and pratices. New York: MacGraw-
Hill, 1983.

43
PROBLEMA DE PROJETO

se for mantido um fluxo de ar com velocidade de 0,7m/s aproximadamente (Figura 17)15.


Entre 29°C e 32°C, a ventilação continua sendo uma estratégia apropriada, contudo, os
valores de temperatura encontrados na faixa 3 se estendem até 34,5°C aproximadamente. A
partir dos 32°C, é preciso considerar outras estratégias para manutenção da zona de
conforto, no caso: o resfriamento evaporativo e o resfriamento radioativo.
Resfriamento evaporativo
Figura 17 - Temperatura de conforto e velocidade do ar
significa retirar o calor do ar pela
evaporação da água presente na sua
composição. A evaporação é um
processo que só ocorre com o ganho
de energia. Se essa energia não for
fornecida ao sistema, ela pode
adquirida do meio circundante e é
Fonte: NICOL, 2004. dessa forma que a água, ao evaporar,
reduz a temperatura do ambiente. Sua aplicação, portanto, é mais eficiente quando temos
baixa umidade do ar e elevadas temperaturas, sendo mais propícia a locais quentes e secos.
Observando a carta psicométrica, é possível verificar que a distribuição de valores de
temperatura acima dos 32°C é bastante difusa, localizando-se numa área cuja umidade
relativa do ar varia de 80% a 30% no intervalo anual. Nesse contexto a estratégia do
resfriamento evaporativo não se mostra eficiente, pois não se aplica a todo o espectro da
distribuição de temperatura, sendo inclusive desaconselhável nos períodos em que uma
elevada umidade relativa se combina com altas temperaturas.
O resfriamento radioativo parece ser um princípio cuja aplicação alcança todo
espectro de valores de temperatura acima dos 32°C. O resfriamento radioativo segue um
fundamento similar ao do resfriamento evaporativo: rouba energia do ambiente para
reduzir a temperatura operativa. Se as superfícies de determinado ambiente tiverem
temperaturas inferiores a do ar, então o calor do ambiente é transmitido às paredes,
reduzindo a própria temperatura do ambiente. Essa propriedade pode ser induzida às
superfícies de um ambiente pelo emprego de duas técnicas, ambas reforçam e ampliam as

15
NICOL, Fergus. (2004). Adaptive thermal comfort standards in the hot–humid tropics. Energy and Buildings.
vol. 36, p. 628-637, 2004. Disponível em: https://goo.gl/stQvVHem. Acesso em: 17 jul. 2018.

44
PROBLEMA DE PROJETO

premissas do modelo de conforto adaptativo: o sombreamento e adoção de materiais com


elevada inércia térmica nas superfícies da envoltória.
A análise do cruzamento das variáveis do Ano Climático de Referência para Natal-RN
e o modelo de conforto adaptativo ASHRAE Standard 55-2010 através do Climate Consultant
6.0 indica que a manutenção das condições de conforto no ambiente construído depende do
uso combinado de estratégias de resfriamento, com destaque para ventilação16. Nesse
contexto, são princípios construtivos passíveis de aplicação no projeto do CCDM: a
promoção da circulação do ar contínua; a proteção da incidência solar direta no interior e na
envoltória da edificação; e a possibilidade de adoção da inércia térmica.

Essas orientações estão em conformidade com a maior parte das recomendações


que são indicadas pela NBR 15.22017 para zona bioclimática na qual foi incluído o município
de Natal (Zona Bioclimática 8), exceto por aquelas que envolvem inércia térmica. A norma
sugere: sombreamento de aberturas; aberturas grandes (acima de 40% da área do piso);
ventilação cruzada permanente; e vedações externas leves e refletoras18. Contudo, não é
possível desconsiderar a possibilidade do uso da inércia térmica para Natal. É preciso
observar que a norma fundamenta suas recomendações sobre uma Carta Bioclimática19
utilizando normais climáticas mensais 20 para definição de variáveis ambientais. A
distribuição das normais climáticas é mais restrita do que aquela obtida pelo Ano de
Referência Climático - são doze retas comparadas a 8.760 pontos de medição. Na NBR
15.220 os parâmetros da zona bioclimático se tornam genéricos o suficiente para incluir na
mesma classificação cidades como Manaus (AM), Macapá (AP), Natal (RN), Salvador (BA) e
Vitória (ES). Ao contrário do que prevê a norma, Giovani (2016) já observou que a inércia

16
O Climate Consultant 6.0, com o propósito de auxiliar a boa conduta projetual do ponto de vista climático,
apresenta uma série de diretrizes projetuais que se ajustam aos parâmetros configurados para análise. Essa
listagem foi consultada, mas, para essa fase de definição do problema, considerei adequado manter a
atenção sobre princípios gerais. De qualquer modo, as diretrizes indicadas pelo programa não são estranhas
à prática projetual estabelecidas desde a universidade e levadas à prática profissional no Rio Grande do
Norte.
17
A NBR 15.220 é a Norma Brasileira de Desempenho Térmico de Edificações. Na sua parte três a norma
estabelece o Zoneamento Climático Brasileiro e propõe recomendações e diretrizes construtivas para
adequação climáticas de habitações unifamiliares de interesse social com até três pavimentos.
18
Paredes (transmitância ≤ 3,6 W/m²·K; atraso térmico ≤ 4,3 hora; Fator solar ≤ 4,0%); Coberturas
transmitância ≤ 2,3·FT W/m²·K; atraso térmico ≤ 3,3 hora; Fator solar ≤ 6,5%).
19
Carta Bioclimática adaptada de GIVONI. Comfort, climate analysis and building design guidelines. In: Energy
and Buuilding, vol. 18, jul/92.
20
Normal climática é um valor médio de uma variável ambiental calculado para um período relativamente
longo que abrange no mínimo três décadas consecutivas.

45
PROBLEMA DE PROJETO

térmica pode ser recomendada para Natal, desde que corretamente associada às
configurações do fator solar e da ventilação. Quando o fator solar é baixo e existe ventilação
natural o desempenho de uma massa térmica alta é melhor do que de uma massa térmica
baixa.
As diretrizes projetuais para uma construção climaticamente adequada em Natal/RN
devem viabilizar a permanente circulação do ar e promover o menor acúmulo de carga
térmica possível. Esses preceitos podem ser traduzidos através de uma combinação ampla
de estratégias que envolvem: sobreamento, aberturas amplas, elementos de proteção solar,
superfícies refletivas, massa térmica etc. Várias combinações são possíveis, desde que se
preservem as diretrizes da ventilação contínua e da baixa capacitância térmica.

1.1.3 Geometria Solar


O sobreamento é uma das estratégias bioclimáticas mais importantes no contexto
ambiental de Natal. Com uma localização próxima ao equador (05°47'42" sul, 35°12'34"
oeste) A cidade está exposta a uma elevada insolação (Figura 18) e possui temperatura
média mensal acima dos 24°C
Figura 18 - Insolação Total Brasil - Normal Climatológica (1961-90)
(INMET). A radiação é um dos
componentes mais relevantes
para o ganho de energia
térmica das edificações, efeito
que deve ser atenuado ao
máximo para as condições
climáticas de Natal. Identificar
a trajetória solar sobre a
localidade e observar quais
posições relativas estão mais
expostas à radiação, oferece
informações relevantes que
ajudam na definição de
elementos de proteção, na
escolha de materiais e na
Fonte: INMET.
Disponível em: <https://goo.gl/fsVVkg>. Acesso em: junho de 2018.

46
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 19 - Modelo com trajetória solar para Natal/RN orientação de ampliações da massa
edificada.
A amplitude de horas de
insolação em Natal é regular ao longo
do ano - a quantidade de tempo entre
o nascer e ocaso do sol varia no
intervalo entre onze e doze horas
diárias. É o resultado de uma trajetória
de baixa latitude (Figura 19). O
percurso na abóbada celeste mantém-
N
se próximo ao eixo equatorial,
aproximadamente equidistante, tanto
Fonte: Autodesk Ecotec 2011. no solstício de inverno quanto no
solstício de verão, uma configuração que resulta nas seguintes características: as superfícies
horizontais estão mais sujeitas à radiação direta; as superfícies verticais orientadas ao Norte
ou Sul recebem uma quantidade menor de radiação ao longo do ano do que aquelas
orientadas a Leste ou Oeste (Figura 20); a adoção de elementos horizontais é eficaz na
proteção de superfícies verticais orientadas ao Norte ou Sul.
O CCDM é uma edificação alongada, mas suas maiores fachadas não estão alinhadas
com o eixo Leste-Oeste. O eixo longitudinal da edificação possui uma defasagem de
aproximadamente 23° para Leste em relação ao Norte geográfico, o que torna as maiores

Figura 20 - Radiação incidente sobre superfícies para Natal/RN

Noite 4-158 Wh/m² 158-316 Wh/m² 316-474 Wh/m² >474 Wh/m²

Radiação global sobre


superfície horizontal
.

69%
47% 18%
16% 11%
Radiação sobre superfície Radiação sobre superfície
4% vertical voltada ao oeste 2% vertical voltada ao norte
7% com 20% de reflexão do solo 0% com 20% de reflexão do solo
25% .

Fonte: Climate Consultant 6.0, adaptado pelo autor.


47
PROBLEMA DE PROJETO

fachadas mais voltadas para Leste ou Oeste do que para Norte ou Sul. Não é a configuração
mais favorável relativa à insolação, mas a estratégia de ocupação do espaço sob a cobertura
previu a existência de elementos de proteção - pérgulas que não foram executadas - que
funcionariam como um beiral de 3,75m voltados para Leste e Oeste (Figura 5), reduzindo o
impacto da radiação direta nessas fachadas. Esses elementos poderiam garantir uma
proteção adicional entre 2h30min (SV) e 2h55mim (SI) nas superfícies verticais a noroeste e
entre 2h05min (SI) e 3h (SV) nas superfícies verticais a sudeste (Figura 21).

Figura 21 - Carta solar para o Centro de Convivência

Solstício de Verão (SV) Solstício de Inverno (SI) Solstício de Verão (SV) Solstício de Inverno (SI)
NE 05:08-07:25 (02h17min) 05:32-16:50 (11h18min) SE 05:08-12:00 (06h52min) 05:32-10:20 (04h48min)
SO 07:25-17:28 (10h03min) 16:50-17:12 (00h22min) NO 12:00-17:28 (05h28min) 10:20-17:12 (06h52min)

NE

Máscara na fachada NO considerando um recuo NO Máscara na fachada SE considerando um recuo


de 3,75m da cobertura. A mancha amarela indica de 3,75m da cobertura. A mancha verde indica
o período de exposição se houvesse elementos o período de exposição se houvesse elementos
SE
de proteção. de proteção.

SO

Solstício de Verão (SV) Solstício de Inverno (SI) Solstício de Verão (SV) Solstício de Inverno (SI)
NO 14:30-17:28 (02h58min) 13:15-17:12 (03h57min) SE 05:08-09:00 (03h52min) 05:32-08:15 (02h43min)

Fonte: Autodesk Ecotec 2011, adaptado e complementado pelo autor.

48
PROBLEMA DE PROJETO

A concepção inicial do CCDM não considerava a ocupação perimetral da cobertura.


Foi previsto um recuo mínimo de 3,75m - demarcado explicitamente na estrutura por faixas
laterais reservadas para disposição de pérgulas - para amortecer o impacto da orientação da
edificação, certamente definida por outros critérios. A área sob a plataforma da cobertura
deve respeitar os recuos previstos e a necessidade de ampliações da massa construída deve
considerar ainda a possibilidade de uma ocupação transversal ao eixo longitudinal do CCDM.
Essa orientação transversal permitiria fachadas menores para Leste e Oeste e facilitaria a
proteção das respectivas superfícies verticais por elementos de sombreamento.

1.1.4 Ventos
A manutenção de um fluxo contínuo de ventilação é uma estratégia bioclimática
determinante às condições de conforto em Natal-RN. Entender a dinâmica do fluxo de ar é
uma condição para o adequado aproveitamento desse recurso. O vento é o deslocamento
de massas de ar na horizontal, resultado de um conjunto de fatores21 dentre os quais se
destaca a variação de pressão. Considerando duas área adjacentes com pressões distintas, o
ar se deslocará da área de alta pressão para a de baixa pressão - processo chamado de
advecção (YNOUE et al., 2017). Esse deslocamento é indicado por uma grandeza vetorial que
é empregada como recurso de análise do deslocamento das massas de ar, tanto em escala
global quanto local. As informações fornecidas a partir de dados de estações meteorológicas
se referem a uma condição regional ou global e sua assunção na escala da cidade ou das
edificações deve ser complementada pela influência que elementos como massa construída,
vegetação, aberturas, dentre outros, têm sobre o fluxo de ar.
A análise na escala da edificação envolve basicamente a identificação das zonas de
pressão alta (superfícies a sotavento) e baixa (superfícies a barlavento) em torno da massa
construída. Identificando essas zonas é possível estabelecer a direção e intensidade do fluxo
de ar através de uma edificação ou conjunto edificado (HERTZ, 1998). Nessa escala local, são
tantas as variáveis envolvidas que o resultado da ventilação pode divergir diametralmente
das indicações regionais. Para compreender a dinâmica do fluxo de ar na superfície e preciso
considerar as várias escalas de avaliação e ainda assim ter em mente os limites das
conclusões obtidas, pois a variabilidade é uma constante nos sistemas mecânicos de fluidos.

21
Outros fatores intervenientes no deslocamento de massa de ar na superfície (abaixo de 1000m, região
também conhecida como camada limite) são: a força de Coriolis, resulta aparente do movimento rotacional
do planeta; e a força de atrito do ar com a superfície.

49
PROBLEMA DE PROJETO

Para realizar essa avaliação Figura 22 - Simulação de túnel de vento com modelo da UFRN

utilizei uma ferramenta CFD


(Computational Fluid Dynamics) da
Autodesk, o Flow Design. Esse
recurso computacional simula um
túnel de vento e oferece uma
visualização gráfica das variações de
pressão, velocidade e fluxo do ar
em torno dos objetos inseridos no
Fonte: Autodesk Flow Design, adaptado pelo autor.
seu campo de influência (Figura 22).
O programa disponibiliza vários modos de análise. Adotei a simulação do fluxo de ar com a
indicação da variação de velocidade, que é apresentada por cortes laminares, na horizontal
ou vertical, da massa de ar em deslocamento. Considerando as limitações de uma análise
CFD relacionadas ao grau de detalhe dos modelos, à capacidade de processamento das
máquinas e às variáveis envolvidas na programação, dentre outros, não foi objetivo dessa
avaliação obter informações precisas e sim indicações gerais que pudessem oferecer
sugestões para definição projetual do CCDM.
No município de Natal, os ventos assumem três direções distintas de forma
predominante ao longo do ano: Sul, Sudeste e Leste (Figura 23). Esses ventos oscilam em
média entre zero e seis metros por Figura 23 - Rosa dos Ventos para Natal-RN
segundo. Partindo dessas condições
regionais, montei três níveis de
simulação, reduzindo gradativamente
o campo de atuação do túnel de
vento (sempre com velocidade de
cinco metros por segundo), de modo
a obter cada vez mais detalhes nas
indicações do fluxo de ar. Três painéis
gráficos apresentam um resumo das
indicações obtidas (Figura 24, Figura
Fonte: Projetee.
25 e Figura 26). Disponível em: <http://projeteee.mma.gov.br>
Acesso em: 15 jun, 2016.

50
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 24 - Simulação dos ventos de orientação Leste


1 2 3
UFRN UFRN UFRN

Parque Parque
Parque
das das
das
Dunas Dunas
Dunas

Ponta Ponta Ponta


Negra Negra Negra

Escala de simulação ampla ( de 1 a 4) - sequência iniciando próximo do solo seguindo, até o limite de altura do cordão de dunar.

Escala de simulação nos limites


4 do Campus Central - sequência
UFRN
iniciando próximo ao solo,
seguindo até o limite
de altura da BCZM.

Parque
das
Dunas

Ponta
Negra

Escala de simulação do entorno


mais imediato ao CCDM -
Perfil vertical imagem da camada mais
próxima ao solo mantendo
influência da vizinhança.

Fonte: Autodesk Ecotec 2011, adaptado e complementado pelo autor.

51
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 25 - Simulação dos ventos de orientação Sudeste


1 2

UFRN UFRN
Parque Parque
das das
Ponta Ponta
Dunas Dunas
Negra Negra

3 4

UFRN UFRN
Parque Parque
das Ponta das Ponta
Dunas Negra Dunas Negra

Escala de simulação ampla ( de 1 a 4) - sequência iniciando próximo do solo seguindo, até o limite de altura do cordão de dunar.

Ponta
Negra

Escala de simulação nos limites do Campus Central - sequência iniciando próximo ao solo, seguindo até o limite de altura da BCZM.

Perfil vertical Escala de simulação do entorno mais imediato ao CCDM - imagem


da camada mais próxima ao solo mantendo influência da vizinhança.

Fonte: Autodesk Ecotec 2011, adaptado e complementado pelo autor.


52
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 26 - Simulação dos ventos de orientação Sul

UFRN UFRN UFRN

Parque Parque Parque


das das das
Dunas Dunas Dunas

Ponta Negra 1 Ponta Negra 2 Ponta Negra 3


Escala de simulação ampla ( de 1 a 3) - sequência iniciando próximo do solo seguindo, até o limite de altura do Campus Central.

Ponta
Negra

Escala de simulação nos limites do Campus Central - sequência iniciando próximo ao solo, seguindo até o limite de altura da BCZM.

Escala de simulação do entorno mais imediato ao CCDM -


Perfil vertical camada mais próxima ao solo mantendo influência da vizinhança.

Fonte: Autodesk Ecotec 2011, adaptado e complementado pelo autor.


53
PROBLEMA DE PROJETO

Na escala mais ampla é possível verificar a influência das dunas sobre o fluxo de ar
que adentra o Campus Central. Foram feitos recortes horizontais com elevações
progressivas, partindo do ponto mais próximo ao solo que o simulador permitiu. No nível
mais baixo, observamos a influência das dunas sobre o fluxo de ar, orientando os ventos
principalmente nos sentidos Sul ou Sudeste. Quando originados a Leste ou Sudeste, as dunas
desviam o fluxo de ar para uma abertura numa enseada ao Sul de Natal (Ponta Negra),
seguindo depois para as áreas de baixa pressão a sotavento das dunas, onde se localiza o
Campus Central. Se originado mais ao Sul, as dunas contribuem para aceleração dos ventos
uma vez que criam um estreitamento nas correntes de ar - uma características da dinâmica
de fluidos conhecida por efeito Venturi. Tais configurações se ajustam às afirmações do
engenheiro Gustavo Coelho que "constata um maior índice de patologias nas estruturas do
NTI [extremidade sudeste do Campus Central] [...] provenientes da exposição a maiores
intempéries como ventilação intensa e chuvas [...]" (apud CARVALHO, 2005)22. Por outro
lado, se observamos os perfis verticais do fluxo de ar, percebemos que as dunas não são um
bloqueio integral à orientação predominante dos ventos. O desenho das dunas está ajustado
ao percurso do ar de um modo que as camadas que passam acima da dunas tendem logo a
ocupar o espaço a sotavento. Se as correntes de ar não alcançam a superfície do solo, isso é
menos devido às dunas do que à massa edificada do Campus Central.
Considerando a possibilidade de encontrar fluxos de ar oriundos das três direções
predominantes (Leste, Sudeste e Sul), podemos tomar escalas mais restritas, agora uma
limitada às bordas do Campus Central. Nessa escala ainda não conseguimos observar uma
camada suficientemente baixa a ponto de considerar a interferência do CCDM, mas
podemos verificar a influência das edificações próximas sobre a distribuição dos ventos no
interior do Campus Central - adotei duas alturas, com a maior não ultrapassando a Biblioteca
Central. Em quase todas as situações, podemos verificar que o fluxo de ar acima do CCDM
tende a configurar um turbilhão na lateral Oeste da BCZM. Essa zona de baixa pressão
parece ocorrer tanto por influência da Biblioteca quanto por características do relevo que
gera canalizações e barreiras ao escoamento do ar. Nessa condições, o comportamento dos

22
CARVALHO, Sheila Oliveira de. Análise bioclimática como ferramenta para implementação do Plano Diretor
do Campus Central da UFRN. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005.

54
PROBLEMA DE PROJETO

ventos é difuso e o espaço pode ser atravessado por correntes de ar nas mais diversas
direções.
Para tomar o ponto mais baixo possível para observação do fluxo de ar no interior do
Campus Central, reduzi os limites do túnel de vento para um raio de quinhentos metros em
torno do CCDM. Nessa escala, podemos ver correntes de ar sendo interceptadas pelo bloco
do CCDM, que possivelmente o atravessariam se houvesse a possibilidade de simular
camadas a menores alturas sem dispensar a influência do entorno construído. Em todos os
casos, confirmamos a ocorrência da zona de baixa pressão na lateral Oeste da BCZM, mas
nessa escala, podemos verificar a constituição de fluxos bem orientados atravessando o
CCDM. Esses fluxos são diretamente influenciadas pela massa construída adjacente e
mostram que são as extremidades de menor extensão da edificação, a Norte e a Sul
(principalmente), que tendem a ser as "portas" de entrada da ventilação.
A simulação do fluxo de ar em torno do CCDM indica que as extremidades Norte e Sul
da edificação são zonas cuja permeabilidade deve ser preservada. A ventilação próxima ao
solo tenderá a seguir para tais regiões devido a influência da massa construída do entorno,
com destaque para a Biblioteca Central. Por outro lado, considerando níveis um pouco mais
elevados, poderemos encontrar correntes de ar oriundas a Oeste ou de outras direções
devido à zona de baixa pressão que a Biblioteca Central gera no interstício com o CCDM em
quase todas as configurações de circulação do ar. Uma configuração que aproveite todas
essas condições precisa considerar a permeabilidade difusa ao longo da extensão da
edificação e esse princípio deve compor o rol de critérios projetuais.

1.2 VALORES
Os valores fazem referência aos aspetos relativos aos afetos e escolhas coletivas dos
envolvidos com um espaço construído ou projetado (HOLANDA, 2015). Indicam percepções
preexistentes e orientações de cunho intersubjetivo que delimitam decisões no contexto de
intervenções arquitetônicas. O universo de aspectos envolvidos é amplo (significados,
percepções, princípios, comportamentos), assim como são diversos os modos de apreendê-
los (observação, mapeamentos, entrevistas, sinais de uso). Como tais determinações não
fundamentam o objetivo principal desse trabalho, sua exploração não foi extensa. Por um
lado, procurei esclarecer algumas das escolhas pessoais que delimitam o projeto e por outro,
busquei identificar, em fontes bibliográficas, percepções existentes em torno do CCDM.

55
PROBLEMA DE PROJETO

1.2.1 Percepção dos Usuários

Não é incomum que arquitetos projetem edificações para pessoas com as quais
nunca tiveram contanto. Na verdade, essa é quase a regra quando se tratam de edificações
voltadas para o uso público, ou então, cujos usuários estão em número e diversidade que
tornam impraticável integrá-las do processo projetual por razões de tempo e recursos.
Nesses casos, é preciso recorrer a outros meios que não são equivalentes ao contato direto,
mas que permitem a obtenção de informações sobre o comportamento e as necessidades
das pessoas que potencialmente usufruirão do espaço a ser projetado.
Para conseguir alguma informação sobre os usos e costumes, recorri a uma série de
trabalhos que se estendem de 1986 a 2017 e que tomam o CCDM como objeto de estudo.
São trabalhos do campo da psicologia (PINHEIRO, 1986) ou arquitetura (ALINY et al., 2004;
COSTA, 2017; LIBERALINO et al., 2004; MARECO, 1996; MARTINS et al., 2004; ONOFRE, 2008;
PINTO et al., 2004; ROCHA et al., 2004; SARMENTO, 2017) que investigam aspectos
comportamentais, técnicos e funcionais do espaço. Tendo sido construído no ano de 1980, o
recorte temporal dessa revisão fornecerá uma visão ampla sobre as percepções e ações
desenvolvidas no CDDM ao longo de sua existência.
A primeira investigação acadêmica dirigida ao CCDM foi realizada por Pinheiro
(1986), uma dissertação para obtenção do título de Mestre em Psicologia pelo Instituto de
Psicologia da Universidade de São Paulo. Sua pesquisa se fundamentava nas concepções
teóricas de Roger Barker23 e Allan Winker24 e procurava identificar, adotando uma categoria
conceitual denominada "behavior settings" 25 , indicadores que permitissem avaliar o
ambiente através do comportamento de seus usuários. Foram realizadas observações
controladas e algumas entrevistas para complementar as informações obtidas.
A partir da identificação e análise dos behavior settings do CCDM, Pinheiro (1986)
observou a ocorrência de pouco contato entre os próprios usuários. Na maioria, as relações
envolviam algum tipo de negociação intermediadas por atendentes profissionais. Atividades
comumente encontradas em locais de convivência, tais como nutrição (cafezinho) e
recreação (jogos, TV), não apresentavam uma expressão significativa como seria esperado.
23
BARKER, Roger G.. Ecological Psychology. Stanford: Stanford University Press, 1968.
24
WICKER, Allan W. An introduction to Ecological Psychology. Monterey, California: Brooks/Cole, 1979.
25
Segundo Pinheiro (1986, p.74), behavior settings é uma"unidade do ambiente ecológico, dentro do qual se
estruturam os ambientes psicológicos dos indivíduos e para cujo estudo, as pessoas, consideradas
isoladamente ou individualmente, constituem fonte insuficiente de informações".

56
PROBLEMA DE PROJETO

As entrevistas, por sua vez, revelaram a opinião de usuários com relação a: área,
número de ocorrências, duração, ventilação, iluminação e temperatura. Destaco os itens que
podem ser confrontados com os trabalhos subsequentes: a ventilação foi avaliada como
insuficiente de forma quase unanime26; a iluminação foi considerada como adequada,
porém ao custo da manutenção de lâmpadas fluorescentes permanentemente ligadas; a
temperatura foi considerada excessiva em todos os settings; e as condições de acesso foram
consideradas boas, apesar das críticas à localização do CCDM e às precárias condições de
estacionamento e locomoção de pedestres.
Pinheiro (1986) conclui que o caráter de convivência no CCDM era deficitário e que a
promoção de condições que favorecessem o encontro e o contato interpessoal passavam
pelo incremento da penetração dos usuários nos espaços, pela maior integração e
autonomia das unidades funcionais (settings) e pelo desenvolvimento de programas de ação
cujas atividades atendessem aos interesses e necessidades da população.
No mesmo período, alunos do Curso de Psicologia da UFRN realizaram uma pesquisa
complementar à investigação de Pinheiro (1986), um mapeamento comportamental dos
espaços abertos (de circulação) do CCDM, que não estavam incluídos nos settings da
primeira pesquisa. Não obtive acesso à pesquisa realizada pelos discentes de Psicologia27,
porém seus resultados foram o ponto de partida para o Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) em Arquitetura e Urbanismo de Mareco (1996), no qual foi proposta uma
requalificação arquitetônica do CCDM fundamentada na Avaliação Pós-Ocupação (APO)28 do
espaço construído. Seu objetivo, que já denunciava a manutenção das conclusões de
Pinheiro (1986), propunha tornar viável uma desejada integração da comunidade
universitária.

26
Pinheiro (1986) observa que a ventilação no restaurante do CCDM, localizado na extremidade sul da
edificação, foi avaliada como excessiva durante alguns messes do ano. Infelizmente, o período não é
referenciado, mas teria sido interessante para cruzar essa informação com as características sobre ventilação
que foram identificadas (seção 1.1.4 Ventos).
27
Esse trabalho se converteu no TCC em Psicologia de Gleice Azambuja, que se tornou professora do
Departamento de Arquitetura em 1994. AZAMBUJA Gleice et al.. Encontro e desencontros: avaliação de um
edifício através do mapeamento comportamental de seus usuários. Natal, 1986.
28
A APO é um campo específico de estudo voltado à avaliação do ambiente construído, sendo uma atividade
interdisciplinar de cunho prospectivo ou propositivo que abrange três categorias analíticas: aspectos físicos
(características técnico-construtivas), aspectos funcionais (funcionalidades em micro e macro escalas) e
aspectos comportamentais (atividades dos usuários no local e suas percepções com relação ao mesmo).
ELALI, Gleice Azambuja, VELOSO, Maísa. Avaliação Pós-Ocupação e processo de concepção projetual em
arquitetura: uma relação a ser melhor compreendida. In: Anais do NUTAU 2006, 2006. Disponível em
http://hdl.handle.nrt/123456789/72. Acesso em: jun 2018.

57
PROBLEMA DE PROJETO

A investigação avaliou aspectos físicos, funcionais e comportamentais do CCDM e


assinalou a ocorrência de várias características desfavoráveis. A manutenção se encontrava
precária, evidente no desgaste de paredes externas, equipamentos urbanos, pisos e
estrutura, bem como na ausência de equipamentos de segurança. Aspectos perceptivos não
recebiam a devida atenção: a comunicação visual era precária ou inexistente e o
planejamento paisagístico, ignorado. O tempo de permanência das pessoas era baixo e os
serviços prestados condicionavam a distribuição e o fluxo dos usuários. As condições
ambientais tendiam à percepção negativa, com a ventilação percebida como insuficiente e a
iluminação natural sendo complementada por lâmpadas durante todo o dia.
Em 2004, alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo - orientados pela Professora
Gleice Azambuja - retomaram investigações sobre o espaço construído do CCDM. Os
discentes produziram cinco relatórios (ALINY et al., 2004; LIBERALINO et al., 2004; MARTINS
et al., 2004; PINTO et al., 2004; ROCHA et al., 2004) como atividade curricular da disciplina
Psicologia Ambiental, todos fundamentados na técnica de mapeamento comportamental
como apresentada por Robert e Barbara Sommer29. Do conjunto de relatos é possível
observar que o movimento no CCDM está diretamente associado aos serviços prestados no
local. A concentração de pessoas oscila conforme os horários regulares dos serviços - do
banco e do restaurante principalmente - e o tempo de permanência costuma ser restrito ao
necessário para o cumprimento das negociações. Não há estímulo à permanência e as áreas
abertas se configuram basicamente como corredores de circulação. Constatações
semelhantes são apresentadas no relatório de outra atividade disciplinar (Paisagismo II) do
Curso de Arquitetura e Urbanismo. Costa et al. (2004, apud PEREIRA; NOBRE, 2007) 30
identificou o CCDM como um espaço não favorável ao contato social e complementou:
carente de visuais de contemplação e prejudicado quanto a sensação de conforto.
A percepção do CCDM como espaço precário ao convívio dos seus usuários é
recorrente nos trabalhos que se detiveram sobre a edificação. Porém, uma nova faceta do
CCDM surge quando as pesquisas deixam o foco sobre a edificação e ampliam os limites de
investigação para o Campus Central. Com a infraestrutura consolidada (vias, calçadas,
arborização, transporte interno etc.) e as dificuldades de integração inicias diluídas, o CCDM
29
SOMMER, R., SOMMER, B. A pratical guide to behavior research: tools and techniques. New York: Oxford,
1980.
30
COSTA, Ana Carlota de Brito et al. Estudo no Campus: intervenção urbanística e Paisagística. (Trabalho
Acadêmico). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004.

58
PROBLEMA DE PROJETO

e seu entorno imediato (Reitoria e BCZM) passam a ser percebidos como uma centralidade
na UFRN.
ONOFRE (2008) realizou o seu TCC em Arquitetura e Urbanismo investigando padrões
de circulação do Campus Central para subsidiar a proposição de um sistema de sinalização
para os pedestres. Empregou o mapeamento comportamental centrado na pessoa31 para
identificar os principais percursos e pontos de referência adotados pelos usuários do
campus. Através de questionários, auxiliou os entrevistados no desenho dos percursos
usuais e indagou sobre trajetos realizados de ponto a ponto, bem como sobre as percepções
de segurança e bem-estar. Os resultados mapeados revelaram que os percursos no Campus
Central são organizados a partir do "quadrilátero viário central", uma área de confluência e
potencial articuladora de fluxos (Figura 27). Estando no centro dessa área, que inclui ainda a
BCZM e a Reitoria, o CCDM é
percebido como um foco de Figura 27 - Percursos usuais de usuários da UFRN

atenção. Outra indicação relevante


é que esse núcleo central está
associado a sensações de
segurança e bem-estar.
Observações similares são
encontradas nos resultados da
pesquisa de Sarmento (2017) sobre
espaço livres32 nos campi da UFRN
e UFPB. Sarmento (2017) investigou
a relação entre a qualidade
ambiental de espaços livres desses
Fonte: ONOFRE (2004), adaptado pelo autor.
campi e a qualidade de vida de seus

31
As informações são obtidas a partir do testemunho e relato das pessoas consultadas e não da observação
direta dos fenômenos investigados.
32
Sarmento adota as definições de Sá Carneiro e Mesquita (2000) e Magnoli (2006) que identificam espaços
livres como áreas acessíveis, com nenhuma ou reduzida presença de elementos construtivos ou vegetação,
voltadas à circulação, recreação, composição paisagísticas ou ambiental e base de serviços públicos.
SÁ CARNEIRO, A. R., MESQUISTA L. de B. Espaços livres do Recife. Recife: prefeitura da Cidade do
Recife/Universidade Federal de Pernambuco, 2000.
MAGNOLI, M. M.. Espaço Livre - objeto de trabalho. In: Revista Paisagem Ambiente: ensaios, n. 21. São
Paulo: FAUSP, 2006. p. 175-198. Disponível em <http://www.revistas.usp.br/paam/article/view/40249>.
Acesso em: 24 jun 2016.

59
PROBLEMA DE PROJETO

usuários, visando delinear diretrizes para seu aprimoramento. Foi realizada uma APO com
abordagem multimétodos que envolveu a perspectiva da pesquisadora, usuários, e técnicos.
Os centros de convivência foram apontados pelos participantes da pesquisa como principal
espaço livre dos campi, indicação que levou inclusive a uma flexibilização dos limites
conceituais adotados para incluir espaços edificados, porém de acesso livre à população.
Segundo Sarmento (2017), essa preferência está associada à localização centralizada desses
espaços, à possibilidade de uso sob condições ambientais diversas e à presença de pontos
comerciais. Uma investigação direta da pesquisadora comparou dez espaços livres do
Campus Central da UFRN, classificados em: praças (5), pátios (1), circulação (3) e CCDM (1).
Os parâmetros de avaliação foram tabulados e classificados conforme o grau de
conformidade ao uso (Figura 28). Sarmento (2017) avaliou 33 itens agrupados nas
categorias: ambiental, segurança, mobilidade interna/estacionamento, mobilidade cidade-
campus e serviços de apoio. Comparativamente o CDDM possui uma das avaliações mais
positivas, mas seus melhores índices se encontram associados aos parâmetros de
mobilidade e serviços, enquanto os piores estão relacionadas a aspectos ambientais.

Figura 28- Resumo de avaliação de espaços livres na UFRN

Fonte: Elaborado pelo autor compilando os dados de SARMENTO (2017).

Outra APO no CCDM foi realizada por Costa (2017) no segundo semestre de 2014
para subsidiar seu trabalho de conclusão de Mestrado Profissional: um anteprojeto
arquitetônico de requalificação do CCDM com enfoque na eficiência energética da

60
PROBLEMA DE PROJETO

envoltória. A avaliação abordou os campos clássicos da APO (físicos, funcionais e


comportamentais), utilizando observações de campo e a aplicação de questionários com
usuários e entrevistas com os autores do projeto original do CCDM. Seus achados se
aproximam daqueles já apontados por investigações anteriores. As principais motivações
dos usuários para frequência ao CCDM estão associadas aos serviços prestados no local, com
destaque para agências bancárias e alimentação. As variáveis ambientais continuam sendo
mal avaliadas. Dentre os 200 questionários, 64% atestam que o espaço é quente ou muito
quente, 60% que é pouco ventilado e 49% que é escuro ou muito escuro. Observações de
campo ainda constataram que as condições de acessibilidade não atendem às normas, que a
comunicação visual é precária e que os equipamentos urbanos (bancos, lixeiras, jardineiras
etc.) são em quantidade insuficiente ou apresentam condições inadequadas ao uso.
As pesquisas realizadas envolvendo o CCDM revelam a sobreposição de duas
perspectivas antagônicas sobre a edificação. No contexto do Campus Central, a edificação é
percebida como um ponto de referência para os usuários. Esse atributo está associado ao
seu potencial de articular os fluxos no interior do campus e à atratividade proporcionada
pela concentração de serviços com alta demanda: transações financeiras, alimentação e
consumo de livros e afins. Por outro lado, quando observado a partir dos seus limites, o
CCDM está sujeito a uma perspectiva de inadequação ao convívio. Nesse caso, são
determinantes as condições de interação entre o usuário e o ambiente. Há precariedade na
comunicação visual, na acessibilidade, nas condições de temperatura, ventilação e
iluminação do espaço, mas também é insuficiente a estrutura de suporte à permanência das
pessoas (bancos, jardins, praças etc.) e é quase completa a ausência de atividades e funções
dirigidas a relações que não envolvam negociações comerciais (jogos, leitura, contemplação,
cafés etc.). Uma revisão desses atributos associados à percepção ambiental do CCDM pode
contribuir para reforçar a atratividade do espaço que é percebida na escala contextual do
campus.

1.2.2 Ideias Existentes

O projetista não é uma parte alheia à configuração do problema projetual, alguém


que identifica demandas de terceiros para as quais oferece uma solução imparcial. O
projetista carrega para o projeto seus interesses e perspectivas e também configura
restrições para sua resolução. Não é incomum que projetistas sejam escolhidos por sua

61
PROBLEMA DE PROJETO

capacidade de conferir às obras atributos que são socialmente valorizados e, por vezes, é um
desafio equilibrar essas disposições pessoais para o exercício criativo com as necessidades e
demandas dos clientes. Ainda que suas digressões não alcancem a liberdade dos artistas
plásticos, os arquitetos, como observa Lawson (2011), têm as suas motivações, crenças e
atitudes, ou em outras palavras, um conjunto de ideias que articuladas ou não podem ser
reconhecidas como princípios condutores e que têm considerável impacto sobre o processo
de projeto.
A clareza com a qual são adotados ou reconhecida a influência de princípios
condutores varia da convicção ética à negligência na percepção de qualquer orientação
pessoal. De uma forma ou outra, "o projetista não aborda cada problema de projeto a partir
do nada, com a mente vazia..." (LAWSON, 2011, p. 153), ele acaba adotando alguma ideia,
articulada ou não, que se detém sobre uma ou mais restrições projetuais. Princípios
estruturados costumam ser o resultado de uma extensa experiência projetual, porém, ainda
que não estejam evidentes, essas ideias preexistentes podem ser reconhecidas no discurso
ou nos produtos que resultam do processo de desenvolvimento do trabalho.
Sem obstruir qualquer interpretação de intenções em torno dessa proposta
projetual, declaro algumas preexistências cuja omissão poderia ocultar a motivação de
decisões tomadas durante o processo de projeto. Não se trata de princípios ou qualquer
discurso articulado, são ideias que rondaram a imaginação mesmo antes do início de
qualquer atividade formal relacionada a esse trabalho. Evidente que tais imagens não se
estabeleceram do nada. Remetem a referências da minha vivência como arquiteto, mas não
saberia precisar uma filiação direta a esse ou aquele exemplo.
Primeira imagem: uma plataforma elevada. Uma extensa superfície elevada, aberta
ao tráfego de pessoas, se estenderia sobre a quadra do CCDM. Seria um marco visual e
mirante, conectando vários destinos através de rampas e escadas. Por um lado, permitiria a
percepção do CCDM desde o entorno, situação dificultada por sua cota de implantação baixa
(seção 1.1.1), por outro, ofereceria aos usuários uma visão privilegiada da vizinhança.
Segunda imagem: o parque. A quadra do CCDM seria lugar inacessível aos veículos (exceto
os de serviço e os justificados pela acessibilidade). A quadra conectaria três prédios
carregados de representatividade - a Reitoria (administração), o CCDM (convivência) e a
BCZM (conhecimento) - e seria um amplo espaço permeado por praças, bosques e blocos de
serviço conectados por uma rede de caminhos.

62
PROBLEMA DE PROJETO

1.2.3 Caráter do Projeto e Configuração Inicial

O objeto de interesse desse trabalho é um projeto de intervenção sobre o espaço


construído do Centro de Convivência Djalma Marinho no contexto de uma atividade
acadêmica. Sem a demanda precípua de conceber um resultado dirigido à realização, adotei
uma abordagem que permitisse explorar limites que contingências práticas e econômicas
não recomendariam. Tomei essa liberdade para apresentar ideias que contrariam tendências
de ocupação observadas no CCDM as quais, mesmo tendo justificativas plausíveis apoiadas
na legislação, na escassez de recursos ou nas demandas de interesses internos, promoveram
um espaço no qual as características de convivência foram preteridas à prevalência de
relações utilitárias e à praticidade pessoal de estacionar na soleira das portas33.
A proposta, portanto, tem um caráter crítico, mas não utópico. A possibilidade de
realização não é uma diretriz para as decisões projetuais. O projeto pretende ser um
contraponto à atual configuração do CCDM, por isso mesmo, para estabelecer um
referencial equivalente de comparação - e não uma utopia desconexa da realidade - a
proposta não se exime de apresentar uma solução exequível do ponto de vista técnico e
funcional. Limites estruturais e construtivos, bem como o rol das atividades inclusas e
pretendidas para o CCDM, foram incorporados aos parâmetros de projeto. Com essa
intenção é que realizei o seguinte exercício. Adotei como ponto de partida os únicos
elementos executados da proposta original: a plataforma de cobertura e um anexo. Foi
sobre essa plataforma (Figura 5 e Figura 29) que a primeira ocupação do CCDM foi proposta
(Figura 9). É como se fosse colocada a seguinte possibilidade: eis aí, o elemento original do
CCDM, a plataforma de cobertura. Estabeleça um novo começo, uma nova proposta de
ocupação, como se esse momento estivesse disponível agora, no final da década de 2010,
considerando as demandas e usos que por ora se apresentam.

33
Segundo Sarmento (2017), 51,24% das pessoas se deslocam para o Campus Central utilizando veículos
motorizados próprios, enquanto 48,76% utilizam outras modalidades de deslocamento. Esse equilíbrio
proporcional não se reflete na satisfação com a quantidade de infraestrutura disponível. 58,93% dos usuários
consideram a quantidade de calçadas suficiente, já em relação ao número de vagas de estacionamento
disponíveis, 59,5% responderam ser insuficientes. 31,3% da área do Campus Central está voltada à circulação
de veículos (8,9% só para estacionamentos). Se somarmos as áreas livres destinadas à circulação de
pedestres aos espaços de práticas sociais (pátios, quadras, jardins etc.), estas totalizam 21,76% (4,47% sendo
calçadas). Outro dado: 52,64% dos usuários do Campus Central fazem seus deslocamentos internos à pé,
enquanto 24,71% utilizam o automóvel. Quanto espaço é suficiente para se destinar a veículos?

63
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 29 - Plataforma de cobertura do CCDM (1981?)

REITORIA CCDM BCZM

Fonte: (Agecom) Agência de Comunicação da UFRN, adaptada pelo autor.

1.2.4 Funcionalidade

A definição e organização das atividades, bem como a previsão das áreas necessárias
para cumprir as exigências dos requisitos de projeto, costumam ser um dos resultados do
processo de desenvolvimento de um programa arquitetônico (MOREIRA; KOWALTOWSKI,
2011). Alcançar esse resultado envolve um processo de investigação do qual deveriam
participar todos os interessados na intervenção, comumente representados pelas figuras dos
projetistas, clientes e usuários34. Contudo, a disponibilidade de tempo e as dimensões do
objeto de interesse de trabalho não recomendaram uma investigação ampla e sistemática
para composição de um programa. O esforço necessário foi dirigido para o cumprimento de
tarefas mais diretamente relacionadas aos objetivos e diretrizes do trabalho.
Para evitar uma abordagem genérica, desconectada da conjuntura local da UFRN,
utilizei uma fonte indireta da qual poderia obter informações sobre a organização e o
dimensionamento dos espaços do CCDM. As demandas construtivas da UFRN são atribuídas
e gerenciadas pela Superintendência de Infraestrutura (INFRA), e de modo conveniente,

34
Em função da complexidade de um projeto arquitetônico, outros interessados podem compor o rol de
definição de um programa, a exemplo de entes públicos e incorporadores. Cliente, usuário e projetista são as
partes mais recorrentes no processo de produção projetual.

64
PROBLEMA DE PROJETO

desde 2013, a INFRA tem um processo ativo de reforma e ampliação do CCDM. O projeto
arquitetônico já está definido e agora o processo se encontra na fase de elaboração de
projetos complementares. Considerando que a INFRA possui a prerrogativa oficial para o
desenvolvimento de projetos para a UFRN e que, afinal, o projeto se fundamenta sobre uma
demanda real que envolveu a consulta a diversos interessados na configuração do CCDM,
assumi que a proposta da INFRA era uma referência válida para auxiliar na distribuição e
dimensionamento dos ambientes da proposta desse trabalho. A Tabela 1 apresenta um
quadro das áreas úteis35 organizado por atribuições funcionais encontradas no projeto de
reforma e ampliação do CCDM (Figura 30 e Figura 31).

Tabela 1 - Resumo das áreas do projeto da INFRA para o CCDM


SETORES ÁREA (m²)
ADMINISTRATIVO 106,90
APOIO FUNCIONÁRIOS 13,51
BANHEIROS - BATERIA 1 50,88
BANHEIROS - BATERIA 2 42,51

FINANCEIRO 3.002,35
BANCO DO BRASIL 1.322,35
CAIXA ECONÔMICA 1.042,02
BANCO SANTANDER 429,10
SISTEMA DE CRÉDITO OOPERATIVO (SICREDI) 208,88

UTILIDADES E ASSISTÊNCIA 1.189,21


COMISSÃO PERM. DE APOIO A ESTUDANTES COM NECESSIDADES EDUC. ESPECIAIS (CAENE) 234,19
CORREIOS 54,34
FARMÁCIA 59,68
RESTAURANTE DA ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DA UFRN (APURN) 518,95
VENDA DE PASSAGENS 16,18
CAIXA ASSITENCIAL UNIVERSITÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE (CAURN) 305,87

ARTE E CULTURA 755,06


COOPERATIVA CULTURAL 246,07
EDITORA DA UFRN (EDUFRN) 101,38
NÚCLEO DE ARTE E CULTURA (NAC) - ADMINISTRATIVO / GALERIA / ATELIER 407,61

AVULSO 1.081,32
MONITORAMENTO DE SEGURANÇA 117,25
REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA (RNP) 964,07

TOTAL 6.134,84

Fonte: Superintendência de Infraestrutura (INFRA).

35
Área útil é aquela ocupada pela edificação descontadas as paredes.

65
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 30 - Reforma e ampliação do CCDM (Térreo) - INFRA/UFRN (2013)

03

01

02
04

05

06

07

09
10

08
11

12

14
03
13

02

14 15
04

16

LEGENDA
01 - CAURN 07 - MONITORAMENTO 13 - EDFURN 17
02 - BANHEIROS 08 - CAIXA ECONÔMICA 14 - COOP.CULTURAL
03 - BANCO DO BRASIL 09 - BANCO SANTANDER 15 - APOIO CCDM
04 - NAC 10 - CORREIOS 16 - FARMÁCIA
05 - VENDA PASSAGEM 11 - CAENE 17 - RESTAURANTE
06 - RNP 12 - SICREDI

Fonte: INFRA/UFRN, adaptado pelo autor.

66
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 31 - Reforma e ampliação do CCDM (Superior) - INFRA/UFRN (2013)

01

03

02

04

LEGENDA
01 - CAURN
02 - CAIXA ECONÔMICA
03 - BANCO SANTANDER
04 - BANCO DO BRASIL

Fonte: INFRA/UFRN, adaptado pelo autor.


67
PROBLEMA DE PROJETO

Ainda que tenha servido como referência, o projeto da INFRA para o CCDM não foi
tomado de forma passiva. Não escapei da demanda concreta consolidada na proposta,
contudo ela apresenta características que são concepções criticadas por esse trabalho, como
a ingerência de veículos e o confinamento lateral do espaço, e assim não podem ser aceitas
sem qualquer revisão. Foi necessário equilibrar as demandas, rever a permanência de
atividades que não se alinhavam aos objetivos do CCDM e ampliar a ocorrência das
atividades com menor restrição à integração dos usuários.

1.3 SABERES
Os saberes fazem referência ao conhecimento "mais ou menos consciente, prático ou
sistematizado, comprovado ou intuído" (HOLANDA, 2015, p. 58) que é utilizado para
concepção do artefato arquitetônico. Os conhecimentos guiam a abordagem do tema,
fornecendo uma delimitação conceitual e instrumental para sua investigação. Funcionam
como uma "moldura", para usar um termo proposto por Schön (1984 apud LAWSON,
2011)36, que
consiste em ver seletivamente a situação do projeto de um modo específico
durante um período ou fase de atividade. Esse foco seletivo permite ao projetista
lidar com a complexidade imensa e as contradições inevitáveis do projeto, dando
estrutura e sentido ao pensamento, ao mesmo tempo que suspende
temporariamente algumas questões. (LAWSON, 2011, p. 269).

Sendo um filtro para assimilação do problema projetual, os conhecimentos estão


diretamente associados aos objetivos do trabalho e fornecerão os parâmetros que serão
utilizados para o controle analítico dos resultados. Nessa seção, exploro os limites da
aplicação de precedentes ao projeto, apresento os fundamentos da teoria que apoia minhas
intenções projetuais e apresento os principais instrumentos ou técnicas empregadas no
desenvolvimento do trabalho.

1.3.1 Precedentes

A folha em branco que hipnotiza um olhar apreensivo é uma imagem popular do


desafio inicial de um processo de criação. É uma imagem que induz à valorização exagerada
da nossa capacidade criativa, pois transmite a ideia - enganosa - de que esse desafio tem
início no vácuo. Preencher o branco seria a demonstração de uma mente profícua e
privilegiada. Contudo, a observação da rotina de projetistas - especialistas na lida com o

36
SCHÖN, D. A. Problems, frames and perspectives on designing. Design Studies 5(3): 132-136.

68
PROBLEMA DE PROJETO

branco das folhas - evidencia que é práxis o emprego de referências para geração de ideias.
(HILLIER, 2007; LAWSON, 2011). Teorizações sobre métodos projetuais evidenciam esse tipo
de abordagem.
Broadbent (1973 apud LAWSON, 2011) 37 enxerga que existem quatro modos
distintos para geração da forma: pragmático, icônico, analógico e canônico. Exceto pela
abordagem pragmática, que se baseia nos limites de métodos construtivos e materiais
disponíveis, os três últimos são procedimentos associados ao emprego de referências: o
icônico que se baseia na cópia de soluções existentes; o canônico, no uso de regras de
composição; e o analógico que resulta da associação a contextos alheios ao objeto tratado.
Mafhuz (1995) entende que a geração formal sempre envolve alguma analogia e
defende a existência de quatro abordagens: inovativa, tipológica, mimética, normativa. A
inovativa, ainda que admita soluções originais, utiliza analogias positivas (visuais, estruturais
ou filosóficas) ou inverte a maneira estabelecida de resolução de algum problema. A
tipológica implica a utilização do tipo38 como elemento de referência à criação. A mimética é
aquela na qual novos artefatos são gerados através da imitação ou reinterpretação de
modelos existentes. O normativo implica na utilização de normas estéticas ou princípios
reguladores na criação de novas formas.
Hillier (2007), tratando da estruturação de meios para o desenvolvimento de ideias
arquitetônicas, reconhece que há dois caminhos: o tipo e o estilo pessoal. É uma concepção
que contrapõe uma abordagem referenciada na coletividade, apoiada na sedimentação
histórica de hábitos construtivos de um grupo social, com aquele que se sustenta sobre
diretrizes pessoais para escolha de soluções arquitetônicas, construída através da
estruturação de meios próprios a cada projetista.
Seja qual for a visão específica de cada teórico, a percepção de abordagens
analógicas no processo de geração de formas arquitetônicas é tão habitual e relevante que
sua descrição acaba por gerar uma variedade de categorias (mimética, tipológica, inovativa,
icônica etc.) e se observamos, veremos que as mais recorrentes remetem ao emprego de
soluções arquitetônicas preexistentes, realizadas (obras) ou não (projetos ou ilustrações). A
esse conjunto de exemplares prévios à disposição de qualquer projetista, apreendidos pelo
37
BROADBENT G. Design in Architecture. Nova York: John Wiley, 1973.
38
Mafhuz (1995) entende tipo como estrutura ou princípio gerador que contém a possibilidade de variação
formal infinita (Quatremère de Quincy), inclusive a sua própria transformação, ou como naquele que
emprega uma analogia estrutural entre um artefato arquitetônico existente e o que está sendo criado.

69
PROBLEMA DE PROJETO

convívio ou pela análise, é o que denominamos de precedentes. Quando esses precedentes


tem reflexo direto sobre uma proposição projetual, passam a ser denominados como
referências.
A pesquisa por exemplares na arquitetura tende a ser uma prática rotineira entre os
projetistas, mas o uso de precedentes ou referências no processo projetual continua a ser
um dos maiores desafios no campo da pesquisa em projeto (LAWSON, 2011). Os arquitetos
utilizam regras, especificações e análises para projetar, mas também empregam um
repertório de soluções existentes que são readaptadas a situações diferentes da original.
Ainda é incerto como os projetistas adquirem esse repertório e como ele é acessado para a
geração de ideias. A rotina acadêmica do ensino de projeto tem assumido o estudo de
precedentes como um processo analítico imediatamente anterior ao início do processo
projetual, mas é provável que essa conexão não ocorra de forma tão imediata. Lawson
(2011, p. 276) sugere que "a capacidade de fazer desenhos de referência fora do processo
real de projetar seja básica para o desenvolvimento desse conhecimento episódico de
precedentes" e que "os profissionais experientes reconhecem paralelos entre os
precedentes em vez de analisar situações." Essas observações se alinham com a
compreensão de Hillier (2007, p. 324, tradução minha) do projeto como uma atividade
configuracional, na qual uma entidade é abordada de forma única e não como uma
aglomeração de partes.

Como uma conjectura é configuracional, e sabemos que uma configuração é


manipulada pela mente humana de modo não-discursivo, segue que conjecturas
configuracionais são suscetíveis de serem geradas não-discursivamente. Claro, é por
isso que arquitetos falam de intuição. A um processo de conjectura configuracional
não pode seguir outro senão não-discursivamente. Portanto, não pode advir um
procedimento racional, nem se proceder aditivamente de baixo para cima. O
projeto é por natureza um processo holístico, intuitivo, e essa conclusão segue de
39
uma análise fundamentada do processo projetual. (HILLIER, 2007, p. 324)

Durante as atividades curriculares do PPAPMA, desenvolvidas previamente ao início


da proposição projetual desse trabalho, foram realizados alguns estudos de precedentes. A
despeito das intenções desses exercícios, o que ficou perceptível foi que concepções

39
Do original "because a conjecture is configurational, and we know that configuration is handled by the
human mind non-discursively, it follows that configurational conjectures are likely to be generated non-
discursively. This of course is why architects talk of intuition. A process of configurational conjecture cannot
proceed other than non-discursively. It cannot therefore either follow a reasoned procedure, nor can it
proceed additively from the bottom up. Design is by nature a holistic, intuitive process, and this conclusion
follows from a reasoned analysis of the process of design." (HILLER, 2007, p. 324)

70
PROBLEMA DE PROJETO

pessoais preexistentes (ver seção 1.2.2) tiveram mais influência na escolha de exemplares do
que o inverso, ou seja, o esperado resultado dos exemplares se tornarem referências
projetuais. Isso indica que os precedentes, antes de surgirem como resultados de operações
analíticas, já se encontravam incorporados de algum modo ao meu repertório formal como
projetista. Esse repertório teve precedência àquele adquirido analiticamente ao longo das
atividades curriculares, o que corrobora observações de Hillier (2007, p. 330-331) de que a
presença de padrões históricos se manifestam independentemente de uma revisão explícita
de precedentes. Portanto, os exemplares coletados para esse trabalho, devem ser vistos
mais como uma ilustração das concepções preexistentes - os precedentes de fato e que a
rigor não são passíveis de determinação específica. Exemplares ou partes destes, que
porventura se tornaram referências projetuais serão indicados especificamente ao longo do
Capítulo 2, que trata de fases mais adiantadas do desenvolvimento do projeto.
A modalidade de pesquisa desses exemplares foi principalmente formal
(características plásticas) ou voltada a aspectos funcionais (atividades e fluxos). Não foram
realizadas pesquisas temáticas, pois a bibliografia disponível é escassa e a visita aos
exemplares correlatos - centro de convivência universitários - não foi possível. Costa (2017)
realizou estudos diretos de centros de convivência em três centros universitários -
Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG), Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - mas seus resultados não foram publicados a tempo
de serem incorporados ao processo projetual desse trabalho. Todos os exemplares foram
pesquisados de forma indireta, utilizando a internet como fonte de informação (Quadro 2).

Quadro 2 - Exemplares arquitetônicos revisados

ORQUIDEORAMA
Mendelín - Colômbia
Plan B + JPRCR Arquitectos
O Orquideorama é um espaço destinado à criação e
exposição de orquídeas localizado no jardim Botânico
de Medelín. É um área aberta de 5.000m² coberta por
uma estrutura metálica recoberta com tramas de
madeira de pinho, cuja configuração modular remete a
árvores ou flores justapostas no espaço. A cobertura do
grande vão foi o atrativo desse exemplar.
Fonte: http://www.archdaily.com

71
PROBLEMA DE PROJETO

Quadro 2 - Exemplares arquitetônicos revisados

CASA DA SUSTENTABILIDADE
Campinas - Brasil
Matheus Marques, Ricardo Felipe e Marcus Rosa
A Casa da Sustentabilidade foi o tema de concurso para
proposição de edificação modelo na aplicação de
diretrizes sustentáveis. O vencedor propôs uma solução
linear, ordenando os ambientes pelo grau de privacidade
cobertos por uma plataforma que funcionaria como
mirante. O contexto de implantação (Parque Portugal) e a
cobertura acessível foram os atrativos desse exemplar.
Fonte: http://iabsp.org.br/casadasustentabilidade

NTU - SCHOOL ART, DESIGN AND MEDIA (ADM)


Singapura - Singapura
CGP Consultants
A ADM abriga as instalações dos cursos de Arquitetura,
Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica da Universidade de
Tecnologia de Nanyang (NTU). É uma construção na qual
utilizaram princípios bioclimáticas de concepção e se
destaca pelas coberturas curvas recobertas por
gramados. A acessibilidade à cobertura e o teto jardim
foram o atrativo desse exemplar.
Fonte: https://goo.gl/AkCA9Y

ESPACE BIENVENUE
Marne-la-Vallée - França
Jean Philippe Pargade
O Espace Bievenue é um bloco da Cité Descartes, um polo
técnico e científico de Paris-Est, criado para agrupar
instalações de treinamento e pesquisa do Ministério da
Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia e servir
como centro de referência para cidade sustentável. A
extensa cobertura gramada cobrindo toda a edificação foi
o atrativo desse exemplar.
Fonte: http://www.archdaily.com

GREENHOUSE - GRIN GRIN PARK


Fukuoka - Japão
Toyo Ito
A Greenhouse é a instalação central do Grin Grin Park.
Sua configuração ondulada, proposta para criar uma
integração orgânica entre o natural e o construído,
constitui três espaços de 1.000m² aproximadamente que
abrigam jardins e espaços de convívio. A possibilidade de
caminhos que conectam toda a edificação, inclusive a
coberta, foi o atrativo desse exemplar.
Fonte: https://goo.gl/iSwyE4

72
PROBLEMA DE PROJETO

Quadro 2 - Exemplares arquitetônicos revisados

ALTASEA CAMPUS
Los Angeles - Estados Unidos
Gensler
O AltaSea Campus será um complexo localizado no porto
de Los Angeles dedicado ao estudo científico do oceano
que integra construções históricas, centros de pesquisa e
áreas públicas. Agregar inovadores na ciência, negócios e
educação é uma das ideias centrais do espaço. Caminhos
que conectam toda a edificação, inclusive a coberta, foi o
atrativo desse exemplar.
Fonte: http://www.archdaily.com

MARCEL SEMBAT HIGH SCHOOL


Sotteville-lès-Rouen - França
arch5 + B Huidobro
O projeto de ampliação da escola Marcel Sembat,
conectou um parque vizinho à edificação preexistente
empregando coberturas gramadas para formar faixas
onduladas que se adaptam aos diferentes níveis do
terreno. A disponibilidade de informações estruturais
para concepção de uma grande cobertura ajardinada foi
o atrativo desse exemplar.
Fonte: http://www.archdaily.com

SUPERILLES
Barcelona - Espanha
Prefeitura de Barcelona
A Superille é um modelo de organização de quadras
proposto pelo plano de reestruturação urbana de
Barcelona (PMU 2013-2018), resultado de compromissos
pela preservação ambiental. Busca aprimorar a
mobilidade e qualidade de vida, redefinindo atividades e
tráfego em agrupamentos de quadras. Os conceitos de
mobilidade e uso foram os atrativos desse exemplar.
Fonte: http://ajuntament.barcelona.cat/superilles/es

Fonte: Elaborado pelo autor.

1.3.2 Uma Teoria Analítica

A geração de ideias é uma atividade cuja natureza dificulta a inclusão de


procedimentos analíticos que controlem o processo. Os resultados da fase criativa do
projeto não são capazes de garantir que os seus pressupostos sejam alcançados. Sem um
conhecimento sistemático que permita uma revisão objetiva dos pressupostos projetuais,
estamos sujeitos à arbitrariedade e ao conflito insolúvel (HILLIER, 2007).

73
PROBLEMA DE PROJETO

Hillier (2007) entende projeto de arquitetura como uma atividade manifestadamente


configuracional e esse é um pressuposto que assumimos nesse trabalho. Afirmar que algo é
configuracional tem implicações sobre os procedimentos associados à sua manipulação e
experimentação. Uma configuração é uma entidade única, cuja proposição ou apreensão
não pode ser obtida a partir de uma análise ponto por ponto, por que as diversas partes que
compõem o todo não estão ligadas por regras constantes e consistentes, de modo que a
menor alteração acaba por gerar resultados não previsíveis. A forma de apreender objetos
configurais envolve habilidades mentais - não discursivas - que são qualificadas como
holísticas ou intuitivas, ou seja, não podem claramente delimitadas mas permitem captar
globalmente um objeto.
Nesse contexto, na arquitetura haveria essencialmente duas estratégicas que
forneceriam os meios capazes de acessar essas habilidades mentais para a geração de
formas: repertório formal e visão de mundo, aos quais Hillier (2007) denomina como tipo e o
estilo (pessoal). No primeiro caso, o projetista recorreria a padrões que podem ser
reconhecidos no caso concreto e que são aplicados regularmente ao longo do tempo. Pode
ser um padrão geométrico (formas regulares,eixos reguladores etc.), topológico (pátio
central, distribuição radial etc.), funcional (rol de atividades e fluxos, controle de acessos
etc.) ou qualquer outro. No segundo caso, da visão de mundo, o projetista desenvolveria
uma tática baseada em princípios pessoais com os quais ele proporia ideias formais. Essa
abordagem é equivalente ao que Lawson (2011, p. 153) denomina de princípios condutores.

Os projetistas têm suas motivações, as suas razões para querer projetar, os seus
conjuntos de crenças, valores e atitudes. Especificamente eles costumam
desenvolver conjuntos bastante coesos de opiniões sobre como se deve projetar
no seu campo. Em seguida, essa bagagem intelectual é levada pelo projetista a
cada projeto, às vezes de forma muito consciente, outras vezes nem tanto. Em
alguns projetistas, essa coletânea de atitudes, crenças e valores é confusa e
malformada; em outros é estruturada de forma mais clara e, em alguns, pode ser
algo que se aproxima de uma teoria do ato de projetar.

Como exemplo, podem ser citados: Herman Hertzberger, que fundamenta sua
pesquisa nos aspectos conflituosos entre usuários; Santiago Calatrava, que mantém a
engenharia e tecnologia como um pano de fundo para suas decisões; Juhani Pallasma, que
se detém sobre a experiência humana em contato com o ambiente; e Ken Yeang que utiliza
uma série sistemática de objetivos e princípios para edifícios verticais adaptados ao clima
tropical.

74
PROBLEMA DE PROJETO

Seja através do repretório ou da visão de mundo, Hillier (2007) observa que nenhuma
das abordagens é capaz de garantir o cumprimento das intenções arquitetônicas. O
repertório teria esse potencial, uma vez que se volta aos precedentes arquitetônicos de um
grupo social - aquele conjunto de edificações que exemplificam os modos e padrões aceitos
e praticados de viver. Contudo, por estar inserido no debate arquitetônico amplo, que
envolve não só os arquitetos mas outros grupos sociais interessados, o repertório formal
está sujeito ao risco de contaminação por ideologias sociais relativas às definições diversas
da sociedade. A visão de mundo, por sua vez, sendo um parâmetro abstrato para além da
referência aplicada tem sua atuação confinada aos estágios projetuais de geração formal,
sendo improvável que sua aplicação possa garantir os resultados funcionais aos quais se
dirige. Segundo Hillier (2007) somente uma teoria analítica seria capaz de garantir os
pressupostos da proposição arquitetônica.

No sentido que é crítico à essência da arquitetura, então, estilo e teoria são


liberdades paralelas. A inovação só pode ocorrer no reino do humanamente
possível sobre as bases do conhecimento teoricamente analítico, por que apenas
esse pode guiar os aspectos preditivos do projeto, no qual garantias de
conformidade ideológica ou cultural não estão disponíveis através das soluções
vernaculares ou soluções tipo. A teoria é conhecimento fundamental da
possibilidade e portanto de limitação. Há portanto necessidade objetiva de associar
o dialeto não discursivo com a teoria analítica. É claro, isso seria o caso apenas se
houvesse limitações objetivas ao que é arquitetonicamente, em oposição ao
tecnicamente, possível. Vimos que há tais limitações. Fundamentalmente, a teoria
40
é o conhecimento dessas limitações. (HILLIER, 2007, p. 339-340)

A definição de uma teoria analítica, portanto, se coloca como condição para


estabelecer argumentos que estejam abertos à discussão pública e sirvam de parâmetro
para o cumprimento dos objetivos de uma proposta projetual. Nesse caso: a produção de
um projeto arquitetônico de requalificação que favoreça as características do Centro de
Convivência Djalma Marinho enquanto lugar de reunião e integração. A Sintaxe do Espaço
(SE) foi a teoria analítica que adotei como suporte para predição e experimentação da

40
Do original: "In a sense which is critical to the very existence of architecture, then, style and theory are
parallel freedoms. Innovation can only be within the realm of the humanly possible on the basis of
theoretically analytic knowledge because only this can guide the predictive aspects of design where no
guarantees of cultural or ideological conformity are available through the vernacular or solution types.
Theory is fundamental knowledge of possibility and therefore of limitation. There is therefore an objective
need to associate non-discursive ideolect with analytic theory. Of course this would only be the case if there
were objective limitations to what is architecturally, as opposed to technically, possible. We have seen that
there are such limitations. Fundamentally, theory is knowledge of these limitation." (HILLIER, 2007, p. 339-
340)

75
PROBLEMA DE PROJETO

proposta, uma vez que seus pressupostos estão diretamente relacionados aos objetivos do
trabalho.
A SE também representa uma delimitação do campo de investigação desse trabalho.
Uma única teoria não seria capaz de abarcar todas as variáveis da arquitetura. Como nos diz
Holanda (2015), a arquitetura nos afeta de formas variadas e envolve aspectos funcionais,
bioclimáticos, econômicos, sociológicos, topoceptivos, afetivos, simbólicos e estéticos. A
delimitação se impõe por razões acadêmicas e pela disponibilidade de recursos e tempo.
Apenas os aspectos passíveis de análise pela SE irão ser submetidos à experimentação das
predições colocadas pelos objetivos. Os demais poderão ser indicados, descritos ou
explicados, mas escapa aos objetivos desse trabalho a verificação de seus resultados através
de qualquer teoria analítica.

1.3.2.1 Sintaxe do Espaço

A Teoria da Lógica Social do Espaço, ou como é comumente referida, a Sintaxe do


Espaço (SE) é um conjunto teórico e instrumental que busca estabelecer uma compreensão
objetiva do espaço habitado proposta por Bill Hillier e colegas da Bartlett Faculty of Built
Environment da University College London (UCL). A teoria se desenvolveu no contexto das
criticas ao espaço urbano levantadas a partir da década de 1960 que denunciavam os
resultados negativos do modelo de espaços segregados ou da arquitetura de exceção
perpetrados através dos preceitos do Movimento Moderno. Uma revisão das principais
críticas e propostas até a década de 1980 está em Peponis (1989). A discussão teórica que
deu surgimento a SE ocorreu no início da década de 1970 com textos publicados por Hillier e
Leaman, mas "o referencial epistemológico, assim como os conceitos e as categorias
analíticas básicas, foram mais completamente reunidos pela primeira vez" no livro The Social
Logic of Space publicado em 1984 por Bill Hillier e Jullienne Hanson (HOLANDA, 2002, p. 85).
A desilusão com as ideias arquitetônicas da primeira metade do século XX expôs a
precariedade do discurso arquitetônico na predição social das intenções arquiteturais, mas
as críticas apresentadas também não conseguiam assimilar adequadamente a questão
central: a inclusão do espaço e o modo como este está vinculado à sociedade. Na crítica
arquitetônica os entendimentos giravam em torno da defesa de atributos urbanos como
adensamento, diversidade de usos e sobreposição de modais de trânsito; da visão de cidade
como uma agregação de localidades autocontidas; ou da sugestão da relevância cultural

76
PROBLEMA DE PROJETO

secundária da própria estrutura espacial urbana. Em comum, essas preocupações ignoravam


as propriedades configuracionais da cidade, espacialmente integradas na escala global
(PEPONIS, 1989). De forma mais abrangente, Hillier e Hanson (1984) observam que a
inclusão do espaço na crítica arquitetônica ou se dava ao nível das superfícies (paredes, pisos
tetos), ou era tomada mais na escala individual do que na escala global dos sistemas de
relações espaciais.
Outros campos do conhecimento, tais como a antropologia, a psicologia ou a
geografia, também abordaram a relação entre construções e sociedade, mas nesses casos a
interpretação dada às categorias analíticas leva a uma definição do problema no qual a
construção é um objeto cuja forma espacial é socialmente determinada, de um modo que
nem o ambiente tem conteúdo social, nem a sociedade possui conteúdo espacial. As
variáveis são isoladas, e a forma espacial, percebida como inerte, é definida a partir de
parâmetros sociais - uma variável dependente. Porém, é exatamente esse o paradoxo
epistemológico que dificulta uma adequada interpretação social do espaço, segundo Hillier e
Hanson (1984). O espaço constituído, ordenado pelo homem, é por si um comportamento
social e esse é um dos seus pressupostos fundamentais. O espaço é organizado segundo a
proximidade ou afastamento com o qual os grupos sociais se definem e percebem uns aos
outros e tais relações encontram sua expressão espacial na materialização das variadas
permissões e restrições que são dispostas à circulação e encontro das pessoas.
Foi uma consideração meramente formal que levou à definição dessa relação entre
espaço e sociedade. Foi a partir de um exercício combinatório com unidades discretas que
propriedades analíticas do espaço começaram a ser constatadas e progressivamente
confirmadas. O experimento buscava verificar como restrições sobre um processo aleatório
de juntar células poderia levar a padrões globais bem definidos, semelhantes a padrões
encontrados em construções e assentamentos reais. Hillier e Hanson (1984) observaram que
padrões formais poderiam surgir tanto de restrições locais quanto de restrições globais,
porém, ainda assim, a ordem ou desordem poderia ser prevista para todo o sistema. Nesse
contexto, os elementos constituintes de um agrupamento de espaços não deveriam ser
observados apenas isoladamente, mas a partir das inter-relações entre todos eles tomados
em conjunto, de forma sistêmica ou configuracional. Essa propriedade sistêmica é um dos
principais pressupostos da SE. O outro aspecto relevante do experimento era que a
diferenciação entre os arranjos considerava apenas a posição relativa de uma célula às

77
PROBLEMA DE PROJETO

outras. Não foi necessário considerar as relações métricas entre as unidades para que os
arranjos obtidos se aproximassem dos exemplares reais que os pesquisadores estavam
usando com referência. As ferramentas da SE permitem a inclusão de variáveis métricas nas
suas análises, porém os resultados tem confirmado a primazia dos atributos topológicos do
espaço. Em outras palavras as relações topológicas tem primazia para revelar o conteúdo
social do espaço (BAFNA, 2003).
Um pequeno exemplo ilustra a importância Figura 32 - topologia e configuração do espaço
dos atributos configuracionais e topológicos do
1) 2) B A
espaço para o tipo de análise procurada pela SE.
Na Figura 32, as propriedades geométricas e A B
A A B B
2
dimensionais das salas A e B são as mesmas nos CORREDOR . CORREDOR

dois casos (1 e 2), porém a posição relativa das


Fonte: Elaborado pelo autor.
salas ao corredor coloca-as em contextos de
acessibilidade e controle distintos. Na situação 1, as salas e A e B mantém uma relação de
equivalência. Os acessos são independentes e ocorrem diretamente para o corredor. Na
Situação 2, o contexto é distinto. A sala B está numa situação hierárquica mais reservada e
para alcançá-la é preciso atravessar a sala A. Por outro lado, a sala A acaba por exercer um
maior controle sobre a circulação de pessoas, pois mantém um contato direto tanto com a
sala B quanto com o corredor. A simples mudança de posição (topologia) de um ambiente
em relação aos demais é capaz de redefinir o potencial de comportamento dos usuários em
todo o conjunto (sistêmico).
Esses pressupostos tiveram que adquirir alguma expressão mensurável para tornar o
seu conteúdo disponível à análise objetiva. A ideia de um sistema de barreiras e acessos
interpostos à circulação e reunião de pessoas foi traduzida em expressões geométricas
equivalentes a essa descrição de uso e experiência humana do espaço. Na SE foram
adototados três padrões gráficos desse comportamento: o polígono, a linha, e o campo
visual, respectivamente equivalentes: à interação, ao deslocamento, e à observação do
espaço (Figura 33). Em termos técnicos, os elementos analíticos são designados na SE como:
espaços convexos ou axiais (HILLIER; HANSON, 1984) e isovistas (BENEDIKT, 1979).

78
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 33 - Expressão gráfica da O espaço convexo é uma abstração que está


experiência espacial humana
relacionada à sensação humana de transição entre porções
do espaço e que cria a ideia de que as pessoas estão
situadas em determinado lugar (HOLANDA, 2002, p. 97).
Pessoas se deslocam linearmente
Ainda que o espaço seja um contínuo, não escapamos da
percepção de estarmos saindo de uma rua para um largo,
ou da sala para uma cozinha, enfim, de um lugar para outro.
São essas linhas perceptivas de transição que formam os
limites geométricos dos espaços convexos. Em termos
interagem em espaço convexos
gráficos (Figura 34), essa qualidade é definida atendendo ao
seguinte algoritmo: o menor conjunto das maiores áreas
(poligonais) possíveis nas quais retas traçadas entre
quaisquer dois de seus pontos não ultrapassem as bordas
da superfície delineada (HILLIER; HANSON, 1984, p. 92-98).

mudam seu campo visual conforme


O espaço convexo, além de decompor o contínuo espacial
se movem em torno das construções
em unidades perceptivas, carrega consigo as informações

Fonte: HILLIER (2005), de transição entre essas unidades, permitindo definir a rede
adaptado pelo autor.
de conexões do espaço global.
O mapeamento de espaços convexos é
Figura 34 - Espaço convexo
uma técnica eficaz para capturar relações
sociais significativas dentro de áreas
A
delimitadas, mas não é a mais adequada para A

B
captar a mobilidade através desses espaços. A B

melhor representação para o movimento é a


Espaço convexo Espaço côncavo
linha. Um mapa linear sobreposto aos
Fonte: HILLIER (1984), adaptado pelo autor.
alinhamentos de espaços convexos é capaz de
capturar a estrutura de movimento da rede de conexões espaciais (Figura 35). Também
existe um algoritmo para o traçado conveniente dessa rede linear: "o menor conjunto das
mais longas retas que passam através de cada espaço convexo e faz todas as conexões
axiais" (HILLIER; HANSON, 1984, p. 92, tradução minha)41. O conjunto de linhas que resultam

41
Do original "the least set of such straight lines which passes through each convex space and makes all axial
links." (HILLIER; HANSON, 1984, p. 92).

79
PROBLEMA DE PROJETO

do traçado é denominado mapa axial e cada linha dessa rede é uma entidade equivalente ao
espaço convexo do mapa de convexidade, de maneira que podemos nos referir a essas
linhas como espaços axiais, como o faz Holanda (2002, p. 97).
A isovista, termo cunhado
Figura 35 - Rede de espaços axiais
provavelmente por Tandy (1967) 42 , é um
conceito cujo desenvolvimento ocorreu
independentemente da SE (TURNER et al.,
2001). Foi retomando esse conceito que
Benedikt (1979) propôs um modelo analítico
para pesquisas no campo da percepção
ambiental. Sua ideia era que fatores
Fonte: Elaborado pelo autor.
perceptivos e cognitivos da apreensão visual
do ambiente poderiam ser sugeridos a partir do sequenciamento e sobreposição do campo
visual de um observador, interpretado como a área definida pelo conjunto de pontos de
uma região que são visíveis desde uma posição específica (Figura 36). Propriedades
geométricas da figura resultante, tais como forma, perímetro e área, poderiam ser
relacionadas a conceitos como privacidade ou vigilância, por exemplo. Contudo, as
limitações do modelo não permitiram a construção de estrutura teórica abrangente. Foi
Turner et al. (2001) que incorporou a proposta de Benedikt (1979) ao modelo de análise da
SE e ampliou a ideia de isovista para a de grafo de
Figura 36- Isovista de um ponto D
visibilidade. Partindo de uma grade de pontos
espaçados a uma distância compatível à escala
humana, Turner et al. (2001) construíram um gráfico

D
não direcional interconectando todos os pontos que
tivessem uma visual direta a qualquer outro ponto
(Figura 37). Ele gerou uma rede similar àquela que é
criada a partir de espaços convexos ou axiais,
possibilitando que as mesmas operações de análise
Fonte: Elaborado pelo autor. empregadas por Hillier e Hanson (1984) para o

42
TANDY, C. R. V. The isovist method of landscape survey. In: Symposium: Methods of Landscape Analysis. Ed.
H C Murray (Landscape Research Group, London), 1967. pages 9-10.

80
PROBLEMA DE PROJETO

estudo do espaço fossem aplicadas à Figura 37 - Rede de visuais em torno de um T

investigação de uma rede de linhas visuais. A


adaptação ficou tão integrada aos objetivos
da SE que a análise de grafos de visibilidade
(VGA) finda por oferecer não só informações
sobre atributos de visibilidade, mas também
de acessibilidade espacial, de modo que ela
não fica restrita ao nível do olhar. Como Fonte: TURNER et al. (2001), adaptado pelo autor.

observa Hanson:

Ao se mover pelos edifícios, as pessoas se orientam por referência ao que podem


ver e aonde podem ir. [Em adição,] ao observar as qualidade visuais e volumétricas
da arquitetura, precisamos não ser tolhidos pelos pragmatismo do uso e
movimento cotidiano do espaço. De fato, deveríamos não ser, já que a especulação
arquitetônica quase invariavelmente põe em jogo a relação entre visibilidade (o
que podemos ver) e permeabilidade (aonde podemos ir). (HANSON, 1999, p. 54
43
apud TURNER et al., 2001, p. 108, tradução minha)

O que os modelos analíticos - mapeamentos convexos, axiais e grafos de visibilidade


- têm em comum é a capacidade de capturar a estrutura organizacional do espaço na forma
de uma rede, um padrão gráfico constituído por nós e conectores (Figura 38). Nesses
termos, a estrutura espacial pode ser analisada matematicamente, fornecendo uma série de
grandezas que são associadas às características configuracionais de cada nó da rede.

Figura 38 - Modelos de redes empregados na SE

Rede de espaços convexos Rede de espaços axiais Rede de visuais

Fonte: Elaborado pelo autor.

43
Do original: "In moving around in buildings, people orientate themselves by reference to what they can see
and where they can go. [In addition,] in looking at the visual and volumetric qualities of architecture, we
need not be constrained by the pragmatics of everyday space use and movement. Indeed, we should not be,
since architectural speculation almost invariably brings into play the relationship between visibility (what you
can see) and permeability (where you can go)." HANSON J. Decoding Homes and Houses. Cambridge
University Press: Cambridge, 1999.

81
PROBLEMA DE PROJETO

No mapa de convexidade cada espaço convexo é representado por um nó e os


conectores representam a existência de acessibilidade entre esses espaços. No caso do
mapeamento axial, os nós são a indicação de cada um dos eixos do sistema, enquanto os
conectores representam a existência de interseção entre esses eixos. No caso do mapa de
visibilidade, os nós representam posições de observação regularmente distribuídas sobre
uma superfície e os conectores são a indicação de visibilidade mútua entre essas posições.
Esses gráficos são tratados por uma matemática que investiga as relações entre
elementos discretos: a teoria dos grafos. Essa teoria, que estuda a topologia das redes, têm
suas raízes na formulação e resolução do problema das "sete pontes de Königsberg" 44
realizadas por Leonhard Euler no século XVIII. Porém, foi na segunda metade do século XX,
em parte devido ao advento dos computadores, que as pesquisas ganharam interesse
mundial com a possibilidade de suas aplicações a problemas de otimização organizacional
(NETTO, 2006, p. 1-2).
O grafo é a base gráfica e matemática para obtenção das grandezas utilizadas nas
análises da SE. Convém compreender o fundamento da sua aplicação no contexto da SE, pois
a despeito do desenvolvimento dos modelos analíticos e dos recursos matemáticos para
resolução dos limites encontrados ao longo das pesquisas, o fundamento operacional do
cálculo permanece. Além de atributos específicos de cada unidade de uma rede (nós), tais
como quantidades de conexões ou tamanho de entidades, o mais relevante são os atributos
que expressam os valores relativos dessas unidades ao sistema, valores configuracionais.
Em síntese, obter um valor configuracional implica a obtenção de uma medida de
assimetria de um nó em relação à rede. A obtenção dessas assimetrias na SE, ainda que
possa envolver valores métricos, se dirige a atributos topológicos ou geométricos associados
ao comportamento humano em deslocamento pelo espaço, tais como posição (onde estou
para onde vou) ou direção (sigo em frente ou dobro no cruzamento). Cada passagem entre
os nós de uma rede é considerada um passo dentro de um sistema. Computando a
quantidade de passos que é necessária para se deslocar de um ponto a outro, é possível
obter e comparar a profundidade de um nó em relação a todos os demais que fazem parte
da mesma rede e até de outras redes. A SE adota dois tipos de passos nos seus cálculos: o

44
Havia em Königsberg uma discussão sobre a possibilidade de atravessar as sete pontes da cidade que
cruzavam o rio Pregel sem repetir qualquer uma delas. A resolução foi dada por Euler em 1736, que provou a
impossibilidade de cruzar todas as pontas com esse tipo de restrição.

82
PROBLEMA DE PROJETO

passo topológico, que informa uma mudança de posição no sistema; e o passo angular, que
indica uma mudança de direção.
Vamos retomar o caso da Figura 32, Figura 39 - Profundidade topológica
considerando o passo topológico como exemplo
GEOMETRIA GRAFO
(Figura 39). Primeiro construímos um grafo, no qual DO ESPAÇO JUSTIFICADO

A B
cada espaço é convertido em um nó e os acessos
1) A A B B
entre eles, convertidos em conectores. Para
CORREDOR
contagem da profundidade precisamos definir uma
raiz, um ponto de partida para o deslocamento pelo
2) B
sistema, no caso, o corredor (essa operação se B A
A
denomina justificar o grafo45). Na situação 1, os A B
2
espaços A e B estão a um movimento de distância do . CORREDOR

corredor. Nesse caso, dizemos que ambas as salas


Fonte: Elaborado pelo autor.
possuem profundidade igual a 1. Na situação 2, a sala
A continua com o mesmo valor de profundidade, mas a sala B demanda dois movimentos
para ser acessada desde o corredor. Nesse caso, dizemos que, a partir do corredor, a sala A
possui profundidade igual a 1, enquanto a sala B possui profundidade igual a 2. No caso de
um passo angular, o incremento de profundidade seria considerado de modo diferente. O
critério se tornaria a mudança de direção ao longo da rede, adicionando à profundidade um
fator46 equivalente ao menor ângulo entre dois alinhamentos consecutivos (Figura 40). Por
essa razão (necessidade de alinhamentos), a medida de passos angulares é mais
convenientemente aplicada em mapeamentos axiais.
Partindo de um grafo justificado, é possível alcançar um valor que fornece a posição
relativa da raiz dentro do sistema considerado (Figura 40). Esse valor é denominado
profundidade média (Mean Depth - MD). Quando adotamos passos topológicos a MD é
obtida pela divisão da profundidade total47 de um grafo pelo número total de nós. Isso
equivale a calcular a média ponderada do grafo excluindo a sua raiz, tomando como peso as

45
Um grafo justificado é aquele no qual os nós são ordenados uns acima dos outros na sequência de suas
profundidades.
46
O procedimentos mais usual para conversão de ângulos é o "Tulip analysis", no qual um giro de 360° é
dividido em 32 partes, considerando 90° o equivalente a uma unidade, resultando em 0,125 por parte ou
11.25° (AL_SAYED et al., 2014).
47
A profundidade total é a soma de todas as profundidades desde um nó até todos os outros.

83
PROBLEMA DE PROJETO

profundidade dos nós ao longo da rede. Quando o passo é angular, a MD é dada pela soma
dos caminhos angulares mais curtos, divididos pela soma de todas as interseções angulares
do sistema, ao invés do número de nós do sistema, nesse caso, uma média aritmética
simples (AL_SAYED et al., 2014).

Figura 40 - Cálculo da MD de um nó com passo topológico e angular

75° PAC = 0.833


D n2 = 1 C PAC = 2 x n2 C
A PAD = 0.833
0.33

n1 = 2 B D PAB + PAD = 1 x n1 PAB = 0.5 B D


45° 0.5
8.33
B A A

C MD = MD =
30°
MD = 1,33 MD = 0,722

Fonte: Baseado em Turner (2005), elaborado pelo autor.

A validade da MD só existe para o sistema específico a partir do qual foi calculado. Se


desejarmos comparar situações diversas, tais como: arranjos de distribuição diferentes com
mesmo tamanho (quantidade de nós); ou arranjos com distribuições quaisquer, mas com
tamanhos variados, é necessário recorrer a outros meios de relativização. São esses os
valores com validade relativa ampla os mais importantes no contexto operacional da SE, pois
é através deles que a comparação entre diferentes configurações espaciais de cidades ou
edificações é possível.
As lógicas e procedimentos de relativização são distintos para os valores calculados
com passos topológicos ou com passos angulares e discutir detalhes desses procedimentos
vai além dos objetivos desse trabalhos. A obtenção da MD já oferece uma percepção dos
aspectos operacionais da SE. De qualquer forma, as demais grandezas empregadas nos
cálculos sintáticos são valores obtidos a partir das variáveis apresentadas até o momento, a
saber: quantidade de nós, profundidade média, profundidade total e extensão dos
segmentos e ângulos.

1.3.2.2 Ferramentas de Análise e Medidas

A SE entende que o espaço edificado, apreendido por seus vazios e barreiras, guarda
na sua configuração um significado social, do mesmo modo que a estrutura da sociedade

84
PROBLEMA DE PROJETO

possui um conteúdo espacial. Estrutura social e estrutura espacial são manifestações de um


mesmo conteúdo sob continentes diferentes que se encontra expresso nas possibilidades de
movimento e encontro das pessoas através da tessitura urbana ou dos cômodos das
edificações. Caminhar, interagir com pessoas e observar o ambiente são atividades que têm
uma estrutura geométrica inerente: o movimento é linear (eixos); a interação requer limites
espaciais (espaços convexos); e a observação conforma campos de visão (isovistas). É
através da interpretação gráfica dessa geometria comportamental que a SE busca captar as
características configuracionais do espaço e verificar qual o seu impacto no cotidiano da vida
urbana (BAFNA, 2003; HILLIER, 2005), ou no interior das edificações.
Com esse objetivo foram desenvolvidas várias ferramentas ou técnicas de
investigação, cada uma procurando captar propriedades topológicas associadas à
interpretação geométrica que é empregada. O tipo de análise realizada pelas ferramentas da
SE envolve a construção de gráficos e cálculos matemáticos que exigem a execução de
extensas e repetitivas operações. Foram os computadores que possibilitaram a aplicação
mais efetiva, bem como ampliação dos recursos operacionais da SE, a exemplo da
capacidade de modelagem gráfica, uma das características que mais favorece a
compreensão dos resultados. Utilizei o Depthmap como instrumento de pesquisa, um
programa de computador que reúne as principais ferramentas da SE em uso. Não vou tratar
de cada um dos recursos disponíveis, farei uma revisão breve das técnicas empregadas,
explorando seus modelos de investigação e aplicações e as principais medidas oferecidas.
Um conteúdo introdutório e abrangente dos recursos do Depthmap é disponibilizado por
Al_Sayed et al. (2014), a principal referência dessa seção.

1.3.2.2.1 Mapas axiais


O mapeamento axial é aplicado à análise do movimento e propício para descrição de
áreas urbanas. Busca captar a estrutura de movimento através da totalidade de espaços
convexos da área investigada. Naturalmente, o elemento geométrico de interpretação é a
linha, ou mais especificamente, o eixo visual de deslocamento (linha de visão). A partir de
um mapa com as indicações dos vazios e obstruções, é traçado o menor número das maiores
linhas que atravessam todos os espaços convexos, cruzando todas as demais linhas que
cortam os mesmos espaços. Da rede axial, é construído um grafo no qual as linhas são
interpretadas como nós e cada cruzamento entre linhas define uma adjacência (conexão)

85
PROBLEMA DE PROJETO

entre os respectivos nós. Uma série de dados é extraída do grafo e dos eixos, sendo
compilados e processados para obtenção das medidas sintáticas. Os resultados são
tabulados e seletivamente são apresentados através da sobreposição de escalas tonais ou de
cores às linhas do mapeamento axial (Figura 41).

Figura 41 - Cálculo da MD de configuração com passo topológico e angular

Fonte: Al_Sayed et al. (2014), adaptado pelo autor.

O mapeamento axial só utiliza o passo topológico nos seus cálculos, porém permite a
inclusão de algumas variáveis para obtenção das medidas sintáticas. É possível estabelecer
uma raio limite e aplicar pesos adicionais ao cálculo da profundidade média dos nós. O raio
(topológico) estabelece quantos passos serão considerados no cálculo a partir da raiz de
cada grafo justificado gerado na rede. Raios menores48 (R3, R5, R7...) são adotados para
investigar medidas locais, enquanto raios maiores se aproximam gradativamente da medida
global (Rn), que considera todos os nós do sistema. Os pesos adicionais possíveis de aplicar
são a conectividade (seção 1.3.2.2.5) e extensão das linhas axiais. Sua inclusão permite
verificar o impacto dessas variáveis sobre a profundidade média dos nós.

1.3.2.2.2 Mapa de Segmentos


O mapa de segmentos é um desenvolvimento do mapa axial que surgiu a partir da
dificuldade em representar adequadamente a estrutura de redes urbanas regulares, com
linhas axiais contínuas e com poucas interrupções (a exemplo da Broadway em Manhattan,
Estados Unidos). Na análise de segmento, as linhas de um mapa axial são interrompidas a
cada cruzamento com as outras linhas do sistema e os segmentos resultantes se tornam os
elementos unitários da rede. Essa operação potencializa a capacidade de análise do sistema,
possibilitando que os atributos de cada segmento sejam considerados de forma cumulativa

48
A quão pequeno, evidentemente, depende do tamanho total rede. Uma rede pouco profunda (rasa) e com
um baixo número de nós será menos sensível a pequenos valores de raios.

86
PROBLEMA DE PROJETO

ao longo de uma trajetória. Outra característica que eleva a capacidade dos mapas de
segmentos na representação de redes urbanas é a inclusão de passos angulares no cálculo
de profundidades. Há até a possibilidade de um passo métrico na análise, mas suas
aplicações são mais limitadas. A análise angular tem se apresentado como uma técnica
adequadamente correlacionada a aspectos cognitivos da navegação e orientação das
pessoas no espaço (HILLIER; IIDA, 2005).
O mapa de segmentos, na verdade, é a ferramenta mais flexível da SE, pois além de
permitir o passo métrico ou topológico na análise, quando emprega o passo angular (ASA49)
ainda permite a inclusão de parâmetros topológicos, angulares ou métricos como variáveis
na definição de raios de análise e pesos no cálculo de profundidades, de modo similar ao
que ocorre nos mapas axiais. O emprego de raios métricos na ASA tem se mostrado um
parâmetro conveniente para evitar uma indesejada perda de informação que ocorre no
emprego de raios topológicos, o chamado de efeito de borda50. Um raio de 400 metros
representa aproximadamente um percurso de cinco minutos de caminhada, sendo um
parâmetro adequado para análise de vizinhança. A dinâmica local pode ser capturada até
um raio de 800 metros e raios maiores estão mais associados ao movimento veicular,
contudo não há regras fixas, a definição de um raio métrico depende da natureza da
investigação (AL_SAYED et al., 2014).

Figura 42 - Diferença entre Mapa Axial e de Segmentos para medida de integração

Fonte: Elaborada pelo autor.

49
Análise Angular de Segmentos, do original Angular Segment Analysis (ASA).
50
Quando uma análise de segmentos define um raio topológico de alcance, os últimos nós incluídos nos grafos
gerados não carregam consigo os dados completos de conectividade. Todas as conexões que estão além do
nó limite são ignoradas e essa lacuna de informação interfere nos resultados da análise. No contexto da SE,
no qual a configuração é um dos pressupostos, essa lacuna significa um prejuízo à interpretação da rede.

87
PROBLEMA DE PROJETO

1.3.2.2.3 Isovistas e análise gráfica de visibilidade (VGA)


As isovistas e a VGA são técnicas associadas a aspectos da percepção ambiental e
tem contribuído no reconhecimento da relação entre fatores cognitivos do reconhecimento
visual do espaço construído e o movimento das pessoas. As técnicas se baseiam na
investigação das possibilidades de visada ponto a ponto do espaço, buscando verificar que
posições estão mais ou menos acessíveis à visão.
As isovistas representam Figura 43 - Isovistas a partir de dois procedimentos
porções do espaço diretamente visíveis
ESTÁTICA POR TRILHA
a partir de um ponto de vista,
possibilitando a identificação de áreas
encobertas à visão nos locais sob
análise. Sua construção pode ser feita
pela indicação de uma posição
específica, a partir da qual é gerada uma
superfície que se expande com uma
Fonte: Elaborada pelo autor.
varredura de 360°. Qualquer obstáculo
à frente da superfície obstrui sua continuidade. Outra possibilidade é a definição de uma
trilha, da qual são criadas isovistas no primeiro ponto e em todos os cruzamento seguintes.
Nesse caso é possível definir ângulos de abertura variados: 90°, 120°, 180° e 360° (Figura 43).
A VGA é uma técnica de
Figura 44 - VGA da UFRN com medida de conectividade
maior resolução. Em síntese, a
técnica consiste na aplicação do
modelo de análise de grafos ao
campo visual, de modo a obter
medidas similares as que são
extraídas de mapeamentos axiais ou
de convexidades. Uma rede de
+ CONECTIVIDADE
pontos é distribuída regularmente
sobre uma área predefinida,
- CONECTIVIDADE
formando uma grade. O operador
Fonte: Elaborada pelo autor. pode escolher a resolução dessa

88
PROBLEMA DE PROJETO

grade, definindo a distância entre os pontos, preferencialmente, algo próximo à uma


dimensão humana, entre 0,5 e 0,7 metros. Cada ponto é então conectado aos demais se for
possível criar um linha direta entre eles, gerando uma rede que é utilizada para obtenção
das medidas configuracionais. Há dois conjuntos de medidas: é possível investigar
propriedades das isovistas de cada ponto no contexto configuracional, obtendo informações
sobre proximidade, grau de visibilidade; alcance etc.; ou calcular as relações de visibilidade
entre os pontos de modo similar à realizada nos gráficos axiais ou de convexidades,
considerando, inclusive as variáveis angulares, métrica e topológicas para os parâmetros de
passo e raio de análise.

1.3.2.2.4 Integração
A integração é a medida mais referenciada no contexto da SE. É uma expressão
relativa da profundidade média que permite a comparação entre sistemas com tamanhos e
configurações diferentes. Portanto, é um indicador universal do grau de acesso entre as
várias partes de um sistema, sendo percebida como correspondente ao movimento "ir para"
e portanto mais associada aos usuários não familiarizadas com a rede de vias, os visitantes.
Valores maiores de integração implicam que, em relação a todos os demais pontos de um
sistema, será necessário, em média, uma menor quantidade de movimentos para alcançá-
los. Locais com essas características são comumente referidos como centrais. Pesquisas tem
confirmado uma notável correlação entre os valores de integração de mapeamentos
urbanos e as médias de concentração de pessoas nos respectivos espaços, daí a relevância
dessa medida (BAFNA, 2003; HILLIER, 2005; HOLANDA, 2002).
A integração, como medida de valor universal, é obtida para profundidades
calculadas com passos topológicos ou angulares, porém as operações matemáticas de
relativização não são equivalentes. Seja qual for o método empregado, para obter validade
geral, as profundidades médias de cada sistema são relativizadas na escala de algum padrão
estatístico, seja uma curva normal ou uma taxa de crescimento urbana de validade global.
Para escalas de passos topológicos a medida é referenciada como RA (Relative Asymmetry)
ou integração; e para passos angulares a medida de integração equivalente é a NAIN
(Normalised Angular Integration).

89
PROBLEMA DE PROJETO

1.3.2.2.5 Conectividade
Conectividade é uma medida local (específica de uma posição dentro de um sistema)
e se refere ao número de nós (espaços axiais, espaços convexos ou pontos de vista) que
estão diretamente ligados ao nó de origem. Não é incomum que os nós mais integrados de
um sistema possuam elevada conectividade, mas essa não é um condição necessária.
Contudo, quando conectividade e integração topológica se encontram correlacionadas em
um sistema, diz-se que há inteligibilidade, em outros termos, isso significa que a partir de
parâmetros locais (conectividade) de um nó é possível reconhecer seus atributos globais
(integração). É como se pudéssemos confirmar a intuição ou previsão da relevância urbana
de uma via, apenas considerando sua quantidade de cruzamentos (BAFNA, 2003; HOLANDA,
2002).

1.3.2.2.6 Escolha (Choice)51


Choice é uma medida que informa sobre a propriedades dinâmicas de um sistema,
fornecendo indicações sobre o movimento através do espaço. Seu valor é definido a partir
da recorrência de um nó ao longo das mais curtas rotas entre todos os outros pares de nós
tomados como origem e como destino (HILLIER; YANG; TURNER, 2012). É um indicativo da
probabilidade de cruzar uma rua toda vez que é necessário se deslocar por uma cidade, por
exemplo. Portanto, é aplicada mais à apreensão da circulação de pessoas e veículos do que à
ocupação dos lugares e mais associada aos usuários familiarizados com a localidade, os
habitantes. Se relacionada à integração, a choice fornece o grau no qual a acessibilidade dos
espaços, enquanto destino de todos os outros, é um guia confiável para sua escolha como
espaço para ser atravessado entre origens e destinos, em outras palavras, essa relação
apresenta o grau de concordância entre os dois elementos básicos de deslocamento por
uma rede: "ir para" (visitantes) e "passar por" (habitantes) (HILLIER et al., 1987).
A choice nos mapas axiais, são propriedades globais dos eixos, porém não tem a
validade universal das medidas de integração, pois seus valores não são normalizados e
assim não podem ser empregados na comparação de diferentes sistemas. Segundo Hillier,
Yang e Turner (2012) isso não ocorreu no contexto do mapas axiais, por que a integração se
mostrou uma variável mais poderosa do que a 'escolha' para análise e previsão. Porém, com

51
Utilizarei o termo em inglês "choice" para evitar possíveis desvios semânticos na interpretação do termo
'escolha' ao longo do texto.

90
PROBLEMA DE PROJETO

a concepção dos mapas de segmentos e a introdução da análise angular, a choice se


apresentou com uma variável capaz de predizer relações não observadas na escala das
linhas axiais. Foi verificada uma correlação entre choice e a profundidade total de um
sistema, no sentido que sistemas mais segregados (mais profundos) tinham maiores valores
de choice. A medida passou a ser vista como uma contraparte da segregação de uma rede
urbana e se mostrou relevante para complementar as informações obtidas a partir dos
valores de integração. A normalização da choice foi necessária para ampliar e aprofundar as
investigações e assim foi desenvolvida a NACH (Normalised Angular Choice).

1.3.2.3 Pesquisa de Campo

Desde sua disseminação na década 1980, a SE tem sido aplicada tanto na pesquisa
acadêmica do espaço construído quanto no suporte ao desenvolvimento de projetos
urbanos e arquitetônicos (HILLIER, 2005). A atenção conquistada pela teoria surge da sua
capacidade em prever, baseada em parâmetros objetivos, a dinâmica socioeconômica tal
qual observamos no cotidiano, engendrada por pessoas de carne e osso no seu trânsito e
permanência nos interstícios da matéria construída. Contudo, o que a teoria oferece não é
uma descrição desse cotidiano, é antes a percepção de uma consciência de pertencimento
social que está inscrita na estrutura configuracional do espaço, a qual Hillier denominou de
"comunidade virtual". (HILLIER et al., 1987).
Na rotina diária nos colocamos como membros de uma diversidade de grupos: igreja,
trabalho, escola, sindicatos, dentre outros. Em cada uma dessas comunidades não só
desempenhamos funções distintas, mas também nos submetemos a diferentes regras e
padrões comportamentais. Algumas comunidades são mais abertas, outras mais reservadas,
mas todas as diferenciações possíveis apresentam sua contraparte espacial, seja
topologicamente (mais central, mais periférico), seja formalmente (abertas e arejadas,
fechadas e controladas). O que Hillier et al. (1987, p. 249) propõem é que comunidade
virtual é uma dessas diferenciações de grupo, pela qual nos definimos como membros de
uma sociedade mais ampla e que tem seus padrões estruturais prescritos no arranjo espacial
urbano. Contudo a relação entre padrões espaciais e dinâmica social não é determinística
(HOLANDA, 2002), pois o espaço urbano não é o lugar onde as diferenciações sociais dos
domínios fechados se dispõem sem negociação e, dessa forma, o espaço urbano é aberto,
indefinido e dinâmico. Tudo que podemos obter dos arranjos espaciais é um conjunto

91
PROBLEMA DE PROJETO

probabilístico de encontros e é essencialmente isso o que a SE nos oferece, "tudo que


acontece além disso não é um efeito direto da cidade, mas da cultura" (HILLIER et al., 1987,
p. 248). "A teoria trabalha com a hipótese de que potencialmente, certos padrões espaciais
correspondem a certos padrões de co-presença" (HOLANDA, 2002, p. 111).
A capacidade de previsão da SE não se restringe à investigação de padrões
configuracionais do espaço. É necessário observar quanto o cotidiano se ajusta a esses
padrões para definir qual sua capacidade de previsão. Essa é uma categoria específica
associada ao conceito de comunidade virtual denominada predictibilidade, um índice que
informa o grau de realização dos padrões de encontro e movimento nos espaços já em uso
(HOLANDA, 2002, p. 110). O estudo da comunidade virtual, então, envolve dois tipos de
investigação: uma que identifica as potencialidades de uma área, através do mapeamento
da sua estrutura espacial e obtenção das medidas sintáticas (integração, conectividade,
inteligibilidade, choice etc.); e outra que envolve o levantamento do movimento e presença
de pessoas no espaço em uso, através da observação comportamental ou contabilização
numérica. O cruzamento estatístico dos dois conjuntos de informações fornecerá o índice de
encontros, ou predictibilidade.

1.3.2.3.1 Aplicação
O objetivo principal desse trabalho envolve a redefinição arquitetônica de um espaço
construído (CCDM) que desde sua concepção foi dirigido ao encontro de pessoas, mas que
após sua construção, as avaliações de uso, envolvendo principalmente técnicas da APO,
indicaram que as premissas projetuais não se realizaram plenamente (seção 1.2.1). As
percepções são divergentes: no contexto do Campus Central, a edificação é percebida como
um ponto de referência; mas nos limites da sua quadra, está sujeita a uma perspectiva de
inadequação ao convívio. Propor uma redefinição do espaço significa assumir a hipótese de
que as inconformidades observadas, mas não apenas elas, estão associadas à configuração
espacial da edificação e do seu entorno, nesse sentido é que Teoria da Sintaxe do Espaço se
mostrou adequada para servir como teoria analítica da proposta projetual.
Portanto, a aplicação da SE foi dirigida principalmente à definição de parâmetros que
auxiliassem a tomada de decisão projetual. Seu emprego como recurso explicativo do
contexto social do CCDM foi subsidiário, considerado apenas para interpretação de
continuidade ou rompimento projetual com a configuração existente. Com essa meta,

92
PROBLEMA DE PROJETO

primeiro identifiquei os padrões espaciais da área objeto de intervenção, utilizando as


seguintes ferramentas para investigação: mapas axiais; mapas de segmentos; isovistas e
VGA. Os mapas axiais e de segmentos foram empregados para leitura ampla do CCDM,
observando sua inserção no contexto do município de Natal e consequente implicação em
raios proporcionais aos limites do Campus Central. As isovistas e VGA foram aplicadas para
uma investigação do espaço interno do CCDM, buscando observar o grau de interação entre
interior e exterior. Para que as informações obtidas pudessem ser utilizadas como
parâmetros de avaliação, verifiquei qual o índice de predictibilidade dos padrões
identificados. Fiz uma contagem do fluxo de pessoas e veículos nas vias adjacentes ao CCDM
e depois cruzei esses dados com as medidas sintáticas extraídas dos mapas axiais e de
segmentos, obtendo uma ideia do grau de interferências que os padrões espaciais têm sobre
o uso do espaço imediato. As informações foram registradas e posteriormente comparadas
com as novas leituras sintáticas feitas após a proposição projetual, permitindo verificar se os
resultados corroboravam ou não as intenções de projeto. Apresento a seguir as primeiras
fases dessa operação, relacionadas ao reconhecimento do local: identificação dos padrões
espaciais existentes; contagem de fluxos; e definição da predictibilidade. A última fase, a
avaliação, apresento no capítulo dirigido aos resultados da proposta (Capítulo 3).

1.3.2.3.2 Mapeamento sintático


Produzi dois mapas de eixos para identificar os padrões configuracionais da área de
estudo, um relativo ao trânsito de veículos e outro relativo aos pedestres. Julguei necessário
estabelecer essa diferenciação por que a rede de caminhos oferecidas para pedestres no
Campus Central é mais densa do que a disponível para a circulação de veículos. Na escala da
cidade, as diferenças entre caminhos de pedestres e veículos talvez não seja tão
pronunciada, mas nos limites do Campus Central as diferenças são evidentes. O traçado
seguiu os percursos formalmente constituídos - seguindo a orientação do desenho da menor
quantidade das mais longas linhas - de modo a reduzir o impacto da subjetividade na
interpretação dos percursos e compatibilizar os dois conjuntos de dados. Além das calhas de
trânsito veicular foram incluídos à rede de linhas axiais: pátios de estacionamento, calçadas
independentes pavimentadas e trilhas em solo descoberto, desde que identificadas como de
uso contínuo pela comunidade universitária. Os traçados foram inseridos na estrutura
configuracional do município de Natal, mapa produzido por DONEGAN (2016), na versão

93
PROBLEMA DE PROJETO

atualizada em 2016 por LOPES (2018)52, e separados em dois mapas distintos, um para rede
veicular e outro para rede pedonal (Figura 45 e Figura 46).

Figura 45 - Linhas axiais para veículos e pedestres no Campus Central da UFRN

Fonte: Elaborado pelo autor, imagem de fundo do Google Maps.

A partir da rede veicular foram gerados dois mapeamentos: um axial e outro de


segmentos, e para rede pedonal foi gerado apenas o mapa de segmentos. Desses mapas foi
extraída uma série de medidas sintáticas para verificação. O objetivo foi obter um amplo
espectro de medidas para comparação com os dados coletados a partir da observação direta
da área de estudo. As medidas que apresentassem maior correlação com as observações
seriam selecionadas como referência para comparação com aquelas obtidas após as
intervenções projetuais. O Quadro 3 apresenta um resumo da configuração das medidas que
foram coletadas, identificando: o tipo de mapeamento da análise; o passo de profundidade
empregado; a medida extraída; os raios de alcance e os pesos utilizados no cômputo de
profundidades.

52
DONEGAN, Lucy. Qual é a sua praia? arquitetura e sociedade em praias de Natal/RN. Tese (Doutorado em
Arquitetura e Urbanismo) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
LOPES, Flávia M. N. S. Como era na favela? como é no conjunto? Dissertação (Mestrado em Arquitetura e
Urbanismo) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.

94
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 46 - Mapa de linhas axiais de Natal Donegan-Lopes (2016)

Fonte: LOPES (2018), adaptada pelo autor.

Quadro 3 - Medidas sintáticas extraídas da configuração presente do Campus Central

REDE VEICULAR
MAPA AXIAL SEGMENTO
PASSO TOPOLÓGICO TOPOLÓGICO ANGULAR
MEDIDA INTEGRAÇÃO CHOICE CHOICE INTEGRAÇÃO CHOICE NAIN NACH
n ● ● - - - - -
TOPOL.

3 ● ● - - - - -
13 ● ● - - - - -
RAIO

n - - ● ● ● ● ●
MÉTR.

400 - - ● ● ● ● ●
1500 - - ● ● ● ● ●
REDE PEDONAL
MAPA SEGMENTO
PASSO TOPOLÓGICO ANGULAR
MEDIDA CHOICE INTEGRAÇÃO CHOICE NAIN NACH
PADRÃO ● ● ● ● ●
n
RAIO MÉTRICO

MÉTRICO - ● ● ● ●
● ● ● ● ●
PESO

PADRÃO
400
MÉTRICO - ● ● ● ●
PADRÃO ● ● ● ● ●
1500
MÉTRICO - ● ● ● ●

Fonte: Elaborado pelo autor.

95
PROBLEMA DE PROJETO

Desse conjunto de dados, foram filtrados aqueles dos eixos e segmentos do entorno
do CCDM que estavam diretamente associados às posições de observações do levantamento
de campo. Ao todo, foram observados 24 passagens (portais), das quais todas podiam ser
associadas à rede pedonal e quatorze à rede veicular.

1.3.2.3.3 Levantamento de campo


A investigação direta da área de estudo ficou restrita à observação dos padrões de
fluxo. A disponibilidade de tempo e recursos levou a escolha de uma abordagem que
permitisse verificar a predictibilidade da estrutura configuração espacial para o CCDM, mas
também possibilitasse um emprego mais prático e direto da coleta e uso dos dados. Dentre
as técnicas usuais na SE, o método do "Portal" se mostrou o mais conveniente para
aplicação. O procedimento consiste na definição de uma linha imaginária (portal)
atravessando alguma via de circulação próxima a qual o observador se posiciona e
contabiliza a passagem de veículos ou pessoas. Há uma série de recomendações para
conduta operacional do método compiladas por Grajewski e Vaughan (2001). Adotei as
orientações fornecidas para o planejamento e coleta de dados.
Selecionei 24 pontos de observação (a recomendação mínima é de 25), procurando
incluir as vias que permitissem um contanto visual direto com o CCDM ou que estivessem
diretamente associadas a elas. Os portões foram agrupados em 13 postos de observação
(rotulados de A até L) que cobriam visualização integral de todas as 24 linhas de passagem
(Figura 47). As observações foram realizadas em rodadas de uma hora e trinta minutos
aproximadamente, passando por cada um dos postos, primeiro num sentido e depois
invertendo para compensar as diferença de tempo entre cada ciclo. As observações foram
filmadas para prevenir erros de contagem. O tempo de observação de cada posto foi de 5
minutos, nos intervalos entre 8 e 10 horas e 14 e 16 horas, ao longo das terças e quintas-
feiras. Esses horários e dias foram escolhidos por representarem posições mais centrais de
distribuição nos intervalos do dia e da semana, possibilitando a obtenção de amostras com
tendências intermediárias em relação aos seus respectivos extremos. Alguns fatores
também foram controlados para evitar desvios indesejados nas amostras: tempo, eventos, e
fluxo intermitente de paradas de ônibus. Não foram coletadas amostras: nos períodos
chuvosos ou com ameaça de precipitação; nos dias em que ocorriam congressos, palestras

96
PROBLEMA DE PROJETO

públicas, eventos culturais de alcance amplo ou períodos de recesso; no momento de


desembarque de ônibus, nos postos de observação adjacentes.

Figura 47 - Pontos de observação e eixos respectivos em cada mapa sintático

Fonte: Elaborada pelo autor.

Foram coletadas 11 amostras


Tabela 2 - Distribuição das amostras de fluxo coletadas para cada portão, distribuídas
conforme Tabela 2. As amostras não
tiveram uma distribuição uniforme por
que as condições de controle e a
disponibilidade pessoal para realizar os
levantamentos não permitiram. Foi
Fonte: Elaborada pelo autor.

97
PROBLEMA DE PROJETO

contabilizado como pedestre qualquer pessoa não utilizando algum meio mecânico de
transporte, todos os demais casos foram considerados como veículos (carros, caminhões,
ônibus, tratores e bicicletas - a incidência de modais diferentes de carro foi insignificante).
Os valores de fluxo obtidos para veículos e pedestres foram multiplicados por doze para que
fossem expressos por intervalo de hora (12 x 5min = 1h que foi o intervalo aproximado entre
o início e o final de cada ciclo de levantamento). Os valores médios de cada portão,
discriminados por veículos e pedestres, são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Média horária das amostras do fluxo de pessoas e veículos

A1 A2 B1 B2 B3 C1 D1 D2 E1 E2 F1 G1

 110 27 57 209 103 3 275 37 164 31 212 186

 - - 302 611 451 730 364 - 255 - 242 128

 G2 H1 I1 I2 J1 J2 J3 J4 J5 K1 K2 L1

 286 115 243 45 57 38 35 29 131 88 82 69

 157 143 224 - - - - - - 301 228 115

Obs.: os valores acima tiveram as casas decimais suprimidas (com arredondamento) para facilitar a leitura. Nos cálculos
estatísticos os valores foram incorporados com duas casas decimais.

Fonte: Elaborada pelo autor.

1.3.2.3.4 Validação e corelação dos dados


Para avaliar sua representatividade, os dados de fluxo coletados em campo foram
confrontados com as medidas extraídas dos mapas configuracionais através de
procedimentos estatísticos. Primeiro, realizei um de teste de hipótese para as médias de
fluxo de cada portão, considerando as medidas sintáticas dos mapas axial e de segmentos
como referência. Essa verificação inicial permitiu identificar quais medidas eram mais
representativas para o conjunto de dados coletados em campo. Apenas com as medidas
mais significativas, estabeleci em seguida o grau de representatividade das medidas
sintáticas, calculando índices de correlação entre essas medidas e os dados de fluxo de
pedestre e veículos. Por fim, realizei testes de hipótese para os índices obtidos afim de
confirmar ou refutar sua significância.
O teste das médias do fluxo de veículos e pedestres não foi realizado diretamente
com as medidas disponíveis, pois a operacionalização do cálculo estatístico exige que as
grandezas correlacionadas sejam equivalentes. Recorri a um artifício para relativizar os

98
PROBLEMA DE PROJETO

valores e tornar compatíveis as médias de fluxos com as medidas sintáticas dos mapas axiais
e de segmentos. Para o caso investigado, o mais relevante de um conjunto de amostras ou
medidas não é valor em si de cada unidade, mas a distância relativa de uma ao outra. Tomei
cada valor individual como uma parte do somatório de observações ou medidas,
convertendo-os num índice de representatividade, um percentual expresso de forma
decimal. Como exemplo, a Tabela 4 apresenta a relativização das médias coletadas para o
fluxo de veículos e as medidas sintáticas de choice_R1500 para análise angular do mapa de
segmentos veicular.

Tabela 4 - Relativização de médias amostrais e medidas sintáticas

PORTÕES B1 B2 B3 C1 D1 E1 F1 G1 G2 H1 I1 K1 K2 L1

 302 611 451 730 364 255 242 128 157 143 224 301 228 115

0,071 0,144 0,106 0,172 0,086 0,060 0,057 0,030 0,037 0,034 0,053 0,071 0,054 0,027
4251
7,1% 14,4% 10,6% 17,2% 8,6% 6,0% 5,7% 3,0% 3,7% 3,4% 5,3% 7,1% 5,4% 2,7%

O VALOR DE CADA MÉDIA (LINHAS AZUL E VERDE) É DIVIDO PELO RESPECTIVO SOMÁTÓRIO DAS MÉDIAS (TOTAIS). O
TOTAIS
RESULTADO É UM PERCENTIL QUE INDICA A POSIÇÃO RELATIVAS DE CADA MÉDIA NESSE TOTAL.

9,6% 11,8% 15,7% 10,3% 6,4% 6,2% 6,3% 0,2% 2,2% 4,6% 5,7% 10,1% 9,0% 1,9%
159678
0,096 0,118 0,157 0,103 0,064 0,062 0,063 0,002 0,022 0,046 0,057 0,101 0,090 0,019

CHOICE 15333 18793 25142 16388 10149 9844 10091 329 3568 7328 9048 16199 14449 3017

SEGM. V2b V1b V2a V1a V3a V4a V5a V6a V4b V7a V8a V9a V9b V10

Obs.: As médias do fluxo de veículos tiveram as casas decimais suprimidas (com arredondamento) para facilitar a leitura.
Nos cálculos estatísticos os valores foram incorporados com duas casas decimais.

Fonte: Elaborada pelo autor.

Nessas condições, o teste de hipótese das médias pode ser realizado. Como hipótese
nula considerei que, para um nível de significância de 5%, o valor relativo das médias
amostrais (parâmetro populacional) é igual ao valor relativo das medidas sintáticas (valor de
argumento), considerando os respectivos portões de observação. A hipótese alternativa é a
negação da hipótese nula. O cálculo utilizou como estatística de teste uma distribuição t com
10 graus de liberdade e distribuição bicaudal. As médias de fluxo de pedestres e veículos
foram confrontadas às medidas sintáticas de todos os mapas gerados, e os resultados
(Tabela 5) permitiram definir observações sobre a variação do dados e selecionar as medidas
mais representativas para referenciar a proposta projetual, ou seja, aquelas para as quais as
médias amostrais apresentam mais evidências de representatividade.

99
PROBLEMA DE PROJETO

Tabela 5 - Representatividade das médias amostrais

REPRESENTATIVIDADE DAS AMOSTRAS


MAPA
ANÁLISE MEDIDA VEÍCULOS PEDESTRES
LINHAS TIPO SIM NÃO SIM NÃO
INTEGRAÇÃO R3 4 10 17 7
INTEGRAÇÃO R13 4 10 15 9
INTEGRAÇÃO Rn 4 10 14 10
AXIAL TOPOLÓGICA
CHOICE R3 5 9 16 8
CHOICE R13 7 7 14 10
CHOICE Rn 7 7 15 9
INTEGRAÇÃO R400 7 7 18 8
INTEGRAÇÃO 1500 5 9 14 10
INTEGRAÇÃO Rn 3 11 14 10
CHOICE R400 4 10 14 10
VEICULAR CHOICE R1500 7 7 13 11
CHOICE Rn 6 8 15 9
ANGULAR
NAIN R400 5 9 15 9
SEGMENTO  NAIN R1500 5 9 15 9
NAIN Rn 3 11 14 10
NACH R400 6 8 14 10
NACH R1500 5 9 15 9
NACH Rn 5 9 14 10
CHOICE R400 4 10 14 10
TOPOLÓGICA CHOICE R1500 7 7 15 9
CHOICE Rn 7 7 12 12
INTEGRAÇÃO R400 4 10 19 5
INTEGRAÇÃO R1500 5 9 18 6
INTEGRAÇÃO Rn 3 11 18 6
INTEGRAÇÃO R400n peso extensão 3 11 19 5
INTEGRAÇÃO R1500 peso extensão 6 8 18 6
INTEGRAÇÃO Rn peso extensão 3 11 18 6
CHOICE R400 3 11 21 3
CHOICE R1500 8 6 18 6
CHOICE Rn 4 10 16 8
CHOICE R400 peso extensão 3 11 21 3
CHOICE R1500 peso extensão 3 11 16 8
CHOICE Rn peso extensão 4 10 15 9
ANGULAR
NAIN R400 3 11 18 6
PEDONAL  SEGMENTO NAIN R1500 5 9 18 6
NAIN Rn 3 11 18 6
NAIN R400 peso extensão 3 11 19 5
NAIN R1500 peso s extensão 5 9 18 6
NAIN Rn peso extensão 3 11 18 6
NACH R400 4 10 19 5
NACH R1500 6 8 18 6
NACH Rn 6 9 18 6
NACH R400 peso extensão 5 9 18 6
NACH R1500 peso extensão 6 8 18 6
NACH Rn peso extensão 4 10 18 6
CHOICE R400 4 10 20 4
TOPOLÓGICA CHOICE R1500 8 6 20 4
CHOICE Rn 4 10 17 7

Fonte: Elaborada pelo autor

100
PROBLEMA DE PROJETO

As médias amostrais do fluxo de veículo se mostraram mais associadas às medidas de


choice, tanto quanto maior é o raio de alcance das medidas, não apresentando diferença
relevante em função do tipo de investigação - os resultados foram similares em todos os
mapas axiais e de segmentos, tenha a análise sido angular ou topológica. O raio de 13 passos
topológicos ou 1500 metros, um pouco além dos limites do Campus Central53, apresenta a
associação mais recorrente, indicando a relevância estrutural das vias em torno do CCDM
como local de passagem no contexto da vizinhança. Essa associação sustenta as observações
de Onofre (2008) e Sarmento (2017), que identificam a quadra central do campus (CCDM)
como uma local de articulação e referência na UFRN.

A medida choice também é a que mais se destaca na associação às médias de fluxo


de pedestre, particularmente no mapa de segmentos da malha pedonal, nos raios locais de 3
passos topológicos e de 400 metros. Porém, as medidas de integração, em todos os raios de
alcance, apresentaram valores expressivos, indicando a possibilidade do grau de
acessibilidade do CCDM não ser uma característica predominantemente associada à sua
escolha como local de articulação entre origens e destinos nos limites do Campus Central -
propriedades referida por Hillier (1987) como interface de movimento. Uma correlação
(Pearson) entre as medidas de
Figura 48 - Correção entre medida de integração e choice.
integração e choice para o raio
de 400m no mapa de
segmentos pedonal apresenta
54
um índice significativo
(Figura 48). Ampliando essa
análise, investiguei as mesmas
medidas através do Depthmap,
abrangendo um maior número
de segmentos. Primeiro incluí
todos os segmentos do
Fonte: Elaborada pelo autor.
entorno imediato da quadra do

53
A UFRN tem uma profundidade topológica de aproximadamente 10 passos e a maior linha interna traçada
dentro dos seus limites cobre uma extensão de aproximadamente 1.900 metros.
54
Al_Sayed et al. (2014) diz que correlações elevadas apresentam índices iguais ou maiores que 0,65 e
correlações moderadas possuem valor em torno de 0,4.

101
PROBLEMA DE PROJETO

CCDM. O índice de correlação ficou igual a 0,56. Em seguida, incluí todo o Campus Central e
alguns segmentos adjacentes. O índice de correlação ainda se manteve significativo, com o
valor próximo a 0,49. Realizando essa mesma operação para R1500, obtive respectivamente
os valores de correlação 0,56 e 0,61. Essas características da quadra central do CCDM me
levaram à investigação adicional do grau de inteligibilidade dessa estrutura, ou seja, a
relação entre conectividade e integração topológica do sistema. Essa correlação só foi
possível no mapa axial da malha veicular (onde as variáveis estavam disponíveis). Incluindo
as linhas axiais do entorno imediato do CCDM, o índice de correlação entre a conectividade e
a medida de integração R3 ficou igual a 0,69. Considerando todas as linhas axiais do Campus
Central e mais algumas adjacentes, o valor da correlação reduziu 0,4 para R3 e 0,14 para R13
(Figura 49). Esses dados reforçam a percepção do entorno do CCDM como local de
referência, suas conexões com a rede de deslocamentos na UFRN permitem uma orientação
adequada sobre como navegar pelo Campus Central.

Figura 49- Correlação entre medidas: inteligibilidade e interface de movimento

SEGMENTOS INCLUÍDOS NA CORRELAÇÃO SEGMENTOS INCLUÍDOS NA CORRELAÇÃO


CAMPUS QUADRA CAMPUS QUADRA
CENTRAL DO CCDM CENTRAL DO CCDM

R² = 0,49 ← NTEGRAÇÃO R400 x CHOICE R400 → R² = 0,56 R² = 0,40 ← INTEGRAÇÃO R3 x CONECTIVIDADE → R² = 0,69
R² = 0,36 ← NTEGRAÇÃO R1500 x CHOICE R1500 → R²= 0,61 R² = 0,14 ← INTEGRAÇÃO R13 x CONECTIVIDADE → R²= 0,23

MAPA DE SEGMENTOS DA MALHA PEDONAL MAPA AXIAL DA MALHA VEICULAR


ANÁLISE ANGULAR ANÁLISE TOPOLÓGICA

Fonte: Elaborada pelo autor.

O mapa de segmentos pedonal foi o que apresentou a maior quantidade de médias


amostrais associadas às medidas sintáticas. Nesse mapeamento, duas medidas se
destacaram para conjunto de médias. Para amostras do fluxo veicular a mais significativa foi

102
PROBLEMA DE PROJETO

a choice R1500 da análise angular e a choice 1500 da análise topológica, e para amostras do
fluxo de pedestres a mais significativas foi a choice R400 e a choice R400 com peso de
extensão, ambas provenientes da análise angular. Para montar a delimitação referencial
para avaliação do projeto, desconsiderei a medida da análise topológica, pois essa análise
não oferece medidas normalizadas, que devem ser utilizadas na comparação entre
configurações distintas. Assim adotei como referência o mapa de segmentos pedonal com
análise angular e as medidas sintáticas choice R400 e choice R1500.
Com essa delimitação, retomei essas medidas mais significativas e verifiquei o seu
grau de correlação como as respectivas médias amostrais. O objetivo foi obter um índice
para verificar o potencial impacto das alterações projetuais (predictibilidade). Empreguei a
correlação de Spearman (r), pois a quantidade de dados coletados não permite a utilização

de uma curva de distribuição normal, condição para a adoção da correlação de Pearson (R)
(exige trinta amostras no mínimo). A correlação de Spearman entre a média do fluxo de
veículos e a medida choice R1500 foi de 0,56 e o mesmo índice para correlação entre a
média do fluxo de veículos e as medidas choice R400 e choice R400 com peso de extensão
foram respectivamente 0,87 e 0,33. Realizei testes de hipótese das correlações para verificar
a probabilidade dos resultados, para um nível de significância de 5% e adotando como
estatística de teste uma distribuição t com 10 graus de liberdade e distribuição bicaudal. Por
princípio, o teste de hipótese de correlações assume como hipótese nula que a relação entre
as variáveis não é significativa. Considerei como hipótese alternativa apenas a diferença da
hipótese nula. Para o fluxo de veículo é possível afirmar que há evidências da sua correlação
com as medidas de choice R1500, a um grau de 0,56 pelo índice de Spearman. No caso do
fluxo de pedestres, a correlação de 0,87 com a medida choice R400 se mostrou como
improvável, porém, quando comparada à medida choice R400 com peso de extensão (0,33
de índice) o teste indicou que há evidência das relação entre as variáveis.
Essa última investigação mostrou que o projeto pode ter um impacto de moderado a
alto sobre o fluxo de veículos. Estes não foram incluídos como prioridade para o projeto,
porém as análises realizadas indicam que as intervenções não poderiam ignorar o potencial
de articulação das vias no entorno do CCDM, sob pena de prejudicar a orientação dos
visitantes motorizados. Já quanto ao fluxo de pedestres, só foi possível assumir, de forma
criteriosa, uma correlação abaixo de moderada com as medidas de choice e a existência de
uma possível relevância das distâncias métricas sobre o ir e vir dos usuários no Campus.

103
PROBLEMA DE PROJETO

Contudo, os resultados podem, de forma geral, estar refletindo a baixa quantidade de dados
coletados. Cogito que a correlação do fluxo de pedestres com a choice R400 (0,87) seja
apenas um resultado atípico, com probabilidade muito baixa de ocorrer - o que
estatisticamente poderia se enquadrar no denominado erro do tipo 1. A correlação entre o
fluxo de pedestres e as medidas sintáticas são mais fortes do que as existentes para o fluxo
de veículos, e o conjunto da representatividade das médias sustenta essa possibilidade.
Contudo, assumo os limites que as condições desse trabalho permitiram e adoto como
referência para avaliação projetual o mapa de segmentos pedonal e suas medidas sintáticas
choice R1500, com predictibilidade de 0,56, e choice 400, com predictibilidade de 0,33
(Figura 50 e 53).

Figura 50 - Correlação entre fluxo de veículos e medida choice R1500

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap, QGIS e Excel.


104
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 51 - Correlação entre fluxo de pedestres e medida choice R400

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap, QGIS e Excel.

1.3.2.3.5 Análise de visuais


Como alertou Hanson (1999 apud TURNER et al., 2001) a acessibilidade de um espaço
não é atributo ligado apenas à existência de caminhos, mas também à possibilidade de
percepção desses caminhos. A visão antecipa possibilidades: da conversa com um amigo que
percebemos se aproximar já a cinquenta metros de distância; da escolha de trajeto para
alcançar da modo mais prático a livraria na extremidade da praça; da fuga preventiva de um
risco que antecipamos; ou simplesmente a oportunidade de ficar a ver a banda, pessoas,
pássaros e tudo mais que passa. A visão antecipa a integração. As obstruções são
fundamentais à constituição dos lugares - oferecem a sua delimitação - mas também são
restrições de possibilidades. Compreender as potencialidades das visuais do CCDM

105
PROBLEMA DE PROJETO

complementa as informações obtidas através dos mapas axiais e de segmentos e amplia a


referência de avaliação projetual, oferecendo mais evidências para constituição de um
espaço mais integrado.
A análise de visuais envolveu duas técnicas: isovistas e VGA, e o seu objetivo
específico foi investigar o grau de contato visual existente entre o interior da edificação e o
entorno imediato. Duas imagens resultaram desse estudo, uma apresentando que áreas do
entorno são possíveis observar desde o interior do CCDM (isovistas) e outra que forneceu
medidas de integração de pontos de vista uniformemente distribuídos no espaço (VGA). O
processo de obtenção dessas imagens foi repetido após a proposição projetual e os grupos
de informação foram comparados para validar as intervenções.
Para construção das isovistas defini um caminho de 155 metros ao longo do interior
do CCDM, na direção longitudinal (sul-norte), na posição central das áreas de circulação.
Segmentei esse percurso a espaços regulares de quinze metros, obtendo onze pontos de
observação. Para garantir a maior cobertura de campo, quando as aberturas não eram
atravessadas por visuais, ou ajustei a posição dos pontos de observação ou acrescentei
novos, o que totalizou ao fim treze pontos. Em cada posição, foi construída, de modo
sequencial, uma isovista com varredura de 360° (Figura 52).
A sequência de isovistas indica que a visibilidade do entorno a partir do interior do
CCDM é restrita e o próprio reconhecimento dos setores internos é fragmentado, não sendo
possível, de qualquer ponto de vista, obter uma compreensão geral da configuração interna.
Caminhando pelo interior do CCDM a visão do entorno é como um olhar entre frestas. Os
ângulos de visão mais privilegiados alcançam uma abertura máxima em torno de 45° entre
os elementos construídos (posição 3 e 7) - existem pontos com ângulos maiores (posição 10
e 11), mas estes não são propriamente área internas. Para ter ciência das principais partes
do CCDM, uma pessoa precisa, na melhor das condições (sentido sul-norte), percorrer mais
da metade do percurso (da posição 1 a 5). No sentido inverso (norte-sul) é necessário
percorrer quase a extensão total do trajeto para atingir o mesmo resultado (da posição 11 a
3). A conformação das isovistas permite entender a percepção de Pereira e Nobre (2007),
que interpretam essa configuração espacial como resultado de um "efeito shopping", algo
que pode ser descrito como uma negação do exterior. Essa característica de reclusão em
relação ao entorno também está expressa na VGA realizada com a edificação.

106
PROBLEMA DE PROJETO

Figura 52 - Sequência de isovistas pelo interior do CCDM

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap.


107
PROBLEMA DE PROJETO

A aplicação da VGA exigiu a definição de um raio limite de alcance visual, o que


certamente influencia os resultados da análise, contudo, para o perímetro estabelecido, as
observações se mantém válidas para comparação de configurações internas distintas. A VGA
oferece a possibilidade de calcular medidas de integração equivalentes às obtidas em mapas
axiais e de segmentos, contudo os cálculos empregados operam com um grau de resolução
mais elevado. Enquanto a conectividade média do mapa de segmento pedonal analisado foi
de 4,19, o mesmo atributo no mapeamento VGA é igual a 4222,48. Não havendo
disponibilidade de tempo ou de um super computador, é preciso reduzir o tamanho do
mapeamento à capacidade de processamento de um equipamento convencional. Defini os
limites desse mapeamento utilizando as curvas de nível do terreno. Adotei como critério um
corte no relevo a dois metros de altura a partir do piso do CCDM. Considerei que esse nível
seria um critério adequado de delimitação visual para um adulto no interior da edificação.
Apenas o limite noroeste do mapeamento não foi definido pelo nível de corte. O alcance
visual nessa direção é mais profundo que o indicado, porém a vegetação e outras barreiras
existentes nessa porção do espaço são obstáculo que podem justificar a delimitação
arbitrada. A avaliação para qual serviu o mapeamento teve sua atenção voltada para o

Figura 53 - VGA do CCDM com limite a dois metros do piso.


interior da edificação e, nesse caso,
as respectivas posições sofreram
uma influência menor dos limites
do mapeamento. Os resultados da
VGA para a medida de integração
(Figura 53), confirmam os atributos
já observados através das isovistas.
A configuração do CCDM tende a
reduzir a integração dos pontos de
observação do seu espaço interno.
Essa característica está relacionada
a percepção de inconformidade do
CCDM como um espaço de convívio
e a intervenção proposta procurou
superar essa limitação.
Fonte: Depthmap, adaptado pelo autor.
.

108
PROBLEMA DE PROJETO

1.4 PODERES
Na concepção de Holanda (2016, p. 58), poderes é uma determinação que está
relacionada à capacidade de realização ou mobilização, ao potencial de atuar ou interferir
sobre o curso de determinado acontecimento. No contexto da arquitetura, essa capacidade
é comumente distribuída entre três domínios: o do contratante do projeto ou construção,
identificado como cliente; o dos fornecedores de recursos para execução das atividades, que
envolve instituições financeiras, fabricantes, proprietário do solo, dentre outros; e do
regulador do exercício de prestação do serviço e uso do solo, domínio conferido
prioritariamente ao Estado. Cada domínio possui uma estratégia prioritária, mas não
exclusiva, de interferência sobre o processo, estabelecida pela natureza predominante da
sua atuação. Definir limites diretos ao processo por meio de contratos ou leis é um exemplo
de atuação política; barganhar condições baseando-se na capacidade de oferecer recursos
de acesso restrito (dinheiro, solo ou matéria-prima) é um exemplo de atuação econômica; e
influenciar os valores e saberes de uma sociedade, comumente se valendo dos poderes
político e econômico, é um exemplo de atuação ideológica. O poder possui uma natureza
diversa - política, econômica e ideológica - e observar como cada domínio atua sobre o
processo de produção da arquitetura exige uma delimitação conceitual que escapa aos
objetivos desse trabalho. Prezando pela objetividade, observei a variável do poder pela
vertente dos domínios de atuação, considerando apenas aqueles que estiveram presentes
no contexto desse exercício projetual, a saber: o cliente e o Estado, e que apresentaram
restrições declaradas ao projeto através de dispositivos de regulação. O cliente,
representado pelo PPAPMA (caracterização atípica desse domínio), teve suas restrições
declaradas no regimento e atividades curriculares, enquanto o Estado, em seus diversos
níveis, tem suas determinações expressas por meio de um conjunto de regulamentos sobre
o uso e ocupação do solo. Selecionei aqueles pertinentes à proposta projetual: Plano Diretor
do Município de Natal; Código de Obras do Município de Natal; Plano Diretor da UFRN;
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico; Regulamento Técnico da Qualidade para o
Nível de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (RTQ-C).

1.4.1 Cliente

O cliente costuma ser a parte que desencadeia o início do processo projetual, pois é
ele quem demanda uma resolução e oferece os problemas e restrições iniciais para o

109
PROBLEMA DE PROJETO

desenvolvimento do projeto. Apesar de essa ser a imagem típica do cliente, nem sempre é a
mais adequada para descrever os diferentes graus de proatividade com os quais nos
deparamos. No caso desse trabalho, o cliente (PPAPMA) não ofereceu a demanda central do
problema projetual, mas definiu limites ao processo de trabalho que são variáveis
pertinentes ao contexto de projeto. Tais delimitações foram relativas à área de
concentração, ao cronograma e processos operacionais.
O PPAPMA oferece três linhas de concentração dentre as quais o projeto deve se
associar desde a proposta de ingresso no programa. As linhas de concentração são: projeto
de arquitetura; morfologia e usos da arquitetura; e conforto ambiental e eficiência
energética. Optei vincular o projeto de requalificação do CCDM ao contexto da linha de
concentração "morfologia e usos da arquitetura", cujo escopo assim delimita:

investiga as relações entre forma e usos do ambiente construído, e entre


Percepção e Comportamento Ambientais, através da aplicação de técnicas de
representação, simulação, observação e análise do espaço e dos atributos físicos
que o define em termos funcionais e simbólicos; mantém estreita interface com a
linha de pesquisa em Projeto de Arquitetura porque gera conhecimento que
contribui para orientar a produção arquitetônica com especial enfoque para o
entendimento de novas formas de apropriação espaciais e de possibilidades de
reusos de ambientes tradicionais e históricos.

Essa definição não teve implicações para o tema de trabalho (requalificação de


centro de convivência universitário), mas delimitou a escolha da base conceitual que
orientou as decisões e justificativas da proposta. A Sintaxe do Espaço ofereceu os conceitos
e instrumentos que foram utilizados para análise do resultados e tomada de decisões no
projeto (seção 0).
Quanto aos processos de trabalho, há um rito pedagógico que sugere a adoção de
procedimentos específicos para exploração do tema e para fase de concepção. Esse rito
envolve: estudo de precedentes, definição de um conceito, desenvolvimento de um
programa de necessidades, montagem de uma maquete, e elaboração de um estudo de
ocupação (Capítulo 2). Todas essas operações, realizadas no contexto curricular do
programa, estimularam a progressiva produção de resultados.

110
PROBLEMA DE PROJETO

1.4.2 Regulamentos

1.4.2.1 Plano Diretor do Município de Natal

A Lei Complementar n° 82, de 21 de junho de 2007, estabelece os limites para uso e


ocupação do solo no município de Natal, definindo parâmetros de construção, ocupação,
permeabilidade, recuos e gabarito com base na definição de zonas de interesse especial
sobre a divisão administrativa de bairros. Para o Campus Central da UFRN, situado no bairro
de Lagoa Nova, estão prescritas as seguintes condições: coeficiente de aproveitamento55
máximo de três (excluindo áreas não computáveis); ocupação máxima de oitenta por cento
(subsolo, térreo e segundo pavimento); taxa de impermeabilização máxima de oitenta por
cento; recuos mínimos de três metros para faces frontais e um vírgula cinco metros para
faces laterais ou de fundos, considerando acréscimos na razão de um décimo da altura da
edificação acima do segundo pavimento; e controle de gabarito de quatro pavimentos,
especificamente na área de implantação do CCDM. Nem todas essas prescrições podem ser
aplicadas ao Campus Central, pois as prerrogativas da autonomia universitária permitem que
a UFRN possua uma política de ocupação própria, desde que não ultrapasse os limites da lei
municipal. É preciso examinar o Plano Diretor da UFRN para identificar quais condições são
mais restritivas.

1.4.2.2 Plano Diretor da UFRN

O Plano Diretor na UFRN foi instituído através da resolução 028/2007 do Conselho de


Administração (CONSAD) em 8 de novembro de 2007. O plano estrutura a gleba do Campus
Central em seis zonas territoriais, mas para efeito dos cálculos de ocupação, adota
preferencialmente outras unidades de referência denominadas de Sub-Zonas ou Áreas
Especiais (AE). O CCDM está situado na Área Especial 1 (AE1), identificada como Área
Simbólica, na qual os índices urbanísticos são mais restritivos, correspondendo ao máximo
de 50% para área construída e ao mínimo de 50% para área permeável. Segundo dados da
INFRA de março de 2016 (apud COSTA, 2017, p. 73), a AE1 possui uma superfície total de
97.139,35 m², na qual 23.922,25 m² (24,63%) são área construída, 34.582,62 m² (35,60%)
são área permeável. O Plano Diretor do Campus estabelece que nas Áreas Especiais,

55
O Plano Diretor estabelece um coeficiente de aproveitamento básico igual a 1,2 para todo o município de
Natal. Baseado na condições de sua infraestrutura, alguns bairros possuem limites de construção acima do
aproveitamento básico, porém sob a condição de outorga onerosa.

111
PROBLEMA DE PROJETO

quadras, passeios, estacionamentos, enfim qualquer superfície impermeabilizada deve ser


considerada como área construída para efeito de cálculo. Nessas condições, o estoque de
área para ampliação na AE1 é deficitário. Na configuração atual, de acordo com as definições
do Plano Diretor, não é possível ampliar a área construída da Zona Central. Evidentemente
essa restrição não foi obedecida, mas para não escapar à aplicação da regra, as prescrições
foram observadas considerando os limites da quadra do CCDM.
Quanto às restrições de gabarito da AE1, estas seguem as definições do Plano Diretor
de Natal, que estabelece um limite de quatro pavimentos acima do nível de implantação da
edificação. Não existe uma declaração objetiva para altura de pavimento nos planos
diretores e para definir um valor, adotei como referência os edifícios mais altos localizados
na vizinhança: a Biblioteca Central e a Reitoria. As duas edificações têm uma altura
aproximada de quinze metros acima do nível de implantação do CCDM, gabarito que
corresponde a um pavimento em torno de 3,75 m de altura. Esse valor é próximo ao
adotado por Costa (2017) na sua proposta arquitetônico para o CCDM, que foi baseada nas
orientações da cartilha do Ministério da Educação de 2002 para espaços educativos do
ensino fundamental.
As prescrições de recuo do Plano Diretor da UFRN também são mais restritivas do
que as do município e possui três diretrizes. A primeira, que não se aplica ao projeto,
estabelece um recuo mínimo de dez metros em relação ao anel viário do campus e as
demais definem distâncias mínimas para organização interna sob dois contextos: a distância
mínima das edificação às vias integrantes do sistema viário interno deve ser de três metros;
e a distância entre edificações vizinhas não deve ser inferior a seis metros (a partir da
projeção das coberturas).

1.4.2.3 Código de Obras do Município de Natal

O Código de Obras de Natal, Lei Complementar n° 55 de 27 de janeiro de 2004,


aprofunda as regulamentações do plano diretor municipal, estabelecendo normas
específicas para obras de construção, ampliação, reforma ou demolição. As disposições do
Código de Obras são variadas e abrangentes, em grande parte relativas às condições de
circulação ou conforto ambiental nas construções. Desse conjunto, algumas são recorrentes
e exigem atenção contínua através dos projetos. Destaco as seguintes:

112
PROBLEMA DE PROJETO

 Acessibilidade - atender a NBR 9050 (norma brasileira de acessibilidade a edificações,


mobiliário, espaços e equipamentos urbanos);
 Calçadas - largura mínima de 2,50 m, nunca inferior a 1,20 m;
 Aberturas - mínimo de um sexto para ambientes de longa permanência e um oitavo para
ambientes de permanência transitória, sendo dispensado para depósitos, circulação
inferior a cinco metros quadrados e locais tecnicamente justificados;
 Compartimentos - área mínima de 2,40 m, menor dimensão de 1,20 m e pé-direito
mínimo de 2,40 para banheiros. Área mínima de 10 m², menor dimensão de 2,60m e pé-
direito mínimo de 2,50 m para locais de trabalho.
 Estacionamento - uma vaga para cada cinquenta metros quadrados de área construída,
com dimensões de 2,50 x 5,00m. Prever área de embarque e desembarque.

1.4.2.4 Código de Segurança contra Incêndio e Pânico

O Código Estadual de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Rio Grande do Norte


(CESIP) dispõe sobre os requisitos mínimos e as medidas de segurança indispensáveis à
prevenção e proteção das edificações e áreas de risco. As medidas de proteção são definidas
a partir de critérios de ocupação, altura e carga de incêndio das edificações56 e se encontram
detalhadas através dos pareceres, resoluções e instruções técnicas emitidas pelo Corpo de
Bombeiros. Classifiquei a proposta do CCDM, como ocupação do grupo C (comercial), divisão
C-2 (comércio com média e alta carga de incêndio). Uma vez que não existe uma categoria
de ocupação específica para centros de convivência nas instruções técnicas do Corpo de
Bombeiros, essa opção foi a mais adequada. Os usos previstos para o CCDM são na maioria
associados a atividades de serviço ou comércio (bancos, livrarias, farmácia, correios, apoio à
saúde, restaurante etc.), permitindo caracterizar sua ocupação como similar a de uma
galeria comercial. Outra semelhança é que, considerando a carga de incêndio específica dos
usos previstos para o CCDM, a média obtida é um valor que se aproxima daquele
correspondente a ocupação C-2. A altura, baseada no de limite gabarito (4 pavimentos) foi
especificada como tipo IV (edificação de média altura, entre 12 m e 23 m) e o risco quanto à
carga de incêndio, definido pelo método probabilístico para ocupação C-2 (800 MJ/m² -
megajoule por metro quadrado) foi classificado como médio (entre 300 e 1200 MJ/m²). Com

56
Soma das energia calorífica liberada pela combustão completa de todos os materiais combustíveis
em um espaço. (Instrução Técnica 14/2018).

113
PROBLEMA DE PROJETO

base nesses parâmetros as medidas de segurança contra incêndio para o CCDM deve
contemplar: condições de acesso da viatura; segurança estrutural contra incêndio;
compartimentação horizontal; compartimentação vertical; controle de materiais de
acabamento; saídas de emergências; brigada de incêndio; iluminação de emergência; alarme
de incêndio; sinalização de emergência; extintores; e hidrantes e mangotinhos. As medidas
prescritas pelo CESIP tem implicações que podem afetar a distribuição e dimensionamento
de espaços, mas a proposta para o CCDM é de uma construção com baixa compactação, com
espaços amplos e abertos, com tolerância suficiente para suportar a instalação de sistemas
complementares e permitir ajustes quando necessário.

1.4.2.5 Instrução Normativa 02/2014 do Ministério do Planejamento

A crise do petróleo na década de 1970 colocou definitivamente em evidência os


efeitos que a escassez de recursos naturais pode causar às economias nacionais, tornando o
binômio desenvolvimento e meio ambiente um tema de discussão mundial. Várias nações,
por iniciativa unilateral ou mobilizadas por acordos internacionais, criaram políticas com o
objetivo de reduzir o impacto ambiental das atividades produtivas. Nesse contexto, medidas
de eficiência energética em prédios públicos ganharam destaque, uma vez que
demonstravam o compromisso dos governos com a questão ambiental e serviam como
indutores para iniciativas privadas. Desde 1985, existe no Brasil o Programa de Conservação
de Energia Elétrica (PROCEL), mas foi no início do século XXI que a eficiência energética se
tornou uma política nacional, através da Lei 10.295 de 17 de outubro de 2001 (Lei de
Eficiência Energética), regulamentada pelo Decreto 4.059, de 19 de dezembro de 2001. Com
base nesses dispositivos e nas regulamentações, comissões e programas que a seguiram, o
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação, emitiu em 2014 a instrução normativa número dois (IN SLTI-MP
n° 2/2014), que prevê para os projetos de edificações públicas federais acima de quinhentos
metros quadrados, a obtenção da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE)
classe A. O procedimento de etiquetagem envolve a avaliação do desempenho de três
aspectos de uma edificação: envoltória, iluminação e sistema de condicionamento de ar,
mas a IN SLTI-MP n° 2/2014 faz uma distinção entre projetos de construção e de reforma
(retrofit). Nos projetos de construção a etiquetagem deve ser geral, contemplando todos os
aspectos relacionados, enquanto nas reformas, a etiquetagem pode ser parcial e

114
PROBLEMA DE PROJETO

opcionalmente restrita à envoltória, desde que não inviabilize a obtenção das demais no
futuro. Nesse caso, a proposta projetual para o CCDM fica obrigada à condição mínima de
aquisição da ENCE classe A parcial para envoltória, sem prejuízo da possibilidade de
etiquetagem para os sistemas de iluminação e de condicionamento de ar.
As exigências para etiquetagem são definidas pelos Requisitos Técnicos da Qualidade
para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C).
Segundo o manual de aplicação (INMETRO, 2016), os requisitos são avaliados
separadamente, empregando um método prescritivo ou de simulação, e depois reunidos
numa equação geral de classificação. A envoltória é classificada a partir de um conjunto de
índices associados às seguintes características físicas da edificação: elementos de vedação
(superfícies e aberturas); volume; área de piso e orientação das fachadas. A proposta
projetual do CCDM foi apoiada sobre recomendações gerais para construção no município
de Natal (seção 1.1.2), inclusive sujeitando à verificação algumas decisões projetuais - a
exemplo do sobreamento de superfícies (seção 2.3) - contudo, os resultados alcançados não
foram submetidos ao procedimento de avaliação para obtenção da ENCE. A avaliação da
etiquetagem não fez parte do escopo de verificação analítica do trabalho (seção 0) e, ainda
que quisesse incluí-la, o grau de detalhamento necessário à sua implementação tornaria o
cronograma inviável. As soluções adotadas no CCDM resguardaram recomendações em
favor da eficiência energética da envoltória, contudo a comprovação analítica dessa
aplicação está além dos objetivos do trabalho.

115
PROPOSIÇÃO

2 CONCEPÇÃO
Hillier (2007) observa que a teorização na atividade projetual da arquitetura possui
duas vias de aplicação, cada uma com natureza e atribuições distintas. Por um lado, há as
"teorias de possibilidades", abordagens dirigidas aos modos de estruturar a pesquisa no
campo das possibilidades formais e, por outro, existiriam as "teorias de conhecimento",
abordagens cujo papel seria o de assegurar a objetividade das intenções de projeto. Nesse
capítulo, tratarei das abordagens relativas à pesquisa das possibilidades formais,
apresentando os procedimentos, caminhos e escolhas que adotei até encontrar o núcleo
formal a partir do qual desenvolvi o projeto.
Quando trata da fase projetual da geração de soluções, Hillier (2007) identifica
apenas duas abordagens: a solução tipológica e o estilo pessoal. O emprego de soluções
tipológicas envolve o reconhecimento de padrões formais e espaciais (genótipos) resultantes
da transmissão de soluções forma-função culturalmente estabelecidas (HILLIER, 2007, p.
336) e seu reconhecimento na prática projetual é ilustrado pela usual pesquisa de
precedentes, exemplos de soluções para um tipo particular de problema. Porém, a ideia de
tipologia não remete ao emprego direto de modelos ou exemplos, mas à percepção de um
ou mais aspectos compartilhados por uma variedade de soluções (fenótipos). A tipologia é
um campo aberto, oferecendo mecanismos cognitivos pelos quais o projetista pode
estruturar o campo de pesquisa formal. Sua aplicação pode ocorrer de modo explícito, com a
revisão consciente de precedentes, ou de modo implícito, com o uso não reconhecido de
exemplos para estruturar a busca de soluções. Na abordagem tipológica, os resultados
podem ser mais progressistas ou conservadores, porém o universo de possibilidades tende a
ser mais restrito, por que é definido em função da assimilação ou negação de um referencial
construtivo. Já o estilo pessoal oferece a possibilidade de ultrapassar essa limitação.
Segundo Hillier (2007, p. 336), o estilo pessoal é o aspecto reconhecível na forma e espaço
projetados de um princípio comum de estruturação de meios próprios. Esse conceito não
deve ser confundido com o emprego corrente da palavra estilo que se refere à classificação
de soluções arquitetônicas segundo sua aparência formal. Como definido, o estilo pessoal é
mais um procedimento, um modo de estruturar o campo da pesquisa formal que amplia as
possibilidades oferecidas pelo emprego de soluções tipológicas. Essa definição se aproxima
ao que Lawson (2011, p.153) denomina de princípios condutores: recursos abstratos de

116
PROPOSIÇÃO

estruturação do pensamento para projetar, "quer representem uma coletânea de ideias


desarticuladas, quer uma filosofia coerente, quer uma teoria do ato de projetar [...]". Em
termos mais diretos, trata-se do modo próprio a cada projetista de avançar no
conhecimento de resolução de problemas projetuais e que pode envolver: premissas morais,
visões sobre o futuro, preocupações ambientais, coparticipação criativa, regras estéticas,
padrões simbólicos, dentre outras.
Neste trabalho é possível identificar a ocorrência de ambas as estratégias: tipologia e
estilo pessoal, ambas conduzidas essencialmente de forma intuitiva, holística e não
discursiva, ou em outros termos, não envolvendo o emprego de um pensamento racional
que procurasse encontrar uma resposta formal direta a cada especificidade do problema
projetual. A pesquisa de precedentes foi uma das atividades prévias ao desenvolvimento do
projeto, realizada ainda no contexto das atividade curriculares do programa de mestrado,
porém a tipologia adotada para pesquisa formal não surgiu da análise dos exemplares
revisados. Esses exemplares (seção 1.3.1) são observados antes como ilustrações ou imagens
explícitas do que reconheço como os precedentes efetivos do trabalho, um rol de
concepções que remetem a meu repertório formal como projetista (seção 1.2.2). Quanto ao
estilo ou princípios condutores, não identifico a explícita aplicação de qualquer sistema
dirigido à composição formal, observo apenas a presença contínua ao longo do processo
projetual de algumas orientações, relacionadas aos objetivos do projeto, que permearam a
experimentação e tomada de decisão, dentre as quais posso citar: ampliação do alcance e
abertura dos campos visuais; incremento da possibilidade de encontros entre pessoas;
favorecimento de estratégias passivas para promoção do conforto ambiental; primazia ao
deslocamento de pedestres; constituição de um marco visual; preservação e aumento das
possibilidades de apreciação da paisagem.
Para além das estratégias e de modo mais objetivo, foram empregadas algumas
táticas de projeto. As táticas são recursos operativos usados para controlar a direção do
pensamento (LAWSON, 2011, p. 187-188) e rementem a práticas usuais adotadas por
projetistas para estimular a concepção de ideias. Algumas dessas tácticas têm amplo
reconhecimento no meio projetual e são aplicadas de modo consistente na grade dos
programas de ensino da arquitetura. O desenho é o instrumento fundamental na exploração
de ideias arquitetônicas, mas as pesquisas na área de projeto têm evidenciado outras
modalidades de manipulação desse conteúdo. Os estudos sobre concepção de produtos que

117
PROPOSIÇÃO

se desenvolveram desde a década de 1960, revelaram a recorrência do uso de analogias nos


processo de concepção de projetos, e seguindo essa percepção, o estudo de precedentes se
tornou uma prática recorrente nos trabalhos de conclusão de curso em arquitetura
(VELOSO, 2009). Outro recurso que tem sido aplicado com indutor do processo projetual
está associado ao entendimento de que a busca de uma solução pode ser reduzida a uma
ideia central (LAWSON, 2011). A noção de ideia central conduz a definição de categorias que
não são necessariamente equivalentes, tais como, partido ou gerador primário, mas a pedra
de toque contemporânea tem sido designada por uma categoria denominada conceito.
Outros meios procuram explorar recursos sensoriais diversos. A narrativa é um
procedimento que oferece a oportunidade de observar as principais características de um
projeto através da projeção de acontecimentos. Por meio de uma estória, o projeto é
emulado como um espaço cênico, no qual a dinâmica de pessoas e ritos é simulada
(LAWSON, 2011). Outro tipo de simulação empregada à concepção são as maquetes físicas.
As maquetes simulam propriedades da forma em escala reduzida e oferecem uma
percepção concreta do espaço que nenhum outro recurso proporciona. É essa característica
que torna seu emprego no estudo de concepção tão valorizado.
As táticas ou recursos de auxílio a concepção não devem ser tomadas como
elementos obrigatórios ao desenvolvimento de um projeto, são apenas rotinas adotadas por
projetistas para impulsionar a geração de ideias. Algumas podem ser consideradas
fundamentais, como o desenho, já outras, são recorrentes e sua importância, em particular
no ensino, oscila conforme a atenção recebida pelas pesquisas, a exemplo do estudo de
precedentes e do conceito. Para o desenvolvimento desse trabalho foram empregadas uma
série de táticas de auxílio à concepção, à exceção da apreensão gráfica, todas
preestabelecidas pela estrutura curricular do programa de mestrado. A seguir, apresento os
resultados alcançados na exploração dos seguintes recursos: apreensão gráfica, narrativas,
conceito, maquete e partido. O resultados relativos ao estudos de precedentes já foram
exploradas nas seções 1.2.2 e 1.3.1.

2.1 CONJECTURAS
2.1.1 Conversas com o Desenho

O desenho para o projetista pode ser visto como uma ferramenta de articulação de
ideias, assim como o discurso é para o orador, ou como um manuscrito é para o escritor. A

118
PROPOSIÇÃO

materialização do pensamento, seja pela voz, texto ou gráficos, confere uma nitidez que
permite à percepção manipular as abstrações da mente. Esse processo se assemelha a um
diálogo que o interlocutor realiza consigo mesmo. Segundo Lawson (2011) foi Donald Schön
o primeiro teórico a sugerir a ideia do processo projetual como uma conversa1, observando
o modo como os projetistas utilizam o desenho para desenvolver suas ideias e não apenas
para se comunicar com terceiros.
Ao longo das atividades de coleta de dados, planejei o reconhecimento da área de
estudo através da apreensão gráfica. Realizar desenhos de observação seria uma forma de
se familiarizar com o local, mas também de identificar seus aspectos mais relevantes - o
desenho é uma técnica seletiva, não representamos tudo, apenas aqueles elementos que
são suficientes para satisfazer a percepção (Figura 54). Os primeiras registros gráficos

Figura 54 - Desenhos para reconhecimento da área de estudo (CCDM)

Fonte: Elaborada pelo autor.


.
seguiram a meta de apreensão, mas logo os desenhos se voltaram para o desenvolvimento
de soluções, mesmo com o levantamento e análise de dados ainda inconclusos. Esse

1
Lawson refere-se ao livro The Reflective Practitioner: How professionals Think in Action, publicado por Donald
Schön em 1983. Schön denomina esse processo de pensar através do desenho como "reflexão em ação".

119
PROPOSIÇÃO

acontecimento reflete as observações de Lawson (2011) de que a proposição de solução -


referida por ele como síntese - não possui uma conexão unívoca com a definição do
problema projetual - referida por ele como análise. A busca por respostas e a investigação
do problema parecem se apoiar mutuamente sem uma ordem evidente ou natural. Os
desenhos que resultaram como expressão desse diálogo interno, evidenciaram o elemento
que se configurou como condutor da definição formal da proposta: a passarela elevada. Os
desenhos refletem experimentações livres ou tentativas de adaptação dos precedentes
analisados (seção 1.3.1), ou parte deles, na área de intervenção, porém esses resultados não
avançaram além do exercício gráfico e nenhum dos seus elementos, tal como representados,
estão presentes na proposta final (Figura 55 e Figura 56).

Figura 55 - Primeiras explorações gráficas para o projeto do CCDM

Fonte: Elaborada pelo autor.


. 120
PROPOSIÇÃO

Figura 56- Outras explorações gráficas o projeto do CCDM

Fonte: Elaborada pelo autor.


.
2.1.2 Conversas com a Narrativa

Contar estórias envolvendo uma edificação é um recurso de desenvolvimento de


ideias que tem sido aplicado com consistência por alguns arquitetos, a exemplo de Kit
Allsopp e John Outram (LAWSON, 2011). As narrativas podem operar com aspectos práticos
das edificações (funcionalidade, percursos, instalações etc.) possuindo um caráter descritivo
ou prescritivo, mas também podem envolver fantasias que extrapolam sua destinação,
aplicando analogias ou acontecimentos imaginários ao processo. O fundamental é que as
narrativas possibilitam a articulação coerente de conhecimentos heterogêneos e desconexos
que estão disponíveis no início do processo criativo. Ricouer, uma referência recorrente na
relação entre arquitetura e narrativa (Tempo e Narrativa, 1994), defende que a dimensão
temporal humana, sua historicidade, é alcançada pela síntese narrativa da passagem de
acontecimentos (DUARTE, 2012). A possibilidade da narrativa foi explorada como tática para

121
PROPOSIÇÃO

o desenvolvimento de ideias e conceitos nesse trabalho. Desenvolvi uma estória


referenciando uma expressão artística popular de improviso poético, o repente, a qual
chamei de "O Caso da Promenade a Passamento". É a estória de uma pessoa com um forte
sentimento de interação social que retorna à UFRN para avançar seus estudos na pós-
graduação. O isolamento repentino de sua família e amigos o faz procurar um local de
encontro na universidade, no caso o CCDM. A partir desse momento, exploro percepções e
possibilidades para o Centro de Convivência através da visão da personagem.

PROMENADE A PASSAMENTO

Bom dia minha gente Muito tempo não passou


me desculpe incomodar já começava a matutar
mas peço aqui sua licença a saudade que sentia
pra um pequeno causo contar da vida alheia espiar

Quando cheguei por esses campos E foi por aí me esticando


trouxe comigo do meu lugar que ouvi alguém falar
um hábito esquisito "se você procura gente
de por gente procurar eu sei qual o lugar"

Lá na minha terra Era um nome sugestivo


aí que saudade do meu lar! cheguei até a arrepiar
Todo fim de tarde Centro de Convivência
ia pro alpendre prosear Era pra lá que ia andar

As horas se passavam Vi assim bem de longe


e nem dava por notar o concreto a se amostrar
era tanto rebuliço Parecia que um feira
que nem o sol queria abaixar por ali ia encontrar

Ver, ouvir, comer E gente não faltava


correr, acudir, rezar Beleza! palavras pra debulhar
de tudo se via um pouco mas um problema impertinente
em cada canto a chamar começou a incomodar

Mas um dia me ocorreu Era um vai e vem apressado


que moléstia fui inventar! ninguém queria parar
achei que precisava resolviam seus problemas
outro canudo conquistar e o gato iam capar

já tinha régua e compasso e vendo assim de perto


mas voltei a mochilar ali, quem ia ficar?
fui em busca de mais sabedoria fazia mal à pele
pra minha gente ajudar tanto quanto ao olhar

122
PROPOSIÇÃO

Senti uma quentura no quengo Os serviços que estão aí


que pensei que ia queimar eu sei, não podem faltar
tive logo um passamento afinal todo essa gente
e procurei onde sentar por acaso não vem pra cá

me acudiram pra uma saída Mas acho que a serventia


cheguei quase a cegar longe do chão pode ficar
lá dentro tava escuro essa altura da raiz
quase o inverso solar melhor é pra passear
Me puseram sob uma árvore Mas fora toda praticidade
e já pude respirar o acaso podemos criar
foi o fôlego voltando quem sabe um café
logo pude admirar enquanto se para pra olhar
Ave, que lugar mais lindo
livros ou belezuras, balas ou travessuras
Aquele verde a ondular
tem muita coisa pra mirar
e uma brisa agradável
também não esqueçamos
vindo aqui me acariciar
tem um morro pra observar
Vendo então a paisagem
comecei a matutar Quem sabe até do teto
"é mesmo um lugar porreta é melhor pra se olhar
quem sabe até o tempo
pra esse povo encontrar"
me permita a lua avistar
Acho que só precisamos
algumas coisas aprumar
...
tudo mais é favorável
para nosso bem-estar
E de repente à minha frente
Seria bem interessante Um médico a investigar
de cada extremo enxergar me diz "foi só um passamento
a ponta do outro lado mais um pouco e vai melhorar"
que minhas pernas vão alcançar
Ah, mas que bela ilusão
É bom a vista livre eu pude imaginar
mas sol não é pra ignorar como dizem "não tem uma dor
seria muito prudente sem um bem a presentear"
A moleira sombrear
Será que algum dia
Passeio à sombra assossegado
eu vou ver esse lugar
E se quiser pode parar
tão bonito quanto o sonho
Teriam todos os bancos
que eu tive ao desmaiar
até o chão para sentar

Quem sabe até um repouso Dizem que tem um sujeito


pro capiongo melhor pensar que talvez possa alcançar
e olhando o calango listrado o fundo da minha alma
a felicidade reconsiderar e meus desejos desenhar.

Ali exposição, acolá recreação Há quem o chame por deus


É só perambular mas por arquiteto, não vai incomodar
se você estiver atento vou em busca de um desses
até orquestra vai encontrar pra minha alma projetar.

123
PROPOSIÇÃO

Esse exercício ofereceu um oportunidade de sistematização de ideias, mas nada


específico que fosse capaz de sugerir ou delinear algum atributo formal para solução. Por
outro lado, a narrativa evidenciou uma percepção que não estava clara até o momento, a de
que a intervenção pretendida não se restringia à edificação, mas ao seu entorno imediato.
Não se tratava de projetar um edifício, mas toda a quadra na qual ele estava inserido e seus
enlaces com o entorno. Esse aspecto estava alinhado com objetivos do trabalho de
consolidar os atributos de integração do espaço, mas a ênfase do PPAPMA 58 sobre a
edificação obscurecia esse entendimento. Foi um momento de tomada de consciência.

2.1.3 Conceito

As pesquisas no âmbito do processo projetual que se delinearam desde a década de


1960 não alcançaram o objetivo de formação de um corpo teórico consistente para atividade
projetual na arquitetura (LAWSON, 2011; MOREIRA; KOWALTOWSKI, 2011), contudo
estimularam a inclusão nas disciplinas de atelier de projeto uma série de operações que se
mostraram recorrentes no processo criativo, dentre elas, a aplicação do conceito. Segundo
McGinty (1984), o conceito faz referência a um tipo de expressão que é capaz de sugerir um
modo de reunir os condicionantes programáticos e intenções projetuais, nesse sentido, é um
recurso abstrato capaz de orientar o pensamento na direção de uma solução projetual, ou
seja, é uma ideia com a qual pensar. A inclusão desse recurso na prática projetual pretende
impulsionar a geração de ideias propositivas e costuma envolver a indicação de uma palavra
ou imagem que tenha esse potencial de sugestão. Nas fases preliminares desse trabalho, ao
longo das disciplinas do PPAPMA, houve um esforço considerável pela identificação de um
termo que tivesse esse potencial, contudo, nenhuma palavra ou imagem indicada se
aproximou desse objetivo.
Esse exercício não teve impacto direto sobre os resultados do projeto, contudo isso
não significa que a proposta não possui ou prescinde de um conceito, apenas que este não
foi articulado da forma pretendida pelo exercício. A ideia de um elemento estranho ao
projeto que funcione como indutor do processo projetual é uma possibilidade, contudo isso
significa reduzir a importância do problema projetual e valorizar aspectos que sequer são
necessários à realização da arquitetura (MACIEL, 2003). O conceito não é uma expressão

58
A edificação como objeto de trabalho é uma das delimitações do PPAPMA. A abordagem projetual torna
essa condição necessária para que o trabalho final alcance o grau de definição requerido pelo programa de
mestrado.

124
PROPOSIÇÃO

separada do projeto, um elemento que se coloca a priori, ele surge junto e a partir do
projeto ou da obra arquitetônica como resultado do diálogo entre tradição arquitetônica, o
arquiteto, os interessados no projeto, o contexto projetual e a própria representação
(BRANDÃO, 2000). Recursos de apoio à geração de ideias, como estudo de precedentes e a
pesquisa conceitual, tem sido incluídos nas disciplinas de atelier de projeto como operações
necessárias à concepção projetual e podem estar sendo confundidas com fases
imprescindíveis de projeto. Não é sem razão que a aplicação dessa abordagem em atividades
acadêmicas tem levado a resultados aquém das expectativas. Nesse sentido é que Favero e
Passaro (2005, p. 1) se questionam: "como tirar da contramão o excesso e a frivolidade da
informação imagética [...] como evitar nas escolas de arquitetura a utilização de 'pranchas de
referências' simplesmente como recursos banais, esvaziadas de significados perceptivos e
intelectuais".
Se considerarmos as observações de Hillier (2007) que o pensamento nas fases
criativas do processo projetual é essencialmente configuracional, é provável que os recursos
de apoio à criatividade não possam ser aplicados de forma indiscriminada, mas exijam
considerar o grau de experiência e o repertório intelectual dos projetistas para que
conduzam a resultados adequados. Sem a devida atenção, há o risco de uma racionalização
infrutífera do processo projetual, tal como ocorreu por meio do Design Methods em meados
do século XX e que levou à definição de modelos prescritivos sem valor prático. Como diz
Hillier (2007), "teorias de possibilidades" - categoria na qual incluo os recursos de apoio à
criatividade - não são universais, apenas usam o pensamento como meio para gerar opções
ainda não vistas. A apropriação de ideias com as quais pensar é um processo inconsciente -
oferecendo possibilidades e não prescrições - mas quando orientada, estas apropriações
precisam estar em consonância com às características pessoais de cada projetista.

2.1.4 A Maquete de Estudo

A maquete é um recurso de representação que têm aplicação ampla no processo


projetual, sendo utilizadas nas fases iniciais para concepção e simulação; nas fases de
execução para testes e ajustes; e na fase de comunicação para apresentação ou divulgação
dos resultados. Ela pode ser obtida através de instrumentos computacionais ou pela
manipulação material e permite a percepção tridimensional do objeto representado, porém
uma de suas características peculiares é a inclusão de uma escala temporal à representação.

125
PROPOSIÇÃO

Desenhos permitem a simulação tridimensional através das perspectivas, mas as maquetes


oferecem ao observador a possibilidade de formar uma sequência de visual através do seu
deslocamento em torno do objeto, mas vai além. A maquete aproxima o observador da
experiência tátil com o objeto representado. Essa é uma característica ainda limitada nas
maquetes construídas em computadores (virtuais), mas as maquetes físicas permitem a
percepção direta, ainda que em escala, dos cheios e vazios do espaço material e dos seus
atributos de cor, iluminação textura, proporção, dentre outros. As maquetes, em especial as
físicas, conseguem emular a experiência sensorial humana e advém dessa propriedade sua
versatilidade de aplicação, inclusive como instrumento de criação e elaboração de ideias
(PINA; FILHO; MARANGONI, 2011).
A maquete física foi um dos recursos utilizados no processo de concepção da
proposta e se mostrou como o mais efetivo em sugerir uma forma possível para conciliar os
termos do problema projetual. Foi confeccionado um modelo na escala 1:250 do terreno e
da estrutura de concreto existente do CCDM. Essa simulação permitiu a materialização da
cobertura procurada - um extenso arco conectando as cotas mais elevadas do entorno entre
a Reitoria e a Biblioteca Central, passando sobre a estrutura de concreto existente (Figura
57). Conectar pontos extremos através de uma superfície contínua atendia a intenção de
integrar pontos extremos do espaço e o arco sobre esse plano permitiria abrigar a maior
parte do programa arquitetônico, desafogando a ocupação sob a estrutura de concreto
existente. Outra conexão poderia ser obtida ocupando a parte superior da estrutura de
concreto com uma praça de circulação e assim seriam criados dois eixos transversais de
circulação, ligando as extremidades norte-sul e leste-oeste da quadra do CCDM.

Figura 57 - Maquete de estudo da proposta projetual para o CCDM

Fonte: Elaborada pelo autor.


.
126
PROPOSIÇÃO

2.2 PARTIDO
O partido é uma designação herdada do sistema de ensino empregado na École des
Beaux-Arts parisiense no século XIX que remete à definição de uma ideia geral do projeto
arquitetônico (SILVA, 1998). O sistema de ensino na Beaux-Arts se concentrava na prática de
atelier acompanhada pelo julgamento de trabalhos através de concursos. O processo de
desenvolvimento das propostas envolvia duas etapas bem delimitadas: a concepção da ideia
da obra e a sua realização técnica. Uma condição para classificação dos trabalhos era que o
seu desenvolvimento técnico estivesse diretamente associado à ideia original expressa nos
desenhos de concepção: o parti ou esquisse (PEREIRA, 2004).
A prática de preceder o desenvolvimento do projeto de uma premissa global definida
graficamente - existente desde o Renascimento e generalizada no século XIX - é uma
herança que persiste no ensino, na prática e no discurso projetual contemporâneo, porém
sem a mesma rigidez processual observada na Beaux-Arts. Contudo, cabe observar que a
categoria de ideias relacionadas ao partido não devem ser confundidas com aqueles
relacionados ao conceito. Segundo SILVA (1998, p. 100, grifo meu), "o partido é a síntese das
características principais do projeto [...] o conceito representado [...] [que] deriva do
processo de elaboração mental que procura sintetizar o resultado das principais decisões
tomadas pelo projetista enquanto procura definir os traços essenciais do objeto em
concepção". O conceito é um tipo de referência que serve como estímulo ou orientação à
geração de ideias, enquanto o partido é a própria expressão dessa ideia. O conceito possui
uma natureza indefinida, alcançando referências que podem ser alheias à arquitetura,
enquanto o partido possui um caráter necessariamente arquitetônico, ou seja, é expresso
em termos de espaços, volumes, composição etc.
Ainda que o partido persista por séculos como um procedimento na prática projetual,
reitero as mesmas reservas que mantenho em relação ao conceito ou qualquer outro
recurso de auxílio à concepção arquitetônica: nenhum processo, por si, é imprescindível ao
processo projetual. Contudo, na concepção desse projeto, a definição de um partido
arquitetônico foi uma consequência natural do estudo formal realizado com a maquete
física. Através da maquete foi possível antever uma resolução para o problema projetual e
traduzir essa percepção no registro gráfico que serviu como ponto de partida para o

127
PROPOSIÇÃO

resultado alcançado: plantas gerais de ocupação, primeiro esboçadas à mão na escala 1:500
(Figura 58) e depois reelaboradas, um pouco mais definidas, em base computacional.

Figura 58 - Partido arquitetônico esboçado na escala 1:500

NORTE
NORTE

TÉRREO SUPERIOR
Fonte: Elaborada pelo autor.
.
Figura 59 - Redefinição das vias de circulação formais no CCDM e entorno

Fonte: Revit Autodesk 2016, elaborada pelo autor.


. 128
PROPOSIÇÃO

Figura 60 - Partido arquitetônico, pavimento térreo

Fonte: Revit Autodesk 2016, elaborada pelo autor.


.

Figura 61- Partido arquitetônico, pavimento superior

Fonte: Revit Autodesk 2016, elaborada pelo autor.


. 129
PROPOSIÇÃO

Os caminhos formais de circulação foram redefinidos, buscando privilegiar o


deslocamento de pedestre através do CCDM (Figura 59). As vias e vagas de estacionamentos
foram reduzidas e afastadas do centro da quadra, ocupada prioritariamente como área
verde. As vias perimetrais mantidas foram reconfiguradas como áreas de trânsito
compartilhado, sem diferença de nível. Para circulação de pedestres, foram desenhados
eixos que atravessassem toda a quadra sem interrupções e pudessem ser conectados uns
aos outros sem muitas mudanças de direção. Para abrigar o programa arquitetônico
reduzindo a concentração da massa construída, as atividades foram distribuídas em dois
pavimentos - a coberta arqueada passando sobre a extremidade sul da estrutura existente
ofereceria a área adicional necessária para alcançar esse objetivo (Figura 61 e Figura 62). No
pavimento térreo seriam distribuídas a maior parte das atividades - em torno de 3.000 m² -
enquanto no pavimento superior a ocupação seria menor e concentrada sob a coberta
arqueada. A parte superior da estrutura existente seria ocupada por uma extensa praça
ajardinada formada por contêineres modulados. Os espaços vazios foram estruturados como
amplas área de encontro (praças) e associados a distintas atividades de convivência
(alimentação, atividades ao ar livre, passeio, exposição etc.). Essas praças deveriam ser locais
de referência a interesses diversos, mas articuladas de forma a estimular e atrair a atenção
de todos que estivessem usufruindo do CCDM.

Figura 62 - Partido arquitetônico, perspectiva geral

Fonte: Revit Autodesk 2016, elaborada pelo autor.


.
130
PROPOSIÇÃO

2.3 EVOLUÇÃO
Com a definição do partido arquitetônico, as operações de desenvolvimento do
projeto migraram para meios computacionais. Os recursos computacionais, desde a
idealização desse trabalho, não foram vistos como meras ferramentas de produção gráfica,
mas como suportes à tomada de decisão e avaliação do projeto. Dentre os programas
utilizados, destaco três sem os quais não teria alcançado os resultados no prazo disponível:
Revit, Dynano e Depthmap.
O Revit é uma plataforma da Autodesk orientada ao desenvolvimento do projeto de
edificações com recursos que integram as premissas da tecnologia BIM (Building Information
Modeling), um avanço em relação à plataforma CAD (Computer Aided Design) que ainda é a
tecnologia mais difundida nos escritórios de projeto no Brasil. O CAD é resultado do
desenvolvimento de programas gráficos iniciado na década de 1960 que permitiu aos
arquitetos e engenheiros transferir o processo de documentação do projeto para o
computador. Inicialmente, as ferramentas CAD permitiam a construção de entidades
vetoriais associados a tipos de linhas e identificadores (camadas ou layers), mas
desenvolvimentos posteriores ampliaram esses recursos, incluíram a possibilidade de
associar informações aos arquivos e introduziram recursos avançados de modelagem
tridimensional (EASTMAN et al., 2008). Essa tecnologia representou uma evolução de meios,
aprimorando a atividade de documentação de projetos, mas não provocou mudanças
significativas nos processos de produção, que continuaram oferecendo os mesmos
resultados antes obtidos em pranchetas, representações gráficas.

O BIM é uma continuidade da digitalização da produção projetual, mas representa


uma mudança de paradigma no setor da arquitetura, engenharia e construção (AEC). O
interesse se desloca da produção gráfica para consolidação da informação construtiva
através da modelagem digital. A tecnologia BIM está alicerçada sobre a produção, uso e
gerenciamento da informação construtiva e sua aplicação não se restringe ao emprego de
programas, inclui uma cultura de práticas e relações profissionais voltadas ao
desenvolvimento integrado das atividades. Eastman (2008, p. 13) a define como "uma
tecnologia de modelagem e um conjunto associado de processos para produzir, comunicar e
analisar modelos de construção", na qual o modelo é caracterizado por geometrias
associadas a regras paramétricas e a dados não redundantes e coordenados que definem

131
PROPOSIÇÃO

suas propriedades e comportamento. Um único modelo BIM pode guardar informações de


diferentes especialidades e sobre diferentes momentos da construção, deixando-as
disponíveis em tempo real a qualquer participante de uma equipe de projeto. As
informações inseridas podem ser visualizadas de formas variadas, gráfica ou tabular, e
qualquer alteração no modelo é refletida em todas as vistas disponíveis. As geometrias
representam categorias específicas de componentes construtivos, tais como portas, paredes
ou pisos, cujo comportamento individual ou agregado está associado às propriedades
específicas que lhes são atribuídas, como por exemplo: "paredes" precisam de "níveis" para
alocação, que por sua vez são necessárias para inserção de "portas" ou "janelas".

A tecnologia BIM foi desenvolvida visando o projeto interdisciplinar e colaborativo da


construção, contudo sua adoção parcial ainda oferece vantagens que são inerentes ao
sistema. O emprego de um programa BIM, como o Revit, exige uma mentalidade construtiva
- um dos obstáculos à sua implementação entre estudantes ou profissionais com pouca
experiência - característica que induz o projetista à conexão direta entre o desenho e a sua
execução e inibe o emprego aleatório do desenho, como é possível ocorrer nos trabalhos
produzidos através de recursos dirigidos à representação. Outra vantagem é que a precisão
das informações modeladas permite a verificação simultânea de parâmetros projetuais. O
modelo é uma simulação da construção e dependendo do grau de detalhamento da
informação é possível submeter a concepção arquitetônica a várias previsões de
comportamento: de geometria solar, estrutura, condicionamento térmico, orçamento,
cronograma, dentre outras.

O desenvolvimento do projeto seguiu as linhas de concepção presentes no partido


arquitetônico - não investiguei propostas alternativas - contudo, a modelagem no Revit
permitiu antecipar obstáculos que levaram ao ajuste prematuro de características do
projeto. As alterações mais significativas foram: a ampliação da área construída no
pavimento superior; e a orientação do arco sobre a estrutura existente do CCDM (Figura 63).
A distribuição de áreas e a definição geométrica dos ambientes no pavimento térreo indicou
que o programa arquitetônico não seria abrigado sem reproduzir a configuração espacial
que procurava evitar - formação de corredores e isolamento entre interior e exterior. Parte
da área construída foi transferida para o pavimento superior, ocupando trechos da praça
ajardinada situada na plataforma aberta. Utilizando os recursos de visualização do programa

132
PROPOSIÇÃO

e a modelagem preliminar do arco sobre o CCDM, também verifiquei uma interferência na


visualização da Reitoria que não era desejada. O arco, inicialmente disposto de modo
perpendicular ao CCDM, foi alinhado ao eixo leste-oeste, livrando a passarela do acesso
principal à Reitoria, antes visualmente obstruída. Do ponto de vista da geometria solar, a
orientação leste-oeste apresenta características mais favoráveis (menor ganho de energia,
sombreamento mais efetivo) e as simulações de sobreamento realizadas no Revit
confirmaram esses atributos. De forma geral, o Revit, como esperado de uma ferramenta
BIM, possibilitou a antecipação de resultados formais; ofereceu consistência entre os dados
e as representações extraídas do modelo; permitiu a checagem de aspectos técnicos e
construtivos; e possibilitou a realização de alguns testes de previsão (geometria solar).
Considerando as dimensão do projeto e a necessidade de conciliar os aspectos heterogêneos
dos elementos envolvidos (curvas tridimensionais, planos inclinados, relevo, níveis de acesso
distintos etc.), o Revit foi decisivo para o resultado alcançado.

Figura 63 - O Revit possibilita a simulação virtual da construção

Fonte: Revit Autodesk 2016, elaborada pelo autor.


.
Outra ferramenta fundamental para o trabalho foi o Dynamo, uma plataforma de
programação visual orientada ao desenho computacional e à modelagem da informação da
construção, desenvolvido por Ian Keough e adquirido pela Autodesk em 2013 (KRON, 2014).
Dispensando o usuário do requisito da linguagem de programação, a interface da plataforma

133
PROPOSIÇÃO

permite a construção de rotinas computacionais através da associação visual de funções


lógicas que são dedicadas a tarefas específicas. Seus recursos possibilitam a automação de
fluxos de trabalho, assim como a geração e manipulação parametrizada de geometrias. O
Dynamo é um dos produtos do esforço para ampliação da capacidade interativa do desenho
computacional na arquitetura que, até a década de 1990, ainda exigia o mesmo tipo de
manipulação do desenho convencional, na qual as entidades são geradas e modificadas
através da intervenção direta sobre cada elemento gráfico. Com o avanço tecnológico, as
ferramentas computacionais começaram a incluir recursos que permitiram a criação e
edição de formas a partir do controle ou variação de fatores. Nesse contexto, o desenho
adquiriu um caráter sistêmico, com a mudança de um aspecto afetando todo o conjunto, e a
forma tornou-se uma função de variáveis sob controle do projetista, os chamados
parâmetros. Essa tecnologia tem sido explorada na resolução de problemas técnicos de
desenho e na experimentação e investigação formal, e suas aplicações, ilustradas por
projetos como a torre de escritórios da Swiss Re (Foster & Patners), o museu da Mercedez-
Benz (UNStudio), a sede da CMA CGM (Zaha Hadid Architects), o Space Alliances
(Architectural Association School), e o One-North Masterplan (Zaha Hadid Architects), são
reconhecidas como uma nova tendência na arquitetura ou urbanismo (SILVA, 2010).

No projeto para o CCDM, o Dynamo foi utilizado para resolução técnica do desenho,
auxiliando no ajuste e dimensionamento da cobertura arqueada e na distribuição e
disposição dos seus componentes de apoio e vedação. Seria possível alcançar resultado
similar utilizando apenas os recursos do Revit, contudo ao custo do atraso no desenho e da
inviabilidade da rotina de testes que permitiram o ajuste progressivo da forma. A definição
completa da cobertura ocorreu em duas fases. No primeiro momento, foi realizada a
construção volumétrica do arco. Partindo da segmentação de uma linha que cobria a
extensão longitudinal da cobertura, foram gerados pontos que, manipulados por funções
lógicas, permitiram a criação de um conjunto de linhas de borda. Essas linhas, interpostas
por superfícies, delinearam a volumetria da cobertura, cujo desenho foi controlado por duas
expressões matemáticas: seno, para regular a curvatura do perfil horizontal; e cosseno, para
regular a curvatura do perfil vertical. Em seguida, o volume foi transferido para o Revit e seu
ajuste ao contexto do projeto avaliado. Quando ocorriam inconformidades, retornava ao
modelo do Dynamo, alterava os parâmetros e transferia os resultados novamente para o

134
PROPOSIÇÃO

Revit. As avaliações foram realizados de forma cíclica até encontrar uma configuração
adequada para abrigar a área construída sob o arco; obter uma inclinação adequada para as
rampas; e maximizar a proteção da radiação solar direta sobre a envoltória da edificação.

Figura 64 - Definição paramétrica da cobertura através do Dynamo

PERFIL VERTICAL (9m) - controlada por função cosseno

PERFIL HORIZONTAL (180m) - ajustado por função seno

Fonte: Dynamo 1.1 plug-in, elaborada pelo autor.


.
Com a versão final do volume da cobertura, foram gerados pisos, forro e paredes
internas das rampas, e com base nesses elementos, iniciada a segunda fase da modelagem:
a criação dos suportes e painéis de vedação. Da geometria consolidada no Revit, foram
extraídas linhas que serviram como guias de posicionamento para os componentes. No
Dynamo, a linhas foram segmentadas a intervalos regulares, gerando pontos que serviram
de base para inserção das geometrias. Os painéis, superior e lateral, e os suportes foram
criados como entidades cujos vértices se adaptavam aos pontos de referência (geometrias
adaptativas). Uma vez posicionados, os componentes foram transferidos para o Revit,
completando o desenho geral da cobertura (Figura 65), cuja configuração foi finalizada com
a inclusão de rampas, escadas, aberturas e elementos estruturais.

O Revit e o Dynamo foram ferramentas fundamentais para o desenvolvimento e


consolidação da forma, mas seus recursos não avançam para avaliação da proposta. Para
essa operação, de caráter mais analítico, foi empregado o Depthmap, uma plataforma
computacional voltada para análise de redes espaciais e a principal ferramenta de aplicação
da SE. O programa possui uma série de recursos, mas inicialmente foi concebido (TURNER,
2001) apenas para construção de grafos de visibilidade (VGA), combinando os conceitos de

135
PROPOSIÇÃO

isovistas (BENEDIKT, 1979) aos da teoria da sintaxe do espaço (HILLIER; HANSON, 1984). Foi
a continuidade do debate público e das pesquisas em torno dos conceitos abordados pelo
programa que conduziram à progressiva incorporação de métodos de investigação, na
sequência: análise baseada em agente; análise axial (topológica); e análise de segmentos
(angular) (TURNER, 2004).

Foi empregada a Sintaxe do Espaço como teoria analítica da proposta projetual e


nesse contexto o Depthmap foi o instrumento operacional da sua implementação. O
processo de análise foi realizado através da comparação de dois conjuntos de dados
relativos à rede formal de tráfego no CCDM: um coletado na fase de reconhecimento do
problema projetual; e outro levantado após a consolidação da proposta projetual. O
cruzamento dos dados permitiu verificar se os resultados corroboravam ou não as intenções
de projeto. Os fundamentos conceituais e os detalhes operacionais desses estudos são
apresentados ao longo do trabalhos (seção 1.3.2.1 e Capítulo 3).

Figura 65 - Componentes de suporte e vedação aplicados com Dynamo e Revit

Fonte: Revit Autodesk 2016 e Dynamo 1.1 plug-in, elaborada pelo autor.
. 136
PREVISÃO

3 PREVISÃO
A intuição é a capacidade cognitiva que predomina no processo de criação projetual,
nas palavras de Hillier (2007, p. 317), é "o motor do processo projetual", e essa não é
condição submetida à escolha do projetista, mas é própria à natureza do objeto abordado, a
construção. Projetar a arquitetura é pensar na construção e o caráter sistêmico ou
configuracional do espaço construído impõe o predomínio de processos não discursivos ao
seu usufruto e experimentação - não é uma questão de escolha. Isso não significa que a
racionalidade ou a possibilidade de articular o pensamento estejam excluídas do processo
projetual. Há uma tendência no pensamento em observar o contraste como uma
contraposição de valores incompatíveis, uma disputa na qual haverá um lado vencedor. Essa
tendência nos conduz a perceber intuição e racionalidade como aspectos do pensamento
que não podem ser conciliados, mas essa concepção está sendo superada até dentro da
ciência, o santuário do pensamento racional. Quando é necessário prever os resultados de
suas escolhas e apresentar suas ideias a parceiros e interessados, os projetistas tendem a
buscar meios para articular suas concepções, criando uma abertura para o pensamento
racional. A predição é uma das fases ou atividades do processo projetual cujo
desenvolvimento é apoiado na construção de conhecimentos que podem ser articulados e
compartilhados, seja em termos empíricos ou analíticos (HILLIER, 2007). Essa possibilidade,
desde que aplicada com critérios objetivos, permite que as intenções dos projetistas sejam
discutidas e colocadas à prova, criando as condições para que a subjetividade não domine a
abordagem de uma matéria - a construção - que não é inócua ao comportamento e à
convivência humana.
Exponho agora os argumentos que justificam as decisões tomadas no processo
projetual do CCDM. As razões são apresentados em termos analíticos e estão
fundamentados nos preceitos da SE e na observação, em particular, de um dos atributos do
espaço: a capacidade de integrar e articular as pessoas. Os modelos gerados na fase de
levantamento foram contrapostos a outros similares, criados após a proposição projetual, e
as medições foram comparadas para verificar o incremento ou redução dos valores. Defendo
o cumprimento das intenções de projeto, mostrando dados que indicam objetivamente a
ampliação do potencial de integração do espaço do CCDM. A análise utiliza critérios
objetivos e mensuráveis para obtenção de resultados e estes foram empregados para

137
PREVISÃO

justificar a solução projetual considerando as premissas adotadas. Os argumentos que


defendem a manutenção dos resultados não devem atribuídos a íntegra do projeto, mas
exclusivamente ao atributo especificado à análise, uma das delimitações desse trabalho.

3.1 MAPAS DE SEGMENTOS


Dentre os mapas axiais e de segmentos analisados na fase de levantamento,
selecionei para comparação com a proposição projetual o mapa de segmentos pedonal com
análise angular e medidas sintáticas choice R400 e choice R1500. Esse mapeamento foi o que
apresentou a associação mais forte com a distribuição de pessoas e veículos no entorno do
CCDM, condição que não invalida necessariamente os demais mapeamentos, mas reflete o
ajuste dos dados levantados em campos (contagem de fluxo) a uma descrição específica do
espaço, aquela relativa ao ir e vir de pessoas (choice). No projeto, modifiquei a configuração
interna de circulação no CCDM para uma rede mais distributiva, próxima a uma grelha,
definindo percursos lineares que cobriram as maiores distâncias possíveis. No entorno,
propus a eliminação da via sinuosa defronte à Reitoria (Rua da Reitoria) e alterei o desenho
da via entre a Estação de Tratamento de Esgoto e a Reitoria (Rua do Meio Ambiente),
conforme planejamento já estipulado pela Superintendência de Infraestrutura da UFRN.
Como os mapas, antes e após a proposição tem dimensões configuracionais distintas (Figura
66), a comparação foi realizada com a medida normalizada do choice, o NACH (Figura 67 e
70). A escala de cores dos mapeamentos indica que a mudança nas medidas no perímetro da

Figura 66 - Comparação da rede pedonal antes e após a proposição projetual

Fonte: Elaborada pelo autor.

138
PREVISÃO

Figura 67 - Mapa de segmentos pedonal antes e após o projeto para NACH R400

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap, QGIS.

139
PREVISÃO

Figura 68 - Mapa de segmentos pedonal antes e após o projeto para NACH R1500

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap, QGIS.

140
PREVISÃO

quadra não são perceptivelmente diferentes, porém na configuração interna do CCDM, onde
as alterações foram mais significativas, há uma tendência no incremento do valor do NACH.
No mapeamento original o menor valor de NACH encontrado no interior da quadra é de
0,0414 (extremidade noroeste), enquanto o maior é igual a 1,273 (eixo mais central). No
mapeamento do projeto o menor valor é de 0,605 (extremidade noroeste) e de 1,383 (eixo
central). Há uma redução de 9,4% na amplitude das medidas e estas se distribuem de modo
mais uniforme pelo espaço, indicando uma redução no potencial de espaços segregados.
Destaco no mapeamento do projeto os dois eixos perpendiculares entre si e que atravessam
o CCDM em toda sua extensão, uma configuração inexistente no contexto original que
prejudicava a integração do espaço. O NACH, uma medida normalizada do choice, permite
comparar diferentes configurações espaciais quanto ao seu potencial de trânsito. Os
resultados apresentados pela configuração espacial do projeto indicam que o potencial de
circulação de pessoas no interior do CCDM foi ampliado, sem prejudicar as características já
encontradas no perímetro da quadra e que a promovem como local de articulação e
referência no Campus Central. Considerando os fatores de predictibilidade encontrados para
as medidas de choice R400 (0,33) e choice R1500 (0,56), as proposta projetual tem um
potencial de impacto de moderado a forte na dinâmica de movimento do CCDM,
favorecendo o fluxo de pessoas e possibilitando uma quantidade maior de encontros.

3.2 ANÁLISE DE VISUAIS


A análise visual complementa os estudos de mapeamento axial e observa com maior
proximidade o grau de contato visual entre as partes internas do CCDM e destas com o
exterior da edificação. A intenção geral da proposta projetual foi ampliar a permeabilidade
visual do espaço, oferecendo condições mais favoráveis à navegação e ao domínio
perceptivo do movimento dos usuários. As análises visuais de isovistas e VGA foram
retomadas e os resultados comparados com os estudos realizados na fase de
reconhecimento do CDDM (seção 1.3.2.3.5). Para preservar uma correlação entre as análises
antes e após a proposta projetual, foi assegurado que o contexto dos estudos fossem
equivalentes ou, no mínimo, similares.
As isovistas foram definidas ao longo de um percursos de 155 m, em condições
similares ao estudo inicial (Figura 69), na posição central da área de circulação, seguindo a

141
PREVISÃO

Figura 69 - Isovistas pelo interior do CCDM após proposta projetual

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap.


142
PREVISÃO

direção longitudinal (sul-norte). A diferença foi que a configuração espacial da proposta


projetual permitiu criar um eixo contínuo de isovistas ao longo desse percurso. Este foi
segmentado também em onze partes, definindo doze pontos de observação a cada quatorze
metros aproximadamente. Em cada posição, foi construída, de modo sequencial uma
isovista com varredura de 360°.
Os campos visuais definidos ao longo do percurso assinalam que o reconhecimento
do espaço interno do CCDM se tornou mais direto. Desde as extremidades (posição 1 e 11) a
visualização do eixo longitudinal é integral, possibilitando uma apreensão mais completa do
espaço interno da edificação. O contato com o exterior ainda é recortado, porém os campos
visuais se tornaram mais amplos com visadas que alcançam até 100° de abertura (posição 5
e 9). Há inclusive um trecho no percurso central no qual a linha de visão atravessa
completamente a quadra do CCDM nos eixos leste-oeste e norte sul (posição 8).
Confrontando o conjunto de isovistas antes e depois do projeto é evidente que a cobertura
visual após a proposta amplia para os usuários o domínio do espaço interno e o contato com
o ambiente exterior (Figura 70).

Figura 70 - Comparativo de isovistas antes e após a proposta projetual

Fonte: Elaborada pelo autor com recursos do Depthmap.


.

143
PREVISÃO

A realização da VGA para proposta projetual seguiu os mesmos parâmetros definidos


para o estudo da configuração original do CCDM, sem qualquer alteração (Figura 71). As
medidas de integração visual alcançaram valores mais elevados e as áreas com indicações
mais baixa se tornaram mais fragmentadas e externas à edificação. A configuração do
projeto elevou a capacidade geral integração da quadra e reduziu o potencial de áreas
segregadas no interior do CCDM, mas é possível que as condições sejam mais favoráveis que
as indicadas no gráfico de VGA. Sendo impossível evitar a ocorrência de barreiras
construtivas extensas, empreguei, sempre que as condições de privacidade e ocupação do
espaço permitiram, grandes panos de vidro como superfícies de vedação nas fachadas. Essas
superfícies, dispostas criteriosamente reguardando as demandas programáticas de conforto
e eficiência energética, criam transparências que amenizam o bloqueio visual dos blocos
edificados. Esse é um dos atributos do projeto que não foram considerados na VGA.

Figura 71 - VGA do CCDM antes e após a proposta projetual

Fonte: Depthmap, adaptado pelo autor.


.

Os resultados dos mapeamentos axiais e da análises visuais indicam que a capacidade


de articulação e acesso ao espaço do CCDM foram ampliadas em relação à sua configuração
inicial. Sob esse aspecto, a proposta projetual apresenta evidências objetivas que as
soluções adotadas irão contribuir para maior integração da comunidade universitária.

144
MEMORIAL

4 MEMORIAL
O projeto de requalificação do CCDM tem uma área construída total de 10.548,18 m²
distribuída no espaço de dois conjuntos estruturais distintos: um preexistente, consistindo
numa grelha estrutural com aproximadamente 144 metros de extensão, 73 metros de
largura e 5,25 metros de altura; e outro, proposto, formando uma passarela arqueada que
se eleva gradativamente até 10,25 metros de altura, se estende por 183 metros e possui
uma largura variável de 15 metros nas extremidades e 27 metros na parte central. Os
conjuntos estão implantados na Zona Central do Campus Central da UFRN, no interior de
uma quadra de 34.864,54 m² delimitada pela Rua das Sociais Aplicadas ao norte, pela Rua da
Convivência ao sul, pela Biblioteca Central ao leste e pela Reitoria a oeste. A grelha (Figura
7), uma das únicas partes construída do projeto original concebido por Marizo Vitor e Hiran
César em 1978 (Figura 8), foi o ponto de partida desse trabalho. Sua locação ocupa o setor
nordeste da quadra e seu eixo longitudinal apresenta uma defasagem angular de 23,48° a
leste. A passarela tem sua orientação alinhada com os pontos cardeais leste e oeste e
sobrepõe parcialmente a lateral sul da grelha, com suas extremidades conectando duas
praças abertas, uma diante da Reitoria e outra na parte posterior da BCZM (Figura 72).

Figura 72 - Perspectiva geral da requalificação arquitetônica do CCDM

Fonte: Revit 2016, elaborada pelo autor.


.

145
MEMORIAL

As ideias que orientaram as escolhas formais do projeto giraram em torno da


percepção de um parque urbano ou similar. Tinha em mente uma área verde extensa, com
acesso restrito de veículos, pontuada por edificações com serviços e uma diversidade de
equipamentos dirigidos ao descanso, à contemplação, ao exercício e ao lazer. Havia a
intenção em tornar o CCDM um centro de articulação, oferecendo, até os limites da sua
quadra, uma rede de caminhos que conectasse todas as instalações adjacentes. Essas
condições deveriam transformar o CCDM num lugar atrativo ao deslocamento intersetores,
mas também capaz favorecer situações de encontro e permanência no espaço. Outro
aspecto norteador foi o objetivo de constituir um marco visual para o CCDM, que tivesse
uma interferência discreta na paisagem - principalmente em relação às dunas circunvizinhas
- e ao mesmo tempo servisse como ponto privilegiado para observação do entorno.
Previ para proposta projetual uma área útil em torno de 5.170,77 m² relativa aos
compartimentos funcionais, valor correspondente ao programa do projeto de ampliação da
INFRA (Tabela 1), excetuando a RNP59, alheia às funcionalidades do CCDM, e incluindo o
DCE, uma reparação histórica e ao mesmo tempo uma ação simbólica que remete às
intenções originais do CCDM como um local de reunião discente. Finalizei o projeto com
uma área útil de 5.186,49 m², valor próximo ao esperado. A grelha estrutural do CCDM foi
originalmente planejada para cobrir uma área de 4.520,00 m² aproximadamente. Com essas
dimensões, a ampliação da cobertura se tornou uma resposta formal adequada diante da
expectativa de mais de cinco mil metros quadrados de área útil de compartimentos
funcionais.
Para resguardar um exemplar da arquitetura moderna norte-rio-grandense, adotei
como princípio a manutenção da integridade visual da estrutura existente. A ampliação da
área coberta do CCDM, ou qualquer outra alteração, deveria conservar a visão da estrutura
como um elemento independente e anterior às intervenções. Uma superfície arqueada
passando sobre a grelha atendia a essa condição e podia conciliar as outras expectativas de
marco visual, mirante, atratividade e articulação do movimento. Essa foi a percepção que a
maquete ofereceu durante a fase de proposição e por esse motivo se tornou a base para
definição do partido. O desenvolvimento dessa ideia deixou evidente que a cobertura

59
A RNP (Rede Nacional de Pesquisa) é uma organização ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia
responsável pelo backbone da rede acadêmica brasileira. Os serviços que ela oferece não demandam uma
presença regular de usuários, fazendo com que seus espaços sejam de uso quase exclusivo dos funcionários.
A RNP é funcionalmente inconsistente com um local de convivência.

146
MEMORIAL

arqueada não seria suficiente para abrigar o programa sem reincidir no confinamento
espacial que pretendia evitar. A solução foi utilizar a parte superior da grelha estrutural,
antes pensada apenas como uma praça suspensa ajardinada, para alocar parte da área
construída ampliada. Nesses termos, o projeto foi desenvolvimento pela resolução gradativa
da distribuição de espaços, definição de acessos, circulação e detalhes técnicos e
construtivos.

4.1 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL E ESPACIAL


O programa foi organizado em 15 unidades funcionais, distribuídas em quatro
pavimentos principais (níveis 1, 3, 4 e 5) e mais dois intermediários de apoio (um entre os
níveis 1 e 3, outro entre os níveis 3 e 5). Para racionalizar a documentação gráfica do
projeto, agrupei essas unidades em blocos - enumerados de A a J - tomando como critério a
proximidade entre eles. A maior parte desses blocos está situada na plataforma estrutural
preexistente do CCDM e os outros, abrigados sob a passarela arqueada. Apenas uma
unidade está situada fora dessas estruturas, localizada no anexo que acompanhou o projeto
original do prédio. Doravante, adotarei os termos plataforma e passarela para me referir a
esses dois conjuntos estruturais, respectivamente a grelha original do CCDM e a cobertura
arqueada proposta na requalificação.
Na distribuição espacial controlei a aglomeração das unidades funcionais e a
contiguidade das superfícies de vedação, buscando propiciar a criação de eixos de visão
longos e a manutenção de uma continuidade visual e física entre interior e exterior. Como
critério geral, mantive as unidades com limites parietais independentes, afastando umas das
outras para gerar espaços de circulação ou reunião. Alguns blocos terminaram com
perímetros extensos e para compensar as obstruções, empreguei panos de vidro como
superfícies de vedação quando os critérios de uso dos compartimentos permitiam.
A plataforma é a estrutura que abriga os blocos B, C, D, E, F e J em dois níveis
principais (níveis 1 e 4) e um intermediário. O nível 1 é a cota de referência zero do projeto
(equivalente à altura de 58 metros no SAD69). O nível 4 é a parte superior da plataforma,
5,60 m acima da cota de referência. Entre esses dois níveis, na cota 2,70 m, se encontra o
nível intermediário. Sob a plataforma, no nível 1, encontram-se: do bloco B, a farmácia
(86,85 m²) e o NAC-atelier (170,96 m²); do Bloco C, o NAC-galeria (233,71 m²); do Bloco D, a
CAENE (148,60 m²) e a CAURN (149,06 m²); do Bloco E, o restaurante da APURN (505,68m²);

147
MEMORIAL

do Bloco F, os banheiros públicos (82,07 m²) e a EDFURN (91,26m²); e do Bloco J, a banca de


revistas (18,54 m²). No nível 4, encontram-se: do Bloco B, os correios (88,16m²); do Bloco C,
o NAC-galeria (89.03 m²); do Bloco D, a administração (131,83 m²) e a CAURN (131,15 m²); e
do Bloco E, a Sicredi (252,72 m²). No pavimento intermediário, estão localizadas salas de
depósito do NAC-atelier, do NAC-galeria e da EDFURN, respectivamente com 18,36 m²,
20,31m² e 37,28m². Observo que as indicações são de área útil.
A passarela abriga os blocos G, H e I em três níveis principais (1, 3 e 5) e um
intermediário. Tomando como referência o nível 1 (cota zero do projeto), o nível 3 está na
cota 4,25 m (abaixo 1,35 metros do nível 4 da plataforma) e o nível 5 está na cota 9,00m, no
topo da passarela. O nível intermediário está situado a 7,05 metros de altura, entre os níveis
3 e 5. Sob a passarela, no nível 1, encontram-se: do Bloco G, o Banco Santander (423,49 m²);
do Bloco H, a Caixa Econômica Federal (419,62 m²); e do Bloco I, o Banco do Brasil (470,54
m²). No nível 3, encontram-se: do Bloco H, a Caixa Econômica Federal (254,37 m²); e do
Bloco I, o Banco do Brasil (229,74m²) e a Cooperativa Cultural (285,15m²). No nível 5,
encontram-se: do Bloco I, a Cooperativa Cultural (292,08m²). No pavimento intermediário,
está localizado o depósito da Cooperativa Cultural, com uma área útil de 58,69 m².
Na construção anexa do projeto original do CCDM, na extremidade norte da quadra,
foi alocado o DCE. Essa unidade, identificada como Bloco A, possui dois pavimentos - térreo
e superior - cujas cotas estão desalinhadas de qualquer outro nível principal do projeto. O
pavimento térreo, com 168,19 m² de área útil, está elevado quarenta centímetros em
relação ao nível 1 e o pavimento superior, com 149,66 m², está situado mais 2,70m acima,
na cota 3,10m. Um esquema de toda essa distribuição é apresentado na Figura 73.

Figura 73 - Esquema da distribuição das unidades por estrutura e nível

NÍVEL COTAS ANEXO PASSARELA PLATAFORMA

N5 9,00 I
7,05 I (depósito)
N4 5,60 B, C, D, E
N3 4,25 H, I
3,10 A
2,70 B, C, F (depósito)
0,40 A
N1 0 G, H, I B, C, D, E, F, J

Fonte: Elaborado pelo autor.

148
MEMORIAL

4.2 ACESSOS, CIRCULAÇÃO E REUNIÃO


A proposta foi concebida para funcionar como um centro de articulação e de
encontro para comunidade universitária. A estratégia que adotei foi criar acessos voltados a
todos os pontos de interesse no entorno da quadra central, conectando-os a uma rede
densa de percursos no CCDM que oferecesse a oportunidade de os usuários redefinirem
seus trajetos de modo variado, conforme sua conveniência. Para promover a possibilidade
de permanência, através desses percursos foram conformadas configurações espaciais que
pudessem ser caracterizadas como uma porções individualizadas do espaço, lugares.
Utilizando os blocos funcionais, os pavimentos, a vegetação, o relevo e todos os recursos de
conformação espacial disponíveis, gerei delimitações que sugerissem a percepção de praças
ao longo do CCDM. O centro poderia ser visto como uma chave de comutação com o
potencial interno de criar interrupções temporárias no fluxo de energia ou dados, mesmo
com todos os seus canais abertos.
Com esse objetivo, reduzi a interferência do trânsito de veículos no interior da
quadra. Eliminei a Rua da Reitoria que cortava a lateral oeste e reduzi a quantidade de vagas
de estacionamento ofertadas no interior da quadra. A conexão interrompida na frente da
Reitoria foi reconstruída na sua parte posterior, a oeste. Essa remodelagem manteve a
existência de um anel viária na Zona Central e permitiu que o CCDM se tornasse uma área de
usufruto de pedestres (Figura 74). O único modal alternativo considerado foi a bicicleta, com

Figura 74 - Redefinição de vias no entorno do CCDM.

LEGENDA
8
VIA CONSTRUÍDA

VIA DEMOLIDA

5 ESTACIONAMENTO
7 (expansão 2.500 m²)

6 ANEL VIÁRIO
ZONA CENTRAL

1 1 - CCDM
2 2 - REITORIA
4
3 - SETOR III
4 - BCZM
5 - SETOR I
6 - TVU
7 - ETE
3
8 - CAMPO

Fonte: Elaborada pelo autor.


. 149
MEMORIAL

a proposição de via exclusiva e bicicletário, integrando-se ao planejamento de acessibilidade


que está sendo implementado no Campus. Outra intervenção que visou elevar a primazia
dos pedestres, foi estender essa condição às vias adjacentes. Delimitei trechos de ruas
nivelados às calçadas e como de uso prioritário pelo pedestre, favorecendo sua segurança e
acessibilidade. No contexto da requalificação foram previstas apenas 73 vagas de
estacionamento no interior da quadra, gerando, a princípio, um déficit de 149 vagas para
atender as prescrições urbanísticas. Na lateral leste do CCDM previ um setor de
estacionamento com 34 vagas preferenciais (PNE e idosos) e uma área de embarque e
desembarque voltada para veículos de serviço. No perímetro sul foram mantidas 39 vagas
públicas, totalizando as 73 vagas de estacionamento. A Zona Central da UFRN possui 470
vagas, segundo dados da INFRA (apud COSTA, 2017, p. 73), estando prescrito para área um
total de 399 vagas. Existe um saldo de 71 vagas na Zona Central, mas como eliminei da
quadra o total de 220 vagas, restou uma diferença de 149 vagas para manter as prescrições
urbanísticas da zona, o equivalente a uma área entre 2.800 e 3.000 m² (considerando área
de manobra e parada). Para compensar essa diferença propus o uso de uma área adjacente
ao estacionamento norte da Reitoria, com aproximadamente 2.500,00 m², que surgiu em
decorrência da redefinição viária proposta (Figura 74). A adição de uma área em torno de
500 m² de um terreno livre adjacente permitiria repor todas as vagas exigidas para zona e
preservar o CCDM do trânsito de carros.
No perímetro da quadra, ocorrem treze pontos de acesso que foram planejados para
captar o fluxo dos setores adjacentes (Figura 75, Figura 76 e Figura 77). Na lateral oeste,
temos: acesso 1, que está numa das extremidades da passarela, diante de uma praça
botânica à frente da Reitoria; acesso 2, em frente à entrada principal Reitoria. Esse acesso é
de uso rotineiro e emprega uma escada para conectar uma diferença de nível de
aproximadamente três metros; e acesso 3, posição que conduz ao estacionamento norte da
Reitoria, onde será alocado o déficit de vagas de estacionamento do CCDM. Na lateral norte,
temos: acesso 4, local planejado para o embarque e desembarque de pessoas, servindo
como parada para as linhas internas de ônibus do Campus; acesso 5, entrada a partir da Rua
das Sociais Aplicadas; e acesso 6, posição térrea mais próxima ao Setor de Aulas I e
extremidade norte do percurso longitudinal mais longo do CCDM (eixo 6-11). Esse eixo
mantém uma conexão física e visual ininterrupta entre as extremidades norte e sul da
quadra; e acesso 7, que se aproxima ainda mais do Setor de Aulas I, mas conduz ao nível 4

150
MEMORIAL

Figura 75 - Acessos e percursos no nível 1 do CCDM

LEGENDA
ACESSOS
MUDANÇA DE NÍVEL (SOBE)
MUDANÇA DE NÍVEL (DESCE)
PERCURSOS (esquema)

1 - PRAÇA DA REITORIA
2 - REITORIA
3 - ESTACIONAMENTO
4 - EMBARQUE/DESEMBARQUE
5 - RUA DAS SOCIAIS APLICADAS
6 - SETOR I (nível 1)
7 - SETOR I (nível 4)
8 - ANEXO DA BCZM
9 - ESTACIONAMENTO BCZM
10 - PRAÇA DA BCZM
11 - SETOR III (lateral)
12 - SETOR III (central)
13- RUA DAS BIOCIÊNCIAS

Fonte: Elaborada pelo autor.


.

Figura 76 - Acessos e percursos nos níveis 3 e 4 do CCDM

LEGENDA
ACESSOS
MUDANÇA DE NÍVEL (SOBE)
MUDANÇA DE NÍVEL (DESCE)
PERCURSOS (esquema)

1 - PRAÇA DA REITORIA
7 - SETOR I (nível 4)
8 - ANEXO DA BCZM
10 - PRAÇA DA BCZM

Fonte: Elaborada pelo autor.


. 151
MEMORIAL

da plataforma. Na lateral leste, temos: acesso 8, próximo ao anexo da BCZM; acesso 9,


ligado ao estacionamento oeste da BCZM; e acesso 10, na extremidade norte da passarela,
onde foi prevista uma praça de convívio. Na lateral sul, temos: acesso 11, entrada pela
Rua da Convivência que leva diretamente ao setor leste do CDDM; acesso 12, também
entrada pela Rua da Covivência e posição sul do eixo de percurso central da edificação (6-
11); e acesso 13, que mantém uma continuidade de deslocamento para aqueles que
atravessam o CCDM oriundos do Setor de Biociências, ao sul, da adjacências do campo de
futebol, ao norte. Ao longo dos percursos estipulados no CCDM os usuários encontrarão
vários equipamentos de circulação vertical (escadas, rampas e elevadores) que oferecem
flexibilidade e condições universais de acesso aos diversos níveis da edificação.

Figura 77 - Acessos e percurso no nível 5 do CCDM

LEGENDA
ACESSOS
MUDANÇA DE NÍVEL (SOBE)
MUDANÇA DE NÍVEL (DESCE) 1 - PRAÇA DA REITORIA
PERCURSOS (esquema) 10 - PRAÇA DA BCZM

Fonte: Elaborada pelo autor.


.
As praças foram distribuídas ao longo de todo o CCDM pensado no estímulo ao
desenvolvimento de atividades diferenciadas no espaço (Figura 78, Figura 79 e Figura 80). A
posição, dimensões, vegetação, instalações e outros aspectos favoreceram alguns usos em
detrimento de outros, contudo quase todos os locais são públicos e abertos a apropriação
livre por seus usuários. Considero que a praça de entrada do CCDM é a área pavimentada
alongada na porção noroeste da quadra, a qual chamei de Praça Cívica. No projeto original
de 1978, essa posição também foi definida como acesso principal, havendo inclusive uma
estrutura de apoio para demarcar o acesso. A relação direta desse local com as principais
vias de acesso ao interior do Campus Central é a responsável por essa percepção. Reforcei
essa característica configurando o espaço com alguns atributos de monumentalidade60, tais

60
Algumas configurações do espaço conferem aos lugares uma perspectiva de exceção. Várias dessas
características são compartilhadas por obras famosas, tais como: as Pirâmides de Guiza (Egito), o Taj Mahal
(Índia), Champs Élysées (Paris), o Mall (Washington), ou a Cidade Proibida (China). Holanda (2005) enumera
alguns desses atributos: grande dimensão dos espaços abertos; forte axialidade; edifícios importantes
destacados sobre terraplenos, prédios soltos na paisagem; e transições mediadas entre interior e exterior.

152
MEMORIAL

Figura 78- Praças no nível 1 do CCDM

LEGENDA
PRAÇA CÍVICA

PRAÇA DO BOSQUE

PRAÇA DE ACESSO

PRAÇA DO TESOURO

PRAÇA DO ESTACIONAMENTO

PRAÇA DA DIVERSIDADE

PRAÇA DE SERVIÇO

PRAÇA DO LANCHE

PRAÇA COBERTA

Fonte: Elaborada pelo autor.


.

Figura 79- Praças nos níveis 3 e 4 do CCDM

LEGENDA
PRAÇA DA REITORIA

PRAÇA DA BCZM

PRAÇA DA TRANSIÇÃO

PRAÇA BOTÂNCA

PRAÇA DA SICREDI

Fonte: Elaborada pelo autor.


153
.
MEMORIAL

como observado por Holanda (2015, p. 164-170): demoli a estrutura secundária original
de acesso, ampliando o espaço aberto; defini uma área pavimentada alongada, dando
continuidade ao eixo da Rua do Meio Ambiente, que se aproxima frontalmente ao CCDM; e
reforcei esse eixo ladeando a praça com palmeiras imperiais, encerrando, junto à edificação,
com uma área ajardinada de transição numa cota cinquenta centímetros mais baixa. A praça

Figura 80 - Praça no nível 5 do CCDM

LEGENDA
PRAÇA DO TOPO

Fonte: Elaborada pelo autor.


.
cívica está destinada a eventos de concentração pública como comícios ou apresentações
musicais. Para essa atividades, a extremidade leste da praça pode ser empregada para
montagem de palanques com estruturas temporárias. Ao lado da Praça Cívica, há uma
extensa área livre destinada à implantação de um bosque. Essa área, a Praça do Bosque,
concentra o maior número de árvores encontradas na quadra. Essa característica seria
reforçada e intervenções localizadas, como a instalações de bancos, superfícies
pavimentadas pequenas, ou áreas gramadas. Em torno da edificação está prevista uma área
de transição formada por jardins decorativos. Essa faixa são as Praças de Acesso, que estão
destinadas a criação da edificações com o ambiente externo através de planejamento
paisagístico com o uso prioritário de espécies arbustivas e forrações. Na lateral leste do
CCDM se encontram mais duas praças externas, a Praça do Estacionamento e a Praça de
Serviço. A primeira, aproveita uma antiga área de estacionamento densamente arborizada,
que se encontrava quarenta centímetros mais elevada que o piso interno do CCDM. As
árvores foram mantidas, mas o estacionamento foi eliminado e a cota mais baixa foi
estendida para fora da edificação, amenizando a diferenciação entre as partes interna e
externa. Devido à arborização e à conexão extensa e direta com o interior da edificação, essa
é uma praça propícia a momentos de descanso ou à realização de feiras temporárias ao ar
livre. A segunda, é uma área articulação que conecta e redistribui os fluxos de quatro
direções distintas, mas sua proximidade da área de embarque e desembarque do
estacionamento favorece seu emprego para serviços de abastecimento (restaurante e

154
MEMORIAL

quiosques), transporte de valores (bancos) e recolhimento de lixo. Sob a cobertura da


plataforma e da passarela, há mais quatro espaços que foram destacados: a Praça do
Tesouro, a Praça da Diversidade; a Praça do Lanche e a Praça Coberta. A Praça do Tesouro
pode ser vista como uma extensão ou continuidade da Praça do Estacionamento, mas o
interesse em destacá-la é porque sua localização possui uma característica peculiar: essa é a
posição onde os eixos mais importantes do espaço se cruzam - norte-sul (6-11) e leste-oeste
(4-9). Esses trajetos cortam a quadra de ponta a ponta e se observamos as medidas de
integração visual (Figura 71), os maiores valores no interior da edificação estão posicionados
na Praça do Tesouro. Essa é uma praça de articulação e o "X" marca o lugar. A Praça da
Diversidade se destaca pela atratividade dos serviços. No seu entorno se encontram:
bancos, restaurante, lanchonetes, serviços de assistência, banca de revistas e banheiros
(propiciamente reservados). Esses serviços irão provocar uma concentração de interesses
diversos, tornando esse um ponto de encontro e o lugar ideal para realização de atos
públicos dos quais se espera uma participação ampla, tais como palestras e pequenas
apresentações culturais. A Praça da Lanchonete existe para apoiar os serviços de
alimentação e comércio de artesanato que serão oferecidos nos quiosques. Alimentação
rápida e barata (lanches) é um dos maiores atrativos à população discente da UFRN e essa
oferta demanda um espaço propício à concentração de pessoas e apoio à alimentação. A
praça foi deslocada do eixo central e posicionada em contrato direto com as áreas de
transição do espaço exterior (Praças de acesso). A Praça Coberta é uma área marginal à
Praça do Bosque, uma localização propícia ao desenvolvimento de atividades ao ar livre que
demandam uma proteção mínima das intempéries (radiação solar direta e chuva). É um
lugar adequado para realização de atividades como ginástica, brincadeiras de salão, ou
dinâmicas de grupo.
Nos pavimentos acima encontram-se praças que têm atribuição prioritária de
articulação. São externas em sua maioria, e para possibilitar seu uso cotidiano nas condições
climáticas de Natal, adotei soluções variadas de suporte ao plantio de espécies arbustiva e
árvores de pequeno porte (jardineira, canteiro, contêiner). As extremidades da passarela são
ladeadas por duas praças: a oeste a Praça de Reitoria; e a leste a Praça da BCZM. A Praça da
Reitoria é um espaço ajardinado já existente ao lado da Reitoria e que dá acesso ao seu
anexo lateral. A Praça da BCZM, na extremidade oposta, é uma área de trânsito
compartilhado no estacionamento oeste da Biblioteca Central. Seu propósito não é só

155
MEMORIAL

resguardar a aproximação à extremidade leste da passarela, mas também servir como


transição ao acesso posterior da BCZM. No projeto original da BCZM havia uma passagem
interna que permitia alcançar a frente da edificação a partir de uma entrada posterior, onde
inclusive há um jardim para o qual Burle Marx desenvolveu um projeto paisagístico (o
projeto se encontra nos arquivos da INFRA). A requalificação propõe a reabertura desse
acesso, criando uma ligação mais direta desde a Rua da Biblioteca até a Reitoria. O caminho
mais conveniente dessa ligação ocorre pelo interior do CCDM, no nível 3, através da Praça
de Transição. Essa praça dá acesso ao segundo pavimento do Banco do Brasil e à
Cooperativa Cultural, um dos espaços mais visitados pelos usuário do Centro. É uma posição
privilegiada, pois é o núcleo de articulação entre as extremidades da passarela e os níveis 1,
4 e 5. Sobre a área descoberta da plataforma está localizada a Praça Botânica, uma área
alongada que conecta os acessos das unidades funcionais localizados no nível 4. Foi
planejada como um jardim botânico, com canteiros reservados para o plantio e cultivo de
espécies representativas da Mata Atlântica. Os jardins propostos são constituídos por
contêineres moldados em polipropileno e suportados por uma armação de aço. Essa solução
atende a premissa de remoção das intervenções sem comprometimento da estrutura
original da plataforma. A Praça da Sicredi segue os mesmos princípios da Praça Botânica, a
diferença é que está reservada para uso exclusivo pela instituição cooperativa. A última
praça que destaco está situada acima da passarela, é a Praça do Topo, uma área de
contemplação, vizinha ao café da Cooperativa Cultural. Para chegar a essa localização há
duas opções: ou a partir das extremidades da passarela; ou do elevador situado entre o
Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Partindo das extremidades, o usuário deve
vencer um percurso rampado, optando seguir por uma área gramada, ou por um sistema de
escadas e rampas transversais à subida. O trecho inicial da passarela possui uma inclinação
de 5,14%, mas após 18,30 metros de extensão a inclinação é alterada para 11,58%. Para
atender as prescrições de acessibilidade, a partir desse ponto, propus uma escada associada
a uma sequência de rampas com inclinação constante de 4,86% - valor que prescinde a
rampa da exigência legal de corrimãos. Não caracterizei essa condição no projeto, mas o
conjunto de escadas e rampas pode ser considerado uma continuidade da Praça do Topo. Os
degraus e algumas jardineiras distribuídas ao logo do trajeto oferecem a oportunidade de
parada e contemplação.

156
MEMORIAL

4.3 ASPECTOS CONSTRUTIVOS


Os elementos técnicos das construções são os aspectos mais discursivos da atividade
projetual. Sua aplicação atende a critérios mensuráveis da resistência de materiais e a
objetivos funcionais específicos dentro de uma edificação: distribuir cargas, conduzir fluidos,
energia ou dados, reconformar o relevo, prevenir acidentes, dentre outros. Sua
previsibilidade está aberta à discussão desde as fases iniciais do projeto, porém a definição
projetual de cada especialidade tem uma sincronia própria com os estágios de
amadurecimento do projeto arquitetônico. O projeto do CCDM foi concebido com a
permanente preocupação de antecipar as diversas implicações técnicas da construção
(elementos estruturais, passagem de dutos, materiais, drenagem, terraplanagem, rotas de
fuga etc.), porém dentre essas, tratarei apenas daquelas que estão formalmente mais
definidas.
O primeiro desafio estritamente técnico que se interpôs foi como reforçar a estrutura
da plataforma para resistir à sobrecarga no nível 4, sem comprometer a sua integridade
física e estética. A ideia central foi adotar sistemas que admitissem a possibilidade de
remoção sem causar danos ao sistema, se harmonizassem à estrutura de concreto, e
manifestassem indicações nítidas de intervenção sobre uma condição preexistente. Rejeitei
logo a possibilidade de uma estrutura integralmente independente, pois isso significaria
esvaziar o sentido da existência da plataforma. Seria um "arquecídio" qualificado,
assassinato seguido da ocultação do cadáver.
Constituída por uma grelha de concreto armado, com vãos médios de quatorze
metros, a maior preocupação à sobrecarga do sistema seriam os esforços de flexão sobre as
vigas. A laje de piso sobre a plataforma também preocupava acerca da sua solidarização ao
sistema. A solução dada foi criar uma estrutura metálica adicional acompanhando cada
elemento do sistema preexistente61. Para combater os momentos negativos, cada viga de
concreto recebeu na sua face inferior uma peça de aço, prolongadas até pilares metálicos
que também acompanharam a modulação de grelha de concreto (Figura 82). Esse sistema
suplementar suporta a carga adicional da laje de piso sobre a plataforma, solucionada com o
emprego de placas alveolares moduladas de concreto (Figura 81 ).

61
Os sistemas estruturais adotados no CCDM foram conceitualmente aferidos pelo professor Dr. Petrus
Gorgônio Bulhões da Nóbrega do Departamento de Arquitetura da UFRN. A professora Dra. Edna Moura
Pinto, do mesmo departamento, também contribuiu na definição conceitual das estruturas na passarela.

157
MEMORIAL

Figura 82 - Estrutura metálica de reforço da plataforma

Fonte: Revit 2016, elaborada pelo autor.

O peso das coberturas sobre o nível 4. é sustentado por um sistema independente,


também em estrutura metálica. Essa variação na solução foi adotada porque decidi manter,
sempre que possível, o sistema metálico alinhado com os elementos estruturais da grelha.
Conservar a estrutura das coberturas independente foi necessário para evitar a ocorrência
de cargas pontuais sobre as vigas de concreto. Os pilares de sustentação da cobertura
atravessam as vigas de concreto e seguem até o solo, passando por uma posição que não
compromete a função estrutural. As vigas
Figura 81 - Laje de piso sobre a plataforma
perfuradas tem um formato de "H" e sua
parte central funciona como canal para
captação de águas pluviais. O projeto
estrutural do CCDM foi verificado e nessa
posição existe somente uma ferragem de
estribos. Essa função secundária das vigas
foi mantida, com as águas captadas sobre
a plataforma sendo drenadas através das
calhas até o destino final nos pilares
extremos ou intermediários da grelha. Fonte: Revit 2016, elaborada pelo autor.
.

158
MEMORIAL

A passarela de cobertura na extremidade sul do CCDM apresentou um desafio


técnico diverso. Como cobrir um vão de 144m metros com a menor quantidade de pilares
possível sem criar uma superfície suspensa grosseira? O ponto de partida foi a escolha do
sistema estrutural. A opção pelo concreto armado se mostrou como a mais racional, devido
a disponibilidade local do material e de mão de obra qualificada, da sua plasticidade e da
exigência menor de manutenção por intervalo de tempo. O princípio para o desenho foi
definir um esqueleto estrutural que servisse de base para montagem de superfícies de
vedação e acabamento. Os elementos de suporte ficariam ocultos, mas a forma aparente
deveria manter uma conexão com o arranjo formal do esqueleto estrutural. O sistema foi
concebido com uma configuração similar a um chassi de caminhão pesado: duas vigas
principais cobrem o maior vão, suportando vigas secundárias transversais que se projetam
em balanço de ambos os lados da estrutura. Vigas de bordo conectam os balanços
aumentando a rigidez do sistema e dois pilares centrais interrompem o vão das vigas
principais definindo três intervalos menores: um central de 36 metros e dois laterais de 64
metros. As lajes de piso acompanham a inclinação da vigas, um pouco abaixo do limite
superior destas, formando caixões que ajudam na contenção das camadas de
preenchimento dos pisos. Na parte central da passarela, entre os quatro pilares
intermediários, a laje se torna horizontal. Entre as vigas principais essa laje horizontal é
rebaixada, formando um plano para inserção do café e da Praça do Topo. Nesse trecho as
vigas transversais de concreto são substituídas por outras metálicas que suportam o piso
pela face inferior, liberando o espaço acima para ocupação.

Figura 83 - Estrutura da passarela

Fonte: Revit 2016, elaborada pelo autor.


.
159
MEMORIAL

As lajes são recobertas com superfícies de impermeabilização, proteção mecânica,


volumes de preenchimentos e drenagem e acabamentos, que podem ser camadas de solo
para plantio de forrações e espécies arbustivas ou área pavimentadas. A parte inferior da
estrutura recebeu um forro de madeira vazado nos locais externos às unidades funcionais do
CCDM. Nas laterais, foram fixadas estruturas metálicas para suportar superfícies de vedação
em alumínio composto. No topo, uma placa plana sobre a qual é instalado um guarda-corpo
de vidro, e nas laterais, um painel vazado com uma padronagem em relevo que lembra
escamas de peixe (Figura 84). Concebi esse conjunto de recobrimento com a intenção de
suavizar a rigidez geométrica da estrutura. O piso da passarela tem um efeito visual
ondulado, como as dunas das paisagem vizinha, e o painel lateral sofre uma variação rítmica
e continua na inclinação que produz um afilamento na borda, similar ao que é visto no
Museu de Arte, Arquitetura, e Tecnologia, em Lisboa (MAAT - Portugal).

Figura 84 - Seção da passarela com elementos de recobrimento da estrutura

Fonte: Revit 2016, elaborada pelo autor.


.
Há ainda uma terceira concepção estrutural empregada no projeto. Na condição mais
privilegiada para observação da paisagem, posicionei uma unidade funcional dedicada à
pausa, ao relaxamento e à descontração - a cereja do bolo. Acessível desde as extremidades
da passarela, pelo interior da Cooperativa Cultural, ou pelo elevador da Praça de Acesso ao
sul, se encontra o café, uma extensão da Cooperativa, onde é possível apreciar a bebida

160
MEMORIAL

mais consumida no mundo contemplando o horizonte através da Reitoria (oeste) ou do


Parque das Dunas (leste). Para cobrir essa área, concebi uma solução para proporcionar
visuais livres de interferência, particularmente a leste e oeste, pois as direções
complementares já se encontravam obstruídas devido ao rebaixamento do piso central da
passarela (Figura 85). Atravessei o vão entre as vigas principais da passarela com linhas de
madeira laminada colada (MCL), posicionadas para formar uma curvatura longitudinal
aproximada à da passarela. Esse desenho permite a percepção discreta do café para um
observador que se aproxima do CCDM, e para realçar essa presença, apliquei placas de
alumínio composto (ACM) vermelhas nas bordas da estrutura. Cada grupo de três linhas é

Figura 85 - Sistema estrutural da cobertura do café

Fonte: Revit 2016, elaborada pelo autor.


.
sustentado por dois pilares com fustes tripartidos apoiados sobre as vigas principais da
passarela. Como elemento de vedação, deveria utilizar uma superfície que se adaptasse à
curvatura e aceitasse pequenas inclinações, contudo desejava evitar materiais
industrializados convencionais e procurava algo que tivesse alguma marca regional.
Encontrei uma referência nas instalações da Bodegas Protos, situada em Peñafil, (Espanha):
cinco arcos parabólicas geminados cobertos com blocos cerâmicos justapostos. Não
encontrei detalhes técnicos da aplicação, mas baseado nas imagens da referência, concebi
um sistema funcional para vedação e drenagem das águas pluviais com blocos cerâmicos.
Caibros regularmente espaçados fornecem o apoio e mantém intervalos para instalação de
calhas longitudinais às fiadas de blocos. Uma sequência de camadas no forro contribuem
para manter as características ambientes do café dentro dos limites de conforto.

161
MEMORIAL

4.4 PERSPECTIVAS
Uma imagem vale por mil palavras? Encerrei o memorial com quase cinco mil, mas
tenho a impressão que precisaria de outras cinco mil para apresentar e justificar cada
decisão, cada desenho, cada detalhe ao qual me dediquei nesse trabalho. As dimensões do
CCDM são generosas, mas esse relatório tem limites. Espero que algumas imagens possam
revelar características que não puderam ser incluídas na discussão e possibilitem a
percepção de outras ainda não assimiladas. Agradeço a generosa paciência do leitor e o
deixo com mais algumas mil palavras.

Figura 86 - Entrando pela Praça Cívica

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.


.
Figura 87- Caminhado no Jardim Suspenso para passarela

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.


162
.
MEMORIAL

Figura 88 - Observando da passarela o acesso que conduz à Reitoria

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.


.

Figura 89 - Passarela vista a partir da extremidade da Reitoria

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.


.
163
MEMORIAL

Figura 90- Entrado no CCDM pelo acesso que se conecta à Reitoria

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.


.

Figura 91 - Observando a Praça da Diversidade

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.

. 164
MEMORIAL

Figura 92 - Vista da rótula no estacionamento do CCDM

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.


.

Figura 93 - Vista da passarela pelo acesso sul do CCDM

Fonte: Lumion, elaborada por Rafael Formiga.

165
CONSIDERÇÃO FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS
As motivações que impulsionaram esse trabalho estão ligadas à minha conexão
afetiva com a UFRN e à inquietação com a incômoda permanência da condição ambiental
do lugar destinado ao congraçamento universitário, o Centro de Convivência Djalma
Marinho. São quase quarenta anos, ao longo dos quais as intenções originais do projeto
foram gradativamente cedendo espaço (literalmente) a uma visão utilitarista, voltada ao
comércio e à prestação de serviços. Não que estes devessem ser ignorados, mas a
negligência com os atributos de conforto, acolhimento, convívio e segurança tornaram o
Centro cada vez menos associado ao adjunto que específica sua atribuição: convivência. Esse
trabalho oferece uma contribuição aos esforços voltados à transformação desse estado.
No contexto do PPAPMA desenvolvi um projeto de requalificação arquitetônica do
CCDM, procurando promover características de integração e articulação do seu espaço. Esse
esforço encontra razão na premissa teórica da Sintaxe do Espaço na qual o comportamento
social e a configuração espacial são expressões de um fenômeno comum, a rede de
permissões e proibições que conciliam os interesses diversos da comunidade virtual (HILLIER
et al., 1987). O conhecimento de atributos mensuráveis do espaço permite a atuação
dirigida sobre o potencial de encontros e esquivanças de um lugar.
A abordagem processual do projeto foi metodologicamente baseada no paradigma
conjectura-teste, tomado como condição inerente à atividade, assim como entende Hillier
(2007). Proposição e previsão são fases cognitivas do processo projetual que, através de um
curso cíclico, concilia a intuição e a razão no contexto da atividade produtiva. Esse
fundamento acabou por definir o escopo do trabalho, que foi desenvolvido em torno de
quatro temas: Problema de projeto, que levantou as determinações da proposta;
Concepção, que apresentou os aspectos operacionais e instrumentais e a definição e
desenvolvimento do partido arquitetônico; Previsão, que expôs o processo de análise da
proposta, apoiada nas premissas da Teoria da Sintaxe do Espaço; e o Memorial, que
descreveu as principais características do resultado desse trabalho.
O projeto logrou seu objetivo, apresentando uma alternativa de configuração
espacial para o CDDM cujos atributos de integração e articulação foram ampliados.
Assumindo condições programáticas similares às que estão postas ao Centro em 2018 (área
construída, regulamentos, unidades funcionais etc.) estabeleci uma possibilidade formal e

166
CONSIDERÇÃO FINAIS

espacial que, potencialmente, oferece aos seus usuários: campos visuais mais profundos e
abertos; consciência contínua do entorno; diversidade de ambientes e estímulo a práticas
diversas; permutação elevada entre e conexões percursos; e marco visual na paisagem. A
importância desse resultado não é apontar qual é "a resposta" arquitetônica à condição
sociofugal do CCDM , mas antes, é sugerir um repertório de ideias que contribuam para o
campo de possibilidades daqueles que têm o poder efetivo de intervenção.
De um perspectiva mais pessoal, o amadurecimento de uma consciência sobre o
fazer da arquitetura foi a principal contribuição do trabalho à minha formação profissional.
Sempre assumi com desconfiança as teorizações sobre o processo de projeto, inclusive as
que eu tentava conchavar para obter o conforto de algum sentido nas minhas ações. Teve
um efeito revelador o meu contato com a teorização de Hillier (2007, p. 313-343) sobre o
processo projetual e mais surpreendente foi perceber o quanto a ideia não era uma
novidade, já estava declarada no Design Methods Moviment. A sensação é que sua
proposição não recebeu a devida importância, mas faço minhas as palavras do Professor
Frederico Holanda quando ainda avaliava a proposta preliminar desse trabalho: "[...] é
simplesmente magistral"62.

62
O comentário do Professor Frederico Holanda se encontra no parecer sobre a versão preliminar dessa
dissertação (página 2), datado de 05.10.2017.

167
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171
APÊNDICE
APÊNDICE A - Entrevista com professor Marizo

ARQUIVO: Marizo 2017.03.08


TEMPO: 16 minutos e 28 segundos
DATA: realizada em 08 de março de 201

Obs.: Termos coloquiais foram ajustados para sua expressão culta (ex.: tá - está); foram
eliminadas expressões com função fática (né, entendeu?...), gaguejos; e foram
corrigidas concordâncias nominais e verbais.
A. Foi solicitado ao professor Marizo que falasse livremente sobre os acontecimentos e
percepções que envolveram o projeto do Centro de Convivência Djalma Marinho, bem
como suas críticas ao que se encontra edificado.
M. (1:25) O Centro de Convivência, antes de qualquer coisa, considerando que eu era
recém formado na época, teve muito mais que a intenção de atender uma solicitação da
reitoria. A gente pretendia usar essa oportunidade pra materializar uma aula de
arquitetura moderna, onde, além o edifício, a gente pensava em trabalhar com o
entorno através de jardins utilizando somente espécies nativas, com efeitos de
perspectiva, com iluminação artificial tentando valorizar o edifício à noite e ao mesmo
tempo tentando que a partir das dez, quando se encerrava o expediente na
universidade, esse edifício pudesse figurar como um monumento: apagar-se-iam todas
as luzes do entorno e tinham luzes voltadas pra ele, dentro daquela visão do movimento
moderno de não esconder o edifício, mas ao contrário, tornar esse edifício visível e solto
no espaço. Nada de ser como ele está agora, que a impressão que dá é que tentaram
escondê-lo em meio a vegetação, o que não quer dizer que a vegetação seja uma coisa
ruim, mas não era bem essa a intenção. Então nós tivemos a intenção, eu e Hiran César
da Silva, que foi o colega que trabalhou comigo, de primeiro partir para uma coisa muito
ousada - que a gente pensou até na possibilidade de uma coberta atirantada em cabos
de aço ligando um lado ao outro daquela depressão - mas chegamos à conclusão que ia
ser uma coisa muito cara, ao mesmo tempo se tratava de um edifício público, que
manutenção não é uma coisa garantida, e pensamos também na mão de obra que podia
ser aplicada - que a gente sabe que quando a gente trabalha com curvas, quer com essa
solução ou com uma solução semelhante, mas desde que houvesse curvas visíveis, isso
podia ser um "deus nos acuda". Então partimos pra criação de módulos e jogando um
pouco com esses módulos, quase que numa explosão do cubo modernista mesmo.
A. Houve alguma referência direta a alguma obra, algum exemplo, alguma ideia?
M. (4:19) Houve uma intenção de tirar proveito de algumas coisas que caracterizavam a
obra de Kenzo Tange, que era arquiteto japonês muito conhecido na época que tinha
uma propostas de arquitetura moderna dentro daquela visão estética japonesa
tradicional, o que fazia com que, segundo minha interpretação - eu acho a arquitetura
moderna muito mais bela que a arquitetura contemporânea, por que a gente sente que
ela bebe na fonte clássica - a questão das proporções, a questão da simetria, muitas
vezes - então nesse aspectos você tem como garantir uma coisa esteticamente mais
bem elaborada do que essa liberdade plástica que se tem hoje em dia que pode trazer

172
coisas interessantes e ao mesmo tempo não. Agora, não parti pra tirar proveito de
nenhum edifício em particular, apesar de que o edificiozinho pequeno que na época foi
criado pra ser o centro administrativo - o edifício administrativo do Centro de
Convivência e que hoje é edifício da CAURN - ele tivesse mais recortes do que ele
apresenta agora e basicamente trabalhando com concreto aparente branco e algumas
coisas das cores primárias, mas sem muita exploração das cores primárias, a gente
mostrasse mais claramente uma certa lembrança de algum edifício dele, mas não uma
coisa assim muito visível, muito seletiva, era muito mais a essência da obra dele, essa
questão de uma geometria muito bem definida, uns recortes interessantes sem
exagero, uma preocupação com detalhes de uma maneira muito simplificada, usando
mesmo uma linguagem brutalista até mesmo na questão do, quer dizer, considerando o
Brutalismo como sinônimo de simplicidade, por que é pesado mas é simples, mesmo
que você tenha uma movimentação volumétrica, mas isso não chega a ser uma coisa
complicada pra se ver. A gente quis levar essa coisa também até o nível do detalhe, por
exemplo, o prediozinho que é da CAURN agora, tem uma escada que fica inserida num
volume que ele arrematado por um semicírculo. A escada sobe e o detalhe que tem de
um lado e do outro, antes desse círculo, antes desse corpo que saca do volume maior se
afastar propriamente, tem uma seteira de vidro e depois é que ele solto de um lado e do
outro. Então a intenção era o mínimo possível, no sentido da simplificação. A gente
pensou, por exemplo, em colocar o vidro fixado diretamente sobre uma fita de silicone
ou de borracha, uma coisa assim, e parafusada - parafusada por dentro, claro, pra
ninguém de fora ter acesso a abrir. Então era esse o espírito do edifício e o edifício como
um todo basicamente se constituía numa sombra, numa grande área de sombra, por
que foi pedido pra ser um edifício com o objetivo de atrair os alunos, tanto para
discutirem problemas que fossem do interesse deles, como pra uma festa, como pra
uma exposição, como pra uma questão de ordem política que eles quisessem
compartilhar com os colegas - nesse sentido. E além disso, na parte mais estreita do
volume maior, ali onde tem os bancos, eram basicamente cubos perfeitos, onde tinha
um setor de pagamento só de salários - como já havia na época da Caixa Econômica -
era um posto de pagamento, não era uma agência bancária. E com o passar dos tempos
as coisas foram se transformando: se construiu primeiro a coberta e ficou alguns anos só
a coberta e areia embaixo, nada, nenhuma função, até que Superintendência, na época
o ETA (Escritório Técnico Administrativo) decidiu fazer aquela solução que está lá, mas a
gente percebe que havia muito mais interesse em criar espaço para algumas pessoas
mostrarem seus serviços do que propriamente um edifício voltado pra os alunos.
A. Então o projeto original nunca foi executado da forma como vocês conceberam?
M. (9:32) Não. Ele já começou sendo deturpado na construção da coberta, por que a gente
pretendia que nada além do ângulo de noventa graus fosse visto e começaram a surgir o
perfil do zig zag das telhas, quando na realidade até esse zig zag deveria ficar por trás de
uma platibanda. Eu e Hiran, se sentido insatisfeito com o que foi feito com o projeto,
nós decidimos criar um documento retirando a responsabilidade técnica pelo projeto,
entregamos ao ETA e não se sabe o que foi feito com esse documento. E a partir daí, a
gente acreditando que esse documento tinha sido aceito, por que foi entregue, se
sentiu à vontade para não interferir mais. Tinha umas coisas assim meio gambiarras: ao
invés de você fazer o concreto aparente propriamente, eles faziam a alvenaria e
diziam"não, a gente põe uma lama aqui de concreto, não sei o quê...". Ficava aquela

173
coisa do parecido e não do real, apesar de que a gente sabe que em alguns momentos
tem que haver isso mesmo, mas é preciso não exagerar. Percebemos também que a
coberta, uma inspiração de um detalhe que a gente foi pegar lá no gótico: vinham as
calhas, depois elas saiam fora da coberta e fechavam num "V" e na ponta do "V" tinha
uma queda d'água que ficava mais ou menos a um metro e meio do chão. Então, a água
descia, protegida por, ou ao menos orientada, por um "V", um elemento com seção em
"V", que ficava aberto para o lado de onde vinham os ventos. Então a água descia, o
vento empurrava a água de encontro e aquilo caia embaixo numa caixa de seixo e
orientada por uma corrente, que era uma coisa bem comum na época. E nenhuma
instalação aparente, como está feito lá, aquelas coisas daqueles canos de PVC. A
iluminação era na parte inferior da calha (era só pra iluminar embaixo) praticamente.
Então a gente começou a fica insatisfeitos, éramos recém contratados, a universidade
não tinha a mentalidade para entender a arquitetura como se tem hoje, por que
naquela época jamais a gente teria condições de propor um minhocão [CTEC] como foi
proposto agora ou esse edifício do C&T como foi proposto, jamais a gente poderia
pensar numa coisa dessa, por que a ideia era a construção de caixas. E Principalmente a
prata da casa, recém chegada de outra cidade, que não era... ninguém sabia de onde
vinha, que capacidade que tinha esse pessoal, não éramos daqui, nem eu, nem Hiran.
Então essa coisa toda contribuiu. Resultado, o Centro de Convivência passou a deixar
uma grande área de sombra, para ser uma caricatura de shopping. A partir do momento
que cria aquela circulação central, mas sem uma série de preocupações como por
exemplo: criar pátios internos com o intuito de garantir uma certa ventilação natural;
sem partir para aquele adensamento, mas aí ninguém ligou, nós sugerimos a
possibilidade de criar eixos e colocar essas coisas segundo esses eixos, exatamente com
essa intenção de criar esses pátios, aí cria-se aquela feirinha, cria-se o Santander que
são coisas que parecem... a impressão que dá é que vão jogando as coisa ali, quando
entupir aí para-se.
A. Qual é a visão que você tem hoje do Centro de Convivência, qual o papel que ele
desempenha hoje, você acha que pode mudar?
M. (14:01) Eu pessoalmente gostaria que mudasse, mas o que a gente percebe é que a
impressão que dá é que o Centro de Convivência está sendo... se antes aquela solução
apareceu para algumas pessoas mostrarem serviço, a impressão que dá é que esse
serviço está sendo substituído por uma forma da universidade ganhar dinheiro, que de
todo não é ruim. Acho que se coisa conseguir sair, a proposta sair bem feita, por que
não? Desde que traga benefícios para comunidade. Agora, por outro lado, eu acho, aí
vai uma crítica bem pessoal, eu acho que considerando que gente teve uma
preocupação inicial de criar um monumento à arquitetura moderna, sabendo que já
existe um projeto de reforma que vai descaracterizar completamente, eu acho que
poderia ser pensado numa possibilidade de ser um pouco fiel á proposta inicial, pelo
menos em termos dessa volumetria maior, entendeu? mesmo que se mude alguma
coisa. Por exemplo, eu se fosse construir hoje em dia não colocaria mais a coberta como
ela está proposta hoje, eu arrumava um jeito de fazer uma tiragens de ar por cima, uma
coisa assim, mas na época era o que parecia ser o top, isso a gente se sentindo muito
ousado, por que tinham pessoas que não teriam essa coragem de ousar. É mais ou
menos por aí. E eu tenho umas imagens aqui que a gente fez em computador da
proposta original, como seria interessante. Eu vou mostrar.

174
ANEXO
ANEXO 1 - Cópia do anúncio de inauguração do CCDM na Tribuna do Norte

175
Requalificação
Arquitetônica
Centro de
Convivência
Djalma Marinho

Dissertação de Mestrado
PPAPMA - UFRN
Volume 2

José Aureliano de Souza Filho


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE

MESTRADO PROFISSIONAL EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO

PROJETO ARQUITETÔNICO DE REQUALIFICAÇÃO


DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

VOLUME 2

Natal
2018
JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO

PROJETO ARQUITETÔNICO DE REQUALIFICAÇÃO


DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

VOLUME 2

Dissertação submetida ao Mestrado


Profissional em Arquitetura, Projeto e Meio
Ambiente do Programa de Pós-graduação em
Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como parte dos requisitos para obtenção do
Título de MESTRE.

Orientadora: Prof.a Edja Bezerra Faria Trigueiro, PhD


Co-orientador: Prof. Dr. Paulo José Lisboa Nobre

Natal
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Biblioteca - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Dr. Marcelo Bezerra de Melo Tinôco - DARQ - CT

Souza Filho, José Aureliano de


Projeto arquitetônico de requalificação do centro de convivência
Djalma Marinho / José Aureliano de Souza Filho - Natal, 2018.
175fl.: il.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do


Norte. Centro de Tecnologia. Departamento de Arquitetura e
Urbanismo.
Orientadora: Edja B. F. Trigueiro.
Coorientador: Paulo José Lisboa Nobre.

1. Projeto arquitetônico - Dissertação. 2. Projeto de


arquitetura institucional - Dissertação. 3. Centro de convivência
universitário - Dissertação. 4. Sintaxe do espaço - Dissertação. I.
Trigueiro, Edja Bezerra Faria II. Nobre, Paulo José Lisboa. III.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. IV. Título.

RN/UF/BSE15 CDU 72.012.1


SUMÁRIO
VOLUME 2

PRANCHA 01 ................................................................................................IMPLANTAÇÃO

PRANCHA 02 ........................................................................................................... NÍVEL 1

PRANCHA 03 ...................................................................................................... NÍVEL 3 e 4

PRANCHA 04 ................................... NÍVEL 5, BLOCO A - DIR. CENTR. ESTUDANTES e BANCA

PRANCHA 05 .......................................................... BLOCO B - NAC, FARMÁCIA e CORREIOS

PRANCHA 06 ......................................................................................... BLOCO C - GALERIA

PRANCHA 07 .................................................BLOCO D - CAURN, CAENE e ADMINISTRAÇÃO

PRANCHA 08 ................................................................. BLOCO E - RESTAURANTE e SICREDI

PRANCHA 09 .......................................... BLOCO F - EDUFRN e WC's / BLCO G - SANTANDER

PRANCHA 10 ................................................. BLOCO H - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF)

PRANCHA 11 ................................ BLOCO I - BANCO DO BRASIL E COOPERATIVA CULTURAL

PRANCHA 12 ................................ BLOCO I - BANCO DO BRASIL E COOPERATIVA CULTURAL


LEGENDA
LIMITE DO MUNÍCIPIO DE NATAL/RN
RU EXTREMOZ
AD UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE N
OM
EIO
AM
BIE
N ESTACIONAMENTO DA TVU
TE
(AL ESTACIONAMENTO DO SETOR I
TER
AD ACESSO
A)
DO SETOR I

SÃO GONÇALO
DO AMARANTE

ACESSOS DA VIA DAS GI


VIA DAS SOCIAIS APLICADAS RIO POTEN
SOCIAIS APLICADAS OCEANO
VIA DEMOLIDA DA
VIA DEMOLI ATLÂNTICO
LIMITE DA QUADRA
LIM
ITE
DA
Q UAD
RA

ACE
E SS 5%
DES MBAR O DO
EMB QUE 5%
5%
DE A E
VEÍ RQUE
CUL 5%
OS
5%

5%

LIMITE DA QUADRA
MACAÍBA
LIMITE DA QUADRA

PARNAMIRIM

ACESSO DOS
ESTACIONAMENTOS SITUAÇÃO - NATAL/RN
escala - 1 : 125000

N
5%
ACESSO
5% DO ANEXO
À BCZM

5%
5%
ANEXO DA BCZM
LEGENDA
SISTEMAS VIÁRIO (VIAS e ESTACIONAMENTOS)
A

5%
LID

EDIFICAÇÕES DO CAMPUS CENTRAL

5%
MO
DE

ACESSO DO ZONA CENTRAL (PLANO DIRETOR DA UFRN)

RUA DA BIBLIOTECA
VIA

ESTACIONAMENTO

5%
DA BCZM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

5%
5%
SITUAÇÃO - UFRN
5%
escala - 1 : 12500

ÍNDICES URBANÍSTICOS
ZONA CENTRAL
F ÁREA TOTAL 97.139,35 m²
EXISTENTE TAXA PRESCRIÇÃO
ACESSO DA ÁREA PERMEÁVEL 34,582,62 m² (35,60%) 50% 48.569,75 m²
ENTRADA
REITORIA PRINCIPAL ÁREA CONSTRUÍDA 23.922,25 m² (24,63%) 50% 48.569,75 m²

LIMITE DA QUADRA
DA REITORA
BIBLIOTECA CENTRAL ESTOQUE inexistente
VAGAS 572 (293 na quadra) 1 vaga / 60 m² 399
5%
ZILA MAMEDE (BCZM)
5%

QUADRA DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA


ÁREA TOTAL 34.864,54 m²
PROJETO TAXA PRESCRIÇÃO
32
LIMITE DA QUADRA

PERMEABILIDADE 17.601,74 m² 50% 17.432,27 m²


ÁREA PERMEÁVEL 16.906,28 m²

49.6 ÁREA SEMIPERMEÁVEL 1.390,93 m² (estacionamento 50%)


7
ACESSO
CONSTRUÇÃO 10.548,18 m² 50% 17.432,27 m²
DA PRAÇA NÍVEL 1 EXISTENTE - 5.515,20 m² (estrutura coberta)
DA BCZM DEMOLIDO - 642,62 m² (acesso abrigado)
AMPLIADO - 3.245,07 m²
NÍVEL 2 AMPLIADO - 98,35 m²

°
23.48
PONTO DE REFERÊNCIA PARA NÍVEL 3 AMPLIADO - 986,61 m²
ACESSO DA
variável

variável

LOCAÇÃO DA PASSARELA
PRAÇA DA
REITORA
H NÍVEL 4
NÍVEL 5
AMPLIADO - 901,95 m²
AMPLIADO - 443,62 m²
0.25
VAGAS 73 (220 excluídas) 1 vaga / 60 m² 176
4 PÚBLICA
PREFERENCIAL
39
21
total - reservas
5%
162
9
P.N.E. 13 2% 4
VIA DEMOLIDA

GABARITO 13,50 4 pavimentos 15 m

EIXO ESTRUTURAL 32
ACESSO
CENTRAL DO
MESTRADO PROFISSIONAL EM
LIMITE DA QUADRA SETOR III ACESSO LIMITE DA QUADRA
ARQUITETURA PROJETO E MEIO
LATERAL DO
SETOR III AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN

DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
MATRÍCULA CAU CO-ORIENTADOR
RUA DA CONVIVÊNCIA 20161034814 55934-2
Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
PROJETO

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO


LOCALIZAÇÃO

CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN

CONTEÚDO ASSUNTO

SITUAÇÃO - NATAL/RN IMPLANTAÇÃO


SITUAÇÃO - UFRN DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA

IMPLANTAÇÃO
SET de 2018

01
AURELIANO FILHO
N
ESCALAS

INDICADAS /12
OBSERVAÇÕES
LEGENDA DE VIAS
VIA COMPARTILHADA
IMPLANTAÇÃO O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
PASSEIO PÚBLICO CICLOVIA RUAS
PRIORIDADE PARA PEDESTRE escala - 1 : 500
A
OBSERVAÇÕES:
LEGENDA DE LOCAIS
1) OS BLOCOS B, C e F POSSUEM COMPARTIMENTOS DE DEPÓSITO SITUADOS NO NÍVEL 2. ESSE É UM PATAMAR
RUA DAS SOCIAIS APLICADAS 14.3
B ID DESCRIÇÃO INTERMEDIÁRIO ENTRE OS NÍVEIS 1 E 4 PARA O QUAL NÃO EXISTE PLANO GERAL. OCORRE O MESMO NO
5 BLOCO I, QUE POSSUI UM ESTOQUE ENTRE OS NÍVEIS 3 E 5. OBSERVAR AS PRANCHAS ESPECÍFICAS DE CADA
1. BLOCOS BLOCO PARA SITUAR OS DEPÓSITOS E O ESTOQUE.
15.5
0 1.07 C 1 BLOCO A

6.50
LIMITE DA QUADRA 2 BLOCO B SÍMBOLO DE
14.0 1.10 2) TODAS AS VAGAS DE ESTACIONAMENTO TÊM DIMENSÕES DE 2,50m DE LARGURA POR 5,00m DE PROFUNDIDADE

10.
0 LOCALIZAÇÃO

50
-1.30 3 BLOCO C
.29
0
4 BLOCO D
21 IDENTIFICAÇÃO
1
2
1 21 2 P-05
72.5
15.9
5
D
5
6
BLOCO E
BLOCO F
NUMÉRICA

E
P-04 5
7 BLOCO G
8 BLOCO H

7.20
-0.87
4 9 BLOCO I
20
-1.50 2 5 6 14.4
0
10 BLOCO J
2
-0.41
27 0.53
1 0.40
7 2. PRAÇAS
-0.60 3 4 F

7.20
11 PRAÇA CÍVICA
3 1
19
13.8 12 PRAÇA DO TESOURO
5
0.00 2.00 13 PRAÇA DO ESTACIONAMENTO
14 PRAÇA DE SERVIÇO
15 PRAÇA DA DIVERSIDADE

7.20
57.0
11 5
18
16
17
PRAÇA DO LANCHE
PRAÇA COBERTA
0.53 16 3
11
10 0.00 18 PRAÇA DO BOSQUE
ÁREA ÚTIL
2
19 PRAÇA DE ACESSO NÍVEIS 1 e 2

7.20
9
LIMITE DA QUADRA

1 20 PRAÇA DO JARDIM SUSPENSO

0
0.97

21.3
17 8 21 PRAÇA DO SICREDI

3%
5.86 0.80 BLOCO A 317.85 m²

i=4.9

3%
22 PRAÇA DE TRANSIÇÃO BLOCO B 276.17 m²

i=4.9
7.20
1.15
15 13 11.9 23 PRAÇA DA REITORIA BLOCO C 254.02 m²
4.80 16 0

7.20
15 14 5.00 10.4 24 PRAÇA DA BCZM BLOCO D 297.66 m²
0.53 3 0
2
1 12 2.50 5.40
25 PRAÇA DO TOPO BLOCO E 505.68 m²
11.1 BLOCO F 210.60 m²
5 5.50
-0.45
2

7.20
6 5 3. APOIOS BLOCO G 423.49 m²
14 19 4.40
2.73 3
26 BICICLETÁRIO BLOCO H 419.62 m²
4 27 EMBARQUE/DESEMBARQUE BLOCO I 502.28 m²
0.00 7 28 ESTACIONAMENTO PRIORITÁRIO BLOCO J 18.54 m²
10.7
3 9 29 ESTACIONAMENTO PÚBLICO 3225.91 m²

7.20
2

13
0.80
1
6.08
1.25
-0.15
0.00 0.00

7.20
12

0
1

31.3
COMPARTIMENTOS COMPARTIMENTOS
NÍVEL 1 NÍVEL 1

.00
ID COMPARTIMENTO ID COMPARTIMENTO

144
-0.10

7.20
1
11 P-07 1
3
2.50
BLOCO A BLOCO F
P-06 DCE BANHEIROS

2.29
1.15
4
1 ANTESALA DE ACESSO 1 LAVABO FEMININO
2 BILHETERIA 2 LAVABO MASCULINO

2.95
12

7.20
0.45
10 3 APOIO 3 LAVABO FEMININO ADAPTADO
2.50

5.50 4 AUDITÓRIO 4 LAVABO MASCULINO ADAPTADO

3.70
11
0.00
28 5 DEPÓSITO MATERIAL LIMPEZA
2.50

2.50 0.50 2.50


7.20

sobe
14 s obe
10.50
BLOCO B 6 CIRCULAÇÃO

7.20
2.20

i=6

3%
.24% FARMÁCIA EDUFRN
10 13

i = 8.3

i = 8.33%
5.00 5.50 2.50
1 ATENDIMENTO 7 LIVRARIA

0
10.5
0.00 0.45
15 12

sobe
2 CIM 8 ESCRITÓRIO
2.50 9 0.45 3 ACONSELHAMENTO 9 COPA
7.20

0.00 12 4 ESCRITÓRIO 10 LAVABO


8 8 sobe 1.75 5 COPA 11 CIRCULAÇÃO

3.90
7 6 LAVABO
7 CIRCULAÇÃO BLOCO G
NAC SANTANDER
7.20

7 8 ATELIER PREAU 1 AUTO ATENDIMENTO

5
9 SECRETARIA 2 ATENDIMENTO

10.2
2
26 6 1 2 0.00
0.45
10 DIREÇÃO
11 REUNIÃO
3 ABASTECIMENTO
4 ADMINISTRAÇÃO
2
7.20

4 5
6 5
3 6
1 12 MULTIMÍDIA
13 DEPÓSITO
5 ARQUIVO
6 INFORMÁTICA

4.15
3 14 COPA 7 AUDITÓRIO

8 3 3 0.45
15 LAVABO MASCULINO 8 CASA DE MÁQUINAS
6
7.20

LIMITE DA QUADRA
16 LAVABO FEMININO 9 DEPÓSITO
5 3 10 COPA

8.20
11 3
9 3.12
BLOCO C 11 LAVABO FEMININO
10 7 5 4 NAC 12 LAVABO MASCULINO
13
0.60

1.30
10.7 1 GALERIA 13 CIRCULAÇÃO
7.20

4
9
18 2 SECRETARIA NAC
5.38

3.90
0.45 3 DEPÓSITO BLOCO H
1
6
27.8 10.6 4 COPA CAIXA ECONÔMICA
8 4 sobe

2.82
P-09 i=4
.85% 5 LAVABO FEMININO 1 AUTO ATENDIMENTO
1.32
7.20

3 6 LAVABO MASCULINO 2 ATENDIMENTO


2.02
3 7 HALL 3 ABASTECIMENTO
5
13.1

4 CAIXA
3.00

0.00 0.00
1 2
BLOCO D 5 ARQUIVO
19 17 15 13 11 9 7 5 3 1 4
7.20

21 CAENE 6 TESOURARIA
2 5 6
1 RECEPÇÃO 7 COFRE
15 15
18
19 2 TRIAGEM 8 CASA DE MÁQUINAS
2.30

0.00 7 16 3 ATENDIMENTO 9 COPA


17 4 COPA 10 LAVABO FEMININO
7.20

8
1 1 0.45 5 LAVABO 11 LAVABO MASCULINO
9.35

20 6 CIRCULAÇÃO 12 CIRCULAÇÃO
9 14
6 CAURN
10 P-04
13 7.50
7 RECEPÇÃO BLOCO I
10 12 14 8 OUVIDORIA BANCO DO BRASIL
2.60

50
10. 9 AUDITORIA 1 AUTO ATENDIMENTO
0.45 10 FINANCEIRO 2 ATENDIMENTO
6.46

2.50 23.6
5 11 SERVIÇOS GERAIS 3 ABASTECIMENTO
4

27
14.3

12.0 12 ESCRITÓRIO 4 CAIXA


0.95
LIMITE DA QUADRA

7 11
0

13 COPA 5 APOIO
10.6
°

1
23.48

2.51
P-08 5 7.20
14 WC 6 S.A.O.
6.93

15 CIRCULAÇÃO 7 COFRE
13.1 PROJEÇÃO DE BORDO DA
PASSARELA
7 8 SUPORTE
PRO
J EÇÃ 8 P-09
DA PASSARELA
OD O NÍV 1
BLOCO E 9 CASA DE MÁQUINAS
16
BORDO 2 3
PROJEÇÃO DE EL 3 0.00 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0.00 2.50 RESTAURANTE 10 TELECOM
7
sobe sobe
PRO
i= 4.6 J EÇÃ
OD
1 HALL DE ACESSO 11 SALA TC
0.35 7.79 4% O NÍV
2 SECRETARIA 12 ALMOXARIFADO
2.50 2.50

EL 3
1 3 3 ARQUIVO 13 COPA
20 20 20 20 20 20 4.77 7
G 6
0.00 8 4 DIRETORIA
5 ALMOXARIFADO
14 DEPÓSITO MATERIAL LIMPEZA
15 LAVABO FEMININO
9 1 6 6 DEPÓSITO MATERIAL LIMPEZA 16 LAVABO FEMININO ADAPTADO
14.64 19.00 2.76 2.50 1.50 9 4
1 2
33.64 6.76
10
7 5
3 8 P-10
5 7 NUTRIÇÃO
8 CAIXA
17 LAVABO MASCULINO
18 LAVABO MASCULINO ADAPTADO
H 4 11 13
7 9 PESAGEM 19 CIRCULAÇÃO
14.00

0.45 2
3

17
2.50
L

8 9
NÍVE

10 BUFÊ LANCHONETE
28.06

18.06

4 8
O DO

0.45 1 11 SALÃO 20 QUIOSQUE


10.0 3 11
JEÇÃ

0.45 2 2
12 12 PRAÇA DE GARÇONS MESTRADO PROFISSIONAL EM
PRO

11 15.3 10 6 10 ARQUITETURA PROJETO E MEIO


7 2.00 12
I 12 13 MARMITARIA BLOCO J
5 AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
16 19 14 PREPARO/COZINHA BANCA
7.38
PROJEÇÃO DO NÍVEL 3
18 15 ESTOQUE FRIO 1 LOJA
15
19
4.18

16 ESTOQUE SECO DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA


13 14
17 17 HIGIENIZAÇÃO JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
2.50 2.50

BORDO DA PASSARELA
0.00 sobe PROJEÇÃO DE 18 VESTIÁRIO FEMININO MATRÍCULA CAU
4.30

i = 4.74% CO-ORIENTADOR
0.75 0.00 20161034814 55934-2
19 VESTIÁRIO MASCULINO Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
PROJEÇÃO DE BORDO DA PASSA
RELA 1
0.45 20 CASA DE GÁS
9
sobe

sobe 21 CIRCULAÇÃO PROJETO


22.42

2
i = 7.77%
3 1.15 PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
10.94

1
s obe

4 sobe 1
i=7 3
LOCALIZAÇÃO
P-11 5
.77% 1.72 5
7

6
9
CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
2.50 0.50 2.50

LIMITE DA QUADRA
7
1.15 1.76 30 LIMITE DA QUADRA
31 32 CONTEÚDO ASSUNTO
2.05
18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 PLANO GERAL - NÍVEL 1 NÍVEL 1
183.00 DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
LEGENDA DE VIAS
5.00

SET de 2018

02
2.25 AURELIANO FILHO
N RUAS
ESCALAS

29 VIA COMPARTILHADA
/12
5.00

RUA DA CONVIVÊNCIA INDICADAS


PLANO GERAL - NÍVEL 1 PRIORIDADE PARA PEDESTRE

1 escala - 1 : 400
2.00

PASSEIO PÚBLICO
OBSERVAÇÕES
O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
22 23 24 25 26 27 28 29
CICLOVIA
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
4.95 OBSERVAÇÕES:
4.55%
1) OS BLOCOS B, C e F POSSUEM COMPARTIMENTOS DE DEPÓSITO SITUADOS NO NÍVEL 2. ESSE É UM PATAMAR
INTERMEDIÁRIO ENTRE OS NÍVEIS 1 E 4 PARA O QUAL NÃO EXISTE PLANO GERAL. OCORRE O MESMO NO
A BLOCO I, QUE POSSUI UM ESTOQUE ENTRE OS NÍVEIS 3 E 5. OBSERVAR AS PRANCHAS ESPECÍFICAS DE CADA
BLOCO PARA SITUAR OS DEPÓSITOS E O ESTOQUE.
N
B 6.05 2) TODAS AS VAGAS DE ESTACIONAMENTO TÊM DIMENSÕES DE 2,50m DE LARGURA POR 5,00m DE PROFUNDIDADE
14.3
5

LIMITE DA QUADRA C LEGENDA DE LOCAIS


COMPARTIMENTOS COMPARTIMENTOS
14.0 NÍVEL 3 e 4 NÍVEL 3 e 4
0
ID DESCRIÇÃO ID COMPARTIMENTO ID COMPARTIMENTO

2 D 1. BLOCOS BLOCO A BLOCO H

3 3 2 P-05
72.5
5 1 BLOCO A DCE CAIXA ECONÔMICA
1 5 15.9
5 2 BLOCO B 1 PRESIDÊNCIA 1 ATENDIMENTO

3%
P-04 6
3 BLOCO C 2 DIRETORIAS 2 HALL
7 4 5 3
E 4 BLOCO D 3 SALA DE REUNIÃO 3 SALA DE REUNIÃO
14.4 5 BLOCO E 4 DEPÓSITO 4 NO BREAKS
2 6
0
6 BLOCO F 5 LAVABO FEMININO 5 SALA TÉCNICA
1
4 2
1 F 7
8
BLOCO G
BLOCO H
6 LAVABO MASCULINO
7 CIRCULAÇÃO
6 SEGURANÇA
7 TELECOM
2.28 13.8
4.80 5 9 BLOCO I 8 CASA DE MÁQUINAS
7.08 10 BLOCO J BLOCO B 9 COPA

17 2. PRAÇAS
CORREIOS
1 ATENDIMENTO
10 LAVABO FEMININO
11 LAVABO MASCULINO
11 PRAÇA CÍVICA 2 ESCRITÓRIO 12 CIRCULAÇÃO
7.28 12 PRAÇA DO TESOURO 3 DEPÓSITO

7.20
13 PRAÇA DO ESTACIONAMENTO 4 COPA BLOCO I
16 21

7.20
14 PRAÇA DE SERVIÇO 5 LAVABO BANCO DO BRASIL
LIMITE DA QUADRA

13.0 15 PRAÇA DA DIVERSIDADE 6 CIRCULAÇÃO 1 HALL DE ACESSO


4
16 PRAÇA DO LANCHE 2 ATENDIMENTO
5.60 17 PRAÇA COBERTA BLOCO C 3 AUTO ATENDIMENTO

7.20
15 20 18 PRAÇA DO BOSQUE GALERIA 4 SALA DE REUNIÃO

7.20
3
3
19 PRAÇA DE ACESSO 1 GALERIA 5 APOIO NEGOCIAL

LIMITE DA QUADRA
P-06 20 PRAÇA DO JARDIM SUSPENSO 6 S.A.O.

0
21 PRAÇA DO SICREDI BLOCO D 7 TESOURARIA

28.8
7.20
14 19 22 PRAÇA DE TRANSIÇÃO ADMINISTRAÇÃO 8 SALA ON LINE

7.20
5.60 23 PRAÇA DA REITORIA 1 RECEPÇÃO 9 ARQUIVO
24 PRAÇA DA BCZM 2 OUVIDORIA 10 SALA DE MÁQUINAS

18
25 PRAÇA DO TOPO 3 DIREÇÃO 11 TELECOM

7.20
4 SECRETARIA 12 COPA
13

7.20

2.50
3. APOIOS 6 CIRCULAÇÃO 13 DEPÓSITO MATERIAL LIMPEZA
26 BICICLETÁRIO 7 MONITORAMENTO 14 LAVABO FEMININO
5.32 27 EMBARQUE/DESEMBARQUE 8 DEPÓSITO 15 LAVABO FEMININO ADAPTADO
desc
6.57 1.25 1 14
e
28 ESTACIONAMENTO PRIORITÁRIO 9 COPA 16 LAVABO MASCULINO ADAPTADO

7.20
3.25
12 17 1
29 ESTACIONAMENTO PÚBLICO 10 LAVABO 17 LAVABO MASCULINO
CAURN 18 CIRCULAÇÃO
SÍMBOLO DE 11 HALL DE ACESSO COOPERATIVA
LOCALIZAÇÃO 12 SALA 19 BALCÃO

7.20
11 0 IDENTIFICAÇÃO
13 DEPÓSITO
14 COPA
20 LIVRARIA
21 GERÊNCIA
NUMÉRICA 15 LAVABO 22 FINANCEIRO

20 16 CIRCULAÇÃO 23 PRESIDÊNCIA

7.20
24 VARANDA
10 BLOCO E 25 SECRETARIA
SICREDI 26 COPA
5.60 1 AUTO ATENDIMENTO 27 LAVABO FEMININO
13 ÁREA ÚTIL
15 2 ATENDIMENTO 28 LAVABO MASCULINO

7.20
9 ANEXO DA BCZM

.20
14 NÍVEIS 3 e 4 3 ABASTECIMENTO 29 CIRCULAÇÃO

115
12 1.38
5.76 4 GERÊNCIA
16 12 7.14 BLOCO A 149.66 m² 5 SECRETARIA
12 BLOCO B 88.16 m² 6 ADMINISTRAÇÃO

7.20
8 12
12 BLOCO C
BLOCO D
89.03 m²
262.99 m²
7 INFORMÁTICA
8 ARQUIVO
11
BLOCO E 252.72 m² 9 DEPÓSITO
10.7
7.20 1 BLOCO H 254.37 m² 10 COPA
BLOCO I 571.57 m² 11 LAVABO FEMININO
7

0.42
2 1668.50 m² 12 LAVABO MASCULINO
4 P-07 13 CIRCULAÇÃO

6.78
4.80

1
7.20

0.42
4

6.78
3.64 6 2
3.64 9
7.20

0.42
3.64
8 3
5.75 10

6.78
7 5.60
10.8
7.20

4
6
0.42

24.2
1
7.60
6.78

3.79
7.20

0.55
3 9.16

0.42
6.78
10.6
7.20

2.62 5
2 6.74
0.42

21
3.64
13.2 8 9 10
5 3.89 12
REITORIA

7
7.20

11
1 5
13
6

BIBLIOTECA CENTRAL
ZILA MAMEDE (BCZM)
3 4

LIMITE DA QUADRA
1.97
2
1 5 P-08

21.2 2
0 5.60
5.60
°
23.48
LIMITE DA QUADRA

1.95

7.93
6.52

PROJEÇÃO DE BORDO DA PASSARELA


5
13.6

3.63
4.58

DA PASSARELA
4.25
BORDO
PROJEÇÃO DE 7.17
8
2
9
desc 1.85
22
e
1
i = 7.7 2.37
4%
P-11
6 5.60
4.25 i = 6.41% sobe
4.19 7
G
sobe
i = 7.7
4% 5 8
1 5.14% sobe
4
10 9 4 9 24
7.00

25
3.50 12
11 3 19
16
15
MESTRADO PROFISSIONAL EM

23 H 3 3.25 ARQUITETURA PROJETO E MEIO


14.00

sobe 5.14% desce


6 11 4.19
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
20
5 7 2
4.19
7.00

DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA


8 21 1 10 5.14% sobe
2 JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
I 4.25 15 18 29
MATRÍCULA
20161034814
CAU
55934-2
CO-ORIENTADOR

16 Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE


25 23
14 12 13 22 27 28 2
17 26
P-10 8 PROJETO

PROJEÇÃO DE BORDO DA PAS


SARELA PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
PROJEÇÃO DE BORDO DA PASSARELA
LOCALIZAÇÃO

5.00 2.00 0.84 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30
CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
183.00
CONTEÚDO ASSUNTO

22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 PLANO GERAL - NÍVEIS 3 e 4 NÍVEL 3 e 4


DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA

SET de 2018

03
LIMITE DA QUADRA LIMITE DA QUADRA AURELIANO FILHO
ESCALAS

INDICADAS /12
OBSERVAÇÕES
PLANO GERAL - NÍVEL 3 e 4 O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
1 escala - 1 : 400
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
COMPARTIMENTOS
LEGENDA DE LOCAIS
NÍVEL 5
ID DESCRIÇÃO ID COMPARTIMENTO
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
1. BLOCOS BLOCO I
1 BLOCO A COOPERATIVA
183.00 2 BLOCO B 1 CAFÉ
3 BLOCO C SÍMBOLO DE 2 CAFÉ ABERTO
18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 18.30 LOCALIZAÇÃO
4 BLOCO D
5 BLOCO E
6 BLOCO F 0 IDENTIFICAÇÃO
NUMÉRICA ÁREA ÚTIL
7 BLOCO G
8 BLOCO H NÍVEL 5
9 BLOCO I

3.36
10 BLOCO J BLOCO I 292.08 m²

10.55 SILH 2. PRAÇAS


UET
A DA 5.60
CAIX 11 PRAÇA CÍVICA
4
9
A

6.45
12 PRAÇA DO TESOURO

°
23.48
P-11 29 31 33 35 37
10.55 37 35 33 31 29

1.50
i = 6.41% 13 PRAÇA DO ESTACIONAMENTO

2.31
sobe 11.58%
4.19 4.19
0.86

0.86
G
14 PRAÇA DE SERVIÇO

A
SILHUETA BANCO DO BRASIL/COOPERATIVA

CAIX
15 PRAÇA DA DIVERSIDADE

A DA

1.37
4.19 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 27 25 23 21 19 17 15 13 11 9 7 5 3 1
sobe 9.00 9.00 sobe

UET
5.14% sobe 16 PRAÇA DO LANCHE

SILH
4.19

desce

desce

desce

desce
sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe
desce

desce

desce

desce

SILHUETA DA CAIXA
17 PRAÇA COBERTA
9.18
24 18
19
PRAÇA DO BOSQUE
PRAÇA DE ACESSO

SILHUETA SANTANDER
sobe
i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%
SILHUETA DA COOPERATIVA
i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%

i = 4,86%
sobe

sobe
20 PRAÇA DO JARDIM SUSPENSO
H

26.91
16.62

14.91

14.00

33.62

10.60

13.34

14.91
16.62
SILHUETA BANCO DO BRASIL
desce

25

i = 4,86%

SILHUETA SANTANDER
21 PRAÇA DO SICREDI
sobe 5.14% 2

i = 4,86%
3.25
23

i = 4,86%
22 PRAÇA DE TRANSIÇÃO
1
9.52 23 PRAÇA DA REITORIA

i = 4,86%
4.19 24 PRAÇA DA BCZM

desce

desce

desce

desce

desce

desce

desce

desce

desce

desce
sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe

sobe
5.14% sobe 25 PRAÇA DO TOPO
sobe

1.37
sobe

I
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 29 27 25 23 21 19 17 15 13 11 9 7 5 3 1

4.25 i = 8,0% desce 9.69 3. APOIOS


0.86

0.86
SILHUETA DA CAIXA

sobe
11.58% sobe

IVA
4.25 10.55 26 BICICLETÁRIO

AT
PER
sobe
1 .2

6.45
0
9.69 27 EMBARQUE/DESEMBARQUE

1.2

COO
37 35 33 31
0
28 ESTACIONAMENTO PRIORITÁRIO

A DA
U ET
sobe
10.55 desce i = 7,77% 29 ESTACIONAMENTO PÚBLICO

2.13
SILH
31 33 35 37 SILHUETA DA COOPERATIVA

3.36
QUADRO DE ESQUADRIAS
PORTAS - BLOCO A
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.
N P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 4
PLANO GERAL - NÍVEL 5 P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 2
1 escala - 1 : 300 JANELAS - BLOCO A
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.
J100b 1.00 2.10 PIVOTANTE (1F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2
3 JARDIM EM
J177 1.60 0.50 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2
7 CONTÊINER J290 2.90 0.50 CORRER (4F) - ALUMÍNIO E VIDRO 3
P-04 C MODULADO

5.60 PAINÉIS - BLOCO A


5 CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
PN-J1
P-04 5 3.00 x 3.10 CIRCULAÇÃO Nível 04 ac PN-A1 6.92 x 2.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
P-04

0.15
5.60 PN-A2 6.92 x 1.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PN-A3 4.52 x 5.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

EIXO DE SIMETRIA
EIXO DE SIMETRIA

VIGA DE CONCRETO PN-A4 13.85 x 1.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


LOJA
18.54 m² PN-A5 2.00 x 2.15 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

2.80

2.50
JARDIM
-0.05 VIGA METÁLICA FORRO DE GESSO PN-A6 3.00 x 2.40 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PASSEIO 13.84 PN-A7 2.00 x 2.40 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
7.54 0.96 LAJE MACIÇA
5.52 6.92 6.92

0.30 0.30
7.29 Nível 02 ac
4.39

0.15
5.52 PAINÉIS - BLOCO J
0.26

PROJEÇÃO DE BRISE PROJEÇÃO DE BRISE 2.70


FORRO DE GESSO
CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
3.44

2.01 0.15 PN-J2


0.99 CIRCULAÇÃO 3.00 x 3.10 PILAR METÁLICO
0.25

LAJE IMPERMEABILIZADA
0.25

1.76 1.76 PN-J1 3.00 x 3.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


153.50° 3.10 0.00

3.10
4.69

0.25 PN-J2 3.00 x 3.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

2.51

2.50
0.15 7.50 0.15
1.00

1.00

J100b J100b PN-A4


13.85 x 1.55
6.78 1.02 0.00
3.38
0.25

1.00 x 2.10 1.00 x 2.10


2.45

0.25

0.30 0.30
0.15

0.15
3 LOJA Nível 01 ac
1.25

PALCO
1.20

1.20

0.00

76

% i = 8.33
1.95

i = 8.33
.7

.7
%
0.60 sobe
76

sobe


JARDIM JARDIM TERRENO
0.25

58.00

REUNIÃO
0.75

0.75

22.40 m²
3.10

4.25
BANCA nível 1 CORTE 7
sobe
sobe

6 escala - 1 : 100 7 escala - 1 : 100


10.05

1.70
1.20 DIRETORIAS
2.90 55.24 m² P80

8.05
3.10 0.80 x 2.10
7.90

AUDITÓRIO

0.15
105.24 m²
6.67
7.37

0.40 P90a WC FEM.


0.90 x 2.10 4.84 m² 5

1.68
3.10 J177 P-04
1.60 x 0.50
1.90

0.15
P90a
WC MASC. RUFO DE CONCRETO
0.90 x 2.10 4.12 m²

1.68
TELHA METÁLICA
3.10
14.86

J177
3.88 0.15 1.00 1.00 0.15 3.93 0.15 2.05 0.10 1.45 0.15 1.60 x 0.50
TERMO-ACÚSTICA
1.90 5.80
PN-A5
0.15

0.15
0.15

0.15

0.18 0.75
2.00 x 2.15 LAJE
anexo_3 ac
15.06

IMPERMEABILIZADA
0.15

PN-A7
BILHETERIA P80 P80 2.00 x 2.40 CIRCULAÇÃO

0.30
5.80
1.35

1.40

1.40
desce
4 8.41 m² 0.80 x 2.10
4 DEPÓSITO
0.80 x 2.10
25.97 m² FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
P-04 0.40 P-04
0.80 x 2.10

15 14 13 12 11 10 9 8 10.25 m² 3.10 15 14 13 12 11 10 9 8
P80
3.20

0.10

3.20

2.90

0.10

3.20
J290 APOIO J290
3.10

2.70
1.66

2.52
2.90 x 0.50 10.25 m² 2.90 x 0.50 2 3 4 5 6 7

2.40

2.40
2.98

CORRIMÃO DE
1.90 1.90 AÇO INOX
1.55

0.40
4.67
1.40

1.40
sobe 3.21 0.15 1.00 1.00 0.15 1.50 0.15 1.89 0.60 0.30 1.80 1.45 0.15 3.10
P80 3.10
0.80 x 2.10 6.58 3.40

6.15
1 2 3 4 5 6 7
CIRCULAÇÃO DEPÓSITO anexo_2 ac
0.15

0.15

0.15

0.15
15
14

0.30
3.10

1.26 (7 x .18) 1.44 (8 x .18)


0.15

PN-A6 13
2.00 0.15 2.00 0.15 2.18 0.10 1.68 0.12 1.60 12 FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
3.00 x 2.40
1.32

1.35
1.47

PLATAFORMA 11
PLATAFORMA
1.32

10
ANTESALA PRESIDÊNCIA 9
8
44.29 m²

2.70
0.15

0.12

2.52
26.84 m²

2.40

2.40
0.40 SILHUETA
3.45

3.10
3.60

3.61
PN-A3 PN-A3 ESCADA Anexo 1_ac
J290
4.52 x 5.10 4.52 x 5.10 0.40 0.40
3.55

2.90 x 0.50 PN-A1


0.40
10 6.92 x 2.55
2.19

1.90

1.98
8.41 0.15 1.23 0.12 1.66 0.12
2.13

3.
25 3.2 10 BILHETERIA ANTESALA APOIO
° 10 3. 5°
25 3.2 Nível 01 ac
° 10
PROJEÇÃO DE VIGA ESTRUTURA DEMOLIDA 0.00
0.15

0.16
0.09

POÇO PLATAFORMA
0.14 0

TERRENO
PN-A2 58.00
6.92 x 1.55
1.23
.46

ACESSO
6.99
CORTE 4
DCE
7.20
6.99
7.20
PROJEÇÃO DE
PÉRGOLA METÁLICA
ESTRUTURA DEMOLIDA
PROJEÇÃO DE BRISE
ESTRUTURA DEMOLIDA
4 escala - 1 : 100
i = 3.29% desce i = 8.1% 4 MESTRADO PROFISSIONAL EM
2.50

PASSEIO sobe P-04 ARQUITETURA PROJETO E MEIO


0.40 RUFO DE CONCRETO
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
PROJEÇÃO DE VIGA
PROJEÇÃO DE VIGA

TELHA METÁLICA
7.15

TERMO-ACÚSTICA
DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA

0.40 0.50
desce

0.18 0.75
JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD

0.90
ESTRUTURA DEMOLIDA ESTRUTURA DEMOLIDA
CALHA CALHA anexo_3 ac
MATRÍCULA CAU CO-ORIENTADOR
5.80 20161034814 55934-2

2.45
PROJEÇÃO DE BRISE METÁLICO
FORRO DE GESSO
Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE

1.55
PÉRGOLA METÁLICA

1.52

1.52
i = 3.31%

PROJETO

2.70
2.52
2.40
BRISE METÁLICO

3.10 3.10 3.10


PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
0.60 0.40

1.00

1.00

1.00

6.15
ESTRUTURA DEMOLIDA ESTRUTURA DEMOLIDA LAJE LOCALIZAÇÃO

6.15
PRESIDÊNCIA CIRCULAÇÃO DIRETORIAS IMPERMEBILIZADA anexo_2 ac
PROJEÇÃO DE VIGA
3.10 CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
5.25

0.30
14.25 VIGA DE CONCRETO FORRO DE GESSO

3.70
3.65

CONTEÚDO ASSUNTO

2.70

2.70
2.65

2.40
0.60 1 PLANO GERAL - NÍVEL 5 NÍVEL 5, BLOCO A - DIR. CENT. ESTUDANTES e BANCA
0.40 0.40 0.40 Anexo 1_ac 2 DCE - térreo
PASSEIO PALCO 0.40 3 DCE - superior DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
ANTESALA AUDITÓRIO
4 CORTE 4
SET de 2018

04
Nível 01 ac AURELIANO FILHO
5 CORTE 5
0.00
DCE - térreo DCE - superior
N

6 BANCA nível 1 ESCALAS

2 escala - 1 : 100 3 escala - 1 : 100


TERRENO
58.00
7 CORTE 7
INDICADAS /12
CORTE 5
5 escala - 1 : 100
OBSERVAÇÕES
O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
6 5 4 5 4
17 P-05 18 19 P-05 20 P-05 21 19 P-05 20 P-05 21
7.96
0.70 0.27 14.16 6.44 7.96
0.17 6.47 0.15 4.15 0.15 3.36 0.15
0.15 3.51 0.15 5.95 0.15 4.10 0.15 2.02 2.40 2.02 0.15 3.36 0.15 3.04 1.26
4.15
PROJEÇÃO DA COBERTA

0.15
ACESSO PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

1.26
1.23

1.41
ATELIER NAC PN-B7 PN-B4 VAZIO PN-B8 VAZIO
5 6 7 8 9 10 11 10.20 x 3.55 4.86 x 1.25 4.86 x 1.25
4

0.15

0.15
12
3
13
2
COPA

sobe
JARDIM
3.77 1 PROJ. VIGA/PISO 14
P80 COPA JARDIM EM
CONTÊINER
15 0.80 x 2.10 7.68 m² 6.72 m²
CIRCULAÇÃO MODULADO

1.85
5.60

2.00
0.00

2.44
DEPÓSITO 0.00

0.80 x 2.10
ESCRITÓRIO

1.80 x 0.60

0.80 x 2.10
13.23 m²
J180a

P80
1.55
11.76 m²

P80
3.50
0.00 2.40

0.15
REUNIÃO 0.00 ESCRITÓRIO

0.15
4.90
0.80 x 2.10
19.48 m² 21.37 m²

1.20 x 0.60

1.20 x 0.60
WC

5.15
0.15

P80
WC

J120a

J120a
0.00 5.60

1.50
1.55

1.55
1.00
JARDIM 4.20 m²
7 P80 P90a
7 P90a 3.60 m²

1.80
0.80 x 2.10 0.90 x 2.10
1.20 x 0.60

0.90 x 2.10
WC FEM. 0.00 5.60
J120a

P-05 P-05
1.50

1.55

3.15 m²

0.15

0.15
P90a JARDIM EM
2.80 CIRC.
9.71

0.00 0.90 x 2.10 CONTÊINER

1.20

1.20

0.15 1.05 0.15


MODULADO 3.81 m²
1.20
0.15

PROJEÇÃO DE VIGA

0.60 x 0.60
16 16 17
DEPÓSITO

0.80 x 2.10
ACONSELHAMENTO P80

J60

1.55
17
WC MASC. 15
CIM 15 18
0.80 x 2.10
1.20 x 0.60

0.15
P80
2.10 m²

2.80 x 0.60
P90a
J120a

14
18
10.08 m² 14 19
1.50

3.15 m²
1.55

0.90 x 2.10 8.40 m²

J280
3.00

3.00

0.80 x 2.10
1.55

0.15
19

2.80 x 0.60
0.00 13 0.00 13 20

P80
0.00

J280
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

6.40
1.80 x 0.60
20

1.55
14.02

12 12 21

0.80 x 2.10
ATELIER

J180b

1.55
21

12.12
11
0.15

P80 11 22

5.40
78.60 m²

15 x 0.28 (4.20)

15 x 0.28 (4.20)
22 P80 P80 10

12.49

12.79
10 2.80 23 4.30 1.21 0.15 2.00
0.00 DIREÇÃO 23 0.80 x 2.10 0.80 x 2.10

15.81

15.81
PROJEÇÃO DA COBERTA
9 9 24
16.35 m² 24 7.66

0.15

0.15
8
1.80 x 0.60

8 25
COPA
1.80

J180a

4.00

5.34
25
0.00 7
1.55

7 26
6.32 m² 26

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
6 6 27
0.00 27

1.80 x 0.60
5

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
5 28

5.08 x 2.77
J180b
28

C ATENDIMENTO
C

PN-B3
1.55
4
0.15

4 29
29
3 3 30 50.56 m²
30

desce
2 2 31
5.60

6.58
sobe
PROJEÇÃO

6.58
31
PROJEÇÃO DE VIGA

0.80 x 2.10
1 DE VIGA 32
0.52

32

0.15
P80
PROJEÇÃO DE VIGA

5.08 x 3.55
1.20 1.20

PN-B2
PROJEÇÃO DE VIGA/FORRO

5.08
5.17
ATELIER NAC
MULTIMÍDIA ATENDIMENTO 2.02 1.20 1.20 2.02 0.15 7.66

ACESSO
10.23 CIRCULAÇÃO
15.97 m² 38.98 m² 6.44
4.55

0.00

3.16
0.00 0.00

3.16
SECRETARIA

2.27
2.40

3.44
PN-B6
2.80 x 0.60

CORREIOS
FARMÁCIA
ACESSO

ACESSO
14.72 m² 3.44 x 3.55
CIRCULAÇÃO
J280

1.55

0.36 1.69 0.36 5.60


5.95 x 3.55
4.48

PN-B55

QUADRO DE ESQUADRIAS

0.12
P80
0.80 x 2.10
PN-B1 PN-B1
6.66 x 3.37
0.15

0.15
6.66 x 3.37

0.70 0.27

1.74

1.74

1.50
ELEVADOR ELEVADOR
VAZIO

2.34
JARDIM

2.52

2.31
PORTAS - BLOCO B

2.52

2.52
2.40
J180a VAZIO VAZIO VAZIO
1.80 x 0.60 JARDIM JARDIM

0.12
1.55 CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

0.66
15.01

0.78
JARDIM 0.12 1.45 0.12 P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 13
P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 4
ACESSO PROJEÇÃO DA COBERTA
ATELIER NAC
0.15 3.51 0.15 10.36 2.37 0.12 1.45 0.12 2.38 6.70 1.11 0.15 0.59 2.53 3.91 0.76 5.94 1.26 JANELAS - BLOCO B
28.56 14.99 CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.
J60 0.60 0.60 MAXIMAR (1F) - ALUMÍNIO E VIDRO 1
J120a 1.20 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 4
6
17 P-05 NAC e FARMÁCIA nível 1 CORREIOS nível 4 J180a 1.80 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 3
1 2

N
J180b 1.80 0.60 CORRER (4F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2
escala - 1 : 100 escala - 1 : 100

N
3.51 J280 2.80 0.60 CORRER (4F) - ALUMÍNIO E VIDRO 3
0.92 1.68 0.92

J280
PAINÉIS - BLOCO B
2.80 x 0.60 CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
0.25
PN-B1 6.66 x 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15

PN-B2 5.08 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


1.00

PN-B3 5.08 x 2.77 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


7
1.84

5 6 7 8 9 10 11
4 PN-B4 4.86 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
C B
12
3
P-05 PN-B6 3.44 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.84

13
2 VAZIO
14
7 PN-B7 10.20 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
B C
15 RUFO DE CONCRETO P-05
RUFO DE CONCRETO PN-B8 4.86 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA PN-B55 5.95 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
TERMO-ACÚSTICA TERMO-ACÚSTICA
0.95
7.07
7.37

LAJE ALVEOLAR

1.58

1.58
LAJE ALVEOLAR Nível 05 ac CALHA Nível 05 ac
0.20

0.20
CALHA LAJE ALVEOLAR

7 9.00 9.00
0.63

0.43

0.43
5.23

P-05 DEPÓSITO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

1.03
18.36 m² VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA FORRO DE GESSO VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA FORRO DE GESSO
2.70
PILAR METÁLICO PILAR METÁLICO
3.20

GUARDA-CORPO GUARDA-CORPO
2.77

2.77

2.77

2.77
DE AÇO INOX DE AÇO INOX

2.17
3.52
1.52

5.60 5.60 5.60 5.60


1.10

1.10

1.10
GUARDA-CORPO
0.15

BRISE METÁLICO
ATENDIMENTO CIRC. COPA BRISE METÁLICO
Nível 04 ac DE AÇO INOX
32
CIRCUL. CIRC. Nível 04 ac
31
5.60 30 5.60
0.35

29

1.70 0.35
9.95

9.95
3.81 VIGA DE CONCRETO
VIGA DE CONCRETO 28
LAJE ALVEOLAR
LAJE ALVEOLAR

16 x .175 (2.80)
27
2.05

2.05
VIGA DE CONCRETO 26

0.80
1.70

VIGA METÁLICA Nível 03 ac VIGA METÁLICA Nível 03 ac


0.60

0.60
25

8.37
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA DE CONCRETO
8.37

8.37

24

9.30
NAC nível 2 4.25 22
23
4.25
3 escala - 1 : 100
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
VIGA METÁLICA
20
21
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

1,10
PILAR METÁLICO 19
0.75

18
VIGA METÁLICA 17
VIGA METÁLICA
PILAR METÁLICO
PILAR METÁLICO FORRO DE GESSO Nível 02 ac Nível 02 ac

5.60
16
5.25

15

6.10
2.70 14
13
2.70
12
4.05

4.05

4.05

16 x .175 (2.80)
11
3.55

3.55

3.55
10
JARDIM CONTÊINER 9
2.80

MODULADO COM CAIXA DE 8


7
POLIPROPILENO MONTADA ESCADA DE CONCRETO 6
EM ESTRURA DE AÇO
0.82

-0.05 MOLDADA IN LOCO 5


0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
1.55

4
3
-0.05
CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO E GRELHA PLÁSTICA PARA 2
PROTEÇÃO MECÂNICA DA LAJE PROTEÇÃO DAS CALHAS
ATENDIMENTO CIRCULAÇÃO COPA Nível 01 ac CIRCUL. JARDIM 1
CIRCUL. CIRCUL. Nível 01 ac
0.25 0.10

POÇO DO
0.00 0.00
0.35

ELEVADOR
LAJE ALVEOLAR SOBRE
ESTRUTURA EXISTENTE TERRENO
VEDAÇÃO LATERAL TERRENO 58.00
0.40

DA LAJE AVEOLAR 58.00


CALHA
1.20

0.40

VIGA H EM CONCRETO ARMADO CORTE 4 CORTE 5


ESTRUTURA ORIGINAL DO PRÉDIO
4 escala - 1 : 100 5 escala - 1 : 100
0.40

ÁREA PARA PASSAGEM DE


DUTOS DRENAGEM PLUVIAL

DETALHE 8
0.50

VIGA METÁLICA PARA


REFORÇO ESTRUTURAL

FORRO DE GESSO
8 escala - 1 : 50

7
21 4
P-05
20 5
P-05
19 TELHA METÁLICA 18 P-05
6 17
C
TERMO-ACÚSTICA
P-05
RUFO DE CONCRETO

LAJE ALVEOLAR
0.95

1.58
Nível 05 ac Nível 05 ac
9.00 9.00
0.43

FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO VIGA METÁLICA

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA MESTRADO PROFISSIONAL EM


ARQUITETURA PROJETO E MEIO
4.35
JARDIM EM 8
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
3.40

CONTÊINER JARDIM EM P-05


GUARDA-CORPO
MODULADO CONTÊINER
2.77

2.77

DE AÇO INOX
MODULADO
DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA
5.60 5.60 5.60
JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
1.10

1.10
1.20

CIRC. Nível 04 ac WC CIRC. ESCRITÓRIO Nível 04 ac MATRÍCULA CAU CO-ORIENTADOR


20161034814 55934-2
0.35

5.60 5.60 Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE

0.15
0.35
9.95

FORRO DE GESSO LAJE ALVEOLAR FORRO DE GESSO


LAJE ALVEOLAR
PROJETO
1.95
1.67

1.70

1.70

Nível 03 ac Nível 03 ac
8.37

GUARDA-CORPO
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
2.90

2.42
2.45
2.55

2.55
DE AÇO INOX 4.25 4.25
2.40

2.40
FORRO DE GESSO
VIGA METÁLICA
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
2.70 LOCALIZAÇÃO
6.70

6.70

6.70
1.10

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA PILAR METÁLICO VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
1.02

FORRO DE GESSO CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN

0.17
DEPÓSITO FORRO DE GESSO Nível 02 ac DEPÓSITO Nível 02 ac

0.27
5.60

5.60

5.60

5.60
5.25

15 PILAR METÁLICO
5.25

14 FORRO DE GESSO
5.25

2.70 2.70
0.72

13
12 FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO ESCADA DE CONCRETO FORRO DE GESSO
11 VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
MOLDADA IN LOCO CONTEÚDO ASSUNTO
15 x .18 (2.70)

3.58

3.55

3.55

3.55

10
9 ESCADA DE CONCRETO
1 NAC e FARMÁCIA nível 1 BLOCO B - NAC, FARMÁCIA e CORREIOS
2.83
2.80

8 MOLDADA IN LOCO
1.26

2.53

2.53
2.43
7
2.40

6 PILAR METÁLICO 2 CORREIOS nível 4


5
4
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3 NAC nível 2 DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
3
0.72

2 4 CORTE 4
SET de 2018

05
1
DEPÓSITO WC FEM. WC MASC. COPA MULTIMÍDIA CIRC. Nível 01 ac WC CIRC. ESCRITÓRIO ATELIER WC FEM. Nível 01 ac AURELIANO FILHO
5 CORTE 5
0.00 0.00 6 CORTE 6 ESCALAS
TERRENO
58.00 7
8
CORTE 7
DETALHE 8
INDICADAS /12
CORTE 6 CORTE 7 OBSERVAÇÕES

6 escala - 1 : 100 7 escala - 1 : 100


O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
6
15 16 17 4 18
15 16 6 17 4 18 P-06
P-06
P-06 P-06
25.11

11.39 6.44 7.40 21.61 3.50


1.25 2.94 6.44 0.76 0.48 1.20 3.08 1.20 0.48 3.58 0.20
1.25 9.38 0.76 0.48 1.20 3.08 1.20 0.48 0.15 1.90 0.15 5.05 0.15
PROJEÇÃO DE PLATIBANDA PROJEÇÃO DE COBERTA
2.56 16.03
32 32 CIRCUL.

PROJEÇÃO DE VIGA
PROJEÇÃO DE VIGA 31 1 PROJEÇÃO DE ACESSO 31 5.60

2.02
2.05

sobe

desce
VAZIO 2 ACESSO PLATIBANDA GALERIA 2
ACESSO 30 J180a 30

1.25

1.25
ADMIN. NAC

1.37
2.72
GALERIA 3 1.80 x 0.60 VAZIO 3
PN-C4 29 VAZIO

9 x .28 (2.52)
PN-C4 29
9.38 x 10.02 28 4 1.55 9.38 x 10.02 28
4

0.15
5 VAZIO 5
27 JARDIM 27
6 6
26 26

0.70
7
PROJEÇÃO DE VIGA 7 PROJEÇÃO DE VIGA
25 25

4.32
8 8
24 24

4.86
PN-C1
9 9
1.48 x 3.55

PROJEÇÃO DE VIGA/PISO
23 23
10 10

2.98
IO 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11
VAZ SECRET. NAC

VAZIO

3.62
DE

3.47
5 5

1.20
ÃO COPA VAZIO

3.95
JEÇ 20.00 m²

2.80 x 0.60
P RO PN-C3
P-06 7.42 m² P-06 ACESSO

J280

1.55
0.00 0.70 2.94 6.44 8.37 x 10.02 GALERIA
0.48 1.20 11 x .28 (3.08) 1.20 0.48
0.00
10.08 VAZIO

4.12
PN-C3
8.37 x 10.02 NICHO PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

0.51
0.54
VAZIO
PROJEÇÃO DE VIGA/ PISO

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
9.38 0.76 6.44 3.58

0.15
P80

P80
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE COBERTA
1.56
WC MASC. 20.16
GALERIA
D D

1.20 x 0.60
P90a
4.27 m²

2.37
GALERIA

J120a
161.54 m² 0.90 x 2.10

1.53
1.55
13.83

13.83
0.00

PROJEÇÃO DE PAREDE
0.00 89.03 m²

10.61
PROJEÇÃO

10.98
10.58

VAZIO

9.24
1.00
10.08 7.20 0.15 4.15 0.15 2.80 VAZIO DE VIGA 5.60

11.16
0.15
1.20

3.20
32 32
HALL

4.30
31 PROJEÇÃO DE VIGA/PISO PROJEÇÃO DE VIGA/PISO 31

1.20 x 0.60
PROJEÇÃO DE VIGA

desce
20.39 m² WC FEM.

J120a

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
7 x .28 (1.96)

30 30

1.53
1.55
29
0.00 P90a 4.27 m² 29 CIRCUL.

7.65

7.68
28 0.90 x 2.10 0.00 28 VAZIO 5.60

7.11

7.17
PROJEÇÃO DE VIGA/PISO

27 27
1.20 11 x .28 (3.08) 1.20 11 x .28 (3.08)

0.15
6.58
26 26

PROJEÇÃO DE PISO
25 25

1.20 x 0.60
NICHO

4.12
P80

J120a
0.80 x 2.10

1.55
24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 7 6 5 4 3 2 1

4.77
DEPÓSITO VAZIO
1.20

1.20
sobe
7 7

4.36
1 15.82 m²
P-06 P-06

sobe
0.00

3.38
2

3.23
3

17.28 4 2.94 0.47 1.20 4.77 0.76 PROJEÇÃO DE VIGA 6.44 PROJEÇÃO DE VIGA

1.52 x 3.55
1.61
5

PN-C2
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 VAZIO
0.70 16.58 13.64

0.70
0.15

1.88

0.50
VAZIO ACESSO
PN-C5 PN-C5
1.21

1.18
VAZIO BCZM
20.16 x 10.02 ACESSO 20.16 x 10.02 ACESSO
PROJEÇÃO DE
SERVIÇO SERVIÇO
PROJEÇÃO DE PLATIBANDA PLATIBANDA
PROJEÇÃO DE COBERTA
1.25 16.58 0.15 2.05 0.15 4.90 0.15 1.25 2.21 15.05 2.90 0.20
25.23 21.61
QUADRO DE ESQUADRIAS
GALERIA nível 1 GALERIA nível 4 PORTAS - BLOCO C
1 3 CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

N
escala - 1 : 100 escala - 1 : 100 P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 3
P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 2

JANELAS - BLOCO C
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.
J120a 1.20 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 3
J180a 1.80 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2
7 D 5 18 4 17 6 16 15 J280 2.80 0.60 CORRER (4F) - ALUMÍNIO E VIDRO 1
P-06 P-06 RUFO DE CONCRETO
P-06 P-06 RUFO DE CONCRETO
PAINÉIS - BLOCO C
4 18
TELHA METÁLICA
TERMO-ACÚSTICA
TELHA METÁLICA
TERMO-ACÚSTICA
CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
P-06
PN-C1 1.48 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.20 0.95

0.95

0.95
PN-C2 1.52 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
5.20

1.58

1.58
CALHA Nível 05 ac Nível 05 ac PN-C3 8.37 x 10.02 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15 1.40 3.50 0.15 9.00 9.00 PN-C4 9.38 x 10.02 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

0.63
0.43

0.43
0.63
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
PN-C5 20.16 x 10.02 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA LAJE ALVEOLAR
0.15

0.97
4.35

4.35
1.67

1.67
D GUARDA-CORPO
3.20

0.80
DE AÇO INOX
2.77

2.77

2.77

2.77
5.60 5.60 5.60
1.10

1.10
3.35

1.10

1.00
CIRCULAÇÃO Nível 04 ac CIRCUL. PROJ. DO PISO NÍVEL 4 PROJ. ESCADA GALERIA Nível 04 ac
0.35

DEPÓSITO 5.60 5.60

10 x .0175 (1.75)
0.15

20.31 m²
0.35

9.95

9.95
FORRO DE GESSO VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO
2.70 LAJE ALVEOLAR
2.02

2.05

2.05
VIGA DE CONCRETO GUARDA-CORPO
6.58

VIGA DE CONCRETO
1.70

1.70

VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO Nível 03 ac VIGA METÁLICA


DE AÇO INOX VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA PILAR METÁLICO Nível 03 ac

8.37
4.25 4.25
1.11

0.00
2.40

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA


FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

12 x .0175 (2.10)
1 PILAR METÁLICO
VAZIO

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA PILAR METÁLICO


2
PILAR METÁLICO
DEPÓSITO Nível 02 ac Nível 02 ac
1.12

5.60

5.60

5.60
5.25

5.25

3
2.70 2.70
1.80 x 0.60

4 VAZIO PILAR METÁLICO


J180a

FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO


2.95

5
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
7 GUARDA-CORPO
3.58
3.55

3.55

3.55

3.55

3.55
0.15 1.00

DE AÇO INOX
0.90 desce P-06

10 x .0175 (1.75)
2.70

ESCADA DE CONCRETO PILAR METÁLICO


MOLDADA IN LOCO PILAR METÁLICO

PROJ. ESCADA
ESCADA DE CONCRETO 0.00 0.00
J280
MOLDADA IN LOCO
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
2.80 x 0.60
2.95
0.92 2.52 1.43 DEPÓSITO WC FEM. WC MASC. SECRET. NAC CIRCUL. Nível 01 ac SECRET. NAC COPA JARDIM GALERIA Nível 01 ac
0.00 0.00
4.87
TERRENO TERRENO
58.00 58.00

GALERIA nível 2 CORTE 4 CORTE 5


2 escala - 1 : 100 4 escala - 1 : 100 5 escala - 1 : 100

7 D 5 C 15 16 6 17 4 18
P-06 P-06
RUFO DE CONCRETO RUFO DE CONCRETO P-06 P-06
TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA
TERMO-ACÚSTICA TERMO-ACÚSTICA
0.95

0.95

0.95
1.58
1.58

CALHA Nível 05 ac Nível 05 ac


9.00 9.00
0.63

0.63

0.63
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
VIGA METÁLICA LAJE ALVEOLAR VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
0.97

PILAR METÁLICO
4.35

1.67
PILAR METÁLICO

GUARDA-CORPO
0.80
2.77

2.77

2.77

2.77
DE AÇO INOX
NICHO MESTRADO PROFISSIONAL EM
5.60 GUARDA-CORPO 5.60 5.60 5.60 5.60 ARQUITETURA PROJETO E MEIO
VIGA DE CONCRETO
1.10

1.10

1.10

1.10

1.10

1.10
1.00

DE AÇO INOX
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
GALERIA 32
CIRCUL. BRISE METÁLICO Nível 04 ac GALERIA 32
GALERIA CIRCUL. Nível 04 ac
0.35

31 31

8 x .175 (1.40)

0.50
5.60 5.60
10 x .0175 (1.75)

30 30 DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA


29 29
9.95

9.95

28 LAJE ALVEOLAR FORRO DE GESSO


JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
LAJE ALVEOLAR 28 VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO
27
LAJE ALVEOLAR
27
2.05

2.05
26 26 GUARDA-CORPO
LAJE ALVEOLAR
1.70

Nível 03 ac VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA Nível 03 ac MATRÍCULA CAU
0.60

25

8.37
VIGA METÁLICA
8.37

VIGA METÁLICA 25
24 24 DE AÇO INOX CO-ORIENTADOR
20161034814 55934-2
23
4.25 23
4.25 Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE

2.40
22 22
VIGA DE CONCRETO

12 x .175 (2.10)
21 21
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO 20
FORRO DE GESSO
20
2.70 VIGA METÁLICA
12 x .0175 (2.10)

6.70

19 19
VIGA METÁLICA 18
VIGA METÁLICA 18 PROJETO
17 VIGA METÁLICA 17
Nível 02 ac DEP. Nível 02 ac
5.60
PILAR METÁLICO PILAR METÁLICO 16
15
16
15
15 PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

5.10
14
13
ESCADA DE CONCRETO 2.70 14
13
2.70
MOLDADA IN LOCO ESTRUTURA PILAR METÁLICO 12 12
ESCADA DE CONCRETO 12 LOCALIZAÇÃO
4.05

15 x .18 (2.70)
11 11
MOLDADA IN LOCO 11 DEMOLIDA
3.55

3.55

3.55
10 10 10
VIGA METÁLICA
CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
9
12 x .175 (2.10)

9 9
10 x .0175 (1.75)

8 8 8 ESCADA DE CONCRETO

2.70
7 7 MOLDADA IN LOCO
6 6 6
5 5
0.00 0.00 4 0.00 4 0.00
3 3 CONTEÚDO ASSUNTO

0.90
2 2

CIRCUL. GALERIA JARDIM 1


CIRCUL. Nível 01 ac GALERIA 1
HALL DEPÓSITO Nível 01 ac 1 GALERIA nível 1 BLOCO C - GALERIA
0.00 0.00 2 GALERIA nível 2
DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
TERRENO
58.00
TERRENO
58.00
3 GALERIA nível 4
SET de 2018

06
4 CORTE 4 AURELIANO FILHO
5 CORTE 5
6 CORTE 6 ESCALAS

CORTE 6 CORTE 7 7 CORTE 7 INDICADAS /12


6 escala - 1 : 100 7 escala - 1 : 100
OBSERVAÇÕES
O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
7 4 8 9 6 10 5 11 12
P-07 P-07 P-07

36.76
PROJEÇÃO DE VIGA C 3
15.16 6.44 15.16 P-07
0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 2.41 0.15 2.40 0.15 2.02 2.40 2.02 0.15 4.96 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15
PN-D4 PN-D8
14.04 x 1.25 14.04 x 1.25
0.15

0.15
RUFO DE CONCRETO Nível 06 ac
CIRCULAÇÃO TELHA METÁLICA
0.00 10.37
TERMO-ACÚSTICA

1.80

0.40 0.20 0.76


1.20 1.20
OUVIDORIA CALHA VIGA METÁLICA Nível 05 ac
TRIAGEM TRIAGEM

3.00

3.30

3.30

3.00
14.88 m²
ATENDIMENTO ATENDIMENTO ATENDIMENTO 7.22 m² 7.21 m² 0.00 9.00

0.40
13.80 m² 13.80 m² 13.80 m² 0.00 0.00 AUDITORIA FINANCEIRO SERV. GERAIS FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
4.38

4.38
1.20
0.00 0.00 0.00 JARDIM 13.80 m² 13.80 m² 13.80 m² LAJE ALVEOLAR
0.00 VIGA METÁLICA
0.00 0.00 BRISE METÁLICO

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

4.16

4.16
16
17 VIGA METÁLICA

0.15

0.15
P80

P80

P80
15
18 GUARDA-CORPO
14
DE AÇO INOX

2.80

2.80
19
13

1.23
1.38
20
12
5.60 5.60

0.80 x 2.10
21 5.60 5.60
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
5.12
11

1.10
P80
15 x 0.28 (4.20)
0.15

0.15

0.15
P80

P80

P80

P80

P80
22
10
23
CIRCUL. SECRETARIA CIRC. ADMINISTRAÇÃO Nível 04 ac
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

0.35
9
CIRCULAÇÃO 24
CIRCULAÇÃO

0.35
8
5.60
10.86

10.86
1.50

1.50
25
13.93 m² 7 13.93 m²

7.41 x 3.55
1.80 x 0.60

1.80 x 0.60
26

8.37 x 10.02
0.00 LAJE ALVEOLAR

9.76
WC 6 0.00
J180a

PN-D1

J180a
PN-D5
1.90

1.90
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
27
5 VIGA DE CONCRETO
5.65 m²

0.15

0.15
P80

P80

P80
3.17

3.17

1.70
28
Nível 03 ac

0.80 x 2.10
4
0.00 29 WC VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA

P80

2.45
3
P80 4.25
C
P90a 5.71 m²
0.80 x 2.10 RECEPÇÃO 30
0.90 x 2.10

sobe
2

7.41

7.41
0.00

7.56

7.56
31 FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
37.06 m² 1
32
0.00
RECEPÇÃO
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

ACESSO
CAURN
PILAR METÁLICO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO Nível 02 ac

5.60
37.12 m²
0.15

0.15
P80

P80
2.33

2.00
PROJEÇÃO DE VIGA 0.00

2.05
ESCRITÓRIO ESCRITÓRIO
2.70
ATENDIMENTO ATENDIMENTO

ACESSO
CAENE
4.38

4.38
13.71 m²
13.80 m² 13.80 m² 2.02 0.36 1.69 0.36 2.02 13.80 m²
0.00

3.55

3.55
COPA 0.00 0.00 0.00 COPA

2.80
8.54 m²
2.71

2.71
8.54 m²
0.00 0.00
0.00

1.55

1.55
0.00 0.00 0.00 0.00

1.74
ELEVADOR
CIRCUL. ATENDIMENTO CIRC. ATENDIMENTO CIRC. Nível 01 ac
0.15

0.15
0.00

3.95
PN-D3 PN-D2 PN-D6 PN-D7

1.20
JARDIM TERRENO
8.93 x 1.25 4.65 x 3.55 JARDIM JARDIM 4.65 x 3.55 9.34 x 1.25

1.20
58.00
5.03 2.13 2.40 2.14 5.02

2.21
3 0.15 1.80 0.15 1.20 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 5.11 2.37 0.12 1.45 0.12 2.38 5.11 0.15 3.15 0.15 3.15 0.15 1.20 0.15 1.80 0.15
QUADRO DE ESQUADRIAS
P-07
15.16 6.44 15.16
CORTE 4 PORTAS - BLOCO D
4 escala - 1 : 100

N
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

CAENE e CAURN nível 1 P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 29

1 escala - 1 : 100
P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 3

JANELAS - BLOCO D
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.
7 4
P-07 8 9 6
P-07 10 5
P-07 11 12 J180a 1.80 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 4

PAINÉIS - BLOCO D
CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
CALHA

CALHA

CALHA

PROJEÇÃO DE COBERTA
PN-D1 7.41 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15

PN-D2 4.65 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


PROJEÇÃO DE BRISE
36.42
PROJEÇÃO DE BRISE
C 3 PN-D3 8.93 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
RUFO DE CONCRETO
P-07 PN-D4 14.04 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
2.34

14.99 6.44 14.99

2.46
JARDIM JARDIM
TELHA METÁLICA PN-D5 8.37 x 10.02 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15 1.60 0.15 1.23 0.15 2.00 0.15 4.95 0.15 4.31 0.15 2.02 2.40 2.02 0.15 3.65 0.15 3.65 0.15 3.55 0.15 3.40 0.15 TERMO-ACÚSTICA
JARDIM EM PN-D6 4.65 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
ACESSO CONTÊINER

0.69
PN-D10 PN-D13 PN-D7 9.34 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
4.11

13.85 x 4.13 14.04 x 1.25 MODULADO


Nível 06 ac

1.33
PROJEÇÃO DE VIGA PN-D8 14.04 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15

0.15
10.37

0.43
FORRO DE GESSO VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
PN-D9 6.64 x 4.13 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
DEPÓSITO VAZIO PN-D10 13.85 x 4.13 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
1.77
1.55

4.62 m² VIGA METÁLICA

1.79
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
VIGA METÁLICA Nível 05 ac PN-D11 9.58 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.80 x 2.10

5.60 COPA
P80

6.00 m² SECRETARIA 9.00 PN-D12 6.64 x 4.13 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


3.00
0.15

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

5.60 14.85 m² SALA SALA SALA DEPÓSITO FORRO DE GESSO PN-D13 14.04 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
5.60 15.99 m² 15.99 m² 15.53 m² 14.87 m² PN-D14 9.58 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

4.38

4.77
1.20
0.80 x 2.10

4.56
3.73
BRISE METÁLICO BRISE METÁLICO

1.25
5.60 5.60 5.60 5.60

PROJEÇÃO DE COBERTA

4.13
P80

P90a
1.80 x 0.60

0.80 x 2.10

WC 0.90 x 2.10 16 JARDIM EM


J180a
2.68

17
0.15
P80
1.55

15 CONTÊINER
4.29 m² RECEPÇÃO

2.77
18 MODULADO
14
5.60 CIRCULAÇÃO 29.80 m²
7.08

0.80 x 2.10
19
13
5.60 VAZIO VAZIO 5.60 5.60
1.23

12.40 m² 5.60

1.52
P80
20
12
5.60 21
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
11 JARDIM
PROJEÇÃO DE VIGA
5.40

0.40
CIRCUL.

0.35
SALA HALL
0.80 x 2.10

15 x 0.28 (4.20)
0.15

0.15

0.15
P80

P80

P80

P80
22
10 Nível 04 ac

11.06
P80

23
9
24 CIRCULAÇÃO 5.60
P80 8
10.86

10.86
0.80 x 2.10 14.90 m²
1.50

25
7
HALL LAJE ALVEOLAR VIGA DE CONCRETO

1.80 x 0.60
5.60
PROJEÇÃO DE VIGA

26

2.05
6

J180a
10.17 m²
JARDIM

JARDIM

1.70
2.52

2.52

Nível 03 ac

1.55
27 0.80 x 2.10
5
5.60 WC VIGA METÁLICA

3.00
0.87 0.15

P80

28

2.45
0.80 x 2.10
4
29
5.40 m² 4.25

P80
PROJEÇÃO DE VIGA
3

C
P90a FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
PN-D9 30 PN-D12
desce

2 0.90 x 2.10
6.64 x 4.13 31 6.64 x 4.13 JARDIM EM
OUVIDORIA 32 CONTÊINER PILAR METÁLICO
VIGA METÁLICA
FORRO DE GESSO Nível 02 ac

5.60
ADMINISTRAÇÃO 19.90 m² MODULADO

0.80 x 2.10
6.03

5.25
4.03 0.43 2.02 1.20 1.20 2.02 0.43 4.03

0.15
MONITORA 5.60 2.70

P80
22.01 m²

1.25
17.97 m² 5.60 15.36
5.60 SALA SALA

3.55

3.55
2.05

CIRCULAÇÃO 14.15 m² 14.24 m²


PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

2.80
ACESSO 5.60 ACESSO
3.66

3.66

ADMINISTRAÇÃO CAURN 5.60 5.60 COPA

2.88
0.12

9.94 m² 0.00

1.55
0.00 0.00 0.00
5.60
JARDIM EM
1.50

1.74

ELEVADOR CONTÊINER CIRCUL. OUVIDORIA RECEPÇÃO JARDIM CIRCUL. Nível 01 ac


PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA MODULADO
0.00
0.15

0.15
0.12

VAZIO TERRENO
PN-D11 VAZIO PN-D14 58.00
3.80

9.58 x 1.25 9.58 x 1.25


0.15 2.98 0.15 3.65 0.15 3.30 0.15 4.46 2.375 0.12 1.45 0.12 2.375 4.46 0.15 3.23 0.15 3.25 0.15 1.50 0.15 1.80 0.15
2.21

3
10.53 6.84 1.69 6.84 10.53
CORTE 5
P-07
PROJEÇÃO DE BRISE
6.44
PROJEÇÃO DE BRISE
5 escala - 1 : 100
CALHA

CALHA

CALHA

CALHA
CALHA

CALHA

PROJEÇÃO DE COBERTA PROJEÇÃO DE COBERTA

N
ADMINISTRAÇÃO e CAURN nível 4
2 escala - 1 : 100
3 C
6 P-07
7 4
P-07 8 RUFO DE CONCRETO

TELHA METÁLICA
9 P-07
RUFO DE CONCRETO

TELHA METÁLICA
10 5
P-07 11 12 RUFO DE CONCRETO

TELHA METÁLICA
TERMO-ACÚSTICA TERMO-ACÚSTICA TERMO-ACÚSTICA

Nível 06 ac Nível 06 ac
1.33

1.33

1.33
CALHA CALHA CALHA
10.37 10.37

0.40
VIGA METÁLICA FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
FORRO DE GESSO
0.96

0.96

BRISE METÁLICO VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA LAJE ALVEOLAR VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA LAJE ALVEOLAR VIGA METÁLICA
Nível 05 ac Nível 05 ac

1.99
9.00 9.00
0.40

0.43

FORRO DE GESSO
5.46

MESTRADO PROFISSIONAL EM
5.46

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA


LAJE ALVEOLAR BRISE METÁLICO
ARQUITETURA PROJETO E MEIO

3.73
BRISE METÁLICO
4.16

4.16
4.13

4.13

4.13
GUARDA-CORPO
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
GUARDA-CORPO
3.20

3.20

DE AÇO INOX
2.80

DE AÇO INOX
2.77

2.17
DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA
5.60 5.60 5.60 5.60 5.60 5.60
JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
1.10

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCUL. MATRÍCULA CAU CO-ORIENTADOR


SALA COPA
0.35

SALA Nível 04 ac Nível 04 ac 20161034814 55934-2

11.06
32
Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
0.35

31
0.35

5.60 30 5.60
29
GUARDA-CORPO
10.66

9.73
LAJE ALVEOLAR 28

2.45
DE AÇO INOX PROJETO

16 x .175 (2.80)
LAJE ALVEOLAR 27
2.05

2.05

VIGA DE CONCRETO LAJE ALVEOLAR VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO 26 VIGA DE CONCRETO
1.70

1.70

VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO Nível 03 ac 25 Nível 03 ac


24 PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
2.45

23
VIGA METÁLICA 4.25 4.25
3.43

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA 22


21
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO LOCALIZAÇÃO
20
19
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA 18
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
FORRO DE GESSO PILAR METÁLICO
Nível 02 ac
FORRO DE GESSO
17
Nível 02 ac
CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
5.60

5.60

16
5.25

15
5.25

PILAR METÁLICO PILAR METÁLICO 2.70 13


14 2.70
12
CONTEÚDO ASSUNTO

16 x .175 (2.80)
11
3.55

3.55

3.55

3.55

3.55
10
9
1 CAENE e CAURN nível 1 BLOCO D - CAURN, CAENE e ADMINISTRAÇÃO
2.80

8
7
2 ADMINISTRAÇÃO e CAURN nível 4
2.17

6
0.00 5 DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 4 0.00 3 CORTE 3
3

SET de 2018

07
CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO 1
2
CIRCUL.
4 CORTE 4 AURELIANO FILHO
RECEPÇÃO ESCRITÓRIO ESCRITÓRIO COPA Nível 01 ac JARDIM
POÇO DO
JARDIM Nível 01 ac
5 CORTE 5
0.50

0.00 ELEVADOR 0.00 ESCALAS


6 CORTE 6
TERRENO
58.00
TERRENO
58.00 INDICADAS /12
CORTE 3 CORTE 6 OBSERVAÇÕES

3 escala - 1 : 100 6 escala - 1 : 100


O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
3 4 5 P-08
4 6 7 D 3
P-08
E

0.17
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

7 CALHA

1.32

1.32
JARDIM
JARDIM JARDIM SILHUETA DO RESTAURANTE CALHA
PROJ. VAZIO PROJ. VAZIO PROJ. VAZIO PROJ. VAZIO

3.34
RESTAURANTE

21.72
ACESSO

2.02

2.02
0.95 6.46 6.10 0.15 2.00 0.15 3.50 0.15 3.22 0.15 2.50 0.15 3.50 0.15 2.82

SILHUETA DO RESTAURANTE
PN-E7 ACESSO
3.40 X 1.25 ADMINISTRAÇÃO
PROJEÇÃO DA SICREDI JARDIM

0.15

0.15
REBAIXADO
PROJEÇÃO DE VIGA

4.90
4.60

7.23
ALMOX.
JARDIM EM
CONTÊINER
PÁTIO JARDIM EM
CONTÊINER
8.98 m² HALL MODULADO 5.60 MODULADO

2.48 x 2.58

2.40
0.00 7.18 m²

PN-E6
ARQUIVO

2.58

2.60
0.00
3.22 9.10 m²

3.55
NUTRIÇÃO 0.00 2.74 12.42 9.14
1.10 0.15 1.97
12.69 m² PN-E1
0.15 2.59 0.15 3.29 0.15 2.13 0.15 2.60 0.15 3.69 0.12 8.99 0.15

0.80 x 2.10
2.50 X 3.80

4.90
0.00

0.15 1.00 0.15


JARDIM

0.15

0.15
P80
CAIXA DML ACESSO
9.80 m² DO PÁTIO
PN-E11 1.97 m² J100a J100a J100a

0.80 x 2.10
PESAGEM 0.00 3.50 x 2.80 1.00 x 1.00 1.00 x 1.00 1.00 x 1.00

P80
1.10 1.10 1.10
7.79 m²

0.80 x 2.10

0.15
JARDIM CALHA

PROJEÇÃO DE VIGA
6
P60 P80

0.15

P80
0.00 0.60 x 2.10 0.80 x 2.10

1.20
P80 P80 CALHA
0.80 x 2.10 0.80 x 2.10 CIRC.
36.61 m² WC MASC.
PROJEÇÃO DA SICREDI

0.15
PROJEÇÃO DE VIGA

1.80
0.00 6.58 m²

0.15
PROJEÇÃO DE VIGA
J160
PN-E12 2.40 x 0.60 COPA 5.60

5.80
SECRETARIA

PROJEÇÃO DE VIGA
2.24 X 2.80

0.90 x 2.10
8.50 m²

3.27
1.55

P90a
26.13 m²

0.15
DEPÓSITO 5.60
0.00

4.47
2.80
9.50 m²
ESTOQUE FRIO

0.80 x 2.10
JARDIM 5.60
12.53 m² WC FEM.

P80
15.72 x 3.55

REBAIXADO

PROJEÇÃO DE BRISE
0.00

0.15
PN-E5

P80 P80 4.60 5.93 m²


ARQUIVO LAJE
9.39

0.80 x 2.10 0.80 x 2.10

17.50 x .70
5.60

2.97
JARDIM EM REBAIXADA

PN-E9
JARDIM EM
24.10 m²

7.32
CONTÊINER VAZIO 2.75 1.51 0.15 2.00 4.26 CONTÊINER

0.15
4
MODULADO 5.60 P80
0.80 x 2.10 4.26 P90a
MODULADO
QUADRO DE ESQUADRIAS

1.50
0.80 x 2.10
P80 P80 0.90 x 2.10

0.15
P80
PREPARO/COZINHA P-08

0.15

SILHUETA DO RESTAURANTE
SALÃO BUFÊ 0.80 x 2.10 0.80 x 2.10
PORTAS - BLOCO E
53.75 m² ESTOQUE SECO
12.79

PROJEÇÃO DE BRISE
154.04 m² 54.58 m²

0.15
0.00 12.53 m² CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

2.80
PROJEÇÃO DE VIGA

19.25
0.00

4.00 x .85
PN-E15
23.65

0.00 DIRETORIA

9.25
P80
INFORMÁTICA

11.30 x 1.25
G150 1.50 2.15 CORRER (2F) - FERRO 1

11.30 x 1.25
PN-E19
0.80 x 2.10

PN-E20
15.40 m² 5.74 m²

3.42 x 2.80

2.70
ADMINISTRAÇÃO P60 0.60 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA MADEIRA 1

PN-E10
J160

3.42
0.95 6.46 0.47 0.15 4.32 0.15 5.55 2.40 x 0.60 5.60 15.89 m² P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 23
1.55
5.60

0.15
P90 0.90 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA MADEIRA 2

3.45
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA P80
0.80 x 2.10 CALHA

5
PROJEÇÃO DE VIGA

0.80 x 2.10
P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 2

29.22
CALHA

1.17

0.15

P80
PROJEÇÃO DE PROJEÇÃO DE
P90
LAJE REBAIXADA LAJE REBAIXADA 0.90 x 2.10 PN-E14
2.40 x 1.00
JANELAS - BLOCO E
E
0.15

0.15

0.15
P80
PROJEÇÃO DA SICREDI PROJEÇÃO DA SICREDI
0.80 x 2.10 CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

7.20

0.15
P80
0.80 x 2.10 J100a 1.00 1.00 MAXIMAR (1F) - ALUMÍNIO E VIDRO 3

1.61
PASSA
PRATOS P80 VEST. FEM. CIRC. P80 J160 2.40 0.60 CORRER (4F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2

SILHUETA DO RESTAURANTE
0.80 x 2.10 14.52 m² 20.49 m² 0.80 x 2.10 GERÊNCIA
3 0.00 JARDIM SECRETARIA 5.60

3.23
3.25

PROJEÇÃO DE SILHUETA DO RESTAURANTE

4.65
15.89 m² PAINÉIS - BLOCO E

0.15
LAJE REBAIXADA 25.90 m² 5.60 LAJE
P-08 2.70 1.80 JARDIM
5.60 REBAIXADA CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.

3.45
PROJEÇÃO DE REBAIXADO

1.61
LAJE REBAIXADA
HIGIENIZAÇÃO JARDIM EM 4.60 4.26 PÁTIO JARDIM EM PN-E1 2.50 X 3.80 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

5.30

21.96
P80 P80
CONTÊINER CONTÊINER
0.80 x 2.10 0.80 x 2.10 29.50 m² MODULADO
VAZIO 5.57 0.15 1.65 0.15 4.61 5.60 MODULADO PN-E2 4.48 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.00

0.15
0.15
0.15

PN-E3 3.31 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

SILHUETA DO RESTAURANTE
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
PN-E4 PN-E4 4.32 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
4.32 x 3.55 P90
MARMITARIA

0.15

0.15
P80

P80
PASSA 0.90 x 2.10 PN-E5 15.72 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

1.65
PRATOS 15.08 m² PASSA PASSA
VEST. MASC.
4.50

0.00 PRATOS PRATOS PN-E6 2.48 x 2.58 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


PRAÇA 14.86 m²
3.31 x 3.55

ABASTEC. PN-E7 3.40 X 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


PN-E3

0.00

3.30
3.28

6.82 m²

2.18
10.86 m² PN-E8 2.70 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.00

2.37
0.15
2.70 1.80 5.60
PN-E9 17.50 x .70 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

1.65
PN-E10 3.42 x 2.80 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

1.23
GÁS CALHA

4
PROJEÇÃO DE VIGA
5.81

1.84 m² CALHA PN-E11 3.50 x 2.80 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


0.15
0.15

0.15
SILHUETA DO RESTAURANTE PN-E12 2.24 X 2.80 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
G150 1 2 3
PN-E8 PN-E2 5.57 0.15 6.41 PN-E14 2.40 x 1.00 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

DO PÁTIO
1.50 x 2.15

ACESSO
2.70 x 1.25 ACESSO 4.48 x 3.55
0.95 6.92 0.15 4.32 0.15 2.05 0.15 3.35 0.15 1.50 0.15 SERVIÇO 4.48 0.15 4.50 0.15 0.42 1.20 0.60 0.60 PN-E15 4.00 x .85 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

2.99
5.64
JARDIM desce PN-E16 12.12 X 2.77 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

2.18
2.38

2.38

2.38
11.40 0.15 5.55 0.15 4.48 0.15 1.50 0.15 6.27 0.60 0.60 PN-E17 5.58 x 2.77 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PN-E18 5.58 x 2.77 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

9.54
PN-E19 11.30 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

0.20

5.58 x 2.77
PROJEÇÃO DE BRISE

PN-E17
PN-E20 11.30 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

9
0.84

AUTO ATENDIMENTO

1.8
5.58 x 2.77
PN-E18
JARDIM EM JARDIM EM

PROJEÇÃO DE BRISE
JARDIM JARDIM

7.39
CONTÊINER 33.81 m² CONTÊINER
VAZIO 45. ATENDIMENTO

7.17
MODULADO
5.60 00° MODULADO
JARDIM
69.55 m²

3
0.7
REBAIXADO
4.60 5.60
PORTA

RESTAURANTE nível 1 GIRATÓRIA

3
1.4

4.40
1 escala - 1 : 100

N
2.78 2.87 6.48
4 45 .
00° 60

3 4 5 P-08 RUFO DE CONCRETO


6 3
0.95 x 2.15 CALHA

0.17
TELHA METÁLICA CALHA
TERMO-ACÚSTICA
PN-E16
ACESSO 12.12 X 2.77
SANTANDER
0.43 0.20 0.76 0.15 2.59 0.15 12.12 0.15 8.99 0.15
0.96

BRISE METÁLICO
Nível 05 ac

BCZM
PARA
24.30
9.00
0.40

FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO CIRCULAÇÃO


VIGA METÁLICA LAJE ALVEOLAR VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA 5.60

7
4.16

PROJEÇÃO DE BRISE
2.80

2.77

2.77

N
5.60 5.60 5.60 5.60 5.60 5.60 5.60
SICREDI nível 4
1.10

1.10
2 escala - 1 : 100
0.35

Nível 04 ac CIRC. ATENDIMENTO GERÊNCIA ADMINISTRAÇÃO WC FEM. WC MASC. PÁTIO


0.35

5.60
VIGA DE CONCRETO
9.76

LAJE ALVEOLAR VIGA DE CONCRETO


1.20

LAJE ALVEOLAR
VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO
4
1.70

4 5 6
Nível 03 ac FOSSO PARA ILUMINAÇÃO ZENITAL E
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
FORRO DE GESSO DISPOSIÇÃO DE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS
P-08
2.45

4.25
FORRO DE GESSO
ALVENARIA DE TIJOLO 6.50 0.70 6.50
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA CERÂMICO FURADO (9cm)
PILAR METÁLICO
REBOCADA E PINTADA
4.30 0.15 2.05 2.80 0.15 3.55

0.50
Nível 02 ac FORRO DE GESSO PILAR METÁLICO
PILAR METÁLICO
5.25

5.25

CAMADAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

0.85
5.60

2.70 E PROTEÇÃO MECÂNICA DA LAJE VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO


3

CALHA

CALHA

CALHA
0.35
4.05

LAJE ALVEOLAR SOBRE


3.55

0.15 0.91

0.15 0.91
ESTRUTURA EXISTENTE FORRO P-08
1.84
FORRO VAZIO VAZIO
2.85

DE GESSO DE GESSO
6
E
Estaciona ac
2.10

0.75
0.45 0.00 0.00 0.00 P-08
0.00 0.00 0.00 PROJEÇÃO
0.99
1.25

BOCA DE LOBO DE LAJE REBAIXADA DE VAZIO LAJE REBAIXADA


DE VAZIO

1.14

0.15 1.14
4.26 VIDRO E ALUMÍNIO 4.60 PROJEÇÃO
BOCA DE LOBO DE BOCA DE LOBO DE
4.60
ALUMÍNIO E VIDRO ALUMÍNIO E VIDRO
Nível 01 ac CIRC. JARDIM SALÃO BUFÊ PREPARO/COZINHA CIRC. DIRETORIA LAJE

0.24
CAMADAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
REBAIXADA
0.00 E PROTEÇÃO MECÂNICA DA LAJE

0.15
0.21

VIGA DE CONCRETO

VIGA DE CONCRETO

VIGA DE CONCRETO
LAJE ALVEOLAR VAZIO

0.74
TERRENO

CALHA

CALHA

CALHA
58.00
0.71

FORRO FORRO

1.96
0.50

VIGA METÁLICA DE GESSO VAZIO DE GESSO


PARA APOIO DA LAJE

CORTE 3 4.30 0.15 2.05 0.70 2.80 0.15 3.55


3
FORRO DE GESSO

E 3
P-08
RUFO DE CONCRETO
D escala - 1 : 100
TELHA METÁLICA
TERMO-ACÚSTICA
DETALHE 5
5 escala - 1 : 50 DETALHE 6

N
0.96

LAJE ALVEOLAR
CALHA Nível 05 ac
9.00 6 escala - 1 : 100 MESTRADO PROFISSIONAL EM
0.40

FORRO DE GESSO ARQUITETURA PROJETO E MEIO


VIGA METÁLICA BRISE METÁLICO AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
BRISE METÁLICO
7
4.16

F GUARDA-CORPO
DE VIDRO
TEMPERADO
JARDIM EM
CONTÊINER
MODULADO
5 P-08 JARDIM EM
CONTÊINER
C JARDIM EM
CONTÊINER
DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA
2.80

P-08 MODULADO MODULADO


JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
5.60 5.60 5.60 5.60 5.60 5.60 MATRÍCULA CAU CO-ORIENTADOR
5.60 JARDIM CONTÊINER MODULADO 20161034814 55934-2
1.10

1.10

COM CAIXA DE POLIPROPILENO Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE


0.50

LAJE ALVEOLAR
PÁTIO WC FEM. CIRC. DEPÓSITO ARQUIVO CIRCUL. CIRCUL.
1.89

MONTADA EM ESTRURA DE AÇO


Nível 04 ac
0.35

5.60

1.10
PROJETO
ALVENARIA DE TIJOLO
3.15
0.35

VIGA DE CONCRETO CERÂMICO FURADO (9cm)


JARDIM
VIGA DE CONCRETO LAJE ALVEOLAR
LAJE ALVEOLAR
REBAIXADO
LAJE ALVEOLAR
REBOCADA E PINTADA PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
2.05

1.70

1.89
LAJE
1.70

1.70

VIGA DE CONCRETO
1.26

LAJE ALVEOLAR VIGA DE CONCRETO Nível 03 ac


0.60

VIGA METÁLICA REBAIXADA VIGA METÁLICA


2.80

CAMADAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO


4.25
2.45

E PROTEÇÃO MECÂNICA DA LAJE


BRISE METÁLICO
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO LAJE ALVEOLAR SOBRE
ESTRUTURA EXISTENTE CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN

0.79
6.70

6.70

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA


PILAR METÁLICO VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA PILAR METÁLICO
FORRO DE GESSO PILAR METÁLICO FORRO DE GESSO
PILAR METÁLICO Nível 02 ac TERRA PARA PLANTIO DE LAJE ALVEOLAR SOBRE
5.25

ESPÉCIES ARBUSTIVAS ESTRUTURA EXISTENTE CONTEÚDO ASSUNTO


5.60

2.70
1 RESTAURANTE nível 1 BLOCO E - RESTAURANTE e SICREDI
4.05

0.55
CAMADAS DE DRENAGEM VIGA DE CONCRETO

0.76
3.55

3.55

3.55

3.55

3.55

IMPERMEABILIZAÇÃO E EXISTENTE 2 SICREDI nível 4


PROTEÇÃO MECÂNICA DA LAJE DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
2.80

2.80

1.26
3 CORTE 3
Estaciona ac LAJE ALVEOLAR
SET de 2018

08
4 CORTE 4 AURELIANO FILHO
1.55

0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.45 VIGA METÁLICA PARA

0.50
VIGA METÁLICA DE REFORÇO ESTRUTURAL 5 DETALHE 5
APOIO DO JARDIM ESCALAS
MARMITARIA PREPARO/COZINHA NUTRIÇÃO CIRCUL. JARDIM CIRCUL. Nível 01 ac 6 DETALHE 6
0.00
TERRENO
FORRO DE GESSO PASSAGEM PARA
ILUMINAÇÃO ZENITAL
7 DETALHE 7 INDICADAS /12
58.00

OBSERVAÇÕES

CORTE 4 DETALHE 7 O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
4 escala - 1 : 100 7 escala - 1 : 50
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
A 5 B 5
G H 9
P-09
I
P-09 CHAPIM
P-09

32
JARDIM CONTÊINER
ALVENARIA DE TIJOLO MODULADO COM CAIXA DE

9 5.75 FURADO CERÂMICO (9cm) POLIPROPILENO MONTADA

0.60
REBOCADA E PINTADA EM ESTRURA DE AÇO

1.10
0.15 5.45 0.15
PROJEÇÃO DE VIGA

0.82
PILAR DE CONCRETO
PILAR METÁLICO CIRCULAÇÃO
7
0.00 PILAR METÁLICO GRELHA PLÁSTICA PARA CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO E
CALHA

3.00
2.20
PROTEÇÃO DAS CALHAS PROTEÇÃO MECÂNICA DA LAJE
11.58

0.40 0.25 0.10


2.40

0.15
3.20

0.35
0.15 1.30 1.97 0.15 2.15 0.15 2.15 0.15 1.97 1.30 0.15
VIGA DE CONCRETO LAJE ALVEOLAR SOBRE
ESTRUTURA EXISTENTE
PN-F3 SILHUETA DE ALVENARIA VEDAÇÃO LATERAL

LA

PR
19.68 x 75

GO
DA LAJE AVEOLAR

6.25 x 2.00

OJ
CALHA

ÉR

5.84
2.88


3.70 0.80 0.60

PN-F2
0.15

6.04
P

ÃO
DE
DEPÓSITO

DE
ÃO

P
COBERTURA
PROJEÇÃO DE PÉRGOLA

ÉR
1.20

0.40

PROJEÇÃO DE
37.28 m²

1.00

1.00
VIGA H EM CONCRETO ARMADO

PROJEÇÃO DE VIGA

OJ

GO
PR
JARDIM INTERNO JARDIM INTERNO

LA
ESTRUTURA ORIGINAL DO PRÉDIO
2.70

3 x .80 (2.40)

JARDIM

PROJEÇÃO DE
0.40
3.70

COBE
0.15 1.00 0.15 0.95 0.15
ÁREA PARA PASSAGEM DE

6.53

RTURA
DUTOS DRENAGEM PLUVIAL

7.35
3

0.50
WC MASC. WC FEM.

4.50

2.50

2.50
9 8 7 6 5 4 3 2 VIGA METÁLICA PARA PN-G4
P-09 24.67 m² 24.67 m²

2.40
REFORÇO ESTRUTURAL 11.34 x 1.45

0.20
0.00 0.00
SUPORTE METÁLICO
PARA BICLICLETA
4 desce FORRO DE GESSO
P-09
1.60

10 11 12 13 14 15

8.15
7.73
PILAR METÁLICO
PROJEÇÃO DE VIGA AUDITÓRIO

6.25 x 2.00
1.00

1.00
2.30 0.85 2.30

PN-F2
8
1.00 1.15 1.15 1.00
DETALHE 6 156.85 m²
2.30

6 -0.25

0.15

3.25
1.80
escala - 1 : 50
VIGA DE CONCRETO
1.60

P80 P80 13.34

1.25
CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO
6

0.68
PROJEÇÃO DE 0.80 x 2.10 0.80 x 2.10 CALHA
BRISE METÁLICO 8.19 m² 8.19 m² 1.20 4.57 1.80 4.57 1.20

0.90 x 2.10

0.90 x 2.10
N

P90a

P90a
0.15
SILHUETA DE ALVENARIA

DML DML -0.25

1.10
3.20 m² 3.20 m²
1.80

WC ADPT. WC ADPT.
4.98 m² 4.98 m²
PROJEÇÃO DE PÉRGOLA

EDUFRN nível 2
5 x .80 (4.00)

-0.15
QUADRO DE ESQUADRIAS
2
JARDIM

1.10
4.90

0.15

J180a J60 J60 J180a escala - 1 : 100


ACESSO
WC MASC.
1.80 x 0.60 0.60 x 0.60 0.60 x 0.60 1.80 x 0.60 ACESSO
WC FEM. -0.05 PORTAS - BLOCO F

11.75
1.55 1.55 1.55 1.55
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

7.58%
1.10

i = 7.58%
7.58%
0.15 1.50 0.15 2.77 0.15 1.00 0.15 1.00 0.15 2.77 0.15 1.50 0.15
P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 4
5

PROJEÇÃO DE VIGA

6.60

6.60
BICICLETÁRIO 1.65 8.28 1.65

3.20
4.12

B
JARDIM EM
0.05 P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 3
3.70

0.00 CIRCULAÇÃO CONTÊINER P-09

1.10
MODULADO
0.00
2.20 2.90 0.40 2.50 11.53 PORTAS - BLOCO G

21.66
1.60

0.15 4.20 0.15 1.25 5.78 0.15 CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

1.10
PILAR METÁLICO

1.10
P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 7
7
PROJEÇÃO DE VIGA Nível 04 ac

0.54
2.30

P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 2


0.15

5.60
0.25

0.35
0.25
1.60

LAJE ALVEOLAR
ESCRITÓRIO VIGA DE CONCRETO JANELAS - BLOCO F

1.70
PROJEÇÃO DE VIGA/PAREDE Nível 03 ac
11.96 m² VIGA METÁLICA
CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.
0.00

3.00
4.25
2.85

4.95 0.15 2.59 0.15 2.60 0.15 2.75 J60 0.60 0.60 MAXIMAR (1F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2

EDUFRN
ACESSO
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
3.14 J120a 1.20 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 1

1.90

1.90
0.75

0.75
0.90 8 x.28 (2.24) J180a 1.80 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2
Nível 02 ac

5.60

2.59 X 2.40
PROJEÇÃO DE PÉRGOLA

0.80 x 2.10

5.25
6.25 x 2.00

PN-G5
2.70
PN-F2
5 x .80 (4.00)

JANELAS - BLOCO G
0.15

P80

31

0.15

0.15
JARDIM

1.62
4.90

CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

0.98
CIRC.
1.00 0.15 0.95

sobe

3.55
8.00 m² LIVRARIA ARQUIVO J120a 1.20 0.60 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 1

2.80

2.80
9 8 7 6 5 4 3 2 1
58.30 m²

1.80
0.00

2.50

2.50
2.10

8.91 m²

5.98 x 1.30
0.00 J120b 1.20 1.10 CORRER (2F) - ALUMÍNIO E VIDRO 2

PN-G3
0.45 CASA MÁQUINAS

38.74
4 COPA

3.38

3.08
P80

0.80 x 2.10
9.81

8.01 m²
0.90 x 2.10

0.80 x 2.10 8.47 m² PAINÉIS - BLOCO F

0.15

P80

8.33%
P-09

9.77
P90a

0.45

0.45

2.40
10 11 12 13 14 15
WC FEM. WC MASC. Nível 01 ac 0.45 0.45
0.15

PROJEÇÃO DE VIGA

CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.

8.68 x 1.75
COPA 0.00

PN-G2
PN-F1 22.77 x 3.55 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
8.86 m²

0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
WC TERRENO
1.60

PN-F2 6.25 x 2.00 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


1.80

0.00 58.00

0.15
P80

P80
PILAR METÁLICO 4.14 m²
PROJEÇÃO DE VIGA PN-F3 19.68 x 75 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.00
6
2.30

1.50
CORTE 4
0.15

P90a
0.90 x 2.10
PAINÉIS - BLOCO G
3

0.90 x 2.10
J120a

0.80 x 2.10
JARDIM
CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
1.60

P90a
1.20 x 0.60
escala - 1 : 100 ADMINISTRAÇÃO

0.15

P80
1.55

3.45
31.88 m² WC MASC. PN-G1 28.32 x 4.50 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

6.44
5.10 0.40 2.50 0.15 3.00 0.15 2.30 0.15 5.70
0.45 5.52 m² PN-G2 8.68 x 1.75 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PROJEÇÃO DE PÉRGOLA

WC FEM.
2.46

CIRCULAÇÃO 0.45
JARDIM

EDUFRN
ACESSO

1.80
PN-G3 5.98 x 1.30 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.80

0.00
EDUFRN e WC's nível 1 4.12 m²
0.45 PN-G4 11.34 x 1.45 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
1 escala - 1 : 100
DEPÓS. PN-G5 2.59 X 2.40 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

6.81
3.51

0.15

0.15
8.42 m²
5.50 2.50 5.75 5.78 PN-G6 1.50 X 2.50 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.45 J120a
1.20 x 0.60

1.20 x 1.10

1.20 x 1.10
N

J120b

J120b
1.56
1.55

1.05

1.05
P80
GUARDA-CORPO DE VIDRO
COM CORRIMÃO DE AÇO INOX
8 0.80 x 2.10

A 5 B P-09 PROJ. PÉRGOLA

3.21
0.15

0.15
ALVENARIA DE TIJOLO CAMADAS DE
INFORMÁTICA
JARDIM EM P-09 FURADO CERÂMICO (9cm) IMPERMEABILIZAÇÃO
GUARDA-CORPO DE VIDRO 8.03 m²
CONTÊINER
MODULADO REBOCADA E PINTADA E DRENAGEM CIRCULAÇÃO 0.45

1.50
34.58 m²

1.65
GRAMADO ELEVADO SOBRE PN-G6 P80
LAJE DE COBERTURA PLACA DE VEDAÇÃO DE TOPO 0.45 0.80 x 2.10
5.60 1.50 X 2.50

0.80 x 2.10
EM ALUMÍNIO COMPOSTO CINZA
1.10

1.10

0.15
P80
20.95

20.95
CIRCULAÇÃO Nível 04 ac
0.35

5.60 ABASTECIMENTO

4.87
0.15

1.94
FORRO DE GESSO LAJE ALVEOLAR 13.19 m²
VIGA DE CONCRETO ESTRUTURA METÁLICA DE 0.45
2.05

VIGA DE CONCRETO SUPORTE DOS PAINÉIS.


1.70

Nível 03 ac
0.60

VIGA METÁLICA TRAVESSAS SUPORTADAS

0.12
POR MÃO-FRANCESA
2.55

4.25
2.40

BRISE METÁLICO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO


ESCADA DE CONCRETO 2.70 6.59 0.15 6.60
6.70

PAINEL DE VEDAÇÃO LATERAL


VIGA METÁLICA MOLDADA IN LOCO EM ALUMÍNIO COMPOSTO AZUL
PILAR METÁLICO
DEPÓSITO Nível 02 ac
5.60

5.25
9 x .18 (1.62) 6 x .18 (1.08)

0.45

7.04
2.70 VIGA DE BORDO DA COBERTURA
4.65

E ALVENARIA COMPLEMENTAR
4.05

FORRO DE GESSO
3.55

3.55

SUPORTE METÁLICO
SILHUETA FORRO DE MADEIRA VAZADO ATENDIMENTO
PARA BICLICLETA
2.70

DE ESCADA 78.43 m²
AUTO ATENDIMENTO
2.25

0.45
0.00 57.08 m²
1.55

0.00 0.00
0.45
0.875

BICICLETÁRIO CIRC. COPA CIRC. LIVRARIA Nível 01 ac DETALHE 10


JARDIM

0.00 CORTE 5 10 escala - 1 : 50


4.82 1.88 6.70
4

8.46
TERRENO
escala - 1 : 100

7.30
58.00

6
9 8 7 4 6

1.83
3
P-09 JARDIM EM
CONTÊINER P-09 P-09 30
MODULADO

N
1.10

1.65
Nível 04 ac
0.35

5.60

0.09

0.09
1.70 0.35

LAJE ALVEOLAR FORRO DE GESSO


LAJE ALVEOLAR PN-G1
VIGA DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO
SANTANDER n1
2.05

2.05

VIGA DE CONCRETO 28.32 x 4.50 ACESSO


1.70

VIGA DE CONCRETO Nível 03 ac SANTANDER


VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA
4.25 7 escala - 1 : 100 13.58
2.40

VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA


FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
2.70
10
6.70

0.75

0.75

G H 9 I
1.15

P-09
FORRO DE GESSO
DEPÓSITO Nível 02 ac
5.60

GUARDA-CORPO
5.25

FORRO DE GESSO 2.70 GUARDA-CORPO DE VIDRO


P-09 DE VIDRO
GUARDA-CORPO DE VIDRO
0.20

PILAR METÁLICO FORRO DE GESSO COM CORRIMÃO DE AÇO INOX CORRIMÃO DE AÇO INOX
VIGA METÁLICA FORRO DE GESSO GUARDA-CORPO PISO ELEVADO SOBRE JARDINEIRA GUARDA-CORPO

0.80
GRAMADO ELEVADO
DE VIDRO LAJE DE COBERTURA DE VIDRO
3.55

3.55

3.55

3.55

3.55

SOBRE LAJE DE
JARDINEIRA
Nível 04 ac COBERTURA
2.80

2.80

0.48
2.50
2.40

2.40

5.60
2.25

CORTE 3 0.00 0.00 0.00

1.66
0.00 0.00 0.00 0.00
5 escala - 1 : 100 WC MASC. CIRC. WC ADPT. CIRCUL. ESCRITÓRIO CIRC. WC Nível 01 ac Nível 03 ac MESTRADO PROFISSIONAL EM
ARQUITETURA PROJETO E MEIO
0.00 4.25

0.40
PÉRGOLA DE CONCRETO
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
TERRENO MADEIRA
58.00 FORRO DE

5.26
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA

30 JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
8 MATRÍCULA CAU

3.20
Estaciona ac CO-ORIENTADOR
Nível 04 ac 20161034814 55934-2
Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
2.50

2.50
P-09 0.45
5.60
JARDINEIRA GUARDA-CORPO DE VIDRO
COM CORRIMÃO DE AÇO INOX PISO ELEVADO SOBRE
31 Nível 03 ac Nível 01 ac
0.45 0.45 0.45 0.45 PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGI
NAL
PROJETO
LAJE DE COBERTURA
4.25 0.00 ADMINISTRAÇÃO CIRC. DEPÓSITO INFORM. PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
TERRENO
58.00 LOCALIZAÇÃO
GUARDA-CORPO
FORRO DE MA
CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
DEIRA DE VIDRO

GRAMADO ELEVADO
SOBRE LAJE DE 3.25 CORTE 8 CONTEÚDO ASSUNTO
FORRO DE
MADEIRA COBERTURA
PASSEIO 8 escala - 1 : 100 1 EDUFRN e 7 SANTANDER n1 BLOCO F - EDUFRN e WC's / BLOCO G - SANTANDER
FORRO DE GESSO WC's nível 1 8 CORTE 8
DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
2 EDUFRN nível 2
4.50

FORRO DE GESSO FORRO DE MADEIRA


9 CORTE 9
32
FORRO ACÚSTICO
3 CORTE 4 SET de 2018

09
10 DETALHE 10 AURELIANO FILHO
1.06

PÉRGOLA DE CONCRETO
3.31

Estaciona ac 4 CORTE 5
3.00

3.16

CORRIMÃO DE
2.55

0.45 5 CORTE 3 ESCALAS


AÇO INOX RENO ORIGINAL
2.86
2.40

PROJEÇÃO DE TER
2.14

3.06

0.45 0.45 0.45 0.45 0.45 6 DETALHE 6 INDICADAS /12


2.25

2.86

0.25 Nível 01 ac
1.99

PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL JARDIM


AUTO ATENDIMENTO ABAST. CIRC. DEPÓSITO CIRCULAÇÃO -0.25 INTERNO 0.00
CORTE 9
0.85

OBSERVAÇÕES
AUDITÓRIO TERRENO
58.00
9 escala - 1 : 100
O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
2 28
5
F E D
0.15
P-10

0.15
CAMADAS DE
PRO
IMPERMEABILIZAÇÃO E JEÇÃ
DRENAGEM O DE
VIGA
N
E

2.12
9.33 11.2
GRAMADO ELEVADO SOBRE 5
LAJE DE COBERTURA

1.94
CIRCULAÇÃO 17.9
0.00 6

Nível 07 ac

6.97
0.12

0.80
10.55
3 1.80
P-10 0.15
ABASTECIM.

4.70
31.36 m² 2.34
LAJE MACIÇA Nível 05 ac PN-H1 9.00

FORRO DE MADEIR
A 9.00
43.47 x 8.32 0.00 PRO
JEÇÃ
O DE
VIGA
6.32
29
1 3.82

CAIX O
AUTO ATENDIMENTO

SS
A
ACE
45.07 m²

3.00
FORRO DE GESSO FORRO DE MADEIRA FORRO DE GESSO 0.00 COFRE PRO
PRO
2.40 8.48 m² JEÇÃ
O DE
A
FORRO DE MADEIR JEÇÃ
O DE 0.00 VIGA

1.28

VIGA

2.62
VIGA

O DE

0.15
3.46

P80

6.87
60

JEÇÃ
2.80

3.26
Nível 04 ac 0.80 x 2.10

11
2.80

0.95 x 2.15

PR O

3.4
5.60


1.55
4.25
G
4.25 4.25 4.25

9.75
JARDIM JARDIM 1.91
CASA MÁQUINAS

2.63
1.04

PROJEÇÃO DE VIGA
VIGA DE CONCRETO 0.55 11.83 m²
0.20

COPA CIRC. NO BREAKS SALA TÉCNICA Nível 03 ac

3.72
1.20 0.00
4.25 4.95 P90

0.66
0.70
0.90 x 2.10
LAJE MACIÇA FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
LAJE ALVEOLAR
FORRO DE GESSO
LAJE ALVEOLAR
TESOURARIA
1.45

1
10.09 m²

0.15
P80

sobe
)
VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA VIGA METÁLICA 2
0.00

x 12

3.85
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO 3 0.80 x 2.10

(.28
5.25
4 1.83
5

3.36

0.15 1.09 0.15


6
4.05

2.50
PROJEÇÃO DE VIGA
7
2.10 COPA

3.55

3.55
8 P80 8.70 m²
2.80

9 0.80 x 2.10 P80


Estaciona ac 10 0.80 x 2.10 0.00

0.15
0.00 0.00 0.00 0.00 0.45 11

0.15
1.20
12

9.15
PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL 13
COPA CIRC. TESOURARIA ABASTEC. AUTO ATENDIMENTO Nível 01 ac ZIO 1.45 0.15 0.50 1.05 0.15 1.80 P90
E VA 0.90 x 2.10
0.00 ÃO D
JEÇ
PRO 3.65

7.64
TERRENO
58.00 14

)
x 12
15

0
CAIXA

18.6
16

(.28
17 ATENDIMENTO 22.24 m²

4.97
211.48 m² WC MASC.

3.36
18 0.00

16.33
H

5.25
0.00

14.00
19
18.32 m²
CORTE 3 20
0.00

6.69
21

12.40 x .70
22

PROJEÇÃO DE VIGA

PN-H3
escala - 1 : 100 23 3.65

0.80
24

12.47
25 7.02 6.70 1.91 1.74 0.15 1.50
4

0.12
P-10
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

0.15
28 29

1.62
ELEVADOR P80
0.80 x 2.10
P90
0.90 x 2.10 QUADRO DE ESQUADRIAS

0.15
0.12
5.30

VIGA
JARDINEIRA GUARDA-CORPO DE VIDRO PISO ELEVADO SOBRE
COM CORRIMÃO DE AÇO INOX LAJE DE COBERTURA 0.23 1.45

O DE
CIRC. PORTAS - BLOCO H

JEÇÃ
21.33 m² CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

4.85

1.50
PR O
P90 0.00
Nível 07 ac 0.90 x 2.10 WC FEM. P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 11

0.80 x 2.10

5.25
18.34 m² P90 0.90 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA MADEIRA 7
0.58 0.55

P80
9.52 CAMADAS DE
JARDINEIRA ABERTURA PARA 10.55 0.00
1.13

0.15
ILUMINAÇÃO ZENITAL

PROJEÇÃO DE VIGA
IMPERMEABILIZAÇÃO E

4.22
PROTEÇÃO MECÂNICA
PRAÇA ARQUIVO PAINÉIS - BLOCO H
12.40 m² CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
0.72

Nível 05 ac

2.42
0.00
I
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA
9.00 PN-H1 43.47 x 8.32 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

66
PN-H2 5.50 x 1.25 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.85

LAJE MACIÇA

.52

1.05
1.37

FORRO DE MADEIRA LAJE MACIÇA

°
FORRO DE MADEIRA
PROJEÇÃO DE VIGA PN-H3 12.40 x .70 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

0.15
VIGA DE CONCRETO
FORRO DE MADEIRA
PN-H4 12.40 x .70 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PN-H1
FORRO DE GESSO 43.47 x 8.32
PN-H5 4.07 x 3.07 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
17.41 0.15 5.15 0.15 3.50 PN-H6 1.74 x 3.06 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.70 0.35

FORRO MAD.
26.64
4.55
2.19

3.46

Nível 04 ac
2.93

2.80

5.60 5
CAIXA ECONÔMICA nível 1
1.75

P-10 5
4.25 4.25 4.25
2 1
9.52

1.00

P-10
escala - 1 : 100
8.80

REUNIÃO CIRC. WC MASC. PROJEÇÃO DE BORDO DA PASSARELA


0.20

VIGA METÁLICA
0.88
7.95

LAJE MACIÇA
1.25

FORRO DE GESSO
CALH
PILAR METÁLICO A
GUARDA-CORPO
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO Nível 02 ac
28
DE AÇO INOX DIVISÓRIA PARA 7.72
RESGUARDO
0.70

2.70
4.25

VISUAL DO CAIXA
4.25

4.25

4.05

E
3.37

N
2.80

Estaciona ac
PROJEÇÃO DA VEDAÇÃO DE TOPO DA 0.15
2.10

PASSARELA
0.85 0.25

ESCADA DE CONCRETO 0.45


MOLDADA IN LOCO 0.00 0.00 0.00

0.15
PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL
CAIXA CIRC. WC MASC. Nível 01 ac 3 4.75
P-10 JARDIM
0.00 10.2
TERRENO
5
JARDIM 0.15

2.70
58.00
4.75 1.12

PROJEÇÃO DE VIGA
PROJEÇÃO DE VIGA
1 29
CORTE 4 JARDIM PN-H2
SEGURANÇA 3.82

0.15

PROJEÇÃO DE VIGA
5.50 x 1.25

4 12.83 m²

7.17
CALH
escala - 1 : 100 A
4.25
TEL
CALH
A

4.60 m²

0.80 x 2.10
P80
PN-H1
43.47 x 8.32

4.02

11
JARDIM
P80

3.4
0.80 x 2.10
0.80 x 2.10
CASA MÁQUINAS


PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

P80
3 11.88 m²
2 1 G

2.63
P-10 SALA TÉCNICA 4.25

0.80 x 2.10
13.67 m²

1.50
P80
0.15
4.25

3.06
GRAMADO ELEVADO SOBRE BORDO ENCERRADO COM PAINÉIS DE P90
LAJE DE COBERTURA ALUMÍNIO COMPOSTO SUPORTADOS 3.53 0.90 x 2.10
POR ESTRUTURA MEÁLICA

0.10
GRAMADO ELEVADO SOBRE GUARDA-CORPO GUARDA-CORPO IGA 1

0.15
DE V
LAJE DE COBERTURA E CORRIMÃO DE DE VIDRO 2
1.28
O

AÇO INOX NO BREAKS


JEÇÃ

3
PRO

CAMADAS DE JARDINEIRA
10.56 4 9.16 m²
1.24

IMPERMEABILIZAÇÃO 5
4.25

2.43
E DRENAGEM 6
COPA

2.50
CIRCUL. CIRCUL. 7
8.75 m²

1.42
8

6)
9 PROJEÇÃO DE VIGA P80 4.25

(3.3
10 0.80 x 2.10

0.15
11
.28

0.15
12 x
12
13

VAZIO P90
0.90 x 2.10
FORRO DE MADEIRA LAJE MACIÇA

PROJEÇÃO DE VIGA
FORRO DE MADEIRA Nível 05 ac
FORRO DE MADEIRA 14 CIRC.

6.39
9.00 FORRO DE MADEIRA
19.61 m²
1.20

15
ITAL

7.64

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
16
RA ZEN

6
18.4

17

4.97
REUNIÃO WC MASC.
TU

18
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
E ABER

16.33
H

5.25
14.00

19
20.49 m² 18.37 m² MESTRADO PROFISSIONAL EM
3.94

20
ÇÃO D

4.25 4.25 ARQUITETURA PROJETO E MEIO

6.82
1.10

8)

21
(3.0
PROJE

22 AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
Nível 04 ac
.28

23 3.50
0.35

4.75 5.60 24
11 x

25
14.82 0.15 1.76 1.74 0.15 1.50 DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA

NITAL
JARDIM 4
1.10

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
1.04

ESTRUTURA EXISTENTE

URA ZE
P-10
25 ATENDIMENTO Nível 03 ac MATRÍCULA CAU CO-ORIENTADOR

ABERT
24
43.47 x 8.32

20161034814 55934-2

0.15
4.25
23
Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
PN-H1
0.66

0.88

22

DE
1.86
LAJE ALVEOLAR VIGA METÁLICA
12 x .17 (2.04)

FORRO DE GESSO 21

PROJ.
20 FORRO DE GESSO ELEVADOR
P90
19
0.90 x 2.10 PROJETO
IGA

18
DE V

17
Nível 02 ac
5.60

16
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO
O

15
JEÇÃ

14 2.70 PN-H6
PRO

13
12 ATENDIMENTO 1.74 x 3.06
LOCALIZAÇÃO
4.25

11
101.98 m²
3.55

3.37

10
WC FEM.
5.93
13 x .17 (2.21)

8
9 4.25 HALL CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
18.37 m²

5.25
14.66 m²

4.07 x 3.07
7

PN-H5
5
6 Estaciona ac 4.25
4.25

4.08
4.07
4
3 0.45
2 PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL CONTEÚDO ASSUNTO
1
ABAST. AUTO ATENDIMENTO ATENDIMENTO Nível 01 ac
0.00
PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA 1 CAIXA ECONÔMICA nível 1 BLOCO H - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF)
I 2 CAIXA ECONÔMICA nível 3
66

TERRENO
DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
0.93

58.00
3 CORTE 3
.52

PN-H1
43.47 x 8.32
SET de 2018

10
AURELIANO FILHO
°

4 CORTE 4

0.15
5 CORTE 5
17.41 1.74 3.56 0.15 3.50 0.15

PROJ. DE VIGA
ESCALAS
CORTE 5 26.64
INDICADAS /12
5 escala - 1 : 100 PROJEÇÃO PROJEÇÃO PROJEÇÃO PROJEÇÃO
DE VIGA DE VIGA DE VIGA DE VIGA

OBSERVAÇÕES

CAIXA ECONÔMICA nível 3 O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA

2 escala - 1 : 100
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
26 3
P-12 I H G

ELA
1.62 18.72 8.53

R
desce i = 8.07%

SSA
O PA
0.15 1.47 0.15 2.88 0.15 2.88 0.15 3.08 0.15 3.08 0.15 2.88 0.15 2.88 0.15 4.97 3.56 PASSEIO

1.57
JEÇÃ
PN-I5 PN-I5 PN-I6 PN-I6 PN-I5 PN-I5 CIRCULAÇÃO 9.00

PRO
2.87 X 3.37 2.87 X 3.37 3.08 X 3.37 3.08 X 3.37 2.87 X 3.37 2.87 X 3.37

PROJEÇÃO DE VIGA
0.00 JARDINEIRA

0.12

PROJEÇÃO DE VIGA
QUIOSQUE QUIOSQUE QUIOSQUE QUIOSQUE QUIOSQUE QUIOSQUE
5.18 m² 5.18 m² 5.55 m² 5.49 m² 5.18 m² 5.18 m² i = 8.07% desce
1.95

1.83

1.86
JARDIM
JARDIM
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

G
0.15

PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE COBERTA


2.62 0.15 4.75 0.15 17.41

5.61
PROJEÇÃO DE VIGA MLC
S.A.O.

2.10

11.58%
PROJEÇÃO DE COBERTA
9.97 m² CIRCULAÇÃO

11.58%

i = 8.07%
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
0.00 P80 JARDIM
0.00

10.98 x 3.37
0.80 x 2.10 AUTO ATENDIMENTO JARDIM

PN-I2
74.03 m²

4.19
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

0.15
MÁQUINAS
4.45

0.00

P80

P80
11.62 m²

ACESSO

BRASIL
BANCO
6.10
0.00

6.02
6.25
1.37 0.15 1.10 0.15 2.00 0.15 2.60 0.15 1.80 0.12 10.94 0.15 4.15 0.25 3.64 PROJEÇÃO DE VIGA MLC

PROJEÇÃO DE COBERTA
0.90 x 2.10

PROJEÇÃO DE VIGA
APOIO
P90

COFRE

3.85

0.12
11.08 m²
7.70 m²
0.15

0.00 0.00

13.97
ABASTECIMENTO

desce
P60

1.79
0.60 x 2.10 31.57 m²
1.50

TEL 0.00 CAFÉ ABERTO


2.02 m²

0.15
151.65 m²

0.36
9.00
0.15

0.15
PROJEÇÃO DE VIGA MLC

0.15 0.95
P80

desce
66
H
0.80 x 2.10
26

.52
°

PROJEÇÃO DE COBERTA

8.36

PROJEÇÃO DE COBERTA
4.77 0.15 1.00 0.15 0.95 0.50 0.15 1.45 11.56 1.50 1.83 0.82 3.89

9.31
2.75 21.04
2
4.65

P-12
21.66

SUPORTE
23.97 m²
19.71

0.00 PROJEÇÃO DE VIGA MLC

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
CAIXA
5.06

7.48
14.67 m² PASSEIO 13.34
0.00 10.55 10.84 QUADRO DE ESQUADRIAS
0.90 x 2.10
0.15

P90

9.46
ATENDIMENTO 4.35 2.00 4.35 0.15 2.50 0.15 1.00 1.50
224.51 m² 0.48 4.28 PN-I11 ACESSO JARDIM PORTAS - BLOCO I
0.00 3.92 10.72 x 3.45 CAFÉ
P80 10.55 CÓD. LARG. ALT. TIPO QUANT.

0.09
0.80 x 2.10 2.50
SALA TC P60 0.60 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA MADEIRA 4
12.94 X 1.10

0.15

3
3.01

0.36
PN-I4

12.92
9.33 m² PN-I1 PROJEÇÃO DE VIGA MLC PROJEÇÃO DE VIGA MLC P80 0.80 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA DE MADEIRA 23
27 x 8.50 0.94 P-12
0.00 ALMOX. P90 0.90 2.10 GIRO (1F) - LAMINADA MADEIRA 6
1.50

3.87 m² P90a 0.90 2.10 GIRO (1F) ADAPTADA - LAMINADA DE MADEIRA 6

PROJEÇÃO DE COBERTA
P80 P80
0.80 x 2.10 0.80 x 2.10
0.00 PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

0.30
I
PROJEÇÃO DE VIGA

0.29
0.15

PASSEIO PAINÉIS - BLOCO I


0.15

CIRC. 10.55
P90a 13.08 m² P90
VAZIO
VAZIO CÓD. DIMENSÕES TIPO QUANT.
0.00 1
1.50

1.50

1.50

0.90 x 2.10 0.90 x 2.10 PN-I1 27 x 8.50 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


1.50
WC ADPT.
0.80 x 2.10

2.70 m² P-12 PN-I2 10.98 x 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


0.90 x 2.10
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

7.01
25 24 23 22 21 20
P80
P90a

19
0.12

PROJEÇÃO DE VIGA MLC PROJEÇÃO DE VIGA MLC PN-I3 6.60 X 1.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15

P80

P80

1
18
sobe

1
2
17 PN-I3 6.60 X 1.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
1.96 (.28 x 7)

3 2
WC ADPT. 16 PN-I4 12.94 X 1.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

VIGA
5.14
1.62
1.69

ELEVADOR 3

5.61
4
15

O DE
2.54 m² PN-I4 12.94 X 1.10 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

9.90
5 4
14

EÇÃ

27.48
6.83
1.80 0.15 1.05 0.15 1.50 0.15 1.50 0.15 1.75 0.23 1.45 0.23 6 5
PN-I5 2.87 X 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

PROJEÇÃO DE VIGA

J
13

9.09
PRO
3.34
0.12

7 6
COPA
0.15
3.55

12
PN-I5 2.87 X 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

13.78 x 2.76
8 7

PM-I12
WC FEM. 6.97 m² P60
9 10 11
VAZIO 8 PN-I5 2.87 X 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
10.62 m² WC MASC. 0.00 0.60 x 2.10 JARDIM

9
1.50

PN-I5 2.87 X 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


1.84

3.4
1.71

0.00 8.14 m² 10
D.M.L. 11 JARDIM PROJEÇÃO DE VIGA MLC PROJEÇÃO DE VIGA MLC PN-I6 3.08 X 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.00 2.18 m²
PROJEÇÃO DE VIGA 11

12 PN-I6 3.08 X 3.37 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1


0.15

0.15

PN-I1 VAZIO PN-I7 26.24 x 4.31 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

1.20
desce

0.93
PN-I3 27 x 8.50
JARDIM 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 PN-I8 4.00 x 3.64 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
6.60 X 1.10
JARDIM
PN-I10 12.36 x 3.65 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
0.15 3.00 0.15 3.15 0.15 2.16 0.15 1.20 0.15 3.59 9.28 PN-I11 10.72 x 3.45 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
N

1.69
10.26 12.87 VAZIO PN-I13 10.75 x 3.46 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PN-I14 21.47 x 2.26 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1
PROJEÇÃO DE VIGA MLC PN-I15 4.40 x 3.44 PAINEL DE ALUMÍNIO E VIDRO 1

BANCO DO BRASIL - nível 1 CIRCULAÇÃO


1

21.53
1.18
0.00 8.24 0.15 2.30
escala - 1 : 100

21.47 x 2.26

3.80
PN-I14
26 3 ?

P-12
PROJEÇÃO DE VIGA MLC

27
PROJEÇÃO PROJEÇÃO PROJEÇÃO PROJEÇÃO PROJEÇÃO
DE VIGA DE VIGA DE VIGA 28.86 DE VIGA DE VIGA

PROJEÇÃO DE COBERTA
0.15 2.62 0.15 2.00 0.15 4.40 0.15 4.01 0.15 2.50 0.15 12.35 0.09

PROJEÇÃO DE COBERTA
ACESSO ACESSO PN-I7

9.08
PN-I8
BB 26.24 x 4.31

7.15
4.00 x 3.64 COOPER.
CAFÉ
0.49 0.15

PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA

G
0.15

140.43 m²
0.64

9.00

11.41

11.53
4.28 PROJEÇÃO DE VIGA MLC
HALL
8.15 m² 2.50 0.15 6.37 3.08 (.28 x 11) 1.20 2.26 1.70

6.01
4.25
3.83

REUNIÃO
3.61

ARQUIVO 15.86 m²
4.45

MÁQUINAS 7.81 m² 4.25 CIRCUL.


13.38 m² 4.25
sobe 4.25
1.20

4.25
PN-I15

0.15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
4.40 x 3.44
13
0.80 x 2.10

14 PROJEÇÃO DE VIGA MLC


P80

15
4.55 0.93 1.83 1.25
16
0.15

P90 8.56 17
4
5.12

2.93
0.90 x 2.10
2.51

P60 18
AUTO ATEND. P-12

2.40
0.60 x 2.10
9.91

ACESSO
19
1.50

PROJEÇÃO DE VIGA METÁLICA

PROJEÇÃO DE VIGA METÁLICA

3.92

CAFÉ
6.70 m²

1.60
TEL
P90
0.90 x 2.10
BALCÃO LIVRARIA
20
4.25 25.88 m² 21
2.12 m² 167.54 m²
4.25 22
0.15

0.12

0.12
4.25 23
1.42 0.15 1.05 0.15 2.00 0.15 2.60 0.15 5.80
PROJEÇÃO DE VIGA

13.82

24 PN-I13
13.73

H
10.75 x 3.46
13.36

25 PROJEÇÃO DE VIGA MLC


26.24 x 4.31

4.77 S.A.O.
1.94

PN-I7

1.82

°
26
PROJEÇÃO DE PASSARELA (CAFÉ) °

23.48

2.08
5.20 m² 27 .52
66
P80 PROJEÇÃO DE COBERTA
0.80 x 2.10
4.25 VAZIO

1.86
PROJEÇÃO DE COBERTA
0.80 x 2.10

0.15

2 PASSEIO
P80

P-12

PAN VADOR
10.55

MICO
10.53

ATENDIMENTO 15.00

0.20
ORÂ
ELE
72.86 m² JARDIM
2.00

PROJEÇÃO DE PASSARELA (CAFÉ)


TESOURARIA 4.25
12.10

10.55
19.71

1.45
5.20 m² 3.26 11.74
19.98

4.25 PROJ. VIGA MLC

5.95
PROJEÇÃO DE VIGA

PROJEÇÃO DE VIGA
7.78

JARDIM
0.15
0.15

10.55

0.20
6.34

4.88
PROJEÇÃO DE COBERTA
APOIO NEGOCIAL 1.83
41.59 m² 0.58
4.25 GERÊNCIA JARDIM

2.24
SALA ON LINE 10.26 m² 9.94
4.25
3.30

9.31 m²
3.58

4.25 PASSEIO
12.94 X 1.10

3.11 0.15 8.10 0.15 4.44 0.46


PN-I4

9.00
P80
3.11 1.40 (.28 x 5) 1.30 1.10 1.96 (.28 x 7) 0.80 x 2.10
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10

MESTRADO PROFISSIONAL EM
P80

P80

PROJEÇÃO DE VIGA PROJEÇÃO DE VIGA PRAÇA


0.15

0.15

I
ARQUITETURA PROJETO E MEIO
9.52
0.18

0.15

PROJEÇÃO DE VIGA
AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
66

sobe
.52
0.15 1.35

PROJEÇÃO DE VIGA
CIRCULAÇÃO P90 8 7 6 5 4 3 2 1 P80 1.52 4.88 1.73 1.55 1.10 2.71 0.15
°

P90a
2.00

8.35 m² 0.90 x 2.10 CIRC. 0.80 x 2.10


1
1.50

1.50

1.50

0.90 x 2.10 desce


PROJEÇÃO DE VIGA

WC ADP. DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA


0.80 x 2.10

4.25 17.11 m² 13.64


0.90 x 2.10

2.70 m² P-12
P80

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD
3.31
0.80 x 2.10

0.80 x 2.10
P90a

25 24 23 22 21 20
4.25
0.80 x 2.10

PROJEÇÃO DE VIGA

19
0.12
0.15

P80

P80

9 10 11 12 13 14 15 16
P80

0.80 x 2.10

MATRÍCULA CAU
0.15

18
1 3 2 CO-ORIENTADOR
COOPERATIVA - nível 5
PROJEÇÃO DE VIGA

20161034814 55934-2
P80
0.90 x 2.10

2
1.81

Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE


17
1.96 (.28 x 7)

26
PROJ. VIGA

P-12 P-12
P90a

WC ADP. 3
16 P80 SECRETARIA PRESIDÊNCIA P-12
4
1.16
1.62

PROJEÇÃO DE VIGA

ELEVADOR
escala - 1 : 100
1.69

4 0.80 x 2.10
5.86

2.54 m² VAZIO 15 12.21 m² 18.62 m²


6.71
0.90 x 2.10

5
PROJEÇÃO DE VIGA

14 4.25 11.16 PROJETO


4.25
P90a

0.15

1.80 0.15 1.05 0.15 1.50 0.15 1.50 0.15 1.75 0.23 1.45 0.23 6
13
0.12

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO


4.36

7
0.15
3.55

12
COPA FINANCEIRO
I
8
WC FEM. 6.97 m² P60 9 10 11 10.73 m²
WC FEM. WC MASC. LOCALIZAÇÃO

N
WC MASC. 0.60 x 2.10
1.00

10.65 m² 4.25 4.25 COPA


1.50
1.84

PROJEÇÃO DE VIGA
2.40

3.60 m² 3.58 m²
1.71

4.25 8.14 m² 8.01 m² 8 7 6 5 4 3 2


0.28 4.25 4.25 CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN
2.00

4.25 D.M.L. 4.25 1


2.21 m²
0.15 1.00

desce P-12
PROJEÇÃO DE VIGA
0.15

0.15

PN-I1
9 10 11 12 13 14 15 16 CONTEÚDO ASSUNTO
0.15

PN-I3 27 x 8.50
6.60 X 1.10 PROJEÇÃO DA VEDAÇÃO DE TOPO DA PASSARELA PN-I10 VARANDA N BLOCO I - BANCO BRASIL E COOPERATIVA CULTURAL
12.36 x 3.65 1 BANCO DO BRASIL - nível 1
5.60 m² 1.10 1.96 (.28 x 7) 8.10
4.24 3.06 2 BANCO DO BRASIL e DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
5.86

N 0.15 3.00 0.15 3.15 0.15 2.16 0.15 1.20 0.15 1.50 0.56 1.50 0.15 2.91 0.15 1.50 0.15 1.50 0.15 1.84 0.15 2.81 0.15 1.90 0.33 ESTOQUE COOPERATIVA - nível 3
SET de 2018

11
10.26 3.56 13.69
58.69 m² 3 COOPERATIVA - estoque AURELIANO FILHO
3.71

7.05 4 COOPERATIVA - nível 5


27.51 ESCALAS
23.48°
INDICADAS /12
4.97

PN-I10

BANCO DO BRASIL e COOPERATIVA - nível 3 12.36 x 3.65


COOPERATIVA - estoque OBSERVAÇÕES
2 escala - 1 : 100 PROJEÇÃO DE BORDO DA PASSARELA PROJEÇÃO DA VEDAÇÃO DE TOPO DA PASSARELA 3 escala - 1 : 100
O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com
ENCAIXE PARA TRAVAMENTO E
ESCOAMENTO TRANSVERSAL DAS
ÁGUAS PLUVIAS COLETADAS BLOCO CERÂMICO FURADO
BRANCO SOB MEDIDA COM
ISOLANTE TERMO-ACÚSTICO
25 26 3 27 4
P-12 P-12
ENCAIXE ENTRE AS PEÇAS ARREMATE BLOCO CERÂMICO FURADO
ARREMATE
DE BORDO BRANCO SOB MEDIDA COM
DE BORDO
ENCAIXE ENTRE AS PEÇAS
CALHA METÁLICA
ISOLANTE TERMO-ACÚSTICO LONGITUDINAL ARREMATE LATERAL EM
PLACAS DE ALUMÍNIO
COMPOSTO (ACM) VERMELHO
CAMADA DE PROTEÇÃO ARREMATE LATERAL EM
MECÂNICA IMPERMEÁVEL PLACAS DE ACM VERMELHO
CALHA METÁLICA
CAMADA DE AR LONGITUDINAL
CALHA DE GUARDA-CORPO DE AÇO INOX GRAMADO ELEVADO
BORDO CAMADA DE PROTEÇÃO SOBRE LAJE DE
LAMBRI DE MADEIRA MECÂNICA IMPERMEÁVEL COBERTURA
GUARDA-CORPO DE VIDRO GRAMADO ELEVADO
CAMADA DE AR CORRIMÃO DE AÇO INOX SOBRE LAJE DE
VIGA DE MADEIRA ARREMATE LATERAL EM JARDINEIRA
COBERTURA Nível 07 ac
LAMINADA PLACAS DE ALUMÍNIO
COLADA (MLC) COMPOSTO (ACM) VERMELHO
LAMBRI DE MADEIRA 10.55

0.80
PILAR DE MADEIRA
LAMINADA COLADA (MLC)

0.30
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO LAJE MACIÇA
Nível 05 ac

1.32
GUARDA-CORPO

1.85
VIGA DE CONCRETO
DE AÇO INOX VIGA DE CONCRETO 9.00
FORRO DE MADEIRA

2.70
ESCADA DE CONCRETO FORRO DE MADEIRA

2.40
MOLDADA IN LOCO

1.97
VIGA DE CONCRETO LAJE MACIÇA

DETALHE 5 DETALHE 6 FORRO DE MADEIRA FORRO DE GESSO

2.43
7.05

1.10
5 6
TRELIÇA PLANA METÁLICA TRELIÇA PLANA METÁLICA

escala - 1 : 25 escala - 1 : 25 FORRO DE GESSO ESTOQUE

5.50
FORRO DE MADEIRA

2.18

0.32
4.77
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

1.40

4.18
TIRANTE DE CONCRETO

2.80 (.175 x 16)

3.65
GUARDA-CORPO GUARDA-CORPO

10.55
ARREMATE DE BORDO Nível 04 ac

2.80

2.80
DE VIDRO DE AÇO INOX

2.48
CALHA METÁLICA 5.60

1.70
LONGITUDINAL 4.25 4.25
4.25 4.25 4.25

1.40
1.10
9.10
WC ADP. CIRCULAÇÃO ATENDIM. CIRCULAÇÃO PRESIDÊNCIA Nível 03 ac

0.20

8.32
8.13
4.25

0.88
ISOLANTE TERMO-ACÚSTICO

1.25
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

6.67

2.55
ARREMATE DE BORDO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
ESCADA DE CONCRETO

4.25 (.17 x 25)


MOLDADA IN LOCO

4.25

4.25

4.25
CALHA METÁLICA LONGITUDINAL

3.37
2.80
PROJ. ESCADA
ENCAIXE PARA TRAVAMENTO E

1.70
ESCOAMENTO TRANSVERSAL DAS 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
ÁGUAS PLUVIAS COLETADAS PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL
PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL
PASSEIO WC ADPT. CIRCULAÇÃO ATENDIMENTO JARDIM CIRCUL. Nível 01 ac
0.00
BLOCO CERÂMICO FURADO TERRENO
BRANCO SOB MEDIDA COM 58.00
ENCAIXE ENTRE AS PEÇAS

ISOLANTE TERMO-ACÚSTICO
CORTE 1
CAMADA DE AR
1 escala - 1 : 100

3 4
25 26 27
LAMBRI DE MADEIRA
ARREMATE LATERAL EM P-12 P-12
PLACAS DE ALUMÍNIO
COMPOSTO (ACM) VERMELHO
5
PILAR DE MADEIRA P-12
LAMINADA COLADA (MLC)
COBERTA EM BLOCO

0.27 0.58
CERÂMICO FURADO

CALHA DE BORDO ARREMATE LATERAL EM


PLACAS DE ACM VERMELHO LAMBRI DE MADEIRA

0.85
LAMBRI DE MLC

ISOMETRIA

3.92
PILAR DE MADEIRA
GUARDA-CORPO GUARDA-CORPO DE VIDRO JARDINEIRA GUARDA-CORPO

3.65
LAMINADA COLADA (MLC)
Nível 07 ac

3.30
DE VIDRO CORRIMÃO DE AÇO INOX DE AÇO INOX

3.17
DA COBERTA

3.11
10.55

2.26
9.00 9.00

1.00
PILAR DE MLC
CAFÉ ABERTO CAFÉ Nível 05 ac
1.21
1.56

9.00

0.20

0.44
23

0.90
VIGA DE CONCRETO LAJE MACIÇA FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

1.21

2.64 (.176 x 15)


FORRO DE MADEIRA

1.75
TRELIÇA PLANA TRELIÇA PLANA TRELIÇA PLANA METÁLICA TRELIÇA PLANA METÁLICA
PROLOGAMENTO DO CORTE ATÉ À FORRO DE MADEIRA METÁLICA METÁLICA COM
EXTREMIDADE PRÓXIMA À REITORIA TRELIÇA PLANA METÁLICA VEDAÇÃO DE VIDRO
FORRO DE GESSO GUARDA-CORPO
FORRO DE MADEIRA DE AÇO INOX
2.18

13.50
4.75

4.75

4.75
PISO ELEVADO GUARDA-CORPO DE VIDRO

4.31
SOBRE LAJE DE CORRIMÃO DE AÇO INOX TIRANTE DE CONCRETO
GUARDA-CORPO GRAMADO ELEVADO

3.65
COBERTURA
1.22

3.34
DE VIDRO SOBRE LAJE DE GUARDA-CORPO

2.12 (.176 x 12)


COBERTURA Nível 04 ac

2.80
DE VIDRO
5.60
1.70

4.25 ESCADA DE CONCRETO


4.25 4.25 4.25 4.25 MOLDADA IN LOCO
1.10

1.10
3.87
CIRCUL. APOIO NEGOCIAL TESOUR. ATENDIMENTO BALCÃO LIVRARIA Nível 03 ac

0.68 0.20

0.68 0.20
8.13

8.56
4.25

0.88
GUARDA-CORPO
DE AÇO INOX
1.25

FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO
LAJE MACIÇA
VIGA DE CONCRETO LAJE MACIÇA
2.55

FORRO DE GESSO
FORRO DE MADEIRA VIGA DE CONCRETO
3.80
4.25

4.25

4.25
3.37

3.37

3.37
2.07

2.80

0.45

0.85 0.25
0.00 0.00 0.00
1.70

PRAÇA COBERTA PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL


0.45

PASSEIO SUPORTE CAIXA ATENDIMENTO JARDIM Nível 01 ac


0.00
TERRENO
58.00

CORTE 2
2 escala - 1 : 100
1 2
P-12
1 2 P-12
P-12 P-12
6 I H G
I H P-12 G
COBERTA EM BLOCO
CERÂMICO FURADO
COBERTA EM BLOCO
CERÂMICO FURADO
ARREMATE LATERAL EM PLACAS
PLACA DE VEDAÇÃO DE TOPO PLACA DE VEDAÇÃO DE TOPO
DE ACM VERMELHO
EM ALUMÍNIO COMPOSTO CINZA EM ALUMÍNIO COMPOSTO CINZA
PLACA DE VEDAÇÃO DE TOPO LAMBRI DE MADEIRA PLACA DE VEDAÇÃO DE TOPO GUARDA-CORPO
EM ALUMÍNIO COMPOSTO CINZA EM ALUMÍNIO COMPOSTO CINZA DE AÇO INOX
GUARDA-CORPO GUARDA-CORPO
GRAMADO ELEVADO SOBRE GUARDA-CORPO DE AÇO INOX
DE AÇO INOX DE AÇO INOX
LAJE DE COBERTURA GRAMADO ELEVADO SOBRE
LAJE DE COBERTURA
GRAMADO ELEVADO SOBRE GRAMADO ELEVADO SOBRE
10.55 10.55 10.55 10.55

1.22
LAJE DE COBERTURA LAJE DE COBERTURA

Nível 07 ac Nível 07 ac
1.10 0.10

PASSEIO JARDIM PASSEIO JARDIM PASSEIO JARDIM PASSEIO JARDIM


10.55 10.55
0.80

0.80
1.65

1.65
1.65
9.00 9.00 9.00 9.00
1.15

FORRO DE GESSO
LAJE MACIÇA
Nível 05 ac CAFÉ CIRC. Nível 05 ac FORRO DE MA CAFÉ CIRC.
DEIRA VIGA DE CONCRETO
MADEIRA
3.50

DEIRA
0.23

9.00 LAJE MACIÇA


FORRO DE MA 9.00 FORRO DE
FORRO DE MADEIRA
VIGA DE CONCRETO
2.40

4.95
LAJE MACIÇA
PAINEL DE VEDAÇÃO LATERAL
MESTRADO PROFISSIONAL EM
PAINEL DE VEDAÇÃO LATERAL 7.05 PAINEL DE VEDAÇÃO LATERAL
EM ALUMÍNIO COMPOSTO AZUL EM ALUMÍNIO COMPOSTO AZUL EM ALUMÍNIO COMPOSTO AZUL ARQUITETURA PROJETO E MEIO
0.05 0.80

VIGA DE CONCRETO
6.30

6.30

AMBIENTE - PPAPMA/CT/UFRN
ESTOQUE GUARDA-CORPO
5.50

PAINEL DE VEDAÇÃO LATERAL DE AÇO INOX


0.35

TRELIÇA PLANA METÁLICA EM ALUMÍNIO COMPOSTO AZUL TRELIÇA PLANA METÁLICA


4.75

4.75
4.52

FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO DISCENTE/AUTOR DO PROJETO ORIENTADORA


5.60
1.60

JOSÉ AURELIANO DE SOUZA FILHO Prof. EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO, PhD

1.10
GUARDA-CORPO
GUARDA-CORPO DE AÇO INOX
Nível 04 ac DE AÇO INOX Nível 04 ac CIRCULAÇÃO MATRÍCULA CAU
2.80

CO-ORIENTADOR
2.45

20161034814 55934-2
Prof. Dr. PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
10.55

5.60 5.60
4.25 4.25 4.25 4.25
9.75
1.20

1.10

LAJE ALVEOLAR
PROJETO

9.00
Nível 03 ac WC MASC. CIRC. LIVRARIA CIRCUL. Nível 03 ac VIGA METÁLICA
0.68 0.20

4.25 4.25
25
24
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DJALMA MARINHO

1.70 (.17 x 10)


0.88

0.88

0.88

23
22
FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO 21 LOCALIZAÇÃO
20
19

Nível 02 ac 18
CAMPUS CENTRAL DA UFRN, AV. SENADOR SALGADO FILHO, 3000 - 59078-970 - NATAL/RN

5.60
17
16
2.70 15
14
4.25

4.25

4.25
13
12 CONTEÚDO ASSUNTO

2.55 (.17 x 15)


3.37

3.37

3.37

3.37

11
10
9
8
ISOMETRIA DA COBERTA BLOCO I - BANCO BRASIL E COOPERATIVA CULTURAL
7
6
1 CORTE 1
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 5
0.00 DIGITALIZAÇÃO DATA PRANCHA
4 2 CORTE 2
PROJEÇÃO DE TERRENO ORIGINAL 3
SET de 2018

12
Nível 01 ac PASSEIO ATENDIMENTO ABAST. AUTO ATENDIMENTO QUISOQ. CIRCULAÇÃO Nível 01 ac PASSEIO 2
1
CIRC. 3 CORTE 3 AURELIANO FILHO
0.00 0.00 4 CORTE 4
5 DETALHE 5 ESCALAS
TERRENO TERRENO
58.00 58.00
6 DETALHE 6 INDICADAS /12
CORTE 3 CORTE 4 OBSERVAÇÕES

3 escala - 1 : 100 4 escala - 1 : 100


O CONTEÚDO DESSE PROJETO É PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO APRESENTADO AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
PROJETO E MEIO AMBIENTE PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE. PROIBIDA QUALQUER MODIFICAÇÃO OU REPRODUÇÃO, NO TODO OU EM
PARTE, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR (LEI FEDERAL 9.610/98). CASO NECESSÁRIO CONTATE O AUTOR PELO E-MAIL: jasf0810@hotmail.com

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