Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasília: década 90
Rio de Janeiro
2003
C198m Campos, Neio.
Mudança no padrão de distribuição social a partir da
localização residencial : Brasília, década 90 / Neio
Campos. – 2003.
196 f. : il. ; 30 cm.
CDD: 330.91732
NEIO CAMPOS
Brasília: década 90
Aprovado em:
________________________________
Profª Drª Ana Clara Torres Ribeiro
________________________________
Prof. Dr. Ricardo Libanez Farret
________________________________
Dr. José Agostinho Anachoreta Leal
AGRADECIMENTOS
The change in the social and spatial Brasilia pattern, as like one of
expressions of the intra-urban process, is the object this thesis. To understand how
works the location decision-making choice, by the side of production as consuming
shape-contents (buildings, neighborhoods, lots, equipments and infra-structure
urban), in their concrete movements of valorization/desvalorization of the space,
it’s the general objective. This decision is adopted in a trama of complex
relationship where the space is not just a general condition to support the
locational choice, but it’s one of the constitutive dimensions of these decisions,
arising, in concrete analysis case, the main problem of the study: how works the
spatial coordination of events around the Brasilia’s intra-urban space
transformation? This transformation is taken in context of dynamic, complex and
contingents, signalized by strategic and interdependent locational choice. The
theoretical and methodological approach relates the urban convention signals
while mechanism of spatial coordination, to concept of contents-shape, on the
other words, to the located materialization of social dynamic that is not explicated
by self society, but by this shape-contents represents while o permanency and
transformation of spatial ordem/desordem. The main results this work is the
application of a heterodox approach in the fields of intra-urban studies both
economics and geography subjects, taken as example Brasilia and it’s social and
spatial configuration.
Lista de Ilustrações
Tabelas
Tabela nº 1 - Crescimento da População Urbana do Distrito Federal....................36
Tabela nº 2 - Distrito Federal – Favelas (1982) ......................................................39
Tabela nº 3 - Entorno do Distrito Federal – Evolução da População Total dos
Municípios do Aglomerado de Brasília (1970 – 1996)............................................42
Tabela nº 4 – dados empíricos nos 3 momentos....................................................79
Tabela nº 5 - População Economicamente Ativa (PEA) e População
Ocupada (PO) - 1996 e 2000................................................................................106
Tabela nº 6 - Ocupações Principais em 1997 (Em
%)..............................................116
Tabela nº 7 - Indicador de Educação - 1996 e 2000............................................111
Tabela nº 8 - Renda Domiciliar Mensal Per Capita - 1996 e 2000.......................113
Tabela nº 9 - Grau de Concentração de Renda no Distrito Federal - 1997 e 2000
..............................................................................................................................118
Tabela nº 10 - Índice Médio de Desenvolvimento do Distrito Federal - 1996 e 2000
..............................................................................................................................121
Tabela nº 11 – Determinantes da troca de residência por classe de renda e
condição de ocupação do imóvel anterior............................................................122
Tabela nº 12 – Trajetórias urbanas entre localidades..........................................125
Tabela n° 13 - Déficit Habitacional por Faixa de Renda.......................................165
Tabela nº 14 - População Urbana e Número de Lotes Residenciais Licitados
no Distrito Federal -1989 – 1998..........................................................................166
Figuras
Figura nº 1 - As semelhanças e diferenças entre Ricardo e Marx.........................68
Figura nº 2 - As semelhanças e diferenças entre Ricardo e Marx..........................69
Figura nº 3 - Escassez dos bens não produzidos e suas condições de troca........71
Figura nº 4 - Modelo de Análise Decisória”.............................................................90
Figura n° 5 - Localização residencial do migrante de baixa renda em seu processo
de integração na cidade..........................................................................................92
Figura n° 6 – O caminho da convenção urbana...................................................142
Quadros
Quadro nº 1 - “MODELO DE TURNER” .................................................................93
Quadro n° 2 - Desenho institucional dos primeiros anos do BNH........................162
Gráficos
SUMÁRIO
Apresentação 12
Introdução 14
Conclusões 171
Referências 167
Anexos 187
12
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
país”.
Oscar Niemayer
1
Certamente uma legibilidade contingente e multifacetada, signo da complexidade urbana do
presente.
2
Segundo Milton Santos (1985: 6) os elementos do espaço seriam os homens, as firmas, as
instituições, as infra-estruturas e o denominado meio ecológico.
18
INTRODUÇÃO
3
A possibilidade de realização no concreto, uma concepção ideal de espaço urbano como é a
experiência singular de Brasília.
4
É denominada neste trabalho periferia imediata as 19 (dezenove) localidades que conformam as
Regiões Administrativas do Distrito Federal, conforme o Mapa nº 03. Enquanto, periferia externa
faz referência ao conjunto urbano estruturado no entorno do quadrilátero do Distrito Federal,
ilustrado no Mapa nº 01
22
Para Jacobs (id. Ibidem.), Howard trouxe à baila idéias efetivas para a
destruição das cidades: ele compreendeu que a melhor maneira de lidar com as
funções da cidade era selecionar e separar do todo os usos simples e dar a cada
um deles uma independência relativa.
6
Biólogo e filósofo escocês que via a idéia de Cidade-Jardim como um ponto de partida para um
modelo muito mais grandioso e abrangente de planejamento regional, onde a estas poderiam ser
atribuídas, racionalmente, amplos territórios, imbricando-se com recursos naturais, em equilíbrio
com agricultura e os bosques, formando um todo lógico e esparso.
24
Mapa de localização no DF
175000
8270000
Rib
ei r
ã od
oT
or
to
Legenda:
Rios
Lagos e lagoas
a
am
oG
N d
o
i rã
e
2 0 2 km
4 Kilometers
Rib
8235000
190000
29
7
Empresa criada em 19 de setembro de 1956, por meio da Lei Federal nº 2.874.
30
Para Lúcio Costa, a cidade “(...) deve ser concebida não apenas como
URBS, mas como CIVITAS, possuidora de atributos inerentes a uma capital. E,
para tanto, a condição primeira é achar-se o urbanista imbuído de certa dignidade
e nobreza de intenção, porquanto dessa atitude fundamental decorrem a
ordenação e o senso de conveniência e medida capazes de conferir ao conjunto
projetado o desejável caráter monumental. (...) Cidade planejada para o trabalho
ordenado e eficiente, mas ao mesmo tempo cidade viva e aprazível, própria ao
devaneio e à especulação intelectual, capaz de tornar-se com o tempo, além de
centro de governo e administração, num foco de cultura dos mais lúcidos e
sensíveis do país.” (COSTA, Relatório, Preâmbulo. Citado em Carpintero, 1998:
118)
da cidade uma feição de parque muito próxima do modelo proposto por Ebenezer
Howard, em 1898. A idéia de unidade de vizinhança é apropriada da concepção
desenvolvida por Clarence Stein como derivada da idéia de cidade-jardim, no
início da década de 20, tendo sido utilizada por Lúcio Costa para estruturar maior
parte da função residencial no Plano Piloto.
Plano Piloto
Foto aérea – Marcos Rebouças
35
9 “primeiro período (1956 -1973) – esse período foi marcado pela mudança
da Capital, implantação do Plano Piloto e criação das cidades-satélites, ou
seja, pelo delineamento do modelo polinuclear de ocupação;
ANO POPULAÇÃO
1960 88.334
1965 213.511
1970 516.082
1975 766.701
1980 1.139.031
1985 1.239.994
1990 1.429.549
1995 1.625.334
2000 1.877.562
9 antecipação por, pelo menos, 20 anos daquilo que estava sendo previsto
pelas intenções governamentais em relação às cidades-satélites,
consolidando uma periferia composta, principalmente, de operários da
construção civil e migrantes;
8
Os lotes eram subdivididos em pequenos cômodos, com entradas independentes e utilização de
precárias instalações sanitária de uso comum.
40
DE GO BRIEL
IAIS
205
SAO GA
205
URUAC
201
U
205
205
205
251 345
505 110
010 405
103
131
170 1 07
113
080 111
130
205
020
180
511 405
330
100
105
110
220 121
030
130
PLANALTINA 405
001 230
127
445 020
150 215
001
420 SOBRADINHO 010 345
527 330
137
425 VALE DO
129 AMANHECER 105
141
430
133
440
BR AZ LANDIA PED RA
FUND AM ENTA L
249 145
250
143
105
003
257
541
440
435 VAR JAO 479
130
330
151
435
005
445 007
547
263
MAN SOES 159
DO LAG O
240 080
LAGO NORTE
EIXO
561 001 355
009 479
RO
450
DO
AGUAS LINDAS ASA NORTE
VI AR
S AA 015 250
IO
561
PARANOA
NO RTE
097 RC G
180
ESTACAO MAN SOES
RODO FER ROVIAR IA DO LAGO
BRASILIA 173
EIXO
MON
CRUZEIRO UM E NT A
L VIL A
095
STR C PL AN ALTO
070
087
TAGUATINGA SIA S ETOR
S UDO ESTE
GUAR A I A SASUL LAGO SUL 310
180
L
SU
CEILANDIA RIO
V IÁ
085 MANSOES
PA R K W AY DO
RO
O
EI X
GUAR AII 025
255
457 079
051
L
O SU
AGUAS CLARAS LA G MANSOES
URB AN AS
120
DO MBO SCO
035
CIDA DE ECLÉTICA
AERO PO R TO
190 460
321 047
465
135
SAO SEBASTIAO
RECANTO
003
280
337
001
251
180 SMPW
251
341
190
040
480 251
475
001
060
467
361
290
483 050
GAMA
371
379
180
IANIA
LUZ
383
290
.
495
295
D VO
PAR QUE S.
CID AD E
NO VO BERN AR D O
CÉU AZ UL JA R DIM
GA MA
PAR QUE
ESTR ELA D'A LV A
LUZIÂN IA
RA - X Guará
INTRODUÇÃO
17
Importante salientar que é a partir desta visão de espaço relativo que se define as rendas
diferenciais, conceito fundamental na explicação do processo de estruturação do uso do solo
urbano sob a perspectiva da economia urbana neoclássica.
54
ii) a ação social subseqüente tem que levar em conta tais artefatos na medida
em que tantos processos sociais (tal como deslocamento casa – trabalho)
se tornam fisicamente interligados;
iv) Estes também dão à “cidade” qualidade objetuais que podem dominar as
práticas diárias e conduzir a uma cadeia de ações subseqüentes; e,
18
Crítica a impressão de que a “cidade” pode ser um agente ativo, afirmando que essa não passa
de mera “coisa”. Ver artigo “Do gerenciamento ao empresariamento: a transformação da
administração urbana no capitalismo tardio. In: Espaço & Debates, Ano XVI, 1996,
58
Sendo assim, o autor nesta primeira reflexão, propõe que o espaço deve
ser considerado como um conjunto de relações realizadas através das funções e
de forma que se apresentam como testemunho de uma história escrita por
processos do passado e do presente.
Portanto, é um fato social no sentido com o qual K. Kosik, citado por Milton
Santos, define os fenômenos sociais: um fato histórico, na medida em que
reconhecemos como um elemento de um conjunto e realiza assim um dupla
função que lhe assegura, efetivamente a condição de fato histórico: de um lado,
ele se define como conjunto; ele é simultaneamente produtor e produto;
determinado; um revelador que permite ser decifrado por aqueles mesmos a quem
revela; e, ao mesmo tempo, em que adquire uma significação autêntica, atribui um
sentido a outras coisas. É um fato social, um fator social e uma instância social.
(K. Kosik; 1967: 61)
Ainda para esse autor, “pode-se dizer que a forma, em sua qualidade de
forma-conteúdo, está sendo permanentemente alterada e que o conteúdo ganha
uma nova dimensão ao encaixar-se na forma. A ação, que é inerente à função, é
condizente com a forma que contém: assim, os processos ganham inteira
significação quando corporificados (grifos no original)”. (Santos; 1985: 2)
19
O conceito de lugar é desse modo apresentado como porção discreta do espaço total.
63
A posição social da família, nos termos definidos por Bourdieu, pode ser
expressa por diferentes formas de capital: “capital social”, isto é, prestígio social,
como indicado, por exemplo, pelo nome de família bem conhecido; “capital
cultural”, isto é, educação ou gostos; ou “capital econômico”, isto é, recursos
materiais, usualmente expressos nos padrões de consumo.(Bourdieu; op.cit.)
dos bens mais raros e de seus proprietários em certos lugares do espaço físico
que se opõem assim, em todos os aspectos, aos lugares que agrupam
principalmente e por vezes exclusivamente os mais carentes.
Isto significa dizer que a distribuição espacial das diferentes famílias pelos
distintos espaços componentes de uma dada estrutura urbana é processada por
meio de sinalizações entrecruzadas, transcendentes ao comportamento
racionalista, tanto em termos por um lado, da maximização da função utilidade
proposta como critério de decisão de escolha locacional (economia urbana
neoclássica) como pelo critério dos gradientes dos diferentes tipos de rendas
fundiária urbana no condicionamento da produção imobiliária e,
conseqüentemente, o papel determinante da oferta no processo alocativo de solo
urbano (abordagem marxista21).
21
Esta abordagem é bem representada no campo dos estudos urbanos pelos trabalhos de
Topalov, 1979; Lipietz, 1974; Harvey, 1982 e Ball, 1983.
66
Acrescenta por fim Bourdieu, a posição social “se exprime também no lugar
que ocupa (no direito) no espaço através de suas propriedades (casas,
apartamentos ou salas, terras para cultivar, para explora ou para construir, etc.)
que são mais ou menos embaraçosos ou, como se diz às vezes, ‘space
consumming’ (o consumo mais ou menos ostentatório do espaço é uma das
formas por excelência de ostentação do poder)”. (id. ibidem.: 161)
Uma vez que na cidade moderna o espaço público tem sido cada vez mais
restrito como local de interação de distintas classes, pois, paulatinamente, as
pessoas são direcionadas a interagir com aqueles que compartilham semelhante
nível de renda, educação e cultura, em espaços privativos tais como “shoppings”,
clubes e academias, é conferido, portanto, a esses espaços uma importância
muito maior do que as épocas precedentes.
22
Cada vez mais a percepção da complexidade dos fenômenos implicados pela dinâmica sócio-
espacial da cidade na atualidade, tanto em termos de dimensão como de velocidade, impulsiona a
adoção de procedimentos analíticos que considerem a vigência de uma ordem contingente e
multifacetada na constituição dos mesmos, superando a visão clássica das disfunções urbanas,
dos conflitos estruturais ou mesmo de caos urbano.
68
De acordo com a breve caracterização feita por Shepard & Barnes (1990), o
esquema central tanto para Ricardo como para Marx estava fundamentado
primeiramente, no conceito de valor, isto é, o aspecto fundamental na
determinação dos preços relativos; segundo, nos circuitos de produção e
reprodução; e terceiro, na distribuição de renda entre as classes sociais.
Fonte:
69
Fonte:
Marx, anos depois, deslocou a esfera do conflito delineada por Ricardo, isto
é, não se tratava mais do antagonismo entre os proprietários fundiários e
capitalistas, mas entre capitalistas e trabalhadores.
70
23
No capítulo III, é mais bem detalhada a noção de valor utilidade por meio da revisão das
principais abordagens de economia urbana neoclássica.
71
Fonte:
24
Em razão da dificuldade de sua definição, um conjunto de sinônimos lhe é atribuída: desejo,
satisfação, prazer, bem-estar, entre outros.
74
cinco grupos de amostragem, divididas por sexo, idade, classe social e endereço,
constata-se que:
35
Criada por meio de Lei Complementar Nº 94, em 19/02/1998, com o objetivo de estabelecer um
mecanismo institucional que permitisse o Poder Público tratar de forma mais adequada os
problemas regionais.
77
Taguatinga 82.151 144.062 141 72.861 92.598 118 215.350 248.076 331
Fonte: banco de dados da Pesquisa com base nas informações dos Editais de Licitação
(1) Valor médio de lançamento
(2) Valor médio alcançado
(3) (–) nenhum lote lançado no ano
36
Depreciação fictícia no sentido que é provocada o deslocamento de uma família para uma outra
localização gerando um acesso a outra família de renda inferior, em razão das mudanças no
padrão do imóvel em si como das características urbanística da localidade em que está inserido.
81
Poema Sujo
FERREIRA GULLAR
Buenos Aires
Maio/outubro,1975
83
INTRODUÇÃO
37
Importante lembrar que espaço urbano de Brasília é aqui considerado na acepção do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ou seja, o Plano Piloto mais o tecido urbano das
demais Regiões Administrativas que compõem o Distrito Federal.
84
38
Segundo Armando Corrêa da Silva (1978), não existe o lugar fora do espaço. Sendo assim, a
explicação do processo está imbricada necessariamente com o entendimento da categoria
espacial designadora do lugar.
86
39
O Capital Incorpora atua como um maestro da “orquestra” imobiliária pois é sob sua coordenação que
acontece a aquisição do terreno, a aprovação do projeto, a operação de empréstimo, o agenciamento
imobiliário para permitir as vendas antecipadas do bem imobiliário, a contratação da firma construtora e a
finalização do empreendimento quando da entrega de todas unidades imobiliárias.
87
40
Milton Santos define as rugosidades como “o espaço construído, o tempo histórico que se
transformou em paisagem, incorporado ao espaço.” (1978: 138)
41
A habitação é, também, com todas as suas características físicas inerentes, um valor de uso na
sua condição primordial de abrigo do homem.
88
Com base na realidade americana, Simmons destaca que a faixa etária dos
25 aos 34 anos é a mais propensa a empreender mudanças na cidade
(op.cit.:625). Em pesquisa sobre a Mobilidade Residencial na Cidade do Rio de
Janeiro, Smolka (1994), utilizando informações oriundas das Guias de Imposto de
Transmissão Inter-Vivos (ITBI), identificou a faixa etária entre 35-44 anos como a
de maior número de adquirentes de imóveis (por correspondência, mais propensa
a mudar), portanto, em uma faixa superior à considerada por Simmons.
Figura nº4
Fonte:
Observa-se neste quadro que o autor atribui uma certa simetria entre os
grupos de renda média e muito baixa no que diz respeito às variáveis
acesso/localização e moderno padrão de amenidade. No primeiro grupo (renda
média) o autor atribui baixa prioridade à variável acesso/localização, enquanto
atribui prioridade muito alta à variável amenidade, sendo que no último grupo
(renda muito baixa), as prioridades atribuídas às mesmas variáveis são invertidas,
vis a vis.
Implícita nesse modelo, a idéia de ascensão social uma vez que o migrante
ocupa diferenciadas posições na cidade, correlacionando suas prioridades
residenciais ao status econômico alcançado, expresso na suas posições no
mercado de trabalho.
A este respeito, Abramo (1998) infere que o capital imobiliário para realizar
seus ganhos utiliza diferenciadas estratégias de ação que, por sua vez, se
traduzem em externalidades, que são incorporadas ao valor dos imóveis, definindo
assim, acesso diferenciado das famílias com diferentes rendimentos. Assim,
completa o autor, a estratégia de inovação para atrair demanda, se traduz na
oferta do bem habitação com todos os seus atributos intrínsecos (características
95
Década de 50
Década de 60
100
Década de 50 e 60
Década de 70
101
Década de 60
Década de 90
104
Em 1960, ano de sua fundação, Brasília já contava com 150 mil habitantes,
entre funcionários públicos, instalados no Plano Piloto (parte central), e
candangos, assim denominados originalmente os operários migrantes que
trabalharam na construção da capital e moravam nas cidades-satélites que pouco
a pouco se foram formando em ao redor do Plano Piloto.
Tabela nº 5 - População Economicamente Ativa (PEA) e População Ocupada (PO) - 1996 e 2000
PEA/População Pessoas
PO/PEA - Em %
Regiões Total - Em % Ocupadas ∆% Anual
(1996/2000)
Administrativas 1996 2000 1996 2000 1996 2000
IEL
OIAIS
G ABR
205
205
DE G
SAO
URU
201
334
AC
U
205
205
205
251 345
505
110
010 405
103
131
170 107
113
080 130 111
205
020
180
511
330
17 405
100
105
110
220 121
27 030
130
PLANALTINA 405
001 230
127
445 020
150 215
001
420 SOBRADINHO 010
345
230
527 330
8
137
425 VALE DO
129
AMANHECER 105
141
430
133
440
BRA ZLA NDIA PEDRA
FU ND AMEN TA L
249 145
250
143
105
003
257
6
541
440
435 V ARJ AO 479
130
330
151
4 35
005
44 5 007
547
263
MA NS OES 159
DO L AGO
240 080
LAGO NORTE
19
EIX O
561 001 355
009 479
RO
4 50
52 66 4
DO
AGUAS LINDAS ASA N O RTE
80
VIA
SAA 015 250
RIO
561
NO RTE
180
097 RCG PARANOA
ES TA CAO MA NSOES
RO DO FERRO VIA RIA DO L AGO
BRASILIA 173
EI XO
MO NU
CRUZEIRO MENT
AL VIL A
095
STRC PLAN ALTO
070
087
TAGUATINGA SIA SETO R
SUDO ES TE
GUA RA I AS ASUL LAGO SUL 310
180
L
SU
CEILANDIA RIO
V IÁ
085 MA NSOES DO
PARK WA Y RO
O
EI X
GUA RA II 025
255
457
AGUAS CLARAS
079
051
LA G
O SU
L
URB ANA S
MA NSOES
DOMBO SCO
27 120
7
190
460
047
AERO PORTO
321
SAMAMBAIA 120
20
180 075
401
RIACHO FUNDO
MA NS OES
PARK WA Y 9 Manso es
Park Way
045
135
5
060
8
465
135
SAO SEBASTIAO
RECANTO
003
DAS EMAS
331
280
337
001
251
180 SMPW
251
341
190
040
480 251
475
001
060
25 361
7
467
290
483 050
GAMA
371
379
180
NIA
ZIA
383
LU
STA. MARIA 135
B.H./S.P.
290 495
295
DV O
PARQUE S.
CIDAD E
NO VO B ERN ARDO
CÉU AZU L JA RDIM
GAM A
PARQUE
ES TREL A D'ALVA
LA GO A ZUL CIDAD E
O CIDENTAL
PARQUE M ARAJÓ
LU ZIÂNIA
DE GO RIEL
IA IS
GAB
205
205
SAO
URU
201
161
A CU
205
205
205
251 345
505
110
010 405
103
131
32
170 107
113
080 130 111
205
020
180
511
330
32 405
110
105
100
220 121
030
130
PLANALTINA 405
001 230
127
445 020
150 215
001
420 SOBRADINHO 010 345
13
527 330
137
VALE DO
102
425
129
AMANHECER 105
141
430
133
440
BRA ZLA NDIA PEDRA
FUND AMEN TA L
249 145
107
250
143
105
003
257
541
440
435 VARJ AO
2
479
130
330
151
4 35
005
44 5
007
547
263
MA NSOES 159
DO LAG O
240 080
LAGO NORTE
13
EIXO
561 001 355
14 009 479
RO
DO
4 50
AGUAS LINDAS ASA N ORTE
VIA
250
SAA 015
RIO
561
NO RTE
180
097 RCG PARANOA
ESTA CAO MA NSOES
RO DO FERRO VIA RIA
30
DO L AG O
EIXO
BRASILIA 173
MO NU
CRUZEIRO MENTA
L VIL A
070
TAGUATINGA
095
087
STRC
SIA SETO R
SUDO ESTE
PLAN ALTO
8
GUA RA I ASASUL LAGO SUL 310
180
L
SU
CEILANDIA RIO
V IÁ
085 MA NSOES
PARK WA Y DO
RO
O
45 255
457 079
G UA RA II
EIX
025
SU L
051
LA GO
AGUAS CLARAS MA NSOES
URBANA S
120
DO MBO SCO
321
190
460
12 401
120
060
MA NSOES
PARK WA Y 9 Ma nso es
Park Wa y
045
465
135
SAO SEBASTIAO
RECANTO
003
280
337
001
251
180 SMPW
251
341
Sto . AN TON IO
DO D ESC OBERTO 45 065
055
140
135
190
040
475
480
29 001
251
060
467
361
290
483 050
GAMA
371
379
180
NIA
ZIA
383
LU
STA. MARIA 135
B.H./S.P.
290 495
295
DVO
P ARQUE S.
CIDAD E
NOVO BERN ARDO
CÉU AZU L JA RDIM
G AM A
PEDREG AL VALPARA ÍZ O
PARQUE
ESTREL A D' ALVA
LA GO A ZUL CIDAD E
O CIDENTAL
PARQ UE M ARAJ Ó
LUZIÂNIA
113
Verifica-se que as RAs dos Lagos Sul e Norte e Brasília – esta seguida de
perto pelo Cruzeiro – encabeçam a lista das áreas de maior renda mensal
domiciliar média. No ano 2000, as últimas posições foram ocupadas pelo Recanto
das Emas, Paranoá, Santa Maria, Samambaia, Brazlândia, Planaltina e Ceilândia.
IEL
194
OIAIS
G ABR
205
205
DE G
SAO
URU
201
AC U
205
205
205
251 345
505
110
405
1140
010 103
131
170 107
113
080 130 111
205
020
1053
180
405
182
511
330
100
105
110
220 121
030
130
PLANALTINA 405
001 230
127
445 020
567
150 215
001
420 SOBRADINHO 010
345
230
527 330
137
425 VALE DO
129
AMANHECER 105
141
430
489
133
440
BRA ZLA NDIA PEDRA
FU NDAMEN TA L
249 145
250
143
105
003
257
541
216
435 V ARJAO
440
152 330
130
479
835
151
43 5
005
445 007
547
263
MA NSOES 159
DO LAGO
268
240 080
LAGO NORTE
EIX O
561 001 355
009 479
R OD
450
OV
SAA
281
015 250
IA RIO
561
NO RTE
180
097 RCG PARANOA
ESTA CAO MA NSOES
RODOFERROVIA RIA DO LAGO
EIX O
BRASILIA 173
MONU
CRUZEIRO ME NT
AL VILA
095
S TRC PLAN ALTO
070
169 TAGUATINGA
087
GUA RA I
S IA S ETOR
S UDOESTE
ASASUL LAGO SUL 310
180
L
SU
CEILANDIA RIO
V IÁ
085 MA NS OES DO
PARK WA Y RO
EI XO
GUA RA II 025
255
457 079
371 L
051
O SU
LA G
CIDAD E ECLÉTICA
AEROPO RTO
190
460
321 047
465
135
SAO SEBASTIAO
RECANTO
003
292
280
337
001
251
180 S MPW
251
341
190
040
480 251
167
475
001
060
467
361
290
483 050
GAMA
371
379
180
NIA
LUZIA
383
290 495
295
DVO
PARQUE S.
CIDAD E
NOVO B ERN ARDO
CÉU AZU L JA RDIM
GAM A
PARQUE
ESTRELA D'ALV A
LA GO A ZUL CIDADE
OCIDENTAL
PARQUE M ARAJÓ
1997
B r a s ília
M é d ia s 0 ,8 B r a z lâ n d ia 2000
0 ,7
T a g u a t in g a C a n d a n g o lâ n d ia
0 ,6
S o b r a d in h o 0 ,5 C e ilâ n d ia
0 ,4
0 ,3
S ã o S e b a s t iã o C r u z e ir o
0 ,2
0 ,1
S a n t a M a r ia 0 ,0 G am a
S a m a m b a ia G u ará
R ia c h o F u n d o L ag o N orte
R ec an to d as E m as L ag o S u l
N ú c le o B a n d e ir a n t e
P la n a lt in a
P ar an o á
119
A média aritmética dos três indicadores fornece uma visão geral do grau
relativo de desenvolvimento das RAs do Distrito Federal, conforme consta na
Tabela 9. Está implícita, nesse cálculo, a atribuição do mesmo peso relativo às
três dimensões que integram o índice médio, ou seja, à renda per capita, à
educação e à distribuição de renda, procedimento semelhante ao empregado no
cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) – assunto
desenvolvido mais adiante.
Tabela nº 11
DETERMINANTES DA TROCA DE RESIDÊNCIA
POR CLASSE DE RENDA E CONDIÇÃO DE
OCUPAÇÃO DO IMÓVEL ANTERIOR
42
Ver no capítulo Anexo I os detalhes sobre as questões metodológicas envolvidas na aplicação
dos 100 questionários, durante o mês de setembro de 2002. Na aplicação dos questionários
contou-se com o auxílio de duas alunas bolsistas, estudantes do Curso de Geografia da
Universidade de Brasília (Mariana Miranda e Maria Rita Fonseca.)
123
Localidade A B C D E F G H TOTAL
A - Plano Piloto* 29 1 1 2 2 1 2 0 38
B - Sobradinho 6 7 0 0 0 0 0 0 13
C - Ceilândia 0 0 10 1 0 0 0 0 11
D - Taguatinga 2 2 2 8 1 0 0 0 15
E - Gama 2 0 1 1 7 0 1 0 12
F - Ceilândia 0 0 0 0 0 10 0 0 10
G - Guará 4 0 0 0 0 0 1 1 6
H - Fora do DF 2 0 2 4 1 0 0 0 9
TOTAL 45 10 16 16 11 11 4 1 114
Fonte: Entrevistas no Balcão do ITBI/GDF, Set/2002
* Plano Piloto compreende Asas Sul e Norte, Lagos Sul e Norte,
Cruzeiro, Setores Ocotogonal e Sudoeste
Gráfico 2– População do Distrito Federal (Mil hab. 2000) x Distância de Plano Piloto (Km)
6 0 4 0 0
5 0
Distâncias
52
População 3 0 0
4 0
42 2 5 0
186 39
3 0
35 2 0 0
33
30 147
20
115
1 5 0
2 0 25
15
1 0 0
64
52 53
1 0
99
71
11
5 0
0
6 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1
Gráfico 3, a seguir, que 81% de sua população (cerca de 661 mil habitantes)
323
3 00
141 1 4 0
1 2 0
2 5 0
Distâncias
106 1 00
95 População
195
2 00
74 79 169
8 0
1 5 0
74
138 141 6 0
124 125
52 116 119 120
1 00
100 104
40 81 83 4 0
34
5 0
43 46 50 57 58
22 21
40 20 2 0
15
24 10 11 7
0
4 3 3 4 3 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 2 0 2 1
94% 100%
9 0 1 0 0 ,0 %
8 0
86% 97% 9 0 ,0 %
80%
Distâncias 72% 88% 81 8 0 ,0 %
82%
7 0
6 0
70%
66%
6 0 ,0 %
57 58
52%
5 0
50 52
5 0 ,0 %
4 0
38% 46
42 43 4 0 ,0 %
24 31% 39 40
35
3 0
20 33 3 0 ,0 %
15 30
11 25
2 0
2 0 ,0 %
6
1 0
1 0 ,0 %
16%
12%
9%
3% 7%
0 0 ,0 %
90,00
% de Viagens da Classe de
80,00
70,00
60,00
Renda
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
0 ---I 1 1 ---I 2 2 ---I 3 3 ---I 4 4 ---I 6 6 ---I 9 9 ---I 12 12 ---I 20 20 ---I 30 >30
SM SM SM SM SM SM SM SM SM SM
Classe de Renda Domiciliar (SM)
Lotação A Pé
130
INTRODUÇÃO
A estrutura espacial da cidade atual configura um sistema complexo, não
completamente aleatório, uma vez que tendem a apresentar determinados
padrões, configurando-se muito mais à semelhança de sistemas não-lineares25 do
que como sistemas funcionais, como é comumente entendido na tradição do
Planejamento Urbano.
25
Sistema não-linear que é atribuído à Física Quântica em contraposição a Visão Newtoniana do
desenrolar dos eventos.
131
50
Refere-se principalmente as abordagens da Economia Urbana Neoclássica, a Escola de Chicago
e a tradição marxista.
132
Por fim, tenta-se identificar e desenvolver uma relação entre este conceito e
51
A respeito desse grande interesse, ver, por exemplo, o número especial da Revue Économique
nº 2, 1989.
134
A definição da “regra do polegar” proposta por Darity & Horn (1993) aplica,
como em Simon, para um procedimento individual no qual não está
necessariamente associado com um padrão coletivo de ação, embora a atenção
para a opinião dos outros é vista como uma entre as várias possíveis regras do
135
determinadas condições nas quais a evolução futura pode tomar vários caminhos
diferentes dentro do seu padrão de organização.
52
No campo dos estudos urbanos pode-se constatar uma expressiva corrente que trata a
complexidade do espaço urbano em uma visão catastrófica, relacionando os problemas oriundos
da dimensão urbana uma visão determinística da dinâmica espacial. Para uma discussão mais
detalhada, ver artigo Campos, Iuakami e Pinedo (1986).
53
No âmbito da denominada Nova Economia Urbana Neoclássica, Becker é um dos autores
referido por Abramo (1998) na discussão teórica acerca das teorias sobre a representação do
espaço.
137
U = U (z,q,t)
54
Racionalidade paramétirica definida como um comportamento distinto de uma racionalidade
estratégica na qual os indivíduos buscam maximizar suas decisões individuais quanto a escolha de
localização de uma forma autônoma, interessando-se apenas na satisfação de seus próprios
desejos e nas limitações que lhe impõem seus recursos iniciais e o mercado em termos de curvas
de renda. Para uma discussão mais detalhada, ver Abramo (2001).
139
R’(t*) Q(t*,u*).
Convenção
Urbana
Ação
Empresários Imobiliários
Consumidores
Produção Inovação
Oportunismo Típico
C
Escolha de Localização a
m
i
n
h
o
Motivações
Valorização Ruptura da
(mark-up urbano) Convenção
Residência Especulação
Desistência Surpresa
Absorvida
Enfraquecimento da Convenção
Retorno Incerteza Urbana
143
à medida das respostas para as diferenças entre oferta e demanda, até que o
mercado lucre e o equilíbrio seja alcançado.
Andrew Schotter em seu trabalho pioneiro, aplicou a teoria dos jogos para
estudar as instituições econômicas e normas, argumentando que, “os jogos que
são repetidamente jogados, os jogadores desenvolvem certos acordos
55
socialmente aceitos para as “regras de polegar” , normas, convenções e
instituições que passam a suceder gerações de jogadores.” (Schotter, 1981: 12).
55
Ver o capítulo sobre convenções para obter o significado dessa regra no âmbito da conceituação
das convenções.
152
iii) habitação é um bem de alto valor, pois para a aquisição de uma moradia
um chefe de família típico tem que recorrer a grandes financiamentos;
56
Associada às características próprias de cada habitação, tem-se sua localização, o número de cômodos,
amenidades da vizinhança (parques, vista para o mar, orla de lago, etc.), entre outras.
154
Uma vez que habitação é uma necessidade e ocupa uma grande fração no
orçamento doméstico, a política habitacional tem a capacidade de afetar todos os
cidadãos, significando, portanto, que a distribuição de habitação é uma importante
questão tanto para os agentes produtores como os consumidores dessa
mercadoria, além de importante questão política para governos, em todas as
esferas.
Fonte:
163
57
De modo distinto do primeiro aspecto, acima mencionado, na segunda forma, a ação do
governo procura substituir o funcionamento do mercado, uma vez que atua em um segmento que
não é atendido pelo mesmo.
58
A Fundação João Pinheiro divulgou em 1995, o déficit habitacional brasileiro na ordem de 5
milhões de novas habitações. Este trabalho pioneiro no sentido de tratar de forma aprofundada os
dilemas e desafios para cálculo do déficit em escala nacional fora encomendado pelo Governo
Federal e teve no ano de 2000 a publicação de sua atualização.
164
habitação própria (11,4%), enquanto nesta mesma faixa de renda para o Brasil,
5,4%.
42
De acordo com Smolka (1989), o custo de construção, ao longo do período pós-64, vem
paulatinamente, perdendo a importância na composição dos preços de imóveis empreendidos sob
o comando do Capital Incorporador.
43
Pela concepção urbanística de Brasília, o que se adquire ao comprar um terreno é sua projeção
uma vez que os prédios são erguidos sobre “pilots” para permitir a passagem das pessoas ao nível
do solo.
168
Águas Claras, na atualidade, tem cerca de 15 mil habitantes apesar ter sido
criada para abrigar 160 mil habitantes; possui 80 edifícios construídos, 100 em
construção e mais 45 projeções para aprovação. A TERRACAP ainda possui um
estoque de 150 terrenos para vender na região.
do setor imobiliário, está planejada para atender a classe média, foi aprovada por
80. Inicialmente abrangia uma área de 300 hectares, sendo que o projeto atual
prevê ocupar uma área de 825 hectares, com a previsão de 100 mil habitantes.
CONCLUSÕES
Braxília
de obras, este
jardim-operário, aos
esquecidos de Deus
que construíram
esta cidade de
brasília e que, um
dia, construirão
comigo, em sonho
REFERÊNCIAS
BALL, M. (1983). Housing Policy and economic power: the political economy
of owner occupation. London: Methuen.
FUJITA, M. (1989). Urban economic theory: land use and city size. Cambridge:
Cambridge University Press.
JONES, G. & WARD, P. M. (1994). Methodology for land & housing market
analysis. Cambridge/MA: Lincoln Institute of Land Policy.
LIPIETZ, A. (1988) O Capital e seu espaço. Coleção Espaços. São Paulo: Nobel.
LIPIETZ, A. (1988) O Capital e seu espaço. Coleção Espaços. São Paulo: Nobel.
MUTH, R. (1969). Cities and Housing. Chicago: The University Chicago Press
MIROWISKY, P. (1984). The role of conservation principles in twentieth-century
economic theory. In: Philosophy of the Social Sciences, 14, pp. 461-473.
ROSEN, S. (1974). Hedonic Prices and Implicit Markets: product differentiation and
pure competition. In: Journal of Political Economics, v. 82, pp. 34-35.
ROTHENBERG, J.; GALSTER, G.; BUTLER, R. & PITKIN, J. (1991). The Maze of
Urban Housing Markets: theory, evidence and policy. Chicago: The University
Press.
1
no=
E 02
Onde:
1
no= = 625
(0,04)2
N. n0
n=
N + n0
Onde:
189
44
Ver o modelo de questionário nos anexos.
190
45
É um tipo de entrevista que no lugar de responder à pergunta por meio de diversas alternativas
pré-formuladas, visa obter do entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de
determinado problema. Dessa maneira, a entrevista estruturada procura saber que, como e por
que o fenômeno ocorre, em lugar de determinar sua freqüência. (Richardson & colaboradores;
1999; 3ª edição).
46
A ENCOL E OK não encontram-se atuando no mercado imobiliário de Brasília e o Grupo Osório
Adriano iniciou sua atuação, lançado prédios residenciais de alto luxo na cidade de Taguatinga,
dentro da moderna concepção de condomínio residencial com serviços de apart hotel.
193
ADQUIRENTES DE IMÓVEIS
9. Ocupação Profissional:
a ) Profissão:
b ) ( 1 ) empregado ( 2 ) autônomo ( 3 ) empregador ( 4 ) não remunerado
( 5 ) aposentado
c ) ( 1 ) Funcionário público ( 2 ) indúst. constr. civil ( 3 ) outra atividade indúst.
( 4 ) comércio
( 5 ) agricultura ( 6 ) serviço superior ( 7 ) serviço inferior ( 8 ) Outros
14. O tipo de vizinhança era diferente de você na localidade em que você morava ? ( 1 )
Sim ( 2 ) Não
Porque ?
16. Quais os fatores que levaram a sair do imóvel e a comprar o imóvel novo ?
A) ______________
B) ______________
C) ______________
17. Escolha entre as opções abaixo o porquê de você ter saído do imóvel anterior e
enumere de 1(maior) a 3(menor) os motivos mais importantes:
Em relação ao bairro:
distância trabalho distância escola violência
distância parentes status barulho
distância comércio transporte conflito com vizinhos
distância lazer proximidade favelas problema c/ infra-estrutura (falta
água,
iluminação pública,
saneamento, alagamento)
Em relação ao imóvel:
tamanho do imóvel falta de garagem falta de elevador
falta de varanda preço do condomínio IPTU
19. O tipo de vizinhança para onde você vai é diferente de você ? ( 1 ) Sim (2
) Não
Porque ?
22. Você acha que vai para um bairro cuja vizinhança tem renda: (1 ) menor ( 2 ) maior
( 3 ) igual a sua
26. Vendeu imóvel de sua propriedade para adquirir este? ( 1 ) sim ( 2 ) não
28. Trajetória residencial no Distrito Federal: (Aonde está morando? / Onde morou antes?
– Até 5 mudanças)
A – alugado C- cedido P – próprio O –outros
29. Assinale os fatores mais importantes que estariam associados à aquisição do imóvel:
( ) melhoria salarial nos últimos 2 anos
( ) casamento
( ) separação
( ) nascimento de filhos
( ) recebimento de herança ou doação familiar
( ) insatisfação com o local de residência anterior
( ) insatisfação com as características do imóvel anterior
( ) aquisição de casa própria
196
Em relação à localidade: (1 a 3)
já morou no bairro transporte símbolo status
oportunidade de negócio
proximidade trabalho praia qualidade do bairro valorização
proximidade parentes/filhos verde vizinhos
proximidade comércio associação moradores
proximidade escola melhor vista da cidade
proximidade lazer
Em relação ao imóvel: (1 a 3)
conforto imóvel conforto condomínio amigos
tamanho do imóvel propriedade garagem
valor do imóvel segurança elevador
preço condomínio IPTU mais barato varanda
1–5 5 – 10 10 – 20 Mais de 20
Em Geral
Na Localidade
37. Qual o tempo médio de deslocamento para o local de trabalho de sua moradia atual?
____________
38. Qual o tempo médio de deslocamento para o local de trabalho de sua moradia futura?
___________