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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


Departamento de Ciências de Educação
Licenciatura em Ensino de Português

Desafios da Educação Contemporânea em Moçambique

Luísa José Nhatsoho. Código: 41210377


Maxixe, Julho de 2021
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


Departamento de Ciências de Educação
Licenciatura em Ensino de Português

Desafios da Educação Contemporânea em Moçambique

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de Português
do ISCED.
Tutor: Prof. Doutor Etelvino Migode

Luísa José Nhatsoho. Código: 41210377


Maxixe, Julho de 2021
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Índice
1. Introdução........................................................................................................................................3
1.1. Objectivos.........................................................................................................................3
1.1.2 Objectivo Geral:.............................................................................................................3
1.1.3 Objectivos Específicos:..................................................................................................3
1.2 Metodologia......................................................................................................................3
Capítulo II.............................................................................................................................................4
2. Referencial Teórico.............................................................................................................4
2.1 Conceito de Educação.......................................................................................................4
Capítulo III...........................................................................................................................................7
3. Desafios da educação contemporânea em Moçambique.....................................................7
3.1 Expansão de Escolas Primárias.........................................................................................7
3.2 Ensino Baseado em Competências....................................................................................7
3.3. Aprendizagem Centrada no Aluno...................................................................................8
3.4. Educação Inclusiva...........................................................................................................8
3.5. Formação Inicial e em Exercício de Professores.............................................................9
3.6. Ensino Bilingue..............................................................................................................10
3.7. Novas tecnologias, novos alunos, novos professores.....................................................10
3.8. Ser professor, também é ser aluno.................................................................................10
3.9. Educar com tecnologia...................................................................................................10
3.10. Ensinar e aprender com a internet................................................................................11
3.11. Qualidade de ensino.....................................................................................................11
3.12. Participação das crianças..............................................................................................11
3.13. Ligação Família e a Escola...........................................................................................11
Capítulo IV.........................................................................................................................................13
4. Conclusão..........................................................................................................................13
4.1. Referências bibliográficas..............................................................................................14
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Capítulo I

1. Introdução
A falta de infra-estruturas escolares, a qualidade de ensino, o impacto da violência e do abuso
nas escolas, a corrupção, a disponibilidade de professores, o analfabetismo, o impacto da
língua portuguesa nos resultados educacionais e o impacto de tradições e da cultura no direito
das crianças à educação, educação inclusiva, ensino bilingue em Moçambique, é uma
realidade que veio para ficar, novas tecnologias, novos alunos, novos professores, ser
professor, também é ser aluno, educar com tecnologia, ensinar e aprender com a internet são
alguns desafios que dificultam o progresso da qualidade de ensino, sobretudo nos níveis
primário, secundário e técnico-profissional em Moçambique.

O presente trabalho debruça essencialmente sobre os desafios da Educação Contemporânea


em Moçambique.

Para a construção do presente trabalho, foram tomadas em consideração varias fontes que
bibliográficas que regulam o funcionamento do processo educativo no País.

De referir que o mesmo trabalho está organizado em quatro capítulos designadamente:


Introdução, desenvolvimento, Conclusão e Referências Bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.2 Objectivo Geral:
 Conhecer os desafios da Educação Contemporâneas em Moçambique.

1.1.3 Objectivos Específicos:


 Avaliar o impacto dos novos desafios de Educação no contexto da Sociedade
Moçambicana;
 Analisar os desafios da Educação contemporânea em Moçambique;
 Implementar as estratégias para melhoria da qualidade de Educação em Moçambique.

1.2 Metodologia
A metodologia usada na presente investigação é de natureza qualitativa, através da pesquisa
de diversas obras e em vários sites de Internet, cujo tratamento foi realizado através de técnica
de análise de conteúdo.
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Capítulo II
2. Referencial Teórico
2.1 Conceito de Educação
O termo Educação provem do latim “educare” que significa literalmente conduzir para fora,
ou seja preparar o indivíduo para fora. A Educação é o processo de transmissão de
conhecimentos, valores, atitudes, crenças e convicções de geração mais experiente para
menos experiente.

As definições de educação consideram-na, genericamente, enquanto processo de socialização


por excelência. Ao receber educação, a pessoa assimila e adquire conhecimentos. A educação
também envolve uma sensibilização cultural e de comportamento, onde as novas gerações
adquirem as formas de se estar na sociedade transmitida das gerações anteriores.

Esta posição é também defendida por Émile Durkheim (2007:49), um dos grandes sociólogos
da educação, que considera a educação como uma acção exercida pelas gerações adultas,
sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; a educação tem
por objectivo, na perspectiva deste autor, a educação é condicionada pela presença de uma
geração dos adultos, uma geração de jovens e uma acção exercida pelos primeiros sobre os
segundos.

Brandão (1986), nos diz que educação é todo conhecimento adquirido com a vivência em
sociedade, seja ela qual for. Sendo assim, o acto educacional ocorre no ônibus, em casa, na
igreja, na família e todos nós fazemos parte deste processo.

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de


muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para
aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos
a vida com a educação.

Para o autor, não existe um modelo para se educar, não existe uma única maneira. A educação
ocorre a partir do momento em que se observa, entende, imita e se aprende; e este processo
não ocorre somente dentro de uma sala de aula, onde existe um professor, formado para
educar. Em todos os povos, em todas as classes, a aprendizagem está presente, de várias
maneiras.
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Concordando com as ideias de Brandão, Libâneo (2002, p.26) define a educação como
fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias
modalidades”. O autor identifica a prática pedagógica em seus variados meios de ocorrência.

Em várias esferas da sociedade surge a necessidade de disseminação e internalização de


saberes e modos de ação (conhecimentos, conceitos, habilidades, hábitos, procedimentos,
crenças, atitudes), levando práticas pedagógicas. Mesmo no âmbito da vida privada, diversas
práticas educativas levam inevitavelmente a atividades de cunho pedagógico na cidade, na
família nos pequenos grupos, nas relações de vizinhança. (Libâneo, 2002, p. 27)

A educação se associa, pois, para Libâneo, a processos de comunicação e interação pelos


quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes,
valores existentes no meio culturalmente organizado e, com isso, ganham o patamar
necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores, etc.

E é fácil se perceber isso no nosso dia-a-dia. É só parar e observar nossos filhos, sobrinhos,
vizinhos. As crianças estão aprendendo coisas novas todo o tempo. Aprendem uma música,
uma historinha ou algum comportamento. Aprendem com o coleguinha, com o avô, com um
desenho animado. E nós também aprendemos coisas novas todos os dias. E isso não é nada
além do que Brandão e Libâneo afirmaram, isso é a educação: fenômeno que ocorre em todos
os locais, em todas as esferas da sociedade, de muitas maneiras.

O processo educativo é materializado numa série de habilidades e valores, que promovem


mudanças intelectuais, emocionais e sociais no indivíduo. Dependendo do grau de
sensibilização alcançado, esses valores podem durar toda a vida ou apenas um determinado
período de tempo.

No caso das crianças, a educação visa (entre outros) fomentar o processo de estruturação do
pensamento e das formas de expressão.

De igual modo, contribui para o processo de maturidade sensório motor e estimula a


integração e o convívio em grupo. Por outro lado, convém acrescentar que a sociedade
moderna atribuiu grande importância ao conceito de educação e formação contínuas, e o
conceito mais recente de Aprendizagem ao Longo da Vida, que defende que o processo
educativo não se limita meramente à infância e à juventude, já que o ser humano adquire
conhecimentos ao longo de toda a sua a vida.
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No sentido mais amplo e ecológico, a educação pode ser entendida como um processo de
actuação de uma comunidade sobre o desenvolvimento do indivíduo a fim de que ele possa
actuar numa determinada sociedade. Nesta perspectiva, considera-se o indivíduo em dois
planos: o físico e o intelectual, consciente das possibilidades e limitações, capaz de
compreender e reflectir sobre a realidade do mundo que o cerca, considerando o seu papel de
transformação social.

De uma forma global, consideramos que a educação é uma prática de humanização que visa
munir o indivíduo de conhecimentos (normas, crenças, valores) que permitem a moldagem do
seu comportamento aos padrões pré-determinados da sociedade onde se encontra inserido,
influenciados pelos seus padrões culturais específicos (como teremos oportunidade de discutir
em secção posterior).
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Capítulo III
3. Desafios da educação contemporânea em Moçambique.
A educação, por ser um processo contínuo e sistemático remete aos seus fazedores, do mais
alto nível até ao mais baixo a fazer uma contínua revisão do seu decurso, o que culmina com a
necessidade de encarrar inúmeros desafios para melhoria do sistema e alcance do fim último
do processo educativo.

O Plano Curricular do Ensino Primário (2018), preconiza que implementação do actual


currículo, baseado em competências, assenta na existência de professores e gestores
preparados e criativos, comprometidos com os princípios estabelecidos pelo ministério que
superintende a área da Educação e uma cultura de ensino centrada no aluno e nas
aprendizagens. Pressupõe, ainda, a melhoria de condições de aprendizagem, estrutura e
cultura organizacional da escola, numa era dominada pelas tecnologias.

Neste contexto, para a implementação do presente currículo do Ensino Primário, apresentam


se, entre outras, as seguintes estratégias:

3.1 Expansão de Escolas Primárias


O Ministério que superintende a área da Educação vai prosseguir com a expansão do ensino
primário através da construção e ampliação de escolas deste nível, nas zonas urbanas e rurais
de todo o país, de modo a reduzir a distância da casa à escola, o rácio aluno/professor e
eliminar as turmas ao relento.

Ao abrigo da Lei nº18/2018, de 28 de Dezembro, todas as escolas primárias leccionam da 1ª a


6ª classe e, gradualmente, devem ser ampliadas para albergar o Ensino Básico de nove
classes. Futuramente, o desenho das escolas deve ser planificado para atenderem o Ensino
Básico de nove classes.
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3.2 Ensino Baseado em Competências


O ensino na escola primária é baseado em competências. Este modelo de aprendizagem dá
mais importância à proficiência do que ao tempo na sala de aulas e avalia o progresso do
aluno em detrimento do tempo necessário para aprendizagem. Esta abordagem permite que o
aluno aprenda no seu ritmo e mobilize conhecimentos, habilidades e atitudes para a realização
de uma actividade ou tarefa.

3.3. Aprendizagem Centrada no Aluno


O currículo do ensino primário coloca o aluno no centro da aprendizagem, actuando como
sujeito activo na busca de conhecimentos e na construção da sua visão do mundo. Nesta
concepção de ensino, o professor funciona como um facilitador a quem cabe criar
oportunidades educativas diversificadas que permitam ao aluno desenvolver as suas
potencialidades. Para o efeito, são sugeridas estratégias que proporcionam uma participação
activa do aluno, tais como: trabalhos aos pares e em grupos, debates, chuva de ideias, jogos de
papéis, entre outros. Estas criam a possibilidade de confrontar opiniões, questionar sobre a
realidade e propor alternativas de solução de problemas.

3.4. Educação Inclusiva


O Presente Plano Curricular do Ensino Primário preconiza acções de promoção da equidade
de género e a integração dos alunos com dificuldades de aprendizagem e com deficiência.

No que concerne à equidade de género, destacam-se as acções que promovem o ingresso da


rapariga e o desenvolvimento de estratégias para a sua retenção.

Relativamente aos alunos com deficiência, deverão ser criadas condições para que todos se
sintam livres de qualquer forma de discriminação, através da promoção de valores como:
sensibilidade, solidariedade, respeito às diferenças individuais, amor ao próximo, entre outros.
Os alunos com deficiência auditiva enfrentam ainda a barreira da comunicação que deve ser
quebrada através do uso da Língua de Sinais. Os alunos com deficiência visual deverão ter a
oportunidade de ler e escrever através do Sistema Braille.

Quanto aos alunos com dificuldades de aprendizagem, o professor deverá diagnosticar a


necessidade educativa e desenvolver estratégias de acompanhamento e remediação, tendo em
conta o nível e tipo de problema.
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Os professores deverão ser formados, tanto na formação inicial, como em exercício, em


matérias de necessidades educativas especiais, incluindo a Língua de Sinais e o Sistema
Braille.

A educação inclusiva tornar-se-á efectiva se estiver enraizada na prática educativa, na vida da


escola e da comunidade. As infraestruturas deverão ser ajustadas para o atendimento de
alunos com dificuldades de mobilidade (rampas e sanitários).

3.5. Formação Inicial e em Exercício de Professores


A estratégia de formação de professores e educadores de adultos para a implementação do
PCEP assenta em duas premissas fundamentais: formação inicial e em exercício. Com a
formação inicial pretende-se fornecer bases conceptuais e metodológicas para o exercício
eficaz da missão docente e, simultaneamente, assegurar a possibilidade de continuar a sua
aprendizagem numa perspectiva de autodesenvolvimento permanente.

A formação em exercício visa actualizar os professores em exercício, capacitando-os


permanentemente, para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Com efeito, é
imprescindível que o professor adquira conhecimentos científicos e pedagógicos, necessários
para o exercício da docência e seja preparado para uma atitude de análise crítica e sistemática
da prática pedagógica, dos resultados obtidos, de modo a permitir uma contínua inovação
pedagógica adequada às necessidades dos alunos e da sociedade em geral.

A introdução deste currículo deve ser acompanhada de um conjunto de medidas que


concorram para o sucesso da sua implementação. Neste conjunto de acções a serem
desenvolvidas, destacam-se as seguintes:

 Adequação do currículo de formação inicial de professores às novas abordagens


curriculares;
 Advocacia da integração curricular na formação de professores (inicial e em
exercício);
 Formação de professores em exercício em matérias críticas, tais como, leitura e escrita
iniciais, numeracia e cálculo e estratégias de aprendizagem inclusiva e participativa;
 Formação de técnicos provinciais e distritais, gestores escolares e professores, em
matérias de avaliação por ciclos de aprendizagem e currículo local;
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 Formação de gestores e professores para a gestão escolar, do currículo, metodologias


de ensino, relações interpessoais, técnicas de comunicação, entre outras;
 Envolvimento das comunidades na vida da escola;
 Desenvolvimento de parcerias com o sector produtivo, empresariado local,
Organizações Não Governamentais (ONG) e outras instituições;
 Acompanhamento, supervisão e monitoria do currículo nas escolas de modo a
identificar os problemas e propor soluções concretas;
 Definição de uma estratégia adequada para a produção e distribuição do livro escolar,
e;
 Alocação de meios materiais e financeiros para a melhoria das infraestruturas e
condições nas escolas.

3.6. Ensino Bilingue.


Segundo o Plano Curricular do Ensino Básico-PCEB (2003), uma das inovações na
transformação curricular do ensino básico em Moçambique, foi a introdução de línguas
moçambicanas no ensino.

O ensino bilingue trouxe uma nova dinâmica no processo de ensino e aprendizagem nas zonas
rurais.

Desde 2003-2011 o ministério de educação em Moçambique através do Instituto Nacional do


Desenvolvimento da educação (INDE) estava a testar os programas de ensino bilingue, a
capacitação dos professores, a produção de materiais didácticos, monitoria e supervisão desta
modalidade do ensino. Desde 2012 para diante é a fase de expansão do ensino bilingue depois
de terem sido recolhidas várias experiencias.

3.7. Novas tecnologias, novos alunos, novos professores


Tecnologia – é um produto de ciência e da engenharia que envolve um conjunto de
instrumentos, métodos e técnicos que visa a resolução de problemas.

A educação e o sistema educativo sofreram grandes mudanças nos últimos tempos. A partir
do século XX os avanços tecnológicos popularizaram o acesso a informação, modificando a
maneira como vivemos e, consequentemente, a maneira como aprendemos. A nossa sociedade
actualmente, está em rede, isso provocou mudanças marcantes.
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3.8. Ser professor, também é ser aluno


Os professores precisam desenvolver conhecimento e habilidades continuamente durante as
suas carreiras. Segundo Beard (2008), evidências comprovam que investir em professores é o
investimento mais produtivo para aumentar a eficácia e melhoria na escola. É essencial
reflectir em como ensinar tanto quanto o que ensinar. Dessa forma, é necessário pensar em
novas metodologias do ensino e apoiar-se nas ferramentas que surgem a fim de melhorar a
qualidade de ensino, aos níveis de refutar as qualidades que esses oferecem.

3.9. Educar com tecnologia


Educar é um processo complexo, não é somente ensinar ideias, é ensinar também a lidar com
toda essa gama de sensações, emoções que nos ajudem a nos equilibrarmos e a viver com
confiança. O professor que tem uma atitude de equilíbrio e que inspira confiança, ajuda os
seus alunos a evoluir no processo do ensino e aprendizagem.

3.10. Ensinar e aprender com a internet


Internet é fácil de aprender, é uma tecnologia legal, você a domina em pouco tempo. Mas a
questão humana é um desafio que as tecnologias não conseguem dar conta.

A internet é uma mídia de pesquisa, cuja palavra-chave é “busca” o “search”. É também uma
mídia de comunicação, com ferramentas como o “chat, correio electrónico, o fórum. Mas
fundamentalmente a internet começa assegurar novos serviços virtuais, on-line.

3.11. Qualidade de ensino


A qualidade de ensino continua a ser uma área de grande preocupação em Moçambique.

Uma educação de qualidade pode significar tanto aquela que possibilita o domínio eficaz dos
conteúdos previstos nos planos curriculares; como aquela que possibilita a aquisição de uma
cultura científica ou literária; ou aquela que desenvolve a máxima capacidade técnica para
servir ao sistema produtivo; ou, ainda, aquela que promove o espírito crítico e fortalece o
compromisso para transformar a realidade social

3.12. Participação das crianças


O sistema educativo, ao invés de centrado na criança, continua a ser centrado no professor.

As crianças só falam em resposta a questões colocadas pelos professores e são incentivadas a


responder em uníssono.
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A educação contemporânea é entendida como a mudança do ensino antigo com a de hoje,


realçando o facto de estar praticamente da mesma forma. Contudo é o ponto fundamental para
uma percepção mais ampla do mundo moderno.

3.13. Ligação Família e a Escola


Família – é uma estrutura social básica na qual a pessoa tem vivido suas primeiras
experiencias de aprendizagem por um longo tempo.

Escola – é uma instituição que tem como finalidade a formação e a educação da criança e
adolescente.

Diante de todas as mudanças sofridas pela primeira instituição social responsável pela
educação infantil, buscamos apontar a relevância da participação da família e da escola no
desenvolvimento infantil.

Para Coelho (2004) a família e escola são instituições responsáveis por desencadear os
processos evolutivos nas pessoas. A família é uma estrutura social básica, na qual as pessoas
vivem por um longo tempo, é com ela que as crianças têm suas primeiras experiências do seu
comportamento. Ainda segundo outros autores aprendizagem acontece o tempo todo, dentro e
fora da escola e em vários níveis de consciência.
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Capítulo IV
4. Conclusão
Depois das pesquisas feitas conclui-se que, a Educação em Moçambique deve enfrentar
grandes desafios com vista a responder as necessidades da contemporaneidade.

Dentre vários desafios destacam-se a Expansão de Escolas Primárias, que permitirá a redução
da distância para os alunos, redução do rácio professor/aluno;

A Aprendizagem por competências, esta abordagem permite que o aluno aprenda no seu ritmo
e mobilize conhecimentos, habilidades e atitudes para a realização de uma actividade ou
tarefa; A aprendizagem centrada no aluno, coloca o aluno no centro da aprendizagem,
actuando como sujeito activo na busca de conhecimentos e na construção da sua visão do
mundo;

A Formação Inicial e em Exercício de Professores, a formação inicial visa fornecer bases


conceptuais e metodológicas para o exercício eficaz da missão docente e, simultaneamente,
assegurar a possibilidade de continuar a sua aprendizagem numa perspectiva de
autodesenvolvimento permanente, por sua vez a formação de professores em exercício visa
actualizar os professores em exercício, capacitando-os permanentemente, para o sucesso do
processo de ensino-aprendizagem;
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O Ensino Bilingue, trouxe novas dinâmicas na zonas rurais no processo de ensino


aprendizagem nas zonas rurais, porem o ensino bilingue não abrange na totalidade as escolas
do país. Para tal há um grande desafio para que o ensino bilingue seja uma realidade em todo
país.

Um outro grande desfio do mundo inteiro e do nosso país em particular, é o uso das novas
tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino e aprendizagem. As novas
tecnologias permitiram a abrangência de todos os alunos mesmo que não tenham acesso ao
ensino presencial.

Em suma, os desafios da Educação possuem um caracter infinito, pois os Sistemas de


Educação devem responder as necessidades de exigidas por um país num determinado tempo.

4.1. Referências bibliográficas


Baker, R; et all. Fundamentos de Educación Bilingue e Bilinguismo. Madrid, 1998.

BR no 254, I série (2018). Lei 18/2018 de 28 de Dezembro: Sistema Nacional de Educação.


Impressa Nacional – Maputo.

Brandão, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1985.

INDE. Plano Curricular do Ensino Básico. Maputo, 2003.

INDE. Plano Curricular do Ensino Primário. Maputo, 2018.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para quê? São Paulo. Editora Cortez, 2002.

Coelho, Novaes Nelly: Literatura Infantil: teoria, analise, didática 1a ed. São Paulo: Moderna,
2004.

Beard, R. What is the role of the teacher today? Novembro, 2008. Disponível em:
http://www.eppgroup.eu/press/peve08docs/081113rogerbeard-lecture-en.pdf. Acesso em 19
de Julho de 2021.
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