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Manual do Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto

Estudos Práticos I
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino à Distância
Estudos Práticos I i

Direitos de autor
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros) sem permissão expressa da entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique-Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.

Autores: dr. José Ferrão Pene


Colaborador da Universidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino à Distância
82-5018440
23-311718
82-4382930
País

Fax:
E-mail: eddistsofala@teledata.mz
Website: www. ucm.mz
Estudos Práticos I ii

Agradecimentos
Agradeço a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:

Pelo meu envolvimento nas equipas do CED


Universidade Católica de Moçambique
como Colaborador, na área de Educação
Centro de Ensino à Distância.
Física e Desporto.
À Coordenação do Curso de Educação Física Pela contribuição e enriquecimentos ao
e Desporto. conteúdo
O Coordenador: Mestre Alberto Francisco
Pela facilitação, orientação e prontidão
Malequeta
durante a concepção do presente manual.
Estudos Práticos I iii

Visão geral 5
Bem-vindo ao ensino do Estudos Práticos I 2º Ano ......................................................... 5
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 5
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 6
Ícones de actividade .......................................................................................................... 7
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 7
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 8
Avaliação .......................................................................................................................... 8

Unidade nº 1 8
Conceito ............................................................................................................................ 8
Sumário ........................................................................................................................... 12
Exercícios 1..................................................................................................................... 12

Unidade nº 2 13
Fundamento do Estudos Práticos I.................................................................................. 13
Sumário ........................................................................................................................... 26
Exercício 2 ...................................................................................................................... 27

Unidade nº 3 27
Basquetebolbol................................................................................................................ 27
Dentro do processo de aprendizagem as acções do professor são .................................. 43
Conceitos Psico - Sociais ................................................................................................ 43
Sumário ........................................................................................................................... 47
Exercício 2 ...................................................................................................................... 47

Unidade nº 4 48
Voleibol .......................................................................................................................... 48
Sumário ........................................................................................................................... 67
Exercício 4 ...................................................................................................................... 67

Unidade nº 5 67
Futebol ............................................................................................................................ 67
Sumário ........................................................................................................................... 76
Exercício 5 ...................................................................................................................... 76

Unidade nº 6 76
História do Futsal ............................................................................................................ 76
Sumário ........................................................................................................................... 80
Exercício 6 ...................................................................................................................... 80

REFERENCIAS BIBLIOGRAFÍAS COMPLEMENTARIAS Erro! Marcador não definido.


Estudos Práticos I iv
Estudos Práticos I 5

Visão geral
A Cadeira de Estudos Práticos I foi introduzida para os Formandos, que, na sua maioria, são já
Professores do EP e/ou do ESG. Começa nestas Presenciais, para, segundo o seu propósito,
desenvolver uma forma inovadora de estar e ser, conhecer e aplicar a mesma. Nesta cadeira vamos
falar de uma forma geral do Estudos Práticos I e sua aplicação nas áreas do Desporto

Bem-vindo ao ensino
do Estudos Práticos I
2º Ano
Pretendemos que este módulo seja um contributo
para que os aprendentes adquiram um conhecimento
aprofundado da Estudos Práticos I.

Quando terminar os Estudos Práticos I, o formando


será capaz de:

 Compreender o desenvolvimento dos desportos;


 Identificar as principais modalidades que fazem
parte do Bloco de Estudos Práticos I;
 Identificar os impactos dos Estudos Práticos I
Objectivos
no Desporto;
 Compreender a influência dos Estudos Práticos
I no Desporto de Rendimento e Lazer;
 Conhecer a fase que compõe um evento
Desportivo.

Quem deveria estudar


este módulo
Este módulo foi concebido para os estudantes do 2º
ano do curso de Licenciatura em Educação Física e
Desporto.
Estudos Práticos I 6

Como está estruturado


este módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por CED -
UCM encontram-se estruturados da seguinte
maneira:
Páginas introdutórias
 Um índice completa.
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa
conhecer para completar o estudo. Recomendamos
vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.

Conteúdo do curso / módulo


O curso está estruturado em unidades. Cada unidade
incluirá uma introdução, objectivos da unidade,
conteúdo da unidade incluindo actividades de
aprendizagem, e uma ou mais actividades para auto-
avaliação.

Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais,
apresentamos uma lista de recursos adicionais para
você explorar. Estes recursos podem incluir livros,
artigos ou sites na internet.

Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação


Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no
final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se
folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim
como instruções para as completar. Estes elementos
encontram-se no final do módulo.

Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso /
módulo. Os seus comentários serão úteis para nos
ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.
Estudos Práticos I 7

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de
ícones nas margens das folhas. Estes ícones servem
para identificar diferentes partes do processo de
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica
de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma
mudança de actividade, etc.

Habilidades de estudo
Caro Estudante, antes de mais o ensino à
distância requer de ti uma grande
responsabilidade, ou seja, é necessário que
tenhas interesse em estudar, porque o teu estudo
é ‘auto-didáctico’. Entretanto, vezes há em que
te acharás possuidor de muito tempo, enquanto,
na verdade, é preciso saber geri-lo para que
tenhas em tempo útil as fichas informativas lidas
e os exercícios do módulo resolvidos, evitando
que os entregues fora de tempo exigido.

Precisa de apoio?

Há exercícios que o caro estudante não poderá


resolver sozinho, neste caso contacte o tutor, via
telefone, escreva uma carta participando a situação e
se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua
aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade de
interagir objectivamente com o tutor, usando para o
efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a
interacção, em caso de problemas específicos ele
deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase
posterior contacte o coordenador do curso e se o
problema for de natureza geral, contacte a direcção
do CED, pelo número 825018440.
As sessões presenciais são um momento em que caro
estudante, tem a oportunidade de interagir com todo
o Staff do CED, neste período pode apresentar
dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a
ter em conta, busque apoio com os colegas, discutam
juntos, apoiem-me mutuamente, reflictam sobre
Estudos Práticos I 8

estratégias de superação, mas produza de forma


independente o seu próprio saber e desenvolva suas
competências

Tarefas (avaliação e
auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas
(exercícios, actividades e auto-avaliação), contudo
nem todas deverão ser entregues, mas é importante
que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues
antes do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de
entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega,
implica a não classificação do estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os
mesmos devem ser dirigidos aos tutores/docentes da
cadeira em questão.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de
pesquisa, contudo os mesmos devem ser
devidamente referenciados, respeitando os direitos do
autor.
O plágio deve ser evitado. A avaliação da cadeira
será controlada da seguinte maneira:

Avaliação
Os exames são realizados no final da cadeira e os
trabalhos marcados em cada sessão têm peso de uma
avaliação, o que adicionado os dois pode-se
determinar a nota final com a qual o estudante
conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de
conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três)
trabalhos; 2 (dois) testes e 1 (exame).

Unidade nº 1
Conceito
Estudos Práticos I 9

Os Estudos Práticos I compõem as seguintes


modalidades desportivas colectivas: Andebol,
Basquetebolbol, Voleibol e Futebol e definida
como área do desporto que integra as deferentes
modalidades desportiva e o comportamento
humano em função do meio e os processos que
interligam os indivíduos em núcleos,
associações, Federação, grupos e instituições.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz


de:

 Conhecer os Estudos Práticos I no Desporto


nas diferentes modalidades quem nela integra;

Objectivos  Conhecer os principais conceitos relacionados ao


Estudos Práticos I.

 Saber as diversas áreas de actuação da Estudos


Práticos I.

Conceito da Estudos Práticos I

Estudos Práticos I é definida como conjuntos de


diversas modalidades Desportiva que visam
compreender a sua acção e actuação com
relações as pessoas que intervém na sociedade
aonde estão inseridas sem deixar de lado a
comunidade e respeitando as raças e etnias.

Estudos Práticos I, visa compreender as diversas


modalidades desporto e a sua funcionalidade a nível
contemporâneo.

O objecto de estudo do Estudos Práticos I


Estudos Práticos I 10

Estudo Práticos I dedica-se ao estudo das


Modalidades desportivas colectivas (Andebol,
Basquetebolbol, Voleibol e Futebol), deste o
Historial até o tempo contemporâneo.

O objecto de estudo de Estudos Práticos I


engloba a análise dos diferentes fenómenos, e
interacção a nível dos desportos colectivos, os
valores, as instituições, as normas, as leis). Para
se efectivar as acções desportivas deve se
conhecer os princípios que regula acção
desportiva em qualquer parte do mundo.

O desporto, neste primórdio de século, é um dos


fenômenos sociais mais presentes na vida do ser
humano; nem mesmo os mais optimistas desportistas
imaginavam tamanha ascensão do desporto no
mundo. E actualmente o desporto é caracterizado por
especialização precoce.

Com isso, o desporto tornou-se objeto de estudo nas


mais variadas áreas do conhecimento, com objetivo
de estudar as suas possibilidades em várias pesquisas.
E o rendimento desportivo tem metas fixas para o
rendimento máximo, recebendo cargas de
treinamento no limite de suas possibilidades,
aspirando ser o melhor do mundo; a saúde pesa como
a espada de Dâmocles devido ao trabalho intenso do
treinamento (DE La Rosa, 2004).

Esta abordagem de ensino dos desportos tem sido


considera as semelhanças entre as várias
modalidades, definindo seis princípios operacionais
comuns, divididos em dois grandes grupos, um para
o ataque e outro para a defesa. Segundo Bayer,
classifica os princípios em:

(1) O Princípio da Individualidade Biológica:


É o fenómeno que explica a variabilidade entre
elementos da mesma espécie, o que faz que com
Estudos Práticos I 11

que não existam pessoas iguais entre si.”


(TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano
possui uma estrutura e formação física e psíquica
própria, neste sentido, o treinamento individual
tem melhores resultados, pois obedeceria as
características e necessidades do indivíduo.

(2) O Princípio da Adaptação: Adaptações


biológicas apresentam-se como mudanças
funcionais e estruturais em quase todos os
sistemas. Sob “adaptações biológicas no
desporto”, entendem-se as alterações dos órgãos
e sistemas funcionais, que aparecem em
decorrência das atividades psicofísicas e
desportivas (WEINECK, 1991).

(3) O Princípio da Sobrecarga: Este principio


visa imediatamente após a aplicação de uma
carga de trabalho, há uma recuperação do
organismo, visando restabelecer a hemóstase”
(DANTAS, 1995).

(4) O Princípio da Continuidade: Este princípio


está intimamente ligado ao da adaptação, pois a
continuidade ao longo do tempo é primordial
para o organismo, progressivamente, se adaptar.
A condição atlética só pode ser conseguida após
alguns anos seguidos de treinamento e, existe
uma influência bastante significativa das
preparações anteriores em qualquer esquema de
treinamento em andamento.

(5) O Princípio da Interdependência Volume-


Intensidade: Está intimamente ligado ao da
sobrecarga, pois o aumento das cargas de
trabalho é um dos factores que melhora a
performance. Este aumento ocorrerá por conta
do volume e devido à intensidade.
Pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto
rendimento, independente da especialização
desportiva, estão referenciados a uma grande
quantidade (volume) e uma alta qualificação
Estudos Práticos I 12

(intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas


variáveis (volume e intensidade) deverão sempre
estar adequadas as fases de treinamento,
seguindo uma orientação de interdependência
entre si.

(6) Princípio da Especificidade: A partir do


conceito de treinamento total, quando todo o
trabalho de preparação passou a ser feito de
forma sistémica, integrada e voltada para
objectivos claramente enunciados, a orientação
do treinamento por meio de métodos de trabalho
veio, paulatinamente, perdendo a razão de ser.

(7) O Princípio da Variabilidade


(Generalidade): fundamenta-se na ideia do
treinamento total, ou seja, no desenvolvimento
global, o mais completo possível, do indivíduo.
Para isso deve-se utilizar das mais variadas
formas de treinamento.

Sumário
Estudos Práticos I foi criado para englobar
modalidades desportivas colectivas, pois estas
Modalidades são de forma geral praticada em
Moçambique a nível de desporto de alto
rendimento e lazer.

Exercícios 1
1. Que entende por Estudos Práticos I?
2. Fale dos princípios desportivos?
3. Qual é o seu objecto de estudo?
Estudos Práticos I 13

4. Quais são as áreas da Estudos Práticos I que


actuam no Desporto?
5. Qual é a principal importância da Estudos
Práticos I?
6. Fale das Modalidades que abordamos no
Estudos Práticos I?
7. Quais são as diversas arias de Estudo?

Unidade nº 2
Fundamento do
Estudos Práticos I
Nesta unidade irão conceitualizar os Fundamentos
dos Estudos Práticos I.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz


de:

1. Conhecer a importância do trabalho do desenvolvimento do


Estudos Práticos I;
2. Conhecer as modalidades desportivas que fasem parte de
Objectivos Estudos Práticos I.

O Andebol é um Desporto colectivo que foi criado


pelo professor alemão Karl Schelenz, no ano de
1919. Após ter as regras publicadas pela Federação
Alemã de Ginástica, o desporto começou a ser
praticado de forma competitiva em países como, por
exemplo Áustria, Suíça e Alemanha.

Nesta fase inicial, as partidas de Andebol eram


realizadas em campos gramados parecidos com o de
Estudos Práticos I 14

futebol. Assim como no futebol de campo, cada


equipa de Andebol era composta por onze jogadores.
No ano de 1925, foi realizada a primeira partida
internacional de Andebol, entre as equipas da
Alemanha e da Áustria. Os austríacos levaram a
melhor, vencendo os alemães por 6 a 3.

Factos história do Andebol:


-Em 1934, o COI (Comité Olímpico Internacional)
inclui o Andebol como desporto Olímpico.
-Nas Olimpíadas de Berlim (1936), seis países
disputaram a medalha de ouro. Foi a estreia do
Desporto em Jogos Olímpicos. A Alemanha tornou-
se campeã, após derrotar a Áustria por 10 a 6.
-Em 1938, foi disputado, na Alemanha, o primeiro
campeonato mundial de Andebol.
-Em 18 de Julho de 1946, foi fundada a IHF
(International Andebol Federation), actualmente com
sede na cidade de Basileia (Suíça).
- No ano de 1966, os jogos de Andebol em campo
gramado foram descontinuados, passando o desporto
ser realizado somente em salão.
-Após um período sem participação, o desporto volta
a fazer parte das Olimpíadas nos Jogos Olímpicos de
Montreal, em 1976. Porém, com regras reformuladas
e partidas disputadas em quadra.
- Actualmente o desporto é praticado em 183 países,
envolvendo mais de um milhão de equipas e trinta
milhões de profissionais (jogadores, treinadores e
outros profissionais do Desporto).
Características do andebol
O Terreno de jogo
As medidas do terreno de jogo e as suas linhas estão
indicadas no Desenvolvimento deste texto a baixo.
Os jogadores podem-se movimentar por todo o
terreno de jogo menos dentro da área do guarda-
Estudos Práticos I 15

redes, pois esta só a ele pertence. O objectivo do


Andebol é marcar golos na baliza da equipa
adversária.

A baliza
A diferença da baliza do Andebol para a baliza do
miniandebol é que nesta desce-se mais a barra. Há
escolas que possuem balizas mais pequenas para o
miniandebol. É importante pôr uma rede entre os
travessões para evitar os “golos fantasmas”, isto é,
considerar um golo válido sem este ter passado
completamente os postes da baliza. Se a bola passar
por cima do travessão regulamentar, então a bola é
reposta em jogo pelo guarda-redes.

A bola
A bola do miniandebol é mais fácil de manejar,
porque é mais pequena e também pesa menos. Deve-
se manejar a bola só com uma mão o que se
consegue com muita facilidade. Com ela podes
correr, passar ao teu companheiro, rematar à baliza e
até marcar golo. A bola é de couro e tem de
circunferência de 44 cm para a categoria de “banbys”
é de 48 cm para “infantis”.

A equipa
Para participar nos torneios é preciso no mínimo 7
jogadores e um máximo de 10 jogadores inscritos.
Durante o jogo só podem jogar 5 jogadores (o
guarda-redes e quatro jogadores de campo). Todos os
inscritos poderão ser guarda-redes e jogadores de
campo, embora a camisola do guarda-redes tenha que
ser diferente das outras. É obrigado a que em cada
período de jogo jogue um guarda-redes diferente.
Todos os jogadores inscritos têm que jogar dez
Estudos Práticos I 16

minutos seguidos no mínimo. As equipas podem ser


mistas.

O guarda – redes e a sua área


O guarda-redes pode defender a sua baliza com
qualquer parte do corpo. Dentro da sua área, ele pode
deslocar-se à vontade com a bola. Se não estiver com
a bola pode sair da sua área. Quando se encontra fora
da sua área fica sujeito às regras dos outros jogadores
de campo, não podendo ultrapassar a linha de meio
campo.

Duração do jogo
O jogo divide-se em duas partes, que por sua vez se
subdividem em dois períodos de 10 minutos de jogo,
com dois minutos de intervalo entre os períodos de
10 minutos e seis minutos de intervalo entre as duas
partes. O professor deve sempre incentivar os alunos
a divertirem-se durante o jogo e a pensar que o
resultado é o menos importante, o que realmente
importa é conhecer bem as regras.

O golo
Qualquer jogador, inclusive o guarda-redes pode
marcar golo. Para ser golo, a bola deve entrar por
completo dentro da baliza.

Substituições
O professor no início de cada período dirá ao árbitro
qual a composição da sua equipa. Quando substituir
alguém o professor deve dizer aos alunos que vão
entrar no jogo tudo o que terão de fazer para
melhorar o jogo e não cometerem erros. É importante
que exista feedbacks positivos da parte do professor
para os alunos que saíram do jogo. Só se podem fazer
Estudos Práticos I 17

substituições quando está alguém lesionado ou


quando há um intervalo.

O árbitro
O árbitro penalizará e castigará todas as penalidades
e irregularidades que aconteçam durante o jogo.
Desta forma os jogadores vão entender melhor o jogo
e suas regras. A escolha do campo é por sorteio.

Fair play
Insultar, realizar acções ou gestos de menosprezo ou
protesto para com os companheiros, adversários,
técnicos, árbitros ou público será sancionado com
livre de seis metros e posterior posse de bola para a
equipa contrária. Assim o jogo inicia-se com bola ao
meio campo. Sancionam-se de igual forma as
mesmas acções cometidas pelos professores
treinadores, que vão dirigidas aos árbitros, público ou
adversários.

Regras básicas do andebol:


- Início do jogo:
O jogo inicia-se com ambas as equipas no seu meio
campo, tendo a equipa que possui a bola fazer um
lançamento de saída (passe) através de um jogador
no centro da linha de meio campo.
- Quando há golo, a equipa que sofreu reinicia o jogo
da mesma forma, não sendo necessário a equipa
adversária estar no seu meio campo.
- Depois da marcação de uma falta, o jogo recomeça
no local onde a falta foi cometida.

Bola fora:
1º - Se saiu pela linha de fundo a bola é colocada em
jogo pelo guarda- redes (dentro da sua área).
Estudos Práticos I 18

2º - Se saiu pela linha lateral, é colocada em jogo no


local onde saiu, tendo de se colocar um dos pés sobre
a linha lateral e o outro no exterior do campo.
- Regras de manipulação da bola: Pode-se lançar,
bater, empurrar, parar e agarrar a bola com todo o
corpo à excepção das pernas e pés. Pode-se dar
apenas três passos (quatro apoios) com a bola nas
mãos.

Número de passos possíveis.

Se se interromper o drible não se pode voltar a


driblar. O Guarda Redes pode utilizar qualquer parte
do corpo para defender, desde que esteja dentro da
sua área de baliza.

Violação da área de baliza


Não se pode pisar dentro da área de baliza, pode-se
entrar lá dentro apenas se for pelo ar, aquando por
exemplo dum remate.

Lançamento Livre
Sempre que alguma equipa faz uma falta é marcado
um lançamento livre:
Se essa falta ocorrer no espaço de jogo, o
Lançamento livre no mesmo local e se a falta ocorrer
entre os 6m e os 9m lançamento livre de 9 m

Se for uma falta grave


Lançamento livre de 7 m
Estudos Práticos I 19

Marcação do livre de 9 m :
Caso as faltas sejam cometidas entre as linhas dos 6 e
9 metros. O jogador que vai marcar a falta coloca-se
na linha de 9 m, estando o resto da equipa fora do
campo, com os adversários no mínimo a 3 m.
Quando um jogador barra o caminho ao adversário
com os braços, pernas ou mãos.
Quando um jogador arranca a bola ao adversário ou o
agarra.

Marcação do livre de 7 metros:


O jogador que vai executar o livre coloca-se na
marca de 7 metros, sem pisar a linha ou mexer o pé
de apoio, esperando pelo apito do árbitro. Todos os
jogadores têm de estar atrás da linha de 9 metros. O
executante tem 3 segundos para a sua realização.
Caso o guarda – redes entre na sua área com a bola
nas mãos.
Quando um jogador entra intencionalmente dentro da
sua área de baliza prejudicando as acções da equipa
contrária.
Quando um jogador passa a bola ao guarda – redes
quando este está na sua área.
Quando um jogador empurra, agarra, ou rateira um
atacante que se encontra isolado ou em boa posição
para obter golo.

Gestos Oficiais dos Árbitros:

É também necessário (principalmente para os alunos


com atestado) o conhecimento de alguns gestos do
árbitro de Andebol. De seguida serão identificados
alguns gestos:
Estudos Práticos I 20

Sinais dos árbitros:


a)- passos;
b)- falta de drible;
c)- violação da área de baliza;
d)- agarrar na cintura;
e)- falta no braço;
f)- falta do atacante;
g)-lançamento livre;
h)- não respeita a distância de 3 m.

Conteúdos da modalidade de Andebol

Objectivo do Jogo:
Introduzir a bola na baliza do adversário e evitar que
esta entre na nossa, respeitando sempre as regras do
jogo.
Estudos Práticos I 21

Características do Jogo:
- As equipas são constituídas por 14 jogadores, sendo
eles 7 efectivos (um deles o guarda- redes) e 7
suplentes.
- O jogo tem uma duração de 2x 30 minutos com 10
minutos de intervalo.
- Existem 2 árbitros em campo, 1 central e 1 de
baliza.

Posição Base Ofensiva


Descrição técnica Pés: sensivelmente à largura dos
ombros, um ligeiramente mais avançado em relação
ao outro, pontas dos pés viradas para a frente. O peso
do corpo deve “cair” mais sobre a parte anterior dos
pés, não devendo os calcanhares fazer força no chão;
Pernas ligeiramente fletidas com a vertical dos
joelhos caindo em cima dos pés, com este ligeiro
abaixamento do centro de gravidade é decisivo para o
equilíbrio do corpo; Tronco naturalmente direito ou
ligeiramente inclinado à frente;
Braços ligeiramente fletidos. Com as mãos abertas e
próximas uma da outra, à altura do peito.

Posição Base Defensiva


Descrição técnica Idênticas às da posição base
ofensiva; Avanço do apoio corresponde ao lado do
braço hábil do adversário; Mãos abertas e
ligeiramente afastadas uma da outra.

Pega da bola
Descrição técnica: Com as duas mãos formam uma
ampla superfície côncava; Dedos afastados e
ligeiramente Fletidos; os polegares e os indicadores
formam um“W”;
A bola repousa junto ao peito, a fim de facilitar a sua
proteção a permitir o seu rápido manejo.
Estudos Práticos I 22

Com uma mão:


A mão encontra-se sobre a bola formando uma ampla
superfície côncava;
Dedos ligeiramente fletidos e afastados, exceptuando
o polegar, que se encontra em extensão completa,
exercem uma ligeira pressão sobre a bola;
Mão em semiflexão dorsal em que a zona palmar faz
um arco que não toca na bola.

Passe de ombro
Descrição técnica
O pé de apoio oposto ao braço armado está
avançado; Cotovelo do braço hábil está num plano
acima do ombro; Antebraço fletido fazendo um
ângulo superior a 90º com o braço; Ligeira rotação
do tronco para a direita, para um jogador destro; Na
fase final do passe o braço acompanha a bola; O
pulso e dedos executam uma flexão final
propulsionando e direcionando a bola ao peito do
receptor.
Estudos Práticos I 23

Recepção
Descrição técnica

Manter o contacto visual com o colega que possui a


bola; Na direcção do portador da bola, ir o encontro
da bola e não esperar por ela; Os braços em extensão
frontais, ligeiramente flectidos e descontraídos vão
ao encontro da bola; Posição das mãos: polegares
próximos uns do outro e os dedos afastados e
descontraídos, formando com os polegares e
indicadores um triângulo; Acção amortecedora do
antebraço.

Remate de ombro em apoio

Descrição Técnica: Cotovelo do braço armado num


plano acima do ombro; Antebraço flectido fazendo
um ângulo superior a 90º com o braço; O pé de apoio
oposto ao braço armado está avançado e virado para
a frente; Na parte final do remate o braço hábil
realiza uma extensão rapidamente acompanhando a
bola, e o tronco faz uma rotação para a esquerda; O
Estudos Práticos I 24

pulso e dedos executam uma flexão final


propulsionando e direcionando a bola.

Remate em suspensão
Descrição Técnica:
A progressão deve realizar-se à velocidade máxima, se
possível, obliquamente em relação à trajetória prevista do
remate (a direcção de progressão pode ser de cerca de 45º
em relação à baliza);
Armação do braço e rotação do tronco semelhante às
descritas para o remate de ombro em apoio;
Chamada feita com o pé oposto ao braço hábil, o apoio
desenrola-se do calcanhar para a ponta do pé;
Elevação sustentada pela acção da perna livre que se
eleva para o peito um pouco lateral e ligeiramente fletida
a nível do joelho;
O remate é executado depois de atingido o ponto mais
elevado da trajetória do salto;
Na fase final executa-se uma rotação e ligeira inclinação
do corpo como no remate de ombro em apoio, embora
não tão ampla;
Extensão completa do braço de remate e flexão do pulso;
Recepção efetua-se sobre a perna de impulsão;
Se o remate em salto se executar da ponta, a progressão
deve ser executada paralelamente à linha da área da
baliza ou em direcção à linha de sete metros.
Estudos Práticos I 25

O Desporto tem adquirido, cada vez mais, uma


grande importância na sociedade. Apresenta um
carácter de coesão social e de consolidação da
cidadania, assumindo assim um papel primordial no
processo de socialização do Homem, principalmente
porque as actividades desportivas estão ligadas ao
desenvolvimento social.

O Desporto está presente em nossa sociedade como


um denomino, quanto a isso não há mais como
negarmos. Sua presença permeia os diversos sectores
da nossa sociedade e faz parte do conteúdo do debate
académico, pois sua discussão extrapola a esfera
Desportiva. Questões económicas, políticas e
culturais, na qual a sociologia foi fundada e se
embaça para fundamentar sua discussão
cientificamente, no desporto, estes aspectos também
estão presentes, caracterizando a sociologia do
Desporto.

O Desporto como fenómeno sociocultural, envolve


diferentes pessoas e contextos. Ele rompe o
paradigma das macros estruturas para os micros
estruturas sociais, passando por reflexões por meio
da teoria crítica do desporto nos aspectos da teoria
social do consenso para a teoria social do conflito.
Estudos Práticos I 26

Cabe também ressaltar que, não devemos tratar o


Desporto como um vilão nas questões sociais, mas
também como uma possibilidade de auxílio na
transformação social, utilizando o Desporto como um
meio educacional e não um fim.

Na actualidade o desporto é o grande fenómeno


sociocultural que estimula crianças a idosos a
praticarem, e seu contacto acontece desde criança,
seja como telespectador ou como praticante, e entre
os não praticantes, o interesse ocorre pelos factos
desportivos que vem crescendo nas últimas décadas.
Com isso, a aproximação com o Desporto acontece
nas ruas, nos clubes, nos estádios de futebol e nas
escolas. Pois, podemos ver a sociologia do desporto
em todas a sociedade de forma muito diversificada,
pois isto tudo por natureza tem um significa social do
Desporto, porque a muitas convergências e
intercâmbios dos diversos acontecimentos dentro do
Desporto.

Sumário
O valor educativo do Desporto com especial
ênfase no Andebol; Abordagem didáctica,
pedagógica e metodológica dos fundamentos
técnicos e tácticos dos desportos colectivos com
especial ênfase no Andebol; Processos
didácticos e pedagógicos param o ensino da
modalidade em diferentes níveis com especial
ênfase na iniciação; Princípios científicos do
treinamento e a formação de equipas de
Andebol; Processos pedagógicos dos
fundamentos do Andebol: manejo de bola,
passes, recepção, drible, progressão, fintas e
lances; Princípios básicos das técnicas de
marcação da quadra; Noções básicas de sistemas
ofensivos e defensivos; Conhecimento das regras
básicas do Andebol; Metodologias de ensino.
Estudos Práticos I 27

Exercício 2
1. O que entendes por princípios didáctico de Andebol?
2. Explique os passos metodológicos para o treinamento
do remata na passada?
3. Explica como se faz como se ensina Passes, dribles,
Ataques, defesas e finta no Andebol?

Unidade nº 3
Basquetebolbol

Nesta unidade envolverá a discussão sobre o


Basquetebolbol como desporto na área social, e
cultural também centraremos o Desporto como
fenómeno a abordar por várias facetas da vida dos
intervenientes, pois também abordaremos sobre sua
estruturas sociais e organizações do Desporto no seu
todo.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz


de:

 Conhecer as diversas facetas do Basquetebolbol;


 Conhecer a interdisciplinar desta modalidade.

Objectivos
Estudos Práticos I 28

O Basquetebolbol é um desporto contemporâneo


nasceu na Europa, na 2.ª metade do século XIX, com
as regras e as instituições que conduziram os jogos
físicos tradicionais do ritual ao recorde. O recorde
parece ser, de facto, o símbolo fundamental do
desporto moderno de alia competição. A obsessão na
busca contínua de novos recordes é um dado que
distingue os desportos modernos dos desportos
greco-romanos ou medievais. Afirma-se que o
basquetebolbol foi criado em 1891 por James
Naismith, um pastor presbiteriano que era professor
de Educação Física na Associação Cristã de Moços
(ACM) de Springfield, Massachusetts, nos Estados
Unidos. Conta-se que um grupo de alunos, impedidos
de praticarem desportos ao ar livre devido ao frio,
pediu para que o professor criasse um jogo colectivo
que pudesse ser praticado em locais fechados. Como
resposta ao pedido, Naismith dividiu os alunos em
dois times, combinou que os alunos só poderiam
andar com a bola desde que a batessem no chão e
definiu o objectivo: ganhava o jogo o time que
acertasse mais vezes a bola ao cesto. Conta-se que no
início, todas as vezes que a bola era acertada no
cesto, precisavam pegá-la com o auxílio de uma
escada. Só mais tarde alguém teve a ideia de cortar o
fundo da cesta, fazendo com que a bola caísse de
volta à quadra. As regras foram oficializadas,
primeiro no próprio clube, no boletim da ACM em
1892, e mais tarde em 1932, com a fundação da
Federação Internacional de Basquetebol Amador
(FIBA).
Estudos Práticos I 29

Caracterização:
- É um jogo colectivo desportivo, entre duas equipas,
sendo cada uma constituída por doze jogadores
(cinco efectivos e sete reservas), que tem como
objectivo introduzir a bola no cesto contrário (acção
ofensiva), e ao mesmo tempo evitar que a equipa
adversária marque o ponto, introduzindo a bola em
nosso cesto (acção defensiva).

Introduzir a bola no cesto da equipa adversária


evitando que a mesma se aposse da bola ou marque
pontos.

A bola é esférica com perímetro variando de 75 a 78


cm e peso de 600 a 650 gramas, podendo ser de
couro de material sintético ou borracha.
Uma equipa de arbitragem é constituída de cinco
componentes: dois árbitros, um apontador, um
cronometrista e um operador de 24 segundos.
Actualmente o basquetebol internacional encontra-se
organizado pela FIBA - Federação Internacional de
Basquetebol. As suas determinações valem para
todos os países onde o basquetebol é jogado, excepto
para a liga profissional de basquetebol dos EUA,
a NBA, que mantém regras próprias, um pouco
diferentes das regras internacionais. A expectativa é
que as duas entidades se aproximem cada vez mais
os seus regulamentos.
Estudos Práticos I 30

O Basquetebol é um jogo desportivo colectivo,


praticado por duas equipas, cada uma delas com
cinco jogadores de campo mais cinco suplentes.
Essas equipas opõem-se e assumem em alternância
comportamentos e atitudes de defesa (sem posse de
bola) ou de ataque (com posse de bola).
Individualmente e em grupo, os jogadores têm
objectivos de ataque e de defesa. O objectivo de
ataque é introduzir a bola no cesto que a equipa
adversária defende. O objectivo da defesa é evitar
que a equipa contrária introduza a bola no cesto que
defende.

Campo de jogo
O campo é rectangular, delimitado por duas linhas
laterais e duas finais. A sua dimensão é 24 metros
por 15 metros. Existe uma linha central que divide o
campo em duas metades iguais. A linha de lance
livre, com 3,6 m de comprimento, é marcada no
próprio campo paralelamente à linha final, e à
distância de 5,8 m desta. A área restritiva (muitas
vezes incorretamente designada por “garrafão”) por
um retângulo, contendo a linha de lançamento livre.
Uma linha, marcada à distância de 6,75 m do cesto
define a área do cesto. Sempre que um lançamento
for concretizado atrás desta linha, vale 3 pontos. A
tabela que suporta o cesto tem uma estrutura que lhe
permite ter a base 2 metros fora do campo, mas a
tabela propriamente dita fica dentro do campo 1,2 m.
O cesto encontra-se a 3,05 metros de altura, sendo o
seu diâmetro de 45 cm.
Estudos Práticos I 31

A bola de jogo
A bola de basquetebol é esférica e de cor alaranjada.
A sua superfície exterior pode ser de couro, borracha
ou material sintético. Para o escalão sénior, o
perímetro da bola varia entre 75 e 78 cm e o seu peso
varia entre 567 a 650 gramas.

Duração do jogo
A duração do jogo de basquetebol é de 40 minutos
(efectivos de jogo), divididos por 4 períodos de 10
minutos cada. Existem 2 intervalos de 2 minutos
(entre o 1º e o 2º tempos, e entre o 3º e 4º tempos). O
intervalo que se realiza a meio do jogo (20 minutos)
tem a duração de 15 minutos.
Estudos Práticos I 32

As substituições
Qualquer jogador pode ser substituído ou substituir
um companheiro de equipa, em qualquer período do
jogo. Todavia, a substituição só poderá realizar-se
quando o jogo estiver interrompido (bola “morta”) e
com conhecimento dos árbitros.

Início de jogo
O jogo inicia-se com a bola ao ar, lançada pelo
árbitro, entre dois jogadores adversários, no círculo
central.

A bola
Posição da bola
Durante a bola ao ar, a mesma torna-se viva quando é
legalmente tocada por um saltador.
Como jogar a bola
A bola é jogada com as mãos. Não se pode correr
com ela presa, pontapeá-la ou socá-la. É uma
violação parar ou bater deliberadamente a bola com
qualquer parte da perna. Se a bola for tocada
acidentalmente com o pé ou com a perna, não é
violação.

Desconto de tempo anotado


A duração de um desconto de tempo anotado é
sempre de 1 minuto. Em consequência da mudança
do tempo de jogo para 4x10 minutos, pode ser
concedido um desconto de tempo a cada equipa
durante um dos três primeiros períodos, dois durante
o quarto período, e um durante cada período
suplementar

Progredir com a bola


Pode-se progredir com a bola em qualquer direcção,
dentro dos seguintes limites:
Estudos Práticos I 33

a) Receber a bola parado, escolhendo qualquer pé


para rodar sobre ele (pé-eixo);
b) Receber a bola em movimento, ou ao terminar um
drible, pode-se usar dois tempos rítmicos para parar,
passar ou lançar.

NOTA IMPORTANTE 1:
1.° Tempo rítmico
Quando um pé ou os dois pés estão em contacto com
o solo no momento da recepção da bola; quando os
dois pés não estão em contacto com o solo no
momento da recepção da bola e um deles ou ambos o
tocam simultaneamente.

2.º Tempo rítmico


Quando, depois do primeiro, qualquer pé ou ambos
simultaneamente tocarem o solo.

NOTA IMPORTANTE 2:
Ao fazer uma paragem legal, se um pé ficar avançado
relativamente ao outro, pode-se rodar sobre o pé de
trás (pé-eixo); se nenhum estiver avançado, qualquer
um deles pode ser usado como pé-eixo e,
consequentemente rodar sobre ele.
Pode-se levantar o pé-eixo para lançar a bola ou
passá-la, mas esta deve abandonar as mãos antes que
o pé-eixo toque novamente no solo.
Não se pode levantar o pé-eixo ao iniciar o drible,
antes de deixar a bola as mãos.

Juízes
A equipa de arbitragem é constituída por:
Dois árbitros, com as funções de dirigir o jogo,
assinalarem as infrações e vigiar a conduta dos
jogadores;
Estudos Práticos I 34

Marcador, que regista a cronologia dos pontos


obtidos pelas equipas, as faltas pessoais e técnicas de
cada jogador e avisa o árbitro imediatamente quando
a quinta falta é assinalada a qualquer jogador.
Também deve usar uma bandeira para assinalar a
equipa que tem oito faltas; para isso, deve colocá-la
no lado da mesa dessa equipa e deve retirá-la quando
as duas equipas estiverem em igual circunstância.
Cronometrista, que controla o tempo de jogo e os
descontos de tempo. Deve assinalar os vinte e quatro
segundos, quando a bola é considerada “morta” deve
parar o cronómetro do tempo de jogo, e os oito
segundos para sancionar a equipa na retenção de bola
na sua zona defensiva

Regresso da bola à zona da defesa


Se estiveres na posse de bola na zona de ataque não a
podes passar a um colega colocado na zona de defesa
ou driblar para essa mesma zona.

Interferência no lançamento e intervenção sobre a


bola
Quando um jogador defensor provoca (deliberada ou
acidentalmente) a vibração da tabela ou do aro do
cesto, enquanto a bola estiver no ar durante um
lançamento de campo, de modo a que a mesma, no
entender de um árbitro, tenha sido impedida de entrar
no cesto, deixa de ser uma falta técnica, passando a
constituir uma violação, e devem ser averbados à
equipa 2 ou 3 pontos (ou seja, a equipa pontua).
Quando a bola entrar, não há violação.

Falta pessoal
A falta pessoal envolve contacto com o adversário.
Não se pode obstruir, agarrar, empurrar, carregar,
rasteirar ou impedir a progressão de um adversário
Estudos Práticos I 35

utilizando os braços estendidos, ombros, quadris,


joelhos ou inclinando o corpo para uma posição que
não seja normal.
Obstrução: contacto pessoal que impede a
progressão do adversário.
Carregar: contacto pessoal que ocorre quando um
jogador, com ou sem bola força a sua passagem e
contacta com o corpo do adversário.
Marcar pela retaguarda: contacto pessoal que ocorre
pela retaguarda quando um defensor tenta jogar a
bola.
Deter: o uso das mãos para tocar no adversário,
impedindo-o de progredir ou na ajuda da sua
marcação, é ilegal.
Segurar: quando o contacto pessoal impede a
liberdade de movimentos do adversário. Uso ilegal
das mãos: quando a defesa toca as mãos do atacante
numa tentativa de jogar a bola. A excepção dá-se
quando o contacto for acidental e só se for sobre a
mão do adversário que está sobre a bola.
Empurrar: quando um jogador desloca ou tenta
deslocar, através da força um adversário.

Regra dos três segundos


Enquanto uma equipa estiver na posse da bola, não
pode permanecer mais de 3 segundos consecutivos
dentro da área restritiva do adversário (as linhas que
limitam esta área fazem parte da mesma).

NOTA IMPORTANTE 3: Esta situação mantém-se


no caso da equipa que esteja a repor a bola fora do
campo.

Regra dos oito segundos


O tempo limite para fazer com que a bola passe para
o meio-campo ofensivo é de 8 segundos.
Estudos Práticos I 36

Regra dos vinte e quatro segundos


O tempo limite para efectuar um lançamento de
campo é de 24 segundos.
Estudos Práticos I 37

Ativação Geral
Principais motivos para realizar ativação geral:
 O aumento da temperatura muscular (facilita o
processo de contração muscular);
 O aumento da temperatura sanguínea (facilita o
transporte de O2 para o interior dos tecidos
Musculares);
 Facilitação do aumento de amplitude de
movimento;
 Aumento da produção hormonal; maior
quantidade de hidratos de carbono e ácidos
gordos disponíveis para transformação em
energia;
 Aumento do metabolismo, melhoria na
capacidade de produção de energia;
 Primeiro mecanismo de prevenção de lesões e
aumento da predisposição motora e mental para a
realização da aula.

Condição Física

O exercício físico cria novas adaptações e novas


capacidades para suportar uma dada carga de esforço,
assim como a capacidade de produção e obtenção de
energia. Para isso são solicitados conjuntos de
mecanismos, estruturas e sistemas que se adaptam
determinando certos efeitos nos mesmos, no sentido
da promoção da condição física. Devem então ser
criados exercícios que promovam o desenvolvimento
das capacidades coordenativas e condicionais
relevantes à modalidade em questão, nomeadamente
o Basquetebol.

Conteúdos Técnico – Tácticos


Posição Base: A posição-base permite executar
qualquer movimento, em qualquer direcção, tanto na
Estudos Práticos I 38

defesa como no ataque. Quando um jogador tem a


posse de bola diz-se posição-base ofensiva, se ele
está a defender, posição-base defensiva.

Posição-Base Ofensiva (Posição de tripla ameaça)


Colocar os pés afastados e à largura dos ombros;
Distribuir o peso do corpo de igual modo pelos dois
apoios (parte anterior); Efectuar uma ligeira flexão
das pernas; Manter a cabeça levantada de forma a
poder-se visualizar os adversários e os colegas; Fazer
a pega da bola com ambas as mãos; Colocar a bola
junto ao abdómen, com os cotovelos colocados ao
lado do tronco.

Posição-Base Defensiva
Colocar os pés afastados e à largura dos ombros;
Distribuir o peso do corpo de igual modo pelos dois
apoios (parte anterior); Fazer uma ligeira flexão das
pernas; Inclinar ligeiramente o tronco à frente;
Orientar os braços ligeiramente para cima e para
diante, palma das mãos viradas para a frente e dedos
afastados; Manter a cabeça levantada de modo a
poder-se observar os adversários e os colegas.

Passe:
Passe de peito
Neste tipo de passe, o peso do corpo deve estar
igualmente distribuído sobre os dois pés, bem
apoiados no solo, um à frente do outro, com as
pernas ligeiramente flectidas. A bola é segura pelas
duas mãos, cotovelos junto ao corpo: estender
horizontalmente os braços à frente, em direcção a
quem vai receber a bola dando simultaneamente um
passo à frente. No final do passe, há uma extensão
dos braços, com um movimento brusco dos pulsos de
cima para baixo e para os lados.
Estudos Práticos I 39

Passe de ombro
Manter os pés afastados e pernas levemente flectidas,
ficando a perna oposta ao braço que vai executar o
passe, ligeiramente à frente; a bola é conduzida pelas
duas mão para cima do ombro, à altura da cabeça,
estando a mão direita por trás, com os dedos
dirigidos para cima, e a mão esquerda à frente da
bola. Avançando a perna direita em direcção a quem
vai receber o passe, estender totalmente o braço à
frente, finalizando o movimento com a brusca
extensão do pulso para baixo e para fora.

Passe picado
Pode ser usado em qualquer local do campo, em
situações específicas, normalmente quando se
pretende passar a bola a um companheiro e se
verifica a presença do adversário entre o passador e o
receptor.
A execução deste passe é semelhante à do passe de
peito; a principal diferença consiste na extensão dos
braços que é feita para baixo e para a frente de modo
a fazer bater a bola no ponto do solo, julgado próprio,
para que a bola no seu ressalto atinja as mãos do
receptor, não subindo mais do que a altura do peito.

Drible: O drible é o gesto técnico que permite ao


jogador efectuar deslocamentos, pelo espaço de jogo,
em posse de bola. Como no basquetebol constitui
infração efectuar mais de dois apoios sucessivos com
a bola na mão, os jogadores têm de, sempre que
houver espaço para progredir, realizar o drible. O
drible é o gesto que consiste em “empurrar” a bola
contra o solo, fazendo com que esta ressalte
novamente.
Estudos Práticos I 40

Drible de Proteção: serve para orientar o ataque


posicional, discernindo a melhor opção.
Drible de Progressão: é orientado para a frente,
permitindo a deslocação do jogador em posse de
bola.
Recepção: Para receber um passe, um jogador deve
antes de mais nada inclinar o corpo à frente e
estender os braços em direcção à bola, com os dedos
bem separados e com os músculos relaxados.
Antes ainda do primeiro contacto com a bola (que é
feito com as pontas dos dedos indicador e médio,
seguindo-se-lhes os demais), os braços começam a
ser flectidos, acompanhando o movimento da bola e
"amortecendo" a sua velocidade. Com absoluta
continuidade de movimento, a bola é trazida para
junto do corpo.
Finta: É usada para enganar um oponente e fazê-lo
agir ou movimentar-se de modo desvantajoso para si
mesmo. A finta não é eficaz se o centro de gravidade
se deslocar demasiadamente para fora do perímetro
da base de sustentação, pois o tempo gasto para a
recuperação do equilíbrio e partida em outra
direcção, inutilizará totalmente o movimento
realizado. Torna-se imprescindível, então, haver
sempre um movimento de compensação.
Lançamento em apoio: Neste tipo de lançamento o
executante deve estar em posição base com o pé em
frente do mesmo lado que o braço lançador e o peso
do corpo distribuído nas duas pernas. A bola é trazida
para junto do rosto, ligeiramente ao lado, estando a
mão lançadora por trás da bola, com os dedos bem
separados e dirigidos para cima: simultaneamente à
extensão das pernas e do tronco, o braço lançador
começa a ser estendido para cima e a mão contrária,
que apenas sustentava a bola, abandona-a.
Estudos Práticos I 41

No final da extensão coordenada de pernas, tronco e


braço, o peso do corpo passa para a perna da frente e
a bola é impulsionada por um forte movimento do
pulso de cima para baixo e para o lado.
Lançamento na passada: Na execução do
lançamento na passada com a mão direita, a última
passada deve ter por primeiro apoio o pé direito, dá
outro passo (mais curto) e salta em altura com
impulso na perna esquerda; simultaneamente, eleva a
bola segura pelas mãos.
Quando tiver atingido o ponto mais alto do salto, a
mão direita - que segurava a bola por baixo -
completará o movimento, havendo uma extensão
completa do braço e uma ação dos dedos e pulso.
Quando o lançamento é feito de lado a bola é lançada
à tabela, se é feito de frente é lançado diretamente
sobre o aro. Com a mão esquerda o lançamento deve
ser feito utilizando-se a perna direita para a impulsão.
Rotações: Servem para proteger a bola quando o
jogador em posse está marcado, procurando assim
uma linha de passe segura.
Paragem a 1 tempo: Permite parar rapidamente a
velocidade de deslocamento do jogador portador da
bola com uma posição equilibrada.
Paragem a 2 tempos: Permite parar rapidamente a
velocidade de deslocamento do jogador.

Conteúdos Táctico - Técnicos


Bloqueio: O bloqueio é uma combinação
táctica que pretende possibilitar ao jogador portador
da bola liberdade para desenvolver uma acção de
penetração, passe, ou lançamento, através da
cobertura do seu defensor directo, por um
companheiro de equipa.
Aclaramento: O aclaramento consiste no seguinte:
no caso do jogador que se tenta desmarcar não
Estudos Práticos I 42

conseguir criar uma linha de passe, deve cortar para o


cesto, deixando, deste modo, um espaço livre, o qual
pode ser aproveitado pelo jogador possuidor da bola
para penetrar para o cesto e concretizar.

Defesa Homem-a-Homem: É um dos vários


tipos de defesa em que, um dos aspectos mais
importantes a considerar é a posição da defesa ao
jogador com bola (Posição básica defensiva).

Para os gestos técnicos deve-se ter em conta 5


posições: dois extremos baixos, dois extremos e base.
No que diz respeito à movimentação dos jogadores
nesta disposição táctica, ela efetua-se do seguinte
modo:
(1) O jogador possuidor da bola (base) encontra-se
sempre numa situação de um contra um. Nesta
situação, este jogador, tem três possibilidades de
acção o que constitui uma tripla ameaça: pode lançar,
driblar ou passar. Caso as duas primeiras hipóteses se
tornem de execução difícil devido à acção dos
adversários, resta-lhe realizar um passe para os seus
companheiros. Deste modo, estes, devem realizar
uma série de movimentações com a finalidade de se
desmarcarem do seu adversário para criarem linhas
de passe. Quando essas linhas de passe estiverem
criadas, o jogador possuidor da bola deve passa-la ao
seu colega que estiver em melhores condições de a
receber, desmarcando-se em seguida na direcção do
cesto com a finalidade de voltar a receber a bola para
concretizar (passe e corta). No caso de não haver
possibilidade de se realizar o passe, o jogador deve
prosseguir o seu corte, indo instalar-se numa nova
posição. O jogador que anteriormente lá se
encontrava deve deslocar-se no sentido de vir a
ocupar uma nova posição para que a equipa se
Estudos Práticos I 43

reestruture novamente na disposição táctica inicial –


cinco aberto.

Dentro do processo de aprendizagem as acções do


professor limitam-se em Ensinar, Corrigir e
Aperfeiçoar. Estas acções acontecem com as fases
que vamos apresentar abaixo. As fases são
distinguidas de acordo com o conteúdo predominante
e o nível de coordenação alcançado, compreendendo
o desenvolvimento da coordenação grossa e fina, e a
estabilização da coordenação fina.

Fases do Aprendizado
(1) Desenvolvimento da coordenação grossa.
(2) Desenvolvimento da coordenação fina.
(3) Estabilização da coordenação fina.
Apesar de não haver uma linha divisória marcante
entre as fases, elas representam a estrutura básica do
processo de aprendizagem motora, independente da
modalidade desportiva, da idade e do nível motor
inicial. A formação de uma primeira representação de
movimento ocorre com base tanto na recepção de
informações sensoriais como verbais, através do
aproveitamento da memória motora. A coordenação
grossa é caracterizada pelo seguinte quadro de
manifestação da execução do movimento: é típica
uma entrada de força excessiva e parcialmente
errada, quer dizer, a potência de movimento ainda
não está correta, tendo como característica uma
fluência de movimento deficiente. Isto atinge
principalmente a ligação da fase preparatória com a
fase principal do movimento, surgindo nítidas
paradas e interrupções do mesmo. A condução do
movimento muitas vezes é afoita ou muito lenta e em
Estudos Práticos I 44

harmonia insuficiente, de modo que o rendimento é


fortemente oscilante.

Durante a fase de coordenação grossa não há


equilíbrio entre a força do gesto e a condução do
movimento, resultando em interrupções, desarmonia
e rendimento oscilante

No estágio da coordenação fina, o aluno pode


executar o novo movimento aprendido quase sem
erros. A coordenação fina apresenta em seu quadro
de manifestação um decurso de movimento
harmónico, fechado. Os critérios de qualificação das
respectivas técnicas esportivas são plenamente
satisfeitos. O progresso da aprendizagem, nesta fase,
muitas vezes não é contínuo. Há uma estagnação
temporária, após o que, há novamente uma
progressão maior. Há necessidade de um constante
reforço nas actividades com relação à motivação.
Na fase da coordenação fina começa a haver o
equilíbrio desejado no gesto, porém muitas vezes não
é contínuo, havendo necessidade de constante
motivação para um progresso maior.
Na terceira fase, estabilização da coordenação fina, o
aluno pode aplicar com sucesso o movimento
aprendido, mesmo sob condições dificultadas.
A execução do movimento apresenta todas as
características de uma técnica aperfeiçoada. Nesta
fase, o aluno pode liberar mais a sua atenção da
execução do movimento, ficando livre para
acompanhar os acontecimentos tácticos ou prevenir
dificuldades que possam surgir. Não há um término
desta fase, e uma constante aprendizagem se faz
necessária, para que não haja um retrocesso da
estabilidade (ibid. 3).
Estudos Práticos I 45

A fase de estabilização da coordenação fina


apresenta as características de uma técnica
aperfeiçoada, mas não tem fim, pois o aprendizado é
diário e permanente, para que não haja um retrocesso
da estabilidade.

A explicação dos exercícios deve ser precisa e


compreensível, feita verbalmente e por
demonstração, levando-se em conta os
conhecimentos e as experiências motoras do
aluno, pois o desempenho do ato motor deve
estar de acordo com a individualidade biológica
de cada um e cada pessoa aprende de maneiras
diferentes. O nível de complexidade dos
exercícios deve ser adequado aos objectivos e à
faixa etária. Concentre-se nos objectivos, mas
evite a rotina de exercícios, o que poderia
provocar uma falta de interesse pelos alunos.

Além disso a prática sem motivação é ineficaz,


ou seja, torne o ambiente agradável para seus
alunos, sem fugir dos objectivos. Para isso, não
há necessidade de alterar as actividades, e sim, a
maneira de conduzir as mesmas. "Os seres
humanos têm um potencial natural para
aprender", expressa pela curiosidade. Incentive
isso nos alunos criando neles uma vontade ainda
maior de aprender e vencer. Motivar significa
"despertar para uma acção física e intelectual".

 A utilização de aulas eminentemente


recreativas, lúdicas, prazerosas, neste
contexto, fazem a criança "tomar gosto"
pelo desporto, evitando-se, assim, o
abandono precoce.

 Explique os exercícios de forma precisa e


compreensível, através da palavra e da
demonstração.

 Respeite o tempo de aprendizagem de


cada um, pois as pessoas são diferentes.
Estudos Práticos I 46

 A complexidade dos exercícios deve ser


adequada aos objectivos e à faixa etária
do grupo.

 A rotina de exercícios cria falta de


interesse no grupo, perdendo-se os
objectivos. 5. Toda prática deve ter
motivação. Não há necessidade de alterar
as actividades e sim, a sua conduta, que
deve ser estimulante.

 Todo aprendizado deve ser recreativo,


lúdico, prazeroso, fazendo a criança
tomar gosto pelo desporto.

 Desperte em cada aluno uma vontade


maior de aprender e vencer.

 Elogie todo progresso e corrija, sempre


destacando um ponto positivo.

 Lembre-se de que o abandono precoce da


prática desportiva, muitas vezes deve-se
à má orientação do professor. Neste
livro, propomos temas para as aulas, de
acordo com uma sequência pedagógica
que acreditamos, segundo nossa
experiência, ser bastante eficaz no
processo de aprendizagem do
basquetebolbol. A ordem dos temas leva
em consideração, além de aspectos da
coordenação motora, aspectos
motivacionais. Isto se deve ao fato por
nós observado, de os alunos gostarem
mais de driblar e arremessar do que
passar. Porém, o professor deve evitar
dar aulas com exercícios específicos o
tempo todo. Crie formas variadas de se
trabalhar cada fundamento. Procure
também utilizar outros fundamentos
associados ao tema principal da aula, mas
inclua este em todos os exercícios
propostos, sempre que possível. Durante
uma aula de um fundamento específico,
faça exercícios que envolvam os demais,
mas a ênfase da correcção deve estar no
fundamento em aprendizagem. Assim
sendo, durante uma aula de passes, por
exemplo, faça exercícios que envolvam
também dribles, bandejas, arremessos,
Estudos Práticos I 47

trabalhos de pés etc., mas a ênfase da


correcção deve estar no passe, pois este é
o fundamento principal desta aula.

Sumário
O Basquetebol é um Desporto disputada por duas
equipas de 5 jogadores, que tentam lançar uma bola
em uma cesta, sendo disputado em 4 tempos com 10
minutos cada, sob a direção de dois juízes, um como
autoridade de árbitro, o outro como fiscal.
A quadra deve ser de 28 x 15 m com uma linha
central que delimita as áreas de ataque e defesa de
cada equipa. Em cada lado há uma tabela de aro com
45 cm de diâmetro, em posição horizontal, à altura de
3,05 m do piso.
A contagem dos pontos é feito através da marcação
de cestas, sendo que valerá dois pontos a menos que
o arremesso tenha sido feito fora da linha-dos-três-
pontos, neste caso valerá 3 pontos. A cesta de lance
livro valerá um ponto.

Exercício 2
2. Fale das características do campo de basquebol?

1. Descreve as fazes que compõe o ataque no


Basquetebol?
3. Como são feitos os Pontos nos jogos de
Basquetebol?
4. Quantos árbitros devem estar presente durante o
jogo de basquetebol?
5. Para que serve os sinais dos árbitros durante o jogo
de basquetebol?
Estudos Práticos I 48

Unidade nº 4
Voleibol
Esta unidade irá debruçar acerca da Modalidade do
Voleibol.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz


de:

 Conhecer o historial do Voleibol;


 Conhecer a relação de interdisciplinaridade do
voleibol;
Objectivos  Conhecer os passos metodológicos para o
ensino/treino da modalidade

Historial

O voleibol foi criado nos Estados Unidos, no dia 9 de


Fevereiro de 1895, pelo director de educação física
da ACM (Associação Cristã de Moços de
Massachusetts) William George Morgan.

Ao inventar o voleibol e suas regras, Morgan tinha


como objectivo principal a criação de um Desporto
sem contacto físico entre os jogadores. Desta forma,
ele pretendia oferecer às pessoas (principalmente aos
mais velhos) um desporto em que as lesões físicas,
provocadas por choques entre pessoas, seriam raras.

Primeiros anos do desporto


Nos primeiros anos, o voleibol ainda não contava
com uma bola específica, sendo praticado com uma
câmara da bola de basquetebol. A rede era
Estudos Práticos I 49

improvisada, a mesma usada nas partidas de ténis.


Neste período, o desporto era conhecido por
Mintonette. Com o passar do tempo, foi ganhando o
nome popular de volleyball, que acabou se tornando
oficial.

Factos Históricos Voleibol


 1900 - Voleibol chega ao Canadá, primeiro
país fora dos Estados Unidos.
 1908 - O Desporto vai para o continente
asiático e começa a ser praticado na China e
no Japão.
 1910 - O Desporto chega ao Peru, primeiro
país da América do Sul a praticar o
Desporto.
 1942 – Morre, aos 72 anos de idade, o
criador do voleibol, William George
Morgan.
 1947 - Fundada na França a FIVB
(Federação Internacional de Voleibol).
 1949 - Realizado o primeiro campeonato
mundial masculino na Tchecoslováquia (foi
vencido pela Rússia).
 1951 – Realizado o primeiro campeonato
sul-americano de voleibol, na cidade do Rio
de Janeiro. O Brasil tornou-se campeão
masculino e feminino.
 1952 – Realizado o primeiro campeonato
mundial feminino.
 1964 – O Desporto passa a fazer parte do
programa oficial das Olimpíadas, realizadas
em Tóquio no Japão.
Estudos Práticos I 50

O voleibol é um Desporto jogado por duas equipas


em uma quadra de jogo divida por uma rede. Há uma
série de versões do jogo disponíveis, cada uma delas
adaptadas a uma circunstância diferente de forma que
o jogo possa se adaptar aos diferentes praticantes. O
seu objectivo é enviar a bola, por cima da rede, de
forma a fazê-la tocar parte do solo que esteja
compreendido dentro da quadra adversária, ao tempo
que sua equipa deve impedir o adversário ao mesmo
intento.
Cada equipa poderá usufruir de até três toques na
bola (além do contacto com o bloqueio) na tentativa
de enviar a bola ao adversário. Cada jogada se inicia
com um saque: um toque inicial realizado por um
jogador, denominado naquele momento sacador,
enviando a bola por cima da rede em direcção à
quadra adversária.
O rally prossegue até que a bola toque o solo em uma
área que esteja compreendida dentro da quadra de
jogo, seja “enviada para fora” ou quaisquer das
equipas execute uma tentativa frustrada de retornar a
bola ao adversário. A equipa que vencer o rally em
jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por Rally –
SPR). Caso a equipa que recepcionou o saque
naquele rally – equipa receptora – seja a vencedora,
esta recebe um ponto e o direito de sacar no rally
seguinte e, consequentemente, cada jogador passa a
posição em quadra seguinte, em sentido horário.
Estudos Práticos I 51

A competição mede forças latentes. Ela revela o


melhor em habilidade, espírito, criatividade e
estética. As regras são estruturadas de forma que
possam permitir todas estas qualidades. Com poucas
excepções, o Voleibol permite todos os jogadores a
actuarem tanto na rede (no ataque) quanto no fundo
de quadra (defendendo ou sacando). William
Morgan, o criador do jogo, ainda poderia reconhecer
o Voleibol, uma vez que o Desporto ainda conserva
alguns elementos através dos anos. Alguns destes, ele
ainda compartilha com outros Desportos com
rede/bola/raquete:
• Saque
• Rotação (rodadas de saque)
• Ataque
• Defesa
O Voleibol é único dentre os Desportos com rede que
ainda insiste que a bola esteja sempre no ar
– Uma bola voadora
– E permite que a equipa realize passes os jogadores
de uma equipa antes de a bola retornar ao adversário.
A introdução de um jogador especialista em defesa
– O Líbero
– Trouxe avanços para o jogo em termos de duração
do rally e situações de jogo. Modificações na regra
do saque mudaram o acto de sacar de um simples de
colocar a bola em jogo para uma arma ofensiva. O
conceito de rotação é arraigado para forçar que os
atletas sejam versáteis.

As regras de posicionamento dos atletas permitem


que as equipas tenham flexibilidade e desenvolvam o
lado táctico de forma bem interessante.
Estudos Práticos I 52

Competidores usam este panorama para medir


técnica, táctica e força. O panorama também permite
que os jogadores tenham liberdade de expressão para
entusiasmar os espectadores e telespectadores. E a
imagem do Voleibol é cada vez mais positiva.

O Árbitro dentro do panorama

A essência de um bom árbitro está no conceito de


justiça e consistência:

• Ser justo com todos os participantes,

• Ser visto como justo pelos espectadores.

Isto requer muita credibilidade

O árbitro precisa ter credibilidade para permitir que


os jogadores possam proporcionar entretenimento:

• Sendo preciso em seu julgamento;

• Entendendo porque a regra é escrita;

• Sendo um organizador eficiente;

• Permitindo que a competitividade possa fluir, e


dirigi-la para uma conclusão;

• Sendo um educador

Usando as regras para penalizar o injusto e reprimir o


descortês;

• Promovendo o jogo

Isto é, permitindo que os elementos espectadores do


jogo possam brilhar e os melhores jogadores possam
fazer o que sabem de melhor: entreter o público.
Finalmente, podemos dizer que um bom árbitro usará
as regras para tornar a competição uma experiência
gratificante para todos os envolvidos. Para aqueles
que leram até aqui, veja as regras que seguem como
o actual estado de desenvolvimento de um grande
jogo, mas mantenha em mente o porque destes
Estudos Práticos I 53

parágrafos introdutórios serem de igual importância


para você no seu papel dentro do Desporto.

Estrutura e equipamentos

Área de jogo

A área de jogo compreende a quadra de jogo e a zona


livre. Deverá ser retangular e simétrica. A superfície
deve ser plana, horizontal e uniforme. Não deve
apresentar nenhum perigo de lesão aos jogadores. É
proibido jogar sobre uma superfície rugosa ou
escorregadia. Para as Competições Mundiais e
Oficiais FIVB, somente superfícies de madeira ou
sintéticas são permitidas. Qualquer superfície deverá
ser previamente aprovada pela FIVB.

Em quadras cobertas, a superfície da área de jogo


deverá possuir cores claras.

Nas quadras em recintos abertos, é permitida uma


inclinação na superfície de jogo de 5 milímetros por
metro para fins de drenagem. Linhas de marcação da
quadra fabricadas em material sólido são proibidas.

Dimensões

O campo de jogo é um retângulo medindo 18 metros


x 9 metros, circundada por uma zona livre de, no
mínimo, 3 metros de largura em todos os lados. O
espaço livre de jogo é o espaço sobre a área de jogo
desprovido de qualquer obstáculo. O espaço livre de
jogo deve medir, no mínimo, 7 metros a partir da
superfície de jogo. Para as competições mundiais e
oficiais da FIVB, a zona livre deve medir, no
mínimo, 5 metros a partir das linhas laterais e 6,5
metros a partir das linhas de fundo. O espaço livre de
jogo deve medir, no mínimo, 12,5 metros de altura a
partir da superfície de jogo.
Estudos Práticos I 54

Linhas de marcação da quadra

Todas as linhas possuem a largura de 5 centímetros.


Devem possuir cor clara, diferente da cor do piso da
quadra e de quaisquer outras linhas.

Linhas de delimitação da quadra de jogo. Duas linhas


laterais e duas linhas de fundo delimitam a quadra.
As linhas de fundo e as laterais estão inseridas na
dimensão da quadra.

Linha central O eixo da linha central divide a quadra


de jogo em duas quadras iguais medindo 9 metros x 9
metros cada uma. Entretanto, a largura da linha
central pertence a ambas as quadras. Esta linha
estende-se sob a rede, de uma linha lateral até a
outra. Linha de ataque Em cada quadra há uma linha
de ataque, cuja extremidade posterior é desenhada a
3 metros de distância a partir do eixo da linha central,
marcando a zona de frente.

Para as Competições Mundiais e oficiais FIVB, a


linha de ataque é estendida além das linhas laterais
pela adição de pequenas linhas pontilhadas de 15
centímetros, com 5 centímetros de largura, traçadas
com um espaçamento de 20 centímetros entre elas,
totalizando um comprimento de 1,75 metro. A “linha
de restrição do técnico” (uma linha pontilhada que se
estende desde a linha de ataque até a linha de fundo
da quadra, paralela à linha lateral e a 1,75 metro da
mesma) é composta de pequenas linhas de 15
centímetros, espaçadas por 20 centímetros, a fim de
marcar o limite da área de operação do técnico.

Zonas e áreas

Zona de frente: Em cada quadra a zona de frente é


limitada pelo eixo da linha central e a extremidade
Estudos Práticos I 55

posterior da linha de ataque e a zona de frente é


considerada como prolongada indefinidamente, além
das linhas laterais, até o fim da zona livre.

Zona de saque: é uma área de 9 metros de largura,


situada após cada linha de fundo. É limitada
lateralmente por duas pequenas linhas, cada uma
medindo 15 centímetros, traçadas a 20 centímetros
após o término de cada linha de fundo, no eixo de
prolongamento imaginário das linhas laterais. Ambas
as linhas estão incluídas na largura da zona de saque.
Na profundidade, a zona de saque estende-se até o
final da zona livre. Zona de substituição A zona de
substituição é delimitada pelo prolongamento
imaginário de ambas as linhas de ataque até a mesa
do apontador.

Zona de troca do Líbero: é a parte da zona livre no


lado do banco das equipas, limitada pela extensão da
linha de ataque até a linha de fundo.

Zona de aquecimento: Nas competições mundiais e


oficiais da FIVB as áreas de aquecimento, medindo
aproximadamente 3 metros x 3 metros, situam-se nos
cantos da área de jogo, ao lado do banco, fora da
zona livre.

Área de penalidade: Esta zona medem


aproximadamente 1 metro x 1 metro e são equipadas
com duas cadeiras cada. Localizam-se dentro da área
de controlo, após o prolongamento de cada linha de
fundo. São delimitadas por uma linha vermelha de 5
centímetros de largura.

Temperatura
A temperatura mínima não será inferior a 10°C (50º
F). Para as Competições Mundiais e Oficiais FIVB, a
temperatura máxima não excederá 25°C (77°F) e a
mínima não será inferior a 16°C (61°F).
Estudos Práticos I 56

Regras do Jogo
Rede e Postes
Da altura da rede a rede é colocada verticalmente
sobre a linha central. Sua parte superior é ajustada a
2,43 metros do solo para os homens e 2,24 metros
para as mulheres. Sua altura é medida a partir centro
da quadra de jogo. A altura da rede sobre as linhas
laterais deve ser exactamente a mesma, não
excedendo a altura regulamentar em mais de 2
centímetros.

Estrutura da Rede
A rede possui 1m de altura por 9,5 a 10 metros de
comprimento (com 25 a 50 centímetros adicionais
além das faixas). Será constituída de malhas
quadradas pretas com 10 centímetros de lado. Para as
Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, em
conjunto com o regulamento específico da
competição, a malha poderá ser modificada de forma
a facilitar a inserção de propagandas conforme
acordos publicitários. Na parte superior haverá uma
faixa horizontal de 7 centímetros de largura, que
consiste em uma lona branca dobrada ao meio,
costurada ao longo de toda a extensão da rede. Em
cada extremidade final da faixa há uma abertura
através da qual passará uma corda a fim de amarrá-la
aos postes no intuito de manter a parte superior
tencionada. Dentro desta faixa um cabo flexível
estica a rede nos postes e mantém sua parte superior
tencionada. Na parte inferior da rede há outra faixa
horizontal com 5cm, similar à faixa superior. Por
dentro desta faixa passará uma corda, que amarra a
rede aos postes e mantém a parte inferior tencionada.
Estudos Práticos I 57

Faixas laterais
Duas faixas brancas são tencionadas verticalmente à
rede e colocadas no prolongamento acima de cada
linha lateral. Cada uma possui 5 centímetros de
largura e 1 metro de altura e são consideradas parte
integrante da rede.

Antenas
As antenas são varas flexíveis com 1,8 metro de
comprimento e 10 milímetros de diâmetro, fabricadas
em fibra de vidro ou material similar. Cada antena é
amarrada de forma a tangenciar a parte externa de
cada faixa lateral. As antenas são colocadas em lados
opostos da rede.
A parte superior de cada antena estende-se além do
bordo superior da rede por 80cm e é marcada com
listras de 10cm de largura, em cores contrastantes,
com preferência para vermelho e branco. As antenas
são consideradas parte integrante da rede e delimitam
os limites laterais do espaço de cruzamento.
Regras do Jogo – Voleibol.

Postes
Os postes que sustentam a rede são colocados a uma
distância de 0,5 metro a 1 metro de cada linha lateral.
Possuem 2,55 metros de altura e devem ser,
preferivelmente, ajustáveis. Para todas as
Competições Mundiais e Oficiais FIVB, os postes
que sustentam a rede são localizados a uma distância
de 1 metro das linhas laterais. Os postes são redondos
e polidos, fixados ao solo sem cabos. Não haverá
qualquer dispositivo que apresente perigo ou
obstáculo.
Estudos Práticos I 58

Equipamentos adicionais
Todo equipamento adicional é determinado por
regulamentos emitidos pela FIVB.

Bolas
Características da Bola
A bola será esférica, dotada de uma capa flexível de
couro ou couro sintético, além de uma câmara
interior feita de borracha ou material similar. Sua cor
pode ser clara, desde que uniforme, ou uma
combinação de cores Bolas utilizadas em
competições internacionais oficiais, fabricadas em
couro sintético ou dotadas de combinação de cores,
devem atender os padrões ditados pela FIVB. Sua
circunferência será de 65 centímetros a 67
centímetros e seu peso de 260 gramas a 280 gramas.
Sua pressão interna medirá entre 0,30 a 0,325 kg/cm

Rede
Altura da rede
A rede é colocada verticalmente sobre a linha central.
Sua parte superior é ajustada a 2,43 metros do solo
para os homens e 2,24 metros para as mulheres. Sua
altura é medida a partir centro da quadra de jogo. A
altura da rede sobre as linhas laterais deve ser
exatamente a mesma, não excedendo a altura
regulamentar em mais de 2 centímetros.

Estrutura da Rede
A rede possui 1m de altura por 9,5 a 10 metros de
comprimento (com 25 a 50 centímetros adicionais
além das faixas). Será constituída de malhas
quadradas pretas com 10 centímetros de lado. Para as
Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, em
conjunto com o regulamento específico da
competição, a malha poderá ser modificada de forma
Estudos Práticos I 59

a facilitar a inserção de propagandas conforme


acordos publicitários. Na parte superior haverá uma
faixa horizontal de 7 centímetros de largura, que
consiste em uma lona branca dobrada ao meio,
costurada ao longo de toda a extensão da rede. Em
cada extremidade final da faixa há uma abertura
através da qual passará uma corda a fim de amarrá-la
aos postes no intuito de manter a parte superior
tencionada. Dentro desta faixa um cabo flexível
estica a rede nos postes e mantém sua parte superior
tencionada. Na parte inferior da rede há outra faixa
horizontal com 5cm, similar à faixa superior. Por
dentro desta faixa passará uma corda, que amarra a
rede aos postes e mantém a parte inferior tencionada.

Posições
No momento em que a bola é golpeada pelo sacador,
cada jogador, excepto o sacador, deverá estar
posicionado dentro de sua quadra, conforme a ordem
de rotação. As posições dos jogadores em quadra são
numeradas da seguinte forma:
Três jogadores ao longo da extensão da rede formam
a linha de frente e ocupam as posições 4 (frente-
esquerda), 3 (frente central) e 2 (frente-direita).
Os três restantes formam a linha de trás, ocupando as
posições 5 (traseira esquerda), 6 (traseira central) e 1
(traseira direita). Posição relativa entre jogadores:
cada jogador da linha de trás deve estar posicionado
mais afastado da linha central do que seu jogador
correspondente da linha de frente. Os jogadores da
linha de frente e os da linha de trás, respetivamente,
devem Regras do Jogo – Voleibol – 2015/2016 24
estar posicionados lateralmente conforme a ordem
indicada na Regra As posições dos jogadores são
determinadas e controladas conforme a posição do
contacto de seus pés com o solo da seguinte forma:
Estudos Práticos I 60

Cada jogador da linha de frente deve ter ao menos


parte de seu pé mais próximo à linha central que os
pés do jogador correspondente da linha de trás; Cada
jogador à direita ou esquerda das linhas de frente e de
trás deve ter ao menos parte de seu pé mais próximo
da linha lateral direita ou esquerda que os pés do
jogador central naquela linha. Após o golpe do saque,
os jogadores poderão se mover livremente dentro de
sua quadra assim como na zona livre.

Faltas de posição
Uma equipa comete uma falta de posição se um
jogador não ocupa sua posição correta no momento
em que a bola é golpeada pelo sacador. Também se
caracteriza como falta de posição a situação em que
um jogador adentra a quadra através de uma
substituição ilegal. Se o sacador comete uma falta no
momento do golpe do saque, esta se sobrepõe à falta
de posição. Se o saque tornar-se faltoso após o golpe
do sacador, a falta de posição se sobrepõe àquela.
Uma falta de posição acarreta as seguintes
consequências: A equipa faltosa é sancionada com
um ponto e a equipa adversária terá o direito ao
próximo saque; O posicionamento dos jogadores da
equipa faltosa deverá ser rectificado.

Rotação
A ordem de rotação é determinada pela formação
inicial da equipa e controlada através da ordem de
saque e posição dos jogadores durante todos os sete.
Quando a equipa receptora ganha o direito de sacar,
os jogadores avançam uma posição no sentido dos
ponteiros do relógio: jogador na posição 2 avança
para a posição 1 para sacar, jogador da 1 retorna para
a posição 6, assim por diante.
Estudos Práticos I 61

Faltas na rotação
Uma falta na rotação é cometida quando o saque não
é efetuado conforme a ordem de rotação, acarretando
as seguintes consequências, na seguinte ordem:
A equipa sacadora é sancionada com um ponto. O
próximo saque será executado pela equipa
adversária; A ordem de rotação dos jogadores será
retificada. Além das medidas supracitadas, o(a)
apontador(a) deve determinar o momento exacto da
ocorrência da falta, a fim de cancelar todos os pontos
marcados ou recebidos pela equipa faltosa desde
então. Os pontos dos adversários são mantidos. Caso
o momento da ocorrência da falta não possa ser
determinado, não há cancelamento de pontos,
restando somente as sanções de ponto e direito ao
próximo saque ao adversário.

Acções de jogo

Bola em Jogo: A bola se torna “em jogo” a partir do


momento em que o sacador golpeia a bola, após a
autorização de saque dada pelo 1º árbitro.
Bola Fora De Jogo: A bola se torna “fora de jogo”
no momento em que há a ocorrência ou cometimento
de uma falta e, na ausência de uma falta, ao soar do
apito.
Bola Dentro: Considera-se bola “dentro” quando,
em qualquer momento do contacto, esta toca o solo
da quadra de jogo, incluindo as linhas de delimitação
da mesma.
Bola Fora: Considera-se a bola “fora” quando: parte
da bola que entra em contacto com o solo está
completamente fora das linhas de delimitação da
quadra;
Toca um objecto localizado fora da quadra de jogo, o
teto ou uma pessoa que não esteja em jogo; toca a
Estudos Práticos I 62

antena, as cordas de sustentação da rede, os postes ou


a parte da rede localizada além das faixas laterais;
cruza o plano vertical da rede por fora do espaço de
cruzamento, de forma total ou parcial, exceptuando-
se no caso da regra cruza, completamente, o espaço
inferior abaixo da rede.
Jogando a bola Cada equipa deve atuar dentro dos
limites de sua própria área e espaço de jogo
(exceptuando-se o caso da regra 10.1.2). A bola
pode, contudo, ser recuperada mesmo além da zona
livre.
Toques da equipa Um toque é qualquer contacto
com a bola realizado por um jogador em jogo. Uma
equipa terá direito a, no máximo, três toques (além
do bloqueio) para enviar a bola ao adversário. Se
mais de três são utilizados, a equipa comete a falta
“quatro toques”. Contacto consecutivo (Dois toques)
Um jogador não poderá tocar as bolas de forma
consecutiva. (Exceptuando-se nos casos das regras
9.2.3, 14.2 e 14.4.2 ) Regras do Jogo – Voleibol –
2015/2016 Contactos simultâneos Dois ou três
jogadores poderão tocar a bola simultaneamente.
Quando dois (ou três) jogadores da mesma equipa
tocam a bola simultaneamente, serão contados dois
(ou três) toques (excepto no bloqueio). Se eles
tentam atingir a bola, mas somente um a toca, um
toque é contado. Uma colisão entre jogadores não
caracteriza falta. Quando dois jogadores adversários
tocam a bola, simultaneamente, sobre a rede e a bola
contínua em jogo, a equipa receptora tem o direito a
outros três toques. Se a bola vai "fora", é falta da
equipa do lado oposto à direcção da bola. Se
ocorrerem contactos simultâneos sobre o bordo
superior da rede, entre dois jogadores adversários, a
jogada continuará. Toque apoiado Dentro da área de
jogo não é permitido a um jogador apoiar-se em um
Estudos Práticos I 63

membro de sua equipa ou qualquer estrutura/objecto


para golpear a bola. 1 Entretanto, o jogador que está
prestes a cometer uma falta (tocar a rede ou cruzar a
linha central, etc.) pode ser parado ou retido por um
membro de sua equipa.

Conduta desportiva

Os participantes devem conhecer e cumprir as Regras


Oficiais de Voleibol. Os participantes devem aceitar
as decisões dos árbitros com espírito esportivo, sem
contestá-las. Em caso de dúvida, somente o capitão
em jogo poderá solicitar esclarecimentos. Os
participantes devem evitar acções ou atitudes que
visam influenciar as decisões dos árbitros ou ainda
encobrir faltas cometidas por sua equipa.

Jogos honestos (“fair-play”) Os participantes


devem se comportar de forma respeitosa e cortês,
com espírito esportivo ("FAIR PLAY") não somente
para com os árbitros, mas também com outras
autoridades, adversários, companheiros de equipa e
espectadores É permitida a comunicação entre os
membros da equipa durante o jogo

Pedagógica é um procedimento metodológico pelo


qual um determinado movimento é ensinado em
partes e estas vão sendo associadas entre si
progressivamente. Ensina-se um fragmento de
habilidade motora, que uma vez aprendido, a ele será
conectado um outro elemento, depois outro, até que
se tenha a execução completa. Stallings apud
Bojikian (2005) afirma que: a cada estágio sucessivo
da habilidade motora, a nova habilidade é construída
sobre aprendizagens anteriores.
Estudos Práticos I 64

O processo de transferência de aprendizagem, aonde


a influência da experiência anterior no desempenho
de uma nova habilidade num novo contexto ou na
aprendizagem de uma nova habilidade. Esta
transferência pode ser positiva, quando melhora a
qualidade de desempenho de uma habilidade devido
a experiência anterior, ou negativa, quando a
experiência prévia foi negativa de modo que a pessoa
apresenta um desempenho pior do que teria sem a
experiência prévia.

Jogos Pré-desportivos e a iniciação do Voleibol

Os jogos pré-desportivos são muito importantes na


iniciação do voleibol, principalmente na fase I da
iniciação, aonde o principal objectivo é desenvolver
além das capacidades físicas e coordenativas, o gosto
pela prática do desporto em questão. Segundo Müller
(2009) o gosto pelo jogo é fundamental para a
manutenção do atleta no desporto, sendo a maior
motivação para o aprimoramento das exigências
técnicas, tácticas, e físicas.

Existem diversos jogos pré-desportivos, como por


exemplo: mini-volei, peteca, câmbio, jogo dos quatro
cantos. Iremos tratar mais a fundo do mini-volei.

Segundo Gotsch apud Konnor Quadros & Gordia


(2007) o mini-volei é um método simples e adaptado
às necessidades das crianças de 8 à 14 anos, para o
aprendizado do voleibol, jogando em duas equipas
compostas de menos de 6 jogadores em cada equipa,
resultante de reflexões didácticas onde as acções
complexas se reduzem a situações de jogos
simplificados, correspondente ao estado de
desenvolvimento dos jogadores.
Estudos Práticos I 65

Ainda segundo Konnor Quadros & Gordia (2007)


apesar das vantagens do mini-volei para o
desenvolvimento das crianças de 8 a 14 anos são
poucas as escolas que utilizam esta prática
desportiva, fato este que acare ta tanto em prejuízos
ao desenvolvimento dos alunos/atletas.

Fases do mini-volei: Fase 1x1


Nesta fase a criança se familiariza com a bola, o
campo, a rede, ensinando as posturas básicas e
movimentação na quadra; segurando, arremessando,
lançando e rolando diferentes tipos de bola (plástico,
borracha, vólei, futebol, etc.) praticando diferentes
tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades
físicas como velocidade, agilidade, força e reacção
(Santos, 1999).

Fase 2x2
São ensinados os princípios de formação inicial,
movimentos de acordo com as situações de jogo,
cooperação com o colega, observação do oponente e
posicionamento da quadra, bem como contínuo
desenvolvimento de preparação física básica, através
de movimentos rápidos em direcção a bola saltos e
deslocamentos de diferentes formas (Santos, 1999).

Fase 3x3
Nesta fase tem como objectivo a aquisição de gestos
técnicos básicos: toque, manchete, saque por baixo,
ataque em toque, bem como estimular situações que
são exigidas no voleibol.

Fase 4x4
Introdução do bloqueio e da defesa, melhora dos
fundamentos e habilidades técnicas e tácticas,
aperfeiçoamento em todos os fundamentos, novas
Estudos Práticos I 66

variações. Na preparação física, continuação da


preparação física geral e o aperfeiçoamento de todas
as habilidades relativas aos fundamentos. (Santos,
1999).
No mini-volei todos os jogadores atacam, defendem,
levantam, evitando assim uma especialização
precoce, algo que deve ser evitado ao máximo tendo
em vista que a mesma acarreta em estabilização do
desenvolvimento motor.
Estudos Práticos I 67

Sumário
O Voleibol dentro do campo é composta por 6
jogadores e o voleibol de preia possui 2 jogadores, a
altura da rede também é diferente para os géneros.
Para o masculino é de 2.45m e Feminino 2.24m as
medidas da quadra são 9m de largura por 18 de
comprimento. Os principais fundamentos do voleibol
destacam-se Saque, Toque, Manchete, Corte e
bloqueio, também podemos determina-los como os
movimentos para trabalhar o ataque e defesa durante
o jogo.

Exercício 4
1. Faça uma reflexão do desenvolvimento do
Voleibol desde os tempos passado até hoje?

2. Quais são os passos metodológico para o


ensino do voleibol?

Unidade nº 5
Futebol
O Futebol ocupa um lugar importante no contexto
desportivo contemporâneo, e em Moçambique pode
ser pensado a partir de diversas a nuances, sejam elas
históricas, políticas ou culturais, entre as diversas
possibilidades de compreensão desse fenómeno. Na
sua expressão multitudinária, não é apenas um
espetáculo desportivo, mas também um meio de
Educação Física e um campo de aplicação da ciência.
Estudos Práticos I 68

No decurso da sua existência, esta modalidade tem


sido ensinada, treinada à luz de diferentes
perspectivas, as quais deixam perceber concepções
diversas a propósito do conteúdo do jogo e das
características que o ensino e o treino assumem na
procura da eficácia (Garganta, 1996).

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz


de:

 Conhecer o Desporto;
 Saber deferência Futebol e outras
Modalidade Desportiva;
Objectivos
 Analisar o futebol no seio da sociedade;

A aprendizagem consiste na alteração de um


comportamento. No contexto das modalidades
desportivas colectivas, isso implica tanto em
mudanças nos aspectos motores quanto em aspectos
cognitivos do desempenho. Nessas modalidades
desportivas, o processo de aprendizagem (Ensino-
treinamento) se torna um pouco mais complexo em
razão da interacção da resposta motora com a tomada
de decisão (cognitiva).

Além disso, o desempenho desportivo, nessas


modalidades, é executado em um ambiente aberto
sob várias condições de oposição e cooperação, que
aumentam bastante a imprevisibilidade do gesto
desportivo. Esta característica do jogo tem de ser
considerada no processo de ensino-aprendizagem e
no desenvolvimento dos métodos de treinamento.

A aprendizagem do futebol é um tema que tem


gerado muita polémica entre estudiosos e treinadores,
Estudos Práticos I 69

principalmente devido à existência de diversos


métodos.

Algumas indagações que envolvem esses métodos


são: qual será o método que propicia melhor
aprendizagem da técnica?

A inteligência e a criatividade dos jogadores são


aprimoradas da mesma forma por todos os métodos?
Qual método provoca maior rapidez na aprendizagem
de jogar o jogo?

Pensando nestas indagações, buscaremos algumas


resposta neste no que diz respeito a futebol, por
revisão de literatura, os métodos utilizados no
treinamento técnico e táctico do futebol dividindo-os
em três grandes classes:

 Analítico

 Global

 Integrado

Além de caracterizá-los, vamos também apontar suas


vantagens e desvantagens. Dentro da literatura e da
prática surgem diversos tipos de ensino ou
treinamento, com diferentes nomenclaturas,
escolhemos dividir em três grandes classes para
tentar facilitar a comparação entre os tipos de
metodologia.

Método Analítico

O método analítico vem sendo muito utilizado desde


a década de 60. A também chamada “série de
exercícios” e “das partes” é caracterizada pela
aprendizagem do jogo através das técnicas básicas e
formas analíticas executadas sem a presença de
adversário ou oposição, ou seja, as técnicas são
Estudos Práticos I 70

fragmentadas e o processo de ensino-aprendizado se


desenvolve em sequência, do simples para o
complexo, buscando alcançar a técnica ideal.

Vale destacar que a técnica ideal é aquela que possui


um modelo, padrão aceitável, onde o técnico não
pode negligenciar o princípio da individualidade, o
estilo, no qual a execução de uma técnica sofre
influência do padrão individual de realização do
gesto.

Dentre escolinhas, categorias de base e o futebol


profissional, o método analítico foi o método mais
utilizado nos primórdios do treinamento técnico. Nos
dias de hoje ele é também muito difundido, como
exemplo, método global encontraram esse método
como o mais utilizado nas aulas de futsal.

O modelo analítico mostra-se eficiente em


movimentos com alto nível de complexidade técnica
(dificuldade) e baixo nível de organização (sequência
das acções). Pois a repetição sistemática dos
movimentos sem oposição faz o aprendiz focar toda a
sua atenção para o aprimoramento do gesto técnico.

Reportam-se que para melhor os gestos técnicos do


futebol é possível com aplicação do método durante
o trabalho.

Em contrapartida a falta de oposição na execução dos


exercícios não estimula o desenvolvimento da
capacidade cognitiva do jogador (tomada de decisão)
e o nível de compreensão das relações/interacções
envolvidas num jogo.

Apesar disto, encontraram efeitos semelhantes no


desenvolvimento dos aspectos cognitivos dos
jogadores de futsal do método predominantemente
analítico em comparação a outros métodos
Estudos Práticos I 71

(lembrando que o método predominantemente


analítico também tinha grande carga de jogo).

Método Global

O método global ou “do todo” consiste na utilização


de toda complexidade e dinâmica do conteúdo a ser
aprendido. Sua aplicação se dá através do jogo
propriamente dito. O ponto de partida é a equipa, que
aprende a jogar através do deixar jogar.

A estrutura de ensino proposta pelo modelo global ao


invés de enfatizar a aprendizagem de determinados
fundamentos investe no desenvolvimento do jogo
como um todo através da capacidade de descoberta
pela prática.

O aprendiz aprende directamente a partir da própria


experiência, com o auxílio indirecto do professor,
mantendo, a rigor, o processo de aprendizagem por
tentativa e erro.

Tarefas com baixo nível de complexidade e alto nível


de organização, o ensino-aprendizagem realizado
pela prática do todo demonstram ser eficiente.

A utilização desse método, assim como os demais,


demonstrou melhora na capacidade cognitiva do
atleta, ou seja, no conhecimento táctico. Já sugere
que o método global não proporciona melhoras.

No futebol, tradicionalmente, se utiliza a combinação


dos métodos analítico e global, com a utilização de
exercícios analíticos no começo da sessão de
treinamento e jogo colectivo (método global) no
final.

Esta combinação ainda é muito utilizada nos dias de


hoje. Nessa visão, o método analítico e o método
global são vistos como complementares. Isto é, o
Estudos Práticos I 72

treinamento do jogo formal complementaria o


trabalho feito analiticamente sobre o gesto técnico.
Porém, sem uma integração dos tipos de exercício.

Método Integrado

O método integrado de treinamento no futebol tem


como base uma concepção de método de ensino de
jogos desportivos, o Teaching Games for
Understanding. A capacidade cognitiva é o principal
objetivo deste método

Este método possibilitar que o atleta reconheça


comportamentos táticos individuais, em grupo e
colectivo de ataque e defesa, com a situação de jogo,
distinga situações táticas corretas das inadequadas e
crie uma solução da tarefa com o grupo, através da
tomada de decisão (TIEGEL; GRECO, 1998).

Este método pode ser compreendido como aquele


capaz de aproximar o treinamento a realidade do jogo
por meio de jogos educativos. Pois os exercícios são
organizados com propósitos didácticos e executados
com objectivos previamente definidos e nele
centralizado as aprendizagens pretendidas.

Ele também é chamado de estruturalista, pois a


principal característica reside em criar modificações
na estrutura do jogo, onde se reduz sua complexidade
(número de jogadores, regras, tamanho do campo),
porém sem alterar os componentes essenciais do
jogo.

O método situacional, onde certas situações de jogo


são treinadas com um dado enfoque, também pode
ser compreendido como parte do método integrado,
pois o mesmo tem como objectivo desenvolver as
capacidades cognitivas de percepção, antecipação e
tomada de decisão.
Estudos Práticos I 73

No método integrado o treinador deve ter atenção


quanto à escolha de jogos adequados ao nível de
aprendizado dos praticantes. Alunos com baixa
capacidade técnica podem apresentar grande
dificuldade na participação de alguns jogos
reduzidos, portanto, cabe ao treinador seleccionar
jogos de maneira consciente.

Respeitando a individualidade do aluno, o método


integrado pode ser aplicado em uma sequência de
fases, com uma sequência crescente de
complexidade.

Método Analítico x Global x Integrado

Muitos estudos estão sendo conduzidos com o intuito


de verificar se existem vantagens da aplicação de um
método em relação ao outro. Ainda não foi
comprovada a eficiência de um método sobre o
outro. Na sequência será mostrado um resumo de
alguns estudos que tentaram realizar uma
comparação entre os métodos.

Avaliaram os métodos (analíticos, global, integrado e


situacional) em adolescentes com média de 12,6
anos, durante 12 semanas, para verificar a capacidade
cognitiva dos jogadores.

Os adolescentes foram divididos em quatro grupos e


receberam o enfoque de treinamento de acordo com o
método designado. Não foram encontradas diferenças
após o período de treinamento em cada grupo e entre
os grupos, sugerindo um efeito de treinamento
semelhante entre os métodos empregados.

Encontraram em adolescentes entre 12-13 anos, que


o método analítico apresentou melhoras em relação à
inteligência de jogo, mas não em relação à
criatividade táctica. Já os grupos que utilizaram os
Estudos Práticos I 74

métodos mistos e situacional apresentaram melhoras


significativas tanto para o desenvolvimento da
criatividade táctica como da inteligência de jogo.

Em um estudo descritivo, verificou, em oito semanas,


diferenças entre os métodos analítico e situacional.
Os resultados mostraram que o método analítico foi
melhor do que o método situacional para aprimorar a
precisão na execução do passe, durante uma
actividade fechada; a maior precisão no passe, em
uma actividade fechada, não contribuiu para o
mesmo êxito em uma situação real de jogo, apesar do
grupo analítico também apresentar melhora na
situação real de jogo.

O método situacional foi melhor para aprimorar a


capacidade de tomada de decisão e execução em
situação real de jogo, do atacante em posse de bola. E
extremamente melhor no que diz respeito ao jogador
atacante sem a posse de bola; durante uma situação
real de jogo foi possível melhorar a precisão do
passe, isto demonstrado em uma actividade fechada.

Futebol entendido como processo de ensino


aprendizagem para todos, como meio de ensino e não
com o fim de descobrir promessas; - Competição e
disputa vistas como conteúdos de uma acção
pedagógica, ou seja, a Diferenças entre Recreação,
Lazer, Jogo e Brincadeira competição deve ser
ensinada, tendo como consequência um alunado que
antes de ganhar ou perder, pratica o “fair-play”; - A
não cobrança de resultados e a não preocupação com
a formação de equipas, como factor relevante para
uma escolinha de futebol; - Gerar uma organização
Estudos Práticos I 75

para que o aluno pegue mais vezes na bola, ou seja


tenha muito contacto com a bola durante a aula,
portanto, evitando-se grandes filas; - Possibilitar
oportunidades para que eles saibam se auto-
organizarem, se preciso for até que eles aprendam a
votar, para tomadas de decisões democráticas; -
Estimular a construção de regras, para que os alunos
sejam regidos por suas próprias regras..

Divisão das turmas através de uma adequação etária;


Divisão das turmas para possibilitar um
desenvolvimento harmónico e global das crianças,
atentando-se sempre aos seus aspectos cognitivos,
afectivos (sociais), sensitivos e motores; - As
crianças brincam em um nível, depois através de
variações mais complexas da brincadeira estimula-se
o aumento da complexidade dos movimentos destas.

Resgatar a cultura infantil, adaptando brincadeiras


infantis, adequando-as à aprendizagem do futebol.
Para isto foi elaborado uma pesquisa com as
crianças, assim, através das suas próprias
brincadeiras elas aprenderão o futebol; - Liberdade
no transcorrer do processo de ensino-aprendizagem
do futebol, mas esta acaba no momento que começa a
adentrar-se na liberdade dos outros alunos e traz
prejuízos à aula;
A exploração do tema é o momento onde o aluno tem
a oportunidade de descoberta, de criação em cima da
Estudos Práticos I 76

temática da aula, ou seja, através de uma actividade


lúdica, uma brincadeira adaptada, a criança usa de
seu repertório motor para aprender, desenvolver,
criar, descobrir um novo movimento que será
utilizado na prática do futebol.

Sumário
O futebol e uma modalidade desportiva colectiva
omo outas modalidades que ajuda a promoção da
saúde e da condição física, aquisição de hábitos e
condutas motoras e o entendimento do desporto
como um factor cultural (humano), estimulando
sentimentos de solidariedade, cooperação, autonomia
e criatividade, devendo ser fomentada a sua gestão
pelos praticantes.

Exercício 5
1. Fale um pouco do historial do futebol?

2. Quais são as medidas oficiais do campo de


futebol?

3. Oque temos de fazer para que o desporto


tenha outra visão em Moçambique?

Unidade nº 6
História do Futsal
As obras de Voser e Giusti (2002) e Tolussi (1982)
foram utilizadas como base para a descrição do
historial do futsal, pois são poucas referências sobre
esse assunto. De acordo com Voser e Giusti, o futsal
teve origem na década de 1990, a partir de mudanças
ocorridas no Futebol de Salão. Assim para estudar
Estudos Práticos I 77

sua origem é preciso primeiramente estudar a origem


do Futebol de Salão. Ainda de acordo com os
autores, o Futebol de Salão tem duas versões sobre o
seu surgimento, a mais aceita e considerada mais
provável é que o Futebol de Salão foi inventado na
década de 1930 na Associação Cristã de Moços
(ACM) de Montevidéu, Uruguai. As inúmeras
conquistas de títulos de futebol pelo Uruguai na
época estimularam a prática desse desporto. Era
difícil encontrar campos de futebol livres, assim,
inicialmente os jogos eram praticados em salões e
campos de basquetebol e de hóquei. Como o espaço
era menor quando comparado ao campo,
modificações em relação ao seu modo de jogar foram
necessárias. Dessa maneira, inicialmente, jogava-se
com cinco, seis ou sete pessoas em cada equipa, mas
logo foi definido o número de cinco jogadores para
cada equipa.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz


de:

 Descrever o historial da modalidade;


 Conhecer as grandes vantagens desta modalidade
Desportiva.
Objectivos

No historial do futsal segundo a literatura, sofreu


várias alterações para melhorar o andamento do jogo,
assim esse tópico tem a intenção de mostrar algumas
características do jogo. Basicamente o jogo de futsal
caracteriza-se por apresentar duas equipas de cinco
participantes em cada, sendo que desses cinco, quatro
pessoas jogam no campo e uma na baliza.
Estudos Práticos I 78

Um dos aspectos que afectou a criação do antigo


futebol de salão foi à falta de espaços e campos de
futebol para atender às suas práticas. Para Voser,
tendo em vista a falta de estrutura e de espaços, uma
das soluções encontrada foi de adequar o futebol em
locais menores, como em campos de práticas de
basquetebol e para isso foram necessárias algumas
alterações. Voser (2004) destaca que as primeiras
regras do futsal foram adaptadas com fundamentos
do futebol, basquetebol, Andebol e Pólo-aquático, e a
partir destas regras os responsáveis distribuíram para
todos representantes dos países da América do Sul.

Composição da equipa
Guarda-redes: Dentro da área de golo, ele é o único
jogador que pode pegar a bola com as mãos, fora da
área de golo, ele possui características iguais aos
jogadores de linha, podendo actuar com os pés fora
da área livremente.
Fixos: é o último marcador antes do Guarda-redes.
Normalmente, é o responsável por organizar e
coordenar as jogadas, porque se situa na maior parte
do tempo na zona defensiva, tento uma ampla visão
do campo.
Alas: Uma equipa é formado por duas alas, sendo
que cada um deles situa em uma das laterais da
quadra e se deslocam constantemente por toda
quadra.
Pivôs: Na zona defensiva ele é o primeiro jogador já
que se posiciona perto da linha do meio da quadra, já
na zona ofensiva, ele se situa próximo ao Guarda-
redes adversário. Sua principal função é de finalizar
no golo ou distribuir as jogadas ofensivas quando
solicitado. É importante ressaltar que a definição e a
especialização das posições não são indicadas para a
Estudos Práticos I 79

iniciação desportiva, sendo de grande valor que os


alunos passem por todos os posicionamentos.

Conforme Apolo (2004), o planeamento pedagógico


em Educação Física Escolar, construído e voltado
para a modalidade do futsal, deve seguir três fases: a
preparação, desenvolvimento e o aperfeiçoamento.
Na preparação, sistematiza e desenvolve actividades
formulando os objectivos solicitados. No
desenvolvimento deverá existir a relação entre
professor e aluno. Já na fase do aperfeiçoamento o
professor visualiza se alcançou seus objectivos e
através dos processos de avaliações, poderá detectar
a necessidade de aprimoramento em seus planos.
Apolo (2004), como se percebe adopta uma
concepção tradicional de planeamento, reduzindo-o a
problemas de ordem administrativa e organizacional.
Voser & Giusti (2002, p. 179) definem que o
“planeamento é a previsão das actividades a serem
desenvolvidas em um determinado contexto”.
Segundo eles, “no planeamento, além da sondagem
diagnóstica inicial, ainda estão incluídos os
objectivos, os conteúdos, os métodos os recursos e a
avaliação”. Para estes autores o planeamento é
constituído pelo Plano Geral (este equivale ao
planeamento anual), pelo Plano de Unidade (que
corresponde ao planeamento mensal, bimestral,
trimestral ou semestral), e, o Plano de Aula (que
equivale ao planeamento diário).
No processo de planejamento o professor deve
respeitar e proporcionar a todos os alunos uma
aprendizagem significativa, valorizando as
potencialidades individuais e colectivas.
Estudos Práticos I 80

Para Mutti (2003), “método é o caminho pelo qual se


chega a um fim, é o modo de proceder, é um
processo ou técnica de ensino. E metodologia seria o
estudo dos métodos e de um conjunto de meios
dispostos para dirigir a aprendizagem”. Mutti (2003)
apresenta três métodos básicos de ensino de Futsal:
parcial, global, misto. Segundo Mutti (2003), os
métodos são específicos, e a aprendizagem é feita
separando os fundamentos do futsal, trabalhando a
técnica de passes, domínio, condução. Mutti
compreende a metodologia de forma restrita ao
ensino da modalidade, não a relacionando o
problema do envolvimento dos alunos na
participação em aula e na construção do
conhecimento.

Sumário
A origem do futsal esta associado à falta de espaços e
campos de futebol para atender às suas práticas. Para
Voser, tendo em vista a falta de estrutura e de
espaços, uma das soluções encontrada foi de adequar
o futebol em locais menores, como em campos de
práticas de basquetebol e para isso foram necessárias
algumas alterações.

Exercício 6
1. Descrever o desenvolvimento desta
modalidade?
2. Faz um quadro de desenvolvimento histórico
desta modalidade?
3. Fale de tipo de ensinamento desta
modalidade?
Estudos Práticos I 81

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