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Manual do Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto

Voleibol
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino à Distância
Voleibol i

Direitos de autor
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros) sem permissão expressa da entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique-Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.

Docente: Mestre. Bridgette Simone Bruce

Docente da Univesidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino à Distância
82-5018440
23-311718
82-4382930
Moçambique

Fax:
E-mail: eddistsofala@teledata.mz
Website: www. ucm.mz
Voleibol ii

Agradecimentos
Agradeço a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:

Pelo meu envolvimento nas equipas do CED


Universidade Católica de Moçambique
como Colaborador, na área de Educação
Centro de Ensino à Distância..
Física e Desporto.
À Coordenação do Curso de Educação Física Pela contribuição e enriquecimentos ao
e Desporto. conteúdo
Ao coordenador: Mestre Bridgette Simone Pela facilitação, orientação e prontidão
Bruce durante a concepção do presente manual.
Voleibol iii

Visão geral 5
Bem vindo À Modalidade de Voleibol ............................................................................. 5
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 5
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 6
Ícones de actividade .......................................................................................................... 6
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 7
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 7
Avaliação .......................................................................................................................... 8

Unidade nº 1 9
História do Voleibol.......................................................................................................... 9
Sumário ........................................................................................................................... 14
Exercícios 1..................................................................................................................... 14

Unidade nº 2 15
Programação das competicação ...................................................................................... 15
Sumário ........................................................................................................................... 24
Exercício 2 ...................................................................................................................... 24

Unidade nº 3 25
Caracterização da modalidade ........................................................................................ 25
Sumário ........................................................................................................................... 30
Exercício 3 ...................................................................................................................... 30

Unidade nº 4 31
Gestos Técnicos .............................................................................................................. 31
Sumário ........................................................................................................................... 43
Exercício 4 ...................................................................................................................... 44

Unidade nº 5 45
Sistemas de Recepcção ................................................................................................... 45
Sumário ........................................................................................................................... 47
Exercício 5 ...................................................................................................................... 47

Unidade nº 6 48
Organização Cíclica do Jogo .......................................................................................... 48
Sumário ........................................................................................................................... 51
Exercício 6 ...................................................................................................................... 51

Unidade nº 7 52
Gestos técnicos ............................................................................................................... 52
Sumário ........................................................................................................................... 62
Voleibol iv

Exercício 7 ...................................................................................................................... 62

Unidade nº 8 63
Organização de competições e eventos para federações nacional nível I e II .............. 63
Sumário ........................................................................................................................... 77
Exercício 8 ...................................................................................................................... 77

Unidade nº 9 78
Como elaborar o sistema de competição ........................................................................ 78
Sumário ........................................................................................................................... 94
Exercício ......................................................................................................................... 94
Voleibol 5

Visão geral
A Cadeira de voleibol foi introduzida para os Formandos, que, na sua maioria, são já
Professores e trienadores desportivos . Começa nestas Presenciais, para, segundo o seu
propósito, desenvolver uma forma inovadora de estar e ser, conhecer e aplicar a mesma.
Nesta cadeira vamos falar de uma forma geral volieibol, a historia de voleibol, a metologia
do ensino, Programação das competicação mais importante do calendario international do
voleibol e as técnicas do jogo

Bem vindo À Modalidade de


Voleibol
Pretendemos que este módulo seja um contributo para que os
aprendentes adquiram um conhecimento aprofundado do voleibol.

Quando terminares o estudo da modalidade de voleibo – 2º e 3 º Ano


e, o formando será capaz de:

• Ter conhecimento de (regulamentos, elaboração de


calendário, reuniões preliminares, reunião técnica e
condução do jogo) para a organização de uma competição
de Voleibol nacional (FMV) e internacional (Zona VI,
CAVB, FIVB);
Objectivos • Saber as técnicas e historia da modalidade;
• Saber treinar a modalidade .

Quem deveria estudar este


módulo
Este Módulo foi concebido para os estudantes do 2 e 3º ano do
curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto.
Voleibol 6

Como está estruturado este


módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por CED - UCM encontram-
se estruturados da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.

Conteúdo do curso / módulo


O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, e uma ou mais actividades para auto-
avaliação.

Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.

Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação


Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para completá-las. Estes
elementos encontram-se no final do modulo.

Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Voleibol 7

Habilidades de estudo
Caro Estudante, antes de mais o ensino à distância requer
de ti uma grande responsabilidade, ou seja, é necessário que
tenhas interesse em estudar, porque o teu estudo é ‘auto-
didáctico’. Entretanto, vezes há em que te acharás possuidor de
muito tempo, enquanto, na verdade, é preciso saber gerí-lo por
forma a que tenhas em tempo útil as fichas informativas lidas e
os exercícios do módulo resolvidos, evitando que os entregues
fora de tempo exigido.

Precisa de apoio?

Há exercícios que o caro estudante não poderá resolver sozinho, neste


caso contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a
situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste
período pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre
outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta,
busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me
mutuamnte, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza de
forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas
competências.

Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
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Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser


dirigidos aos tutores/docentes da cadeira em questão.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plágio deve ser evitado. A avaliação da cadeira será controlada da
seguinte maneira:

Avaliação
Os exames são realizados no final da cadeira e os trabalhos marcados
em cada sessão têm peso de uma avaliação, o que adicionado os dois
pode-se determinar a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois)
testes e 1 (exame).
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Unidade nº 1
História do Voleibol

A palavra Voleibol (chamado frequentemente em Mocambique de


Vôlei e em Portugal de Vólei) é um desporto praticado numa campo
dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipas de seis
jogadores em cada lado.

Ao completares esta unidade / lição será capaz de:

 Conhecer a origem do voleibol ;


 Conhecer o desenvolvimento do voleibol.

Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• ACM - Associação Cristã de Moços de Massachusetts
• FIVB - Federação Internacional de Voleibol
Terminologia

A modalidade denominada hoje em dia por Voleibol foi criada em


1895 por Willian G. Morgan, Professor de Educação Física de
nacionalidade americana. Nascido em Lockford, New York em 1870,
Morgan veio a interessar-se pelas actividades físicas e obteve o
diploma de Professor de Educação Física no Colégio de Springfield.
Deu ao Voleibol o nome inicial de “Mintonette que “nasceu” no
ginásio da Associação Cristã da Juventude (Y.M.C.A.) em Holyoke,
onde Morgan dirigia a secção de Educação Física. Willian Morgan
pretendia um jogo que não fosse tão fatigante e competitivo como o
Basquetebol, ou que não colocasse tantos problemas de material e de
ocupação do espaço como o ténis. A sua preocupação centrouse na
Voleibol 10

criação de uma actividade de carácter mais recreativo, que se


adaptasse aos seus alunos e aos seus homens de negócios que
frequentavam os seus cursos e que simultaneamente exigisse algum
esforço físico e uma movimentação variada. Na mente de Morgan
permaneceu sempre a ideia de uma rede a dividir um espaço de jogo
rectangular. Era pois um jogo que poderia ser jogado em recintos
cobertos ou ao ar livre, por um qualquer número de jogadores, que não
precisavam de material para bater a bola, pois poderiam fazê-lo com as
suas próprias mãos. A primeira demonstração pública do jogo foi
realizada em 1896 no Colégio de Springfield, durante uma conferência
de directores de Educação Física do Y.M.C.A. Durante a exibição que
a todos entusiasmou, e já com as regras criadas pelo Dr. Luther
Guliek, o Dr. Alfred. T. Halstead, sugeriu a alteração do nome inicial
para Volley-Ball (em português Voleibol). Após várias exibições e
demonstrações o novo jogo foi sendo sucessivamente divulgado. O
jogo espalhou-se pelos E.U.A. e, devido principalmente à influência
do movimento internacional dos jovens cristãos, tornou-se conhecido
noutros países. O Canadá foi o primeiro país estrangeiro a adoptar este
desporto em 1990, que em breve se iria difundir pela América Central
e América do Sul. O voleibol foi jogado pela primeira vez em Cuba no
ano de 1905, em Porto Rico em 1909, no Uruguai em 1912 e no Perú e
Brasil em 1917. Chegou à China e ao Japão em 1908, penetrou nas
Filipinas em 1910 e, em 1913, era uma modalidade já incluída nos
Jogos Orientais que tiveram lugar em Manila.

A guerra de 1939-45 veio dar um grande impulso ao jogo, dado que é


nesta altura que as tropas Americanas introduzem este jogo na Europa.
O Voleibol vem assim a desenvolver-se muito rapidamente em países
como a França, Checoslováquia, Bulgária e União Soviética. Em
Portugal o Voleibol é igualmente introduzido pelas tropas Norte
Americanas que estiveram estacionadas nos Açores durante a 1ª
Guerra Mundial. Os vários países que se dedicaram à prática do
Voleibol foram-no aperfeiçoando e desenvolvendo de modo diferente,
quer em relação ao estilo de jogo, quer mesmo quanto às próprias
regras. Podemos dizer que o Voleibol foi evoluindo, tomando no
entanto diversas formas de jogo, mesmo dentro do próprio país de
origem. Com a existência de diferentes regras de jogo em vários países
do mundo, houve pois uma grande necessidade de regulamentar leis de
jogo comuns a todos os países que se dedicavam à prática da
modalidade. Após vários esforços e tentativas, a 20 de Abril de 1947
em Paris foi criada a FIVB (Federação Internacional de VOLEIBOL)
por 14 países, que foram os seus fundadores. Portugal fez parte do
leque de países fundadores da FIVB.

a) 1900 - voleibol chega ao Canadá, primeiro país fora


dos Estados Unidos
Voleibol 11

b) 1908 - o desporto vai para o continente asiático e


começa a ser praticado na China e no Japão
c) 1910 - o desporto chega ao Peru, primeiro país da
América do Sul a praticar o desporto
d) 1942 - morre, aos 72 anos de idade, o criador do
voleibol, William George Morgan
e) 1947 - fundada na França a FIVB
f) 1949 - realizado o primeiro campeonato mundial
masculino na Tchecoslováquia (foi vencido pela
Rússia)
g) 1951- realizado o primeiro campeonato sul-americano
de voleibol, na cidade do Rio de Janeiro. O Brasil
tornou-se campeão masculino e feminino.
h) 1952 - realizado o primeiro campeonato mundial
feminino
i) 1964 - o desporto passa a fazer parte do programa
oficial das Olimpíadas, realizadas em Tóquio no
Japão

Voleibol é um desporto coletivo, disputado por duas equipas numo


campo dividida por uma rede. Há diferentes versões disponíveis para
específicas circunstâncias, propiciando versatilidade do jogo para
todos. O objetivo do jogo é enviar a bola sobre a rede para fazê-la
tocar o campo do adversário. A equipa tem três toques para retornar a
bola (além do contato do bloqueio). A bola é colocada em jogo com
um saque, golpeada pelo sacador sobre a rede para os adversários. A
jogada ("rally") continua até a bola tocar o solo, ir "fora" ou uma
equipa falhar ao retorná-la. No voleibol, a equipa que vence uma
jogada ("rally") marca um ponto (Rally Point System - Sistema de
Pontos por Jogada). Quando a equipa receptora ganha a jogada, ela
ganha um ponto e o direito de sacar, e seus jogadores rodam no
sentido dos ponteiros do relógio.
O campo de jogo é um retângulo medindo 18m x 9m, circundada por
uma zona livre de no mínimo 3m de largura em todos os lados. O
espaço livre de jogo é o espaço sobre a área de jogo, a qual deve estar
livre de qualquer obstáculo. O espaço livre de jogo deve medir, no
mínimo, 7m desde a superfície de jogo.
Para as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, a zona livre deve
medir, no mínimo, 5m, a partir das linhas laterais e 8m a partir das
linhas de fundo. O espaço livre de jogo deve medir , no mínimo,
12,5m de altura a partir da superfície de jogo.
Voleibol 12

A zona de substituição é delimitada pelo prolongamento imaginário


das linhas de ataque até a mesa do apontador.
Colocada verticalmente sobre a linha central, instala-se a rede, cuja
parte superior é ajustada a 2,43m para os homens e a 2,24m para as
mulheres. Sua altura é medida no centro do campo de jogo. A altura da
rede (sobre as linhas laterais) deve ter exatamente a mesma altura e
não deve exceder a altura oficial em mais de 2cm.
A antena é uma vara flexível com 1,8m de comprimento e 10mm de
diâmetro, feita de fibra de vidro ou material similar. A antena é
amarrada, tangenciando a parte externa de cada faixa lateral. As
antenas são colocadas em lados opostos da rede. A parte superior de
cada antena estende-se além do bordo superior da rede por 80cm e é
marcada com listras de 10cm de largura, em cores contrastantes,
preferivelmente vermelho e branco. As antenas são consideradas como
parte da rede e delimitam lateralmente o espaço de cruzamento.
A equipa é constituída de, no máximo, 12 jogadores, um técnico, um
assistente técnico, um treinador e um médico.
Para as Competições Mundiais e Oficiais da FIVB, o médico deve ser
credenciado previamente pela FIVB.
Um dos jogadores, que não o Líbero, é o capitão da equipa e deve
estar indicado na súmula.
Somente os jogadores registrados na súmula podem entrar no campo e
participar da partida. Uma vez que o técnico e o capitão da equipa
tenham assinado a súmula, o registro dos jogadores não pode mais ser
mudado.
O jogador Líbero deve usar um uniforme (ou jaleco/peitilho para o
Líbero re-designado) cuja camiseta, no mínimo, deve contrastar na cor
com os demais membros da equipa. O uniforme do Líbero pode ter um
feitio diferente, mas deve estar numerado como os demais membros da
equipa. Cada equipa tem o direito de inscrever, dentre a lista de 12
jogadores, um (1) jogador especializado defensivo -“Líbero”. O
Líbero está autorizado a substituir qualquer jogador posicionado na
linha de trás. Ele está restricto a actur como um jogador na linha de
trás e não está autorizado a completar um golpe de ataque de qualquer
lugar (incluindo o campo de jogo e zona livre) se, no momento do
contato, a bola estiver mais alta do que o bordo superior da rede. Ele
não pode sacar, bloquear ou tentar bloquear. Um jogador não pode
completar um golpe de ataque mais alto que o bordo superior da rede,
se a bola é proveniente de um passe de voleio (toque) de um Líbero
que está na sua zona de frente ou na extensão dela. A bola pode ser
livremente atacada se o Líbero faz a mesma acção fora da sua zona de
frente ou da extensão dela.
Um set (excepto o decisivo, 5º set) é vencido pela equipa que primeiro
marcar 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Em caso de
empate em 24 x 24, o jogo continua até que uma diferença de dois
pontos seja atingida (26 x 24, 27 x 25; ...).
A partida é vencida pela equipa que vencer três sets. Em caso de
empate em 2 x 2 em sets, o set decisivo (5º) é jogado até 15 pontos,
com uma diferença mínima de dois pontos.
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No momento em que a bola é golpeada pelo sacador, cada equipa deve


estar posicionada dentro de sua próprio campo na ordem de rotação
(excepto o sacador).
A posição dos jogadores é numerada como segue:
• Os três jogadores junto à rede são os jogadores da linha de
frente e ocupam as posições 4(frente-esquerda), 3(frente-
centro) e 2(frente-direita).
• Os outros três são os jogadores da linha de trás, ocupando as
posições 5(atrás-esquerda), 6(atrás-centro) e 1(atrás-direita).

Posição relativa entre jogadores - cada jogador da linha de trás deve


estar posicionado mais afastado da linha central do que o jogador da
linha de frente correspondente. Os jogadores da linha de frente e os da
linha de trás, respectivamente, devem estar posicionados lateralmente
na ordem indicada. As posições dos jogadores são determinadas e
controladas de acordo com as posições de seus pés em contato com o
solo, como segue:
• Cada jogador da linha de frente deve ter pelo menos parte de
seu pé mais perto da linha central que os pés do jogador
correspondente da linha de trás.
• Cada jogador direito (esquerdo) deve ter pelo menos parte de
seu pé mais próximo da linha lateral direita (esquerda) que os
pés do jogador central naquela linha.
• Após o golpe de saque, os jogadores podem deslocar-se e
ocupar qualquer posição na próprio campo e na zona livre.

A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipa e


controlada com a ordem de saque e posição dos jogadores durante
todo o set. Quando a equipa receptora ganha o direito de sacar, seus
jogadores rodam uma posição no sentido dos ponteiros do relógio:
jogador na posição 2 roda para a posição 1 para sacar, jogador da 1
roda para a 6 etc.

FALTAS AO JOGAR A BOLA

Quatro toques: uma equipa toca a bola quatro vezes antes de retorná-
la;

Toque Apoiado: um jogador apóia-se em um companheiro de equipa


ou em qualquer estrutura/objeto dentro da área de jogo para alcançar a
bola.

Bola Presa: a bola é retida e/ou lançada; ela não é rebatida pelo toque

Duplo Contato: um jogador toca a bola duas vezes consecutivas ou a


bola toca consecutivamente várias partes de seu corpo.
Voleibol 14

Um jogador não pode completar um golpe de ataque mais alto que o


bordo superior da rede, se a bola é proveniente de um passe de voleio
(toque) de um Líbero que está na sua zona de frente ou na extensão
dela. A bola pode ser livremente atacada se o Líbero faz a mesma ação
fora da sua zona de frente ou da extensão dela.

Sumário
A modalidade denominada hoje em dia por Voleibol foi criada em
1895 por Willian G. Morgan, Professor de Educação Física de
nacionalidade americana.

Exercícios 1
1. Defina por palavras voleibol?
2. Quem foi Willian G.Morgan?
3. Explique como foram os primeiros passos do voleibol?«.
Voleibol 15

Unidade nº 2
Programação das
competicação

A unidade começa situando a organização de voleibol ao nível do


mundo.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Conhecer as competições international da FIVB;


 Conhecer o papel da FIVB.

Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• FIVB - A Federação Internacional de Voleibol
• COI - Comitê Olímpico Internacional
Terminologia
• CAVB - Confédération Africaine de Volleyball
• AVC - Asian Volleyball Confederation
• CEV - Confédération Européenne de Volleyball
• NORCECA - North, Central America and Caribbean Volleyball
Confederation
• CSV - Confederación Sudamericana de Voleibol
Voleibol 16

Séniores
1. Campeonato Mundia;
2. Liga Mundial;
3. Grand Prix;
4. Copa do Mundo;
5. Copa dos Campeõe;
6. Campeonato Mundial de Clubes.

Juvenil e Infanto-Juvenil
1. Mindial Masculino Sub- 21;
2. Mundial Feminino Sub-20;
3. Mundial Feminino Sub-18;

Outros organizadores
1. Jogos Olímpicos;
2. Jogos Olímpicos da Juventude;
3. Universíada;
4. Jogos da Lusofonia;
5. Torneio de Montreux;
6. Torneio de Courmayeur;
7. Torneio Hubert Jerzeg Wagner;
8. World Top Four

A Federação Internacional de Voleibol (em francês: Fédération


Internationale de Volleyball). É a instituição que coordena as
actividades de voleibol em nível internacional. Sua sede localiza-se em
Lausanne, Suíça.
Voleibol 17

A FIVB foi fundada em Paris, França em 1947. No final da década de


40, algumas dentre as federações nacionais européias começaram a
colocar-se a questão sobre a possibilidade de criar um órgão
internacional para coordenar o desenvolvimento do voleibol. Essas
discussões iniciais levaram à instituição de um Congresso
Constitutivo, em 1947. Catorze federações nacionais representando
cinco continentes participaram das reuniões que decidiram, entre 18 e
20 de abril, a formação da entidade, cujo primeiro presidente foi o
francês Paul Libaud.
Uma das principais metas estabelecidas no Congresso de 1947 foi
atingida dois anos mais tarde, com a criação de um primeiro evento
internancional de alto nível para o voleibol, o Campeonato Mundial
de Voleibol. A versão feminina do torneio foi introduzida em 1952.
Em 1964, o COI endossou o acréscimo do voleibol ao programa de
desportos dos Jogos Olímpicos. Nesta época, o número de federações
nacionais filiadas à FIVB já havia pulado para 89. Cinco anos mais
tarde, foi introduzido um novo evento internacional, a Copa do
Mundo, o qual se tornaria em 1991 torneio qualificatório para as
Olimpíadas.
Após a retirado por reforma de Paul Libaud e a eleição do mexicano
Rubén Acosta Hernandez para o cargo de presidente em 1984, a FIVB
mudou sua sede de Paris, França para Lausanne, Suíça e
intensificou significativamente sua política de promover o desporto
voleibol ao redor do mundo. Diversas medidas foram tomadas neste
sentido, como por exemplo: o estabelecimento de torneios
internacionais anuais (para os homens, a Liga Mundial, em 1990, e
para as mulheres, o Grand Prix, em 1993); a indicação do Voleibol
de praia como desporto olímpico (1996); e uma série de mudanças
nas regras do jogo com o objetivo de aumentar o interesse do público.
Em 2001, 220 federações nacionais já estavam filiadas à FIVB.

A principal actividade da FIVB é o planejamento e a organização de


eventos de voleibol, à vezes em parceria com outras instituições
internacionais tais como o COI. Em linhas gerais, isto significa definir
regras de qualificação e fórmulas de disputa para as competições, bem
como detalhes mais específicos tais como restrições para convocação e
substituição de jogadores, locais para as partidas e anfitriões para os
torneios. Entre outros, a FIVB organiza os seguintes eventos
internacionais:
Voleibol 18

1. Torneio Olímpico de Voleibol


2. Campeonato Mundial
3. Copa do Mundo
4. Liga Mundial
5. Grand Mrix
6. Campeonato Mundial de Voleibol de Praia

A FIVB também participa da organização de eventos continentais que


têm um significado internancional, como por exemplo os torneios
qualificatórios para os Jogos Olímpicos e para o Campeonato Mundial.
Outra área de interesse da FIVB é a promoção do voleibol ao redor do
mundo. Parte de suas actividades consiste em atrair patrocinadores e
parceiros comerciais através da negociação dos direitos de transmissão
e cobertura para eventos de voleibol de alto nível.

A FIVB também mantém uma linha especial de programas dedicados


à profissionalização do voleibol mundial. As principais actividades
envolvidas consistem no estabelecimento de centros de
desenvolvimento em áreas onde o desporto ainda não é popular e o
fornecimento de auxílio (em material e treinamento) para organizações
que estão abaixo dos padrões exigidos ao nível internacoinal.

A FIVB é responsável pela padronização das regras do voleibol.


Recentemente, muitas alterações foram introduzidas em sintonia com
os objetivos promocionais da entidade, na tentativa de aumentar o
interesse do público e satisfazer às exigências de patrocinadores e
veículos de comunicação. Estas medidas vão de restrições simples,
quase mundanas, como por exemplo, a exigência de uniformes
"estilizados" - significando roupas justas, que supostamente agradam
mais aos espectadores porque salientam o corpo dos atletas - até
mudanças bastante drásticas na forma de jogo (e.g., o sistema de
pontos corridos).

A FIVB é a mais alta autoridade internacional no que diz respeito ao


voleibol, e julga (ou, pelo menos, é envolvida no julgamento) sobre
casos de dopping, transferência de jogadores, mudanças de
nacionalidade e determinação de gênero. A entidade também publica o
Ranking Mundial da FIVB, que é utilizado como base para a
definição dos cabeças-de-chave em competições interncionais.
Voleibol 19

JOGOS OLÍMPICOS

O voleibol nos Jogos Olímpicos existe desde 1964. O desporto foi


incorporado oficialmente ao programa olímpico neste ano. A partir de
Atlanta 1996 também foi introduzido o voleibol de praia.

O voleibol foi introduzido pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em


1927, como parte de um evento especial onde foram apresentados
Dsportes Americanos. Apenas após a Segunda Guerra Mundial,
todavia, começou-se a considerar a possibilidade de adicioná-lo ao
programa das Olimpíadas, sob a pressão da recém-formada Federação
Internacional (1947) e algumas das confederações continentais. Para
angariar apoio para esta proposta, foi organizado em 1957 um torneio-
exibição durante a 53a sessão do COI em Sófia, Bulgária. A
competição foi um sucesso, e o desporto foi oficialmente introduzido
em 1964.

O torneio olímpico de voleibol era originalmente uma competição


bastante simples, com formato semelhante ao que é empregado até
hoje na Copa do Mundo: cada equipa disputava uma partida contra
todos e o vencedor era aquele com maior número de vitórias ou, em
caso de empate, um maior set average ou point average. A principal
desvantagem deste sistema - usualmente denominado confronto direto
ou round-robin - é que os vencedores podiam ser determinados antes
do final da competição, o que fazia o público perder o interesse nos
jogos remanescentes.

Para resolver este problema, a competição foi dividida em duas fases:


uma "rodada final" foi introduzida, com quartas-de-final, semifinais e
finais. Desde sua criação em 1972, este novo sistema tornou-se o
padrão para os Jogos Olímpicos, e é freqüentemente chamado
"formato olímpico".

O número de equipas disputando os jogos também cresceu em ritmo


constante desde 1964. Em 1996, foram 12 participantes em cada uma
das duas modalidades (masculino e feminino), e este número tem se
mantido constante nas últimas três edições do evento. Cada uma das
confederações continentais de voleibol é representada por no mínimo
uma equipa nas Olimpíadas.

Brasil, Japão e União Soviética são as únicas nações que conquistaram


o ouro tanto no masculino quanto no feminino. Brasil é o único país
que possui o ouro tanto no vôlei masculino e feminino de quadra
quanto no vôlei masculino e feminino de praia.
Voleibol 20

CAMPEONATO MUNDIAL

O Campeonato Mundial de Voleibol é um torneio de voleibol


masculino e feminino, o mais antigo dentre todos os eventos
internacionais organizados pela Federação Internacional de Voleibol

A história do Campeonato Mundial remonta aos primórdios da


voleibol como um desporto profissional de alto nível. Uma das
principais motivações para a criação da FIVB em 1947 foi a
necessidade de fundar uma instituição capaz de organizar torneios que
envolvessem equipas de diversos continentes. A primeira medida
concreta neste sentido foi tomada já dois anos mais tarde, com o
estabelecimento da primeira edição desta competição, ainda restrita à
Europa e contando apenas com equipas masculinos.

Em 1952, foram incluídos equipas asiáticos e uma versão feminina do


torneio, que passou a ser disputado em ciclos de quatro anos. Na
edição seguinte, já participavam igualmente equipas dos três
continentes americanos.

Em 1964, o voleibol foi incorporado ao programa dos Jogos


Olímpicos. Para evitar coincidência de datas, os ciclos do Campeonato
Mundial foram atrasados em dois anos após a quarta edição (1960),
passando a alternar-se com as Olimpíadas. A partir de 1970, equipas
da África já disputavam o torneio, atingindo-se assim o objetivo
original de ter representantes das cinco confederações continentais
envolvidos nas disputas.

O número de participantes do torneio mudou diversas vezes ao longo


dos anos. Acompanhando o crescimento de popularidade do voleibol
em escala mundial, ele aumentou em passo constante até superar a
marca das vinte equipas na década de 1970 e em parte da década de
1980, foi reduzido então para apenas dezesseis na década de 1990,
sendo em seguida finalmente fixado em vinte e quatro, a partir de
2002. Dentre as competições organizadas pela FIVB, o Campeonato
Mundial é hoje a mais abrangente, e uma das mais importantes,
equiparando-se em prestigio e ao Torneio Olímpico de Voleibol.

Até 1974, a nação sede organizava as duas modalidades do torneio,


tanto a masculina quanto a feminina - com uma única excepção em
1966/1967, quando os eventos ocorreram em anos diferentes. A partir
da década de 1980, esta prática caiu em desuso. Nos últimos anos,
todavia, ela voltou a ser observada quando a competição foi realizada
no Japão, o que ocorreu em 1998 e 2006.

COPA DO MUNDO

A Liga Mundial de Voleibol é uma competição anual de voleibol


masculino. Criado em 1990, o torneio é o mais longo e o mais rico
dentre todos os eventos internacionais organizados pela FIVB: em
Voleibol 21

2004, foram distribuídos treze milhões de dólares entre os equipas


participantes.

A Copa do Mundo foi criada em 1965 com o propósito de preencher,


ao menos parcialmente, o espaço entre os dois torneios mais
importantes do vôlei, os Jogos Olímpicos e o Campeonato Mundial,
que acontecem em ciclos alternados de quatro anos. A criação de uma
terceira competição internacional permitiria que apenas um em cada
quatro anos passasse sem nenhum evento de alto nível.

A Copa do Mundo seria disputada no ano seguinte aos Jogos


Olímpicos. As duas primeiras edições do torneio eram restritas ao
voleibol masculino, mas já em 1973 foi introduzida uma versão
feminina. Originalmente, cada edição possuía um país-sede diferente.
A partir de 1977, entretanto, a competição foi transferida em definitivo
para o Japão.

Nos anos 1990, o estabelecimento de competições anuais de voleibol


em nível internacional, tais como a Liga Mundial e o Grand Prix,
tornou obsoletos os motivos que haviam levado à criação da Copa do
Mundo. Para evitar o desaparecimento de um torneio já estabelecido, a
FIVB reformatou a competição em 1991: ela seria disputada no ano
anterior, e não posterior, às Olimpíadas, e funcionaria como um
primeiro evento qualificatório internacional, garantindo ao vencedor
participação direta nos jogos.

Esta decisão salvou a competição. A possibilidade de assegurar


participação nos Jogos Olímpicos sem ter de submeter-se aos difíceis
torneios qualificatórios continentais tornava o torneio interessante para
todas as federações nacionais. Em 1995, o número de vagas foi
aumentado para três, e assim permanece até hoje.

LIGA MUNDIAL

A Liga Mundial de Voleibol é uma competição anual de voleibol


masculino. Criado em 1990, o torneio é o mais longo e o mais rico
dentre todos os eventos internacionais organizados pela FIVB: em
2004, foram distribuídos treze milhões de dólares entre os equipas
participantes.

GRAND MRIX

O Grand Prix de Voleibol é uma competição de voleibol feminino.


Criada em 1993, ela é considerada a versão feminina da Liga Mundial.
Em 2004 o torneio distribuiu um milhão e duzentos e noventa e cinco
mil dólares em prêmios.

O Grand Prix foi criado em 1993, como parte da estratégia de


marketing da FIVB para a popularização do voleibol em escala
mundial. O princípio consistia em criar competições anuais desta
Voleibol 22

modalidade desportiva envolvendo equipas de alto nível. O formato do


torneio foi baseado no da Liga Mundial, um evento masculino que fora
introduzido três anos antes.

O Grand Prix teve óptimos resultados no leste da Ásia, onde o voleibol


feminino tornou-se uma modalidade desportiva bastante popular.
Comparado ao masculino, entretanto, a falta de interesse do público
ainda é perceptível em outras partes do mundo. Actulmente, o torneio
é mantido principalmente através do patrocínio de investidores
asiáticos, com a maioria das fases preliminares e final sendo realizadas
no continente. Desde 2003 é ocasional a realização de grupos na
Europa e desde 2009 na América do Sul.

O valor total dos prêmios concedidos em dinheiro vêm aumentando


constantemente deste a criação do torneio em 1993. Em 2004, foram
US$ 1.295.000,00 - uma quantia que, todavia, ainda parece pequena se
comparada aos impressionantes US$ 13.000.000,00 da Liga Mundial.

Uma vez que a maior parte dos investidores é asiática, algumas regras
que são empregadas na Liga Mundial tiveram de ser adaptadas para o
Grand Prix. Por exemplo, a maior parte das cidades onde ocorrem as
partidas das rodadas preliminares estão localizadas na Ásia. Os países
que abrigam estas partidas não precisam nem mesmo ter um equipa
diretamente envolvido na competição. Recentemente, uma outra
diferença foi introduzida: em certos continentes, as equipas precisam
passar por um processo de qualificação para participar do torneio.

COPA DOS CAMPEÕES DE VOLEIBOL

A Copa dos Campeões é a competição internacional de voleibol


composta de um torneio masculino e outro feminino. Organizado pela
FIVB, foi criado em 1993 sendo jogado a cada quatro anos, no ano
posterior aos Jogos Olímpicos.

A Copa dos Campeões foi criada em 1993 depois que mudanças


radicais foram feitas nos torneios maiores organizados pela FIVB. A
meta principal era não ter um único ano sem uma competição de
voleibol a nível mundial. Este é o único torneio de FIVB que não dá
pontos para o ranking mundial.

O Brasil é o equipa mais próspero entre os homens com três


conquistas, em 1997, 2005 e 2009. Cuba também obteve resultados
bons, incluindo quatro medalhas sendo uma delas a do título de 2001.
A Itália venceu a edição inaugural em 1993.

Entre as mulheres a competição é marcada pelo equilíbrio. Em cinco


edições disputadas uma seleção diferente conquistou o título: Cuba em
1993, Rússia em 1999, China em 2001, Brasil em 2005 e Itália em
2009.
Voleibol 23

Fórmula de competição - Copa dos Campeões:

 A Copa dos Campeões sempre teve a mesma fórmula desde


a primeira edição:
 A competição acontece sempre no JAPÃO.
 Seis equipas participam em cada evento: cinco qualificados e
um por convite.
 Japão sempre está pré-qualificado por ser a nação anfitriã.
 Quatro campeões continentais de continentes cujos equipas
alcançaram a posição mais alta nos Jogos Olímpicos
anteriores.
 O equipa restante participa por um convite concedido pela
FIVB.
 Um formato de pontos corridos é usado para esta
competição.
 Posições finais são calculadas através de critérios de voleibol
habituais: número de vitórias, point average (divisão do total
de pontos ganhos pelo total de pontos perdidos), sets average
(divisão de sets ganhos e perdidos), confronto direto.

A FIVB tem uma ampla e extensa estrutura administrativa, que inclui


um Conselho Administrativo, um Comitê Executivo e diversas
comissões que tratam de assuntos específicos do voleibol, tais como
medicina, arbitragem e torneios.
A FIVB também exerce autoridade sobre cinco confederações
continentais:
1. Confédération Africaine de Volleyball (CAVB)
2. Asian Volleyball Confederation (AVC)
3. Confédération Européenne de Volleyball (CEV)
4. North, Central America and Caribbean Volleyball
Confederation (NORCECA)
5. Confederación Sudamericana de Voleibol (CSV)

Cada confederação continental, por sua vez, exerce autoridade sobre


as federações nacionais que se localizam em sua área de actução.
Voleibol 24

Sumário
A FIVB é responsável pela padronização das regras do voleibol.
Recentemente, muitas alterações foram introduzidas em sintonia com
os objetivos promocionais da entidade, na tentativa de aumentar o
interesse do público e satisfazer às exigências de patrocinadores e
veículos de comunicação. Estas medidas vão de restrições simples,
quase mundanas, como por exemplo a exigência de uniformes
"estilizados" - significando roupas justas, que supostamente agradam
mais aos espectadores porque salientam o corpo dos atletas - até
mudanças bastante drásticas na forma de jogo (exemplo: o sistema de
pontos corridos).

A FIVB é a mais alta autoridade internacional no que diz respeito ao


voleibol, e julga (ou, pelo menos, é envolvida no julgamento) sobre
casos de dopping, transferência de jogadores, mudanças de
nacionalidade e determinação de gênero. A entidade também publica o
Ranking Mundial da FIVB, que é utilizado como base para a definição
dos cabeças-de-chave em competições interncionais.

Exercício 2
1. Qual é a função principal da FIVB?
Voleibol 25

Unidade nº 3
Caracterização da
modalidade
Nesta unidade, abnoradamos as caracteristicas e as reglas básicas
da modalidade.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Identificar as caracterisitcas do voleibol ;


 Saber as reglas que aplicam no jogo de voleibol

Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• FIVB- A Federação Internacional de Voleibol

Terminologia

1. O terreno do Jogo

O terreno de jogo corresponde a um rectângulo de 18m de


comprimento e 9m de largura, circundado por uma zona livre
rectangular simétrica de, pelo menos, 3m e um espaço livre de
obstáculos com um mínimo de 7m de altura a partir do solo. Para as
competições da FIVB, a zona livre deve medir, pelo menos, 5m desde
as linhas laterais, 8m desde as linhas de fundo e 12,50m de altura a
partir do solo. O recinto oficial de jogo é rectangular, dividido ao meio
por uma rede, delimitado por duas linhas laterais e duas de fundo. Em
cada campo a zona de ataque é delimitada pela linha central e pela
linha de ataque traçada a 3 metros da linha central. A zona de serviço é
uma zona com 9 metros de largura e situa-se para além da linha de
Voleibol 26

fundo; é delimitada lateralmente por duas pequenas linhas que se


situam atrás da linha de fundo, no prolongamento das linhas laterais.

Terreno de jogo e Equipa de Arbitragem

2. Altura da Rede

A altura da rede num jogo formal de voleibol varia consoante o


escalão e sexo da equipa. No quadro seguinte estão as alturas oficiais
dos juniores e seniores, mas lembra-teque para os escalões mais
baixos, a altura da rede é também mais baixa

Altura oficial da Rede

Escalões Masculinos Femininos

Seniores 2,43m 2,24m

Juniores 2,43m 2,24m

3. Bola

O objecto de jogo é uma bola com um perímetro que varia entre 65 a


67 cm e com um peso que varia entre 260 a 280 gramas.

4. As equipas

Número de jogadores por equipa será obrigatoriamente de seis. A


composição completa de uma equipa de Voleibol, incluindo os
suplentes, não deverá ultrapassar os 12 jogadores. Antes de começar o
jogo, os nomes de todos os jogadores (efectivos e suplentes) deverão
ser inscritos no boletim de jogo. Os jogadores não inscritos não
Voleibol 27

poderão participar no jogo. Uma equipa declarada incompleta para um


set ou para um jogo perde o set ou o jogo. Atribui-se à equipa
adversária os pontos e sets que faltam para ganhar o set ou o jogo. A
equipa incompleta conserva os pontos e os sets conquistados.

Num set cada equipa pode efectuar seis substituições, quer elas sejam
realizadas separadamente ou todas de uma vez. Um jogador da
formação inicial pode sair do jogo uma só vez por set e não pode
voltar a reentrar senão para o lugar que ocupava anteriormente. Um
jogador suplente só pode entrar uma vez por set para o lugar de um
jogador da formação inicial e só pode ser substituído por este. As
posições dos jogadores no campo estão numeradas de 1 a 6, partindo
da zona de serviço avançando no sentido contrário ao dos ponteiros do
relógio.

O jogador da posição 1 é o defesa direito


O jogador da posição 2 é o avançado direito
O jogador da posição 3 é o avançado central
Voleibol 28

O jogador da posição 4 é o avançado esquerdo


O joagdor da posição 5 é o defesa esquerdo
O jogador da posição 6 é o defesa central

É obrigatório que antes da execução do serviço, ou do serviço do


adversário a equipa esteja colocada do seguinte modo:

Relação entre os atacantes:


 O jogador da posição 3 tem de estar entre os jogadores das
posições 4 e 2
 O jogador da posição 4 tem de estar à esquerda do jogador da
posição2

Relação entre os defesas:


 O jogador da posição 6 tem de estar entre os jogadores das
posições 5 e 1
 O jogador da posição 5 tem de estar à esquerda do jogador da
posição 1

Relação entre avançados e defesas:


 O jogador da posição 1 tem de estar atrás do jogador da
posição 2
 O jogador da posição 6 tem de estar atrás do jogador da
posição 3
 O jogador da posição 5 tem de estar atrás do jogador da
posição 4

A posição entre avançados e defesas é verificada pelo pé dianteiro, ou


seja, pelo apoio mais próximo da rede. A posição dos avançados e
defesas entre si é verificada em função da colocação do pé exterior, ou
seja, do apoio masi próximo da linha lateral.

Permutações

A partir do momento da execução do serviço, os jogadores podem


trocar de posição no terreno. Estas trocas d eposição, também
chamadas permutações, devem no entanto respeitar a zona defensiva e
a zona de ataque. Os jogadores defesas, dentro da zona de ataque, não
podem participar no bloco, em lances de ataque ou enviar a bola para o
campo adversário, quando esta se encontra a um nível mais elevado do
que o bordo superior da rede.
Voleibol 29

As permutações são feitas tendo como objectivo:


 Aproveitar ao máximo as características de cada jogador;
 Especializar os jogadores numa dada posição
 Melhorar a adaptação à equipa contrária.
Vejamos um exemplo de uma permuta entre jogadores:

Penetração

De modo a criar uma maior eficácia atacante, as equipas utilizam


geralmente três atacantes na acção defensiva, o que obriga um jogador
da zona defensiva a deslocar-se para a zona de ataque na tarefa de
distribuir o jogo. A este jogador damos o nome de passador,
distribuidor ou até mesmo levantador. Esta movimentação, que se
opera num plano perpendicular à rede, tem o nome de penetração. De
acordo com a colocação do passador, esta movimentação pode
efectuar-se a partir das posições 1, 6 ou 5. Vejamos os seguintes
exemplos:
Voleibol 30

Sumário
É obrigatório que antes da execução do serviço, ou do serviço do
adversário a equipa esteja colocada do seguinte modo: relação entre os
atacantes; relação entre os defesas; relação entre avançados e defesas.

Exercício 3
1. Pode descrever as características do campo de jogo?
2. Fale das permutações. O que são?
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Unidade nº 4
Gestos Técnicos

Este unidade aborda em especial as técnicas básicas do voleibol


com: posição básicas, os deslocamentos, passe, servico,
manchete e remate.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Definir os cados gestos técnicas no voleibol


 Aplicar os gestos técnicas um jogo de voleibol

Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• P.B.F – Posição Básica Fundamental

Terminologia

A posição base de voleibol tambem denominadas de posições


fundamentais. Definem-se de acordo com a posição das pernas e dos
braços em relação directa com a trajectória da bola. Pode ser definida
como a atitude preparatória que o jogador adopta de modo a poder
responder com mais eficácia às várias situações de jogo e a permitir
uma intervenção mais correcta e técnicamente mais adequada. Para
realizar um passe correctamente e de uma forma eficaz, o jogador
deverá adoptar uma atitude preparatória antes da chegada da bola. Este
princípio é válido para a maioria dos desportos colectivos, e em
especial para o Voleibol. As posições fundamentais, alta, média e
baixa, diferenciam-se pelo grau de flexão dos membros inferiores e
pela posição dos braços. É primordial para o jogador aprender estas
posições, dado a importância que têm no Voleibol o equilíbrio e a
Voleibol 32

orientação em campo. O jogador deverá conservar a posição


fundamental durante o tempo em que a bola está em jogo.

Vejamos como define a posição fundamental:


1. Colocar os apoios ligeiramente afastados (largura dos
ombros);
2. Flectir ligeiramente os braços;
3. Inclinar o tronco à frente;
4. Dirigir o olhar para cima e para a frente.

Posição Base

Tipos de Posição Fundamental:

 Alta - junto à rede


 Média - No centro do terreno e à recepção
 Baixa - Na defesa e na protecção ao bloco

Posição alta - Nesta posição o jogador deve estar capacitado para


elevar alternadamente um e outro pé sem dificuldade, ou seja o peso
do corpo deve estar igualmente dividido pelo dois pés, e deve assentar
sobre toda a planta do pé. Esta posição é utilizada pelos jogadores que
estão junto à rede.

Posição média - O jogador deve apresentar uma flexão média dos


membros inferiores. Os antebraços estão colocados na horizontal. Esta
posição deve ser mantida quer durante os deslocamentos, quer durante
todoo tempo que o jogador está em jogo. Esta posição apresenta
Voleibol 33

variações na recepção em manchete; nesta situação os pés deverão


estar colocados na mesma linha com os joelhos mais separados do que
a linha dos ombros, os braços mais abertos e à altura da cintura.

Posição baixa - Há nesta posição uma acentuação da flexão dos


membros inferiores e uma elevação dos antebraços. O peso do corpo
cai na parte anterior dos pés, quando este se encontram na mesma
linha; se um dos pés está à frente, o, peso do corpo cai sobre toda a
planta desse mesmo pé, enquanto que o outro pé apenas apoia apenas a
sua parte anterior.

Como devo passar de uma posição alta para uma posição baixa?
 Aumentar o afastamento dos pés,
 Aumentar a flexão dos joelhos,
 Alterar a posição do trem inferior.

Principais erros na Posição Base Fundamental (PBF) e vantagens


da sua utilização
 Erros da PBF;
 Peso do corpo apenas sobre uma perna, o que provoca uma
posição instável;
 Tronco demasiado flectido à frente, obrigando o jogador a
uma extensão forçada da cabeça;
 Pés demasiados afastados, o que vai provocar um
retardamento da entrada em movimento;
 Exagerada e forçada flexão dos joelhos, que vai provocar um
endurecimento excessivo das articulações;
 Braços demasiadamente em extensão;
 Cotovelos demasiadamente “puxados” para o lado;
 Dedos demasiadamente estendidos e abertos;
 Mãos demasiadamente elevadas.

Vantagens da PBF
 Melhor equilíbrio;
 Abaixamento do centro de gravidade;
 Permitir uma pre-disposição para o movimento.
Voleibol 34

A preocupação de Professores e Treinadores pelo passe fez esquecer a


importância que têm os deslocamentos no Voleibol. Podemos ver hoje,
que a continuidade do jogo, a precisão e a eficácia dos diferentes
gestos técnicos estão dependentes de deslocamentos rápidos e
equilibrados. Qualquer atraso ou erro no deslocamento influenciará a
precisão e a eficácia da realização técnica dos gestos.

A dificuldade no deslocamento está em que é preciso ter em conta a


velocidade e o equilíbrio sem nunca abandonar a posição fundamental.
Como podemos ver a PBF está intimamente relacionada com os
deslocamentos, e vice-versa.

Os deslocamentos estão sempre em função da trajectória da bola. O


deslocamento mais eficaz é aquele que oferece melhor possibilidade
de manter o equilíbrio. No final de um deslocamento um jogador
deverá apresentar uma perfeita execução da PBF.

Um jogador que é capaz de adoptar uma posição correcta e deslocar-se


rapidamente voltando a recuperar a posição adequada, está em
melhores condições para aprender os restantes gestos técnicos.

Os deslocamentos podem ser de diferentes tipos, tais como o


deslocamento à frente, à rectaguarda, na lateral, salto e duplo salto,
corrida e deslocamento em PBF. Um deslocamento deverá ter como
principais características:
 Ser executado no momento preciso;
 Ritmo contínuo;
 Ser rápido e controlado;
 Paragem equilibrada para a intervenção sobre a bola;
 Estar ligado à qualidade de antecipação (leitura da jogada).

Deslocamentos
1. Partir da posição base;
2. Deslocar-te enquanto a bola está no ar;
3. Utilizar o “passo caçado” (nunca cruzes os apoios);
4. Colocar o corpo atrás da bola;
5. Parar antes do contacto com a bola.
Voleibol 35

Deslocamentos

Os principais erros que podemos cometer ao executarmos um


deslocamento são:
 Cruzar as pernas;
 Deslocamento em desequilíbrio provocado por má repartição
do peso do corpo pelos apoios;
 Má colocação dos apoios (demasiado próximos ou demasiado
afastados);
 Deslocamento numa posição muito alta;
 Deslocamento numa posição muito baixa;
 Braços participando no equilíbrio do corpo, quando devem
estar libertos desta acção para que possam entrar na realização
do gesto técnico adequado à situação;
 Todos os erros praticados na PBF, dado que um mau
deslocamento provém de uma má posição que lhe está na
base.

Passe

No Voleibol, “passe” significa recepção e transmissão da bola. A


realização destes dois movimentos deve ser rápida e harmoniosa para
que consigamos ter a imagem de apenas uma única acção. Aqui reside
precisamente a dificuldade deste gesto técnico, quer durante a
aprendizagem, quer durante o aperfeiçoamento. Todas as partes do
corpo devem participar na correcta execução deste gesto, actuando de
modo contínuo, coordenado e controlado.

A apreciação (leitura) da trajectória da bola é importantíssima para a


realização do passe. Assim, o jogador deverá fazer a leitura da
trajectória da bola, deslocando-se para o ponto previsto da sua queda,
colocando-se “debaixo” dela, e adoptando a posição correcta para a
perfeita execução deste gesto.

Para a realização correcta do passe o jogador deverá adoptar a PBF


adequada (alta, média ou baixa) consoante a trajectória da bola.
Voleibol 36

Existem dois tipos de passe relativamente à questão dos apoios: o


passe em apoio e o passe em suspensão. Qualquer um destes dois tipos
de passe pode ser executado de frente, de costas e na lateral. Se
pretendermos classificar os passes em função da trajectória da bola,
eles poderão ser altos, médios e curtos.

A classificação dos diferentes tipos de passes de ataque poderá ser


feita da forma que a figura seguinte ilustra:
 Passe curto de frente/costas
 Passe tenso de costas
 Passe tenso de frente
 Passe alto de frente
 Passe meio curto de frente
 Passe meio alto de costas
 Passe alto de costas

Vejamos quais as acções que garantem a boa execução do passe


 Observar a trajectória da bola;
 Deslocar-se para o ponto previsto de queda da bola;
 Tomar a posição fundamental adequada;
 Executar o passe com todos os segmentos do corpo.

O passe é executado em duas fases: fase preparatória e fase de


execução.
Voleibol 37

Fase preparatória - é constituída pelo deslocamento do jogador e ou


pela colocação adequada do seu corpo, em função da trajectória da
bola. Há nesta fase uma flexão dos membros inferiores e consequente
abaixamento do centro de gravidade do corpo, uma colocação dos
apoios em planos diferenciados, de modo a permitirem um bom
equilíbrio do corpo e finalmente uma colocação do corpo debaixo da
trajectória da bola.

Fase de execução - nesta fase o jogador de verá colocar os braços em


elevação superior com os cotovelos flectidos à altura do rosto, os
dedos afastados e mãos em extensão sobre os pulsos, polegares
orientados para o rosto. A bola deverá ser tocada com a superfície
interior dos dedos. Após a execução do passe há uma extensão de todo
o corpo com um movimento global e coordenado. Os braços seguem o
movimento da bola.

Serviço

O serviço é o gesto técnico mais fácil de aprender. Durante a sua


aprendizagem deve ter-se atenção especial na precisão e na
regularidade. De todos os tipos de serviço existentes, aquele que
menor grau de dificuldade apresenta na sua aprendizagem é o
chamado serviço “por baixo”.

Tipos de serviço:
 Por baixo
 Tipo ténis:
- flutuante
- em força
 Balanceiro:
- flutuante
- em força
 Em suspensão

Serviço por baixo

O jogador permanece em posição ligeiramente flectida para a frente,


com a perna esquerda avançada em relação à direita (para jogadores
destros). Os pés estão à largura dos ombros com pernas ligeiramente
flectidas e tronco ligeiramente inclinado à frente. A mão esquerda
segura a bola colocando-a na trajectória do braço direito, que deverá
estar perfeitamente esticado. A mão deverá adoptar a forma de
“concha”.
Voleibol 38

Durante a execução do gesto, o jogador deverá manter sempre o braço


direito perfeitamente esticado. Este movimento do braço é um
movimento de pêndulo, em que o eixo do movimento é o ombro. A
linha dos ombros deve estar na perpendicular à trajectória da bola,
com o jogador olhando o local para onde quer executar o serviço.
Na execução deste tipo de serviço devemos evitar os seguintes erros:
 Apoios (pés) mal orientados;
 Braço que bate a bola em flexão;
 Mão adoptando outra forma que não a de concha;
 Execução do serviço “em pé” em suma, qualquer alteração à
descrição anteriormente apresentada.

Serviço tipo ténis

Este tipo de serviço toma esta designação pois a bola é batida a um


nível superior ao da cabeça, apresentando desta forma algumas
semelhanças ao serviço executado pelos tenistas.

Ténis em força

Neste serviço os pés estão à largura dos ombros, com o pé esquerdo


colocado à frente do direito. Os ombros estão paralelos à rede. Quando
a bola é lançada ao ar, o braço direito é “armado”, ou seja, colocado
em flexão atrás da cabeça, com o cotovelo levantado e a mão em
extensão sobre o antebraço (ombros estão oblíquos à rede).No
momento em que se efectua o contacto mão/bola por cima da cabeça,
o jogador deve estar equilibrado sobre o pé da frente. Uma vez
efectuado o baequipanto da bola, a perna traseira avança, o que
permite ao jogador pôr--se em movimento, entrar em campo e ocupar
o seu lugar.

Ténis flutuante

A descrição da posição inicial é idêntica à do serviço em força. A sua


grande diferença manifesta-se no contacto mão/bola, que neste caso
reside na paragem do movimento do braço após o baequipanto da bola.
É esta acção que provoca a “flutuação” da bola, ao invés da rotação
que acontece no serviço em força.

Serviço balanceiro
a) Balanceiro em força: É uma variante mais difícil de
aprender. No momento em que se lança a boal ao ar, há uma
flexão lateral do tronco e da perna traseira (direita para
jogadores destros). O tronco, e o braço que vai bater a bola,
Voleibol 39

descem ligeiramente atrás. Depois com um movimento de


rotação o braço sobe, havendo ainda a extensão do tronco e
das pernas. O contacto da bola é feito acima e à frente da
cabeça. A eficácia do serviço balanceiro está intimamente
ligada à precisão do lançamento da bola ao ar. Qualquer erro
nesta acção motora modificará o movimento do braço e a
posição do corpo, o que por sua vez levará o jogador a
efectuar um serviço deficiente.
b) Balanceiro flutuante ou “Japonês”: Efectua-se a partir da
posição inicial referida para o balanceiro em força, e deve
respeitar tudo o que atrás foi dito para o serviço ténis
flutuante.
c) Serviço em suspensão: O serviço em suspensão é constituído
por 6 fases:
1. A atitude preparatória;
2. A corrida de balanço;
3. A chamada;
4. A elevação;
5. O baequipanto da bola;
6. A queda.

A atitude preparatória - O corpo está paralelo à linha final,


ligeiramente flectido. Os apoios estãocolocados em planos
diferenciados. A bola é lançada com as duas mãos, para frente e para o
interior do campo.
A corrida de balanço - O jogador efectua uma pequena corrida de
balanço constituída por um ou dois passos.
A chamada - Após a corrida, o jogador efectua a chamada com a
colocação diferenciada dos apoios, com um abaixamento acentuado do
centro de gravidade do corpo, com os dois braços situados atrás da
linha do corpo. O apoio mais adiantado é o contrário ao braço de
baequipanto. A chamada tem de que ser efectuada antes da linha final.
A elevação - Elevação de todo o corpo, avanço da bacia e subida dos
dois braços com o braço de baequipanto bem armado atrás da cabeça.
O baequipanto da bola - Movimento muito rápido do braço de
baequipanto, de cima para baixo e de trás para frente, em total
extensão, acompanhado do movimento de todo o corpo, o que permite
imprimir à bola uma grande velocidade.
A queda - Efectuada com os dois apoios e normalmente na sua região
anterior. Após o baequipanto da bola o jogador pode cair no interior da
área de jogo.

Manchete

Não pode dizer-se que este gesto seja novo pois há já 40 anos que
diferentes equipas o utilizam. Contudo,é o mais recente na sua
realização técnica. A manchete foi descoberta pelos Japoneses como
meio eficaz na recepção do serviço, especialmente ao serviço
Voleibol 40

flutuante. Hoje em dia é utilizado por todas as equipas do mundo.


Efectua-se em posição fundamental ou na sua variante com pés mais
afastados. Os braços estão esticados, cotovelos unidos e mãos juntas.
O contacto com a bola deve ser feito nos antebraços, cuja parte
anterior deve estar voltada para cima. Assim como no passe, este gesto
técnico deve ser executado com a participação de todos os segmentos
corporais, e o jogador deverá colocar-se “debaixo” da bola, adoptando
aposição adequada. É o gesto técnico normalmente utilizado na
recepção do serviço e na defesa baixa, para defender o ataque da
equipa adversária. Excepcionalmente pode ser usado como meio de
transmissão da bola. A recepção do serviço constitui sem dúvida o
aspecto mais importante do jogo, já que é partir da recepção que se
organiza toda a acção ofensiva e a consequente criação das várias
alternativas de ataque. E fundamental que os jogadores possuam uma
elevada técnica de recepção, que lhes permita uma resposta eficaz ao
serviço, executado cada vez mais com um maior grau de dificuldade, e
ao ataque adversário, de modo a poderem organizar em boas
condições a acção de ataque.
A manchete divide-se em três fases:

1. A atitude;
2. O deslocamento;
3. A intervenção sobre a bola.

A atitude

A atitude que o jogador adopta, na situação de espera, é de primordial


importância para o bom desempenho e eficácia do gesto. Uma posição
base correcta facilita largamente a intervenção sobre a bola.
Principais características ou pontos principais:
 Membros inferiores em acentuada flexão e centro de
gravidade do corpo muito baixo;
 Corpo inclinado para frente com o plano dos ombros
ligeiramente à frente do plano dos joelhos;
 Apoios: um dos apoios avançado em relação ao outro,
permitindo uma boa situação de equilíbrio;
 Peso do corpo distribuído desigualmente pelos dois apoios;
 Braços em extensão quase paralelos ao solo;
 Visão colocada sobre a bola.

O deslocamento
O jogador deverá estar totalmente concentrado e ligado ao
deslocamento da bola. Os vários tipos de deslocamento a efectuar vão
depender da trajectória da bola e da colocação do jogador.
Voleibol 41

A intervenção sobre a bola

O ponto de contacto com a bola são os antebraços, de modo a poder


oferecer-se uma boa e ampla superfície de contacto. Os braços deverão
estar em completa extensão e em rotação externa. As mãos
sobrepostas, ou a tocarem-se ao nível dos pulsos com os cotovelos
praticamente unidos. No momento do contacto com a bola, deverá
existir um movimento deextensão de todo o corpo, acompanhado do
movimento de elevação dos braços, mais ou menos acentuado, em
função da velocidade da bola. Os braços não devem subir acima do
plano dos ombros e o seu movimento deverá estar sempre controlado.
A amplitude do movimento dos braços vai depender da trajectória que
se pretende imprimir à bola e da velocidade de que a bola vem
animada. Uma maior amplitude de movimento produz uma trajectória
de bola mais longa, ao passo que uma menor amplitude de movimento
repercute-se numa trajectória de bola mais curta. O centro de
movimento é articulação dos ombros.

Remate

É o gesto técnico mais complexo do Voleibol. A sua aprendizagem


comporta numerosos problemas, mas apesar da sua dificuldade é o
gesto que mais atrai o principiante. O remate é a acção mais comum de
ataque em voleibol e constitui um elemento de jogo de grande
importância, de alta espectacularidade e de difícil execução.

Apresentamos seguidamente as suas fases de execução:

1. Atitude preparatória:
Tónus muscular distribuído desigualmente pelos apoios permitindo a
libertação do segmento inferior que vai fazer o primeiro apoio no solo.
Ligeira inclinação do tronco à frente e colocação dos braços a preparar
o movimento. O maior ou menor afastamento da rede é determinado
em função das características do jogador e do tipo de ataque a
efectuar. Atitude preparatória que vai corresponder às respostas pré-
organizadas mentalmente pelojogador e que vai reflectir a sua leitura
do jogo.

2. Corrida preparatória:

Em geral compõe-se de três passos uniformemente acelerados, dados


em função da trajectória da bola. O último passo é o de maior
importância devendo ser o maior e o mais rápido. Durante a corrida
preparatória o jogador deverá estar a olhar a trajectória da bola e correr
o mais rapidamente possível na perpendicular da rede. Para um
jogador direito o apoio mais avançado, também chamado pé director, é
o esquerdo, podendo ser ou não, o último a colocar. A fase terminal da
corrida de balanço é travada pela parte posterior dos apoios, os
Voleibol 42

calcanhares, de modo a poder executar-se a chamada com um bom


equilíbrio corporal. O penúltimo apoio é o mais largo e resulta do
maior avanço da perna oposta à da chamada. Posteriormente o pé de
chamada junta-se ao pé de apoio.
O momento de partida e o ritmo de deslocamento dependem
fundamentalmente de:
 da trajectória da bola;
 do local onde o ataque vai ser realizado;
 da sinalização da jogada.

A corrida de balanço pode ter uma orientação:


 Frontal;
 Oblíqua;
 Com mudança de direcção.

A orientação do plano do corpo é sempre realizada em função do tipo


de ataque a efectuar.

3. Chamada:

A sua finalidade é transformar a velocidade adquirida na corrida


preparatória em ascensão vertical. O contacto com o solo é feito com o
calcanhar contrário ao braço que irá executar o remate. Braços e
pernas devem ajudar na impulsão do corpo. Nesta fase os braços estão
“puxados” atrás. Há um acentuado abaixamento do centro de
gravidade do corpo e grande flexão dos membros interiores.
Movimento dos braços da frente para trás e sua colocação em extensão
atrás do plano do centro de gravidade do corpo, com as costas das
mãos viradas para o solo.
Os braços vão ter duas funções essenciais:
 permitem um melhor equilíbrio corporal;
 auxiliam o movimento de elevação de todo o corpo.

Pontos importantes:
 Centro de gravidade do corpo muito baixo;
 Grande flexão dos membros inferiores;
 Colocação dos braços na posição adequada;
 Colocação dos apoios em tempos diferenciados;
 Transformação do movimento horizontal (corrida) em
movimento vertical (elevação).
Voleibol 43

4. Salto ou voo:

Efectua-se com o impulso das pernas e acção dos braços. O braço que
não vai bater a bola tem como acção preponderante equilibrar o corpo
no ar, facilitar e melhorar a extensão do tronco e provocar um
movimento bascular ao corpo e ao tronco, aumentando assim a força
do braço que vai interferir directamente no remate.
A impulsão pode dividir-se em duas fases:
1. A fase inicial - em que se verifica um movimento de elevação
de todo o corpo apoiado na extensão dos membros inferiores e
no movimento dos braços de trás para a frente e de baixo para
cima.
2. A fase final - com uma maior amplitude de movimento do
braço de remate, colocação da bacia à frente do plano
longitudinal do corpo (eixo de gravidade do corpo),
permitindo um movimento posterior do tronco, principalmente
do ombro cujo braço vai bater a bola, de modo a poder armar
correctamente o braço para o remate.

Baequipanto da bola:

A bola deve ser batida com a palma da mão completamente aberta,


acima do seu eixo horizontal e no ponto mais alto possível acima da
rede. Movimento muito rápido do braço de remate de cima para baixo,
a fim de poder bater a bola com o máximo de velocidade,
acompanhado simultaneamente do movimento de trás para frente de
todo o corpo. O plano que contém a trajectória da bola deverá situar-se
à frente do plano do corpo do rematador para a bola poder ser batida
com o braço em extensão, de modo a conseguir-se uma maior eficácia.
O movimento do braço de remate deverá continuar após o baequipanto
da bola.

6. Queda:

O contacto com o solo deve fazer-se com ambos os pés, seguindo-se


posteriormente uma flexão dos membros inferiores. A queda deve ser
suave, equilibrada e pré-dinâmica, de modo a que o jogador possa
imediatamente participar no desenrolar do jogo.

Sumário
Nesta unidade analisamos os gestos técnicos do voleibol e as suas
diferentes formas de manifestação (o serviço, o passe, o remate, o
salto, a manchete, etc.). Analisamos igualmente os deslocamentos e
Voleibol 44

em especial a PBF que é essencial para a aprendizagem das outras


técnicas no veoleibol.

Exercício 4
1. Demostre a PBF e explique-a;
2. Explique por suas palavras o remate. Fale igualmente das suas
fases e faça desenhos ilustrando as mesmas.
Voleibol 45

Unidade nº 5
Sistemas de Recepcção

Os sistemas de recepção mais utilizados em Voleibol são o sistema em


“W” e em “meia-lua”.

Ao completares esta unidade / lição será capaz de:

 Conhecer o Sistema de recepção

Objectivos

Sistema de recepção W
Voleibol 46

Neste sistema cada jogador (posições #1, #2, #4, #5 e #6) é


responsável pela recepção da bola numa área correspondente a um
circulo à sua volta. Neste sistema o jogador da #3 não deverá
participar nas situações defensivas.

Sistema de recepção em “meia-lua”

Neste sistema cada jogador (posições #1, #2, #4, #5 e #6 ou “1, #2, #4
e #5) é responsável pela recepção da bola numa área correspondente a
uma fatia de terrena que vai desde a linha central até à linha de fundo.

Nas equipas de topo este sistema evolui para um sistema de recepção


com dois jogadores apenas (jogadores das posições #1 e #5) libertando
desta forma os jogadores das posições #2 e #4 para as acções ofensivas
de remate.
Voleibol 47

Existem dois principais sistemas defensivos em Voleibol. O sistema


3:1:2 e o sistema 3:2:1.
Sistema 3:1:2

Sistema 3:2:1

Sumário
Os sistemas permitem dispor os jogadores no terreno de jogo. Se
subdividem em ofensivos e defensivos. Os defensivos se relacionam
com a recepção da bola e para a preparação das acções ofensivas.

Exercício 5
1. Disponha os seus alunos/atletas num dos sistemas abordados
nesta unidade como se tratasse de um jogo. Como se
deslocaram os jogadores tanto na ofensiva como na defensiva?
Voleibol 48

Unidade nº 6
Organização Cíclica do Jogo
O termo ciclo significa algo contínuo, e em constante progressão. Por
exemplo: na marcha desportiva, um passo é sempre precedido de
outro. Isto demostra o carácter cíclico da marcha desportiva, não há
momentos de interrupção como saltos, vôos, etc. O jogo de voleibol
apresenta características semelhantes que o tornam num dos jogos
mais dinámicos que se conhece.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Conhecer a organização cíclica do jogo de voleibol;


 Conhecer as fases de jogo de voleibol.

Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• Aprendente – Formando, estudante.

Terminologia

A figura abaixo ilustra o carácter cíclico organização do jogo de


voleibol, e as fases inerentes ao mesmo.
Voleibol 49
Voleibol 50
Voleibol 51

Sumário
O jogo de voleibol é composto por duas fases: a ofensiva e a
defensiva.

Exercício 6
1. Revise a unidade 1 quando se fala do líbero: em qual fase do
jogo ele mais participa? Porquê?
Voleibol 52

Unidade nº 7
Gestos técnicos
Os gestos permitem desenvolver o jogo de voleibol, isto é, só com eles
é que se pode disputar uma partida de voleibol.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Conhecer os tipos de gestos tecnicos ;


 Saber definir gestos tecnicos.

Objectivos

Actividade N°1-Burro

Pode-se jogar num qualquer número de crianças Estas colocam-se


num círculo e jogam a bola ao que está ao seu lado. Quando erra (a
bola cai), aquele que falhou deve passar a jogar só sobre um pé. Ao
segundo erro, deve-se colocar de joelhos e ao terceiro deve ser
eliminado. O jogo pode ser feito, para melhorar o passe, a manchete,
ou os dois.
Voleibol 53

Actividade N°2 Bomba:

Os jogadores colocam-se em círculo. Utilizando o passe ou a


manchete, ou os dois, jogam entre si normalmente. Ao som do apito
(Stop) do treinador, o jogador que tocou a bola em último lugar é
eliminado.

Activadade N°3 Bowling

O treinador dispõem os pinos, bolas ou garrafas vazias no fim de um


corredor largo e comprido. Os jogadores devem, com passe, manchete
ou ataque deitar por terra os obstáculos. Vence quem depois de um
determinado número de tentativas, tiver destruído mais pinos. Deve-se
diminuir ou aumentar o comprimento do corredor, com base na
habilidade dos atletas. Estabelecer uma pontuação por cada obstáculo
abatido.
Voleibol 54

Activadade N°4 Lencinho

O campo, de comprimento adequado às crianças, é dividido em três


linhas. Nas linhas do fundo ficam os jogadores, numerados
progressivamente (pode-se utilizar nomes de cidade, ou cores etc…).
Na linha central estão duas bolas. As crianças que correspondem ao
número chamado, correm à linha central e apanham a bola. Depois, em
passe ou manchete, ou os dois, retornam ao seu posto. Quem chegar
primeiro ganha.

Activadade N°5 Jogo dos Pinos

Uma equipa de cada vez, cada atleta com uma bola. A equipa divide-
se pelas duas linhas paralelas ao campo. Uma série de pinoscolocam-
se no centro do campo. À ordem, as crianças devem derrubar os pinos,
jogando a bola em passe ou manchete.
Voleibol 55

Activadade N°6 Jogo dos Círculos

No campo dispõem-se tantoscírculos quantos os elementos da equipa,


os quais devem estar no interior. A equipa adversária coloca-se sobre
uma linha a uma distância controlada. À ordem, em passe ou em
manchete, devemacertar no adversário dentro do círculo. Os
adversários podem defender-se, desviar-se, mas sem nunca sair dos
círculos. Quemeliminar mais elementos ganha.

Activadade N°7 Os Mil Pés


Voleibol 56

Crianças divididas por equipas. O que está à frente faz sempre passe e
os outros colocam-se em fila indiana seguindo-o. Quando o primeiro
erra e a bola cai, o segundo da fila recomeça. Vence a equipa que
chegar primeiro ao fim.

Activadade N°8 Bomba2:


Os atletas, de preferência em pares, são divididos em duas equipas e
colocadas num campo que é dividido em suas partes iguais. A altura
da rede é proporcional à habilidade dos atletas. O jogo consiste em
lançar a bola para o campo adversário, quem recupera mal a bola,
levando-a a cair no chão, ou se esta passar por baixo da rede ou ir para
fora do campo, é eliminado. Vence quem ao tempo destinado eliminar
mais adversários
Voleibol 57

As mãos:

Os polegares e os indicadores devem formar um triângulo isóscele. As


zonas das mãos que têm contacto com a bola estão evidenciadas a
escuro.

Os dedos

Nem demasiado rígidos, nem ao contrário completamente relaxados. O


contacto com a bola deve ser feito com todos os dez dedos.

Depois do passe, os braços e as mãos acompanham o impulso da bola.


Os braços terminado o impulso, permanecem por instantes em
extensão e depois voltam naturalmente ao longo do corpo.
Voleibol 58

1. Passe para o chão com todos os


dedos;
2. Passe para o chão, alternando,
primeiro com os indicadores, depois
os restantes dedos e por último os
polegares.

Finalidade: sensibilidade dos dedos com a


bola.

Conselhos: não acompanhar a bola, mas


trabalhar as articulações do pulso. Ter os
dedos em ligeira tensão e não rígidos.

3. Passe vertical com todos os dedos, a


50 cm de altura sem deixar cair a
bola;
4. Como o exercício anterior, mas
alternando os dedos (indicadores,
médios e polegares).
Finalidade: sensibilidade dos dedos com a
bola.
Conselhos: evitar passes demasiado altos
que provoquem deslocamento.

5. Passes contra a parede (distância


50 cm) sem deixar cair a bola.

Finalidade: sensibilidade dos dedos com


a bola, procurar da posição correcta do
corpo.

Conselhos: evitar passes demasiado altos


que provocariam deslocamentos
Voleibol 59

6. Primeiro passe contra a parede


(distância 1mt) e o segundo passe
na vertical (1m de altura).

Finalidade: variar a posição do pulso,


com base na trajectória da bola.

7. Passes verticais, o primeiro com 50


cm, o segundo com 2mts.

Finalidade: variar o impulso dos braços e a


força.

8. Em pares: A lança a bola a


B que sentado, desloca-se
para fazer um passe.

Finalidade: sensibilidade dos


dedos com a bola.

Conselhos: A deve lançar a bola


com muita precisão.

9. Em pares: A lança a bola


ao ar para B ( 5 – 6mts de
distância), depois da bola
tocar no solo, pára-a e
reenvia-a.

Finalidade: estudo da postura em


função da trajectória da bola.

Depois deste exercício passa-se a


um passe directo de B sempre
depois de um toque da bola no
chão. Mais tarde A e B jogam sem
deixarcair a bola.
Voleibol 60

A Manchete:

Em fase de aprendizagem è necessário deterse nos vários métodos de


junção das mãos que permitam uma correcta posição dos antebraços e
assim criam uma superfície homogénea de ricochete para a bola.
1. A mão direita fechada em punho, juntase na esquerda e
estende, apertando-a de seguida;
2. A mão direita, com os dedos rijos e juntos, estende-se na
esquerda, também esta com os dedos juntos;
3. Mão direita e esquerda não têm contacto directo, se não
através dos pulsos, que se tocam na face interna. (com esta
técnica é fácil incorrer no erro de separar os antebraços,
descuidando o ponto de ricochete da bola, pelo qual esta
técnica pode criar problemas, em particular nos principiantes);
4. Os dedos da mão direita entrelaçam-secom os da mão
esquerda.
Voleibol 61

Exercícios:
1. Um com a bola à altura da cabeça
lança-a ao outro. A lança a bola
procurando enviá-la alternadamente
com o antebraço direito e esquerdo.

Finalidade: habituar os antebraços


ao impacto da bola.

2. A pares: B envia a bola a A que


responde utilizando a manchete.

Finalidade: sensibilidade do bola


com os braços unidos.

Conselhos: o lançamento de B deve


ser muito preciso.

3. Uma bola na mão: manchete contra


a parede sem parar nem deixar cair a
bola.

Finalidade: sensibilidade do braços


perante a bola.

Conselhos: inicialmente pode-se


enviar a bola sobre si mesmo e depois
enviá-la para a parede. A altura da
manchete deve ser de 2mts.

4. Uma bola na mão. Realizar manchetes


sobre si próprio, com diferentes alturas.

Finalidade: maior sensibilidade do


golpe sobre a bola.

5. Em pares: 5/6mt de distância, B atira


bolas de ténis (ou bolas de pequenas
dimensões) para A que deve agarrá-la no
ar com os braços à altura dos joelhos.

Finalidade: estudo da trajectória da


bola.

Conselhos: efectuar várias repetições e


utilizar diferentes bolas para não perder
muito tempo na recuperação.
Voleibol 62

6. Em pares com uma bola: B


envia a bola contra o chão para A
que depois do ressalto joga em
manchete.

Finalidade: estudo da trajectória


da bola e da manchete.

Conselhos: tentar fazer com que o


companheiro se movimente do
lugar de partida.

7. Em trabalho de pares B faz passe


para A que responde sempre em
manchete, sem deixar a bola cair.

Finalidade: melhorar a execução da


manchete.

Conselhos: tentar fazer movimentar A

Sumário
O mini volei é uma forma de actividade motora que, tendo como ponto
de partida o Voleibol, se propõe às crianças como meio para a
aprendizagem de uma correcta actividade motora de base, isto pode
ser feito através de uma série de exercícios técnicos mas também
através de uma série de jogos adaptados ao voleibol. Sobretudo através
dos jogos consegue-se manter vivo o interesse dos atletas que de outra
forma se desmotivariam. O voleibol é um desporto que inicialmente é
difícil nos seus fundamentos de base, assim recorre-se ao jogo para
levar o atleta a trabalhar os gestos e ao mesmo tempo dar ao atleta a
dose de diverequipanto e motivação que necessita.

Exercício 7
1. Desenhe cinco exercicos para o melhoramento das técnicas
dos alunos numa aula de Educação Fsica.
Voleibol 63

Unidade nº 8
Organização de competições
e eventos para federações
nacional nível I e II

Esta unidade vai explicar a natureza de organização de competições,


isto, é os passos a seguir.

Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Saber compara os tipos de pedagogia que existiram anteriormente;


 Conhecer as tendências que englobaram o processo de ensino e
aprendizagem.
Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• Aprendente – Formando, estudante.
• Formador – Docente, ensinante.
Terminologia
• EP – Ensino Primeiro.
• ESG – Ensino Secundário Geral.

A sua preparação e organização, deve adaptar-se às condições de cada


País e níveis de desenvolvimento da modalidade, procurando ajustar
os meios que possui às possibilidades de realização dos objectivos
pretendidos. Dar pequenos passos iniciais, mesmo com limitações, é
sempre possível, e constitui um estimulo para o desenvolvimento. As
carências e limitações, não devem constituir um factor impeditivo,
antes serem consideradas como dificuldades que podem ser
ultrapassadas, mesmo se isso implica objectivos iniciais mais
Voleibol 64

limitados. A resposta terá de partir da realidade de cada Federação,


identificando a(s) zona(s) de desenvolvimento, a partir da(s) qual(is)
seja possível pensar uma estratégia de lançamento dum projecto de
organização de um torneio ou de um Campeonato Nacional, de acordo
com os recursos humanos fundamentais para tal: atletas, treinadores,
árbitros e dirigentes, os quais são sempre os precursores dos clubes e
das equipas. Isto sem esquecer os entusiastas, aqueles que alimentam a
chama da modalidade e que são voluntários cheios de vontade, e
essenciais ao desenvolvimento dos clubes, das equipas e da
modalidade.

O passo seguinte, é a apresentação de um Projecto Inicial para a


implementação da modalidade. Este deverá incluir os aspectos
logísticos, administrativos e operacionais necessários para a sua
realização, e que passam pelas condições possíveis de obter ou
disponíveis no momento, que permitam a sua concretização com
simplicidade e poucos recursos materiais e humanos.

Uma visão pragmática é aqui essencial, de modo a que se possa


implementar a realização do mesmo, no mais curto espaço de tempo, e
com todas as possibilidades de sucesso. Assim, após uma reflexão
inicial, os principais pontos de interrogação serão: como e por onde
começar?

1. ETAPAS DE CONCRETIZAÇÃO

O processo de planificação é contínuo. Os planos estratégicos são


desenvolvidos de uma plataforma estratégica, são seguidos por vários
planos específicos de diversas áreas operacionais.

A planificação estratégica

As organizações desportivas de sucesso, como é o caso da FIVB.,


baseiam-se num processo de planificação eficaz e contínuo. A
planificação conduz a um sentido comum dentro da organização: saber
o que se quer. A estratégia tem a ver com a orientação e liderança de
uma organização, de modo a conseguir atingir os seus fins: presentes e
futuros.

Assim, é importante definir duma forma simples o Plano Estratégico


da Federação, ou seja, as intenções ou fins que se querem realizar e
que afectam o futuro da organização. É a partir das intenções ou
estratégias pensadas para a sua realização, que podemos pensar a
gestão e o plano operacional necessário para o sucesso de qualquer
organização. São estes planos que ajudam uma organização a gerir as
ua actividades do dia a dia com mais eficiência.
Outros planos podem ser considerados e incluem:
 Plano financeiro (1 ano – recursos/ receitas e despesas)
Voleibol 65

 Plano de Gestão e negócios ( 1 a 3 anos)


 Plano Operacional ou anual
 Plano de Marketing ( estrutura temporal variável)
 Plano de Relações Públicas ( duração temporal variável)
 Plano de Organização de Eventos e Competições

Organização de Competições e Eventos

a) A Plataforma Estratégica para a Acção: A base de partida,


normalmente definida e construída pela Direcção da Federação ou
organização. É esta que define a missão, os fins e objectivos, os
valores e os resultados a obter. Devido às mudanças políticas e sociais
constantes, características das sociedades actuais, são crucial um
pensamento estratégico e criativo. A definição desta planificação
formal, deve ser prevista para um período de 3-5 anos, embora possa
ser mais reduzido.

b) A Declaração da Missão: Esta declaração descreve, dum modo


breve, os fins ou intenções da organização, os seus objectivos
principais e os seus valores.
 Fins – uma pequena e sucinta declaração focando o porquê da
existência da organização e os resultados que ela quer atingir
(não define como quer atingir estes resultados).
 Actuação – principais métodos de trabalho da organização,
actividades ou serviços.
 Valores – os princípios que guiam os membros no seu
trabalho para atingir os fins propostos.

c) Fins: Os fins são declarações específicas das intenções ou direcção


da organização.
Geralmente referem-se a áreas específicas de actuação. Como exemplo
uma organização pode ter em vista fins em cada uma das seguintes
áreas:
 Programas / actividades
 Perfil de posicionamento nacional e internacional
 Resultados financeiros a obter
 Eficiência administrativa

d) Objectivos: Os objectivos são alvos realizáveis e mensuráveis que


especificam o que vai ser realizado, com quem, quando, onde e como.
Os objectivos devem ser SMART (inteligentes):
 Sustentáveis
 Mensuráveis
Voleibol 66

 Atingíveis
 Realísticos
 Temporalmente definidos

e) Resultados: Os resultados são o que acontecerá se uma


organização realizar os seus objectivos. Eles oferecem um meio
de medir o rendimento e grau de realização duma actividade
dentro duma certa estrutura temporal ou prazo. Logo, mesmo na
organização dum Campeonato Nacional ou dum Torneio, o
conceito de Plano Estratégico é sempre fundamental. Desde logo
porque é um processo sistemático, contínuo e flexível. Depois
porque a sua definição ajuda uma organização a pensar através
das sua opções e futuras direcções, e permite-lhe mais
facilmente adaptar-se às mudanças.

A planificação estratégica ajuda uma organização a identificar a


direcção em que quer ir e os seus objectivos, e em seguida a
procurar colocá-los em prática e realizálos. Ele constitui um
poderoso instrumento de apoio a uma organização, no sentido
desta desenvolver um trabalho melhor e com mais possibilidades
de sucesso.

Assim, a planificação estratégica pode:


2. Avaliar as circunstâncias ambientais (ex: solicitações do
mercado em termos de desporto / produto; competição por
exemplo, o que os outros desportos estão a fazer) – de
modo a ajudar a organização a sobreviver e prosperar no
seu ambiente;
3. Providenciar uma clara direcção de acção, através da
definição de objectivos e alvos que fornecem uma base
para a avaliação do rendimento da organização na
prossecução dos seus fins;
4. Clarificar o que é necessário fazer para atingir os
objectivos;
5. Envolver todas as partes num processo de consultas e
planificação da acção prática;
6. Responder às mudanças ambientais;
7. Unificar a organização – ter uma visão comum;
8. Facilitar a criação de planos subsidiários;
9. Permitir a adaptação contínua da organização;
10. Conseguir o empenho e apoio de todos os participantes e
clientes da organização;
11. Conseguir uma plataforma segura para a tomada de
decisões e elaboração de outros planos.
Voleibol 67

2. Quem deve ser envolvido na planificação estratégica?

Além de toda a direcção e do staff executivo e de gestão, todos os


clientes e usuários (atletas, dirigentes de clubes, clubes), devem ser
envolvidos. A não participação de todos, pode levar a resistências ou
apatia que dificulta a realização e implementação das estratégias
previstas. A planificação necessita de tempo, recursos e empenho.
Tempo para considerar todas as opções/problemas e definir um
processo que esteja dentro do orçamento, e seja apropriado para a
estrutura e cultura da organização. O tempo e os custos, são os factores
chaves. Pense nisto antes de iniciar o processo. Considere o seguinte:
 Que problemas potenciais se podem levantar desde o inicio do
processo ou na obtenção dos resultados?
 Será necessário procurar algum aconselhamento de
especialistas?
 Quais são os resultados desejados?

Instrumentos da planificação
O uso de apropriados instrumento de planificação pode ser
inestimável. Entre eles apontam-se:
a. O Brainstorming ou tempestade cerebral porque se destina a
provocar o despertar de ideias em roda livre e sem entraves.
Ideias em quantidade é um bom índice. Quanto mais ideias,
mais é possível que surjam algumas úteis. O criticismo não é
permitido numa fase inicial. Apenas numa fase mais tardia os
comentários mais críticos se poderão fazer ouvir. Combine e
melhore ideias. Encoraje os participantes a serem criativos e
cada um a ter uma ideia. O tamanho do grupo deve ser de 6-7
pessoas.
b. Análise de Tendências. As tendências são baseadas no que
aconteceu no passado e no que pode ser possível que aconteça
no futuro. Estas podem ser desenvolvidas graficamente – ex.,
o numero de atletas nos últimos 4 anos; a obtenção de recursos
financeiros e orçamentais.
c. A análise SWOT – anagrama em inglês das palavras – forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças. As forças e fraquezas,
referem-se a factores que normalmente estão dentro do
controle da organização. As oportunidade e ameaças, são
aspectos externos. O objectivo desta análise é construir
estratégias que saibam tirar partido das forças e oportunidades
e ultrapassem as ameaças. Um grupo de 5-6 participantes, de
proveniências variadas (Direcção, Clubes, Imprensa, Atleta,
Treinador) é o ideal para,uma reflexão deste tipo.
Voleibol 68

3. Plano Operacional

Por último, o pôr em prática ou seja o passo final do processo de um


planificação estratégica, que é transformar uma visão de longo termo
da organização, numa acção a curto prazo. Isto é realizado pelo plano
operacional. Este (também chamado plano de acção ou de negócios),
especifica o quê, onde, quando, quem, e como se irão realizar as
actividades ou acções previstas. Os planos operacionais identificam
todas as tarefas chaves a realizar e clarificam quem é responsável por
estas tarefas. Os períodos de tempo previsto para realizar as acções dos
planos operacionais são resumidos , e relacionados duma forma útil.

A definição de Actividades no Plano Operacional

a) Como delinear um Plano Operacional?


Proponha um alvo e defina objectivos: Considere as acções que é
necessário tomar para atingir o objectivo e realizar o resultado
pretendido. Escreva o que acontecerá, quando, com quem, os possíveis
custos e outros recursos requeridos.
a. Elabore uma lista completa de acções. Defina o tempo
previsto para realizar as acções ao longo do período definido,
e as datas de finalização das mesmas.
b. Determine quem tem a responsabilidade geral para assegurar-
se que o alvo pretendido e os objectivos definidos são
atingidos.
c. Avalie a carga de trabalho ao longo do período de tempo
definido ou anualmente, se for o caso, e ajuste o que for
necessário. Podemos encontrar determinados períodos em que
o trabalho ultrapassa as capacidades da organização - Junho/
Agosto, sendo necessário prever algumas adaptações, ou
transferir outras actividades menos prementes. Assegure-se
que no seu planificação e no período temporal definido para a
realização das acções, estes aspectos são revistos e
monitorizados de uma forma clara.
d. Use este processo operacional para cada dos alvos prioritários
definidos no seu plano estratégico.

Actualmente, a organização de um evento desportivo levanta questões


diversas do tipo organizativo e informativo. Na organização de uma
manifestação desportiva subentende-se o respeito das três fases
fundamentais:

1ª Fase de levantamento inicial de necessidades: a esta fase


corresponde uma análise e definição prévia de tudo o que
venha a ser necessário realizar em seguida para que a
iniciativa a empreender resulte num êxito. Trata-se de
compilar uma lista de controlo do conjunto das acções a levar
a cabo, onde, a partir do objectivo final, se estabelecem
objectivos intermédios. Só perante esse inventário completo
Voleibol 69

de tudo o que é necessário e possível de realizar, estaremos em


condições de passar à fase seguinte.

2ª Fase de programação temporal: Uma vez feito o levantamento


prévio da generalidade das fases intermédias e respectivas
necessidades pessoais, materiais, logísticas, etc., torna-se fundamental
programar no tempo a duração de cada uma, de modo a permitir
atingir o objectivo final.

3ª Fase de execução e controlo: Tudo o que foi previamente definido


encontrará aqui e ali necessidade de certos ajustamentos, face às
dificuldades sempre levantadas no decurso da organização de
manifestações. Ao longo desta fase de execução e controlo, trata-se de
seguir muito de perto o desenrolar das diferentes acções e intervir,
sempre que o não cumprimento do inicialmente previsto assim o
justifique.

Aspectos de pormenor relacionados com a organização de uma


manifestação desportiva:
a. Contactos com entidades públicas ou privadas;
b. Logística do local de competição;
c. Recepção de atletas, acompanhantes e transportes;
d. Propaganda (acção prévia de conquista de apoios materiais e
financeiros; divulgação sistemática e bem escalonada no
tempo junto dos diferentes órgãos de informação local; maior
incidência última ao nível de propaganda local, tendo em vista
o necessário enquadramento humano para a iniciativa),
e. Atribuição de responsabilidades na comissão organizadora.

É fundamental saber como e o que construir, contemplando critérios


objectivos, assentes em alguns princípios orientadores. Eis alguns
exemplos e diversidade de princípios para a realização de um plano:

Objectivos
A prática desportiva possui um impacto social bastante significativo,
nomeadamente quando se reconhece que a competição é um factor
motivador para comportamentos que parecem estar na base da
conquista de estatutos individuais e sociais. Compreende-se e aceita-se
que a definição de um objectivo deva ser precisa e orientada. A forma
como é vista a modalidade ou a competição deve ser consequência do
objectivo pretendido e não alheio ou alterado por outros princípios que
não estejam na base do objectivo proposto.

Competição
A competição propriamente dita é uma componente obrigatória de
qualquer prática desportiva. Neste contexto, tem uma interpretação de
Voleibol 70

resultado. Poderá estar dividido em vários níveis (locais, regionais,


zonais, nacionais). Na sua realização deveremos ter atenção especial
aos quadros competitivos apresentados, pois devem ir ao encontro dos
interesses dos intervenientes e as suas necessidades de formação.

Formação
As competições de formação têm de ser provocadoras de processos de
treino adequados aos objectivos da preparação juvenil e não
direccionar negativamente essa preparação para caminhos prejudiciais
aos praticantes e à sua formação, por causa de exigências competitiva
desmesuradas. Uma competição organizada com o objectivo de
formação não pode partir do princípio errado, que normalmente é a
imagem das referências mais conhecidas, construídas com base no
desporto dos adultos e dos níveis de rendimento mais elevados.

Recursos Humanos
O enquadramento humano para a organização de torneios, deve ter
particular atenção aos seguintes elementos: número de equipas,
praticantes, escalões e árbitros existentes. Esta consciência do número
e das pessoas envolvidas deverá ser uma das bases fundamentais a
uma boa organização. No caso específico de federações de Nível I e II
a angariação de voluntários para a realização das actividades não
competitivas deverá ser um dos passos a tomar.

Materiais
As dificuldades evidenciadas pelo tipo de federações às quais este
projecto é dirigido podem ser ultrapassadas através da utilização de
recursos escassos. O mais importante é que as condições de prática da
modalidade sejam as mais adequadas às condições existentes. Entre as
possibilidades existentes para montar campos e colocar postes
apresentamos alguns exemplos que são de fácil construção e oferecem
segurança

Fig.1 - Fig.2 -
Voleibol 71

Fig.3 Fig.4

Fig.1 - Utilização de um pneu para segurar o poste


.
Fig.2 - Utilização de um caixote de madeira para enchimento de pedras e
areia

Fig.3 - Poste cravado no terreno com espias de aço ou corda plástica.

Fig 4 - Aproveitamento de árvores ou de paredes.

Relativamente à adaptação às condições de espaço envolventes, bem


como às características do solo, a formação de campos de jogos pode
ser realizada de forma distinta. As condições de prática deverão ser
adequadas ao espaço geográfico disponível:

Fig.5 – Aproveitamento para dois campos.

Fig.6 – Aproveitamento para três campos


Voleibol 72

Logística no jogo

Marcador

Por forma a diminuir os custos bem como ajustar à realidade existente


nas Federações de nível I e II, podemos sugerir o seguinte marcador
simples e fácil de utilizar.

Fig.7 – Exemplo de marcador

Boletim de jogo

O boletim de jogo é um documento que possibilita o controlo e gestão


da actividade de cada equipa ao longo do jogo. Devido aos factores
anteriormente apontados podemos sugerir uma adaptação do seguinte
boletim de jogo simplificado.
Voleibol 73

Fig.8 – Exemplo simplificado de boletim de jogo

Temporal

A gestão do tempo é fundamental para o bom desenrolar a conclusão


da prova nos prazos previstos. Adequar os recursos e associá-los às
questões humanas, financeiras e logísticas, sem nunca nos
esquecermos do princípio básico, “qualquer coisa pode ser feita”, é
essencial.

Financeiros

Falar de desporto nos dias de hoje é falar numa realidade em constante


evolução, em permanente estado de ruptura com o passado, em
confronto com outros agentes sociais (Confederação do Desporto de
Portugal, 2001); é falar de empresas para mostrarem o seu poder (Pires
& Elvin, 1998); é falar em negócio, comércio, lucros, direitos
televisivos e milhões (Heinemann, 1998); é falar de uma realidade
multidimensional complexa, em que ideias, factos, factores e agentes
se agrupam formando um todo (Costa, 1999). É com base neste
enquadramento que uma gestão equilibrada do orçamento da prova se
torna imprescindível para o equilíbrio da mesma e mesmo da
instituição que a organiza. A diminuição dos custos sem menosprezar
a qualidade da prova é um dos pontos fundamentais. A angariação de
parceiros (sponsors), a relação com instituições várias (Câmaras,
Escolas, etc.), de voluntários, bem como a integração dos próprias
atletas na realização de várias actividades são formas possíveis para a
diminuição dos custos.

Devido às características das Federações para as quais está orientado


este projecto devemos fazer uma pequena reflexão sobre o meio
desportivo e a sua realidade.
Voleibol 74

A presença de subdesenvolvimento desportivo leva-nos para um


campo elementar de organização desportiva. O desenvolvimento
desportivo só será significativo quando se integrar nas restantes
actividades sociais mediante projectos que abranjam a maioria da
população. Desta forma, é fundamental orientar o desenvolvimento
desportivo que vise inicialmente um aumento progressivo de número
de praticantes.

O aumento do número de praticantes constitui condição necessária


para que aumentem as situações favoráveis à obtenção de recursos.
Podemos então sugerir linhas de orientação para a aquisição de
recursos financeiros, de uma forma progressiva e evolutiva:

Voluntariado – a existência de colaboradores realizando actividades


voluntárias e de ocupação de tempos livres, pode ser uma mais valia,
em termos funcionais e sociais. Todas as pessoas necessitam de
motivação para desempenharem bem as suas tarefas. Os voluntários
necessitam de uma motivação particular ou incentivo para ocuparem
os seus tempos livres, assim, será necessário ter em atenção 4 pontos
essenciais – variedade (nas tarefas e actividades, no desenvolvimento
do trabalho e nos grupos), oportunidade de decisão (no desenrolar do
trabalho e na resolução de problemas), desafios e objectivos (metas
realistas a atingir, necessidade de feedback no processo), valorização
do seu papel (necessidade de saber que o seu esforço conta para o
sucesso da actividade global).

Relação com instituições várias (Câmaras, Escolas, etc.) – a


existência de relações com várias instituições por forma a cooperarem
na organização de um evento desportivo, dividindo assim os recursos
(financeiramente, serviços, equipamentos, etc) por vários parceiros
poderá ser uma forma de redução dos custos globais e parciais.

Desempenho de actividades múltiplas – com acções de multi-


desempenho podemos rentabilizar o factor humano. Nomeadamente
em processos de massificação e de pouca especialização, o facto de
possuirmos pessoas com dupla função (ex: jogador e árbitro) poderá
reduzir drasticamente os custos dos recursos humanos em cerca de
50%.

Patrocínio (comércio local e regional) – a angariação de pequenos


recursos (financeiramente ou serviços) em provas de carácter local ou
regional poderá ser uma forma de aumentar o orçamento global, pois
serão as próprias entidades a imagem da prova. A dinamização de
qualquer evento desportivo não pode descurar a envolvência local. A
importância que as pequenas empresas dão à associação a um evento
de sucesso que tenha visibilidade perante os seus clientes poderá ser
explorada de forma a rentabilizar a imagem quer da organização quer
da associação dessas organizações.

Sorteios– a angariação de recursos em termos de equipamentos poderá


ser rentabilizada através da execução de sorteios seriados por forma a
atribuir esses recursos como prémios.
Voleibol 75

Patrocínio – actualmente, constata-se que as empresas vêem no


desporto um meio excelente de canalização das suas mensagens para
os seus públicos específicos. Desta forma, é intenção das empresas
associar a marca a um produto de qualidade. Perante isto, deve a
condução da proposta de apoio transformar-se num negócio e não
numa missão de caridade, apresentando-se o produto que é elaborado
por uma entidade desportiva. Pelo facto de este projecto ser
direccionado para Federações de poucos recursos e com pouca
visibilidade, surge a necessidade de definição de pontos de abordagem
ao potencial patrocinador. É necessário ter a noção que neste contexto
estamos perante organizações desportivas de base “pequenos clubes”,
clube de bairro e colectividades populares, que se organização de
forma a dar respostas às carências desportivas locais.

Desta forma julgamos ser necessário partir de um princípio de


realização de acções conjuntas (autarquias, escolas, etc.) numa fase
inicial, por forma a solucionar as carências básicas e criar bases de
desenvolvimento humano e logístico (infraestruturas polivalentes de
índole recreativo e desportivo). Temos noção de que para este nível de
patrocínio o produto terá de possuir grande valor e este só será
possível através de duas vertentes, resultado ou valorização social
(massificação). Este último deverá ser o ponto de partida para o
desenvolvimento sustentado e extensivo do Voleibol nas Federações
de nível I e II. Com base neste enquadramento, será necessário
elaborar um orçamento da prova, sendo este imprescindível para o
equilíbrio da mesma e da instituição que a organiza. A elaboração de
um orçamento é um processo orientado e específico, complexo e
preciso que deve conter duas vertentes: a dos proveitos, que
abrange todos os itens referentes às receitas, e a dos custos que
abrange todos os itens referentes às despesas. Para uma melhor
compreensão da sua elaboração iremos apresentar uma norma de
orçamento.

N Ganhos/lucros Valores
1 Receitas públicas Mts
2 Patrocinadores Mts
3 Publicidade Mts
4 Aluguer de espaços Mts
5 Donativos do mecenato Mts
6 Inscrições Mts
7 Merchandising Mts
8 Direitos de transmissão televisiva ou outra Mts
9 Outros proveitos Mts
Fig.9 - Norma de orçamento - ganhos
Voleibol 76

N Custo Valores
1 Contrato com a Federação Organizadora Mts
2 Promoção do Evento Mts
3 Instalações Mts
4 Recursos Humanos Mts
5 Apetrechamento desportivo Mts
6 Alojamentos Mts
7 Transportes Mts
8 Alimentação Mts
9 Equipamento e material escritório Mts
10 Equipamento informático Mts
11 Comunicações Mts
Fig.10 - Norma de orçamento – custos

Geográficos

A distância entre as equipas envolvidas é um dos princípios


orientadores para a organização de qualquer torneio. A influência dos
custos de deslocação de uma equipa para participação numa prova
podem ser insuportáveis afastando-a assim da sua participação. Para
combater estas dificuldades podemos sugerir vários tipos de
competições; locais, regionais, nacionais. Estas poderão estar
associadas aos diferentes tipos de quadros competitivos: eliminatória
simples, dupla eliminatória, todos contra todos a uma ou duas voltas,
formas mistas; integrados em variantes por divisões ou por grupos.

Após uma reflexão sobre estes pontos deveremos elaborar um quadro


competitivo que mais se adeqúe a este processo complexo.

Critérios para a organização de quadros competitivos:

1. Homogeneidade: É fundamental para a manutenção de


uma enquadramento formativo nas competições
desportivas que sejam disputadas entre equipas ou atletas
de valor homogéneo e equilibrado, quanto à idade, etc.

2. Avaliação inicial de capacidades: Todo e qualquer


planificação anual, relativo à competição deve conter
uma avaliação inicial de capacidades.

3. Constituição de quadros competitivos e determinação


de vencedores: As séries ou divisões não devem ser
estáticas.
Voleibol 77

Sumário
Na história da educação, várias foram as tendências que englobaram o
processo de ensino e aprendizagem. Dois grandes grupos: a Pedagogia
Tradicional e a Pedagogia Progressivista.

Exercício 8
4. Organiza um eventos desportivos .
Voleibol 78

Unidade nº 9
Como elaborar o sistema de
competição

Em qualquer actividade, deparamo-nos com a necessidade de


elaborar formas de disputa de competições desportivas.

.
Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:

 Saber o sistema de competição no voleibol.


 Conhecer elaborar o sistema de competição

Objectivos

A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:


• Aprendente – Formando, estudante.
• Formador – Docente, ensinante.
Terminologia
• EP – Ensino Primeiro.
• ESG – Ensino Secundário Geral.

Em qualquer actividade, deparamo-nos com a necessidade de elaborar


formas de disputa de competições desportivas.

As competições de desportos colectivos podem decorrer segundo as


seguintes formas de disputa:
1. eliminação simples
2. dupla eliminatória
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3. todos contra todos


4. mistos

Tipos de quadros competitivos

1. Eliminatória simples: Quadro de fácil elaboração. Tem por


objectivo manter em jogo apenas as equipas vencedoras. Este quadro é
aconselhável para espaços e tempos reduzidos, possibilita uma
seriação directa e de fácil compreensão. Se pode ser uma solução para
situações precárias, sugerimos que não seja uma solução para os
escalões de formação visto que possui algumas desvantagens que
podem influenciar negativamente o processo de ensino-aprendizagem:
as equipas poderão ser eliminadas apenas com um jogo realizado; e o
sorteio pode ditar grandes disparidades competitivas.

Fig.11- Quadro competitivo de eliminatória simples

Para conhecer o número total de jogo deste calendário teremos de


subtrair um ao número total de equipas.

Ex: 4 equipas 4-1=3 (número de jogos)

Este tipo de quadro pode ser realizado dentro do mesmo grupo ou


entre grupos.

2. Dupla eliminatória: Quadro mais complexo, constituído por duas


chaves simétricas, formando um quadro de vencedores e de vencidos.
Este formato possibilita: que uma equipa com uma derrota ganhe o
torneio, um nível competitivo equilibrado, o ranking final permite
detectar o real valor das equipas em prova, a classificação é precisa em
cada ramo. Por outro lado apresenta algumas desvantagens tais como:
a duração da prova, uma maior sequência de jogos, necessidade de um
maior número de campos.
Voleibol 80

Fig.12 - Quadro competitivo de dupla eliminatória

A forma de disputa deste quadro tem uma elaboração semelhante à


anterior. Para determinar a quantidade total de jogos necessários a
disputar aplica-se a fórmula seguinte:

(T-2)2+2=Jogos
Ex: 8 equipas (8-2)2+2=14 (número de jogos)

3.Todos contra todos a uma volta: Quadro competitivo à imagem


dos escalões superiores (seniores). Apresenta as seguintes vantagens:
possibilidade de jogar com todas as equipas, permite identificar a
equipa mais regular, permite uma gestão mais equilibrada da
competição. Relativamente às desvantagens podemos referir as
seguintes: elevado número de jogos, possibilidade de jogos
desnívelados, frequência de jogos elevada, desmotivação devido ao
desequilíbrio competitivo. Uma forma simples para a elaboração deste
tipo de quadro é fixar uma equipa e rodar as outras seguindo a mesma
ordem (ver Fig.11)

Fig.13 - Quadro competitivo de todos contra todos


Voleibol 81

Neste sistema, o número de jogos a realizar é determinado pela


seguinte fórmula:

N= T (T-1) 2
Ex: 6 equipas 6 (6-1) =15 (número de jogos)

Em caso de equipas impares, adopta-se um procedimento de rotação


normal mas uma das equipas fica isenta, exemplo:

4. Todos contra todos a duas voltas: Quadro competitivo à imagem


do anterior, com a particularidade das equipas se defrontarem duas
vezes.

5. Formas mistas: São formas complexas de organização, surgem da


conjugação de vários quadros competitivos.

Todos estes quadros competitivos apresentados podem ser controlados


através de variantes de tempo e pontuação.

O Processo Administrativo

Compreende todas as tarefas administrativas referentes seja inscrição e


legalização dos clubes, das equipas, dos jogadores, dos treinadores e
árbitros, bem como aos regulamentos referentes à organização da
competição ou torneios, esquemas da mesma, sorteios, controle e
Voleibol 82

gestão da prova – recepção e comunicação dos resultados, elaboração


da classificação, marcação de jogos e alteração dos mesmos,
nomeação dos árbitros e reconhecimento dos treinadores.

Regulamento de Provas
É um instrumento essencial no processo de criação de um Campeonato
Nacional. Deverá conter, duma forma simples e concisa, os pontos
fundamentais necessários à organização da prova, entre os quais:
a. a designação da competição e data da sua realização;
b. a responsabilidade da sua organização;
c. as normas específicas referentes à participação e apuramento
das equipas;
d. a forma de classificação – as situações de desempate:
e. o sorteio dos jogos;
f. o calendário dos jogos;
g. o esquema de provas e o método de elaboração dos
h. a inscrição dos clubes, das equipas e dos atletas

Normalmente um Regulamento de Provas é constituído por 5


Capítulos:
 Capítulo I: Da Organização das Provas
 Capítulo II: Provas Oficiais
 Capítulo III: Da Participação dos Clubes
 Capítulo IV: Dos Recintos de Jogos e Preparação dos Jogos
 Capítulo V: Da Realização dos Jogos

Capítulo I – Da Organização das Provas

Como o próprio nome o indica, refere, define e delimita o inicio e fim


da Época Oficial – normalmente entre 1 de Agosto de um ano, e 31 de
Julho do ano seguinte, bem como as provas consideradas oficiais e
organizadas sob a égide da Federação ou Associações. Estas são
consideradas Oficiais, quando a sua organização pertence à Federação,
às Associações ou a outras entidades reconhecidas e autorizadas pela
Federação. As regras para o reconhecimento de qualquer prova, bem
como a comunicação da decisão da Federação são também
definidas.Por último define a aplicação em todas as Provas Oficias do
Regulamento de Provas da Federação, das regras de jogo Oficiais da
Federação Internacional de Voleibol – FIVB., bem como as directivas
de Arbitragem da Federação, ressalvando alguma prova especial cuja
legitimidade se encontre reconhecida.
Voleibol 83

Capítulo II – Provas Oficiais


Define as provas a organizar pela Federação em cada época:
1. Campeonatos Nacionais de Seniores Femininos e Masculinos
- I ; II ; III Divisão (sem referenciar as provas a organizar
pelas Associações Regionais – Campeonatos Regionais);
2. Campeonatos Nacionais de Juniores Femininos e Masculinos
(com fases zonais, regionais e nacionais);
3. Campeonato Nacional de Juvenis Femininos e Masculinos
(com fases zonais, regionais e nacionais);
4. Taça Nacional de Seniores Femininos e Masculinos.

Prevê ainda a organização de provas periódicas para os escalões mais


novos:
1. Minis Femininos e Masculinos
2. Infantis Femininos e Masculinos
3. Iniciados Femininos e Masculinos

Além destas provas, dá-se abertura à organização de outras provas de


acordo com as estratégias definidas para o desenvolvimento da
modalidade. As provas apresentadas, são realizadas segundo as –
Normas específicas definidas no Regulamento de Provas, incluindo o
seu esquema de provas. Nas competições, segundo o seu nível
hierárquico, estas são consideradas abertas ou fechadas. As
competições abertas podem ser disputadas em fases locais, zonais,
regionais e finais dos Campeonatos Nacionais. O numero de equipas a
apurar de cada fase, para a fase seguinte – zonal ou regional, será
obtido em função do numero total de equipas inscritas nesse escalão, e
de acordo com a fórmula percentual seguinte:

Percentagem ( % ) de equipas do Grupo x N = N.º de equipas apuradas


por fase.

N = ao numero de equipas a participar na Fase ( zonal, regional,


Nacional) Se o resultado for inferior a 1,5 , o respectivo Grupo apenas
apurará uma equipa.

Havendo igualdade na casa das décimas, será apurada a equipa cujo


regional tenha tido menor numero de equipas.

Deslocação das equipas: Para efeitos de deslocações e agrupamento


por séries, as equipas e os clubes serão considerados da mesma
Voleibol 84

localidade ou zona, sempre que não tenham que percorrer, ao deslocar-


se para um mesmo recinto, uma em relação à outra, uma determinada
distância a definir segundo as realidades e possibilidades locais. No
caso particular de regiões ou Países, com dificuldades de comunicação
ou deslocações, os agrupamentos poderão ser feitos em forma de
Torneios, a realizar só em determinadas alturas da época, que sejam
mais favoráveis em termos climáticos e sociais.

Forma de Classificação

As classificações dos Campeonatos Nacionais das divisões


consideradas fechadas, determina-se através da soma dos pontos. No
mesmo sentido as divisões abertas,

cujas finais de Campeonatos se realizam em forma de final


concentrada ou Torneios, serão determinadas pela somas de pontos.

A contagem dos pontos determina-se do seguinte modo:


a) Vitória ..................................................2 pontos
b) Derrota .................................................1 ponto
c) Falta de Comparência ...........................0 pontos

Na organização de Torneios, a classificação poderá ser ordenada por


vitórias e derrotas.Empate na classificação Se nas competições por
pontos, houver empates entre dois ou mais Clubes, a classificação será
ordenada do seguinte modo:
a) O que tiver melhor quociente entre os sets ganhos e perdidos;
b) O que tiver melhor quociente entre pontos ganhos e perdidos;
c) Subsistindo o empate, a classificação é ordenada em função do
que tiver maior pontuação classificativa no(s) jogo(s)
disputado(s) entre si.

Na organização de Torneios, em caso de empate entre vitórias e


derrotas, a classificação será ordenada do mesmo modo.

A Classificação em face de Eliminação

Um clube ou equipa eliminado por desistência, após a prova ter sido


iniciada, determina que a sua classificação seja nula, não sendo
portanto considerados os seus resultados para a classificação global.
Voleibol 85

Os Sorteios dos Campeonatos e ou das fases zonais, regionais e


Torneios

Para cada fase dos Campeonatos, deverá, se possível, ser feito o


respectivo sorteio dos jogos e acerto do calendário, em reunião com a
presença dos Delegados dos clubes concorrentes e respectivas ( se as
houver) Associações. Este deverá ser feito pelo menos dois meses
antes do inicio do respectivo Campeonato, no caso das divisões
fechadas. A seguir ao fim competição em causa, caso tal não seja
possível, a Federação deverá organizar o sorteio com a presença dos
Delegados possíveis, e de um representante de autoridade reconhecida
e imparcial, de modo a legitimar o sorteio. Em ambos os casos, do
resultado do sorteio, deverá ser elaborada acta própria onde se
descreva e apresente o mesmo. No caso dos Torneios, o sorteio poderá
ser feito na presença dos Delegados dos clubes participantes ou seus
representantes, à sua chegada.

O Calendário dos Jogos

O calendário dos jogos deverá ser enviado o mais cedo possível para
os clubes participantes, no máximo uma semana após o sorteio, e pelo
menos um a dois meses antes do inicio do Campeonato. Isto para as
divisões fechadas. Nas divisões abertas à medida que o(s) sorteio(s) se
forem fazendo o Calendário dos jogos, deve ser enviado o mais tardar
uma ou duas semanas antes de começar a nova fase. No entanto, o seu
não recebimento por parte de um clube, não pode ser invocado por um
clube para alegar desconhecimento do calendário dos jogos e
eventuais alterações. Aos clubes cumpre também a responsabilidade
de se informarem do Calendário dos jogos.

Método de Elaboração dos Sorteios

Para estabelecer a ordem dos encontros nas diferentes provas e


Torneios, poderão ser adoptados as seguintes escalas:
Voleibol 86

No item quadros competitivos são dados exemplos de várias formas de


organização de Torneios com numero variável de equipas e com
diferentes formas de organização.

Arranjos prévios

Tendo em conta a complexidade de enquadramento de equipas de


diferentes regiões, é licito que a entidade organizadora ( Federação /
Direcção), possa efectuar os arranjos prévios para a disputa de jogos,
quando devidamente justificados, com base no melhor funcionamento
das Provas.

Realização de jogos na última jornada

Atendendo ao conhecimento da classificação das equipas, e à


antevisão que os possíveis resultados possam ter na classificação final
das equipas, no sentido de evitar qualquer comportamento anti-
desportivo, os jogos da última jornada das divisões fechadas, serão
obrigatoriamente disputados em simultâneo.

Alteração de Jogos

Os pedidos para alteração de jogos – datas, recintos de jogo e horários,


em relação aos indicados no sorteio, podem ser aprovados, devendo
ser feitos por escrito e por ambos os clubes, manifestando a sua
Voleibol 87

concordância perante a organização ou Federação. Todos os pedidos


de alteração deverão responder às seguintes condições essenciais a
definir pela entidade organizadora:

 Em relação à data prevista do jogo no Calendário – e em


relação à nova data, acompanhado de pequena importância
monetária, de forma a desencorajar as alterações, a não ser as
essenciais, por motivos fortes (exemplo: pedido deve dar
entrada nos serviços administrativos com – 10 dias de
antecedência em relação à data prevista no Calendário e 5 dias
em relação à nova data, acompanhado da importância de
20000 mts ou 40000 mts)

Outras alternativas poderão ser consideradas, como por exemplo:


1. Pedidos com mais de 10 dias de antecedência em relação ao
calendário previsto, e 5 em relação à nova data, serão isentos
de multas;
2. Pedidos com 5 dias de antecipação em relação ao calendário e
3 dias em relação à nova data, terão taxas agravadas, caso seja
possível uma resposta positiva – ex.,420mts.
3. Previsão de casos excepcionais – estes serão devidamente
analisados e despachados caso a caso.

As datas inicialmente fixadas podem ser alteradas, por antecipação ou


por adiamento, desde que seja mantida a ordem das jornadas. Não
deve ser permitida qualquer alteração na última jornada de cada fase,
nas quais se garantirá a simultaneidade dos jogos. Se qualquer jogo
não for realizado na data / hora prevista no Calendário e se entretanto
não tiver sido pedido a alteração do jogo, será averbada – falta de
comparência às duas equipas.

Representantes do País

Caso haja possibilidades, por parte dos clubes de participarem nas


competições continentais de clubes, organizadas pela respectiva
Confederação, os vencedores dos Campeonatos Nacionais serão os
representantes do País, na respectiva prova – Taça dos Campeões ou
outra. Caso exista alguma prova continental para os vencedores da
Taça, o vencedor desta será o representante do País na mesma, excepto
se estiver já na Taça dos Campeões, caso em que será apurado o
segundo classificado.

Taça do País – Inscrições

Caso se organize a Taça do País, a organização da mesma deverá:


Voleibol 88

a. Definir o prazo de inscrições para a participação na Taça, o


qual deverá ser comunicado a todos os clubes;
b. Definir a participação obrigatória para os clubes das Divisões
fechadas, e opcional para as divisões abertas;
c. Apresentar o esquema de competição da prova, tornando-o o
mais atractivo possível para que o maior numero de equipas
nela participe, com facilidade e sem grande necessidade de
recursos organizativos, logísticos e económicos.

Capítulo III – Da Participação dos Clubes

Clubes participantes

Visando a captação dos clubes para participarem no Campeonato


Nacional, deve-se procurar conceder as maiores facilidades e prazos
possíveis para a inscrição dos mesmos. Isto tendo presente que o
próprio esquema de organização do Campeonato. No entanto é
importante procurar definir prazos de inscrição para os clubes e suas
equipas, bem como um numero mínimo de atletas inscritos (6), num
prazo definido. Para as equipas de formação – juvenis, juniores, deve-
se definir um prazo mais amplo, podendo-se prever formas especiais
de inscrição para a participação em Torneios de fomento, divulgação e
captação de atletas.
Existindo a nível zonal ou regional, outras organizações ou
associações, que colaborem com a organização central ou Federação,
deverão ser estas a receber as inscrições, de acordo com um dado
prazo definido entre ambas. Este prazo deverá ser diferente para as
equipas Seniores e de Formação.

A Não Participação de Clubes Inscritos

À partida os clubes inscritos pressupõe-se que estarão manifestamente


interessados e preparados para participar no Campeonato ou Prova a
organizar. No entanto e no sentido de encorajar a responsabilidade das
decisões dos responsáveis, é importante prever algumas sanções para
aqueles que não souberem assumir essa responsabilidade. Assim,
deverão ser previstas sanções que poderão ser de exclusão de
participação em futuras provas ou campeonatos ou e monetárias.

Caso exista já uma ou outra divisão fechada, com campeonato que


implique permanência, subida ou descida de divisão, os clubes que não
queiram ou não possam participar deverão informar da sua decisão, até
um determinado prazo definido pela organização ou Federação. Caso
não cumpram deverão ser previstas penalizações, que passam pelo
regresso a divisões abertas inferiores ou sanções monetárias a definir
de acordo com as realidades sociais de cada Federação.

Nas divisões abertas que possuam fases locais, as equipas apuradas


para fases zonais ou regionais, e que não queiram participar nestas,
Voleibol 89

deverão comunicá-lo o mais tardar num prazo de 8 dias, após o fim da


Competição.

Os clubes que confirmem a sua não participação ou que não


confirmem a sua inscrição serão substituídos no respectivo
Campeonato pelo Clube ou Clubes melhores classificados nos jogos
de passagem / promoção, caso se tenham realizado. Caso o esquema
de provas não preveja jogos de passagem, a vaga ou vagas em aberto
serão preenchidas pelos vencedores dos jogos a realizar entre o(s)
melhor(s) classificado(s) das equipas que desceram de divisão e o(s)
melhor(es) classificado(s) das equipa(s) que não subiram de divisão.

Faltas de Comparência

A falta de comparência a qualquer jogo de uma prova eliminatória,


determina a perda da eliminatória por parte da equipa que não
compareceu. Nas outras provas ou campeonatos poderá ser eliminada
à segunda falta. Nas faltas de comparência a vitória será atribuída ao
adversário (3-0 ; 25-0 set), excepto se houver motivo para aplicar a
este também a mesma penalidade, caso em que ambos terão “zero”
pontos. Quando uma equipa não comparece a uma prova ou
competição, o Clube em falta deverá ser punido, normalmente com
uma sanção monetária, de acordo com o nível e fase competitiva –
local, zonal, nacional, em que se encontra a equipa. Uma segundo falta
de comparência, deverá ser mais gravemente penalizada, quer em
termos de suspensão, quer monetariamente.

As faltas de comparência nas primeiras duas jornadas de qualquer


prova ou campeonato, deverão ser mais gravemente penalizadas com
multa monetária. De qualquer modo, a realidade social local deverá ser
considerada, bem como os problemas inerentes a essa falta de
comparência.

Início e Termo das provas

As provas ou Campeonatos Nacionais terão início na(s) data(s)


designadas pela organização ou Direcção da Federação, em
conformidade com o Plano de actividades definido anualmente. No
mesmo sentido se considera a conclusão das provas ou campeonatos,
cujas datas deverão ser definidas pela Federação no seu plano de
actividades.

Clubes Visitados – Equipamentos

Se num jogo ambas as equipas possuírem equipamento de igual cor,


prevalece o equipamento da equipa visitante.
Voleibol 90

Capítulo IV – Dos Recintos de Jogo e Preparação dos Jogos

Características

Os recintos de jogo devem respeitar o disposto nas Regras de Jogo 1.


Área de Jogo e 2. Redes e Postes, das Regras Internacionais em vigor.
No que se refere à altura da rede, as seguintes medidas são as oficiais:
 Juniores e Seniores Masculinos – 2,43 m
 Juniores e Seniores Femininos – 2,24 m

A título de exemplo são apresentadas a altura no que se refere às


provas de Infantis / Iniciados, Juvenis e Veteranos:

Sexo Infantis/iniciados Juvenis Veteranos

Masculinos 2,24 m 2,35 m 2,35

Femininos 2,15 m 2,20 m -----

Os clubes que joguem ao ar livre, em caso de más condições


meteorológicas, deverão procurar providenciar um recinto alternativo,
sempre que possível. Ao clube visitado cumpre a responsabilidade de
que o recinto de jogo apresente as condições exigidas pelas Regras e
Federação.

Preparação dos Recintos de Jogo

Compete ao clube visitado ter o recinto de jogo devidamente pronto e


equipado, designadamente com a rede, as varetas e o escadote para o
árbitro, régua de verificação da altura e mesa para o marcador, pelo
menos 30 minutos antes da hora fixada para o jogo. Em qualquer caso
o tempo mínimo para o aquecimento será sempre de 30 minutos,
incluindo os 15 minutos de tolerância para o início do jogo.

Recinto Alternativo

Sempre que possível e na previsão de más condições meteorológicas,


deverá ser indicado um recinto alternativo

Vestiários

O Clube visitado é obrigado a apresentar vestiários com o mínimo de


higiene e privacidade, para a equipa visitante e para os árbitros. A sua
não apresentação poderá ser sujeita a penalização monetária.
Voleibol 91

Lugares especiais

Os clubes são obrigados a reservar nos seus campos, lugares especiais


para os Delegados das equipas, e entidades oficiais.

Bolas de Jogo

As bolas oficiais da provas e competições oficiais são as reconhecidas


pela FIVB., podendo a Federação ou organização estabelecer uma
determinada marca como oficial para as competições nacionais. O
Clube visitado é o responsável por apresentar bolas de jogo. No caso
do jogo não se realizar por falta de bolas, ao clube visitado será
averbada falta de comparência.

Boletim de Jogo

Nos Campeonatos Nacionais e Taças, é obrigatório a utilização de


boletins oficiais da organização ou Federação, sendo o clube visitado
responsável pela sua apresentação e marcação. Na falta de boletim de
jogo oficial, o jogo será marcado numa outra folha, devendo ter
sempre as assinaturas regulamentares e uma apresentação cuidada.
O Clube vencedor é responsável pelo envio do original do boletim de
jogo à Federação, que o deverá receber dentro dum prazo definido –
2/3, de acordo com as realidades locais. O boletim de jogo deve conter
o numero do jogo, e ser preenchido com todas as informações
pertinentes à análise de todas as situações do jogo. Se até ao final de
qualquer fase dos Campeonatos Nacionais ou eliminatórias da Taça, o
boletim de jogo não der entrada na Federação, ambos os clubes
participantes serão considerados derrotados nesse jogo, considerando-
se como tendo obtido um ponto classificativo e zero em sets. Os
boletins recebidos com atraso poderão ser sujeitos a pequenas multas
monetárias.

Placas de Substituição

Sempre que possível o clube visitado, deverá apresentar placas


numeradas para a execução das substituições, sobretudo no caso dos
Campeonatos Nacionais das divisões mais elevadas. Estas serão
constituídas por 2 jogos de 18 placas numeradas de 1 a 18. Envio do
Boletim de Jogo.
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Capítulo V – Da Realização dos Jogos

Horário de Início dos Jogos

Os jogos devem iniciar-se à hora marcada no respectivo calendário da


prova Em caso de necessidade, por falta de uma ou ambas as equipas,
ou por impossibilidade de utilização do recinto de jogo, os árbitros
deverão conceder umatolerância de 15 minutos para o começo do
jogo. Após esta tolerância, o jogo não se deverá iniciar, sendo
averbada falta de comparência ao Clube prevaricador. Os casos de
falta de condições de utilização do recinto de jogo, em jogos
organizados por entidades alheias às equipas que vão jogar serão
resolvidos no momento entre a entidade organizadora, as equipas
intervenientes e os árbitros.

Findo os 15 minutos de tolerância, e no caso de impossibilidade de


utilização do recinto, O Clube visitado terá um período suplementar de
30 minutos paraapresentação de recinto alternativo.

Em caso de ocupação do campo com um jogo da mesma modalidade,


a tolerância a conceder pelo árbitro, deverá ir até aos 90 minutos. No
entanto o Clube visitado, tendo designado o mesmo recinto para a
realização de jogos de voleibol, deverá respeitar entre eles um
intervalo de 120 minutos.

Licenças – Comprovativo de Inscrição dos Jogadores

Antes do início do encontro a equipa deverá apresentar aos árbitros as


licenças federativas dos jogadores, dos treinadores, e havendo
fisioterapeuta ou médico, dos mesmos, sem o que estes não poderão
participar no jogo. No caso de impossibilidade de apresentação das
licenças poderão participar no encontro, desde que se identifique com
um dos seguintes documentos: Bilhete de Identidade, Carta de
Condução ou Passaporte. No entanto haverá lugar ao pagamento de
uma pequena sanção monetária por cada documento em falta. As
licenças, depois de apresentadas, deverão ficar na mesa do marcador,
não podendo serem levantadas sem a autorização do árbitro. O seu não
cumprimento será punido com sanção monetária ou outra.

Utilização Irregular de Participantes no Jogo

Se em qualquer jogo participar um elemento que não estava


devidamente inscrito e ou autorizado pela Federação, o respectivo
Clube será punido com falta de comparência e sanção pecuniária a
definir. Se em qualquer jogo o clube utilizar jogadores com idade
superior à permitida para aquele escalão, será punido com falta de
comparência e sanção monetária.
Voleibol 93

Falta de Árbitro
Nenhum jogo pode deixar de se efectuar por falta de árbitro
oficialmente nomeado. Assim, na sua falta, à hora marcada para a
apresentação das equipas, observar-se-á o seguinte:
 Deverá o jogo ser dirigido por qualquer árbitro em actividade,
que se encontre entre a assistência; se nenhum estiver
presente, o jogo será dirigido por um que não se encontre em
actividade. No caso de se encontrar presente mais do que um
árbitro caberá a escolha à equipa visitante.
 Se não existir nenhum árbitro na assistência, o jogo será
dirigido por um árbitro não oficial que reuna o consenso das
equipas.
 Em última análise, os jogos serão dirigidos por um jogador de
cada equipa interveniente, sendo o 1º árbitro o da equipa
visitante.

Policiamento

Caso seja necessário, poder-se-á solicitar o policiamento do recinto de


jogo, sobretudo nos casos em que tenha havido algum desacato ou
problemas com espectadores, e que se tema a sua repetição no campo
do Clube visitado. Este será assegurado, obrigatoriamente pelo Clube
visitado.

Jogos Não Efectuados ou Não Terminados

Qualquer jogo não efectuado ou interrompido por motivos alheios aos


intervenientes do jogo, será repetido até 5 dias depois, devendo o
Clube visitado assegurar recinto, onde tais causas não se verifiquem.
No caso do jogo em questão envolver viagens que impliquem
transporte aéreo, deverá este prazo ser alargado ou diminuído,
devendo para tal encontrar-se a melhor solução que satisfazendo os
dois clubes intervenientes, tenha em conta os pontos abaixo. Nos jogos
de repetição ou adiados por motivos imprevistos, só poderão tomar
parte os jogadores inscritos na Federação, à data da realização dos
jogos.

Os jogos de repetição ou adiados por motivo imprevisto,


correspondentes à primeira volta de um Campeonato, terão sempre que
ser realizados antes de iniciada a segunda volta. Os jogos da segunda
volta que não se tenham realizado por idênticos motivos, terão que se
realizar antes do final da Fase do Campeonato. Se qualquer Clube não
respeitar a obrigatoriedade, de nos jogos de repetição fazer alinhar os
mesmos jogadores inscritos à data, será punido com falta de
comparência e multa monetária.
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Intervalo Entre Dois Jogos

Não é admitido em dois jogos consecutivos, o atleta que não respeite o


intervalo de 15 horas entre os respectivos inícios. Qualquer Clube que
não respeite o ponto anterior, será punido com falta de comparência e
sanção monetária.

Informação de Resultados e Jogos

Devem os Clubes vencedores dos jogos dos Campeonatos Nacionais e


Taças do País, bem como os clubes vencedores de jogos das fases
zonais das divisões abertas, e dos escalões de formação ( Juniores
Juvenis,...), caso os haja, comunicar à Federação, via telefone, fax ou
e-mail, os resultados dos jogos, até ao fim da tarde ou hora a
determinar do dia útil seguinte à realização dos jogos. O não
cumprimento da informação dos resultados dos jogos, sem
justificação, será punido com sanção monetária ou multa.
Actualmente, o vencedor e o árbitro enviam à Federação, o original e
uma cópia do boletim de jogo, respectivamente, tendo como prazo
limite dois dias. Toda esta informação é enviada de imediato aos
órgãos de Comunicação Social, ao mesmo tempo em que todos os
resultados e podem ser colocados on-line na página oficial da
Federação. A Federação deve publicar semanalmente, em circular, os
resultados e classificações dos Campeonatos Nacionais.

Sumário
As competições de desportos colectivos podem decorrer segundo as
seguintes formas de disputa:
1. eliminação simples
2. dupla eliminatória
3. todos contra todos
4. mistos

Exercício
A sua escolha ,elaborar dos competicões desportivas colectivos.
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