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A finalidade explícita da ABC, em diferentes apresentações e nas diferentes formas como ela
vem sendo implementada em vários países, têm sido colocadas em torno das possibilidades de
desenvolver capacidades reais, de ampliar os níveis de qualificação dos trabalhadores, de
promover o progresso económico e a justiça social e de valorizar o Homem como actor chave de
mudança (idem).
Ao longo dos últimos anos tem havido um crescente interesse internacional na relação entre
educação e local de trabalho (Gonczi, 1999:4). Sustenta-se, no entanto, que, enquanto finalidades
não explícitas, a educação com a ABC procura promover o ajustamento dos indivíduos aos
contextos produtivos aos quais estes estão inseridos e, portanto, reforçar as actuais relações de
produção hegemónicas (Dewey,1999:189).).
Contudo, países de quase todas as partes do mundo têm empreendido ou estão prestes a realizar
reformas substanciais de seus sistemas de educação e formação técnico profissional, inclusive do
seu ensino superior, no sentido de introduzir a ABC (Arguellos & Gonczi,2000:18)
Em Moçambique, por seu turno a REP foi consequência do contexto internacional, regional e
nacional. Os sectores do trabalho e da educação revelaram incompatibilidades entre a oferta de
mão-de-obra e as necessidades em evolução do mercado de trabalho, o que exigiu mais
trabalhadores qualificados (COREP, 2008).
O PIREP prosseguiu a REP sob 5 componentes que facilitaram a transição do antigo sistema do
ETP (PIREP, 2011:4):
Este processo da REP marcou também, a mudança no pensamento do governo sobre o papel da
educação e da formação profissional e sua relação com os objectivos nacionais. Pois, segundo
Fernandes e Mattoo (2009:34) “as instituições da EP (IEPs) foram ao longo deste tempo
oferecendo programas de ensino em que poucas eram as oportunidades de formação prática e que
eram mais vistos como uma alternativa de acesso ao ensino geral e em particular ao ensino
superior”.
O currículo escolar dos Institutos Técnicos, por exemplo, apresentava disciplinas académicas
gerais (Geografia, História, etc), nem sempre relacionadas com áreas vocacionais e pouco
alinhados com a necessidade de mercado em termos de práticas (GIZ, 2014).