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CAPITULO I
I. INTRODUÇÃO............................................................................................................................1
1.2 Objectivos..................................................................................................................................3
1.3 Metodologia...............................................................................................................................3
CAPITULO II
2.2 Visão..........................................................................................................................................5
CAPITULO III
III. CONCLUSÃO.........................................................................................................................11
IV. Bibliografia..............................................................................................................................12
I. INTRODUÇÃO
A Agenda 2025 tem como principal objectivo o estabelecimento de novos caminhos para
impulsionar o desenvolvimento de Moçambique. Tal situação assume particular acuidade na fase
actual, face à constatação de que Moçambique figura entre os países mais pobres do mundo
tendo, em 2002, ocupado o 170º lugar, num universo de 175 países.
Analisada a situação de Moçambique sob o ângulo do seu desempenho nos diversos organismos
regionais e continentais, mantém-se a posição de Moçambique como um dos países com índice
mais baixo de desenvolvimento humano, no seio da SADC, PALOP e CPLP. Como se pode
depreender, é longo e duro o caminho a percorrer para inverter o estágio actual essencialmente
dominado pelo agravamento das privações e limitadas escolhas para se ter acesso a uma vida
condigna.
Moçambique, como país em vias de desenvolvimento, é directamente afectado pelo impacto das
deliberações das principais organizações financeiras mundiais. A fraca capacidade competitiva,
aliada à escassez de recursos humanos adequados, tornou inevitável o caminho para a
marginalização, apesar de registos em anos recentes de sinais encorajadores de crescimento
económico assinalável.
1.3 Metodologia
A abordagem foi essencialmente de carácter qualitativo. Deste modo foi possível entender o
contexto em que os actores do processo de formulação de políticas públicas estão envolvidos,
bem como compreender as suas acções, pensamentos e o modo como eles concebem e
interpretam as suas experiências.
As principais técnicas de recolha de informação utilizadas foram por um lado a revisão de
documentos relevantes para o entendimento dos processos de políticas públicas, as suas bases
institucionais e constitucionais, e para a análise e interpretação dos dados foram seleccionadas as
técnicas de análise de conteúdo, que nos permitiram compreender e interpretar os discursos, as
praticas e as representações que os actores desses processos têm sobre a agenda 2025.
Segundo Dunn (1981) as Políticas Públicas enquanto disciplina científica são na essência uma
ciência social aplicada. Esta disciplina está preocupada em gerar um corpo de conhecimentos que
possibilite o entendimento dos processos de políticas públicas, de modo a encontrar soluções
para problemas práticos.
Dentro do que constituem as ferramentas teóricas para análise de políticas públicas, a noção de
políticas públicas como um processo é fundamental para o nosso entendimento sobre os
fenómenos de que a disciplina de Politicas Pública versa. Tradicionalmente o processo de
políticas públicas ou ciclo de políticas públicas é entendido como sendo um conjunto de “fases”
que implica: a existência de um problema, a definição do problema, identificação de respostas
alternativas ou soluções, avaliação das opções, selecção da política, implementação e avaliação.
“Na análise de políticas públicas nós precisamos de ser capazes de organizar as nossas ideias e
conceitos. O mundo é um lugar complexo, para perceber essa complexidade temos que à
simplificar. Quando simplificamos no sentido de compreender a multiplicidade de factores e
forças que configuram os problemas e processos sociais, nós construímos modelos, mapas, ou
pensamos em termos de metáforas. Estas constituem ferramentas com as quais e através delas
nós pensámos e explicamos. Os modelos de análise têm diferentes objectivos e propósitos,
embora na prática esses podem por vezes serem confusos ou distorcidos da realidade”. A ideia de
2.2 Visão
“A Agenda 2025 – Visão e Estratégias da Nação, elaborada a partir das aspirações expressas
de todo o povo, sem qualquer discriminação, são lançadas como resultado de um exercício
estratégico de reflexão sobre o futuro de Moçambique”.
Assim, ao se decidir por se revitalizar o Comité de Conselheiros da Agenda 2025 para revisitar e
actualizar o documento, julgo que dever-se-ia incluir somente 25 % da equipa inicial e incluir-se
no grupo outras personalidades, reflectindo, naturalmente, a mesma lógica inicial, mas
constituída por ilustres personalidades das mais variadas áreas do saber e de preferência de
personalidades críticas e presentes nos vários campos de pesquisa e investigação e nos variados
debates da opinião pública e que se entenda serem as mais adequadas para a fase actual e futura
do desenvolvimento e da dinâmica que se pretende adoptar para o nosso país.
Diante das descobertas de enormes jazigos de carvão, gás, fosfato e outros minerais e
hidrocarbonetos, dever-se-ia reflectir melhor quanto à selecção de personalidades de modo a
melhor responder a estes novos desafios. A necessidade premente de novas vias de escoamento
da produção de carvão e gás natural bem como a necessidade de se construir novos portos e
também de se assegurar uma melhor gestão dos nossos recursos hídricos, modernizando-se os
sistemas de irrigação e de retenção das águas, entre outros desafios prioritários e emergentes,
requerem necessariamente, outro tipo de abordagem e de competências nem sempre presentes na
actual equipa de conselheiros.
Julgamos pertinente reforçar o comité de conselheiros da Agenda 2025 com personalidades que
reúnam determinados perfis de competência técnica e de liberdade de pensamento e mandatar-
lhes para que reflictam sobre as melhores práticas a serem adoptadas particularmente na
exploração do carvão e gás natural de modo a que os benefícios que advierem da exploração
destes recursos sirvam a maioria dos moçambicanos e contribuam decisivamente para o
desenvolvimento sustentável e harmonioso dos moçambicanos. Existem hoje, um pouco por todo
o mundo, diversificadas experiências nesse contexto, pelo que não estamos a pedir que se invente
a roda mas que de forma pensada e investigada se estude as melhores práticas para que o nosso
Governo possa promover o desenvolvimento e os consensos e a estabilidade política necessárias
nesta nova fase da nossa história.
Neste âmbito, Agenda 2025 considera que a nação moçambicana tem de investir
substancialmente para o desenvolvimento da primeira infância, alicerce da formação do capital
humano que responda às exigências de uma sociedade moderna. Esta deve merecer uma atenção
especial e deve estar dotado dos recursos necessários. Os jovens devem possuir uma formação de
nível técnico para poderem desenvolver uma actividade produtiva, sem dependerem de outrem. É
neles que se devem concentrar os esforços de transformação, pois deles depende o futuro do país.
A investigação científica ganha maior estatuto na revisão da Agenda 2025, através da análise e
sugestões de medidas em secção própria, considerando a importância do capital de conhecimento
e a inovação e modernização da economia, das infraestruturas, das instituições e da sociedade.
A Agenda 2025 sugere formas que permitam transformar os rendimentos da exploração dos
recursos naturais em riqueza nacional assente em recursos renováveis, convertendo-os, assim, em
projectos que criam emprego e acrescentam valor na agricultura, na pecuária, nas florestas, na
indústria de processamento e de exportação, nos transportes, incluindo fluvial e cabotagem, e nas
infraestruturas. A economia marítima de Moçambique, com efeitos a longo prazo - que engloba o
comércio, o transporte ferro-portuário, os hidrocarbonetos offshore, a pesca, os serviços
associados às riquezas minerais do mar e seu leito -, poderá desenvolver-se como um aglomerado
socioeconómico de magnitudes e complexidades que importa desde já avaliar e fomentar.
III. CONCLUSÃO
Em suma importa salientar que o processo de elaboração de políticas públicas, é um processo
inclusivo e participativo que não se reduz a esfera dos actores políticos, exige a participação
activa da sociedade civil e principalmente dos principais destinatários.
A elaboração de políticas públicas é um produto da intervenção dos políticos, da sociedade civil
e dos técnicos profissionais da administração pública.
Em Moçambique existe um fórum tripatidário, chamado observatório do desenvolvimento que
integra o Governo, os parceiros e a sociedade civil, que constitui uma plataforma de consulta e
de participação da sociedade civil na fase de elaboração, implementação e monitoria das políticas
públicas com destaque para o PARPA. É um fórum que precisa de ser consolidado no sentido de
que seja mais inclusivo, participativo, interventivo e descentralizado.
Esta pesquisa, permitiu-nos, através da análise da agenda 2025, chegar as seguintes conclusões
tentativas, sobre o processo de formulação de políticas públicas e o papel dos actores relevantes
para o processo.
A literatura sobre políticas públicas tem reservado um papel central para as médias no processo
de elaboração de políticas públicas, no caso Moçambicano a contribuição das médias tem sido
pouco efectiva.
Quanto a Assembleia da República, podemos concluir que o seu papel no processo de elaboração
de políticas públicas está a ser subalternizado, uma vez que este ao não participar do processo da
Agenda 2015, que tem um papel de destaque no sistema de planeamento público, o que leva a
que a sua actividade fiscalizadora não seja efectiva. Por essa via pode-se ainda colocar questão
da responsabilização ou seja a quem o governo presta contas.