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CAPÍTULO 10
SETE VIDAS
Participação especial
PARAMÉDICO
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Corta para:
Corta para o carro de Clézio chegando. Bruno cola o rosto no vidro do carro ao ver a am bulância parada
na porta da sua casa. Assim que Clézio pára, Bruno desce correndo.
Vitor — Hospital não é lugar pra criança, filho. A Sarah e o Clézio vão ficar com você.
Bruno — Mesm o ela não gostando de m im , não quero que ela morra.
Bruno — Eu sinto isso. Parece que eu a incom odo. Não sou o filho que ela queria ter!
Sarah — Deixe de besteira, m enino. Vam os pra dentro, que o alm oço está pronto.
A am bulância parte.
Corta para:
Clézio — Dona Ágatha se jogou da escada? Você tem certeza disso, Sarah?
Sarah — Posso até ter cara de boba, m as sou m uita esperta, m eu caro Clézio. (t) A patroa
se jogou da escada de propósito para não deixar seu Vitor ir em bora.
Clézio — Ela seria capaz de arriscar sua própria vida para isso?
Sarah — Para não perder a vida boa que leva, perder o hom em que am a, a fam ília que
apresenta pra todas suas am igas, viu a escada com o form a de tentar reverter o jogo
para seu lado novam ente. Eu m anjo dessas coisas. Em novela acontece isso direto...
Tenho pena é do Bruno, que não tem nada haver com isso!
Bruno entra.
Clézio — Eu vou ligar pro seu pai e perguntar pra ele se posso te levar lá, tá bom ?
Bruno — Tá!
Bruno saí.
Clézio — Eu tam bém tenho m uita pena dele! Tom ará que seu Vitor não esqueça do garoto,
agora que sabe que ele não é seu filho.
Sarah pensa um pouco, m aquinando um a idéia. Tira o celular do bolso e coloca a gravação da conversa
de Vitor e Ágatha.
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Sarah — Acho que a descoberta desse segredo será m uito bom pra m im viu. E até pra
você, Clézio!
Sarah — Acho que nossa vida de reles em pregados estão chegando ao fim ! Terem os
nossa chance de virar patrões!
Sarah — Você vai entender o que estou dizendo quando eu colocar em prática o que estou
m aquinando!
Corta para:
Corta para:
Eles correm pra debaixo de um a árvore. Rebeca tropeça e caí. Ela rala o joelho e com eça a chorar.
Pedro rasga um pedaço da sua blusa e enrola no joelho de Rebeca. Assim que am arra, ele beija o lugar.
Pedro — Gosto m uito de você, Rebeca! Quero m e casar com você, ter m uitos filhos...
Pedro e Rebeca se aproxim am lentam ente e dão um selinho. Rufino chega e vê os dois se beijando. Ele
fecha a cara.
Rufino — Vocês nunca m ais vão brincar. (para Rebeca) Esqueça que m eu filho existe, que
ele vai esquecer que você existe!
Rufino leva Pedro em bora. Pedro olha pra Rebeca, que fica sentada.
Corta para:
Pedro — (lam entando) Não queria que tivesse sido assim , Rebeca!
A m ulher que está do lado de Pedro olha pra ele, estranhando por ele estar falando sozinho.
Corta para:
Calinda — Não acha que está m uito grande pra jogar video-gam e, não Jeferson?
Calinda — Você está prestes a se casar, m eu filho. Precisa am adurecer! Você será o chefe
da casa!
Jefers — Não sei m ais se vou m e casar, agora que padre Januário m orreu!
Calinda — Um novo padre vai ser designado pra cá. E ele vai dar seqüência em todos as
cerim ônias que padre Januário, que Deus o tenho em bom lugar, tinha m arcado,
inclusive o de vocês!
Jefers — Não quero perde-la, m ãe! Eu am o a Rebeca m ais do que tudo, m ais do que
m inha vida. Sinto que ela não me am a com a m esm a intensidade! Será que ela não
esqueceu do Pedro?
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Calinda — Se Rebeca não te am asse m eu filho, ela não tinha ficado noiva de você! Não se
preocupe que tudo vai dar certo! Eu prom eto!
Corta para:
Vitor — Eles entram com ela e até agora não m e deram nenhum a notícia.
Vitor — Então é m elhor você se acalm ar, Marisa, ao invés de ficar falando besteira.
Vitor — (baixo) Tivem os um a discussão feia. Descobri que o Bruno não é m eu filho!
Vitor — Sabe com quem ? Com o Anderson! Aquele cretino, que m ora na m inha casa.
Vitor — O Bruno é fruto da relação dos dois! E sua m ulher sabe de tudo! Eu peguei as
duas conversando... Mas não pensa que vou deixar barato. Os dois m e pegam !
Corta para:
Rufino — Sim ! Mas eu disse que você não iria vê-lo nunca m ais!... Não adianta gritar, pedir
socorro, ajuda, pois aqui ninguém vai te escutar.
Eva — Sabe o que m e conforta, Rufino, é saber que um dia você vai pagar por tudo isso,
por todas suas m aldades! A m orte do padre Januário, o que você com nosso filho,
com igo... Um a lista grande e cruel!
O tiro acerta um jarro, que se espatifa todo. Eva se encolhe toda, assustada.
Rufino — O próxim o será em você! Pode saber que errei de propósito, pois tenho um a m ira
m uito boa!
Eva — Eu preferiria que você tivesse acertado em m im ! Acabava com tudo isso de um a
vez por todas.
Eva — Morro em paz por saber que Deus está com igo!
Rufino engatilha a arm a. Pronto pra atirar, seu celular toca. Ele atende.
Corta para:
Licurgo guarda a caixa no bolso, pega um galão de gasolina no chão e saí cam inhando, tranqüilam ente.
Corta para:
Rufino — Volte aqui sua cobra dos infernos. Você não pode escapar de m im !
Corta para:
Pedro — Pacheco?
Pacheco — (feliz) Pedro, quanto tem po! Com o você tá m udado, bonito! Quem diria hen, você
padre...
Pacheco — Seu pai pediu pra eu te buscar. Ele tinha um assunto m uito sério pra resolver...
Pedro — Sim ! Não vejo a hora de m atar a saudade que estou de Jandaía, das pessoas...
Corta para:
Eva — Eu tirei de você seu sonho de ser padre, estraguei sua vida, agora acabe com a
m inha.
Rufino vêm arrastando Eva pelo braço, indo em direção ao casebre. Eva lhe dá um a m ordida forte na m ão,
de arrancar sangue e um gem ido forte. Ela consegue se atracar com ele, e os dois rolam na areia. Eva
consegue pegar a arm a de Rufino e rapidam ente se levanta. Clim a de tensão entre os dois.
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Eva — Im plora por sua vida, Rufino! Im plora seu dem ônio!
Rufino — Você vai acabar se m achucando, Eva! Me m achucando! Não suje sua alm a com
m ais esse pecado!
Eva — Não tenho nada a perder! Com o você m esm o diz: eu já estou condenada ao
inferno. Um pecado a m ais, um a m enos, não fara diferença!
Rufino parte pra cim a de Eva, segurando pra cim a sua m ão que segura a arm a, tentando tirar dela o
objeto. Corta para:
FIM DO CAPÍTULO 10