Dias Melhores Cap 25

DIAS MELHORES CAPÍTULO 25 MEGAPRO
Dias Melhores
CAPÍTULO 25
NOVELA DE
VITOR ABOU
DIREÇÃO DE
LUCAS LUCIANO
WESLLEY VITORITTI
PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO
BELA JADER TATO

BETE LAURO TECA
CLEISON LEOCÁDIA TIAGO
DÉBORA LUMA TÚLIO
GIOVANE MEIRE VALTER
HENRY MIRNA VICENTE
IEDA SOL VITÓRIO
IRACI TAÍS VIVIAN
Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromissos com a
realidade. Todos direitos reservados ao autor.
1
CENA 01/ LANCHONETE/ DIA/ INT.
CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR. LUMA E VIVIAN

SENTADAS, FRENTE A FRENTE.
LUMA — É o seguinte, dona Vivian: eu sei que tu matou o Giovane

com uma faca lá da minha cozinha. Como sou boazinha, só
quero um agradinho pra ficar de boca fechada. E aí? Tudo
certo?
VIVIAN SURPRESA. LUMA ENCARANDO-A.
LUMA — E aí, dona Vivian?
VIVIAN — Não vou cair em mentira sua, Luma. Não fiz nada disso.
LUMA — Ah, é? Vai fingir demência?
VIVIAN — Não vou fingir nada. Eu não peguei faca nenhuma. Agora
você me dá licença que eu reunião na Muniz.
VIVIAN VAI SE LEVANTANDO DA CADEIRA.
LUMA — Então tá bom. Vou entregar logo as câmeras da cozinha pra

polícia.
VIVIAN SENTA-SE RAPIDAMENTE.
VIVIAN — (preocupada) Que que é que você falou? Câmeras da

cozinha?
LUMA — Ué, cê não tinha reunião?
VIVIAN — Desembucha, rolha de poço.
LUMA — A senhora me respeita hein.
VIVIAN — Fala logo, praga.
LUMA — Foi isso mesmo que você ouviu. Câmeras da cozinha. Com
certeza elas pegaram você levando o facão. (T) Então, dona
Vivian, vamos fazer um acordo?
CLOSES ALTERNADOS. CORTA PARA/
2
CENA 02/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE ISADORA/ DIA/ INT.
ISADORA E VITÓRIO SENTADOS.
ISADORA — Vitório, Meire disse que sua mãe não vem hoje. Será que tá
tudo bem com ela?
VITÓRIO — Parece que ficou a noite resolvendo os problemas lá da morte

do Giovane. Mas pouco me interessa isso.
ISADORA — Por quê?
VITÓRIO — Você ainda pergunta, Isa? Ela fez o que fez comigo.
ISADORA — E por isso você vai fingir que ela não existe?
VITÓRIO — Eu não tô fingindo que ela não existe/
ISADORA — Mas está nem aí pra ela/
VITÓRIO — Assim como ela tá pra mim.
ISADORA — Só depois não fique se lamentando de ter feito isso.
VITÓRIO — Como assim?
ISADORA — Nada não. Esquece.
VITÓRIO — Fala.
BATIDAS NA PORTA.
ISADORA — Pode entrar!
MEIRE ENTRA.
MEIRE — Licença, seu Vitório, Isadora. Só pra avisar que Tiago, Eron
e Rui já tão na sala de reuniões.
VITÓRIO — E a Vivian?
MEIRE — Ela deu uma saidinha/
VITÓRIO — Saidinha? Justo na hora da reunião?
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MEIRE — Ela disse que voltava logo.
VITÓRIO — Essa Vivian é muito cara de pau.
EM VITÓRIO, BALANÇANDO A CABEÇA PARA OS LADOS, COM OLHAR DE

REPROVAÇÃO. CORTA PARA/
CENA 03/ CASA DE DÉBORA/ SALA/ DIA/ INT.
VALTER SENTADO NO SOFÁ, ASSISTINDO À TELEVISÃO. NELA, UMA

REPÓRTER (ALTA, MAGRA, NEGRA, 35 ANOS) EM FRENTE A UMA DELEGACIA.
REPÓRTER (TV) — Bom dia. Voltamos com mais informações sobre o

assassinato do carioca Giovane Neves, durante o lançamento do
romance ‘‘No meio dos livros: essa sou eu’’, da estreante
Isadora Peixoto, no Museu de Arte do Rio, na Zona Portuária.
Giovane, de 26 anos, foi encontrado esfaqueado num dos
camarins. Estou aqui na frente da delegacia que está
investigando o caso e, neste momento, estão sendo colhidos
mais depoimentos de pessoas que estavam na festa. Como o
corpo foi encontrado no fim do lançamento, muitas pessoas já
haviam deixado o museu. O delegado do caso pede que todos os
presentes no evento compareçam à delegacia mais próxima para
prestar esclarecimentos e contribuir com as investigações para
que esse crime brutal seja resolvido o quanto antes.
DÉBORA CHEGA.
VALTER — Viu isso, Débora? Foi lá no museu ontem.
DÉBORA — Vi sim. Esse é o ex da nossa filha/
VALTER — (corrige Débora) Da Isadora.
DÉBORA — Que coisa horrível isso, Valter! Um garoto tão jovem!
VALTER — Débora, você não acha que a Vivian tá metida nisso não?
DÉBORA — (surpresa) A Vivian?
VALTER — É. Ela jogou um vaso em cima daquele cara. Não sei do que
ela é capaz.
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DÉBORA — Mas matar, Valter?
VALTER — Pra tirar alguém do caminho dela, talvez…
DÉBORA — Não sei não. Mas a gente vai na delegacia?
VALTER — Claro. A gente precisa falar o que a gente sabe.
EM VALTER, PENSATIVO. CORTA PARA/
CENA 04/ LANCHONETE/ DIA/ INT.
CONTINUAÇÃO DA CENA 01.
VIVIAN — Podemos fazer.
LUMA — Ah, vejo aqui uma pessoa assumindo a culpa, né? (ri)
VIVIAN — Para de gracinha, cola velcro dos infernos.
LUMA — Vai continuar me desrespeitando? Não se esqueça dos vídeos

que eu tenho…
VIVIAN — O que você quer em troca desses vídeos?
LUMA — Cem mil reais.
VIVIAN — O QUE? CEM MIL?
LUMA — Sim. Em dinheiro vivo.
VIVIAN — Cê tá louca, Peppa Pig?
LUMA — Só por essa ofensa agora eu quero cento e cinquenta.
VIVIAN — (baixo) Demônia!
LUMA — O que que você falou?
VIVIAN — Linda! Falei que você é linda?
LUMA — Fechamos em duzentos mil então.
VIVIAN — Onde eu vou arrumar esse dinheiro da noite pro dia?
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LUMA — Dá seu jeito. Eu não tenho/ (T) Ah, já sei!
VIVIAN — Vem comigo de carro. Tem um lugar onde eu guardo meu

dinheiro.
LUMA — O vídeo tá bem aqui. (ri)
LUMA TIRA UM PEN DRIVE DO MEIO DOS SEUS PEITOS.
VIVIAN — Bora logo! Não posso demorar.
LUMA E VIVIAN SAEM. CORTA PARA/
CENA 05/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE REUNIÕES/ DIA/ INT.
ERON, RUI E TIAGO SENTADOS. VITÓRIO ENTRA ACOMPANHADO DE ISADORA

E MEIRE.
VITÓRIO — Boa tarde. Desculpe a demora. Estava esperando pra ver se a

Vivian aparece, mas, pelo visto…
ERON — Onde ela se meteu dessa vez?
VITÓRIO — Disse pra Meire que voltava logo, mas não falou onde ia.
ISADORA — Vamos começando então, que temos muita coisa pra ver, né,
Vitório.
VITÓRIO — Exatamente. O nosso primeiro assunto, certamente, é o

assassinato do rapaz ontem após o lançamento do livro, no
museu.
ERON — Como vocês sabem, cheguei de viagem de trabalho ontem e

nem viria hoje. Mas fiquei sabendo disso e mais cedo a Meire
me ligou. (T) Que coisa horrível!
RUI — Eu saí um pouco antes do escândalo. Até então tinha sido

uma noite perfeita, muito bem organizada, planejada.
ISADORA — Concordo, Rui. A organização foi maravilhosa. Foi uma

noite mágica pra mim. Obrigada, Meire. Depois passe meus
parabéns pra Vivian também, por favor.
MEIRE — Passo sim. Fico feliz que tenha gostado. Foi tudo bem
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pensado.
VITÓRIO — Até aquela palhaçada da Vivian?
ISADORA — (baixo) Esquece isso, Vitório.
VITÓRIO — Não, Isa. Não posso deixar isso de lado não. A Vivian quis
acabar com o seu lançamento/
ISADORA — Mas não conseguiu.
VITÓRIO — Não mesmo!
VITÓRIO CONTINUA FALANDO, FORA DO ÁUDIO. IMAGEM VAI SE AFASTANDO.

CORTA PARA/
CENA 06/ BANCA DE VICENTE/ DIA/ INT.
VICENTE ATRÁS DO BALCÃO, LENDO JORNAL. CHEGA GRACILENE, VESTIDO

UM CROPPED FLORIDO E UM SHORT JEANS CURTO.
VICENTE — Ô, Gracilene, que roupa é essa?
GRACILENE — Bom dia pra você também, Vicente.
VICENTE — Bom nada. Você já chega me aborrecendo.
GRACILENE — Te aborrecendo?
VICENTE — É, com uma roupa dessas.
GRACILENE — Qual o problema?
VICENTE — Que eu não gosto, ué.
GRACILENE — Aí é um problema seu.
VICENTE — Mas a gente/
GRACILENE — A gente não existe, Vicente. Acabou isso!
VICENTE — O QUE?
GRACILENE — Não tenho nada mais contigo. Se toca! Você quis continuar
com a Mirna, ok, tudo bem, mas não vou ser mais a amante. Se
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quiser, vá arrumar outra que queira.
VICENTE — Ah, é assim?
GRACILENE — É. E deveria ter sido assim desde o começo. Eu que fui

burra, mas agora já mudei.
VICENTE — Então você veio com essa roupinha pra me provocar?
GRACILENE — Não. Muito pelo contrário/
UM HOMEM (ALTO, FORTE, 30 ANOS, SUADO, MORENO) APROXIMA-SE DE

GRACILENE.
HOMEM — E aí, gatinha? Tudo bom?
GRACILENE — Tudo, meu lindo. Tava malhando?
HOMEM — Uhum.
GRACILENE E O HOMEM CONVERSAM, FORA DO ÁUDIO. CLOSE EM VICENTE,

OBSERVANDO TUDO, CIUMENTO. CORTA PARA/
CENA 07/ CARRO DE VIVIAN/ DIA/ INT.
VIVIAN DIRIGINDO. LUMA NO BANCO DO CARONA.
LUMA — Pra onde cê tá me levando, dona Vivian?
VIVIAN — Pra onde eu guardo o dinheiro.
LUMA — E onde fica isso?
VIVIAN — No meu outro apartamento. Logo logo a gente chega.
LUMA — É que tá demorando, né.
VIVIAN — Tá com pressa pra ganhar duzentos mil, querida?
LUMA — Não, não. (T) Se bem que eu poderia ficar com esse
apartamento, né?
VIVIAN — Chegando lá a gente decide isso. Agora fica quietinha, na

sua.
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VITÓRIO NA PONTA DA MESA, EM PÉ. AO LADO DELE, SENTADOS, ISADORA E

TIAGO; E MAIS DISTANTES, ERON E RUI.
VITÓRIO — No momento, nossa maior preocupação é a imagem da

Muniz diante desse assassinato justo no dia e no local do
lançamento da nossa maior aposta do momento e dos últimos
anos. Queria ouvir vocês pra sabermos que posição tomar diante
disso. A imprensa tá toda lá embaixo.
TIAGO — Eu acho que a solução é sermos sinceros com a mídia

também. Que culpa nós temos disso ter acontecido?
VITÓRIO — Essa é a questão, Tiago. A gente não sabe se tem culpa.
TIAGO — Como assim?
VITÓRIO — O morto, o Giovane, não constava na lista de convidados.

Isso ainda não foi divulgado pra imprensa, mas, quando eles
souberem, pode complicar.
TIAGO — Mas por quê?
VITÓRIO — Como que uma pessoa não convidada entra e fica numa festa
desse nível?
TIAGO — Mas quem autorizou ele então?
VITÓRIO — A Vivian. Pena que a Meire saiu. Talvez ela também pudesse
nos esclarecer.
ERON — E a arma do crime? Já foi encontrada?
VITÓRIO — Não.
ERON — Como entraram com uma faca lá? Não tinha detector de
metais não?
ISADORA — Tinha sim. Eu inclusive passei por dois: um na entrada e

outro pra subir no elevador, na hora da entrevista.
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VITÓRIO — Enfim, isso, gente, é papel da polícia. Cabe a nós decidir o

que a Muniz vai fazer diante disso tudo.
RUI — Acho que a gente precisa falar algo, nem que seja genérico,
de que a editora está colaborando com as investigações e que
presta solidariedade aos familiares da vítima.
ISADORA — Giovane praticamente não tem família. Mas o resto eu acho

que tá bom.
CENA 09/ LIVRARIA LIVRONÁTICOS/ DIA/ INT.
LIVRARIA CHEIA. VÁRIAS PESSOAS NA FILA DO CAIXA. LEOCÁDIA NO CAIXA.

TAÍS APROXIMA-SE.
TAÍS — Quer ajuda aqui, Leocádia?
LEOCÁDIA — Quero sim. Não imaginava que o livro da Isadora fosse

estourar tanto um dia só depois do lançamento.
TAÍS — Liguei agora há pouco pedindo mais. Tão acabando os que a

gente tem.
LEOCÁDIA — Essa menina é um sucesso mesmo, Taís.
TAÍS — Demais!
CAM MOSTRA A ENORME FILA DE PESSOAS COM O LIVRO DE ISADORA NAS

MÃOS. CORTA PARA/
CENA 10/ RUA/ DIA/ EXT.
RUA DESERTA. NÃO HÁ NENHUMA PESSOA ANDANDO. NENHUMA

CONSTRUÇÃO AO REDOR. APENAS UM GRANDE TERRENO BALDIO,
ABANDONADO, COM MATO ALTO E ENTULHO JOGADO. O CARRO DE VIVIAN
CHEGA. CORTA PARA/
CENA 11/ CARRO DE VIVIAN/ DIA/ INT.
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VIVIAN DIRIGINDO. LUMA NO BANCO DO CARONA.
LUMA — Que lugar é esse, dona Vivian?
VIVIAN — Chegamos, Lumão! (ri, debochada)
LUMA — Que brincadeira é essa?!
VIVIAN — Não tem brincadeira nenhuma, minha querida.
LUMA — Onde que fica o seu apartamento?
VIVIAN — (ri alto) Você acreditou nisso mesmo, Lumão? Por favor,
né…
LUMA — O que cê vai fazer comigo? Pelo amor de Deus, dona Vivian.
LUMA CONSEGUE ABRIR A PORTA E SAI, CORRENDO. VIVIAN ABRE O

PORTA-LUVAS, TIRA LUVAS DA COR ROSA DE LÁ E AS COLOCA EM SUAS
MÃOS. PELO VIDRO DA FRENTE, É POSSÍVEL VER LUMA CORRENDO, FUGINDO.
VIVIAN LIGA O CARRO E, LENTAMENTE, ATROPELA LUMA, QUE CAI. CORTA
PARA/
LUMA CAÍDA NO CHÃO, PRÓXIMA AO CARRO DE VIVIAN. LUMA POUCO

FERIDA, RESPIRANDO NORMALMENTE.
LUMA — Me desculpa, dona Vivian! Pelo amor de Deus! Me deixa

viva! Eu te imploro!
VIVIAN — Sinto muito, Lumão, mas não vou poder te ajudar dessa vez/
LUMA — POR FAVOR! EU FAÇO QUALQUER COISA!
VIVIAN — Você sempre muito solícita e gentil. Muito obrigada, mas

seu destino já está traçado.
LUMA — Vai embora! Me deixa aqui, sozinha! Eu prometo que não te

perturbo!
VIVIAN — Na-na-ni-na-não! Nada me garante que você está falando a

verdade.
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LUMA — Eu te dou a minha palavra/
VIVIAN — E palavra sua lá vale alguma coisa, minha filha?
LUMA — Eu sou fiel à minha palavra/
VIVIAN — Dane-se! Já deu o que tinha que dar. Tá demorando muito

isso aqui.
LUMA — (chorando) Por favor! Por favor!
VIVIAN — Não adianta implorar. Mas pra você ver como eu sou
boazinha, seu adeus ao mundo não será tão sangrento igual ao
do Giovane.
LUMA — Como assim?
VIVIAN — Me dá o seu cinto.
LUMA — O que?
VIVIAN — O cinto. Da calça. Anda logo!
VIVIAN PUXA O CINTO DA CALÇA DE LUMA. VIVIAN DÁ DUAS CINTADAS NA

CARA DE LUMA, QUE CONTINUA CHORANDO. VIVIAN AMARRA O CINTO NO
PESCOÇO DE LUMA E COMEÇA A PUXAR, COM FORÇA, ENFORCANDO-A.
VIVIAN — Suas últimas palavras…
LUMA — (quase sem ar) Bandida!
VIVIAN PUXA O CINTO COM AINDA MAIS FORÇA. LUMA FICA ROXA E NÃO
RESISTE. MORRE ASFIXIADA. CORTA PARA/
ABERTURA
SONOPLASTIA: I LIKE IT - CARDI B, BAD BUNNY & J BALVIN
LUMA CAÍDA NO CHÃO, MORTA. COM AS MARCAS DO CINTO NO PESCOÇO E

NO ROSTO. VIVIAN LARGA O CINTO. ELA PEGA O PEN DRIVE NO SUTIÃ DE
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LUMA.
VIVIAN — Prontinho! Menos uma pessoa no meu caminho. Adeus,

Lumão!
VIVIAN DÁ TCHAU PARA O CORPO DE LUMA. VIVIAN ENTRA NO CARRO, QUE

ACELERA E SAI. EM LUMA, ESTIRADA NO CHÃO, MORTÍSSIMA. CORTA PARA/
CENA 14/ STOCK SHOTS/ RIO DE JANEIRO/ DIA/ EXT.
IMAGENS AÉREAS DA CIDADE MARAVILHOSA. PASSAGEM DA MANHÃ PARA A

TARDE. CAM SOBREVOA AS PRINCIPAIS AVENIDAS E, DEPOIS, AS PRAIAS
CARIOCAS, NÃO MUITO CHEIAS. CAM VAI SE APROXIMANDO DE UMA ÁREA
DE PRÉDIOS. CORTA PARA/
SONOPLASTIA CESSA. ERON, RUI E TIAGO SAEM DA SALA. VITÓRIO E ISADORA

AINDA SENTADOS.
VITÓRIO — Pronto! Mais tarde então eu desço e faço meu

pronunciamento pros jornalistas.
ISADORA — Você tem certeza de que não quer que eu faça isso, Vitório?
VITÓRIO — Tenho sim. Deixa que eu faço, amor.
VIVIAN ENTRA, ALEGRE.
VIVIAN — Boa tarde, lindinhos. Vai começar agora a reunião?
VITÓRIO — Já acabou, Vivian. Chegou tarde demais. Aliás, onde cê

tava?
VIVIAN — Não é da sua conta.
VITÓRIO — Ah, bom saber. (p/ Isadora) Vamos, Isa?!
ISADORA — Vamos. O astral dessa sala não tá muito bom não.
ISADORA E VITÓRIO SAEM. VIVIAN RI. CORTA PARA/
13
CENA 16/ DELEGACIA/ SALA DA DELEGADA/ DIA/ INT.
LÍGIA NA CADEIRA DE RODAS DE FRENTE PARA A DELEGADA MARIZA,

SENTADA.
MARIZA — Que bom que veio, Lígia. Como você sabe, a investigação
está caminhando ainda. Mas já estamos perto de descobrir quem
foi que mandou matar o Heitor. Agora há pouco recebi a
informação de que os responsáveis pela batida de carro foram
encontrados pela polícia e estão a caminho daqui.
LÍGIA — Então eles foram presos?
MARIZA — Sim. Os encarregados, no caso. Mas a gente já sabe que foi

um crime bem planejado e com mandantes que ainda não
encontramos, infelizmente. Já identificamos, sabemos quem
são, apenas falta achá-los no mapa.
LÍGIA — Ah, delegada, cê não sabe o quanto isso é bom de ouvir.
MARIZA — Imaginei mesmo que você gostaria de saber disso. Se tudo

der certo, Lígia, até o fim da semana a gente consegue encontrar
essas pessoas.
LÍGIA — Mas e os motivos deles terem feito isso com o Heitor?
MARIZA — Então, isso eu ainda não posso te dizer. É sigilo!
LÍGIA — Tudo bem. Só de saber que a justiça está sendo feita fico
mais tranquila.
EM LÍGIA. CORTA PARA/
CENA 17/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE VIVIAN/ DIA/ INT.
VIVIAN DEITADA NO SOFÁ. MEIRE SENTADA EM UMA CADEIRA DE FRENTE

PARA O SOFÁ.
VIVIAN — Meire, cê sabe o que eles decidiram nessa maldita reunião?
MEIRE — Só sei o que o seu Vitório me passou.
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VIVIAN — E o que foi?
MEIRE — Que mais tarde ele vai descer pra falar com os jornalistas.
VIVIAN — Falar com os jornalistas? Ele tá maluco?
MEIRE — A reunião era sobre isso, parece. Me expulsaram logo no

começo.
VIVIAN — Ridículos. Mas vão falar o que pra esses jornalistas?
MEIRE — Que a editora tá ajudando a polícia, que repudia o crime e

blablabla.
VIVIAN — Aff. Só podia ser coisa desse povo mesmo. Que breguice.
MEIRE — Ah, dona Vivian, onde cê tava nesse tempo todo? Achei que
cê tinha fugido.
VIVIAN — Fugido pra onde?
MEIRE — Sei lá.
VIVIAN — Então cuida da sua vida. No momento, eu tô focada em

separar o Lauro daquela aleijada.
EM VIVIAN, COM APARÊNCIA DE VINGATIVA. CORTA PARA/
CENA 18/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE VITÓRIO/ DIA/ INT.
VITÓRIO MEXENDO NO COMPUTADOR. BATIDAS NA PORTA.
VITÓRIO — Pode entrar.
ERON ENTRA.
VITÓRIO — Entra, Eron. Senta aí.
ERON SENTA-SE.
VITÓRIO — Algum problema? A gente acabou de se ver…
ERON — Então, Vitório, é que eu ia esperar sua mãe, mas acho que
não preciso. Eu andei pensando esses dias, na viagem, e hoje
ainda mais, e eu quero pedir demissão da Muniz.
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CLOSE EM VITÓRIO, SURPRESO. CORTA PARA/
CENA 19/ DELEGACIA/ SALA/ DIA/ INT.
TAKES DE LÍGIA E PÂMELA PRESTANDO, INDIVIDUALMENTE, DEPOIMENTO

SOBRE O CASO GIOVANE. O DELEGADO E OUTROS POLICIAIS JUNTOS NA
SALA. CORTA PARA/
MEIRE — Que aleijada é essa?
VIVIAN — A peguete dele, a Lígia.
MEIRE — Ah, sei quem é.
VIVIAN — Aquela ali é a diaba da cadeira de rodas.
MEIRE — Ela tava ontem no lançamento, né?
VIVIAN — Tava. Falei umas poucas e boas na cara daquela azeda.
MEIRE — E como ela reagiu?
VIVIAN — Ficou falando que ia me processar. Meu amor, aquela

bostinha acha que vai conseguir processar Vivian Siqueira… (ri,
debochada)
MEIRE — Mas ela é advogada, né, dona Vivian.
VIVIAN — Era, né. Não tá exercendo. Mas tô cagando pra ela. Eu quero
é o Lauro, Meire. Eu amo aquele homem.
MEIRE — Me desculpa, dona Vivian, mas se você ama ele, por que
ficou falando coisa lá pra cadeirante?
VIVIAN — Pra ela se colocar no lugar dela.
MEIRE — E cê acha que ela liga? Ela tá com o que você mais deseja.
Ela tá feliz da vida. Tá cagando e andando pra tu.
16
VIVIAN — Ah, será?
MEIRE — Claro que é.
VIVIAN — Eu preciso separar esses dois. (T) Já sei! O velho golpe da

barriga/
MEIRE — Ah, nem tenta, dona Vivian. Quem vai acreditar? Primeiro
que vocês já acabaram há uns meses. E segundo que pela sua
idade, né…
VIVIAN — Você tá me chamando de velha, tucana?
MEIRE — (ri) Então…
VIVIAN — Ridícula! Me ajuda a pensar.
CENA 21/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE VITÓRIO/ DIA/ INT.
VITÓRIO — (surpreso) Demissão, Eron?
ERON — Sim, Vitório. Você me apoiou tanto aqui dentro e não quero
prejudicar a editora, mas eu tenho outros projetos. E também
vou sair do país.
VITÓRIO — Sério?
ERON — Uhum. Vou tentar minha vida em Portugal. Minha família

toda tá lá agora. E é uma nova chance, né. Cansei de ser mais
um na editora e ainda ser usado pela Vivian.
VITÓRIO — A Vivian não tá com essa bola toda aqui na Muniz, Eron…
ERON — Mas, assim mesmo, acho que meu tempo já deu. Quero
novos ares. Acho que essa oportunidade em Portugal vai ser
muito boa pra mim. Quem sabe um dia eu não volto?
VITÓRIO — Pois é. Te desejo muito sucesso, cara. Cê sabe como eu te

admiro. Isso não vai mudar não.
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VITÓRIO E ERON LEVANTAM-SE. ELES SE ABRAÇAM. CORTA PARA/
VIVIAN DEITADA NO SOFÁ. MEIRE SENTADA NUMA CADEIRA
VIVIAN — Meire, você tem o número daquela blogueira de fofoca,

Mimi Piriri?
MEIRE — Tenho lá no meu computador.
VIVIAN — Vai lá e pega logo que eu vou precisar.
MEIRE SAI. CORTA PARA/
CENA 23/ CASA DE TAÍS/ QUARTO DE MAICON/ DIA/ INT.
MAICON SENTADO NA CAMA. UM TRIPÉ COM UMA CÂMERA DE FRENTE PARA

A CAMA. MIRNA AO LADO DE MAICON.
MAICON — Fala, terráqueos. Esse é mais um vídeo do meu, do seu, do

nosso canal. Hoje eu tô fazendo meu primeiro vídeo ao vivo
com a minha mãe pra gente conversar sobre racismo e outras
formas de discriminação e responder as perguntas de vocês, né,
dona Mirna?
MIRNA — (tímida) Oi, pessoal. É um prazer falar com vocês. Sou

psicopedagoga e espero ajudar a tirar as dúvidas de vocês sobre
preconceito, no geral.
MAICON — Então bora começar! A primeira pergunta é do Elói. Ele diz

o seguinte: ‘‘Minha mãe me trata mal e me chama de bichinha.
O que eu faço?’’.
MIRNA — (surpresa, sem saber o que fazer) Bem… Começamos com

uma difícil… Então, é Elói, né?
MAICON — Isso.
MIRNA — Bem, Elói, eu te aconselho a procurar a ajuda de outro

familiar, que possa te ajudar a ter um diálogo melhor com a sua
18
mãe. O respeito deve existir dentro da família!
MIRNA CONTINUA FALANDO, FORA DO ÁUDIO. CORTA RÁPIDO PARA/
CENA 24/ CASA DOS SIQUEIRA/ QUARTO DE ELÓI/ DIA/ INT.
ELÓI SENTADO NA CAMA, ASSISTINDO AO VÍDEO DE MAICON NO CELULAR.

CAM APROXIMA-SE DO CELULAR, MOSTRANDO MAICON E MIRNA.
MIRNA (VÍDEO) — (OFF) Então é isso, Elói: converse com seu pai, uma tia ou
uma professora. Talvez uma dessas pessoas possa te ajudar. Só
nunca abaixe a cabeça diante do preconceito, vindo de qualquer
pessoa.
EM ELÓI, CONTENTE COM A RESPOSTA. CORTA PARA/
VIVIAN NO SOFÁ. MEIRE CHEGA COM UM PAPEL.
VIVIAN — Pegou o número da Mimi Piriri?
MEIRE — Uhum. Aqui está. (entrega o papel p/ Vivian) Mas pra quê
você quer, dona Vivian?
VIVIAN — Passar umas notícias pra ela.
MEIRE — Que tipo de notícias?
VIVIAN — Sobre a nossa querida Isadora.
MEIRE — Morta na farofa!
VIVIAN — Imagina, Meiroca, em letras bem grandes no blog da Mimi:

‘‘Jovem escritora estreante planeja golpe do baú em
empresário’’. Ou melhor: ‘‘A farsa Isadora Peixoto’’.
MEIRE — Mas isso é fato ou fake?
VIVIAN — Deu pra copiar aquela campanha da Globo agora, foi?
MEIRE — É. (ri)
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VIVIAN — Esse é o único jeito de ferrar aquela garota, Meire. Ela é toda
certinha. Não tem nada de errado na ficha dela. Já tentei de
tudo.
MEIRE — Vai ligar pra Mimi agora?
VIVIAN — Claro.
VIVIAN PEGA SEU CELULAR E FAZ UMA LIGAÇÃO.
VIVIAN — Alô? Mimi Piriri? (T) Tudo bom, querida? Sou eu, Vivian
Siqueira. (T) Como assim ‘‘quem’’? Vivian Siqueira, escritora,
da Muniz. (T) É, é, filha do Henry. Senti sua falta no
lançamento do nosso último livro ontem, aqui no Rio. (T) Ah,
em São Paulo? Que pena! Mas tenho umas notícias fresquinhas
pra te contar.
EM VIVIAN. CORTA PARA/
CENA 26/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE TIAGO/ DIA/ INT.
TIAGO SENTADO NA CADEIRA, FALANDO AO TELEFONE.
TIAGO — Quero te encontrar mais tarde. Te devo um pedido de

desculpas pelo que a minha mãe fez a você. (T) Precisa sim,
Taís. Eu te amo.
CORTA RÁPIDO PARA/
CENA 27/ LIVRARIA LIVRONÁTICOS/ DIA/ INT.
ESPAÇO UM POUCO MAIS VAZIO. TAÍS SOZINHA NO CAIXA, FALANDO AO

CELULAR.
TAÍS — É que eu tô trabalhando agora, Tiago. A Leocádia daqui a

pouco tá voltando. Não posso ficar falando no celular. (T) Não
sei se eu posso hoje.
ENTRAM TRÊS POLICIAIS, FORTES, ALTOS, E DIRIGEM-SE AO CAIXA.
POLICIAL 1 — Boa tarde. Você é Taís Amaro?
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TAÍS — (tirando o cel. da orelha) Oi, desculpa. Sou eu sim.
POLICIAL 1 — Você está presa pelo assassinato de Giovane Neves!
EM TAÍS, SURPRESA, DESESPERADA.
EFEITO FINAL: Palavras escritas à mão invadem a tela.
FIM DO CAPÍTULO
Créditos sobem ao som de
DIAS MELHORES - JOTA QUEST, FLOW, KVSH (REMIX)
21

Dias Melhores Cap 25

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DIAS MELHORES CAPÍTULO 25 MEGAPRO

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO

BELA JADER TATO

CENA 01/ LANCHONETE/ DIA/ INT.

CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR. ​LUMA E VIVIAN

LUMA — É o seguinte, dona Vivian: eu sei que tu matou o Giovane

VIVIAN SURPRESA. LUMA ENCARANDO-A.

LUMA — E aí, dona Vivian?

LUMA — Ah, é? Vai fingir demência?

VIVIAN VAI SE LEVANTANDO DA CADEIRA.

LUMA — Então tá bom. Vou entregar logo as câmeras da cozinha pra

VIVIAN SENTA-SE RAPIDAMENTE.

VIVIAN — (preocupada) Que que é que você falou? Câmeras da

LUMA — Ué, cê não tinha reunião?

VIVIAN — Desembucha, rolha de poço.

LUMA — A senhora me respeita hein.

VIVIAN — Fala logo, praga.

CLOSES ALTERNADOS. ​CORTA PARA/

CENA 02/ MUNIZ EDITORIAL/ SALA DE ISADORA/ DIA/ INT.

ISADORA E VITÓRIO SENTADOS.

VITÓRIO — Parece que ficou a noite resolvendo os problemas lá da morte

ISADORA — Por quê?

VITÓRIO — Eu não tô fingindo que ela não existe/

ISADORA — Mas está nem aí pra ela/

VITÓRIO — Assim como ela tá pra mim.

ISADORA — Só depois não fique se lamentando de ter feito isso.

VITÓRIO — Como assim?

ISADORA — Nada não. Esquece.

ISADORA — Pode entrar!

MEIRE — Ela deu uma saidinha/

VITÓRIO — Saidinha? Justo na hora da reunião?

MEIRE — Ela disse que voltava logo.

VITÓRIO — Essa Vivian é muito cara de pau.

EM VITÓRIO, BALANÇANDO A CABEÇA PARA OS LADOS, COM OLHAR DE

CENA 03/ CASA DE DÉBORA/ SALA/ DIA/ INT.

VALTER SENTADO NO SOFÁ, ASSISTINDO À TELEVISÃO. NELA, UMA

REPÓRTER (TV) — Bom dia. Voltamos com mais informações sobre o

VALTER — Viu isso, Débora? Foi lá no museu ontem.

DÉBORA — Vi sim. Esse é o ex da nossa filha/

VALTER — (corrige Débora) Da Isadora.

DÉBORA — Que coisa horrível isso, Valter! Um garoto tão jovem!

DÉBORA — (surpresa) A Vivian?

DÉBORA — Mas matar, Valter?

VALTER — Pra tirar alguém do caminho dela, talvez…

DÉBORA — Não sei não. Mas a gente vai na delegacia?

VALTER — Claro. A gente precisa falar o que a gente sabe.

EM VALTER, PENSATIVO. ​CORTA PARA/

CENA 04/ LANCHONETE/ DIA/ INT.

CONTINUAÇÃO DA CENA 01.

VIVIAN — Podemos fazer.

VIVIAN — Para de gracinha, cola velcro dos infernos.

LUMA — Vai continuar me desrespeitando? Não se esqueça dos vídeos

VIVIAN — O que você quer em troca desses vídeos?

LUMA — Cem mil reais.

VIVIAN — O QUE? CEM MIL?

LUMA — Sim. Em dinheiro vivo.

VIVIAN — Cê tá louca, Peppa Pig?

LUMA — Só por essa ofensa agora eu quero cento e cinquenta.

VIVIAN — (baixo) Demônia!

LUMA — O que que você falou?

VIVIAN — Linda! Falei que você é linda?

LUMA — Fechamos em duzentos mil então.

VIVIAN — Onde eu vou arrumar esse dinheiro da noite pro dia?

CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR. LUMA E VIVIAN

CLOSES ALTERNADOS. CORTA PARA/

EM VALTER, PENSATIVO. CORTA PARA/

LUMA E VIVIAN SAEM. CORTA PARA/

CLOSES ALTERNADOS. CORTA PARA/

CLOSES ALTERNADOS. CORTA PARA/