Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENA 1
NELL:Mas que linda manhã
AMBOS:
Por isso, cada um
E todo os mínimos
E mesmos microscópicos detalhes
Devem funcionar
CENA 2
VICTORIA:
Desde criança, sonho
com o dia do meu casamento. Sempre esperei encontrar alguém por quem estivesse
profundamente apaixonada. Alguém com quem passar o resto da minha vida.
(uma batida) Bobo, não é?
MAUDELINE:
Que impropriedade é essa? Vocês não devem ficar sozinhos juntos! Aqui falta um minuto
para as cinco e vocês não estão no ensaio. Vocês iam atrasar!
CENA 3
VICTOR: Com esta vela... esta vela...
Victor tenta acender a outra vela. Ele está passando por um momento difícil. Por vários
longos segundos, ele mexe no
pavio enquanto os outros assistem. Finalmente, inclinando-se para perto, ele acende a vela.
Victor suspira de alívio, acidentalmente apagando a vela.
Do seu lugar, Nell geme.
PASTOR GALSWELLS(explodindo):Você não deseja se casar, Mestre Van Dort?
VITOR: Não! Eu quis dizer não, eu não, er, não desejo me casar, isto é, eu quero muito!!
VITOR: Eu pego!
VITOR: PEGUEI!
PASTOR GALSWELLS(furiosamente): Chega! Este casamento não pode acontecer até que
ele esteja devidamente preparado! Jovem, aprenda seus votos!
Cena 4
Victor perturbado cruza o limite da cidade e
se dirige para a floresta escura.
Victor mergulha na floresta. O ambiente é tomado por árvores sombrias e sinistras. Uma
névoa toma conta da floresta. Victor murmura desesperadamente para si mesmo.
VICTOR: Com esta mão, esvazio seu copo. Não, não é isso.
As árvores se movimentam de lugar.
VICTOR:Sua taça nunca se esvaziará, pois iluminarei seu caminho. Não. Com
esta vela, eu afasto sua tristeza... não, não. Ai não adianta.
VICTOR: Com este anel…
Ele desliza o anel em uma pequena raiz retorcida que se estende do chão.
Cena 5
NOIVA CADÁVER:
Eu aceito.
Cena 6
NOIVA CADÁVER: Você acha que eu me casaria com um estranho?
VICTOR:... MORTOS!
Cena 7
VICTOR: Fiquem longe! Eu tenho uma espada numa… anã. E não tenho medo de cometer
uma tragédia. Eu quero algumas perguntas! Agora!
VICTOR: Obrigado, sim, respostas! Eu preciso de respostas. Por que estou aqui? Quem é
ela? O que é ela?
BONEJANGLES:
Caros defuntos, a sua atenção
Ou quem de vocês tiver audição
Vou contar a história melancólica demais
De uma noiva cadáver sedenta de paz
Cena 8
ANUNCIANTE: OUÇA, OUÇA! VICTOR VAN DORT FOI VISTO ESTA NOITE NA PONTE
NOS BRAÇOS DE UMA MULHER MISTERIOSA. A TENTADORA DE CABELOS
ESCUROS E MESTRE VAN DORT, E AGORA O TEMPO VAI…
VICTORIA: Victor...
Cena 9
VICTOR: A mãe nunca aprovou que Scraps ficasse em pé desse jeito. Mas ela nunca
provou nada mesmo…
VICTOR: Bem, na verdade... agora que você mencionou... eu acho que ela iria. Sim. Eu
acredito que ela faria. Na verdade, já que somos, você sabe, c-casados... você
definitivamente deveria conhecê-la. E meu pai também. Você deveria conhecer meus pais!
Victor espera nervosamente pela reação dela. Lentamente, um grande sorriso surge no
rosto da Noiva Cadáver.
A NOIVA CADÁVER: Que ideia fantástica! Vamos encontrá-los. Onde eles estão
enterrados?
VICTOR: Oh, há um pequeno problema...
NOIVA CADÁVER: Isso é um problema. Mas, conheço alguém que pode nos ajudar. Vem!
Cena 10
ÉLDER GUTKNECHT: Prontos?
ÉLDER GUTKNECHT: Apenas lembre-se, quando você quiser voltar, apenas diga
"amarelinha".
VICTOR: Amarelinha?
Cena 11
NOIVA CADÁVER: Qual casa é a sua?
VICTOR Está bem ali em cima. (improvisando rapidamente): Por que não vou primeiro, e ...
prepará-los. Você espera aqui.
Quando a Noiva fica sentada entra em uma das lápides. Quando para pensativa.
NOIVA CADÁVER: Certeza que ele deve ter uma razão muito boa pra demorar tanto.
Melhor eu ir perguntar a ele. Até porque ele pode não ir longe, medroso como ele.
Cena 12
FINIS: Se eu colocar minhas mãos naquele garoto Van Dort, vou estrangulá-lo com minhas
próprias mãos.
MAUDELINE: Suas mãos são muito gordas e o pescoço dele é muito fino. Você vai ter que
usar uma corda!
FINIS: Hummm
VICTOR Assustado, ele se afasta. Ele quase desiste completamente, quando se lembra de
Victoria.
VICTOR: Não, a Victoria merece saber a verdade. Devo falar primeiro com ela. Mas como?
Deve haver uma maneira. Vitor, pense! Isso, as escadas do sótão, a Anciã disse que sou
um fantasma, devo conseguir atravessar as paredes.
VICTOR(apressadamente): Acho que estou casado. E você deve saber que é inesperado.
Noiva Cadáver lança o resto de si mesma sobre a borda da varanda, deslocando uma perna
no processo. Ela coloca a perna no lugar, sem mostrá-la ao público. Apenas com efeito
sonoro. A Noiva Cadáver, distraída em consertar a perna, não percebe Victoria.
Agora ela vê Victoria e congela. As duas mulheres se encaram. A Noiva Cadáver, perplexa,
vai até Victor, colocando uma mão possessiva em seu braço.
VICTOR: Victoria, espere, você não entende(desesperadamente) posso garantir que não é
o que você pensa. Ela está morta! Olha!
Ele agarra o braço ossudo da Noiva Cadáver, balançando-o para dar ênfase. Vitória se
assusta.
Cena 13
NOIVA CADÁVER: Você mentiu para mim! Só para voltar para aquela outra mulher.
Cena 14
VIÚVA NEGRA: Esqueça-o. Ele não vale as lágrimas, querida.
NOIVA CADÁVER(ignorando): Não posso competir com essa mulher. Ela tem tudo o que
ele quer. Incluindo um pulso.
MAGGOT: Dispensável
VIÚVA: Trivial
Cena 15
PASTOR GALSWELLS (horrorizado): Senhorita Everglot! O que você está fazendo aqui!
Você deveria estar em casa prostrada de dor!
VICTORIA: Pastor Galswells, preciso lhe perguntar uma coisa.
VICTORIA: Por favor, eu imploro! Diga-me, os vivos podem se casar com os mortos?
Cena 16
VITÓRIA: Não! Por favor. Você tem que acreditar em mim!
Maudeline e Finis abrem a porta com estranheza. Barkis fica analisando calado a cena no
canto da sala.
MAUDELINE (horrorizada): Meu Deus. O que diabos é isso ! Vitória! Onde estão seus
espartilhos?!
Victoria luta descontroladamente. Ela está enlameada e desgrenhada, parecendo cada vez
mais, de fato, louca.
PASTOR GALSWELLS: Ela está falando em línguas! De alianças profanas! Temo que sua
mente tenha se desfeito.
MAUDELINE: Hildegarde!
Cena 17
VICTORIA: Mãe, Pai, por favor... ouçam...
MAUDELINE: O que a duquesa teria dito? (lentamente, cada vez mais horrorizados) E os
parentes a caminho enquanto conversamos! anos antes de podermos nos mostrar em
público novamente! O que devemos fazer?
MAUDELINE: Victor.
BARKIS: Pobre de mim, não sou casado. Fui noivo há alguns anos atrás, mas, um terrível
acidente, levou embora minha amada noiva. Quando se vive sozinho, o dinheiro não serve
para mais nada.
MAUDELINE: Bom, nossa filha está disponível já que sua noiva o deixou…
Cena 18
VICTORIA: O encontraram?
FINIS: Sim, foi uma mudança fortuita dos acontecimentos. Temos uma perspectiva melhor
dessa vez.
BARKIS: Olha, o amor é uma coisa quando você aprende a conviver. Passado algum
tempo, você me amará. Assim como aconteceu com os seus pais.
Cena 19
BARKIS: Ôh minha cara Victoria, você só irá sofrer com essa união. Até que a morte nos
separe. E isso acontecerá antes do que você pensa.
Cena 20
NELL: Sinto muito, mas, não conseguimos achar nosso filho.
NELL: O que? vocês não podem se desfazer de um acordo assim. Victor não desapareceu
porque quis, eu conheço o meu menino.
Cena 20
Victor e a Noiva Cadáver começam à tocar piano. Até que se empolgam.
Cena 21
VICTOR: Mayhew!
MAYHEW(olhando em volta, pensativo) Tão... tão tranquilo! Ninguém late ordens para mim
noite e dia. Oh, perdoe-me, Mestre Van Dort.
MAYHEW: Sim, com você fora e tudo. Eles não queriam desperdiçar o bolo.
Cena 22
A NOIVA CADÁVER: Bem, foi uma cerimônia bem rápida.
ÉLDER GUTKNECHT: Como deveria ser. Na minha época, não nos preocupávamos com
xícaras e velas. Lixo, tudo isso. Como alguém mantém isso correto quando diz seus votos?
A NOIVA CADÁVER(brincando): Para minha sorte, não precisei. Eu estava bastante calada!
ANCIÃO GUTKNECHT: Mas, minha filha, vocês dois devem fazer os votos para que o
casamento seja válido.
Elas se encaram.
ÉLDER GUTKNECHT: Minha querida, você não é realmente casada. Ele está livre para ir.
NOIVA CADÁVER: Mas com certeza. . . certamente há alguma maneira de consertar isso?
Por favor me ajude!
ÉLDER GUTKNECHT: Você terá que completar a cerimônia dizendo seus votos.
ANCIÃ GUTKNECHT: Seus votos foram feitos na terra acima. Você também deve dizer
seus votos entre os vivos e…
A NOIVA CADÁVER: E?
ANCIÃ GUTKNECHT: Victor terá que fazer um imenso sacrifício. Ele teria que abrir mão da
vida dele para sempre. Teria que fazer seus votos no mundo dos Vivos e beber do fim dos
tempos.
ÉLDER GUTKNECHT: Isso faria o coração dele parar de bater. E só então, estaria livre para
ficar com você.
Cena 23
VICTOR: Ouçam, pessoal! Ouçam! Houve uma mudança de local! Pegue o que puder e
sigam-nos. Estamos mudando esta festa.
Cena 24
ANUNCIANTE: OS MORTOS ANDAM PELA TERRA!
BARKIS: Como muitos de vocês sabem, foi um namoro rápido para Victoria e eu. Mas o
amor é assim espontâneo e inesperado. Desenfreado! O acaso pode ter nos unido, mas
nenhuma força da Terra pode nos separar.
MAUDELINE: Quem convidou essa gente? certeza que é a sua parte da família!
VICTORIA: Mas meus pais não tem dinheiro, nosso casamento que ia tirar eles da pobreza.
BARKIS: Da pobreza? Está mentindo, não é verdade! Diga que está mentindo!
Victoria dá as costas e vai embora, dando de cara com várias pessoas junto com Scraps, se
encaminhando à igreja. Às segue. Barkis vai atrás, logo depois.
Cena 26
PASTOR GALSWELLS: Vão embora demônios do inferno, voltem do lugar de onde vieram!
Vocês não entrarão aqui. Voltem!
Cena 27
ÉLDER GUTKNECHT: Caros presentes e aos que partiram. Estamos aqui hoje para a união
deste homem a este cadáver. O vivo primeiro.
VICTOR: Com esta mão levantarei as tuas mágoas. Sua taça nunca se esvaziará, pois eu
serei o seu vinho. Com esta vela, iluminarei o seu caminho na escuridão. Com este anel,
peço que seja minha.
NOIVA CADÁVER: Com esta mão aliviarei suas tristezas. Sua taça nunca se esvaziará, pois
eu serei seu vinho...
Enquanto a Noiva Cadáver fala, ela vê Victoria ao lado, observando com um horror
silencioso.
A Noiva Cadáver olha para Victor. Ela sorri enquanto uma lágrima rola por sua bochecha
esfarrapada.
Ela tira o anel e entrega a ele. Nos seus olhos vemos uma triste ternura pelo amor fugaz
que quase foi, e uma aceitação de que nunca poderia ser.
NOIVA CADÁVER: Eu te amo, Victor, mas você não é meu. Meus sonhos foram tirados de
mim. Agora eu os roubei de outra pessoa.
VICTOR: Victoria!
VICTORIA: Victor…
Ela caminha lentamente em direção a eles, a Noiva junta a mão de Victoria à Victor.
BARKIS: Ah, tão emocionante! eu sempre choro em casamentos, nossos jovens amantes,
juntos finalmente! com certeza agora vão viver felizes para sempre. Mas, você esqueceu
que ela ainda é a minha mulher, e não vou sair daqui de mãos vazias.
Barkis anda em meio círculo, pegando o vinho de cima da mesa. Logo depois, uma risada
irônica.
BARKIS: Mas, antes um brinde à Emily, sempre a Dama de honra, nunca a noiva! Diga-me
minha cara, o coração ainda se parte depois que ele para de bater? Hum?
ÉLDER GUTKNECHT: Nós temos que seguir as regras deles. Pois, estamos entre os vivos.
Barkis bebe todo o vinho envenenado e joga a taça no chão. Barkis caminha à saída,
Vitorioso, quando sente falta de ar e olha para eles morto.
Maggot ri realizado.
Todos vão para cima do Barkis rindo cabulosamente o levando para a saída da igreja
quando a Enforcada ia fechar a porta e todos falam juntos cabulosamente, olhando para a
plateia.
Pronta para partir. Ela pega o buquê de rosas na mesa e entrega à Victoria. A Noiva
Cadáver se encaminha ao canto do palco, com a expressão facial leve. Olha para a luz do
luar e se sente abraçada pelo luar, logo depois, a expressão muda, em um sentimento de
aceitação que encontrou seu caminho. Uma luz forte aparece na coxia que à suga devagar,
junto com a fumaça e várias penas brancas.
Fim