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COLECTÂNEA DE
LEGISLAÇÃO
AUTÁRQUICA
2ª Edição Actualizada
Maputo, 2010
Ficha Técnica
Editor – ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Registo 5797/RLINLD/2008
NOTA INTRODUTÓRIA À 2ª. EDIÇÃO
A fim de que o leitor possa rapidamente ter uma ideia das principais alterações, elas
decorrem da definição dos parâmetros e limites das remunerações dos titulares e
membros das autarquias locais, a organização territorial de algumas vilas, o
regulamento do uniforme e da organização do curso de formação da polícia
municipal, da definição das modalidades da tutela administrativa dos governadores
e governos provinciais e principalmente do novo Código Tributário Autárquico,
derivado da Lei das Finanças Autárquicas de 2008.
Os autores
NOTA PRÉVIA
Os Autores
PREFÁCIO
Por isso, uma palavra final para enaltecer o grande mérito deste livro e um
reconhecimento especial aos autores pelo exemplo e por toda uma vida de serviço
dedicada ao desenvolvimento e fortalecimento da administração pública.
Manuel Cambezo
Presidente da Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
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NORMAS CONSTITUCIONAIS
TÍTULO XIV
PODER LOCAL
Artigo 271
(Objectivos)
1. O Poder Local tem como objectivos organizar a participação dos cidadãos na
solução dos problemas próprios da sua comunidade e promover o
desenvolvimento local, o aprofundamento e a consolidação da democracia, no
quadro da unidade do Estado Moçambicano.
Artigo 272
(Autarquias locais)
1. O Poder local compreende a existência de autarquias locais.
Artigo 273
(Categorias das autarquias locais)
1. As autarquias locais são os municípios e as povoações.
Artigo 274
(Criação e extinção das autarquias locais)
A criação e extinção das autarquias locais são reguladas por lei, devendo a alteração
da respectiva área ser precedida de consulta aos seus órgãos.
Artigo 275
(Órgãos deliberativos e executivos)
1. As autarquias locais têm como órgãos uma Assembleia, dotada de poderes
deliberativos, e um executivo que responde perante ela, nos termos fixados na
lei.
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4. As candidaturas para as eleições dos órgãos das autarquias locais podem ser
apresentadas por partidos políticos, isoladamente ou em coligação, ou por
grupos de cidadãos eleitores, nos termos da lei.
Artigo 276
(Património e finanças locais)
1. As autarquias locais têm finanças e património próprios.
Artigo 277
(Tutela administrativa)
1. As autarquias locais estão sujeitas à tutela administrativa do Estado.
3. O exercício do poder tutelar pode ser ainda aplicado sobre o mérito dos actos
administrativos, apenas nos casos e nos termos expressamente previstos na lei.
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Artigo 278
(Poder regulamentar)
As autarquias locais dispõem de poder regulamentar próprio, no limite da
Constituição, das leis e dos regulamentos emanados das autoridades com poder
tutelar.
Artigo 279
(Pessoal das autarquias locais)
1. As autarquias locais possuem quadro de pessoal próprio, nos termos da lei.
Artigo 280
(Organização)
A lei garante as formas de organização que as autarquias locais podem adoptar para
a prossecução de interesses comuns.
Artigo 281
(Mandato)
A revogação e renúncia do mandato dos membros eleitos dos órgãos autárquicos são
regulados por lei.
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Lei nº 18/2007,
de 18 de Julho
TÍTULO I
Disposições gerais
CAPÍTULO I
Princípios fundamentais.
Artigo 1
(Âmbito da Lei)
A presente Lei estabelece o quadro jurídico legal para a realização de eleições dos
Órgãos das Autarquias Locais.
Artigo 2
(Eleição dos órgãos autárquicos)
1. Os presidentes dos conselhos e das assembleias são eleitos por sufrágio
universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico.
3. Os membros dos conselhos são designados nos termos da Lei das Autarquias
Locais.
Artigo 3
(Direito de sufrágio)
1. O sufrágio constitui um direito pessoal e inalienável dos cidadãos.
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CAPÍTULO II
Capacidade Eleitoral Activa
Artigo 4
(Cidadãos Eleitores)
São eleitores os cidadãos moçambicanos, maiores de dezoito anos à data das
eleições, recenseados na circunscrição territorial da respectiva autarquia local, que
não estejam abrangidos pelas incapacidades eleitorais activas previstas na presente
lei.
Artigo 5
(Incapacidade eleitoral activa)
Não podem votar:
a) os interditos por sentença transitada em julgado;
b) os notoriamente reconhecidos como dementes, ainda que não estejam
interditos por sentença, quando internados em estabelecimento psiquiátrico
ou como tais declarados por uma junta médica;
c) os definitivamente condenados a pena de prisão por crime doloso de delito
comum, enquanto não haja expirado a respectiva pena, e os que se
encontrem judicialmente privados dos seus direitos políticos;
d) os cidadãos sob prisão preventiva, por decisão judicial.
CAPÍTULO III
Capacidade Electiva Passiva
Artigo 6
(Cidadãos elegíveis)
1. São elegíveis os cidadãos moçambicanos que residam, à data da votação, na
autarquia local, há pelo menos 6 meses e não padeçam de qualquer
incapacidade eleitoral passiva prevista na presente Lei.
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Artigo 7
(Inelegibilidade)
1. Não podem ser eleitos:
a) os magistrados judiciais e os do Ministério Público, os funcionários de
justiça e os de finanças com funções de chefia, em efectividade de funções;
b) os membros das forças militares ou militarizadas e forças de segurança no
activo;
c) os falidos ou insolventes, salvo se reabilitados por lei;
d) os devedores em mora com a autarquia local e respectivos fiadores;
e) os membros dos corpos sociais e os gerentes de sociedades, bem como os
proprietários de empresas que tenham contrato com a autarquia local não
integralmente cumprido ou de execução continuada.
Artigo 8
(Direito a dispensa de funções)
A partir do início da campanha eleitoral até ao fim da votação, os candidatos
admitidos têm direito a dispensa do exercício das respectivas funções, sejam
públicas ou privadas, contando esse tempo para todos os efeitos, incluindo o direito à
remuneração, como tempo de serviço efectivo.
Artigo 9
(Imunidade)
1. Nenhum candidato pode ser sujeito a prisão preventiva, a não ser em flagrante
delito, por crime doloso punível com pena de prisão maior.
2. Movido processo crime contra algum candidato que não esteja em regime de
prisão preventiva e indiciado este por despacho de pronúncia ou equivalente, o
processo só pode seguir os seus termos após a proclamação dos resultados das
eleições.
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TÍTULO II
PROCEDIMENTO ELEITORAL
CAPÍTULO I
Marcação das Eleições
Artigo 10
(Competências)
As eleições autárquicas são marcadas por Decreto do Conselho de Ministros, sob
proposta da Comissão Nacional de Eleições, com a antecedência mínima de cento e
vinte dias relativamente ao termo do mandato cessante.
Artigo 11
(Data)
As eleições autárquicas realizam-se, simultaneamente, num único dia, dentro dos
noventa dias anteriores ao termo do mandato cessante.
Artigo 12
(Simultaneidade das eleições)
As eleições para o presidente do conselho municipal ou de povoação e para os
membros da assembleia municipal ou de povoação são feitas simultaneamente.
CAPÍTULO II
Candidaturas
Secção I
Apresentação das candidaturas
Artigo 13
(Recepção e prazo)
1. As candidaturas são apresentadas perante o Secretariado Técnico de
Administração Eleitoral.
2. As candidaturas devem ser apresentadas até setenta e cinco dias antes da data
das eleições.
Artigo 14
(Exclusividade das candidaturas)
1. Nenhum partido político, coligação de partidos ou grupo de cidadãos eleitores
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Artigo 15
(Requisitos formais da apresentação)
1. A apresentação das candidaturas consiste na entrega da lista contendo os nomes
e demais elementos de identificação dos candidatos e da declaração por todos
assinada, conjunta ou separadamente, de que aceitam a candidatura e ainda da
declaração, sob compromisso de honra, de que não se encontram feridos de
qualquer incapacidade eleitoral.
Artigo 16
(Mandatários de candidaturas)
1. Os candidatos devem designar, de entre eles ou de entre os eleitores inscritos na
circunscrição autárquica a que respeita a eleição, um mandatário para os
representar em todas as operações do procedimento eleitoral.
Artigo 17
(Inscrição)
Os partidos políticos, coligações de partidos ou grupo de cidadãos eleitores
proponentes devem realizar a sua inscrição junto da Comissão Nacional de Eleições
para efeitos eleitorais, devendo apresentar os estatutos e o documento de registo.
Secção II
Apreciação das candidaturas
Artigo 18
(Verificação das candidaturas)
Findo o prazo para a apresentação das candidaturas, a Comissão Nacional de
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Eleições verifica, até sessenta dias antes da data das eleições, a regularidade do
respectivo processo, a autenticidade dos documentos que o integram e a
elegibilidade dos candidatos.
Artigo 19
(Irregularidades formais)
1. Registando-se irregularidades formais, é o mandatário da candidatura em causa
imediatamente notificado pela Comissão Nacional de Eleições para efectuar o
respectivo suprimento, no prazo de cinco dias.
Artigo 20
(Rejeição de candidatura)
1. Apenas podem ser rejeitadas as candidaturas de indivíduos sem capacidade
eleitoral passiva ou que tenham desistido, nos termos da presente lei.
Artigo 21
(Recurso para o Conselho Constitucional)
Das deliberações da Comissão Nacional de Eleições cabe recurso ao Conselho
Constitucional, que delibera em última instância.
Artigo 22
(Divulgação das listas definitivas)
1. A Comissão Nacional de Eleições procede à divulgação das listas definitivas até
trinta dias antes da data das eleições.
2. Cópias das listas referidas no número anterior devem ser afixadas nos lugares de
estilo à porta da Comissão Nacional de Eleições, nos órgãos de administração
Armindo dos Santos Matos Maria Sílvia da Graça e Costa
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Artigo 23
(Sorteio das listas apresentadas)
1. Nos três dias seguintes, depois da divulgação das listas definitivas, a Comissão
Nacional de Eleições procede ao sorteio das mesmas na presença dos
mandatários, para que lhes seja atribuída uma ordem nos boletins de voto.
Artigo 24
(Legitimidade)
Têm legitimidade para interpor recurso os candidatos, os respectivos mandatários,
os partidos políticos, coligações de partidos, grupo de cidadãos eleitores
proponentes de candidaturas.
Artigo 25
(Interposição e subida de recurso)
1. O requerimento de interposição de recurso, do qual constam os seus
fundamentos, é entregue no órgão eleitoral recorrido, acompanhado de todos os
elementos de prova.
Artigo 26
(Deliberação)
1. O Conselho Constitucional delibera no prazo de dez dias a contar dos prazos
mencionados no artigo anterior.
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CAPÍTULO III
Campanha e Propaganda Eleitoral
Artigo 27
(Campanha eleitoral)
Entende-se por campanha eleitoral a actividade que vise, directa ou indirectamente,
promover candidaturas, bem como a divulgação de textos, imagens ou sons que
exprimam ou reproduzam o conteúdo dessa actividade.
Artigo 28
(Período)
A campanha eleitoral inicia quinze dias antes da data das eleições e termina dois dias
antes da votação.
Artigo 29
(Promoção e realização)
A promoção e realização da campanha eleitoral cabe directamente aos candidatos,
partidos políticos ou coligações de partidos e grupos de cidadãos eleitores
proponentes de listas, sem embargo da participação activa dos cidadãos eleitores em
geral.
Artigo 30
(Âmbito)
Qualquer candidato, partido político ou coligação de partidos ou grupo de cidadãos
eleitores proponentes pode realizar livremente a campanha eleitoral em qualquer
lugar do território da autarquia.
Artigo 31
(Igualdade de oportunidades de candidaturas)
Os candidatos, partidos políticos, ou coligações de partidos ou grupo de cidadãos
eleitores proponentes têm direito a igual tratamento por parte das entidades públicas
e privadas, a fim de efectuarem livremente e nas melhores condições, a sua
campanha eleitoral.
Artigo 32
(Liberdade de expressão e de informação)
1. No decurso da campanha eleitoral não pode ser imposta qualquer limitação à
livre expressão de princípios políticos, económicos, sociais e culturais.
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Artigo 33
(Liberdade de reunião e de manifestação)
1. No período da campanha eleitoral a liberdade de reunião e de manifestação para
fins eleitorais rege-se pelo disposto nas Leis nº 9/91, de 18 de Julho e nº 7/2001,
de 7 de Julho, com as adaptações constantes dos números seguintes.
Artigo 34
(Proibição de divulgação de sondagens)
É proibida a divulgação dos resultados de sondagens ou de inquéritos relativos à
opinião dos eleitores quanto aos concorrentes à eleição, desde o início da campanha
eleitoral até à divulgação dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional de
Eleições.
Artigo 35
(Publicações de carácter jornalístico)
As publicações noticiosas do sector público que insiram matéria respeitante à
campanha eleitoral devem conferir um tratamento jornalístico não discriminatório
às diversas candidaturas.
Artigo 36
(Salas de espectáculos)
1. Os proprietários de salas de espectáculos ou de outros recintos de normal
utilização pública, que reúnam condições para serem utilizados na campanha
eleitoral, devem pô-las à disposição da Comissão Nacional de Eleições até vinte
dias antes do início do período eleitoral, com a indicação das datas e horas em
que essas salas poderão ter aquela utilização.
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Artigo 37
(Custo de utilização)
1. Os proprietários das salas de espectáculos ou os que explorem, no caso do nº 1
do artigo anterior, ou quando tenha havido a requisição aí prevista, indicam o
preço a cobrar pela sua utilização, depois de prévia negociação com as
candidaturas interessadas.
Artigo 38
(Utilização de lugares e de edifícios públicos)
1. As candidaturas podem utilizar, na campanha eleitoral, lugares e edifícios
públicos pertencentes ao Estado e a outras pessoas colectivas de direito público,
nos termos a regulamentar pela Comissão Nacional de Eleições, sem prejuízo
dos regulamentos internos das respectivas instituições.
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Artigo 39
(Direito de antena)
Os candidatos a cargo de presidente das autarquias, os partidos políticos, as
coligações de partidos e os grupos de cidadãos eleitores concorrentes às eleições
têm direito à utilização do serviço público de radiodifusão e televisão durante o
período da campanha eleitoral, nos termos definidos por regulamento da Comissão
Nacional de Eleições.
Artigo 40
(Propaganda sonora)
O recurso à propaganda com utilização de meios sonoros não carece de autorização,
nem de comunicação às autoridades administrativas e só é permitido entre as sete e
vinte e uma horas.
Artigo 41
(Propaganda gráfica)
1. A afixação de cartazes não carece de autorização nem de comunicação às
autoridades administrativas.
Artigo 42
(Deveres dos órgãos de informação escrita do sector público)
1. Os órgãos de informação escrita pertencentes ao sector público devem inserir
nas suas publicações material eleitoral.
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Artigo 43
(Utilização em comum ou troca)
Os partidos políticos, coligações e partidos ou grupos de cidadãos eleitores
proponentes podem acordar na utilização, em comum ou na troca entre si, de
espaço de publicação que lhes pertença ou das salas de espectáculo cujo uso lhes
seja atribuído.
Artigo 44
(Proibição de uso de bens públicos em campanha eleitoral)
1. É expressamente proibida a utilização pelos partidos políticos ou coligações de
partidos e demais candidaturas em campanha eleitoral, de bens do Estado,
autarquias locais, institutos autónomos, empresas estatais, empresas públicas e
sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicas.
CAPÍTULO IV
Assembleias de voto
Secção I
Organização das assembleias de voto
Artigo 45
(Formação)
1. Em cada mesa da assembleia de voto há um único caderno de recenseamento
eleitoral.
2. Vinte e cinco dias antes das eleições, o órgão de administração eleitoral faz
divulgar o mapa definitivo das assembleias de voto na sua sede, nos órgãos de
comunicação social e noutros lugares de fácil acesso ao público.
Artigo 46
(Locais de funcionamento)
1. As assembleias de voto funcionam em edifícios que ofereçam as indispensáveis
condições de acesso e segurança.
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b) unidades militares;
c) residências de ministros de culto;
d) edifícios de qualquer partido político, coligações de partidos, grupo de
cidadãos eleitores proponentes e associações filiadas a partidos
políticos;
e) locais onde se vendam bebidas alcoólicas;
f) locais de culto ou destinados a culto;
g) unidades sanitárias.
Artigo 47
(Anúncio do dia, hora e local)
A Comissão Nacional de Eleições anuncia publicamente, em cada lugar, o dia, a
hora e os locais onde funcionam as assembleias de voto.
Artigo 48
(Relação de candidaturas)
O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral ao proceder à distribuição dos
boletins de voto, entrega ao presidente da mesa da assembleia de voto, juntamente
com estes, a relação de todas as candidaturas definitivamente aceites, com a
identificação completa dos candidatos, a fim de serem afixadas no local onde
funcione a assembleia de voto.
Artigo 49
(Funcionamento das assembleias de voto)
As assembleias de voto funcionam, simultaneamente, em todo o país no dia marcado
para as eleições.
Artigo 50
(Mesa da assembleia de voto)
1. Em cada assembleia de voto há uma mesa ou mais mesas a quem compete
promover e dirigir a votação e o apuramento dos resultados do escrutínio.
4. Pelo menos dois membros da mesa devem falar a língua local da área onde se
situa a assembleia de voto.
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Artigo 51
(Recrutamento dos membros das mesas das assembleias de voto)
Para constituição das assembleias de voto, o Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral recruta, mediante concurso público de avaliação curricular, cidadãos
moçambicanos maiores de dezoito anos de idade, tecnicamente habilitados para o
efeito.
Artigo 52
(Constituição das mesas)
1. As mesas das assembleias de voto constituem-se na ora marcada para o início do
seu funcionamento e nos locais previamente indicados pela Comissão Nacional
de Eleições e seus órgãos de apoio.
3. Os membros das mesas das assembleias de voto devem estar presentes no local
de funcionamento da assembleia, duas horas antes do início da votação.
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Artigo 53
(Inalterabilidade das mesas)
1. As mesas das assembleias de voto, uma vez constituídas, não podem ser
alteradas, salvo motivo de força maior, devendo a Comissão Nacional de
Eleições dar disso conhecimento público.
Artigo 55
(Tipos de urnas)
As urnas a serem utilizadas devem ser transparentes.
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Secção II
Delegados de candidatura
Artigo 56
(Designação dos delegados de candidatura)
1. Cada candidatura tem o direito de designar um delegado efectivo e outro
suplente para cada mesa de assembleia de voto.
Artigo 57
(Procedimento de designação)
1. Até ao vigésimo dia anterior ao sufrágio, os partidos políticos, coligação de
partidos concorrentes às eleições, bem como os grupos de cidadãos eleitores
proponentes, designam os respectivos delegados para a mesa da assembleia de
voto, remetendo os seus nomes às comissões de eleições provinciais, distritais
ou de cidade para efeitos de credenciação.
Artigo 58
(Direitos e deveres do delegado de candidatura)
1. O delegado de lista goza dos seguintes direitos:
a) estar presente no local onde funciona a mesa de assembleia de voto e
ocupar o lugar mais adequado para poder fiscalizar todos os actos
eleitorais;
b) verificar, antes do início da votação, as urnas e as cabinas de votação;
c) solicitar explicações à mesa da assembleia de voto, obter informações
sobre os actos eleitorais e apresentar reclamações;
d) ser ouvido em todas as questões que se levantem durante o
funcionamento da mesa da assembleia de voto, quer durante a votação,
quer durante o escrutínio;
e) fazer observações sobre as actas, quando considere conveniente, e
assiná-las, devendo, em caso de recusa de assinatura, fazer constar as
respectivas razões;
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Artigo 59
(Imunidade dos delegados de candidatura)
Os delegados das candidaturas não podem ser detidos durante o funcionamento da
mesa da assembleia de voto, a não ser em flagrante delito por crime punível com
pena de prisão superior a dois anos.
Secção III
Boletins de voto
Artigo 60
(Características fundamentais)
1. Os boletins de voto são impressos em papel a definir pela Comissão Nacional de
Eleições, sob proposta do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral.
Artigo 61
(Elementos integrantes)
1. Em cada boletim de voto são dispostos horizontalmente, uns por baixo dos
outros, separados por uma faixa, por ordem de sorteio, os elementos de
identificação das candidaturas.
Armindo dos Santos Matos Maria Sílvia da Graça e Costa
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Artigo 62
(Cor e outras características)
A cor e outras características dos boletins de voto são fixadas pela Comissão
Nacional de Eleições, sob proposta do Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral.
Artigo 63
(Exame tipográfico dos boletins de voto)
Antes da impressão definitiva dos boletins de voto, os partidos políticos, coligações
de partidos ou grupo de cidadãos eleitorais proponentes, ou seus mandatários, são
notificados para, querendo, no prazo a fixar pela Comissão Nacional de Eleições,
verificar a conformidade da fotografia, denominação, sigla e símbolo, com os
materiais entregues à Comissão Nacional de Eleições, no momento de apresentação
das candidaturas.
Artigo 64
(Produção dos boletins de voto)
Os boletins de voto são produzidos em séries numeradas sequencialmente.
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CAPÍTULO V
Eleição
Secção I
Direito de sufrágio
Artigo 65
(Pessoalidade do voto)
1. O direito de sufrágio é exercido directamente por cada cidadão eleitor.
Artigo 66
(Presencialidade do voto)
O direito de voto é exercido presencialmente pelo cidadão eleitor no local de
funcionamento da assembleia de voto em que se encontra.
Artigo 67
(Unicidade do voto)
A cada eleitor só é permitido votar uma única vez para a eleição de cada órgão
representativo das autarquias locais.
Artigo 68
(Direito de votar)
1. O acto de votar constitui um direito de cada cidadão eleitor.
Artigo 69
(Local de exercício de voto)
O direito de voto é exercido na assembleia de voto correspondente ao local onde o
eleitor esteja recenseado, salvo o disposto no artigo 79 da presente Lei.
Artigo 70
(Liberdade e confidencialidade de voto)
1. O voto é livre e secreto.
2. Ninguém pode ser, sob qualquer pretexto, obrigado ou obrigar outrem a revelar
o sentido do voto.
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Artigo 71
(Requisitos de exercício do direito de voto)
Para efeitos de admissão à votação, o nome do eleitor deve constar do caderno de
recenseamento e a sua identidade reconhecida pela respectiva mesa, salvo o
disposto no artigo 79 da presente Lei.
Secção II
Processo de votação
Artigo 72
(Abertura da assembleia de voto)
1. As assembleias de voto abrem, em todo o território nacional, às sete horas e
encerram às dezoito horas.
Artigo 73
(Impossibilidade de abertura da assembleia de voto)
A abertura das assembleias de voto não tem lugar nos casos de:
a) impossibilidade de constituição da respectiva mesa;
b) ocorrência, no local ou nas suas proximidades, de calamidade ou
perturbação da ordem pública, na véspera ou no próprio dia marcado para o
acto eleitoral.
Artigo 74
(Irregularidades e seu suprimento)
1. Verificando-se quaisquer irregularidades que impeçam o processo de votação, a
mesa procede ao seu suprimento dentro das duas horas subsequentes à sua
verificação.
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Artigo 75
(Continuidade das operações eleitorais)
A votação decorre ininterruptamente, devendo os membros da mesa da assembleia
de voto fazer-se substituir quando necessário.
Artigo 76
(Interrupção das operações eleitorais)
1. As operações eleitorais são interrompidas, sob pena de nulidade da votação,
nos seguintes casos:
a) ocorrência, na área da autarquia local, de calamidade ou perturbação da
ordem pública que possa afectar a realização do acto eleitoral;
b) ocorrência, na assembleia de voto, de quaisquer perturbações ou tumultos.
Artigo 77
(Presença de não eleitores)
1. Sem prejuízo do disposto no artigo 58 da presente Lei, não é permitida a
presença nas assembleias de voto:
a) de cidadãos que não sejam eleitores;
b) de cidadãos que já tenham exercido o seu direito de voto.
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Artigo 78
(Ordem de votação)
1. Os eleitores votam pela ordem de chegada às assembleias de voto, dispondo-se
em fila para o efeito.
Artigo 79
(Votos dos eleitores não inscritos no local da assembleia de voto)
1. Os membros da mesa da assembleia de voto, os agentes da polícia e os
jornalistas, devidamente credenciados, podem exercer o direito de sufrágio
nessa mesma assembleia, ainda que não se encontrem inscritos no
correspondente caderno de recenseamento eleitoral.
Artigo 80
(Encerramento da votação)
1. O presidente da mesa declara encerrada a votação logo que tenham votado todos
os inscritos e presentes na assembleia de voto até às 18 horas do dia previsto para
as eleições.
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Secção III
Modo de votação
Artigo 81
(Modo de votação de cada eleitor)
1. Ao apresentar-se perante a mesa da assembleia de voto, cada eleitor mostra as
suas mãos aos membros da mesa e entrega ao respectivo presidente o seu cartão
de eleitor.
4. Voltando para junto da mesa, o eleitor introduz os boletins de voto nas urnas
correspondentes e mergulha o dedo indicador direito em tinta indelével,
enquanto os escrutinadores registam a votação, rubricando os cadernos de
recenseamento eleitoral na coluna correspondente ao nome do eleitor.
5. Se o eleitor não expressar a sua vontade em relação a um dos órgãos a eleger, não
recebendo ou não entregando o respectivo boletim de voto, esse facto consta da
acta como abstenção.
6. Se, por inadvertência, o eleitor inutilizar um boletim de voto, deve pedir outro ao
presidente da mesa, devolvendo-lhe o primeiro, que é rubricado pelo presidente
e conservado.
7. Uma vez exercido o direito de voto, o eleitor recebe o cartão e retira-se do local
de votação.
Artigo 82
(Voto dos portadores de deficiência)
1. Os eleitores cegos e os afectados por doença ou deficiência física notória, que a
mesa verifique não poderem praticar os actos descritos no artigo precedente,
votam acompanhados de outro eleitor, por si livremente escolhido, que deve
garantir a fidelidade de expressão do seu voto, ficando obrigado a absoluto
sigilo.
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Artigo 83
(Voto de cidadãos que não saibam ler ou escrever)
Os cidadãos que não saibam ler ou escrever e que não possam colocar a cruz, votam
mediante a aposição de um dos dedos no quadrado ou na área rectangular
correspondente à candidatura que escolhem, depois de o terem mergulhado em tinta
apropriada para o efeito existente na cabina de voto.
Artigo 84
(Voto de eleitores com cartões extraviados)
O eleitor cujo cartão se tenha extraviado, fora do período de reemissão fixado pelos
órgãos eleitorais, só pode votar se constar do caderno eleitoral respectivo,
confirmado pelos delegados de candidaturas, devendo, para o efeito, apresentar o
bilhete de identidade, passaporte ou outro documento que contenha fotografia e que
seja geralmente utilizado para identificação.
Secção IV
Garantias de liberdade de voto
Artigo 85
(Dúvidas, reclamações e protestos)
1. Além dos delegados de candidaturas, qualquer eleitor pertencente à assembleia
de voto pode colocar dúvidas e apresentar, por escrito, reclamações e protestos
relativamente às operações eleitorais da respectiva mesa da assembleia de voto,
devendo instruí-los com os meios de prova necessários.
2. A mesa não pode recusar a recepção das reclamações e dos protesto, devendo
rubricá-los e anexá-los às actas.
Artigo 86
(Manutenção da ordem e da disciplina)
1. Compete ao presidente da mesa da assembleia de voto, coadjuvado pelos
membros da respectiva mesa, assegurar a liberdade dos eleitores, manter a
ordem e a disciplina, tomando para o efeito as providências adequadas.
2. Não são admitidos na assembleia de voto e são mandados retirar pelo presidente
da mesa, os eleitores que se apresentem manifestamente embriagados ou
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Artigo 87
(Proibição de propaganda)
1. É proibida qualquer propaganda dentro das assembleias de voto e fora delas e na
área circundante até uma distância de trezentos metros.
Artigo 88
(Proibição da presença da força armada)
1. Nos locais onde reunirem as assembleias de voto, e num raio de trezentos
metros, é proibida a presença de força armada, com excepção do disposto nos
números seguintes.
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Artigo 89
(Deveres especiais dos profissionais de comunicação social)
Os profissionais de comunicação social que, no exercício das suas funções se
deslocam às assembleias de voto, não devem agir de forma a comprometer o segredo
de voto ou perturbar o acto eleitoral, bem como difundir com parcialidade.
CAPÍTULO VI
Apuramento
Secção I
Apuramento parcial
Artigo 90
(Operação preliminar)
1. Encerrada a votação, o presidente da mesa da assembleia de voto procede à
contagem dos boletins que não foram utilizados dos que foram inutilizados
pelos eleitores e encerra-os, com a necessária especificação, em dois
sobrescritos próprios, um para a eleição do presidente da autarquia e outro para a
eleição dos membros da assembleia da autarquia, que fecha e lacra. Em seguida,
tranca a lista de eleitores, que é assinada por todos os membros da mesa e
delegados de candidaturas para posterior envio à comissão de eleições distrital
ou de cidade correspondente.
Artigo 91
(Contagem dos votantes e dos boletins de voto utilizados)
1. Concluída a operação preliminar, o presidente da mesa da assembleia de voto
manda contar o número dos votantes pelas descargas efectuadas nos cadernos de
recenseamento eleitoral.
Artigo 92
(Suprimento de divergência na contagem)
1. Em caso de divergência entre o número de votantes apurados nos termos do nº 1
do artigo anterior e o número dos boletins de voto contados, prevalece, para
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efeitos de apuramento, o segundo destes números, desde que não seja superior
ao número de eleitores inscritos.
Artigo 93
(Contagem dos votos)
1. Após a reabertura das urnas de votação, o presidente da mesa da assembleia de
voto manda proceder à contagem dos boletins de voto, separada para cada órgão
autárquico e com respeito pelas seguintes regras:
a) o presidente abre o boletim, exibe-o e anuncia em voz alta qual a
candidatura ou lista votada;
b) o secretário da mesa ou seu substituto aponta os votos atribuídos a cada
candidato ou lista em duas folhas separadas de papel branco ou, caso
exista, num quadro grande;
c) o segundo escrutinador coloca em separado e por lotes, depois de os
exibir, os votos já lidos correspondentes a cada candidato ou lista, os
votos em branco e os votos nulos;
d) o primeiro e o segundo escrutinadores procedem à contagem dos votos e
o presidente da mesa divulga o número de votos que coube a cada
candidato ou lista.
Artigo 94
(Cópias da acta e do edital originais)
O presidente da mesa da assembleia de voto distribui cópias da acta e do edital
originais do apuramento de votos referidos no nº 3 do artigo anterior, devidamente
assinadas e carimbadas, aos delegados de candidaturas dos partidos políticos,
coligações de partidos ou grupos de cidadãos eleitores proponentes.
Artigo 95
(Votos em branco)
É voto em branco o boletim de voto que não contenha qualquer sinal.
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Artigo 96
(Votos nulos)
1. É voto nulo o boletim de voto no qual:
a) tenha sido assinalado mais de um quadrado;
b) haja dúvidas sobre o quadrado ou a área rectangular assinalada;
c) tenha sido assinalado o quadrado ou a área rectangular correspondente a
uma candidatura que tenha desistido das eleições;
d) tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura;
e) tenha sido escrita qualquer palavra.
Artigo 97
(Intervenção dos delegados das candidaturas)
1. Concluídas as operações referidas nos artigos 91 e 93 da presente Lei, os
delegados das candidaturas podem examinar os lotes dos boletins de voto
separados, sem alterar a sua composição.
Artigo 98
(Destino dos boletins de voto reclamados ou protestados)
1. Os boletins de voto sobre os quais haja reclamações ou protestos são, depois de
rubricados pelo presidente da mesa ou seu substituto, remetidos à Comissão de
Eleições Distrital ou de Cidade até às doze horas do dia seguinte após a votação.
Artigo 99
(Destino dos restantes boletins de voto)
1. Os restantes boletins de voto são colocados em pacotes que são devidamente
lacrados e confiados à guarda da Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade.
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Artigo 100
(Acta e edital das operações eleitorais)
1. Compete ao secretário da mesa da assembleia de voto elaborar a acta e o edital
das operações de votação e do apuramento parcial.
Artigo 101
(Publicação do apuramento parcial)
1. O apuramento parcial é imediatamente publicado por acta e edital originais,
devidamente assinado e carimbado no local do funcionamento da assembleia de
voto, no qual se discrimina o número de votos de cada candidatura, o número de
votos em branco e o número de votos nulos.
2. O apuramento parcial só pode ser tornado público após a hora estabelecida para
o encerramento da votação ao nível nacional.
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Artigo 102
(Comunicações para o efeito de contagem provisória de votos)
O presidente da mesa de assembleia de voto comunica, de imediato, os elementos
constantes do edital previsto no artigo anterior à comissão de eleições distrital ou de
cidade que, por sua vez, os transmite à comissão provincial de eleições e esta
directamente à Comissão Nacional de Eleições.
Artigo 103
(Cópias da acta e do edital original)
O presidente da mesa da assembleia de voto distribui cópias da acta e do edital
originais do apuramento de votos, referidos no nº1 do artigo 90 da presente Lei,
devidamente assinados e carimbados, aos delegados de candidatura dos partidos
políticos, coligações de partidos ou grupo de cidadãos eleitores proponentes.
Secção II
Apuramento autárquico intermédio
Artigo 104
(Competência)
O apuramento autárquico intermédio na área de cada autarquia local compete à
Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade.
Artigo 105
(Envio de material eleitoral à assembleia de apuramento intermédio)
1. Até às doze horas do dia seguinte ao apuramento parcial, os presidentes das
mesas das assembleias de voto entregam pessoalmente ou remetem pela via
mais segura, contra recibo, as urnas, as actas, os cadernos e demais documentos
respeitantes à eleição, à Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade através do
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral.
Artigo106
(Apuramento intermédio)
1. A comissão de eleições distrital ou de cidade centraliza os resultados eleitorais
obtidos na totalidade das assembleias de voto constituídas nos limites
geográficos da jurisdição das autarquias e procede ao apuramento intermédio
dos resultados eleitorais ao nível de cada autarquia.
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3. Havendo ilegalidade, os dados apurados nessa mesa são declarados nulos e sem
nenhum efeito.
Artigo 107
(Conteúdo do apuramento intermédio)
O apuramento intermédio de votos referido no artigo anterior consiste:
a) na verificação do número total de eleitores inscritos;
b) na verificação do número total de eleitores que votaram e o dos que não
votaram na área a que o apuramento se reporta, com as respectivas
percentagens relativamente ao número total de inscritos;
c) na verificação do número total de votos em branco, de votos nulos e de votos
validamente expressos, com as percentagens relativamente ao número total
de votantes;
d) na verificação do número total de votos obtidos por cada candidatura, com
as respectivas percentagens relativamente ao número total de votos
validamente expressos.
Artigo 108
(Acta e edital do apuramento intermédio)
1. Das operações do apuramento intermédio são imediatamente lavrados acta e
edital onde constem os resultados apurados, as reclamações, os protestos e os
contraprotestos apresentados bem como as decisões que sobre os mesmos
tenham sido tomadas.
Artigo 109
(Cópias do edital e da acta originais do apuramento intermédio)
Aos mandatários de candidaturas de partidos políticos, coligações de partidos ou
grupos de cidadãos eleitores proponentes, são entregues cópias do edital e da acta
originais referidos no artigo anterior devidamente assinados e carimbados.
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Artigo 110
(Publicação dos resultados do apuramento intermédio)
Os resultados do apuramento intermédio são anunciados pelo presidente da
comissão de eleições distrital ou de cidade no prazo máximo de setenta e duas horas,
contadas a partir do encerramento da votação e são afixados em edital à porta do
edifício onde funciona a Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade e do edifício
da Administração do Distrito.
Secção III
Apuramento geral
Artigo 111
(Competência)
O apuramento geral da eleição na área de cada autarquia local e a proclamação dos
candidatos eleitos competem à Comissão Nacional de Eleições.
Artigo 112
(Elementos de apuramento geral)
1. O apuramento geral é realizado com base nas actas e editais do apuramento
intermédio.
Artigo 113
(Apreciação de questões prévias)
No início dos trabalhos a Comissão Nacional de Eleições decide sobre os boletins de
voto em relação aos quais tenha havido reclamação ou protesto, verifica os boletins
considerados nulos e reaprecia-os segundo um critério uniforme, podendo desta
operação resultar a correcção da centralização ou do apuramento feito em cada
comissão de eleições distrital ou de cidade, sem prejuízo do disposto em matéria de
recurso contencioso.
Artigo 114
(Operações de apuramento geral)
O apuramento geral consiste:
a) na verificação do número total de eleitores inscritos, votantes e de
abstenções, na área da respectiva autarquia local;
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Artigo 115
(Acta e edital do apuramento geral)
1. Do apuramento geral é imediatamente lavrada acta, devidamente assinada, da
qual constam os resultados das respectivas operações, as reclamações, protestos
e contraprotestos e as decisões que sobre eles tenham sido tomadas.
Artigo 116
(Publicação da centralização nacional e do apuramento geral)
1. O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, num prazo máximo de quinze
dias contados a partir da data do encerramento da votação, anuncia os resultados
da centralização nacional e do apuramento geral, mandando-os divulgar nos
órgãos de comunicação social e afixar à porta das instalações da Comissão
Nacional de Eleições.
Artigo 117
(Cópias do edital e da acta de apuramento geral)
Aos candidatos e aos mandatários de cada lista proposta à eleição é passada pela
Comissão Nacional de Eleições, uma cópia do edital e da acta de apuramento geral.
Estas cópias podem também ser passadas a qualquer partido político, ainda que não
tenha apresentado candidatos, se o requerer. Igual tratamento é observado em
relação ao núcleo de observadores e jornalistas.
Artigo 118
(Proclamação, validação e publicação dos resultados)
1. Os resultados do apuramento geral são proclamados e validados pelo Conselho
Constitucional, de seguida, afixados por meio de edital à porta do edifício da sua
sede, da Comissão Nacional de Eleições, do Secretariado Técnico da
Administração Eleitoral e nos lugares de estilo.
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2. A divulgação dos resultados do apuramento geral tem lugar até quinze dias
após o acto eleitoral.
Artigo 119
(Publicação dos resultados gerais das eleições)
Após a proclamação e validação dos resultados gerais das eleições, o Conselho
Constitucional manda publicar, na I série do Boletim da República, no prazo de
cinco dias, dando a conhecer os seguintes dados:
a) número dos eleitores inscritos, por autarquia local;
b) número de votantes e de abstenções, por autarquia local;
c) número de votos em branco e votos nulos, por autarquia local;
d) número, com a respectiva percentagem, de votos atribuídos a cada
candidatura relativamente aos dois órgãos autárquicos;
e) número de mandatos atribuídos a cada candidatura relativamente aos dois
órgãos autárquicos;
f) nomes dos eleitos bem como dos suplentes das diversas listas relativamente
aos dois órgãos autárquicos.
TÍTULO III
Eleição do Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação
Capítulo I
Organização Eleitoral
Artigo 120
(Mandato)
O presidente do conselho municipal ou de povoação é eleito para um mandato de
cinco anos.
Artigo 121
(Princípio electivo)
O presidente do conselho municipal ou de povoação é eleito através de sufrágio
universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico.
Artigo 122
(Lista uninominal)
O presidente do conselho municipal ou de povoação apresenta-se ao eleitorado em
lista uninominal.
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Capítulo II
Candidaturas
Artigo 123
(Poder de apresentação de candidaturas)
1. As candidaturas ao cargo de presidente do conselho municipal ou de povoação
podem ser apresentadas:
a) pelos órgãos dos partidos políticos ou coligações de partidos políticos
estatutariamente competentes, apoiados por um por cento de assinaturas
relativamente ao universo de cidadãos eleitores recenseados na
respectiva autarquia;
b) por grupos de cidadãos eleitores, inscritos na área da respectiva
autarquia local, com um mínimo de um por cento de assinaturas
relativamente ao universo de cidadãos eleitores recenseados.
Artigo 124
(Desistência dos candidatos)
1. Qualquer candidato pode desistir da candidatura, até dez dias antes da data do
acto eleitoral, mediante declaração escrita, com a assinatura notarialmente
reconhecida, entregue à Comissão Nacional de Eleições.
Artigo 125
(Morte ou incapacidade dos candidatos)
1. Em caso de morte de qualquer candidato ou da ocorrência de qualquer
circunstância que determina a incapacidade do candidato para continuar a
concorrer à eleição autárquica, o facto deve ser comunicado ao Secretariado
Técnico da Administração Eleitoral, no prazo de um dia, com a indicação da
intenção de substituição ou não do candidato, sem prejuízo do normal
andamento da campanha eleitoral, devendo aquele órgão eleitoral fazer a sua
adequada publicitação.
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Capítulo III
Regime de eleição
Artigo 126
(Eleição à primeira volta)
É logo eleito o candidato que obtiver mais de metade dos votos validamente
expressos, não se contando os votos em branco, os nulos e as abstenções.
Artigo 127
(Necessidade de uma segunda volta)
1. Se nenhum dos candidatos obtiver essa maioria, procede-se a um segundo
escrutínio, ao qual concorrerão apenas os dois candidatos mais votados na
primeira volta.
Artigo 128
(Empate)
Em caso de empate entre candidatos que devam passar à segunda volta, o Conselho
de Ministros, sob proposta da Comissão Nacional de Eleições, marca nova votação,
à qual concorrerão apenas os candidatos empatados.
Capítulo IV
Segunda volta
Artigo 129
(Marcação)
A data da segunda volta é marcada pelo Conselho de Ministros, sob proposta da
Comissão Nacional de Eleições.
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Artigo 130
(Data)
A segunda volta tem lugar até trinta dias após a publicação dos resultados eleitorais.
Artigo 131
(Morte ou incapacidade de um dos candidatos)
Em caso de morte ou de incapacidade de um dos dois candidatos mais votados, a
Comissão Nacional de Eleições declara a nulidade do processo e submete ao
Conselho de Ministros a proposta de marcação de novas eleições.
Artigo 132
(Campanha eleitoral)
A campanha eleitoral da segunda volta tem a duração de dez dias e termina um dia
antes do dia das eleições.
Artigo 133
(Votação e apuramento)
Ao segundo escrutínio aplicam-se, com as devidas adaptações, as disposições que
regulam a votação e o apuramento.
TÍTULO IV
Eleição dos Membros da Assembleia Municipal ou de Povoação
Capítulo I
Organização Eleitoral
Artigo 134
(Mandato)
O mandato dos membros das assembleias municipais e de povoação é de cinco anos.
Artigo 135
(Número de membros a eleger)
O número de membros a eleger por cada autarquia local é divulgado pela Comissão
Nacional de Eleições, mediante edital e nos órgãos de comunicação social, com
antecedência mínima de trinta dias da data do acto eleitoral.
Capítulo II
Candidaturas
Artigo 136
(Poder de apresentação de candidaturas)
Podem apresentar candidaturas à eleição da assembleia municipal os partidos
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Artigo 137
(Coligações de partidos políticos para fins eleitorais)
1. É permitido a dois ou mais partidos políticos apresentarem conjuntamente uma
lista única à eleição da assembleia municipal ou de povoação, desde que tal
coligação, depois de autorizada pelos órgãos competentes dos partidos, seja
anunciada publicamente até ao início do período de apresentação de
candidaturas.
Artigo 138
(Substituição de candidatos)
1. Pode haver lugar à substituição de candidatos, até vinte dias antes do acto
eleitoral, apenas nos seguintes casos:
a) posterior rejeição de candidato por inelegibilidade superveniente;
b) morte ou doença de que resulte incapacidade física ou psíquica do
candidato;
c) desistência do candidato.
Artigo 139
(Desistência de lista e de candidatos)
1. É permitida a desistência de candidatura até cinco dias antes da data do acto
eleitoral.
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Capítulo III
Organização das listas
Artigo 140
(Listas plurinominais fechadas)
1. Os membros da assembleia municipal são eleitos em listas plurinominais.
Artigo 141
(Candidatos efectivos e suplentes)
1. As listas propostas à eleição dos membros à assembleia municipal ou de
povoação devem conter a indicação de candidatos efectivos em número igual ao
número dos mandatos a preencher.
Artigo 142
(Ordenação nas listas)
Os candidatos de cada lista consideram-se ordenados segundo a sequência
constante da respectiva declaração de candidatura.
Artigo 143
(Distribuição de mandatos dentro das listas)
Os mandatos dentro das listas são atribuídos segundo a ordem de precedência delas
constante.
Artigo 144
(Incompatibilidade e morte ou impedimento)
1. A existência de incompatibilidade entre a função desempenhada pelo candidato
e o exercício do cargo de membro da assembleia municipal ou de povoação não
impede a atribuição do mandato.
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Capítulo IV
Regime da Eleição
Artigo 145
(Princípio electivo)
Os membros da assembleia municipal ou de povoação são eleitos com base no
sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico.
Artigo 146
(Voto singular de lista)
Cada cidadão eleitor dispõe de um voto singular de lista.
Artigo 147
(Conversão dos votos em mandatos)
A conversão dos votos em mandatos faz-se através do método de representação
proporcional, segundo a variante de Hondt, obedecendo às seguintes regras:
a) apura-se em separado o número de votos recebidos por cada candidatura no
colégio eleitoral respectivo;
b) o número de votos apurado por cada candidatura é dividido sucessivamente
por 1, 2, 3, 4, 5, etc., sendo seguidamente alinhados os quocientes pela
ordem decrescente da sua grandeza, numa série de tantos termos quantos os
mandatos atribuídos ao colégio eleitoral respectivo;
c) os mandatos pertencem às candidaturas a que correspondem os termos da
série estabelecida pela regra anterior, recebendo cada uma das candidaturas
tantos mandatos quantos são os seus termos na série;
d) no caso de restar um só mandato para distribuir e de os termos seguintes das
séries serem iguais e de candidaturas diferentes, o mandato cabe à
candidatura que tiver obtido menor número de votos.
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TÍTULO V
Contencioso e Ilícito Eleitorais
Capítulo I
Contencioso eleitoral
Artigo 148
(Reclamação para a Comissão Nacional de Eleições do processo eleitoral)
1. As irregularidades ocorridas no decurso da votação e no apuramento parcial e
geral podem ser apreciadas em reclamação apresentada à Comissão Nacional de
Eleições, desde que hajam sido objecto de reclamação ou protesto apresentados
no acto em que se verificaram, quando delas se teve conhecimento.
Artigo 149
(Recurso ao Conselho Constitucional)
1. Das deliberações tomadas pela Comissão Nacional de Eleições sobre
reclamações apresentadas, cabe recurso a interpor junto do Conselho
Constitucional.
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Artigo 150
(Nulidade das eleições)
1. A votação em qualquer assembleia de voto e a votação em toda a área da
autarquia local só são julgadas nulas desde que se hajam verificadas
ilegalidades que possam influir no resultado geral da eleição referente a cada
órgão autárquico.
2. Declarada nula a eleição de uma ou mais assembleias de voto, os actos eleitorais
correspondentes são repetidos até ao segundo Domingo posterior à decisão, em
data a fixar pelo Conselho de Ministros sob proposta da Comissão Nacional de
Eleições.
Capítulo II
Ilícito Eleitoral
Secção I
Disposições gerais
Artigo 151
(Concorrência com crimes mais graves e responsabilidade disciplinar)
1. As sanções cominadas na presente Lei não excluem a aplicação de outras mais
graves pela prática de qualquer crime previsto na lei penal geral.
Artigo 152
(Circunstâncias agravantes especiais)
Para além das previstas na lei penal geral, constituem circunstâncias agravantes
especiais do ilícito eleitoral penal:
a) o facto de a infracção influir no resultado da votação;
b) o facto de os seus agentes fazerem parte dos órgãos eleitorais;
c) o facto de o agente ser candidato, delegado de candidatura ou mandatário de
lista.
Artigo 153
(Não suspensão ou substituição das penas)
As penas aplicadas por infracções eleitorais dolosas não podem ser suspensas nem
substituídas por qualquer outra.
Artigo 154
(Suspensão de direitos políticos)
A condenação em pena de prisão por infracção eleitoral dolosa prevista na presente
Lei é acompanhada de condenação em igual período de suspensão de direitos
políticos.
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Artigo 155
(Prescrição)
O procedimento criminal por infracção relativa às operações eleitorais prescreve no
prazo de um ano a contar da data da eleição.
Secção II
Infracções relativas à apresentação de candidaturas
Artigo 156
(Candidatura de cidadão inelegível)
Aquele que, não tendo capacidade eleitoral passiva, dolosamente aceitar a sua
candidatura é punido com a pena de prisão de seis meses a dois anos e multa de um a
dois salários mínimos nacionais.
Artigo 157
(Candidatura plúrima)
Aquele que, intencionalmente, subscrever mais do que uma lista de candidatos à
assembleia municipal ou de povoação a presidente do conselho municipal ou de
povoação é punido com a pena de multa de dois a cinco salários mínimos nacionais.
Secção III
Infracções relativas a campanha eleitoral
Artigo 158
(Violação do dever de neutralidade e imparcialidade)
Todo aquele que violar o dever de neutralidade e imparcialidade perante as
candidaturas é punido com a pena de prisão até um ano e multa de um a dois salários
mínimos nacionais.
Artigo 159
(Utilização indevida de denominação, sigla ou símbolo)
Aquele que, durante a campanha eleitoral, utilizar a denominação, a sigla ou
símbolo de um partido político, coligações de partidos ou grupos de cidadãos
eleitores proponentes com intuito de os prejudicar ou injuriar é punido com a pena
de prisão até um ano e multa de meio a um salário mínimo nacional.
Artigo 160
(Violação da liberdade de reunião eleitoral)
Aquele que impedir a realização ou o prosseguimento de reunião, comício, cortejo
ou desfile de propaganda eleitoral é punido com a pena de prisão de seis meses a um
ano e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 161
(Desvio de material de propaganda eleitoral)
Aquele que desviar, retiver ou não entregar ao destinatário circulares, cartazes ou
papéis de propaganda eleitoral de qualquer lista é punido com a pena de prisão até
um ano e multa de meio a um salário mínimo nacional.
Artigo 162
(Propaganda depois de encerrada a campanha eleitoral)
1. Aquele que, no dia das eleições ou no dia anterior, fizer propaganda eleitoral por
qualquer meio é punido com a pena de prisão até seis meses e multa de meio a
um salário mínimo nacional.
2. Aquele que, no dia das eleições, fizer propaganda nas assembleias de voto ou
nas suas imediações até trezentos metros é punido com a pena de prisão até um
ano e multa de meio a um salário mínimo nacional.
Artigo 163
(Revelação ou divulgação de resultados de sondagens)
Aquele que fizer a divulgação dos resultados de sondagens ou de inquéritos
relativos à opinião dos eleitores quanto aos concorrentes às eleições dos órgãos das
autarquias locais no período de sete dias, antes da votação até a divulgação dos
resultados eleitorais, é punido com prisão até um ano e multa de um a cinco salários
mínimos nacionais.
Secção IV
Infracções relativas a capacidade eleitoral activa
Artigo 164
(Violação da capacidade eleitoral activa)
1. Aquele que, não possuindo capacidade eleitoral activa, se apresentar a votar é
punido com a pena de multa de meio a um salário mínimo nacional.
Artigo 165
(Admissão ou exclusão abusiva do voto)
Aquele que concorrer para que seja admitido a votar quem não tem esse direito ou
para a exclusão de quem o tiver e, bem assim, quem atestar falsamente uma
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Artigo 166
(Impedimento de sufrágio)
O agente de autoridade que dolosamente, no dia das eleições, sob qualquer pretexto,
impedir qualquer eleitor de exercer o seu direito de voto é punido com a pena de
prisão até doze meses e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
Artigo 167
(Voto plúrimo)
Aquele que votar ou permitir dolosamente que se vote mais de uma vez é punido
com a pena de prisão de seis meses a dois anos e multa de um a dois salários mínimos
nacionais.
Artigo 168
(Mandatário infiel)
Aquele que acompanhar um cego ou portador de outra deficiência a votar e
dolosamente exprimir infielmente a sua vontade é punido com a pena de prisão de
seis meses a dois anos e multa de três a quatro salários mínimos nacionais.
Artigo 169
(Violação do segredo de voto)
1. Aquele que, na assembleia de voto ou nas suas imediações até mil metros, usar
de coacção ou artifício de qualquer natureza ou se servir do seu ascendente sobre
o eleitor para obter a revelação do voto é punido com a pena de prisão até seis
meses.
2. Aquele que, na assembleia de voto ou nas suas imediações até mil metros,
revelar em que lista vai votar ou votou é punido com a multa de meio a um
salário mínimo nacional.
Artigo 170
(Coacção e artifício fraudulento sobre o eleitor)
1. Aquele que, por meio de violência ou ameaça de violência sobre qualquer eleitor,
usar de artifícios fraudulentos para constranger ou induzir a votar em
determinado candidato, ou a abster-se de votar, é punido com a pena de prisão de
seis meses a dois anos e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
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2. A mesma pena é aplicada àquele que, com a conduta prevista no número anterior,
visar obter a desistência de algum candidato.
3. A pena prevista nos números anteriores é agravada, nos termos da lei penal geral
em vigor, se a ameaça for praticada com o uso de arma ou a violência for
exercida por duas ou mais pessoas.
Artigo 171
(Despedimento ou ameaça de despedimento)
Aquele que despedir ou ameaçar despedir algum cidadão do seu emprego, impedir
ou ameaçar impedir alguém de obter emprego, aplicar qualquer outra sanção para o
forçar a votar ou a não votar, porque votou ou não votou em certa candidatura ou
porque se absteve de votar ou de participar na campanha eleitoral, é punido com a
pena de prisão de seis meses a dois anos e multa de dois a cinco salários mínimos
nacionais.
Artigo 172
(Corrupção eleitoral)
Aquele que, para persuadir alguém a votar ou a deixar de votar em determinada
lista, oferecer, prometer ou conceder emprego público ou privado, outra coisa ou
vantagem a um ou mais eleitores ou, por acordo com estes, a uma terceira pessoa,
mesmo quando a coisa ou vantagem utilizadas, prometidas ou conseguidas, forem
dissimuladas a título de indemnização pecuniária dada ao eleitor para despesas de
viagem, de estada ou de pagamento de alimentos, bebidas ou a pretexto de despesas
com a campanha eleitoral, é punido com a pena de prisão de seis meses a dois anos e
multa de um a dois salários mínimos nacionais.
Artigo 173
(Não exibição da urna)
1. O presidente da mesa da assembleia de voto que dolosamente não exibir a urna
perante os eleitores no acto da abertura da votação é punido com a pena de prisão
até seis meses e multa de meio a um salário mínimo nacional.
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Artigo 174
(Introdução de boletins de voto na urna e desvio desta ou de boletins de
voto)
Aquele que, fraudulentamente, depositar boletins de voto na urna antes ou depois
do início da votação, se apoderar da urna com boletins de voto nela recolhidos mas
ainda não apurados ou se apoderar de um boletim de voto em qualquer momento,
desde a abertura da assembleia de voto até ao apuramento geral da eleição, é punido
com a pena de prisão de seis meses a dois anos e multa de um a três salários mínimos
nacionais.
Artigo 175
(Fraudes nos boletins de voto)
O membro da mesa da assembleia de voto que dolosamente aponha ou permita que
se aponha indicação de confirmação em eleitor que não votou, que troque na leitura
dos boletins de voto a lista votada, que diminua ou adicione votos a uma lista no
apuramento de votos ou que, por qualquer forma, falseie o resultado da eleição é
punido com a pena de prisão de um a dois anos e multa de um a dois salários
mínimos nacionais.
Artigo 176
(Oposição ao exercício dos direitos dos delegados das candidaturas)
1. Aquele que impeça a entrada ou saída de delegados das candidaturas nas
assembleias de voto ou que, por qualquer forma, se oponha a que eles exerçam
os poderes que lhes são reconhecidos pela presente Lei é punido com a pena de
prisão até seis meses.
Artigo 177
(Recusa de receber reclamação, protestos e contra protestos)
O presidente da mesa da assembleia de voto que injustificadamente se recusar a
receber reclamações, protestos ou contra protestos é punido com a pena de prisão
até seis meses e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
Artigo 178
(Perturbação das assembleias de voto)
1. Aquele que perturbar o normal funcionamento das assembleias de voto com
insultos, ameaças ou actos de violência, originando tumulto, é punido com a
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pena de prisão até seis meses e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
3. Aquele que se introduza armado nas assembleias de voto fica sujeito a imediata
apreensão da arma e é punido com pena de prisão até dois anos e multa de um a
dois salários mínimos nacionais.
Artigo 179
(Obstrução dos candidatos, mandatários e representantes das candidaturas)
O candidato, mandatário, representante ou delegado de candidatura que perturbar o
funcionamento regular das operações eleitorais é punido com pena de prisão até três
meses e multa de quatro a cinco salários mínimos nacionais.
Artigo 180
(Não cumprimento do dever de participação no processo eleitoral)
Todo aquele que for designado para fazer parte da mesa de assembleia de voto e,
sem motivo justificativo, não realizar ou abandonar essas funções é punido com
multa de um a dois salários mínimos nacionais.
Artigo 181
(Falsificação dos documentos relativos à eleição)
Aquele que, de alguma forma com dolo, vicie, substitua, suprima, destrua ou altere
os cadernos eleitorais, os boletins de voto, as actas das assembleias de voto ou
quaisquer outros documentos respeitantes à eleição é punido com a pena de dois a
oito anos de prisão e multa de vinte a cinquenta salários mínimos nacionais.
Artigo 182
(Reclamação e recurso de má-fé)
Todo aquele que, com má-fé apresentar reclamações, recursos, protestos ou contra
protestos, ou que impugne as decisões dos órgãos através de recursos infundados é
punido com a pena de multa de seis a doze salários mínimos nacionais.
Artigo 183
(Não comparência da força policial)
Se, para garantir o regular decurso da operação de votação, for competentemente
requisitada uma força policial e esta não comparecer e não for apresentada
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TITULO VI
Disposições finais e transitórias
Artigo 184
(Observação das eleições)
Os actos referentes ao sufrágio eleitoral podem ser objecto de observação por
entidades nacionais e ou internacionais nos termos a regulamentar pela Comissão
Nacional de Eleições.
Artigo 185
(Isenções na emissão de certidões)
São isentos de quaisquer impostos, taxas, emolumentos e outros encargos os
documentos destinados ao cumprimento do preceituado na presente Lei.
Artigo 186
(Conservação de documentação eleitoral)
1. A documentação relativa à apresentação de candidaturas é conservada pelo
Secretariado Técnico da Administração Eleitoral durante o período de cinco
anos a contar da investidura dos órgãos eleitorais, após o que um exemplar da
referida documentação é transferido para o Arquivo Histórico de Moçambique.
Artigo 187
(Investidura dos órgãos eleitos)
A investidura dos órgãos eleitos tem lugar:
a) até vinte dias depois da proclamação dos resultados gerais das eleições, para
presidente do conselho municipal ou de povoação, competindo à Comissão
Nacional de Eleições a marcação da data exacta;
b) até quinze dias depois da proclamação dos resultados gerais das eleições,
para a assembleia municipal ou de povoação, competindo à Comissão
Nacional de Eleições a marcação da data exacta.
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Artigo 188
(Revogação)
É revogada a Lei nº 19/2002, de 10 de Outubro, e demais legislação que contrarie o
disposto na presente Lei.
Artigo 189
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Publique-se
O Presidente da República. ARMANDO EMILIO GUEBUZA.
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Lei nº 2/97,
de 18 de Fevereiro.
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Artigo 1
(Autarquias Locais)
1. Na organização democrática do Estado, o poder local compreende a existência
de autarquias locais.
Artigo 2
(Categorias)
1. As autarquias locais são os municípios e as povoações.
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Artigo 3
(Classificação)
As formas de classificação das autarquias locais de cada categoria são definidas por
lei.
Artigo 4
(Estatuto da cidade capital)
O Estatuto Municipal da cidade capital do país é definido por lei.
Artigo 5
(Factores de decisão)
1. A criação e extinção das autarquias locais é regulada por lei, devendo a
alteração da respectiva área ser precedida de consulta aos seus órgãos.
Artigo 6
(Atribuições)
1. As atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios, comuns e
específicos das populações respectivas e, designadamente:
a) desenvolvimento económico e social local;
b) meio ambiente, saneamento básico e qualidade de vida;
c) abastecimento público;
d) saúde;
e) educação;
f) cultura, tempos livres e desporto;
g) polícia da autarquia;
h) urbanização, construção e habitação.
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Artigo 7
(Autonomia)
1. As autarquias locais gozam de autonomia administrativa, financeira e
patrimonial.
Artigo 8
(Representação do Estado e dos seus serviços)
1. A Administração do Estado poderá manter a sua representação e serviços na
circunscrição territorial cuja área de jurisdição coincida total ou parcialmente
com a da autarquia local.
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Artigo 9
(Tutela)
1. As autarquias locais estão sujeitas à tutela administrativa do Estado, segundo as
formas e nos casos previstos na Lei.
3. O exercício do poder tutelar pode ser ainda aplicado sobre o mérito dos actos
administrativos, apenas nos casos e nos termos expressamente previstos na lei.
Artigo 10
(Órgão de tutela)
1. O exercício da tutela administrativa sobre as autarquias locais é efectuado
através de órgão próprio cuja acção se desenvolva em todo o território nacional.
Artigo 11
(Poder regulamentar)
As autarquias locais dispõem de poder regulamentar próprio sobre matéria
integrada no quadro das suas atribuições, nos limites da Constituição, de leis e de
regulamentos emanados das autoridades com poder tutelar.
Artigo 12
(Dever de fundamentação)
As decisões e deliberações dos órgãos autárquicos que afectem direitos ou
interesses legalmente protegidos, imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções, são expressamente fundamentadas.
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Artigo 13
(Publicidade dos actos)
1. As deliberações e decisões dos órgãos das autarquias são publicadas, mediante
afixação, durante trinta dias consecutivos, na sede da autarquia local.
Artigo 14
(Legalidade)
A autarquia local desenvolve a sua actividade em estreita obediência à Constituição,
aos preceitos legais e regulamentares e aos princípios gerais de direito, dentro dos
limites dos poderes que lhes estejam atribuídos e em conformidade com os fins para
que os mesmos lhes foram conferidos.
Artigo 15
(Especialidade)
Os órgãos das autarquias locais só podem deliberar ou decidir no âmbito das suas
competências e para a realização das atribuições que lhes são próprias.
Artigo 16
(Órgãos)
1. As autarquias locais têm como órgãos uma Assembleia - dotada de poderes
deliberativos - e um órgão executivo que responde perante ela, nos termos
fixados na Lei.
Artigo 17
(Mandato)
A duração do mandato dos órgãos eleitos das autarquias locais é de cinco anos.
Artigo 18
(Quadro de pessoal das autarquias locais)
1. As autarquias locais dispõem de quadro de pessoal próprio, organizado de
acordo com as respectivas necessidades permanentes.
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Artigo 19
(Finanças e património)
1. As autarquias locais têm finanças e património próprios.
Artigo 20
(Regras orçamentais)
Revogado pelo nº 1 do artigo 86, da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro
Artigo 21
(Receitas)
Revogado pelo nº 1 do artigo 86, da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro
Artigo 22
(Despesas)
Revogado pelo nº 1 do artigo 86, da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro
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Artigo 23
(Empréstimos)
Revogado pelo nº 1 do artigo 86, da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro
Artigo 24
(Controlo financeiro)
Revogado pelo nº 1 do artigo 86, da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro
Artigo 25
(Transferência de competências)
A transferência de competências de órgãos do Estado para órgãos autárquicos é
sempre acompanhada pela correspondente transferência dos recursos financeiros e,
se necessário, humanos e patrimoniais.
Artigo 26
(Sectores do investimento público)
A repartição dos sectores de investimento público entre o Estado, as empresas
públicas e estatais, e as autarquias locais, será objecto de decreto do Conselho de
Ministros.
Artigo 27
(Articulação e cooperação)
1. As autarquias locais e as estruturas locais das organizações sociais e da
administração directa e indirecta do Estado coordenarão os respectivos
projectos e programas e articularão as suas acções e actividades com vista à
realização harmoniosa das respectivas atribuições.
Artigo 28
(Enquadramento das autoridades tradicionais)
1. O ministro que superintende na função pública e na Administração Local do
Estado, coordenará as políticas de enquadramento das autoridades tradicionais
e de formas de organização comunitária definidas pelas autarquias locais.
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3. A actuação dos órgãos das autarquias locais, prevista nos números anteriores,
concretiza-se no estrito respeito pela Constituição e pela Lei.
Artigo 29
(Responsabilidade civil)
As autarquias locais respondem civilmente perante terceiros pelas ofensas dos
direitos destes ou pela violação das disposições destinadas a proteger os seus
interesses, resultantes dos actos ilícitos praticados com dolo ou mera culpa pelos
respectivos órgãos e agentes administrativos no exercício das suas funções e por
causa desse exercício nos termos e na forma prescritos na Lei.
Artigo 30
(Dissolução)
1. O Governo, reunido em Conselho de Ministros, pode dissolver os órgãos
deliberativos das autarquias locais, por razões de interesse público, baseado em
acções ou omissões ilegais graves, previstos na Lei e nos termos por ela
estabelecidos.
O prazo referido na alínea c) do nº. 3 do presente artigo não poderá exceder cento e
vinte dias.
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CAPÍTULO II
DO MUNICÍPIO
SECÇÃO I
Das disposições gerais
Artigo 31
(Designação)
A designação do município é a da respectiva cidade ou vila.
Artigo 32
(Órgãos)
São órgãos do município a Assembleia Municipal, o Presidente do Conselho
Municipal e o Conselho Municipal.
Artigo 33
(Unidades administrativas)
Os órgãos executivos municipais poderão estabelecer unidades administrativas ao
nível dos respectivos escalões territoriais inferiores.
SECÇÃO II
Da Assembleia Municipal
Artigo 34
(Natureza)
A Assembleia Municipal é o órgão representativo do município dotado de poderes
deliberativos.
Artigo 35
(Constituição)
A Assembleia Municipal é constituída por membros eleitos por sufrágio universal,
directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores residentes no
respectivo círculo eleitoral.
Artigo 36
(Composição)
1. A Assembleia Municipal é composta por:
a) 13 membros quando o número de eleitores for igual ou inferior a 20.000;
b) 17 membros quando o número de eleitores for superior a 20.000 e
inferior a 30.000;
c) 21 membros quando o número de eleitores for superior a 30.000 e
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inferior a 40.000;
d) 31 membros quando o número de eleitores for superior a 40.000 e
inferior a 60.000;
e) 39 membros quando o número de eleitores for superior a 60.000.
A alínea c) do nº3 do presente artigo foi acrescida pelo artigo 1 da Lei nº15/2007, de 27 de
Junho.
Artigo 36 A
(Participação nas sessões das assembleias autárquicas do representante do
órgão tutelar)
1. O representante do órgão tutelar participa nas sessões ordinárias e
extraordinárias da Assembleia Municipal, sem direito a voto.
Artigo 37
(Mandato)
O mandato da Assembleia Municipal é de cinco anos.
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Artigo 38
(Instalação)
1. O Presidente da Assembleia Municipal cessante procederá à instalação da nova
Assembleia Municipal no prazo de quinze dias, a contar do apuramento
definitivo dos resultados eleitorais.
3. Compete ao cidadão que tiver encabeçado a lista mais votada ou, na sua
ausência, ao melhor posicionado na mesma lista presidir à primeira reunião da
assembleia municipal, que se efectuará imediatamente a seguir ao acto de
instalação para a eleição da Mesa.
Artigo 39
(Mesa)
1. A Mesa é composta por um presidente, um Vice-Presidente e um Secretário
eleitos pela Assembleia Municipal, de entre os seus membros, por escrutínio
secreto.
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10. As faltas têm de ser justificadas por escrito, no prazo de dez dias, a contar da data
da reunião em que se tiverem verificado.
Artigo 40
(Alteração da composição da Assembleia Municipal)
1. Nos casos de morte, renúncia, suspensão ou perda de mandato ou qualquer outra
razão que implique que um dos membros da Assembleia Municipal deixe de
fazer parte dela, a sua substituição é feita pelo suplente imediatamente a seguir
na ordem da respectiva lista.
4. As novas eleições deverão ocorrer entre o segundo e o terceiro mês após a data
da marcação.
Artigo 41
(Sessões ordinárias)
1. A Assembleia Municipal realiza cinco sessões ordinárias por ano.
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Artigo 42
(Sessões extraordinárias)
1. A Assembleia Municipal pode reunir-se extraordinariamente, por iniciativa do
seu Presidente, por deliberação da Mesa ou a requerimento:
a) do Conselho Municipal;
b) de 50% dos membros da Assembleia em efectividade de funções;
c) de pelo menos 5% de cidadãos eleitores inscritos no recenseamento
eleitoral do município;
d) do Presidente do Conselho Municipal, a pedido do membro do Conselho
de Ministros com poderes de tutela sobre as autarquias locais, para
apreciação de questões suscitadas pelo Governo.
Artigo 43
(Duração das sessões)
A duração das sessões da Assembleia Municipal é determinada pelo seu regimento.
Artigo 44
(Publicidade das sessões)
As sessões da Assembleia Municipal são públicas.
Artigo 45
(Competência)
1. Compete à Assembleia Municipal pronunciar-se e deliberar, no quadro das
atribuições municipais, sobre os assuntos e as questões fundamentais de
interesse para o desenvolvimento económico, social e cultural da comunidade
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A redacção das alíneas s)e t) do nº3 do presente artigo foi alterada pelo artigo
1 da Lei nº15/2007, de 27 de Junho.
Pelo Decreto nº35/2006, de 6 de Setembro, foi aprovado o Regulamento de
Organização e Funcionamento da Polícia Municipal.
Artigo 46
(Competências da Assembleia Municipal na gestão ambiental)
No âmbito das suas atribuições de protecção do meio ambiente, compete à
Assembleia Municipal, mediante proposta do Conselho Municipal, aprovar:
a) o plano ambiental e zoneamento ecológico do município;
b) programas de incentivos a actividades protectoras ou reconstituintes das
condições ambientais;
c) programas de uso de energia alternativa;
d) processos para a remoção, tratamento e depósito de resíduos sólidos,
incluindo os dos hospitais e os tóxicos;
e) programas de florestamento, plantio e conservação de árvores de sombra;
f) programas locais de gestão de recursos naturais;
g) normas definidoras de multas e outras sanções ou encargos que onerem
actividades especialmente poluidoras na área do município;
h) programas de difusão de meios de transporte não poluentes;
i) o estabelecimento de reservas municipais;
j) propostas e pareceres sobre a definição e estabelecimento de zonas
protegidas.
Artigo 47
(Competências do Presidente da Assembleia)
Compete ao Presidente da Assembleia Municipal:
a) representar a Assembleia Municipal;
b) convocar as sessões ordinárias e extraordinárias;
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Artigo 48
(Competência do Secretário)
Compete ao Secretário secretariar as sessões, lavrar e subscrever as respectivas
actas, que serão também assinadas pelo Presidente, e assegurar o expediente.
SECÇÃO III
Conselho Municipal
Artigo 49
(Natureza)
O Conselho Municipal é o órgão executivo colegial do município, constituído pelo
Presidente do Conselho Municipal e por vereadores por ele escolhidos e nomeados.
Artigo 50
(Composição)
1. O Conselho Municipal, incluindo o Presidente, é composto por:
a) 11 membros para os municípios de população superior a 200.0000
habitantes;
b) 9 membros para os de população compreendida entre 100.000 e
200.000 habitantes;
c) 7 membros para os de população compreendida entre 50.000 e 100.000
habitantes;
d) 5 membros para os de população inferior a 50.000 habitantes.
Artigo 51
(Designação e cessação de funções de vereador)
1. O Presidente do Conselho Municipal designará os vereadores de entre pessoas
da sua confiança política e pessoal, no seio da Assembleia Municipal e fora dela.
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Artigo 52
(Incompatibilidades)
É incompatível com a qualidade de membro do Conselho Municipal, o exercício
das seguintes funções:
a) de membro da Mesa da Assembleia Municipal;
b) de pessoal ou de funcionário dirigente em organismo que integre o
departamento ministerial de tutela das autarquias locais;
c) de agente ou funcionário do município.
Artigo 53
(Mandato)
1. O mandato do Conselho Municipal é de cinco anos.
Artigo 54
(Instalação)
A instalação do Conselho Municipal compete ao Presidente da Assembleia
Municipal e faz-se no prazo de quinze dias após o apuramento dos resultados e nos
termos do artigo 38.
Artigo 55
(Reuniões do Conselho Municipal)
A periodicidade das reuniões e o processo de deliberação do Conselho Municipal
são definidos por regulamento interno.
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Artigo 56
(Competência)
1. Compete ao Conselho Municipal:
a) executar e realizar as tarefas e programas económicos, culturais e sociais
de interesse local definidos pela Assembleia Municipal e enquadrados
pela lei;
b) coadjuvar o Presidente do Conselho Municipal na execução e
cumprimento das deliberações da Assembleia Municipal;
c) participar na execução do plano de actividades e do orçamento, de
acordo com os princípios da estrita disciplina financeira;
d) apresentar à Assembleia Municipal propostas e pedidos de autorização e
exercer as competências autorizadas no âmbito das matérias previstas no
nº 3 do artigo 45;
e) fixar um valor a partir do qual a aquisição de bens móveis depende de
uma deliberação sua;
f) alienar ou onerar bens imóveis próprios nos termos da alínea m) do nº 3
do artigo 45.
g) aceitar doações, legados e heranças;
h) Revogada pelo artigo 1 da Lei nº 15/2007, de 27 de Junho.
i) deliberar sobre as formas de apoio a organizações não-governamentais e
outros organismos que prossigam fins de interesse público no
município;
j) propor à instância competente a declaração de utilidade pública, para
efeitos de expropriação;
k) exercer os poderes e faculdades estabelecidos na Lei de Terras e o seu
Regulamento;
l) conceder licenças para construção, reedificação ou conservação, bem
como aprovar os respectivos projectos, nos termos da lei;
m) ordenar, após vistoria, a demolição total ou parcial, ou beneficiação de
construções que ameacem ruína ou constituam perigo para a saúde e
segurança das pessoas;
n) conceder licenças para estabelecimentos insalubres, incómodos,
perigosos ou tóxicos, nos termos da lei;
o) deliberar sobre a administração de águas públicas sob sua jurisdição;
p) deliberar sobre tudo o que interesse à segurança e fluidez da circulação,
trânsito e estacionamento nas ruas e demais lugares públicos e que não se
insira na competência de outros órgãos ou entidades;
q) estabelecer a numeração dos edifícios e propor a toponímia;
r) deliberar sobre a deambulação de animais vadios ou de espécies bravias
e mecanismos organizativos de enquadramento.
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SECÇÃO IV
Presidente do Conselho Municipal
Artigo 57
(Natureza)
O Presidente do Conselho Municipal é o órgão executivo singular do município.
Artigo 58
(Eleição)
1. O Presidente do Conselho Municipal é eleito por sufrágio universal, igual,
directo, secreto e periódico dos cidadãos eleitores recenseados na área do
respectivo município.
Artigo 59
(Substituição)
O Presidente do Conselho Municipal é substituído, nas suas faltas e impedimentos,
por um dos vereadores por ele designado.
Artigo 60
(Impedimento permanente do Presidente do Conselho Municipal)
1. Nos casos de morte, incapacidade física permanente, renúncia ou perda do
mandato, o Presidente do Conselho Municipal será substituído interinamente
pelo Presidente da Assembleia Municipal, até nova eleição.
3. O prazo para a realização da eleição intercalar não pode exceder a cento e vinte
dias a contar da data da dissolução dos órgãos deliberativos das autarquias
locais, de acordo com o nº 3 do artigo 30 da presente Lei.
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A redacção dos nºs 2 e 3 foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 15/2007, de 27 de Junho.
Artigo 61
(Posse)
1. O Presidente do Conselho Municipal é empossado pelo Presidente da
Assembleia Municipal no prazo de dez dias a contar da instalação do órgão
representativo.
Artigo 62
(Competência)
1. Ao Presidente do Conselho Municipal compete:
a) dirigir a actividade corrente do município, coordenando, orientando e
superintendendo a acção de todos os vereadores;
b) dirigir e coordenar o funcionamento do Conselho Municipal;
c) exercer todos os poderes conferidos por lei ou por deliberação da
Assembleia Municipal.
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ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
A redacção das alíneas k), q), s) e t) do nº2 foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 15/2007,
de 27 de Junho
Artigo 63
(Delegação de poderes nos vereadores)
1. O Presidente do Conselho Municipal pode delegar competências nos
vereadores, bem como em dirigentes das unidades administrativas autárquicas.
CAPÍTULO III
DA POVOAÇÃO
SECÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 64
(Designação)
A designação da povoação é a da sede do posto administrativo.
Artigo 65
(Órgãos)
São órgãos da povoação a Assembleia da Povoação, o Conselho da Povoação e o
Presidente do Conselho da Povoação.
SECÇÃO II
Assembleia da povoação
Artigo 66
(Natureza)
A Assembleia da Povoação é o órgão representativo da povoação, dotado de poderes
deliberativos.
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Artigo 67
(Constituição)
A Assembleia da Povoação é constituída por membros eleitos por sufrágio
universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores
residentes no respectivo círculo eleitoral.
Artigo 68
(Composição)
1. A Assembleia da Povoação é composta por:
a) 11 membros quando o número de eleitores for igual ou inferior a 3.000;
b) 15 membros quando o número de eleitores for superior a 3.000 e inferior
a 6.000;
c) 19 membros quando o número de eleitores for superior a 6.000 e inferior
a 12.000.
Artigo 69
(Mandato)
O mandato da Assembleia da Povoação é de cinco anos.
Artigo 70
(Instalação)
1. O Presidente da Assembleia da Povoação cessante procederá à instalação da
nova Assembleia da Povoação no prazo de quinze dias a contar do apuramento
definitivo dos resultados eleitorais.
3. Compete ao cidadão que tiver encabeçado a lista mais votada ou, na sua
ausência, ao melhor posicionado na mesma lista, presidir à primeira reunião da
Assembleia da Povoação, que se efectuará imediatamente a seguir ao acto de
instalação para a eleição da Mesa.
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Artigo 71
(Mesa)
1. A Mesa é composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário,
eleitos pela Assembleia da Povoação de entre os seus membros, por escrutínio
secreto.
10. As faltas têm de ser justificadas, por escrito, no prazo de cinco dias a contar da
data da reunião em que se tiverem verificado.
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Artigo 72
(Alteração da composição da Assembleia da Povoação)
1. Nos casos de morte, renúncia, suspensão ou perda de mandato ou qualquer
outra razão que implique que um dos membros da Assembleia da Povoação
esteja ausente, a sua substituição é feita pelo suplente imediatamente a seguir na
ordem da respectiva lista.
4. As novas eleições deverão ocorrer entre o segundo e o terceiro mês após a data
da marcação.
Artigo 73
(Sessões ordinárias)
1. A Assembleia da Povoação realiza cinco sessões ordinárias por ano.
Artigo 74
(Sessões extraordinárias)
1. A Assembleia da Povoação pode reunir-se extraordinariamente, por iniciativa
do seu Presidente, por deliberação da Mesa ou a requerimento:
a) do Conselho da Povoação;
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Artigo 75
(Duração das sessões)
A duração das sessões da Assembleia da Povoação é determinada pelo seu
regimento.
Artigo 76
(Publicidade das sessões)
As sessões da Assembleia da Povoação são públicas.
Artigo 77
(Competência)
1. Compete à Assembleia da Povoação pronunciar-se e deliberar sobre os assuntos
e as questões fundamentais de interesse para o desenvolvimento económico,
social e cultural da povoação, à satisfação das necessidades colectivas e à defesa
dos interesses das respectivas populações, bem como acompanhar e fiscalizar a
actividade dos demais órgãos e dos serviços e empresas.
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89
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Artigo 78
(Competências da Assembleia da Povoação na gestão ambiental)
No âmbito das suas atribuições de protecção do meio ambiente, compete à
Assembleia da Povoação, mediante proposta do Conselho da Povoação, aprovar:
a) o plano ambiental da povoação;
b) programas de incentivos a actividades protectoras ou reconstituintes das
condições ambientais;
c) programas de uso de energia alternativa;
d) processos para a remoção, tratamento e depósito de resíduos sólidos,
incluindo os das unidades sanitárias e os tóxicos;
e) programas de florestamento e plantio de árvores de sombra;
f) programas de gestão local de recursos naturais;
g) normas definidoras de multas e outras sanções ou encargos que onerem
actividades especialmente poluidoras na área da povoação;
h) o estabelecimento de reservas da povoação;
i) propostas e pareceres sobre a definição e o estabelecimento de zonas
protegidas.
90
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Artigo 79
(Competências do Presidente da Assembleia)
Compete ao Presidente da Assembleia da Povoação:
a) representar a Assembleia da Povoação;
b) convocar as sessões ordinárias e extraordinárias;
c) dirigir os trabalhos e manter a disciplina nas sessões;
d) exercer os demais poderes que lhe sejam conferidos por lei e pelo regimento
da Assembleia.
Artigo 80
(Competência do Secretário)
Compete ao Secretário secretariar as sessões, lavrar e subscrever as respectivas
actas, que serão também assinadas pelo Presidente, e assegurar o expediente.
SECÇÃO III
Conselho da Povoação
Artigo 81
(Natureza)
O Conselho da Povoação é o órgão executivo colegial da povoação, constituído pelo
Presidente do Conselho da Povoação e por vereadores por ele escolhidos e
nomeados.
Artigo 82
(Composição)
1. O número de membros do Conselho da Povoação, incluindo o Presidente, é de 5
para as povoações de população superior a 5.000 habitantes e de 3 para as de
população inferior a 5.000 habitantes.
Artigo 83
(Designação e cessação de funções de vereador)
1. O Presidente do Conselho da Povoação designará os vereadores de entre
pessoas da sua confiança política e pessoal, no seio da Assembleia da Povoação
e fora dela.
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Artigo 84
(Incompatibilidades)
É incompatível com a qualidade de membro do Conselho da Povoação, o exercício
das seguintes funções:
a) membro da Mesa da Assembleia da Povoação;
b) agente ou funcionário dirigente em organismo que integre o departamento
ministerial de tutela das autarquias locais;
c) agente ou funcionário de serviços do município.
Artigo 85
(Mandato)
1. O mandato do Conselho da Povoação é de cinco anos.
Artigo 86
(Instalação)
A instalação do Conselho da Povoação compete ao Presidente da Assembleia da
Povoação e faz--se no prazo de 15 dias após o apuramento dos resultados e nos
termos do artigo 38.
Artigo 87
(Reuniões do Conselho de Povoação)
A periodicidade das reuniões e o processo de deliberação do Conselho de Povoação
são definidos por regulamento interno.
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Artigo 88
(Competência)
1. Compete ao Conselho da Povoação :
a) executar e realizar as tarefas e programas económicos, culturais e
sociais de interesse local definidos pela Assembleia da Povoação e
enquadrados pela lei;
b) coadjuvar o Presidente do Conselho da Povoação na execução e
cumprimento das deliberações da Assembleia da Povoação;
c) participar na execução do plano de actividades e do orçamento, de
acordo com os princípios da estrita disciplina financeira;
d) apresentar, à Assembleia da Povoação, propostas e pedidos de
autorização e exercer as competências autorizadas no âmbito das
matérias previstas no nº 3 do artigo 77;
e) aceitar doações, legados e heranças;
f) Revogado pelo Artigo 1 da Lei nº 15/2007, de 27 de Junho;
g) deliberar sobre as formas de apoio a organizações não-governamentais e
outros organismos que prossigam fins de interesse público na povoação;
h) propor à instância competente a declaração de utilidade pública, para
efeitos de expropriação;
i) exercer os poderes e faculdades estabelecidos na Lei de Terras e o
respectivo Regulamento;
j) conceder licenças para construção, reedificação ou conservação, bem
como aprovar os respectivos projectos, nos termos da lei;
k) ordenar, após vistoria, a demolição total ou parcial, ou a beneficiação de
construções que ameacem ruína ou constituam perigo para a saúde e
segurança das pessoas;
l) deliberar sobre tudo o que interesse à segurança e fluidez da circulação,
trânsito e estacionamento nas ruas e demais lugares públicos e não se
insira na competência de outros órgãos ou entidades;
m) estabelecer a numeração dos edifícios;
n) deliberar sobre a deambulação de animais vadios ou de espécies bravias
e mecanismos organizativos de enquadramento.
SECÇÃO IV
Do Presidente do Conselho da Povoação
Artigo 89
(Natureza)
O Presidente do Conselho da Povoação é o órgão executivo singular da povoação.
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Artigo 90
(Eleição)
1. O Presidente do Conselho da Povoação é eleito por sufrágio universal, igual,
directo, secreto e periódico dos cidadãos eleitores recenseados na área da
respectiva povoação.
Artigo 91
(Substituição)
O Presidente do Conselho da Povoação é substituído, nas suas faltas e
impedimentos, por um dos vereadores por ele designado.
Artigo 92
(Impedimento permanente do Presidente do Conselho da Povoação)
1. Nos casos de morte, incapacidade física permanente, renúncia ou perda do
mandato, o Presidente do Conselho da Povoação é substituído interinamente
pelo Presidente da Assembleia da Povoação, até nova eleição.
3. O prazo para a realização da eleição intercalar não pode exceder a cento e vinte
dias nos termos do disposto no nº 3 do artigo 30 da presente Lei.
A redacção dos nº2 e 3 foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 15/2007, de 27 de Junho.
Artigo 93
(Posse)
1. O Presidente do Conselho da Povoação é empossado pelo Presidente da
Assembleia da Povoação no prazo de dez dias a contar da instalação do órgão
representativo.
94
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Artigo 94
(Competência)
1. Ao Presidente do Conselho da Povoação compete:
a) dirigir a actividade corrente da povoação coordenando, orientando e
superintendendo a acção de todos os vereadores;
b) dirigir e coordenar o funcionamento do Conselho da Povoação;
c) exercer todos os poderes conferidos por Lei ou por deliberação da
Assembleia da Povoação.
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A redacção das alíneas k) p), r) e s) foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 15/2007, de 27 de
Junho.
Artigo 95
(Delegação de poderes nos vereadores)
1. O Presidente do Conselho da Povoação pode delegar competências nos
vereadores.
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CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS AOS ÓRGÃOS DAS AUTARQUIAS
LOCAIS
SECÇÃO I
Direitos e deveres
Artigo 96
(Direitos, deveres e garantias dos órgãos autárquicos)
1. São deveres dos titulares dos órgãos das autarquias locais, nomeadamente:
a) prestar regularmente contas perante os respectivos eleitores no
desempenho do seu mandato;
b) desempenhar activa e assiduamente as respectivas funções;
c) contactar as populações da autarquia;
d) votar nos assuntos submetidos à apreciação dos órgãos de que façam
parte, salvo impedimento legal.
Artigo 97
(Responsabilidade civil e criminal)
Os membros dos órgãos das autarquias locais estão sujeitos à responsabilidade civil
e criminal pelos actos ou omissões realizados no exercício dos seus cargos.
97
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SECÇÃO II
Mandatos
Artigo 98
(Fundamento da perda de mandato e dissolução dos órgãos)
1. É fundamento de perda do mandato, em caso de prática individual por titulares
de órgãos autárquicos ou dissolução do órgão, em caso de acção ou omissão
deste:
a) a prática de ilegalidades graves no âmbito da gestão autárquica;
b) a responsabilidade culposa pela inobservância, por parte da autarquia
local, das atribuições enunciadas no artigo 6;
c) a manifesta negligência no exercício das suas competências.
A redacção dos nºs 5 e 6 foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 15/2007, de 27 de Junho.
Artigo 99
(Perda do mandato)
1. Para além do disposto no artigo anterior, perdem o mandato os titulares dos
cargos dos órgãos autárquicos que pratiquem actos contrários à Constituição,
que desrespeitem persistentemente a Lei, que violem gravemente a ordem
pública, que sejam condenados por crime punível com prisão maior, que sejam
internados por medida de prevenção ou segurança ou que incorram em qualquer
causa de perda de mandato prevista na Lei.
98
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2. Perdem ainda o mandato os titulares dos cargos dos órgãos autárquicos que
tenham entrado em situação de incompatibilidade, sem que tenham renunciado,
num prazo de 15 dias, ao cargo ou à actividade incompatível.
6. No que for omisso, o presente artigo será regulado pela lei referente ao exercício
dos poderes tutelares do Estado.
Artigo 100
(Renúncia ao mandato)
1. Os membros eleitos dos órgãos autárquicos podem renunciar ao respectivo
mandato.
Artigo 101
(Suspensão do mandato)
1. O Presidente do Conselho Municipal ou da Povoação pode decidir a suspensão
do seu mandato.
99
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SECÇÃO III
Deliberações e decisões
Artigo 102
(Quórum)
1. A Assembleia Municipal e da Povoação só podem deliberar estando presentes
mais de metade dos seus membros em efectividade de funções.
Artigo 103
(Deliberações)
1. Salvo disposição expressa em contrário, as deliberações são tomadas à
pluralidade dos votos, tendo o Presidente voto de qualidade em caso de empate,
não contando as abstenções para apuramento da maioria.
Artigo 104
(Actas)
Será lavrada, nos termos do regimento, acta que registe o que de essencial se tiver
passado nas reuniões, nomeadamente as faltas verificadas, as deliberações tomadas
e as posições contra elas assumidas.
Artigo 105
(Executoriedade das deliberações)
As deliberações e decisões dos órgãos autárquicos tornam-se executórios no
décimo quinto dia após a sua afixação, salvo se tiver havido deliberação por maioria
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Artigo 106
(Deliberações nulas)
1. São nulas, independentemente da declaração dos tribunais, as decisões dos
órgãos autárquicos:
a) que forem estranhas às atribuições da autarquia local;
b) que forem tomadas sem “quórum, ou sem a maioria legalmente exigida;
c) que transgridam as disposições legais respeitantes ao lançamento de
impostos;
d) que careçam absolutamente de forma legal;
e) que nomeiem funcionários a quem faltem requisitos exigidos por Lei,
com preterição de formalidades essenciais ou de preferências
legalmente previstas;
f) que violem direitos fundamentais dos cidadãos.
Artigo 107
(Deliberações anuláveis)
1. São anuláveis pela jurisdição administrativa as deliberações e decisões de
órgãos autárquicos feridas de incompetência, vício de forma, desvio de poder,
violação da lei, regulamento ou contrato administrativo.
Artigo 108
(Impugnabilidade dos actos administrativos autárquicos)
As deliberações ou decisões de órgãos autárquicos, que contenham actos
administrativos definidores de situações jurídicas de particulares com eficácia
externa imediata, ficarão submetidos, para efeitos de impugnação graciosa ou
contenciosa, a regime idêntico ao dos actos de natureza equivalente emanados por
órgãos do Estado.
101
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Artigo 109
(Patrocínio judiciário)
O município e a povoação são patrocinados, em juízo, pelo representante do
Ministério Público ou por advogado legalmente constituído.
Artigo 110
(Participação dos moradores)
1. Os cidadãos moradores no município ou na povoação podem apresentar,
verbalmente ou por escrito, sugestões, queixas, reclamações ou petições à
respectiva Assembleia.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 111
(Regimento)
1. Os princípios fundamentais a constarem do Regimento das Assembleias
Municipais e das Povoações são fixados por decreto do Conselho de Ministros.
Artigo 112
(Marcação da data para as primeiras eleições)
As primeiras eleições para os órgãos das autarquias locais realizar-se-ão em 1997,
em data a definir por decreto do Conselho de Ministros.
Artigo 113
(Primeira instalação das Assembleias Municipais e da Povoação)
A primeira instalação da Assembleia Municipal ou da Povoação é feita pelo Juiz
Presidente do Tribunal Judicial, Provincial e Distrital, respectivamente.
102
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Artigo 114
(Criação)
O Conselho de Ministros submeterá à Assembleia da República uma proposta de
criação das autarquias locais nas circunscrições territoriais que reúnam condições
para uma administração autárquica.
Artigo 115
(Gabinetes técnicos)
1. Nas autarquias locais poderão funcionar gabinetes técnicos locais.
4. A escolha dos membros dos gabinetes técnicos resultará de comum acordo entre
o ministério de tutela e o Presidente do Conselho Municipal ou da Povoação.
Artigo 116
(Conversão de distritos municipais em municípios)
Os distritos municipais criados pela Lei nº 3/94, de 13 de Setembro, passam a
designar-se municípios, nos termos da lei .
Artigo 117
(Revogação da lei anterior)
É revogada a Lei nº. 3/94 de 13 de Setembro.
Artigo 118
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra imediatamente em vigor.
Publique-se
103
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RESOLUÇÃO Nº 7/87,
de 25 de Abril
105
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Artigo 1
As cidades da República Popular de Moçambique classificam-se em cidades de
nível “A”, “B”, “C” e “D”.
Artigo 2
As cidades da República Popular de Moçambique são assim classificadas:
Artigo 3
Compete aos Governos Provinciais propor ao Conselho de Ministros qualquer
alteração à classificação das cidades, bem como promover as acções necessárias á
implementação da classificação definida.
106
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A cidade da Matola foi elevada para o nível “B” pela Resolução do Conselho de Ministros
nº 55/2007, de 16 de Outubro.
107
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Lei nº 7/97,
de 31 de Maio
Artigo 1
(Âmbito)
A presente Lei estabelece o regime jurídico da tutela administrativa do Estado a que
estão sujeitas as autarquias locais.
Artigo 2
(Tutela administrativa)
1. A tutela administrativa do Estado sobre as autarquias locais consiste na
verificação da legalidade dos actos administrativos dos órgãos autárquicos, nos
termos da presente Lei, bem como no estabelecimento de medidas
sancionatórias, nos casos expressamente previstos na presente lei.
2. O exercício do poder tutelar pode ser ainda aplicado sobre o mérito dos actos
administrativos das autarquias locais nos casos e nos termos previstos na
presente Lei.
Artigo 3
(Autonomia e tutela)
1. As autarquias locais são autónomas na realização das suas atribuições, sem
prejuízo do exercício dos poderes de tutela administrativa do Estado.
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Artigo 4
(Modalidades)
1. O exercício da tutela administrativa do Estado compreende a verificação da
legalidade dos actos administrativos das autarquias locais, através de
inspecções, inquéritos, sindicâncias, auditorias e ratificações.
3. Das decisões dos órgãos autárquicos pode caber recurso aos órgãos de tutela
referidos no artigo 8 da presente lei.
Artigo 5
(Fiscalização)
1. O órgão com poderes tutelares pode realizar inspecções, inquérito, sindicâncias
ou auditorias aos actos administrativos praticados e dos contratos celebrados
pelos órgãos e serviços das autarquias locais.
110
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Artigo 6
(Ratificação)
1. A eficácia de certos actos administrativos dos órgãos das autarquias locais fica
dependente da ratificação do órgão da tutela administrativa.
Artigo 7
(Regime de ratificação tutelar)
1. Para efeitos de ratificação tutelar será remetida à entidade tutelar, pelo
presidente do órgão autárquico, uma certidão ou cópia autenticada do acto
sujeito à tutela.
3. A ratificação tutelar pode ser parcial, quando se refira a uma parte autónoma de
um acto susceptível de decisão sem alteração do seu conteúdo.
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e cinco dias a contar da recepção da certidão ou cópia referida no nº1, não for
comunicada por escrito a sua denegação expressa, total ou parcial, ao órgão
tutelado.
Artigo 8
(Órgãos de tutela)
1. A tutela administrativa do Estado cabe ao Governo e é exercida pelo ministro
que superintende na função pública e na administração local do Estado e pelo
ministro que superintende no plano e finanças, no domínio das respectivas áreas
de competência.
A redacção dos nºs 2 e 3 foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 6/2007, de 9 de Fevereiro.
Artigo 8 A
(Participação nas sessões dos órgãos autárquicos)
As entidades de tutela podem participar nas sessões dos órgãos autárquicos, com
direito a palavra mas sem direito a voto.
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Artigo 9
(Sanções)
A prática, por acção ou omissão, de ilegalidade grave no âmbito da gestão
autárquica, a responsabilidade culposa pela inobservância das suas atribuições, a
manifesta negligência no exercício suas competências e dos respectivos deveres
funcionais, constituem fundamento de perda de mandato do titular ou membros dos
órgãos autárquicos, se tiverem sido praticadas individualmente ou de dissolução do
órgão, se forem imputadas a este.
A redacção deste artigo foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 6/2007, de 9 de Fevereiro.
Artigo 10
(Perda de mandato)
1. É fundamento para perda do mandato dos titulares dos órgãos das autarquias
locais a prática de actos contrários à Constituição, a persistente violação da lei, a
quebra grave da ordem pública e condenação por crime punível com prisão
maior.
113
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Artigo 11
(Processo e competência para a decisão de perda de mandato)
1. A perda de mandato será precedida de:
a) inquérito, sindicância ou auditoria aos órgãos ou aos serviços nos
casos não previstos nas alíneas seguintes;
b) sentença judicial transitada em julgado, no caso da prática dos factos
passíveis de procedimento criminal referidos no nº1 do artigo
anterior;
c) verificação dos factos que consubstanciem as situações das alíneas
a) e b) do nº2 do artigo anterior.
2. Nos casos das alíneas a) e b) do número anterior, se as conclusões do
inquérito ou da sindicância ou ainda de sentença transitada em julgado
revelarem a existência de qualquer das situações que constituem
fundamento para a perda do mandato, isso será comunicado ao ministro
competente, nos termos do artigo 8, pela entidade que houver promovido
o inquérito ou a sindicância.
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Artigo 12
(Impugnação contenciosa do Decreto de Perda de Mandato)
1. A impugnação contenciosa do Decreto de Perda de Mandato poderá ser feita
junto do Tribunal Administrativo por qualquer titular dos órgãos ou membro
visado.
Artigo 13
(Dissolução dos órgãos das autarquias locais)
1. Qualquer órgão colegial da autarquia local pode ser dissolvido pelo Conselho de
Ministros, quando:
a) obste a realização de inspecção, inquérito, sindicância, quando se
recuse a prestar aos agentes da inspecção informações e
esclarecimentos ou a facultar-lhes o exame aos serviços e a consulta
de documentos;
115
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Artigo 14
(Efeitos da dissolução e da perda de mandato)
1. No período de tempo que resta para a conclusão do mandato interrompido e no
subsequente período de tempo correspondente a novo mandato completo, os
membros dos órgãos da autarquia local, objecto do decreto de dissolução, bem
como os que hajam perdido o mandato não poderão desempenhar funções em
órgãos de qualquer autarquia nem ser candidatos nos actos eleitorais para os
mesmos.
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Artigo 15
(A impugnação contenciosa do Decreto de Dissolução)
1. O decreto de dissolução é contenciosamente impugnável junto do Tribunal
Administrativo por qualquer dos membros do órgão dissolvido.
Artigo 16
(Disposição final)
É revogada toda a legislação anterior contrária a esta lei.
Artigo 17
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra imediatamente em vigor.
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Lei nº 8/97,
de 31 de Maio
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1
(Objecto)
A presente lei define as normas especiais que regem a organização e funcionamento
do Município de Maputo, bem como os deveres e direitos dos titulares e membros
dos respectivos órgãos.
Artigo 2
(Remissão para a lei geral)
A tudo o que não estiver especialmente regulado no presente diploma aplica-se a lei
geral.
Artigo 3
(Atribuições)
1. Todas as atribuições previstas no artigo 6 da Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro, são
de exercício mínimo obrigatório para o Município de Maputo.
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Artigo 4
(Tutela administrativa)
A tutela administrativa do Estado sobre os órgãos do Município de Maputo é directa
e exclusivamente exercida pelo ministro que superintende na função pública e na
administração local do Estado e pelo ministro que superintende no plano e finanças,
no domínio das respectivas áreas de competência.
Artigo 5
(Composição da assembleia municipal)
A Assembleia Municipal é composta por um máximo de 71 membros.
Artigo 6
(Mesa da assembleia municipal)
A Mesa da Assembleia Municipal é composta por um presidente, um vice-
presidente e três secretários, eleitos pela Assembleia Municipal de entre os seus
membros, por escrutínio secreto.
Artigo 7
(Constituição do conselho municipal)
O Conselho Municipal de Maputo é constituído por 13 a 17 vereadores.
Artigo 8
(Unidades administrativas)
1. Com base no plano de organização e estruturação da cidade aprovado pela
Assembleia do Município de Maputo, o Conselho Municipal estabelecerá
unidades administrativas em uma ou várias parcelas do seu território.
3. O Conselho Municipal poderá afectar alguns dos seus membros a uma ou várias
unidades administrativas para nelas zelarem pela prestação de serviços públicos
autárquicos.
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CAPÍTULO II
DIREITOS DOS TITULARES E MEMBROS DOS ÓRGÃOS
MUNICIPAIS
Artigo 9
(Estatuto do Presidente do Conselho Municipal)
Artigo 10
(Remuneração dos vereadores)
1. As remunerações dos vereadores são estabelecidas com observância dos
parâmetros e limites fixados pelo Governo.
Artigo 11
(Remuneração do Presidente e membros da Assembleia Municipal)
O Presidente e membros da Assembleia Municipal têm direito a uma remuneração
cujo valor é fixado de acordo com observância e limites fixados pelo Governo.
A redacção deste artigo foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 16/2007, de 27 de Junho.
Artigo 12
(Ajudas de custo)
Os valores das ajudas de custo a abonar aos titulares e membros dos órgãos
municipais são estabelecidos de acordo com os parâmetros definidos pelo Governo.
A redacção deste artigo foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 16/2007, de 27 de Junho.
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Artigo 13
(Competência)
Compete à Assembleia Municipal de Maputo fixar as remunerações dos seus
membros e dos membros do Conselho Municipal dentro dos limites estabelecidos
nesta lei.
Artigo 14
(Entrada em vigor)
A presente lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 1998.
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Sendo necessário definir o estatuto dos titulares e dos membros dos órgãos das
autarquias locais, usando da competência atribuída nos termos do nº 1 do artigo 135
da Constituição, a Assembleia da República determina:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1
(Objecto)
1. A presente lei define o estatuto dos titulares e dos membros dos órgãos das
autarquias locais.
Artigo 2
(Titulares e membros dos órgãos)
1. São titulares dos órgãos das autarquias locais, os que desempenham o cargo de
presidente do conselho municipal ou de povoação e de presidente da assembleia
municipal ou de povoação.
2. São membros dos órgãos das autarquias locais, os que desempenham os cargos
de:
a) membro da assembleia municipal ou de povoação;
b) vereador.
Artigo 3
(Regime de desempenho de funções dos vereadores)
1. Os vereadores desempenham as suas funções em regime de tempo inteiro ou
parcial.
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Artigo 4
(Dispensa de funções)
Os titulares e os membros dos órgãos das autarquias locais ficam total ou
parcialmente dispensados das suas actividades profissionais públicas ou privadas,
consoante o regime de exercício das respectivas funções é o de tempo inteiro ou
parcial, respectivamente.
Artigo 5
(Dever de colaboração)
As entidades públicas e privadas estão sujeitas ao dever geral de colaborar com os
órgãos das autarquias locais no exercício das funções destes.
CAPÍTULO II
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
Artigo 6
(Incompatibilidades)
Os cargos de presidente do conselho municipal ou de povoação e de membro da
assembleia autárquica e de vereador são incompatíveis com as funções de:
a) Presidente da República;
b) deputado da Assembleia da República;
c) membro do Conselho Constitucional;
d) membro do Conselho de Ministros;
e) membro do governo provincial;
f) membro do governo distrital , chefe de posto administrativo e chefe de
localidade;
g) magistrado em efectividade de funções;
h) militar e elemento das forças paramilitares em efectividade de serviço;
i) membro do Conselho Superior de Comunicação Social;
j) membro do Conselho Superior da Magistratura Judicial.
Artigo 7
(Incompatibilidades do presidente do conselho municipal ou de Povoação e
dos vereadores)
Os cargos de presidente do conselho municipal ou de povoação e de vereador em
regime de tempo inteiro são ainda incompatíveis com o desempenho de funções de:
a) Director Nacional;
b) membro de órgão directivo de empresa pública ou mista de capitais
maioritariamente públicos.
A redacção deste artigo foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 11/2003, de 3 de Dezembro.
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Artigo 8
(Declaração)
Os titulares e os membros dos órgãos das autarquias locais entregam à procuradoria
da república da área em que se encontra compreendida a respectiva autarquia local,
nos 90 dias posteriores à sua tomada de posse, a declaração de inexistência de
quaisquer incompatibilidades, devendo nela constar todos os elementos necessários
à verificação do disposto nesta lei.
Artigo 9
(Impedimentos)
1. É vedado aos titulares e aos membros dos órgãos das autarquias locais:
a) exercer o mandato judicial como autores nas acções cíveis contra o Estado e
demais pessoas colectivas de direito público;
b) servir de perito ou árbitro, a título remunerado, em qualquer processo em que
sejam parte o Estado e demais pessoas colectivas de direito público;
c) no exercício da actividade económica, participar em concursos públicos de
fornecimento de bens e serviços, bem como em contratos com o Estado e outras
pessoas colectivas de direito público;
d) integrar corpos sociais de empresas ou sociedades concessionárias de
serviços públicos, instituições de crédito ou para-bancárias, seguradoras,
sociedades imobiliárias ou quaisquer outras empresas intervenientes em
contratos com o Estado e demais pessoas colectivas de direito público;
e) exercer funções em órgão executivo de fundação subsidiada pelo Estado.
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CAPITULO III
DEVERES
Artigo 10
(Deveres dos titulares e dos membros dos órgãos das autarquias locais)
Para além dos deveres estabelecidos no artigo 96 da Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro,
os titulares e membros dos órgãos das autarquias locais têm deveres, nas matérias
de:
a) legalidade e de defesa dos direitos dos cidadãos;
b) prossecução do interesse público;
c) participar nas actividades de funcionamento dos órgãos de que sejam
titulares ou membros.
Artigo 11
(Deveres em matéria de legalidade e direitos dos cidadãos)
Em matéria de legalidade e direitos dos cidadãos, os titulares dos órgãos das
autarquias locais estão vinculados, no exercício das suas funções, ao cumprimento
dos deveres de:
a) observar escrupulosamente as normas constitucionais, legais e
regulamentares aplicáveis aos actos por si praticados ou pelos órgãos a que
pertençam;
b) cumprir e fazer cumprir as normas constitucionais e legais relativas à defesa
dos interesses e direitos dos cidadãos no âmbito das suas competências;
c) actuar com justiça e imparcialidade;
d) respeitar os direitos dos administradores, nomeadamente no âmbito do
procedimento administrativo.
Artigo 12
(Deveres em matéria de prossecução do interesse público)
Em matéria de prossecução do interesse público, os titulares e os membros dos
órgãos das autarquias locais estão vinculados, no exercício das suas funções, aos
deveres de:
a) salvaguardar e defender os interesses públicos do Estado e da respectiva
autarquia local;
b) respeitar o fim público dos poderes em que se encontram investidos;
c) não patrocinar interesses particulares, próprios ou alheios, de qualquer
natureza, quer no exercício das suas funções quer invocando a qualidade de
titular de órgão da autarquia local;
d) não celebrar qualquer contrato, salvo de adesão com a respectiva autarquia
local;
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Artigo 13
(Deveres em matéria de funcionamento dos órgãosde que sejam membros)
Em matéria de funcionamento dos órgãos a que pertençam, os membros dos órgãos
das autarquias locais estão vinculados no exercício das respectivas funções, aos
deveres de :
a) participar nas reuniões ordinárias e extraordinárias dos órgãos das autarquias
locais;
b) votar as deliberações dos órgãos das autarquias locais, sem prejuízo do seu
direito a abstenção;
c) pertencer às comissões e organismos legalmente criados pelos órgãos das
autarquias locais para estudo de problemas específicos;
d) apresentar propostas destinadas a aumentar a eficácia e rapidez dos serviços
prestados pela autarquia local.
Artigo 14
(Responsabilidade civil e criminal)
Os titulares e os membros dos órgãos das autarquias locais são civil e criminalmente
responsáveis pelos actos e omissões que praticarem no exercício das suas funções.
Artigo 14 A
(Dever específico)
O presidente e os vereadores do conselho municipal ou de povoação devem
apresentar antes do início das respectivas funções ou, em caso de urgência, até 30
dias após o início destas, uma declaração de património, bens e rendimentos nos
termos da Lei nº 7/98, de 15 de Junho.
CAPÍTULO IV
DIREITOS
Artigo 15
(Direitos dos titulares e membros dos órgãos das autarquias locais)
1. Para além dos deveres estabelecidos no artigo 96 da Lei das Autarquias
Locais, os titulares e os membros dos órgãos das autarquias locais, têm
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direito à:
a) remuneração mensal ou senhas de presença;
b) ajudas de custo e subsídio de transporte;
c) assistência médica e medicamentosa;
d) férias anuais;
e) cartão especial de identificação;
f) livre circulação em lugares públicos quando em exercício das suas
funções;
g) passaporte de serviço quando em serviço da autarquia;
h) viatura municipal quando em serviço da autarquia;
i) protecção em caso de acidente de trabalho;
j) apoio aos processos jurídicos que tenham como causa o exercício das
respectivas funções.
A redacção da alínea b) do nº 1 e dos nºs 3 e 4 foi introduzida pelo artigo1 da Lei nº 21/2007,
de 1 de Agosto
Artigo 16
(Remuneração dos presidentes de conselho municipal e de povoação)
A remuneração dos presidentes do conselho municipal e de povoação é fixada com
observância dos parâmetros e limites máximos a serem estabelecidos pelo
Governo.
A redacção deste artigo foi introduziada pelo artigo 1 da Lei nº 21/2007, de 1 de Agosto.
Artigo 17
(Remuneração dos vereadores)
1. A remuneração dos vereadores dos conselhos municipais e de povoação é
fixada com base nos parâmetros e limites máximos estabelecidos pelo Governo.
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A redacção deste Artigo foi introduziada pelo Artigo 1 da Lei nº 21/2007, de 1 de Agosto.
Artigo 18
(Remuneração dos membros das assembleias autárquicas)
Os membros das assembleias municipais e de povoação tem direito a remuneração
cujo valor é fixado com observância dos parâmetros e limites máximos
estabelecidos pelo Governo.
A redacção deste artigo foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 21/2007, de 1 de Agosto.
Artigo 19
(Ajudas de custo e subsídio de transporte)
Os parâmetros e limites máximos das ajudas de custo e subsídio de transporte
previstos no artigo 15 da presente Lei são estabelecidos pelo Governo.
A redacção deste artigo foi alterada pelo artigo 1 da Lei nº 21/2007, de 1 de Agosto.
Artigo 20
(Assistência médica e medicamentosa)
Aos titulares e membros dos órgãos das autarquias locais em regime de tempo
inteiro é aplicável o regime de assistência médica e medicamentosa do
funcionalismo público, se não optarem pelo regime da sua actividade profissional.
Artigo 21
(Férias)
Os titulares e os membros dos órgãos das autarquias locais em regime de tempo
inteiro têm direito a 30 dias de férias anuais, nos termos a definir pelo respectivo
órgão.
Artigo 21
(Sistema de Previdência Social)
O Sistema de Previdência Social dos titulares dos órgãos das autarquias locais é
regulado por lei própria.
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CAPITULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 22
(Garantias dos direitos adquiridos)
1. Os titulares e os membros dos órgãos das autarquias locais não podem ser
prejudicados no respectivo emprego público ou privado de carácter permanente,
em virtude do desempenho daquelas funções.
Artigo 23
(Comissões administrativas)
As normas do presente diploma aplicam-se igualmente aos membros das comissões
administrativas nomeadas na sequência da dissolução dos órgãos das autarquias
locais.
Artigo 24
(Encargos financeiros)
1. As remunerações, compensações, subsídios e demais encargos previstos na
presente lei são suportados pelo orçamento da respectiva autarquia local,
excepto o disposto em matéria de contagem de tempo de serviço e de reforma.
2. A suspensão dos cargos dos titulares dos órgãos das autarquias locais faz cessar o
processamento das remunerações e compensações, a não ser que aquela se
fundamente em doença devidamente comprovada.
Artigo 25
(Revogação)
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto na presente lei.
Artigo 26
(Entrada em vigor)
A presente lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 1998.
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Lei nº 10/97,
de 31 de Maio
Artigo 1
(Criação de municipios de cidade)
São criados municípios nas seguintes cidades:
1. Na Província de Cabo Delgado:
-Montepuez
2. Na Província do Niassa:
-Cuamba
3. Na Província de Nampula:
-Angoche
-Ilha de Moçambique
-Nacala
4. Na Província da Zambézia:
-Guruè
-Mocuba
5. Na Província de Manica:
-Manica
6. Na Provincia de Sofala:
-Dondo
7. Na Província de Inhambane
-Maxixe
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8. Na Província de Gaza:
-Chibuto
-Chókwè.
Artigo 2
(Criação de municípios de vila)
São criados municípios nas seguintes vilas:
2. Na Província do Niassa:
-Metangula
3. Na Província de Nampula:
-Monapo
4. Na Província da Zambézia:
-Milange
5. Na Província de Tete
-Moatize
6. Na Província de Manica:
-Catandica
7. Na Provincia de Sofala:
-Marromeu
8. Na Província de Inhambane
-Vilankulo
9. Na Província de Gaza:
-Mandlakazi
Artigo 3
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra imediatamente em vigor.
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Lei nº 03/2008,
de 02 de Maio
Artigo 1
(Criação de autarquias locais de vila)
São criadas autarquias locais nas seguintes vilas:
1. Província de Maputo:
-Vila de Namaacha
2. Província de Gaza:
-Vila da Macia
3. Província de Inhambane:
-Vila de Massinga
4. Província da Sofala:
-Vila de Gorongosa
5. Província de Manica
-Vila de Gondola
6. Província da Zambézia:
-Vila de Alto Molócuè
7. Provincia de Tete:
-Vila de Ulongué
8. Província de Nampula
-Vila de Ribáuè
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Artigo 2
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação.
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Lei nº 1/2008
de 16 de Janeiro
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1
(Objecto)
A presente lei tem por objecto definir o regime financeiro, orçamental e patrimonial
das autarquias locais e define o Sistema Tributário Autárquico.
Artigo 2
(Âmbito)
A presente lei é aplicável às autarquias locais definidas no artigo 273 da
Constituição da República.
Artigo 3
(Autonomia financeira e patrimonial)
1. As autarquias locais gozam de autonomia administrativa, financeira e
patrimonial, possuindo finanças e património próprios geridos autonomamente
pelos respectivos órgãos.
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Artigo 4
(Garantias gerais do sujeito passivo)
Constituem garantias gerais do sujeito passivo:
a) não pagar impostos, taxas, contribuições especiais e demais tributos que não
tenham sido estabelecidos de harmonia com a Constituição;
Artigo 5
(Deveres do sujeito passivo)
É dever do contribuinte autárquico da correspondente autarquia contribuir, nos
termos da lei, para as receitas das autarquias locais.
142
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Artigo 6
(Obrigações do sujeito passivo)
1. O pagamento, no prazo e nos termos legalmente estabelecidos, dos impostos,
taxas, contribuições especiais e demais tributos autárquicos é a obrigação
principal do sujeito passivo.
Artigo 7
(Legalidade e competência tributária das autarquias locais)
1. Para além dos princípios da igualdade, da generalidade, da equidade e da justiça
material, no exercício da respectiva actividade tributária, os órgãos autárquicos
devem pautar a sua actuação em estreita obediência à Constituição, à Lei e
demais legislação, dentro dos limites dos poderes que lhes sejam atribuídos e em
conformidade com os fins para que os mesmos foram conferidos.
Artigo 8
(Colaboração interautárquica)
As autarquias locais podem associar-se entre si para a realização de obras ou
prestação de serviços públicos de interesse comum, incluindo a criação de empresas
públicas de âmbito interautárquico ou a designação de concessionário único de
serviços comuns.
CAPÍTULO II
ORÇAMENTO E PATRIMÓNIO
Secção I
Elaboração, publicidade e gestão do orçamento
Artigo 9
(Princípios gerais)
1. Os orçamentos das autarquias locais são elaborados com observância dos
princípios de anualidade, unidade e universalidade, especificação, não
compensação, não consignação e equilíbrio.
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Artigo 10
(Consignação de receitas)
Nos casos expressamente previstos na lei, há lugar a consignação de receitas.
Artigo 11
(Consultas públicas ao orçamento aprovado)
Para efeitos do disposto no número 3 do artigo 9, e sem prejuízo de outras formas
adequadas de publicação, deve-se manter permanentemente um mínimo de três
cópias do orçamento aprovado e de qualquer das suas revisões, à disposição do
público, para informação e consulta, em local apropriado do edifício-sede da
autarquia.
Artigo 12
(Modelo orçamental a adoptar)
1. O regime financeiro das autarquias deve observar os princípios gerais vigentes
para elaboração e execução do Orçamento do Estado e para a organização da
contabilidade pública.
Artigo 13
(Preparação, aprovação do orçamento e informação estatística)
1. As autarquias locais apresentam até 31 de Julho de cada ano ao Ministério que
superintende a área de Finanças a proposta do respectivo orçamento necessária à
elaboração do Orçamento do ano seguinte.
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Artigo 14
(Atrasos na aprovação do orçamento)
1. Ocorrendo atraso na aprovação do orçamento, mantém-se em vigor o
orçamento do ano anterior com as alterações que nele tenham sido introduzidas.
Artigo 15
(Reforço e transferências orçamentais)
1. As revisões do orçamento autárquico obedecem, em tudo o que não contrarie o
disposto nos números seguintes, aos princípios e regras vigentes para o
Orçamento do Estado e estão sujeitos à ratificação pelo Ministro que
superintende a área das Finanças.
Artigo 16
(Regras de financiamento para transferências de funções)
1. O financiamento para transferência de funções deve obedecer às seguintes
regras:
a) sempre que tal se revele necessário, o Orçamento do Estado deve prever
145
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Secção II
Das receitas e acesso a empréstimos
Artigo 17
(Receitas próprias)
1. Constituem receitas próprias das autarquias locais:
a) o produto da cobrança de impostos e taxas autárquicas a que se refere a
presente Lei;
b) o produto de um percentual de impostos do Estado, que por lei lhes
sejam atribuídos;
c) o produto da cobrança das contribuições especiais que por lei lhes sejam
atribuídas;
d) o produto da cobrança de taxas por licenças concedidas pelos órgãos
autárquicos;
e) o produto da cobrança de taxas ou tarifas resultantes da prestação de
serviços;
f) o produto de multas que, por lei, regulamento ou postura, caibam à
autarquia local;
g) o produto de legados, doações e outras liberalidades;
h) quaisquer outras receitas estabelecidas por lei a favor das autarquias
locais.
146
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Artigo 18
(Princípios sobre o regime de créditos)
1. Em complemento das receitas próprias, os orçamentos autárquicos podem
beneficiar da contracção de empréstimos.
Artigo 19
(Empréstimos de curto prazo)
1. As autarquias locais podem contrair empréstimos a curto prazo junto de
instituições de crédito nacionais para acorrer a dificuldades ocasionais de
tesouraria, não podendo, todavia, o montante ultrapassar, em qualquer
circunstância ou caso, o equivalente a três duodécimos da verba que a cada uma
delas couber nas transferências do Fundo de Compensação.
Artigo 20
(Contracção de empréstimo plurianuais)
A contracção de empréstimos de amortização plurianual depende de ratificação do
Ministro que superintende a área das finanças.
147
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Secção III
Despesas e investimento
Subsecção I
Aspectos gerais
Artigo 21
(Classificação económica das despesas)
1. As despesas das autarquias locais dividem-se em correntes e de capital.
Artigo 22
(Princípio da legalidade das despesas)
1. Só é permitida a efectivação de quaisquer despesas ou assumpção de encargos
desde que tenham cobertura legal e para os quais exista adequada previsão e
cabimento orçamental.
Artigo 23
(Remuneração dos titulares e membros dos órgãos autárquicos)
1. As remunerações dos titulares e membros dos órgãos autárquicos elegíveis são
estabelecidas pela assembleia autárquica dentro de parâmetros fixados por lei.
148
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Subsecção II
Investimento
Artigo 24
(Âmbito do investimento público nas autarquia locais)
A realização de investimentos públicos compreende:
a) a identificação, a elaboração e a aprovação de projectos;
b) o financiamento e a execução dos empreendimentos;
c) a gestão, a manutenção e o funcionamento dos projectos e do equipamento.
Artigo 25
(Regime de delimitação e coordenação de actuações)
1. O regime de delimitação e de coordenação das actuações do Estado e da
administração autárquica, em matéria de investimento público nas autarquias
locais, compreende:
a) a identificação dos investimentos públicos cuja execução cabe, em
regime de exclusividade, às autarquias locais;
b) a articulação do exercício das competências, em matéria de
investimentos públicos, pelos diferentes níveis de administração, quer
sejam exercidas em regime de exclusividade, quer em regime de
colaboração.
Artigo 26
(Atribuição de competências)
1. As competências em matéria de investimento público que, por lei, sejam
atribuídas aos diversos níveis de administração, são exercidas tendo em conta os
objectivos e os programas de acção constantes dos planos de médio e longo
prazo e, ainda, nos termos dos planos anuais reguladores da actividade da
administração central e da administração autárquica.
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Artigo 27
(Competências próprias das autarquias locais)
1. É competência própria das autarquias locais o investimento público nas
seguintes áreas:
a) Infra-estruturas rurais e urbanas:
i. espaços verdes, incluindo jardins e viveiros da autarquia;
ii. rodovias, incluindo passeios;
iii. habitação económica;
iv. cemitérios públicos;
v. instalações dos serviços públicos da autarquia;
vi. mercados e feiras;
vii. bombeiros.
b) Saneamento básico:
i. sistemas autárquicos de abastecimento de água;
ii. sistemas de esgotos;
iii. sistemas de recolha e tratamento de lixos e limpeza pública.
c) Energia:
i. distribuição de energia eléctrica;
ii. iluminação pública, urbana e rural.
d) Transportes e comunicações:
i. rede viária urbana e rural;
ii. transportes colectivos que se desenvolvam exclusivamente na
área da respectiva autarquia.
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e) Educação e ensino:
i. centros de educação pré-escolar;
ii. escolas para o ensino primário;
iii. transportes escolares;
iv. equipamentos para educação de base de adultos;
v. outras actividades complementares da acção educativa,
designadamente nos domínios da acção social escolar e da
ocupação de tempos livres.
g) Saúde:
i. unidades de cuidados primários de saúde.
h) Acção social:
i. actividade de apoio às camadas de população vulnerável;
ii. habitação social.
i) Gestão ambiental:
i. protecção ou recuperação do meio ambiente;
ii. florestamento, plantio, e conservação de árvores;
iii. estabelecimento de reservas municipais.
Artigo 28
(Novas competências das autarquias em matéria de investimentos públicos)
1. O exercício pelas autarquias locais das novas competências em matéria de
investimentos públicos a que alude o artigo anterior é progressivo, devendo o
Orçamento do Estado indicar, em cada ano, as responsabilidades a transferir
nesse ano e os correspondentes meios financeiros.
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Artigo 29
(Competências exercidas em regime de colaboração)
1. As acções relativas a investimentos públicos não referidos no artigo anterior
podem ser executadas, quer pelos competentes serviços do Estado, quer pelas
autarquias locais, neste último caso mediante acordo prévio a celebrar com o
Governo ou ainda em regime de colaboração, nos termos dos números
seguintes.
Artigo 30
(Urbanismo e política de solos)
1. Os planos referidos no número 2 do artigo 26 são elaborados em colaboração
com as entidades competentes da administração central do Estado.
152
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5. Fora dos casos previstos no número anterior ou sempre que, pela sua dimensão
ou localização, as obras a desenvolver impliquem alterações significativas das
condições ambientais e das infra-estruturas existentes na área da própria
autarquia ou em áreas de outras circunscrições territoriais vizinhas, as
correspondentes operações do loteamento ficam sujeitas à ratificação do
Governo.
Artigo 31
(Expropriação)
1. Sem prejuízo do número seguinte, da ratificação prevista no nº 4 do artigo 26 e
no nº 5 do artigo anterior resulta:
a) a declaração de utilidade pública urgente de expropriação dos prédios e
direitos a eles relativos, necessários à realização dos planos;
b) a autorização para a posse administrativa dos mesmos pela autarquia.
153
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Secção IV
Património das autarquias locais
Artigo 32
(Âmbito e administração do património autárquico)
1. Constituem património da autarquia local todas as coisas móveis e imóveis,
direitos e acções que a qualquer título lhe pertençam ou venham a pertencer.
Artigo 33
(Aquisição, alienação e abates de bens)
1. A aquisição de bens pelas autarquias locais faz-se por concurso público e
respeita a legislação geral relativa à aquisição de bens e serviços.
3. Em caso algum podem ser alienados bens imóveis cedidos pelo Estado sem a
concordância prévia deste.
Artigo 34
(Cedência de direito de uso)
1. A cessão de direitos de uso ou exploração de bens do património autárquico a
favor de terceiros pode ter lugar mediante concessão, permissão ou autorização,
consoante se revele mais adequado ao interesse público, devendo sempre ser
dada adequada publicidade do correspondente acto.
154
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3. Quando incida sobre bens imóveis e sempre que não se revista de forma
precária, a cedência de direitos faz-se por concurso público.
Artigo 35
(Extravio ou dano de bens do património autárquico)
1. O sector dos serviços que tenha sob sua responsabilidade o controlo dos bens do
património da autarquia é obrigado, sem dependência de despacho de qualquer
outra entidade, a abrir inquérito administrativo e a propor, se for caso disso, a
competente acção disciplinar, civil e criminal contra qualquer servidor, sempre
que forem apresentadas denúncias ou acto de notícia relativos ao extravio ou
dano de bens a seu cargo.
Secção V
Obras e serviços públicos
Artigo 36
(Responsabilidade das autarquias locais)
É da responsabilidade das autarquias locais, tendo em devida consideração os
interesses e as necessidades das respectivas populações, prestar serviços públicos,
bem como realizar obras públicas, podendo adjudicá-las a particulares, mediante
concurso.
Artigo 37
(Execução de obras públicas)
1. Salvo os casos de extrema urgência, devidamente justificados, a execução de
obras públicas é precedida da elaboração e aprovação do:
a) respectivo projecto;
b) orçamento dos seus custos;
c) plano de financiamento, com indicação da origem dos correspondentes
recursos financeiros e das condições da sua mobilização;
d) estudo de viabilidade do empreendimento, com identificação da sua
conveniência e oportunidade para o interesse público;
e) cronograma de execução dos trabalhos, com explicação dos prazos para
o seu início e conclusão;
f) concurso público, nos casos em que não sejam por administração
directa.
2. As condições gerais dos concursos para execução das obras públicas, as regras
obrigatórias em matéria de formação e controlo de preços, bem como o regime
155
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de fiscalização a adoptar são os mesmos que estão fixados pelo Governo para as
entidades públicas, salvaguardando as adaptações à especificidade das
autarquias.
Artigo 38
(Serviços autónomos e empresas públicas autárquicas)
1. As autarquias locais podem criar serviços autónomos ou empresas públicas
autárquicas para satisfação de necessidades colectivas das respectivas
populações, quando tais necessidades sejam de interesse relevante para a
colectividade e/ou a gestão autónoma se mostre a solução mais eficiente.
Artigo 40
(Regulamentação, fiscalização e tarifas)
1. Os serviços cuja exploração seja objecto de concessão estão sujeitos à
regulamentação e à fiscalização da administração autárquica, cabendo
igualmente aos órgãos executivos autárquicos aprovar a respectiva política
tarifária.
156
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Artigo 41
(Representação e participação dos utentes)
1. Os utentes podem ter representação assegurada nas entidades prestadoras de
serviços públicos de âmbito autárquico, na forma e nos termos estabelecidos em
postura local, participando das decisões relativas a:
a) planos e programas de expansão dos serviços;
b) revisão da base de cálculo dos custos operacionais;
c) política tarifária;
d) nível de atendimento da procura, em termos quer quantitativos, quer
qualitativos;
e) mecanismos de atendimento de petições e reclamações dos utentes,
incluindo os relativos a apuramento de responsabilidades por danos
causados a terceiros.
Artigo 42
(Informações públicas obrigatórias)
As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas a dar ampla
publicidade das suas actividades, pelo menos uma vez por ano, informando em
especial sobre planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e realização de
programas de trabalho.
CAPÍTULO III
TRANSFERÊNCIAS ORÇAMENTAIS
Secção I
Fundo de Compensação Autárquica
Artigo 43
(Dotação e fins)
1. O Fundo de Compensação Autárquica é um fundo destinado a complementar os
recursos orçamentais das autarquias.
157
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Artigo 44
(Regras de distribuição do Fundo de Compensação Autárquica)
1. A distribuição do Fundo de Compensação Autárquica por cada autarquia, a ser
inscrita anualmente na Lei Orçamental é determinada pela aplicação de uma
fórmula, que atenda simultaneamente, entre outros, aos seguintes factores:
a) o número de habitantes da correspondente autarquia; e
b) a respectiva área territorial.
FCAa = NHa/NHTx75%FCA+Ata/ATTx25%FCA
Artigo 45
(Formas das transferências do Fundo de Compensação Autárquica)
Ocorrendo qualquer atraso nos prazos de aprovação do Orçamento do Estado que
obste o conhecimento em tempo oportuno das dotações do Fundo para esse ano, as
transferências a que se refere o número anterior processam-se transitoriamente com
base nos duodécimos correspondentes do ano anterior procedendo-se, no mês
seguinte à aprovação do novo orçamento, os acertos que porventura sejam
necessários.
158
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Secção II
Desenvolvimento autárquico e investimento público
Artigo 46
(Responsabilidade específica do Governo no desenvolvimento autárquico)
Compete ao Governo a especial responsabilidade de implementar mecanismos
operativos de apoio ao desenvolvimento autárquico, devendo os respectivos
princípios e regras orientadoras ser objecto de publicação por decreto do Conselho
de Ministros.
Artigo 47
(Dotações específicas para projectos de investimentos nas autarquias)
1. Anualmente serão inscritas no Orçamento do Estado de forma discriminada,
verbas específicas para o financiamento de projectos de investimento nas
autarquias locais, com as seguintes características:
a) compreendidos em programas integrados de desenvolvimento
económico e social;
b) que sejam objecto de contratos-programa de desenvolvimento a
celebrar com as autarquias interessadas, preferentemente no quadro da
cooperação inter autárquica;
c) incluídos em qualquer outro tipo de programas, nomeadamente no caso
de projectos para os quais haja sido celebrado contrato-tipo, nos termos
previstos no nº 2 do artigo 29.
Artigo 48
(Investimentos de iniciativa local)
1. Adicionalmente às dotações referidas no artigo anterior, o Orçamento do Estado
poderá contemplar, anualmente, uma dotação global para o financiamento de
projectos de iniciativa e decisão local, em complemento dos recursos próprios
das autarquias.
2. A distribuição pelas diferentes autarquias da dotação definida no número
anterior deve ser indicada na Lei Orçamental.
Artigo 49
(Outros investimentos)
O Governo pode, depois de avaliação prévia das respectivas necessidades, prever
no Orçamento do Estado, dotação para:
a) correcção dos efeitos negativos de investimentos ou outras acções de
responsabilidade da administração central que afectem significativamente
as autarquias, em especial na construção de estradas, auto-estradas, portos,
aeroportos e barragens;
159
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Secção III
Transferências extraordinárias
Artigo 50
(Transferências extraordinárias)
1. Não são permitidas quaisquer transferências extraordinárias sob forma de
subsídios ou comparticipações financeiras por parte do Estado, institutos
públicos ou fundos autónomos a favor das autarquias locais, salvo nos casos
expressamente previstos na lei.
CAPÍTULO IV
SISTEMA TRIBUTÁRIO AUTÁRQUICO
Secção I
Impostos e taxas autárquicas
Subsecção I
Disposições gerais
Artigo 51
(Enumeração)
1. O sistema de impostos e taxas autárquicas compreende:
a) imposto Pessoal Autárquico;
b) imposto Predial Autárquico;
c) imposto Autárquico de Veículos;
d) imposto Autárquico de Sisa;
e) contribuição de Melhorias;
f) taxas por Licenças Concedidas e por Actividade Económica
g) tarifas e Taxas pela Prestação de Serviços.
160
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Subsecção II
Imposto Pessoal Autárquico
Artigo 52
(Incidência)
1. O Imposto Pessoal Autárquico substitui, nas autarquias, o Imposto de
Reconstrução Nacional, e incide sobre todas as pessoas nacionais ou
estrangeiras, residentes na respectiva autarquia, quando tenham entre 18 a 60
anos de idade e para elas se verifiquem as circunstâncias de ocupação, aptidão
para o trabalho.
Artigo 53
(Isenções)
1. São isentos do Imposto Pessoal Autárquico:
a) os indivíduos que, por debilidade, doença ou deformidade física,
estejam temporária ou permanentemente incapacitados de trabalhar;
b) os cidadãos no cumprimento do Serviço Militar Efectivo Normal,
compreendendo o ano da incorporação e o ano da passagem à
disponibilidade;
c) os estudantes que frequentem, em regime de tempo inteiro, curso de
nível médio ou superior, abrangendo o ano em que perde essa qualidade,
até completarem 21 ou 25 anos, respectivamente, consoante se trate do
ensino médio ou superior, incluindo os estudantes moçambicanos no
estrangeiro;
d) os pensionistas do Estado, das autarquias locais, da Segurança Social ou
de outras formas de pensão, quando não tenham outros rendimentos
além das respectiva pensões;
e) os estrangeiros ao serviço do país da respectiva nacionalidade, quando
haja reciprocidade de tratamento.
161
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Artigo 54
(Taxa)
O valor do Imposto Pessoal Autárquico a vigorar anualmente em cada autarquia, é
determinado através da aplicação das taxas abaixo indicadas, conforme a
classificação das autarquias locais, sobre o salário mínimo nacional mais elevado
em vigor em 30 de Junho do ano anterior:
a) 4% para o nível A;
b) 3% para o nível B;
c) 2% para o nível C;
d) 1% para o nível D.
A classficação das cidades foi aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 7/87,
de 25 de Abril, alterada pela Resolução nº 55/2007, de 16 de Outubro.
Subsecção III
Imposto Predial Autárquico
Artigo 55
(Incidência Objectiva)
1. O Imposto Predial Autárquico incide sobre o valor patrimonial dos prédios
urbanos situados no território da respectiva autarquia.
162
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Artigo 56
(Incidência Subjectiva)
1. O imposto incide sobre os titulares do direito de propriedade a 31 de Dezembro
do ano anterior a que o mesmo respeita, presumindo-se como tais as pessoas em
nome de quem os mesmos se encontrem inscritos na matriz predial ou que deles
tenham posse a qualquer título naquela data.
Artigo 57
(Isenções)
1. Ficam isentos do Imposto Predial Autárquico:
a) o Estado;
b) as associações humanitárias e outras entidades que, sem intuito lucrativo,
prossigam no território da autarquia actividades de relevante interesse
público, relativamente aos prédios urbanos afectos à realização desses fins;
c) os Estados estrangeiros, relativamente aos prédios urbanos destinados
exclusivamente à sede da missão diplomática ou consular ou à residência do
chefe da missão diplomática ou do cônsul, quando haja reciprocidade de
tratamento;
d) a própria autarquia e qualquer dos seus serviços, ainda que personalizados,
relativamente aos prédios que integrem o respectivo património.
163
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Artigo 58
(Taxa)
1. As taxas do Imposto Predial Autárquico, são as seguintes:
a) prédios destinados a habitação: 0,4%;
b) prédios destinados a actividades de natureza comercial, industrial ou
para o exercício de actividades profissionais independentes bem como
os detinados a outros fins: 0,7%.
2. Nos casos em que o imóvel esteja destinado a mais de que um fim, o imposto
será calculado na base daquele que tenha a taxa mais gravosa.
Subsecção IV
Imposto Autárquico da SISA
Artigo 59
(Incidência real)
1. Imposto Autárquico da Sisa incide sobre as transmissões, a título oneroso, do
direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre bens
imóveis.
164
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165
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Artigo 60
(Conceito de prédio urbano)
1. Para efeitos deste imposto e sem prejuízo do regime de propriedade da terra,
previsto na Lei de Terras, entende-se por prédio urbano qualquer edifício
incorporado no solo, com os terrenos que lhe sirvam de logradouro.
Artigo 61
(Incidência subjectiva)
O Imposto Autárquico da Sisa é devido pelas pessoas, singulares ou colectivas, a
quem se transmitem os direitos sobre prédios urbanos, sem prejuízo do disposto nas
alíneas seguintes:
a) nos contratos para pessoa a nomear, o imposto é devido pelo contraente
originário, sem prejuízo de os prédios urbanos se considerarem
novamente transmitidos para pessoa nomeada se esta não tiver sido
identificada ou sempre que a transmissão para o contraente originário
tenha beneficiado de isenção;
b) nas situações das alíneas b) e c) do nº 4 do artigo 59, o imposto é devido
pelo primitivo promitente adquirente e por cada um dos sucessivos
promitentes adquirentes, não lhes sendo aplicável qualquer isenção ou
redução de taxa;
c) nos contratos de troca ou permuta de prédios urbanos, qualquer que seja
o título por que se opere, o imposto é devido pelo permutante que receber
os bens de maior valor, entendendo-se como de troca ou permuta o
contrato em que as prestações de ambos os permutantes compreendem
prédios urbanos, ainda que futuros;
d) nos contratos de promessa de troca ou permuta de prédios urbanos com
tradição, apenas para um dos permutantes, o imposto será desde logo
devido pelo adquirente dos bens, como se de compra e venda se tratasse,
sem prejuízo da reforma da liquidação ou da reversão do sujeito passivo,
conforme o que resultar do contrato definitivo, procedendo-se, em caso
de reversão, à anulação do imposto liquidado ao permutante adquirente;
e) nas divisões e partilhas, o imposto é devido pelo adquirente dos prédios
urbanos cujo valor exceda o da sua quota nesses bens;
f) nas sitações previstas na alínea g) do nº 4 do artigo 59, o imposto é devido
pelo procurador ou por quem tiver sido substabelecido, não lhe sendo
aplicável qualquer isenção ou redução de taxa.
166
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Artigo 62
(Isenções)
1. Ficam isentos do Imposto Autárquico da SISA:
a) o Estado;
b) as autarquias locais;
c) as associações ou federações de municípios quanto aos prédios urbanos
destinados, directa e imediatamente, à realização dos seus fins;
d) as instituições de segurança social e bem assim as instituições de
previdência social legalmente reconhecidas quanto aos prédios urbanos
destinados, directa e imediatamente, à realização dos seus fins;
e) as associações de utilidade pública a que se refere a Lei nº 8/91, de 18 de
Julho, devidamente reconhecidas quanto aos prédios urbanos
destinados, directa e imediatamente, à realização dos seus fins
estatutários;
f) os estados estrangeiros pela aquisição de prédios urbanos destinados
exclusivamente à sede da respectiva missão diplomática ou consular ou
à residência do chefe da missão ou do cônsul, desde que haja
reciprocidade de tratamento;
g) as associações humanitárias e outras entidades legalmente reconhecidas
que, sem intuito lucrativo, prossigam no território nacional fins de
assistência social, saúde pública, educação, investigação científica,
culto, cultura, desporto e recreação, caridade e beneficência,
relativamente aos prédios urbanos afectos à realização desses fins;
h) os museus, bibliotecas, escolas, instituições e associações de ensino ou
educação, de cultura científica, literária ou artística e de caridade,
assistência ou beneficência, quanto aos prédios urbanos destinados,
directa ou indirectamente, à realização desses fins;
i) os adquirentes de prédios urbanos para habitação social construídos pelo
Fundo para o Fomento de Habitação, criado pelo Decreto nº 24/95, de 6
de Junho.
Artigo 63
(Base tributária)
1. O Imposto Autárquico da Sisa incide sobre o montante declarado da transmissão
ou do valor patrimonial do prédio urbano, consoante o valor mais elevado, a não
ser que este se afaste do preço normal de mercado.
2. Para a determinação do preço normal de mercado, o Presidente do Conselho
167
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 64
(Taxas)
A taxa do Imposto Autárquico da SISA é de 2% e incide sobre o valor patrimonial
determinado nos termos do artigo 63.
Subsecção V
Imposto Autárquico de Veículos
Artigo 65
(Incidência objectiva)
1. O Imposto Autárquico de Veículos substitui o Imposto sobre Veículos.
168
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Artigo 66
(Incidência subjectiva)
1. São sujeitos passivos do imposto os proprietários dos veículos, quer sejam
pessoas singulares ou colectivas, de direito público ou privado, com domicílio
fiscal na respectiva autarquia, presumindo-se como tais, até prova em contrário,
as pessoas em nome dos quais os mesmos se encontrem matriculados ou
registados.
Artigo 67
(Isenções)
Estão isentos do Imposto Autárquico de Veículos:
a) o Estado e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda
que personalizados;
b) as autarquias locais e suas associações e ou federações de municípios;
c) os Estados Estrangeiros, quando haja reciprocidade de tratamento;
d) o pessoal das missões diplomáticas e consulares nos termos das respectivas
convenções;
e) as organizações estrangeiras ou internacionais, nos termos de acordos
celebrados pelo Estado moçambicano.
169
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 68
(Taxas)
As taxas do Imposto Autárquico de Veículos são as constantes das tabelas seguintes:
Automóveis Ligeiros
Combustível utilizado Movidos a Imposto Anual segundo a antiguidade
electricidade
Gasolina Outros 1º escalão 2º escalão 3º escalão
Grupos Cilindrada Produtos Voltagem total a té 6 anos mais de 6 mais de 12
(centímetros (cilindrada ) anos até 12 anos a té 25
cúbicos) anos anos
A Até 1000 Até 1.500 Até 100 200 MT 100MT 50MT
Mais de 1000 Mais de
B até 1300 1.500 até Mais de 100 400M T 200MT 100MT
2.000
Mais de 1300 Mais de
C até 1750 2000 até -------- 600M T 300MT 150MT
3000
Mais de 1750 Mais de
D até 2600 3000 ---------- 1.600MT 800MT 400MT
Mais de 2600
E até 3500 ---------- ---------- 2.400MT 1.200MT 600MT
170
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Motociclos
Cilindrada Imposto Anual Segundo a Antiguidade do Motociclo
Grupos (centímetros 1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão
cúbicos) Até 5 anos Mais de 5 até 10 anos Ma is de 10 até 15 anos
A Até 50 50MT ------ ------
Mais de 50 até
B 100 75MT 37,50MT -------
Mais de 100 até
C 500 150MT 75MT 37,50MT
Aeronaves
Grupos Peso Máximo Autorizado a Desc olagem (Kg) Imposto Anual
A Até 600 800 MT
B Mais de 600 até 1000 2.400 MT
C Ma is de 1000 até 1400 6.400 MT
D Ma is de 1400 até 1800 11.200 MT
E Ma is de 1800 até 2500 17.600 MT
F Ma is de 2500 até 4200 32.000 MT
G Ma is de 4200 até 5700 64.000 MT
H Mais de 5700 160.000 MT
171
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Barcos de Recreio
Imposto Anual Segundo a Antiguidade do Barco
Barcos de recreio 1º Escalão 2º Escalão
Indica dores Até 15 anos Mais de 15 anos
Tonelagem Por cada Por cada 10 Por cada Por cada 10
de arqueação Potência de tonelada ou HP ou tonelagem HP ou fracção
Grupos bruta propulsão fr acçã o de fr acçã o da ou fracção da potência
(toneladas) (HP) arqueação potência de arqueação total da
bruta total da bruta propulsão
propulsão
A Até 2 Mais de 25 180 MT 100 MT 120 MT 80 MT
Mais de 2 Até 50 230,40 MT 112 MT 147,60 MT 93,60 MT
B até 5 Mais de 50 255,60 MT 123 MT 160,80 MT 93,60 MT
Mais de 5 Até 100 282,60 MT 123 MT 172,80 MT 93,60 MT
C até 10 Mais de 100 333 MT 149 MT 187,20 MT 106,40 MT
Mais de 10 Até 100 345,60 MT 149 MT 199,20 MT 106,40 MT
D até 20 Mais de 100 410,40 MT 174 MT 225,60 MT 118,40 MT
Mais de 20 Até 100 421,20 MT 174 MT 225,60 MT 118,40 MT
E até 50 Mais de 100 484,20 MT 186 MT 252 MT 131,20 MT
Mais de 50 Até 100 498,60 MT 186 MT 265,20 MT 131,20 MT
F Mais de 100 561,60 MT 235 MT 292,80 MT 158,40 MT
172
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Subsecção VI
Contribuição de Melhoria
Artigo 69
(Incidência)
1. A Contribuição de Melhoria é uma contribuição especial devida pela execução
de obras públicas de que resulte valorização imobiliária, tendo como limite total
a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
Artigo 70
(Incidência subjectiva)
O sujeito passivo da Contribuição de Melhoria é o proprietário ou o possuidor a
qualquer título do imóvel beneficiado pela obra.
Artigo 71
(Isenções)
1. Estão isentos da Contribuição de Melhoria:
a) o Estado;
b) a própria autarquia e as associações ou federações de municípios ou
povoações, quando exerçam actividades cujo objecto não vise a
obtenção de lucro, relativamente aos prédios que integrem o seu
património;
c) as associações humanitárias e outras entidades que, sem intuito lucrativo,
prossigam no território da autarquia actividades de relevante interesse
público, relativamente aos prédios urbanos destinados, directa e
173
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 72
(Requisitos)
1. As obras públicas a que se refere o nº 2 do artigo 69 são da iniciativa da
autarquia, podendo também, ser determinadas por iniciativa de pelo menos 2/3
(dois terços) dos proprietários ou possuidores a qualquer título de imóvel
situado na zona de influência da obra a realizar.
2. Nos casos em que a obra seja da iniciativa da autarquia, o plano das obras deve
ter o acordo prévio de pelo menos 2/3 dos proprietários ou possuidores, a
qualquer título, do imóvel a ser beneficiado pela obra.
174
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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Secção II
Outras receitas tributárias
Artigo 73
(Taxas por licenças concedidas e por actividade económica)
1. As autarquias locais podem cobrar taxas por:
a) realização de infra-estruturas e equipamentos simples;
b) concessão de licenças de loteamento, de execução de obras particulares,
de ocupação da via pública por motivo de obras e de utilização de
edifícios;
c) uso e aproveitamento do solo da autarquia;
d) ocupação e aproveitamento do domínio público sob administração da
autarquia e aproveitamento dos bens de utilização pública;
e) prestação de serviços ao público;
f) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras;
g) autorização da venda ambulante nas vias e recintos públicos;
h) aferição e conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição;
i) estacionamento de veículos em parques ou outros locais a esse fim
destinados;
j) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a
propaganda social;
k) utilização de quaisquer instalações destinadas ao conforto, comodidade
ou recreio público;
l) realização de enterros, concessão de terrenos e uso de jazigos, ossários e
de outras instalações em cemitérios mantidos pela autarquia;
m) licenciamento sanitário de instalações;
n) qualquer outra licença da competência das autarquias cuja tramitação
não esteja isenta por lei;
o) registos determinados por lei;
p) comércio por vendedores ambulantes nas ruas ou outros lugares
públicos;
q) comércio em feiras e mercados sem lugar marcado;
r) quaisquer outras actividades de natureza artesanal ou de prestação de
serviços quando exercidos em estabelecimento ou em regime de
indústria doméstica;
s) taxa por actividade económica incluindo o exercício de actividades
turísticas.
175
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 74
(Tarifas e taxas pela prestação de serviços)
1. Aplicam-se tarifas ou taxas de prestação de serviços nos casos em que as
autarquias tenham sob sua administração directa a prestação de determinado
serviço público, e nomeadamente, nos seguintes casos:
a) abastecimento de água e energia eléctrica;
b) recolha, depósito e tratamento de lixo, bem como a ligação, conservação
e tratamento de esgotos;
c) transportes urbanos colectivos de pessoas e mercadorias;
d) utilização de matadouros;
e) manutenção de jardins e mercados;
f) manutenção de vias.
Artigo 75
(Multas)
1. A violação do código de posturas e de regulamentos de natureza genérica e
execução permanente das autarquias constitui transgressão sancionada com
multa.
2. As multas a prever nas posturas e nos regulamentos autárquicos não podem ser
superiores a dez vezes o salário mínimo nacional dos trabalhadores da indústria,
nem exceder o montante das que forem impostas pelo Estado para contra-
ordenação do mesmo tipo.
Artigo 76
(Liquidação e cobrança dos impostos autárquicos)
A liquidação e a cobrança dos impostos e demais tributos autárquicos são realizados
pelos serviços competentes da autarquia.
176
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CAPÍTULO V
CONTABILIDADE AUTÁRQUICA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E
INSPECÇÕES
Artigo 77
(Contabilidade autárquica)
1. A contabilidade autárquica é efectuada de acordo com o Plano Básico de
Contabilidade e tem como objectivo o registo contabilístico, de forma uniforme
e sistematizado, de actos e factos de modo a constituir um instrumento de gestão
económico-financeira e permitir a apreciação e o julgamento da execução
orçamental e patrimonial.
Artigo 78
(Gestão de tesouraria)
1. As receitas e as despesas do orçamento da autarquia são movimentadas através
de um sistema de caixa única, regularmente instituído.
2. A autarquia tem tesouraria própria, pela qual são movimentados os recursos que
lhe forem destinados.
Artigo 79
(Exactores)
1. São sujeitos à prestação de contas os agentes da administração autárquica
responsáveis pela arrecadação ou guarda de quaisquer bens e valores
pertencentes ou confiados à autarquia.
177
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 80
(Tutela inspectiva)
1. Cabe ao Governo fiscalizar a legalidade da gestão financeira e patrimonial das
autarquias locais.
Artigo 81
(Apreciação e julgamento das contas)
1. O Conselho Municipal ou de Povoação deve elaborar e remeter ao Ministro que
superintende a área das Finanças, trimestralmente, até ao último dia útil dos
meses de Abril, Julho, Outubro e Janeiro, de cada ano, o balancete de execução
do orçamento correspondente às receitas, despesas e saldo da execução
orçamental.
178
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Artigo 82
(Exame público e reclamações)
1. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, as contas das autarquias ficam à
disposição dos cidadãos até 31 de Maio de cada ano, para consulta dentro do
horário normal de funcionamento dos serviços, em local de fácil acesso ao
público, no edifício sede da autarquia.
2. A consulta prevista no número anterior pode ser feita por qualquer interessado,
sem dependência de qualquer requerimento, autorização ou despacho.
3. A consulta só pode ser feita no recinto municipal destinado a esse fim, onde deve
haver sempre, pelo menos, três cópias do processo de contas à disposição do
público.
Artigo 83
(Relatório especial de termo do mandato)
1. Até trinta dias antes das eleições autárquicas, o presidente do Conselho
Municipal ou de Povoação deve ter preparado, para entrega ao seu sucessor e
publicidade imediata na forma determinada pela assembleia autárquica, um
relatório detalhado da situação da administração da autarquia, o qual contém
obrigatoriamente, entre outros elementos pertinentes, informação actualizada
sobre:
a) dívidas da autarquia, com a relação dos respectivos credores e dos prazos
e formas de pagamento;
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CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 84
(Capacitação das autarquias)
1. Compete ao Governo criar condições para a transferência de funções
actualmente exercidas por qualquer dos órgãos do Estado para as autarquias
locais.
180
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Artigo 85
(Atribuição de competências ao Governo)
Compete ao Conselho de Ministros proceder à regulamentação da presente Lei no
prazo de 90 dias, após a data da publicação da Lei.
Artigo 86
(Revogação)
1. É revogada a Lei nº 11/97, de 31 de Maio, os artigos 20 a 24 da Lei nº 2/97, de 18
de Fevereiro, e demais legislação que contrarie a presente Lei.
Artigo 87
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação, sendo aplicável na
elaboração e aprovação do Orçamento do Estado para 2008.
181
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182
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Boletim da República,
Iª série nº 52, 13º Suplemento,
de 30 de Dezembro de 2008
Decreto n° 63/2008
de 30 de Dezembro
Publique-se.
183
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CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1
(Âmbito de aplicação)
O presente Código aplica-se aos residentes das Autarquias, sujeitos aos impostos e
taxas autárquicas aprovados pela Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro.
Artigo 2
(Impostos e taxas autárquicas)
1. O Sistema Tributário Autárquico, aprovado pela Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro,
compreende os seguintes impostos e taxas:
a) Imposto Pessoal Autárquico;
b) Imposto Predial Autárquico;
c) Imposto Autárquico de Veículos;
d) Imposto Autárquico de Sisa;
e) Contribuição de Melhorias;
f) Taxas por Licenças Concedidas e por Actividade Económica;
g) Tarifas pela Prestação de Serviços.
CAPÍTULO II
Imposto Pessoal Autárquico
Secção I
Incidência
Artigo 3
(Sujeito passivo)
1. De acordo com a Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, são sujeitos passivos do
Imposto Pessoal Autárquico todas as pessoas nacionais ou estrangeiras,
residentes na respectiva Autarquia, quando tenham entre 18 e 60 anos de idade
e para elas se verifiquem as circunstâncias de ocupação, aptidão para o trabalho
e demais condições estabelecidas neste Capítulo.
184
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Artigo 4
(Início da sujeição a imposto)
1. Os novos residentes na Autarquia ficam sujeitos ao imposto a partir do ano
seguinte àquele em que nela fixarem residência, salvaguardando o disposto no
nº 2 do presente artigo.
3. Não sendo apresentada a prova a que se refere número anterior, será o imposto
correspondente liquidado e cobrado como remisso na Autarquia da residência
actual.
Secção II
Isenções
Artigo 5
(Isenções)
1. Estão isentos do Imposto Pessoal Autárquico, nos termos da Lei nº 1/2008, de 16
de Janeiro:
a) Os indivíduos que, por debilidade, doença ou deformidade física, estejam
temporária ou permanentemente incapacitados de trabalhar;
b) Os cidadãos no cumprimento do Serviço Militar Efectivo Normal,
compreendendo o ano da incoporação e o ano da passagem à
disponibilidade;
c) Os estudantes que frequentem, em regime de tempo inteiro, curso de nível
médio ou superior, abrangendo o ano em que perde essa qualidade, até
completarem 21 ou 25 anos de idade, respectivamente, consoante se trate do
ensino médio ou superior, incluindo os estudantes moçambicanos no
estrangeiro;
d) Os pensionistas do Estado, da Autarquias, da Segurança Social ou de outras
formas de pensão quando não tenham outros rendimentos além das
respectivas pensões;
e) Os estrangeiros ao serviço do país da respectiva nacionalidade, quando haja
reciprocidade de tratamento.
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2. Para o efectivo gozo das isenções previstas no nº1 deste artigo, os interessados
devem requerer o respectivo reconhecimento ao Presidente do Conselho
Municipal ou de Povoação.
Artigo 6
(Isenções excepcionais)
De acordo com o nº2 do artigo 52 da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, compete à
Assembleia Municipal ou de Povoação, mediante proposta do executivo
Autárquico, isentar temporariamente do pagamento do Imposto Pessoal Autárquico
os contribuintes que, devido a calamidades naturais ou outras circunstâncias
excepcionais, não se encontrem em condições de o satisfazer em determinado ano.
Artigo 7
(Certificados de isenção)
1. A pedido dos interessados, o Conselho Municipal ou de Povoação fornece um
certificado de isenção de modelo próprio aos contribuintes isentos, nos termos
dos artigos antecentes.
Secção III
Taxas
Artigo 8
(Taxas)
1. As taxas do Imposto Pessoal Autárquico a vigorar anualmente em cada
Autarquia, fixadas na Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, são as seguintes:
a) 4% para as Autarquias de nível A;
186
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Artigo 9
(Taxas para pagamento em espécie)
Nos casos em que a Assembleia Municipal deliberar que o pagamento do imposto
possa fazer-se em espécie, a correspondente deliberação, a promover nos prazos e
segundo os critérios enunciados no artigo anterior, deve inidicar as correspondentes
equivalências a observar, com expedição dos produtos cuja entrega possa ser aceite
em quitação da obrigação do imposto.
Artigo 10
(Formas de publicação)
Incumbe ao Conselho Municipal ou de Povoação assegurar adequada publicidade
das taxas aprovadas, nomeadamente com afixação de editais nos locais públicos do
costume e publicações no jornal mais lido na respectiva Autarquia.
Secção IV
Lançamento e cobrança
Artigo 11
(Responsabilidade pelo lançamento do imposto e cadastro dos contribuintes)
1. Compete às autoridades administrativas das Autarquias, proceder ao
lançamento do imposto, que é feito por anos civis, tendo por base o cadastro dos
contribuintes residentes na respectiva circunscrição territorial, organizado com
base na reunião dos verbetes a que se refere o artigo 15.
2. O cadastro a que se refer o número anterior deve ser actualizado pelo Conselho
Municipal ou de Povoação.
Artigo 12
(Prazos de pagamento e designação dos agentes locais de cobrança)
1. A cobrança do imposto é feita em cada Autarquia a partir do dia 2 de Janeiro de
cada ano, pelas taxas fixadas para a área em que for pago, encerrando-se em 31
de Dezembro.
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2. Para efeitos do disposto no número anterior, cabe aos presidentes dos Conselhos
Municipais ou de Povoação designar, em ordem de serviço, os agentes
competentes para efectuar a cobrança de imposto, e os correspondentes locais de
pagamento, no território de cada Autarquia.
Artigo 13
(Criação de postos móveis de cobrança)
1. A fim de facilitar as operações de cobrança do imposto, os Conselhos
Municipais ou de Povoação promovem, sempre que possível, a criação de
postos móveis nas respectivas áreas.
Artigo 14
(Formas de participação das comunidades)
1. Cabe aos Conselhos Municipais ou de Povoação promover formas adequadas de
participação da comunidade nas operações de lançamento e cobrança do
imposto, incluindo a celebração de acordos com as entidades empregadoras, nos
casos em que a natureza e a dimensão do centro de trabalho possibilitem ou
recomendem a utilização de mecanismos de retenção na fonte, ou o
estabelecimento de postos móveis de cobrança.
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Artigo 16
(Conhecimentos de cobrança)
1. O pagamento do imposto é efectuado contra a entrega ao contribuinte, ou a
quem o representar, de um conhecimento, conforme o modelo aprovado.
Artigo 17
(Contribuintes remissos)
Sobre as dívidas do imposto que não forem pagas dentro do respectivo ano, acresce-
se ao valor do imposto determinado pela taxa normal, devida em cada Autarquia,
uma taxa de 2%, a título de juros de mora.
Artigo 18
(Exigência da prova de pagamento no ano anterior)
1. Nenhum contribuinte pode efectuar o pagamento do imposto do ano em curso
sem que se mostre pago o imposto do ano anterior.
Secção V
Escrituração e entrega das receitas do imposto
Artigo 19
(Designação de um responsável único)
1. Em cada Autarquia é designado um responsável único que actua como
orientador e fiscal das operações de lançamento e cobrança do imposto na
respectiva área territorial e que fica como exactor perante a Fazenda Nacional,
respondendo pelo valor dos conhecimentos que lhe forem fornecidos e pelos
fundos provenientes da colecta do imposto.
189
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Artigo 20
(Contas de responsabilidade dos exactores)
1. Os serviços competentes da Autarquia organizam, sob superintendência directa
do Presidente do respectivo Conselho Municipal ou de Povoação, contas
correntes, de modelo próprio, relativamente a cada um dos exactores
constituídos nos termos do artigo anterior, os quais respondem perante a
Autarquia e perante a Fazenda Nacional, pelo valor dos conhecimentos que lhes
tiverem sido distribuídos, enquanto não os devolverem ou entregaram as
importâncias que representam.
Artigo 21
(Regras de escrituração)
1. A escrituração do imposto arrecadado em cada um dos locais de cobrança é da
responsabilidade dos respectivos exactores e é feita de harmonia com as
instruções regulamentares em vigor.
190
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Artigo 22
(Mudanças de exactores)
A mudança de exactor implica necessariamente balanço de conferência e transição
dos conhecimentos e demais valores em cofre, sendo uma cópia do balanço
remetida aos serviços de tesouraria da Autarquia, para confronto com o saldo da
respectiva conta corrente e anotação.
Artigo 23
(Conhecimentos na posse dos exactores)
Para efeitos do disposto nos artigos anteriores, o débito efectuado pelo
fornecimento dos conhecimentos nos termos do nº 1 do artigo 32 tem o valor
numerário à ordem do respectivo exactor.
Artigo 24
(Entrega das receitas arrecadadas)
1. Das receitas do imposto arrecadado em cada um dos locais de cobrança
constituídos nos termos do artigo 13 e seguintes, é feita a entrega centralizada,
diária ou semanal, consoante as circunstâncias, na tesouraria da respectiva
Autarquia, até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que a cobrança tiver sido
realizada.
Artigo 25
(Entrega e destruição dos conhecimentos não utilizados)
1. Até 31 de Dezembro de cada ano, no acto da última entrega das receitas
arrecadadas no respectivo ano, é feita devolução dos conhecimentos de
cobrança não utilizados durante o ano, acompanhados de guia em
quadruplicado de modelo próprio.
191
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Artigo 26
(Quitação pelos valores recebidos)
1. O responsável dos serviços de Tesouraria em cada Autarquia faz juntar ao
processo de contas da responsabilidade de cada exactor certificado com a
indicação das importâncias representativas dos conhecimentos recebidos e
devolvidos e das receitas por ele entregues no período a que respeitar a prestação
de contas.
Secção VI
Fiscalização
Artigo 27
(Exigência da prova de pagamento do imposto)
1. É obrigatória a prova do pagamento do Imposto Pessoal Autárquico relativo ao
ano anterior ou da sua isenção sempre que quaisquer autoridades o exijam.
Artigo 29
(Restituição do imposto indevidamente pago)
1. O Imposto Pessoal Autárquico indevidamente pago deve ser total ou
parcialmente restituído no prazo de cinco anos que se seguirem ao da cobrança,
oficiosamente ou a pedido dos interessados.
192
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Artigo 30
(Instrução e encaminhamento do pedido de restituição)
1. A restituição do imposto indevidamente pago pode ser solicitada, por escrito ou
verbalmente, nos serviços competentes da Autarquia, com apresentação de
certificado de isenção, conhecimentos, declarações, ou qualquer outro
documento que possa comprovar o pagamento indevido.
Artigo 31
(Obrigatoriedade de participação dos pagamentos indevidos)
1. Os funcionários competentes para executar a cobrança do imposto devem
participar os pagamentos indevidos que oficiosamente chegaram ao seu
conhecimento, promovendo a restituição pelas formalidades fixadas no artigo
anterior.
193
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Secção VIII
Disposições diversas
Artigo 32
(Conhecimento de cobrança)
1. Os conhecimentos de cobrança do imposto são fornecidos às entidades
responsáveis pelas operações de lançamento e cobrança em cadernetas de cem
exemplares, de cores diferentes para cada ano, intercalados com folhas que
constituem, por meio de decalque, duplicado para arquivo, mediante requisição
de modelo próprio.
Artigo 33
(Especial responsabilidade do presidente do Conselho Municipal ou de
Povoação)
1. Cabe especialmente ao Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação
assegurar que a produção das cadernetas de conhecimento de cobrança do
imposto tenha lugar em condições de segurança adequadas e em tempo
oportuno de modo a não atrasar as operações de lançamento do imposto a partir
de 2 de Janeiro de cada ano, nos termos previstos no artigo 12.
Artigo 34
(Afectação de receitas para remuneração)
É autorizado ao Conselho Municipal ou de povoação a fixar a percentagem do
imposto arrecadado, não podendo a mesma exceder 10% da respectiva colecta,
destinada a remunerar os funcionários ou agentes que participem nas actividades de
lançamento e cobrança do imposto, estabelecendo os respectivos critérios.
194
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Capítulo III
Imposto Predial Autárquico
Secção I
Incidência
Artigo 35
(Incidência objectiva)
1. De acordo com a Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, o Imposto Predial Autárquico
incide sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos situados no território da
respectiva autarquia.
Artigo 36
(Incidência subjectiva)
1. De acordo com a Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, o Imposto Predial Autárquico
incide sobre os titulares do direito de propriedade a 31 de Dezembro do ano
anterior a que o mesmo respeita, presumindo-se como tais as pessoas em nome
de quem os mesmos se encontrem inscritos na matriz predial ou que deles
tenham posse a qualquer título naquela data.
195
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Artigo 37
(Classificação dos prédios sujeitos a impostos)
1. Para efeitos de avaliação e graduação das taxas do imposto, os prédios sujeitos
ao Imposto Predial Autárquico classificam-se em:
a) Habitacionais;
b) Comerciais, industriais ou para o exercício de actividades profissionais
independentes, bem como os destinados a outros fins.
Artigo 38
(Início da sujeição)
O Imposto Predial Autárquico aplica-se aos prédios urbanos, conforme definido no
artigo 60 da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, e é devido pelos seus proprietários a
partir:
a) Do ano de conclusão das obras de edificação, se ocorrer até 30 de Junho;
b) Do ano de conclusão de melhoramentos dos edifícios ou de outras
alterações que hajam determinado a variação do valor tributário do prédio,
ou da respectiva classificação, quando qualquer destes factos tenha ocorrido
até 30 de Junho;
c) Do ano seguinte à verificação dos factos descritos nas alíneas anteriores,
quando estes se tenham verificado posteriormente a 30 de Junho;
d) Do ano seguinte ao termo da situação de isenção, quando seja o caso.
Artigo 39
(Data da conclusão dos prédios urbanos)
1. Os prédios urbanos presumem-se concluídos ou modificados na mais antiga das
seguintes datas:
a) De concessão da licença de habitação ou utilização exigível;
b) De apresentação da declaração para inscrição na matriz;
c) De verificação da utilização do prédio, desde que a título não precário;
d) Em que se tenha tornado possível a normal utilização do prédio para os fins a
que se destina.
196
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Secção II
Isenções
Artigo 40
(Isenções)
1. Estão isentos do Imposto Predial Autárquico, nos termos da Lei nº 1/2008, de 16
de Janeiro:
a) O Estado;
b) As associações humanitárias e outras entidades que, sem intuito lucrativo,
prossigam no território da Autarquia actividades de relevante interesse
público, relativamente aos prédios urbanos afectos à realização desses fins;
c) Os Estados estrangeiros, relativamente aos prédios urbanos destinados
exclusivamente à sede da missão diplomática ou do cônsul, quando haja
reciprocidade de tratamento;
d) A própria Autarquia e qualquer dos seus serviços, ainda que personalizados,
relativamente aos prédios que integrem o respectivo património.
Artigo 41
(Competências para reconhecimento)
1. Compete ao Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação o
reconhecimento das isenções previstas nas alíneas b) e c) do artigo anterior,
mediante requerimento dos interessados, devidamente fundamentado.
197
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Artigo 42
(Cessação da isenção)
As isenções previstas no artigo 40 cessam no próprio ano em que deixem as
circunstâncias que determinaram a respectiva concessão nomeadamente, quando o
prédio ou parte do prédio venha a ser afecto a fins diferentes dos originalmente
previstos.
Secção III
Determinação do valor colectável
Artigo 43
(Valor tributável)
1. A base de tributação dos prédios urbanos sujeitos a Imposto Predial Autárquico
é o respectivo valor patrimonial constante das matrizes prediais e na sua falta o
declarado pelo proprietário nas condições estabelecidas no nº 2 do artigo 35.
Secção IV
Taxas
Artigo 44
(Taxa)
1. As taxas do Imposto Predial Autárquico, fixadas na Lei nº 1/2008, de 16 de
Janeiro, que se aplicam ao valor patrimonial determinado nos termos do artigo
43, são as seguintes:
a) 0,4%, quando se trate de prédios destinados à habitação;
b) 0,7%, quando se trate de prédios destinados a actividades de natureza
comercial, industrial ou para exercício de actividades profissionais
independentes, bem como para os destinados a outros fins.
2. Nos casos em que o imóvel esteja destinado a mais de que um fim, o imposto é
calculado na base daquele que tenha a taxa mais gravosa.
Secção V
Liquidação
Artigo 45
(Competência para a liquidação)
O Imposto Predial Autárquico é anualmente liquidade, pelo respectivo Conselho
Municipal ou de Povoação, com base nos valores, constantes das matrizes prediais
em 31 de Dezembro do ano a que a mesma respeita.
198
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Artigo 46
(Transmissão de prédios em processo judicial)
1. Quando haja lugar a transmissão por venda judicial ou administrativa, de
prédios urbanos, o respectivo Presidente do Conselho Municipal ou de
Povoação, da situação dos mesmos, deve proceder à liquidação do imposto
devido pelo executado e remeter certidão do seu quantitativo, no prazo de dez
dias, a contar da data da solicitação do juiz da execução, com vista à graduação
de créditos.
Artigo 47
(Prédios demolidos ou expropriados)
No caso de demolição ou expropriação de prédios urbanos, o Imposto Predial
Autárquico relativo ao ano em curso é liquidado com referência aos meses
decorridos até ao início da demolição ou até à data da expropriação.
Artigo 48
(Prédios novos)
1. Relativamente aos prédios novos, o imposto liquida-se a partir do mês em que
haja terminado a isenção temporária, caso tenha sido concedida.
Artigo 49
(Prédios omissos na matriz)
Quando a avaliação de prédio omisso se torne definitiva, liquida-se o imposto por
todo o tempo durante o qual a omissão se tenha verficado, com o limite máximo dos
cinco anos civis imediatamente anteriores ao do lançamento.
199
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Artigo 50
(Modificações e beneficiações)
O valor patrimonial que acrescer em virtude de alteração em prédios já inscritos é
colectado pelo imposto que lhe corresponda, desde o mês em que o aumento se
verifique.
Artigo 51
(Revisão oficiosa da liquidação)
As liquidações são oficiosamente revistas:
a) Quando, por atraso na actualização das matrizes prediais, o imposto
tenha sido liquidado por valor diverso do legalmente devido, ou em
nome de outrem que não o respectivo sujeito passivo;
b) Em resultado de nova avaliação;
c) Quando tenha havido erro de que haja resultado colecta de montante
diferente do legalmente exigido.
Artigo 52
(Caducidade do direito à liquidação)
1. Só podem ser efectuadas ou corrigidas liquidações, ainda que adicionais, nos
cinco anos seguintes àquele a que o imposto respeitar.
Artigo 53
(Documentos de cobrança)
1. Os serviços competentes da Autarquia devem proceder à liquidação do Imposto
Predial Autárquico em verbetes de lançamento ou outros elementos
substitutivos, adoptando os procedimentos necessários para que a cobrança se
efectue dentro dos prazos previstos na lei.
200
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Secção VI
Cobrança
Artigo 54
(Entrega dos conhecimentos e expedição dos avisos de pagamento)
Os conhecimentos de cobrança serão entregues ao recebedor até ao dia 25 de
Novembro de cada ano, devendo expedir-se durante o mês de Dezembro do mesmo
ano, os avisos para pagamento à boca do cofre.
Artigo 55
(Datas de pagamento)
1. O Imposto Predial Autárquico deve ser pago em duas prestações iguais, com
vencimento em Janeiro e Junho respectivamente, salvaguardando o disposto no
número seguinte.
2. As prestações resultantes não podem ser inferiores a 200,00MT, devendo as
colectas até 400,00MT ser pagas de uma só vez, no mês de Janeiro.
3. Pelo não pagamento do imposto dentro dos prazos fixados são devidos juros de
mora correspondentes à taxa interbancária (Maibor-12 meses) acrescida de 3
pontos percentuais.
Artigo 56
(Transmissão de propriedade, demolições e expropriações)
Verificando-se transmissão contratual da propriedade, e bem assim nos casos de
demolição ou expropriação a que se refere o artigo 47, o Imposto Predial Autárquico
é liquidado para cobrança eventual a efectuar-se de uma só vez, nos seguintes
prazos:
a) Até ao fim do mês posterior ao pagamento da Sisa ou da celebração da
escritura, nas transmissões contratuais de propriedade imobiliária;
b) Nos trinta dias subsequentes àquele em que tiverem início os trabalhos,
tratando-se de demolição;
c) Antes da indemnização ter sido paga, em caso de expropriação.
Artigo 57
(Prédios novos ou omissos, modificações e beneficiações)
As colectas liquidadas nos termos dos artigos 49 e 50 são cobradas aquando do
primeiro lançamento do imposto que se efectuar depois de inscritos na matriz
predial os prédios novos ou omissos ou se nela se averbarem os aumentos de
rendimento.
Artigo 58
(Substituição legal)
1. Se for instaurada execução contra o arrendatário, subarrendatário ou sublocador,
para cobrança do Imposto Predial Autárquico, e este não se mostrar pago no fim
201
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do prazo da citação, o processo não deve prosseguir sem que ao proprietário seja
dado conhecimento da excecução em curso, podendo ele substituir-se ao
executado no respectivo pagamento.
Secção VII
Fiscalização
Artigo 59
(Poderes de fiscalização)
O cumprimento das obrigações relativas ao Imposto Predial Autárquico é
assegurado, em geral, pela aplicação das normas constantes da Lei nº 2/2006, de 22
de Março.
Artigo 60
(Entidades públicas)
1. As entidades públicas ou que desempenhem funções públicas que intervenham
em actos relativos à constituição, transmissão, registo ou litígios de direitos
sobre prédios devem exigir a exibição de documento comprovativo da inscrição
do prédio na matriz ou, sendo omisso, de que foi apresentada a declaração para
inscrição.
Artigo 61
(Entidades fornecedoras de água, energia e telecomunicações)
As entidades fornecedoras de água, energia e telecomunicações não podem efectuar
quaisquer ligações sem que pelo requerente seja entregue uma declaração, em
impresso próprio a ser fornecido pelo Conselho Municipal ou de Povoação, na qual
se identifica o prédio, fracção ou parte, o respectivo proprietário ou usufrutuário, se
declara a situação de inscrição ou omissão do prédio na matriz predial e o título de
ocupação do requerente.
202
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Secção VIII
Garantias dos contribuintes
Artigo 62
(Reclamação das matrizes)
1. Os sujeitos passivos do Imposto Predial Autárquico, para além das garantias da
legalidade previstas na Lei nº 2/2006, de 22 de Março, sendo titulares de um
interesse directo, pessoal e legítimo, podem consultar ou obter documento
comprovativo dos elementos constantes das inscrições matriciais.
Secção IX
Sanções
Artigo 63
Os proprietários ou usufrutuários de prédios urbanos que se encontram omissos nas
matrizes por falta de comunicação e apresentação das declarações, para efeitos da
respectiva inscirção, incorrem em multa igual ao dobro do Imposto Predial
Autárquico a liquidar em tais circunstâncias, nos termos do artigo 49 deste Código,
ressalvas as situações de isenção previstas no nº3 do artigo 57, da Lei nº 1/2008, de
16 de Janeiro.
CAPÍTULO IV
Imposto Autárquico de Veículos
Secção I
Incidência
Artigo 64
(Veículos sujeitos a imposto)
1. De acordo com a Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, o Imposto Autárquico de
Veículos incide sobre o uso e fruição dos veículos a seguir mencionados,
matriculados ou registados nos serviços competentes no território
moçambicano, ou independentemente de registo ou matrícula, logo que
decorridos cento e oitenta dias a contar da sua entrada no mesmo território,
venham a circular ou a ser usados em condições normais da sua utilização:
a) Automóveis ligeiros e automóveis pesados de antiguidade menor ou
igual a vinte e cinco anos;
b) Motociclos de passageiros com ou sem carro de antiguidade menor ou
igual a quinze anos;
c) Aeronaves com motor de uso particular;
d) Barcos de recreio com motor de uso particular.
203
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2. A matrícula ou o registo a que se refere o nº1 é o que, conforme o caso, deve ser
efectuado nos serviços competentes de viação, aviação civil ou de marinha
mercante.
Artigo 65
(Anualidade do Imposto)
O Imposto Autárquico de veículos é devido por interio em cada ano civil.
Artigo 66
(Incidência subjectiva)
1. São sujeitos passivos, nos termos da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, os
proprietários dos veículos, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, de
direito público ou privado, residentes na respectiva Autarquia, presumindo-se
como tais, até prova em contrário, as pessoas em nome dos quais os mesmos se
encontrem matriculados ou registados.
Artigo 67
(Critérios para a determinação do imposto)
O Imposto Autárquico de Veículos é determinado na base dos seguintes critérios:
a) Para automóveis ligeiros – o combustível utilizado, a cilindrada do motor, a
potência, a voltagem e a antiguidade;
b) Para automóveis pesados – a capacidade e carga ou lotação de passageiros,
segundo se trate de automóveis pesados de carga ou de passageiros e a
antiguidade;
c) Para motociclos – a cilindrada do motor e a antiguidade;
d) Para aeronaves – o peso máximo autorizado à descolagem;
e) Para barcos de recreio – a propulsão a partir de 25 (HP), a tonelagem de
arqueação bruta e a antiguidade.
204
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Secção II
Isenções
Artigo 68
(Isenções)
As isenções do Imposto Autárquico de Veículos estebecidas na Lei nº 1/2008, de 16
de Janeiro, são as seguintes:
a) Os veículos a que se refere o nº 1 do artigo 64 deste Código, que sejam
propriedade do Estado e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e
organismos, ainda que personalizados;
b) Os veículos a que se refere o nº 1 do artigo 64 deste Código, que sejam
propriedade das Autarquias e suas associações e/ou federações de
municípios;
c) Os veículos a que se refere o nº 1 do artigo 64 deste Código, que sejam
propriedade dos Estados estrangeiros, quando haja reciprocidade de
tratamento;
d) Os veículos a que se refere o nº 1 do artigo 64 deste Código, pertencentes ao
pessoal das missões diplomáticas e consulares nos termos das respectivas
convenções;
e) Os veículos a que se refere o nº 1 do artigo 64 deste Código, que sejam
propriedade das organizações estrangeiras ou internacionais, nos termos de
acordos celebrados pelo Estado moçambicano.
Artigo 69
(Formalidades)
1. Por cada veículo propriedade das entidades isentas nos termos do artigo anterior,
é concedido um dístico modelo nº 2 ou título de isenção modelo nº 2, conforme
os casos.
205
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Secção III
Taxas
Artigo 70
(Taxas do imposto)
1. As taxas do Imposto Autárquico de Veículos são as constantes das tabelas do
artigo 68 da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, anexas a este Código.
Secção IV
Cobrança
Artigo 71
(Prazos e condições de cobrança)
1. O Imposto Autárquico de Veículos é pago de Janeiro a Março de cada ano ou
quando começar o uso ou fruição do veículo, se este facto ocorrer
posteriormente nos termos seguintes:
a) Relativamente a automóveis ligeiros e pesados e motociclos – por meio de
guia modelo I, sendo atribuído ao contribuinte o correspodente dístico
modelo I;
b) Relativamente a aeronaves e barcos de recreio – mediante guia modelo I.
206
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Artigo 72
(Prova de pagamento e residência)
1. A prova de pagamento do imposto devido pelos atuomóveis ligeiros e pesados e
motociclos é feita através de guias de pagamento a que se refere o artigo 71 e o
correpondente dístico, quando exigida pelas entidades competentes para a
fiscalização.
Artigo 73
(Local de pagamento do imposto)
1. O Imposto Autárquico de Veículos é pago nos Conselhos Municipais ou de
Povoação da área da residência ou sede do sujeito passivo.
Secção V
Fiscalização
Artigo 74
(Competência para a fiscalização)
O cumprimento das obrigações impostas neste código e relativas ao Imposto
Autárquico de Veículos é fiscalizado, em geral e dentro dos limites da respectiva
competência, por todas as autoridades e, em especial, pelo Conselho Municipal ou
de Povoação, bem como pelos Serviços de Viação, Polícia de Trânsito, Registo de
Automóveis, Administração Marítima e Aviação Civil.
Artigo 75
(Local de afixação ou colocação dos dísticos modelos nºs 1 e 2)
Os dísticos nºs 1 e 2 são afixados com o rosto para o exterior:
a) Nos automóveis ligeiros e pesados – no canto superior do pára-brisas do
lado oposto ao do volante e bem visível do exterior;
b) Nos motociclos - à frente, do lado direito, em lugar visível e preservados da
humidade, devendo, para o efeito, ser utilizados suportes apropriados.
207
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Artigo 76
(Documentos de que o condutor deve ser portador)
O condutor de veículos sujeitos a imposto, mesmo quando dele isentos, com
excepção daqueles em relação aos quais não se optou por solicitar o reconhecimento
da isenção e dos referidos no nº 2 do artigo 69, é obrigatoriamente portador,
conforme o caso da guia de pagamento do imposto, do título de isenção e/ou, sendo
caso disso, do documento comprovativo da aquisição do veículo, na hipótese
referida no nº 2 do artigo 71, documentos que devem ser exibidos sempre que lhe
sejam solicitados por qualquer das entidades mencionadas no nº 1 do artigo 74.
Artigo 77
(Manutenção dos certificados de navegabilidade)
Os elementos comprovativos do pagamento do imposto ou da sua isenção, a que se
referem os artigos 75 e 76, respeitantes ao ano anterior, devem ser mantidos nas
condições estabelecidas nesta secção até à data do cumprimento das
correspondentes obrigações do próprio ano.
Artigo 78
(Revalidação dos certificados de navegabilidade)
1. Os pedidos de revalidadação dos certificados de navegabilidade de aeronaves ou
de barcos de recreio não podem ter seguimento sem que seja exibido à respectiva
entidade o documento comprovativo do pagamento ou da isenção do imposto
relativo ao ano em que o pedido for apresentado.
Secção VI
Penalidades
Artigo 79
(Graduação das penas)
As trangressões ao Imposto Autárquico de Veículos são punidas nos termos do
artigos seguintes, devendo a gradução das penas, quando a isso houver lugar, fazer-
se de harmonia com a gravidade da culpa, a importância do imposto a pagar e as
demais circunstâncias.
Artigo 80
(Pagamento do imposto fora do prazo e utilização do veículo sem
pagamento)
1. O pagamento do imposto fora do prazo previsto no artigo 71 é punido com
208
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Artigo 81
(Falta de aposição dos dísticos no local obrigatório)
A falta de aposição dos dísticos nos termos do artigo 75, é punida com a multa de
250,00MT.
Artigo 82
(Aposição de dísticos em veículo diferente daquele a que respeita)
A aposição de dísticos em veículo diferente daquele a que respeitam é punida com
multa igual a cinco vezes o imposto em falta correspondente ao veículo, nunca
inferior a 800,00MT, sem prejuízo do procedimento criminal que ao caso couber.
Artigo 83
(Falsificação ou viciação de documentos comprovativos)
A fasificação ou viciação de qualquer dístico, guia de pagamento ou título de
isenção, é punida com multa de 2.500,00MT a 50.000,00MT, sem prejuízo do
procedimento criminal que ao caso couber.
Artigo 84
(Falta de apresentação dos documentos)
1. A falta de apresentação dos documentos referidos no artigo 76, quando o
condutor declare encontrar-se com a situação tributária do veículo devidamente
regularizada, é punida com multa de 250,00MT, desde que os documentos
venham a ser exibidos dentro de 5 dias úteis, a contar da data da autuação,
perante o Conselho Municipal ou de Povoação competente para a instrução do
processo.
209
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Artigo 85
(Outras infrações)
Pelo não cumprimento de qualquer das obrigações previstas neste imposto não
especialmente sancionado nos artigo anteriores, é aplicada multa graduada entre
250,00MT e 1.500,00MT.
Artigo 86
(Inobservância do disposto no artigo 77)
A inobservância do disposto no artigo 77 é punida consoante os casos, nos termos
dos artigos 80 e seguintes.
Artigo 87
(Apreensão do veículo e respectiva documentação)
1. Independentemente das sanções previstas no nº 1 do artigo 80, e os artigos 81 e
82, a falta de pagamento do imposto devido implica a imediata apreensão da
documentação do veículo, sem prejuízo do pagamento de quaisquer outros
impostos respeitantes ao mesmo veículo.
210
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Artigo 88
(Arguido que não é proprietário do veículo)
Provado, no decorrer do processo de transgressão, que o arguido não é proprietário
de veículo, o procedimento para a cobrança do imposto e da multa, prossegue no
mesmo processo contra o verdadeiro proprietário.
Artigo 89
(Infracção cometida por pessoa colectiva)
1. Sendo infractor uma pessoa colectiva, respondem pelo pagamento da multa,
solidariamente com aquela:
a) Os sócios ou membros de sociedades de responsabilidade ilimitada;
b) Os sócios que controlem, directa ou indirectamente, as decisões de gestão da
sociedade;
c) Os administrados ou gerentes, das sociedades de responsabilidade limitada.
Artigo 90
(Responsabilidade pelas infracções no caso de entidades isentas)
1. Tratando-se de veículos pertencentes a entidades a que a lei reconhece o direito
do imposto, são considerados pessoalmente responsáveis pelas infracções
imputáveis ao proprietário e ainda pela multa eventualmente devida, os
administradores, chefes ou outros dirigentes dos serviços a que os veículos
estejam afectos.
211
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Artigo 91
(Extinção do procedimento para aplicação da multa)
Se o processo de transgressão em que houver também de ser liquidado imposto
estiver parado durante cinco anos, fica extinto o procedimento para aplicação da
multa, prosseguindo, no entanto, para arrecadação do imposto devido.
Artigo 92
(Condições em que a mesma infracção não pode ser objecto de nova
autuação)
1. Levantado o auto de notícia pela verificação de qualquer infracção, é entregue
ao autuado uma nota com a indicação do levantamento do auto e da falta
verificada.
Secção VIII
Disposições diversas
Artigo 93
(Extravio, furto ou inutilização de títulos de isenção ou de guias de
pagamento)
Quando se verifique extravio, furto ou inutilização de títulos de isenção ou de guias
de pagamento, a que se referem os artigos 69, 71 e o nº 1 do artigo 72, pode ser
passada, a requerimento do proprietário do veículo, certidão comprovativa da
concessão da isenção ou do pagamento do imposto, a qual se substitui para todos os
efeitos o documento respectivo
212
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CAPÍTULO V
Imposto Autárquico da Sisa
Secção I
Incidência
Artigo 94
(Incidência real)
1. O Imposto Autárquico da Sisa substitui nas Autarquias a Sisa e de acordo com a
Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, incide sobre as transmissões, a título oneroso,
do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre bens
imóveis, considerados para o efeito, os prédios urbanos situados em território
nacional.
213
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Artigo 95
(Facto gerador)
1. A incidência do Imposto Autárquico da Sisa regula-se pela legislação em vigor
ao tempo em que se constituir a obrigação tributária.
Artigo 96
(Incidência subjectiva)
1. São sujeitos passivos do Imposto Autárquico da Sisa, nos termos da Lei nº
1/2008, de 16 de Janeiro, as pessoas singulares ou colectivas, a quem se
transmitem os direitos sobre prédios urbanos, sem prejuízo do disposto nas
alíneas seguintes:
a) Nos contratos para pessoa a nomear, o imposto é devido pelo contraente
originário, sem prejuízo de os prédios urbanos se considerarem novamente
transmitidos para a pessoa nomeada se esta não tiver sido identificada ou
sempre que a transmissão para o contraente originário tenha beneficiado de
214
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isenção;
b) Nas situações das alíneas b) e c) do nº 3 do artigo 94, o imposto é devido pelo
primeiro promitente adquirente e por cada um dos sucessivos promitentes
adquirentes, não lhes sendo aplicável qualquer isenção ou redução de taxa;
c) Nos contratos de troca ou permuta de prédios urbanos, qualquer que seja o
título por que se opere, o imposto é devido pelo permutante que receber os
bens de maior valor, entendendo-se como de troca ou permuta o contrato em
que as prestações de ambos os permutantes compreendem prédios urbanos,
ainda que futuros;
d) Nos contratos de promessa de troca ou permuta de prédios urbanos, com
tradição, apenas para um dos permutantes, o imposto será desde logo devido
pelo adquirente dos bens, como se de compra e venda se tratasse, sem
prejuízo da reforma da liquidação ou da reversão do sujeito passivo,
conforme o que resultar de contrato definitivo, procedendo-se, em caso de
reversão, à anulação do imposto liquidado ao permutante adquirente;
e) Nas divisões e partilhas, o imposto é devido pelo adquirente dos prédios
urbanos cujo valor exceda o da sua quota nesses bens;
f) Nas situações previstas na alínea g) do nº 3 do artigo 94, o imposto é devido
pelo procurador ou por quem tiver sido substabelecido, não lhe sendo
aplicável qualquer isenção ou redução de taxa.
Secção II
Isenções
Artigo 97
(Isenções)
1. A Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, isenta de Imposto Autárquico da Sisa os actos
de transmissão do direito de propriedade ou figuras parcelares desse direito,
sobre os prédios urbanos a favor:
a) Do Estado;
b) Das Autarquias;
c) Das associações ou federações de municípios quanto aos prédios urbanos
destinados, directa e imediatamente, à realização dos seus fins;
d) Das instituições de segurança social e bem assim as instituições de
previdência social legalmente reconhecidas quanto aos prédios urbanos
destinados, directa e imediatamente, à realização dos seus fins;
e) Das associações de utilidade pública a que se refere a Lei nº 8/91, de 18 de
Julho, devidamente reconhecidas quanto aos prédios urbanos destinados,
directa e imediatamente, à realização dos seus fins estatutários;
f) Dos Estados Estrangeiros pela aquisição de prédios urbanos destinados
exclusivamente à sede da respectiva missão diplomática ou consular ou à
residência do chefe da missão ou do cônsul, desde que haja reciprocidade de
tratamento;
215
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2. De acordo com a Lei referida no número anterior ficam ainda isentas deste
imposto:
a) A remissão nas execuções judiciais e nas fiscais administrativas, de prédios
urbanos, quando feitas pelo próprio executado;
b) As transmissões de prédios urbanos por fusão ou cisão de sociedades
comerciais.
Artigo 98
(Reconhecimento das isenções)
1. As isenções previstas nas alíneas a) e b) do nº 1 e alínea a) do nº 2 do artigo 97,
são de reconhecimento automático, competindo à entidade que intervier na
celebração do acto ou do contrato a sua verificação e declaração.
216
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Secção III
Determinação da matéria colectável
Artigo 99
(Valor tributável)
1. Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, constitui valor tributável para
efeitos do Imposto Autárquico da Sisa o montante declarado da transmissão ou
do valor patrimonial do prédio urbano, consoante o valor mais elevado, a não ser
que este se afaste do preço normal de mercado.
Artigo 100
(Regras especiais)
1. O disposto no artigo anterior entende-se, porém, sem prejuízo das seguintes
regras:
a) Quando qualquer dos co-proprietários ou quinhoeiros alienar o seu direito, o
imposto é liquidado pela parte do valor patrimonial tributário que lhe
corresponder ou pelo valor constante do acto ou do contrato, consoante o que
for maior;
b) Nas permutas de prédios urbanos, toma-se para base da liquidação a
diferença declarada de valores, quando superior à diferença entre os valores
patrimoniais tributários;
c) Nas transmissões por meio de dação em cumprimento, o imposto é calculado
sobre o valor patrimonial tributário, ou sobre a importância da dívida que for
paga com os prédios urbanos transmitidos, se for superior;
d) Quando a transmissão se efectuar por meio de renúncia ou cedência, o
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Artigo 101
(Valor representado em moeda estrangeira)
1. Sempre que os elementos necessários à determinação do valor tributável sejam
expressos em moeda diferente da moeda nacional, as taxas de câmbio a utilizar
são as taxas médias de venda, publicadas pelo Banco de Moçambique, na data
da constituição da obrigação tributária.
Secção IV
Taxas
Artigo 102
(Taxas)
A taxa do Imposto Autárquico da Sisa estabelecida no artigo 64 da Lei nº 1/2008, de
16 de Janeiro, é de 2% e incide sobre o valor patrimonial determinado nos termos da
secção anteior.
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Artigo 103
(Aplicação temporal das taxas)
O imposto é liquidado pelas taxas em vigor ao tempo da transmissão dos prédios
urbanos.
Secção V
Liquidação
Artigo 104
(Iniciativa da liquidação)
1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a liquidação do Imposto
Autárquico da Sisa é de iniciativa dos sujeitos passivos, para cujo efeito devem
apresentar uma declaração de modelo oficial, devidamente preenchida.
Artigo 105
(Conteúdo da declaração)
1. A declaração a que se faz referência no nº 1 do artigo 104 deve conter, entre
outros os seguintes elementos:
a) A identificação do sujeito passivo;
b) A identificação do imóvel e o valor da transmissão;
c) A forma de transmissão, juntando cópia do respectivo documento nos casos
previstos nas alíneas b) e c) do nº 4 do artigo 94;
d) Os demais esclarecimentos indispensáveis à liquidação do imposto.
220
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Artigo 106
(Competência para a liquidação)
1. O Imposto Autárquico da Sisa é liquidado pelos serviços competentes do
Conselho Municipal ou de Povoação, com base na declaração do sujeito passivo
ou oficiosamente, considerando-se, para todos os efeitos legais, o acto tributário
praticado no serviço de finanças da área da situação dos prédios urbanos.
Artigo 107
(Momento da liquidação)
1. A liquidação do Imposto Autárquico da Sisa precede o acto ou facto da
transmissão dos prédios urbanos, ainda que a mesma esteja subordinada a
condição suspensiva, haja reserva de propriedade, bem como nos casos de
contrato para pessoa a nomear.
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5. Não se realizando dentro de dois anos o acto ou o facto translativo por que se
pagou a Sisa, fica sem efeito a liquidação.
Artigo 108
(Liquidação com base em documentos oficiais)
Nas transmissões operadas por divisão, partilha, arrematação, venda judicial ou
administrativa, adjudicação, transacção ou conciliação, servem de base à liquidação
os correspondentes instrumentos legais.
Artigo 109
(Direito de preferência)
1. Se, por exercício judicial de direito de preferência, houver substituição de
adquirentes, só se liquida imposto ao preferente se o que lhe competir for
diverso do liquidado ao preferido, arrecadando-se ou anulando-se a diferença.
Artigo 110
(Contratos para pessoas a nomear)
1. Nos contratos para pessoa a nomear, o contraente originário, seu representante
ou gestor de negócios pode apresentar no serviço competente do Conselho
Municipal ou de Povoação que procedeu à liquidação do imposto, para os
efeitos previstos na alínea a) do nº 4 do artigo 94, até cinco dias após a
celebração do contrato, declaração, por escrito, contendo todos os elementos
necessários para a completa identificação do terceiro para quem contratou,
ainda que se trate de pessoa colectiva em constituição, desde que seja indicada a
sua denominação social ou designação e o nome dos respectivos fundadores ou
organizadores.
222
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Artigo 111
(Alienação de quinhão hereditário)
1. Nas alienações de quinhão hereditário, quando não se conheça a quota do co-
herdeiro alienante, o Imposto Autárquico da Sisa é calculada sobre o valor
constante do contrato em relação aos prédios urbanos, devendo proceder-se à
correcção da liquidação logo que se determine a quota-parte dos prédios
urbanos respeitantes ao co-herdeiro.
2. A partilha não pode efectuar-se sem que, sendo caso disso, a liquidação esteja
corrigida.
Artigo 112
(Transmissão de fracção de prédio)
Se se transmitir parte de prédio ou fracção, o imposto é liquidado sobre o valor
constante do acto ou do contrato, procedendo-se seguidamente, sempre que for
necessário para se apurar o valor correspondente à parte transmitida, à
discriminação do valor patrimonial tributário de todo o prédio, segundo o critério
do preço normal de mercado, corrigindo-se a liquidação, sendo caso disso.
Artigo 113
(Mudança nos possuidores de prédios urbanos)
1. Sempre que ocorra mudança nos possuidores de prédios urbanos sem que tenha
sido pago o respectivo Imposto Autárquico da Sisa, são notificados os novos
possuidores para apresentarem, dentro de 30 dias, os títulos da sua posse.
Artigo 114
(Liquidação adicional)
1. O serviço competente do Conselho Municipal ou de Povoação, deve proceder a
liquidação adicional quando:
223
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Artigo 115
(Limites mínimos)
Não se efectua qualquer liquidação ainda que adicional quando dela resulte
importância inferior a 100,00MT por cada documento de cobrança a processar.
Secção VI
Pagamento
Artigo 116
(Prazos para pagamento)
1. O Imposto Autárquico da Sisa deve ser pago no próprio dia da liquidação ou no
1º dia útil seguinte, sob pena de esta ficar sem efeito, sem prejuízo do disposto
nos números seguintes.
4. O imposto deve ser pago no prazo de 30 dias a contar da notificação nos casos
previstos no artigo 114 e do trânsito em julgado da sentença no caso do artigo
109.
5. Nas partilhas judiciais e extrajudiciais, o imposto deve ser pago nos 30 dias
posteriores à notificação.
224
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Artigo 117
(Local de pagamento)
1. O Imposto Autárquico da Sisa é pago no Conselho Municipal ou de Povoação,
mediante documento de cobrança de modelo oficial.
Artigo 118
(Consequências do não pagamento)
1. Se o imposto não for pago antes do acto ou facto translativo, ou a sua liquidação
não for pedida, devendo-o ser, dentro dos prazos fixados para o pagamento no
artigo 116, o Conselho Municipal ou de Povoação deve promover a sua
liquidação oficiosa e notificar o sujeito passivo para pagar no prazo de 30 dias,
sem prejuízo dos juros compensatórios e da sanção que ao caso couber.
3. Quando o imposto, depois de liquidado, não for pago até ao termo dos prazos a
que se referem os nºs 1 e 2, começam a contar-se juros de mora e é extraída pelos
serviços competentes a certidão de dívida para cobrança coerciva.
Artigo 119
(Juros compensatórios)
1. Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, for retardada a liquidação ou
o pagamento de parte ou da totalidade do imposto devido, acrescem ao montante
do imposto juros à taxa de juro interbancária (MAIBOR), acrescida de dois
pontos percentuais, em vigor na data de liquidação.
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Secção VII
Fiscalização
Artigo 120
(Entidades fiscalizadoras)
1. O cumprimento das obrigações previstas neste capítulo é fiscalizado pelos
serviços competentes da administração autárquica.
Artigo 121
(Dever de cooperação dos tribunais)
1. A entrega de prédios urbanos a preferentes em processos judiciais que correm os
seus trâmites nos tribunais é precedida do pagamento do respectivo Imposto
Autárquico da Sisa.
Artigo 122
(Dever de cooperação dos notários e de outras entidades)
1. Quando for devido Imposto Autárquico da Sisa, os notários e outros
funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais não podem
lavrar as escrituras, quaisquer outros instrumentos notariais ou documentos
particulares que operem transmissões de prédios urbanos, nem proceder ao
226
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Artigo 123
(Actos relativos a prédios urbanos sujeitos a registo)
Nenhum facto, acto ou negócio jurídico relativo a prédios urbanos sujeitos a registo
pode ser definitivamente registado sem que se mostre pago o Imposto Autárquico da
Sisa que for devida.
Artigo 124
(Dever de cooperação dos serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros)
1. Os serviços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros não devem
legalizar nenhum documento comprovativo de transmissão de prédios situados
em Moçambique, operada no estrangeiro, sem que lhe seja apresentado o
documento de cobrança do Imposto Autárquico da Sisa, quando devido,
devendo averbar-se no mencionado documento, o número, a data e a tesouraria
onde o pagamento foi efecutado.
227
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Artigo 125
(Não atendimento de documentos ou títulos respeitantes a transmissões)
Salvo disposição em contrário, não podem ser atendidos em juízo, nem perante
qualquer autoridade administrativa nacional, autárquica ou local, nomeadamente,
repartições públicas e pessoas colectivas de utilidade pública, os documentos ou
títulos respeitantes a transmissões pelas quais se devesse ter pago o Imposto
Autárquico da Sisa, sem a prova de que o pagamento foi feito ou de que dele estão
isentas.
Artigo 126
(Entregas de prédios urbanos por parte dos testamenteiros e cabeças-de-
casal)
Os testamenteiros e cabeças-de-casal não devem fazer entrega de quaisquer legados
ou quinhões de heranças constituídos por prédios urbanos sem que o Imposto
Autárquico da Sisa tenha sido pago pelo contribuinte ou contribuintes, ficando
solidariamente responsáveis com eles se o fizerem.
Secção VIII
Garantia dos contribuintes
Artigo 127
(Lei aplicável)
Às garantias dos contribuintes aplica-se a Lei nº 2/2006, de 22 de Março.
Artigo 128
(Revisão oficiosa da liquidação)
1. O acto de liquidação é objecto de revisão pela entidade que o praticou, por
iniciativa sua ou por ordem do superior hierárquico, com fundamento no errado
apuramento da situação tributária do sujeito passivo se a revisão for a favor da
Autarquia, esta só pode ocorrer com base em novos elementos não considerados
na liquidação.
228
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2. Se a revisão for a favor do sujeito passivo, esta tem como fundamento erro
imputável aos serviços.
Artigo 129
(Legitimidade para reclamar ou impugnar)
1. Os sujeitos passivos e as pessoas solidárias ou solidariamente responsáveis pelo
pagamento do imposto podem reclamar contra a respectiva liquidação, ou
impugná-la, com os fundamentos e nos termos estabelecidos na lei.
Artigo 130
(Anulação por acto ou facto que não se realizou)
1. A anulação da liquidação de imposto pago por acto ou facto translativo que não
chegou a concretizar-se pode ser pedida até ao limite de um ano após o termo do
prazo de validade previsto no nº 5 do artigo 107, em processo de reclamação ou
impugnação judicial.
Artigo 131
(Anulação proporcional)
1. Se antes de decorridos oito anos a transmissão, vier a verificar-se a condição
resolutiva ou se der a resolução do contrato, pode obter-se, por meio de
reclamação ou de impugnação judicial, a anulação proporcional do Imposto
Autárquico da Sisa.
229
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Artigo 132
(Reembolso do imposto)
1. Anulada a liquidação, quer oficiosamente, quer por decisão da entidade
administrativa ou do tribunal competente, com trânsito em julgado, efectua-se o
respectivo reembolso.
2. Não há lugar à anulação sempre que o montante de imposto a anular seja inferior
a 100,00MT.
Artigo 133
(Direito de preferência de organismos públicos)
1. Se, por indicação inexacta do preço, ou simulação deste, o imposto tiver sido
liquidado por valor inferior ao devido, o Estado, as Autarquias e demais pessoas
colectivas de direito público, representados pelo Ministério Público, poderão
preferir na venda, desde que assim o requeiram perante os tribunais comuns e
provem que o valor por que o Imposto Autárquico de Sisa deve ter sido
liquidado excede em 30% o valor sobre que incidiu.
230
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ou de Povoação área do imóvel, até ao dia 15 de cada mês, cópias das escrituras
lavradas no mês anterior.
CAPÍTULO VI
Contribuição de Melhoria
Artigo 134
(Incidência)
1. De acordo com a Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, é devida Contribuição de
Melhoria a título de contribuição especial nos seguintes termos:
a) Pela execução de obras públicas de que resulte valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado; e
b) Sempre que o imóvel, situado na zona de influência da obra, for beneficiado
por quaisquer das seguintes obras públicas, realizadas pela Autarquia por
administração directa ou indirecta:
i. Abertura, alargamento, iluminação, arborização de praças e vias
públicas;
ii. Construção e ampliação de parques e jardins;
iii.Obras de embelezamento em geral.
Artigo 135
(Facto gerador)
O facto gerador da Contribuição de Melhoria ocorre no momento de início de
utilização da obra pública para os fins a que se destinou.
Artigo 136
(Incidência subjectiva)
Nos termos da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, o proprietário ou o possuidor a
qualquer título do imóvel beneficiado pela obra nos termos do artigo anterior é
sujeito passivo da Contribuição de Melhoria.
231
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Artigo 137
(Isenções)
1. Nos termos da Lei nº 1/2008, de16 de Janeiro, estão isentos da Contribuição da
Melhoria:
a) O Estado;
b) A própria Autarquia e as associações ou federações de municípios ou
povoações, quando exerçam actividades cujo objecto não vise a obtenção
de lucro, relativamente aos prédios que integrem o seu património;
c) As associações humanitárias e outras entidades que, sem intuito lucrativo,
prossigam no território da Autarquia actividades de relevante interesse
público, relativamente aos prédios urbanos destinados, directa e
imediatamente, à realização dos seus fins;
d) Os Estados Estrangeiros, relativamente aos prédios adquiridos para as
instalações diplomáticas ou consulares, quando haja reciprocidade de
tratamento.
Artigo 138
(Requisitos)
1. As obras públicas a que se refere a alínea b) do artigo 134 são da iniciativa da
Autarquia, podendo, também, ser determinadas por iniciativa de pelo menos
dois terços dos proprietários ou possuidores a qualquer título do imóvel situado
na zona de influência da obra a realizar.
2. Nos casos em que a obra seja da iniciativa da Autarquia, o plano das obras deve
ter o acordo prévio de pelo menos dois terços dos proprietários ou possuidores, a
qualquer título, do imóvel a ser beneficiado pela obra.
232
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CAPÍTULO VII
Outras receitas tributárias
Artigo 139
(Taxas por licenças concedidas e por actividade económica)
1. Nos termos da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, as Autarquias podem cobrar
taxas por:
a) Realização de infra-estruturas e equipamentos simples;
b) Concessão de licenças de loteamento, de execução de obras particulares, de
ocupação da via pública por motivo de obras e de utilização de edifícios;
c) Uso e aproveitamento do solo da Autarquia;
d) Ocupação e aproveitamento do domínio público sob administração da
Autarquia e apoveitamento dos bens de utilização pública;
e) Prestação de serviços ao público;
f) Ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras;
g) Autorização da venda ambulante nas vias e recintos públicos;
h) Aferição e conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição;
i) Estacionamento de veículos em parques ou outros locais a esse fim
destinados;
j) Autorização para o emprego de meios de publicidade destinados à
propaganda social;
k) Utilização de quaisquer instalações destinadas ao conforto, comodidade ou
recreio público;
l) Realização de enterros, concessão de terrenos e uso de jazigos, ossários e de
outras instalações em cemitérios mantidos pela Autarquia;
m) Licenciamento sanitário de instalações;
233
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Artigo 140
(Tarifas e taxas pela prestação de serviços)
1. Nos termos da Lei nº 1/2008, de 16 de Janeiro, as Autarquias podem aplicar
tarifas ou taxas de prestação de serviços nos casos em que tenham sob sua
administração directa a prestação de determinado serviço público e,
nomeadamente, nos seguintes casos:
a) Abastecimento de água e energia eléctrica;
b) Recolha, depósito e tratamento de lixo, bem como a ligação, conservação e
tratamento de esgotos;
c) Transportes urbanos colectivos de pessoas e mercadorias;
d) Utilização de matadouros;
e) Manutenção de jardins e mercados;
f) Manutenção de vias.
234
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Automóveis Ligeiros
Combustível utilizado Movidos a Imposto Anual segundo a antiguidade
electricidade
Gasolina Outros 1º escalão 2º escalão 3º escalão
Grupos Cilindrada Produtos Voltagem total até 6 anos mais de 6 mais de 12
(centímetros (cilindrada) anos até 12 anos até 25
cúbicos) anos anos
A Até 1000 Até 1.500 Até 100 200 MT 100MT 50MT
Mais de 1000 Mais de
B até 1300 1.500 até Mais de 100 400M T 200MT 100MT
2.000
Mais de 1300 Mais de
C até 1750 2000 até -------- 600M T 300MT 150MT
3000
Mais de 1750 Mais de
D até 2600 3000 ---------- 1.600MT 800MT 400MT
Mais de 2600
E até 3500 ---------- ---------- 2.400MT 1.200MT 600MT
235
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Motociclos
Aeronaves
Grupos Peso Máximo Autorizado a Desc olagem (Kg) Imposto A nual
Barcos de Recreio
Imposto Anual Segundo a Antiguidade do Barco
Barcos de recreio 1º Escalão 2º Escalão
Indica dores Até 15 anos Mais de 15 anos
Tonelagem Por cada Por cada 10 Por cada Por cada 10
de arqueação Potência de tonelada ou HP ou tonelagem HP ou fracção
Grupos bruta propulsão fr acçã o de fr acçã o da ou fracção da potência
(toneladas) (HP) arqueação potência de arqueação total da
bruta total da bruta propulsão
propulsão
A Até 2 Mais de 25 180 MT 100 MT 120 MT 80 MT
Mais de 2 Até 50 230,40 MT 112 MT 147,60 MT 93,60 MT
B até 5 Mais de 50 255,60 MT 123 MT 160,80 MT 93,60 MT
Mais de 5 Até 100 282,60 MT 123 MT 172,80 MT 93,60 MT
C até 10 Mais de 100 333 MT 149 MT 187,20 MT 106,40 MT
Mais de 10 Até 100 345,60 MT 149 MT 199,20 MT 106,40 MT
D até 20 Mais de 100 410,40 MT 174 MT 225,60 MT 118,40 MT
Mais de 20 Até 100 421,20 MT 174 MT 225,60 MT 118,40 MT
E até 50 Mais de 100 484,20 MT 186 MT 252 MT 131,20 MT
Mais de 50 Até 100 498,60 MT 186 MT 265,20 MT 131,20 MT
F Mais de 100 561,60 MT 235 MT 292,80 MT 158,40 MT
236
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237
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DECRETO Nº 45/2003,
de 17 de Dezembro
Artigo 1
(Quadros de pessoal)
1. As autarquias locais dispõem de quadro de pessoal próprio organizado de
acordo com as respectivas necessidades permanentes.
Artigo 2
(Formas de mobilidade)
As formas de mobilidade dos funcionários entre a Administração do Estado e as
autarquias locais ou entre estas, são a transferência, o destacamento e a permuta.
Artigo 3
(Pressupostos de mobilidade)
1. As autarquias locais poderão solicitar à Administração do Estado os recursos
humanos disponíveis para o seu funcionamento por pedido, devidamente
fundamentado, a ser enviado ao dirigente do respectivo sector, e dele devendo
constar:
a) O perfil ocupacional do funcionário que se pretende;
238
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Artigo 4
(Transferência de competências)
A mobilidade de funcionários do Estado para as autarquias locais pode também
resultar da transferência de competências previstas nos termos do artigo 25 da Lei nº
2/97, de 18 de Fevereiro.
Artigo 5
(Integração)
Consideram-se integrados na Administração da respectiva autarquia local, com
efeitos a partir de 31 de Maio de 1997, os funcionários e agentes do Estado em
actividade nas autarquias locais.
Publique-se.
239
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240
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RESOLUÇÃO Nº 08 /2003,
de 24 de Dezembro
241
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CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
PROCEDIMENTOS DE ELABORAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL
242
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243
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DESIGNAÇÃO Lugares
Funções de Direcção, Chefia e Providos Vagos
Confiança e Carreiras Criados Dotados
N/dotados Dotados
Funções
Administrador de Distrito Municipal 5
Chefe de Departamento Municipal 3
Chefe de Posto Administrativo 2
Municipal
Chefe de Segurança Municipal 1
Chefe de Gabinete 1
Chefe de Sector Municipal 3
Chefe de Secção 3
Chefe de Secretaria Municipal 1
Secretária Particular 1
Subtotal 20
Carreiras
Regime Geral
Técnico Superior N1 2
Técnico Superior de Administração 2
Pública N1
Técnico Superior N2 3
Técnico Profissional 4
Técnico Profissional de Administração 3
Pública
Técnico 4
Assistente técnico 5
Auxiliar Administrativo 10
Operário 20
Agente de serviço 15
Auxiliar 50
Subtotal 118
Específicas
Obras Públicas
Técnico Superior de Obras Públicas N1 2
Técnico Profissional de Obras Públicas 4
Assistente Técnico de Obras públicas 4
Auxiliar de Obras Públicas 8
Subtotal 18
Acção Ambiental
Técnico planificador físico 1
Assistente de ambiente 1
Assistente planificador físico 1
244
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Subtotal 3
Polícia municipal
Polícia municipal 15
Subtotal 15
Especial não diferenciada
Informática
Programador 1
Operador de sistemas 2
Subtotal 3
ANEXO II
Totais
245
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ANEXO III
CONSELHO MUNICIPAL DE
QUADRO DE PESSOAL
Designação
Funções de Direcção, Chefia e Confiança Lugares
Administrador de Distrito Municipal 5
Chefe de Departamento Municipal 3
Chefe de Posto Administrativo Municipal 2
Chefe de Segurança Municipal 1
Chefe de Gabinete 1
Chefe de Sector Municipal 3
Chefe de Secção 3
Chefe de Secretaria Municipal 1
Secretária Particular 1
Subtotal 20
Carreiras de Regime Geral
Técnico Superior N1 2
Técnico Superior de administração pública N1 2
Técnico Superior N2 3
Técnico Profissional 4
Técnico Profissional administração pública 3
Técnico 4
Assistente técnico 5
Auxiliar Administrativo 10
Operário 20
Agente de serviço 15
Auxiliar 50
Subtotal 118
Específicas
Obras Públicas
Técnico Superior de obras públicas N1 2
Técnico Profissional de obras públicas 4
Assistente Técnico de obras públicas 4
Auxiliar de obras públicas 8
Subtotal 18
Acção Ambiental
Técnico planificador físico 1
Assistente de ambiente 1
Assistente planificador físico 1
Subtotal 3
Polícia municipal
Polícia municipal 15
Subtotal 15
246
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247
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DECRETO Nº 65 /2003,
de 31 de Dezembro
Artigo 1
Para os municípios cuja área de jurisdição coincida com a da cidade capital
provincial é designado representante da Administração do Estado, o administrador
distrital especificamente nomeado para esse efeito.
Artigo 2
Para os municípios cuja área de jurisdição coincida com a da sede de distrito, é
designado representante da Administração do Estado o Administrador do
respectivo distrito.
Artigo 3
Para as autarquias cuja área de jurisdição coincida com a sede de Posto
Administrativo é designado representante da Administração do Estado o respectivo
Chefe do respectivo Posto Administrativo.
248
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Artigo 4
O representante da Administração do Estado na área de jurisdição do município da
cidade capital do País, Maputo é designado por diploma próprio.
Artigo 5
Compete ao representante da Administração do Estado na cidade de Maputo:
249
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Artigo 6
Os actos administrativos dos representantes da Administração do Estado, quando
executórios, tomam a forma de despacho, quando instruções genéricas tomam a
forma de circular, são comunicados especificamente aos interessados e publicados.
Publique-se
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.
250
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251
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Havendo necessidade de regular a articulação dos órgãos das autarquias locais com
as autoridades comunitárias, ao abrigo do artigo 28 da Lei nº 2/97, de 18 de
Fevereiro, o Ministro da Administração Estatal determina:
Capítulo I
Disposições gerais
Artigo 1
(Definições)
Para efeitos do presente regulamento entende-se por:
1. Autoridade comunitária: as pessoas que exercem uma certa forma de
autoridade sobre uma determinada comunidade ou grupo social, tais como,
chefes tradicionais, secretários de bairro ou aldeia e outros líderes
legitimados como tais pela respectiva comunidade ou grupo social:
a) Chefes tradicionais: as pessoas que assumem e exercem a chefia de
acordo com as regras tradicionais da respectiva comunidade;
b) Os secretários de bairro ou aldeia: as pessoas que assumem a
chefia por escolha feita pela população do bairro ou aldeia a que
pertençam;
252
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Artigo 2
(Objecto)
O presente regulamento estabelece as formas de articulação entre os órgãos das
autarquias locais com as autoridades comunitárias, tendo em vista a mobilização e
organização da participação das comunidades locais, na concepção e
implementação de programas e planos económicos, sociais e culturais, em prol do
desenvolvimento local.
Artigo 3
(Princípio da legalidade)
A mobilização e organização da participação das comunidades locais observam a
Constituição da República e as demais leis.
Capítulo II
Direito e deveres das autoridades comunitárias
Secção I
Direitos e deveres em geral
253
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Artigo 4
(Direitos em geral)
São direitos das autoridades comunitárias em geral:
a) Ser reconhecidas e respeitadas como representantes das respectivas
comunidades locais;
b) Participar no conselho local;
c) Participar nas cerimónias oficiais organizadas localmente pelas autoridades
administrativas da respectiva autarquia local;
d) Ostentar os símbolos da autarquia local e da República.
Secção II
Deveres das autoridades comunitárias
Artigo 5
(Deveres em geral)
São deveres das autoridades comunitárias em geral:
a) Divulgar as leis, deliberações e outras informações úteis à comunidade;
b) Articular com os tribunais comunitários na resolução de pequenos conflitos
de natureza civil, tendo em conta o bom senso da comunidade local, dentro
dos limites da lei;
c) Colaborar na manutenção da paz e harmonia social;
d) Participar às autoridades administrativas e policiais as infracções cometidas
e a existência e localização de malfeitores e esconderijo de armas e áreas
minadas;
e) Participar às autoridades administrativas a exploração, circulação ou
comercialização não licenciada dos recursos naturais tais como: madeiras,
lenha, carvão, minérios, areias, etc.;
f) Mobilizar e organizar as populações para construção e manutenção de
poços, diques, aterros, valas de drenagem e irrigação;
g) Mobilizar e organizar as comunidades locais para a construção e
manutenção nomeadamente: de salas de aulas e casas para professores;
enfermarias e casas para enfermeiros; casas de espera para mulheres
grávidas e para parteiras; centros de reabilitação nutricional para crianças
mal nutridas, etc.;
h) Mobilizar e organizar as comunidades locais para a construção e
manutenção de cemitérios;
i) Mobilizar as comunidades locais para a construção e manutenção de vias de
acesso;
j) Educar a população para a construção de latrinas melhoradas;
k) Mobilizar a população para realizar actividades de limpeza e saneamento do
meio e educá-las sobre as melhores formas de preservação do meio
ambiente;
l) Desenvolver medidas educativas preventivas de casamentos prematuros;
254
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Secção III
Direitos e deveres em especial
Artigo 6
(Direitos dos chefes tradicionais e secretários de bairro ou aldeia)
Os chefes tradicionais e secretários de bairro ou aldeia têm o direito de:
a) Ser consultados na resolução de questões fundamentais que afectem a vida,
o bem-estar e o desenvolvimento integrado e harmonioso das condições de
vida da comunidade local;
b) Receber um subsídio derivado da sua participação na cobrança de impostos;
c) Ser reconhecidos como tal pela autarquia local;
d) Usar fardamento ou distintivo próprio.
Artigo 7
(Deveres dos chefes tradicionais e secretários de bairro ou aldeia)
São deveres dos chefes tradicionais e secretários de bairro ou aldeia:
a) Transmitir às comunidades as orientações das autoridades administrativas
sobre lavouras e outras formas de preparação dos terrenos para a agricultura,
sementeira, sacha, colheita e outras operações necessárias para aumentar os
rendimentos das culturas;
b) Mobilizar as comunidades para as acções de apoio à extensão rural, visando
melhorar os métodos de produção, o fomento agrícola e pecuário, a
255
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Capítulo III
Legitimação das autoridades comunitárias
Artigo 8
(Chefes tradicionais)
A legitimação dos chefes tradicionais é feita de acordo com as regras da respectiva
comunidade local.
Artigo 9
(Secretários de bairro ou aldeia e outros líderes)
Os secretários de bairro ou aldeia e outros líderes são escolhidos segundo critérios
da respectiva comunidade local ou grupo social.
256
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Artigo 10
(Hierarquia ou precedência)
1. Quando em determinada comunidade seja legitimado o chefe tradicional e o
secretário do bairro ou aldeia, compete à mesma comunidade definir a
precedência entre eles.
Capítulo IV
Reconhecimento das autoridades comunitárias
Artigo 11
(Reconhecimento)
1. O reconhecimento formal das autoridades comunitárias será feito pelo
competente representante da autarquia local mediante identificação, registo e
entrega de fardamento ou distintivo ao líder comunitário já legitimado.
Capítulo V
Disposições finais
Artigo 12
(Reconhecimento das autoridades já legitimadas)
As autoridades comunitárias em exercício serão imediatamente reconhecidas, desde
que devidamente legitimadas.
Artigo 13
(Conflitos ou diferendos)
Quaisquer conflitos ou diferendo que surjam no processo de legitimação das
autoridades comunitárias serão mediados pelo competente representante do
conselho municipal ou de povoação.
257
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DECRETO Nº 51/2004,
de 1 de Dezembro
Artigo único
É aprovado o Regulamento de Organização e Funcionamento dos Serviços
Técnicos e Administrativos dos Municípios que faz parte integrante do presente
Decreto.
Publique-se.
258
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CAPÍTULO I
ÂMBITO DE APLICAÇÃO E PRINCÍPIOS
Artigo 1
Âmbito de aplicação
O presente regulamento aplica-se aos serviços técnicos e administrativos dos
municípios.
Artigo 2
Princípios de organização
1. A organização e funcionamento dos serviços técnicos e administrativos dos
municípios obedecem aos princípios da desconcentração e da
desburocratização administrativas, visando o descongestionamento do escalão
central e a aproximação dos serviços públicos às populações, de modo a garantir
a celeridade e a adequação das decisões às realidades locais.
Artigo 3
Princípio da legalidade
1. No desempenho das respectivas funções os serviços técnicos e administrativos
municipais observam a Constituição da República e demais leis dentro dos
limites da sua competência.
259
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Artigo 4
Princípio do relacionamento
1. Nas suas relações com os munícipes os serviços técnicos e administrativos
municipais observam os princípios de justiça, igualdade de tratamento dos
cidadãos perante a lei, imparcialidade, transparência e da proporcionalidade.
Artigo 5
Princípio de gestão dos serviços
A gestão dos serviços técnicos e administrativos municipais deve respeitar:
CAPÍTULO II
SISTEMA ORGÂNICO
Secção I
Disposições gerais
Artigo 7
Áreas de actividade
1. Os serviços técnicos e administrativos dos municípios organizam-se nas
seguintes áreas de actividade:
260
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Secção II
Estrutura administrativa
Artigo 8
Organização Geral
A estrutura administrativa do Município compreende:
a) os órgãos executivos;
b) os órgãos técnicos e administrativos.
Artigo 9
Órgãos executivos
Os órgãos executivos dos municípios compreendem:
Artigo 10
Presidente do Conselho Municipal
1. O Presidente do Conselho Municipal é o órgão executivo singular do município
eleito por sufrágio universal, igual, directo, secreto e periódico dos cidadãos
eleitores recenseados na área do respectivo município.
261
ANAMM
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Artigo 11
Conselho Municipal
1. O Conselho Municipal é o órgão executivo colegial do município.
Artigo 12
Órgãos técnicos e administrativos
Os órgãos técnicos e administrativos do município compreendem:
Artigo 13
Unidades administrativas territoriais
1. Compete aos órgãos executivos estabelecer as unidades administrativas ao
nível dos respectivos escalões territoriais, nos termos do artigo 33 da Lei nº
2/97, com base no plano de organização e estruturação dos municípios, a ser
aprovado pela Assembleia Municipal ao abrigo da alínea d) do nº3 do artigo 45
da referida Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro.
262
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Secção III
Serviços técnicos e administrativos dos municípios
Artigo 14
Composição
1. Os serviços técnicos e administrativos dos municípios têm a seguinte
composição:
CAPÍTULO III
DIRIGENTES DOS SERVIÇOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS DOS
MUNICÍPIOS
Artigo 15
Vereadores
1. Um vereador poderá ficar encarregue, por decisão do Presidente do Conselho
Municipal, de uma ou mais unidades orgânicas do município, sem prejuízo do
poder geral de coordenação e superintendência do Presidente.
263
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 16
Chefe do Gabinete
1. O Chefe do Gabinete é nomeado pelo Presidente do Conselho Municipal,
ouvido o Conselho Municipal, subordina-se ao Presidente do Conselho
Municipal e dirige o Gabinete do Presidente do Conselho Municipal.
Artigo 17
Directores de Serviço Municipal
1. Os directores de serviço municipal dirigem no Município de cidade de nível A o
Gabinete de Estudos e Assessoria, a Inspecção Municipal e as direcções de
serviço municipal e supervisionam as funções verticais e específicas do
respectivo sector.
264
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Artigo 18
Directores de Departamento Municipal
1. Os directores de departamento municipal dirigem, nos municípios das cidades
de nível B e C, o Gabinete de Estudos e Assessoria, a Inspecção Municipal e os
departamentos municipais e supervisionam as funções verticais e específicas do
respectivo sector.
Artigo 19
Chefes de Departamento Municipal
1. Os chefes de departamento municipal chefiam as unidades orgânicas
subordinadas aos directores de serviço na cidade de nível A.
265
ANAMM
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CAPÍTULO IV
COLECTIVOS
Artigo 22
Conselho consultivo
1. O Conselho Consultivo é convocado e dirigido pelo Presidente do Conselho
Municipal, através do qual coordena, planifica, organiza e controla as
actividades do município.
266
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Artigo 23
Outros colectivos
1. Nos demais escalões de direcção e chefia dos serviços técnicos e
administrativos municipais funcionam colectivos de direcção ou chefia, de
carácter consultivo, integrando o dirigente respectivo, chefes e colaboradores
mais directos.
CAPÍTULO V
SERVIÇOS AUTÓNOMOS E EMPRESAS PÚBLICAS AUTÁRQUICAS
Artigo 24
Criação
1. Nos termos do artigo 35 da Lei nº 11/97, de 31 de Maio, compete à Assembleia
Municipal deliberar sobre a autonomização de serviços e a criação de empresas
públicas autárquicas mediante proposta fundamentada do competente órgão
executivo.
Artigo 25
Concessão da exploração de serviços públicos
1. A assembleia autárquica pode autorizar a concessão da exploração de serviços
públicos pelos órgãos executivos das autarquias locais desde que o interesse
Armindo dos Santos Matos Maria Sílvia da Graça e Costa
267
ANAMM
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CAPÍTULO VI
RELAÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS EXECUTIVOS MUNICIPAIS, A
ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO E A SOCIEDADE CIVIL
Artigo 26
Articulação e cooperação com os órgãos locais do Estado
As autarquias locais coordenam os seus planos, programas, projectos e acções
com os órgãos locais do Estado em cujo território estão implantadas, visando a
realização harmoniosa das suas atribuições e competências.
Artigo 27
Articulação e participação da sociedade civil
1. As autarquias locais desenvolvem formas de articulação e participação das
autoridades comunitárias, sector privado e outra forma de organização da
sociedade civil, na realização de actividades que visem a satisfação das
necessidades específicas das comunidades.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 28
Estatutos orgânicos
1. O Conselho Municipal submete à aprovação da Assembleia Municipal o
Estatuto Orgânico dos serviços técnicos e administrativos.
268
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Artigo 29
Regulamentos internos
Os regulamentos internos dos serviços técnicos e administrativos são aprovados
pelo Conselho Municipal e devem estabelecer a estrutura e distribuição interna
das tarefas, a forma de articulação interna e com outras unidades orgânicas.
269
ANAMM
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270
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DECRETO Nº 33/2006,
de 30 de Agosto
Capítulo I
Disposições gerais
Artigo 1
(Objecto)
O presente decreto estabelece o quadro de transferência de funções e competências
dos órgãos do Estado para as autarquias locais no âmbito das atribuições enumeradas
no artigo 6 da Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro, concretizando os princípios da
descentralização administrativa e da autonomia do poder local.
Artigo 2
(Princípios gerais)
1. A descentralização de poderes efectua-se mediante a transferência de funções e
competências para as autarquias locais, tendo por finalidade assegurar o reforço
dos objectivos nacionais e promover a eficiência e a eficácia da gestão pública
assegurando os direitos dos cidadãos.
271
ANAMM
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Artigo 3
(Iniciativa)
A iniciativa de transferência de funções referida no artigo anterior compete aos
órgãos do Estado ou da autarquia local.
Artigo 4
(Transferência de funções e competências)
1. A autarquia local deve indicar as suas capacidades técnicas para assumir as
funções e competências a serem transferidas.
Artigo 5
(Concretização da transferência)
1. A transferência de competências de órgãos do Estado para os órgãos autárquicos
é acompanhada pela correspondente transferência dos recursos financeiros e, se
necessário, humanos e patrimoniais.
Artigo 6
(Regras de financiamento da transferência)
1. O Orçamento do Estado, por contrapartida da dotação do correspondente órgão
central do Estado, deve prever a verba necessária para o exercício das funções a
transferir para as autarquias locais, a partir do ano em que tal transferência deva
operar-se, devendo o plano de distribuição da correspondente dotação constar
da Lei Orçamental.
272
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Artigo 7
(Intervenção em regime de parceria)
1. Os órgãos centrais e locais do Estado e as autarquias locais podem estabelecer
entre si, sem prejuízo de competências próprias, formas adequadas de parceria
para melhor prossecução do interesse público.
Capítulo II
Competência dos órgãos municipais
Artigo 8
(Equipamento rural e urbano)
É da competência dos órgãos municipais o planeamento, a gestão e a realização de
investimentos nos seguintes domínios:
273
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Artigo 10
(Estradas)
1. Nos termos do Decreto nº 20/2003, de 20 de Maio, são competências das
autarquias locais:
a) a gestão e manutenção das estradas que se encontrem sob sua jurisdição, nos
termos da lei, com excepção das estradas primárias, secundárias e terciárias
e vicinais;
f) a concessão da exploração das estradas sob sua jurisdição, nos termos da lei.
Artigo 11
(Educação, Cultura e Acção Social)
1. São competências dos órgãos autárquicos na área da educação, cultura e acção
social:
274
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275
ANAMM
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Artigo 12
(Saúde)
1. Na área da Saúde, em conformidade com as disposições da Política Nacional de
Saúde e rigorosamente cumpridos os regulamentos, normas, especificações e
manuais técnicos, regras profissionais e padrões de qualidade definidos pelo
Ministério da Saúde, são competências dos órgãos municipais:
e) Participar, fazer propostas e dar parecer sobre as metas a atingir para cada
um dos programas de Saúde cujas competências foram transferidas;
276
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Artigo 13
(Ambiente e saneamento básico)
1. É da competência dos órgãos autárquicos o planeamento, a gestão de
equipamentos e a realização de investimentos nos seguintes domínios:
3. Nos casos em que, do incumprimento por parte das autarquias locais das
disposições da Política Nacional de Saúde, regulamentos, normas,
especificações e manuais técnicos, regras profissionais e padrões de qualidade
definidos pelo Ministério da Saúde, resultem perigos para a Saúde Pública cabe
ao Ministério da Saúde intervir em defesa da Saúde Pública e do interesse
colectivo.
Artigo 14
(Indústria e Comércio)
1. É competência dos órgãos autárquicos no âmbito da indústria o registo e
fiscalização de estabelecimentos industriais de micro dimensão, com
observância do preconizado no Decreto nº 39/2003, de 26 de Novembro.
Capítulo III
Disposições finais e transitórias
Artigo 15
(Processo de transferência)
1. A transferência de funções e competências é formalizada com base em acordo a
ser celebrado entre o Governo Provincial e a autarquia local que deve conter,
277
ANAMM
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nomeadamente:
a) A indicação das funções e competências objecto de transferências;
Artigo 16
(Comissões de acompanhamento)
1. Decorridos 2 anos da entrada em vigor do presente decreto é feita uma primeira
avaliação formal do modo como está a decorrer a transferência das novas
funções e competências.
278
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Artigo 17
(Implementação do Decreto)
Compete ao Ministros que superintendem as áreas da Administração Local do
Estado e das Finanças aprovar instruções para implementação do presente Decreto.
Artigo 18
(Norma revogatória)
É revogado o Decreto nº 46/2003, de 17 de Dezembro.
Publique-se
279
ANAMM
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ANEXO
Cláusula 1
(Objecto e âmbito)
O presente Acordo regula o processo de transferência das funções e competência a
seguir mencionadas para a autarquia _____________:
a)
b)
c)
................
Cláusula 2
(Recursos)
1. Para a realização das funções e competências referidas na cláusula 1 do presente
acordo a autarquia disponibiliza os recursos constantes do anexo I.
Cláusula 3
(Capacitação)
Tendo em vista promover o desenvolvimento da capacidade dos recursos humanos
para o desempenho das actividades no quadro das funções e competências
transferidas nos termos do presente acordo, as partes acordam na realização das
seguintes acções de formação:
280
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Nº de participantes........
Duração ...................
Orçamento ..............................
Cláusula 4
(Aceitação)
A Autarquia de _____________ assume as funções e competências definidas no
presente Acordo nos seus precisos termos submetendo-se à legislação aplicável.
Cláusula 5
(Monitoria e avaliação)
1. A Comissão de Avaliação prevista no Decreto nº fará a monitoria do progresso
da implementação do presente Acordo .... (indicar datas ou períodos).
Cláusula 6
(Entrada em vigor)
O presente Acordo entra em vigor a ___ de __________ de 20__ e termina com a
aprovação do respectivo relatório de avaliação pela Assembleia Municipal.
___________________________ __________________________
Pel'O Governo Pel'Autarquia
281
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
ANEXO 1
1. Recursos Humanos:
....................................................................
......................................................................
3. Recursos financeiros:
...............................................
.............................................
___________________________ _________________________
Pel'O Governo Pel'A Autarquia
282
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ANEXO 2
1. Recursos Humanos:
2. Recursos financeiros:
Nº Valor Proveniência Data do desembolso Mecanismos e acções
___________________________ _________________________
Pel'O Governo Pel'A Autarquia
283
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
DECRETO Nº 35/2006,
de 6 de Setembro
Publique-se.
284
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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Capítulo I
OBJECTO, NATUREZA, ÂMBITO E SUBORDINAÇÃO
Artigo 1
Objecto
O presente regulamento estabelece as regras a observar na criação e funcionamento
da polícia municipal.
Artigo 2
Natureza e âmbito
1. A polícia municipal é o serviço municipal especialmente vocacionado para o
exercício exclusivo de funções de polícia administrativa.
Artigo 3
Subordinação
1. A polícia municipal subordina-se ao Conselho Municipal respectivo.
Artigo 4
Coordenação
1. A coordenação entre a polícia municipal e a Polícia da República de
Moçambique (PRM) é exercida, na área do respectivo município, pelo
Presidente do Conselho Municipal e por quem for designado pelo Comandante
da Polícia da República de Moçambique no território do município.
285
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
CAPÍTULO II
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Artigo 5
Competência
A criação e extinção da polícia municipal compete à Assembleia Municipal, sob
proposta do Conselho Municipal, nos termos da alínea g) do nº 3 do artigo 45 da Lei
nº 2/97, de 18 de Fevereiro.
Artigo 6
Conteúdo da deliberação
A deliberação da Assembleia Municipal que cria a polícia municipal deve conter
obrigatoriamente o regulamento de organização e funcionamento do serviço, que
indicará, nomeadamente:
a) A enumeração das competências do serviço da polícia municipal;
b) A delimitação geográfica da área do exercício das respectivas competências;
c) A estrutura orgânica;
d) A determinação do efectivo;
e) A descrição dos distintivos a serem utilizados nos uniformes e viaturas.
CAPÍTULO III
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
Artigo 7
Atribuições
1. A polícia municipal exerce exclusivamente funções de polícia administrativa
nas respectivas autarquias nomeadamente em matéria de:
286
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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Artigo 8
Competências
1. A polícia municipal no exercício das suas funções é competente em matéria de:
287
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 9
Competência territorial
1. A competência territorial da polícia municipal coincide com a área dos
respectivos municípios.
2. Os agentes da Polícia Municipal não podem actuar fora dos limites do território
do município.
CAPÍTULO IV
DESIGNAÇÃO E DISTINTIVOS
Artigo 10
Designação
A polícia municipal designa-se pela expressão “Polícia Municipal” seguida do
nome do município.
Artigo 11
Distintivos
Os distintivos da Polícia Municipal, a exibir nos uniformes e nos meios de
transporte, deve incluir o brasão do município de modo a permitir a fácil
identificação do município a que dizem respeito e distingui-los dos utilizados pelas
forças de defesa e segurança.
CAPÍTULO V
EQUIPAMENTO E ARMAMENTO
Artigo 12
Equipamento
1. O equipamento dos agentes da polícia municipal é composto por:
288
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Artigo 13
Meios de comunicação
1. No exercício das suas funções, os agentes da Polícia Municipal podem utilizar
equipamento de transmissão e de recepção para comunicação via rádio.
CAPÍTULO VI
AGENTES DA POLÍCIA MUNICIPAL
SECÇÃO I
EFECTIVOS
Artigo 14
Fixação do número de efectivos
1. A fixação do número de efectivos de cada Polícia Municipal depende das
necessidades do serviço, da proporcionalidade entre o número de agentes e o
número de cidadãos eleitores inscritos na área da respectiva autarquia, nos
termos dos nºs 2 e 3 do presente artigo.
289
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
3. A ponderação dos factores fixados no número anterior não pode exceder a razão
de quinze agentes por cada dez mil eleitores inscritos na área do respectivo
município.
SECÇÃO II
RECRUTAMENTO E SELECÇÃO
Artigo 15
Requisitos gerais de provimento
1. São requisitos gerais para provimento nas carreiras da Polícia Municipal:
Artigo 16
Formas de ingresso
O ingresso nas carreiras da Polícia Municipal faz-se através de curso de formação
seguido de estágio.
Artigo 17
Formação
1. A admissão para o curso de formação é feita mediante concurso devendo ser
utilizados como métodos de selecção a prova de conhecimentos, o exame
psicotécnico, o exame médico e a entrevista profissional, tendo os três primeiros
carácter eliminatório.
290
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Artigo 18
Estágio
1. Os candidatos aprovados no curso de formação referido no artigo anterior são
submetidos a um estágio.
Artigo 19
Regulamentação
Compete aos Ministros que superintendem a área dos órgãos locais e a área da
polícia regulamentarem a organização e funcionamento do curso de formação e do
estágio, bem como dos deveres e direitos dos candidatos.
Artigo 20
Destacamento
1. Sempre que se mostre necessário, podem ser destacados para o desempenho de
funções nos serviços de polícia municipal membros da Polícia da República de
Moçambique.
SECÇÃO III
CARREIRAS PROFISSIONAIS E REMUNERAÇÕES
Artigo 21
Carreiras profissionais
Nos serviços da Polícia Municipal são criadas as seguintes carreiras de regime
especial, de acordo com o anexo I ao presente regulamento:
291
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 22
Qualificadores profissionais
Os qualificadores profissionais das carreiras referidas no artigo anterior constam do
anexo II ao presente Regulamento.
Artigo 23
Criação, reestruturação e extinção de carreiras
Compete à Autoridade Nacional da Função Pública a criação, reestruturação e
extinção das carreiras profissionais da polícia municipal bem como a aprovação dos
respectivos qualificadores, sob proposta do órgão de tutela administrativa, ouvido o
Ministro que superintende a área da polícia.
Artigo 24
Funções de direcção e chefia
Nos serviços da polícia municipal vigorarão as funções de direcção e chefia
existentes nos serviços técnicos e administrativos do respectivo município a serem
exercidas em regime de comissão de serviço pelos respectivos agentes.
Artigo 25
Remunerações
1. O valor do índice 100 das carreiras da polícia municipal é de 1.540.000,00 MT.
SECÇÃO IV
DEVERES E DIREITOS
Artigo 26
Princípio geral
Os agentes da polícia municipal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres
consignados na Constituição da República, na legislação autárquica e no Estatuto
292
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Artigo 27
Uso de uniforme
1. Os agentes da Polícia Municipal são obrigados ao uso de uniforme quando no
exercício das suas funções.
Artigo 28
Cartão de identificação
Os agentes da Polícia Municipal, quando em missão de serviço, devem ser
portadores de cartão de identificação próprio, placa e número a ser aprovado pela
Assembleia Municipal, sob proposta do Conselho Municipal.
Artigo 29
Direito de acesso e livre trânsito
1. Os agentes da polícia municipal têm, no exercício das suas funções, o direito de
entrar livremente em todos os lugares onde se realizem reuniões públicas ou
onde o acesso público dependa do pagamento duma entrada ou da realização de
certa despesa, dos quais se encontram dispensados.
Artigo 30
Recurso a meios coercivos
Os agentes da Polícia Municipal podem fazer uso dos meios coercivos de que
293
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Artigo 31
Poderes de autoridade
1. A resistência ou a falta de obediência à ordem ou mandato legítimos
regularmente comunicados e emanados do agente da polícia municipal são
punidos com a pena prevista para o crime de desobediência.
SECÇÃO V
REGIME DE TRABALHO
Artigo 32
Horário de trabalho
1. A duração semanal de trabalho dos agentes da polícia municipal é de 40 horas.
Artigo 33
Descanso semanal e trabalho por turnos
Os dias de descanso semanal e o trabalho por turnos obedecem às regras previstas
nos artigos 32 e 34 das Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração
Pública, aprovadas pelo Decreto nº 30/2001, de 15 de Outubro.
Artigo 34
Horas extraordinárias e trabalho nocturno
A realização de horas extraordinárias e trabalho nocturno está sujeita às disposições
do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado.
294
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.
Artigo 35
Enquadramento nas carreiras profissionais
1. O enquadramento nas carreiras profissionais previstas no presente decreto dos
actuais agentes da polícia municipal faz-se com base nos critérios de
enquadramento constantes do anexo III e mediante declaração emitida pelo
Conselho Municipal donde conste a data do início de funções e o vencimento
actual.
Artigo 36
Novos ingressos
Os novos ingressos nas carreiras da Polícia Municipal só poderão ser efectuados nas
carreiras de assistente da polícia municipal, técnica de polícia municipal e técnica
superior de polícia municipal.
295
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
ANEXO I
296
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
297
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
ANEXO II
QUALIFICADORES PROFISSIONAIS
Grupo Salarial – 26
Carreira de Técnico Superior N1 da Polícia Municipal
Conteúdo de trabalho
· Desempenho de funções de enquadramento técnico relativamente ao pessoal
das carreiras técnicas e de agentes municipais;
Requisitos
Para ingresso:
Licenciatura, de preferência na área da polícia e aprovação em curso de formação e
estágio.
Para promoção
Aprovação em concurso de provas de conhecimento ou curso de capacitação.
Grupo Salarial – 26
Carreira de Técnico Superior N2 da Polícia Municipal
Conteúdo de trabalho
· Desempenho de funções de enquadramento técnico relativamente ao pessoal
das carreiras técnicas e de agentes municipais;
298
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Requisitos
Para ingresso:
Bacharelato, de preferência na área da polícia e aprovação em curso de formação e
estágio.
Para promoção
Aprovação em concurso de provas de conhecimento ou curso de capacitação.
Grupo Salarial – 27
Carreira de Técnico da Polícia Municipal
Conteúdo de trabalho:
· Fiscalização do cumprimento das normas de estacionamento de veículos e de
controlo do cumprimento das rotas no tocante ao transporte semi-colectivo,
incluindo a participação de acidentes de viação à polícia de trânsito e
preservação do local e regulação do trânsito rodoviário e pedestre na área de
jurisdição municipal;
·Execução coerciva, nos termos da lei, dos actos administrativos das autoridades
municipais;
299
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Requisitos
Para ingresso:
Nível médio ou equivalente, de preferência na área da polícia, e aprovação em curso
de formação e estágio.
Para promoção
Aprovação em concurso de provas de conhecimento ou curso de capacitação.
Grupo Salarial – 28
Carreira de Assistente da Polícia Municipal
300
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Conteúdo de trabalho:
· Fiscalização do cumprimento das normas de estacionamento de veículos e de
controlo do cumprimento das rotas no tocante ao transporte semi-colectivo,
incluindo a participação de acidentes de viação à polícia de trânsito e
preservação do local e regulação do trânsito rodoviário e pedestre na área de
jurisdição municipal;
Requisitos
Para ingresso:
1º ciclo do nível secundário ou equivalente, e aprovação em curso de formação e
estágio.
Para promoção
Aprovação em concurso de provas de conhecimento ou curso de capacitação.
301
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Grupo Salarial – 29
Carreira de Auxiliar da Polícia Municipal
Conteúdo de trabalho:
· Fiscalização do cumprimento das normas de estacionamento de veículos e de
circulação rodoviária, incluindo a participação de acidentes de viação e
regulação do trânsito rodoviário e pedestre na área de jurisdição municipal;
Requisitos
Para ingresso:
2º grau do nível primário ou equivalente e aprovação em curso de formação e
estágio.
Para promoção
Aprovação em concurso de provas de conhecimento ou curso de capacitação.
302
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
ANEXO III
303
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
304
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
RESOLUÇÃO Nº 6 /2004
de 10 de Dezembro
Artigo 1
São criadas as seguintes funções de direcção, chefia e confiança a vigorar nas
autarquias locais, incluídas nos grupos a seguir indicados, constantes ao anexo II do
Decreto nº 64/98, de 3 de Dezembro:
305
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
D – grupo 7;
Chefe de Gabinete do Presidente do Conselho Municipal de Vila – grupo 8;
Chefe de Localidade Municipal – grupo 8;
Chefe de unidade de trabalho – grupo 9.
Artigo 2
Os vencimentos dos presidentes de conselhos municipais de vila são fixados tendo
como limite o vencimento do grupo 4 do anexo II ao Decreto nº 64/98, de 3 de
Dezembro.
Artigo 3
São criadas as ocupações específicas dos municípios e integradas nas carreiras de
regime geral constantes do anexo I à presente Resolução.
Artigo 4
São aprovados os qualificadores profissionais das funções referidas no artigo 1 e
que constam do anexo II à presente Resolução.
306
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
ANEXO I
307
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
ANEXO II
QUALIFICADORES PROFISSIONAIS
Grupo 3
ASSESSOR DO PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE
DE MAPUTO
Grupo 4
ASSESSOR DO PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DAS
CIDADES DE NÍVEL B, C e D.
Conteúdo de trabalho:
Requisitos:
Para Assessor do Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo
308
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Grupo 3
DIRECTOR DE SERVIÇO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
309
ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Requisitos:
Possuir o nível de bacharelato com, pelo menos, 5 anos de serviço na administração
pública com boas informações; ou
Grupo 3.1
DIRECTOR DE SERVIÇO MUNICIPAL ADJUNTO
Conteúdo de trabalho:
Requisitos:
Possuir o nível de bacharelato com, pelo menos, 5 anos de serviço na administração
pública com boas informações; ou
310
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Grupo 4
DIRECTOR DE DEPARTAMENTO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
Requisitos:
311
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Grupo 4
CHEFE DE DEPARTAMENTO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
Requisitos:
Grupo 4
ADMINISTRADOR DE DISTRITO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
· Dirige a elaboração dos projectos do plano e orçamento do distrito municipal;
312
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
Associação Nacional dos Municípios de Moçambique
Requisitos:
313
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Grupo 6
CHEFE DE POSTO ADMINISTRATIVO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
· Promove as acções de desenvolvimento económico, social e cultural do posto
administrativo, de acordo com o plano do município;
Requisitos:
314
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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Grupo 5.1
CHEFE DE SERVIÇO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
Requisitos:
315
ANAMM
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Grupo 8
CHEFE DE SECÇÃO MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
·Responde perante o Chefe de Serviço Municipal ou, não estando integrado num
serviço municipal, responde perante o Presidente do Conselho Municipal e o
vereador com poderes sobre a sua área de actuação;
316
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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Requisitos:
Grupo 6
CHEFE DO GABINETE DO PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
DA CIDADE DE MAPUTO
Grupo 6.1
CHEFE DO GABINETE DO PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
DE CIDADES DE NÍVEL B e C
Grupo 7
CHEFE DO GABINETE DO PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
DE CIDADES DE NÍVEL D
Grupo 8
CHEFE DO GABINETE DO PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL
DE VILAS
Conteúdo de trabalho:
317
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Requisitos:
318
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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Grupo 8
CHEFE DE LOCALIDADE MUNICIPAL
Conteúdo de trabalho:
· Mobiliza e organiza a participação da comunidade local na resolução dos
problemas sociais da localidade;
319
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Requisitos:
Grupo 9
CHEFE DE UNIDADE DE TRABALHO
Conteúdo de trabalho
Requisitos:
Ter o 2º grau do nível primário do SNE ou equivalente e, pelo menos 5 ano de
experiência no respectivo sector com boas informações; ou
320
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321
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COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA
Resolução nº 4/2006
de 13 de Julho
Artigo 1
É criada a função de provedor do munícipe no Conselho Municipal de Maputo
incluída no grupo 3 do anexo II do Decreto nº 64/98, de 3 de Dezembro
Artigo 2
É aprovado o qualificador profissional da função referida no artigo anterior que
consta em anexo à presente resolução, da qual é parte integrante.
322
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ANEXO I
QUALIFICADORES PROFISSIONAIS
Grupo 3
PROVEDOR DO MUNÍCIPE
Conteúdo de trabalho:
·Proteger os munícipes e garantir que os seus direitos sejam respeitados nas suas
relações com a administração municipal;
Requisitos:
Possuir licenciatura em direito ou administração pública e ter, pelo menos, 5 anos de
serviço na administração pública com boas informações; ou
323
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324
COLECTÂNEA DE LEGISLAÇÃO AUTÁRQUICA ANAMM
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RESOLUÇÃO Nº 3/2007
de 25 de Abril
-
Secretário Municipal – grupo 2;
-
Chefe de Repartição Municipal – grupo 6;
-
Chefe de Secretaria Municipal – grupo 8;
-
Chefe de Mercado Municipal – grupo 8.
Publique-se.
325
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ANEXO
QUALIFICADORES PROFISSIONAIS
Grupo 2
Secretário Municipal
Conteúdo de trabalho:
· Apoiar o Presidente do Conselho Municipal na gestão administrativa da
instituição, exercendo as competências que, para o efeito lhe forem
delegadas;
Requisitos:
· Possuir o nível de licenciatura com, pelo menos, 5 anos de serviço na
administração pública com boas informações; ou
326
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Grupo 6
Chefe de Repartição Municipal
Conteúdo de trabalho:
· Chefiar uma repartição municipal;
Requisitos:
· Possuir o 2º ciclo do ensino secundário ou o nível médio do ensino técnico
profissional, ou equivalente e, pelo menos, 5 anos de serviço na
administração pública, com boas informações; ou
Grupo 8
Chefe de Secretaria Municipal
Conteúdo de trabalho:
· Chefiar uma secretaria de município;
327
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Requisitos:
· Possuir o 2º ciclo do ensino secundário ou o nível médio do ensino técnico
profissional, ou equivalente e, pelo menos 5 anos de serviço na
administração pública, com boas informações; ou
Grupo 8
Chefe de Mercado Municipal
Conteúdo de trabalho:
·Atribuir bancas;
328
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Requisitos:
· Possuir o 2º ciclo do ensino secundário ou o nível médio do ensino técnico
profissional, ou equivalente e, ter exercido a ocupação de fiscal de mercado
durante, pelo menos, 3 anos com boas informações; ou
329
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330
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DECRETO Nº31/2008
de 24 de Julho
Artigo 1
Parâmetros e Limites
São aprovados os parâmetros e limites máximos da remuneração do Presidente do
Conselho Municipal, dos vereadores, do Presidente e Vice-Presidente da
Assembleia Municipal, do respectivo Secretário de Mesa e dos Membros da
Assembleia Municipal das autarquia locais, com base na equiparação das funções
de Direcção e Chefia constantes da tabela em anexo ao presente Decreto.
Artigo 2
Subsídio de transporte
Será pago o subsídio de transporte ao Presidente da Assembleia Municipal,
correspondente a 10% do salário base do respectivo Presidente do Conselho
Municipal.
Artigo 3
Ajudas de Custo
O abono de ajudas de custo é efectuado nos termos definidos no artigo 171 do
Estatuto Geral dos Funcionários do Estado, dentro dos limites definidos pelo
Ministério das Finanças.
Artigo 4
Subsídio de representação
Será pago o subsídio de representação ao Presidente da Assembleia Municipal,
correspondente a 15% do salário base do respectivo Presidente do Conselho
Municipal.
331
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Artigo 5
Limites de Remunerações
1. As remunerações previstas neste Decreto são definidas pela Assembleia
Municipal, de acordo com as capacidades financeiras da respectiva autarquia
local, obedecendo os parâmetros e limites estabelecidos neste Decreto.
Artigo 6
Entrada em vigor
O presente decreto entra imediatamente em vigor.
332
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TABELA DE VENCIMENTOS
333
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334
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335
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DECRETO Nº 32/2008
de 24 de Julho
Artigo 1
Parâmetros e Limites
São aprovados os parâmetros e limites máximos da remuneração do Presidente do
Conselho Municipal, dos vereadores, do Presidente e Vice-Presidente da
Assembleia Municipal, do respectivo Secretário de Mesa e dos Membros da
Assembleia Municipal de Maputo, com base na equiparação das funções de
Direcção e Chefia constantes da tabela em anexo ao presente Decreto.
Artigo 2
Subsídio de transporte
Será pago o subsídio de transporte ao Presidente da Assembleia Municipal,
correspondente a 10% do salário base do respectivo Presidente do Conselho
Municipal.
Artigo 3
Ajudas de Custo
O abono de ajudas de custo é efectuado nos termos definidos no artigo 171 do
Estatuto Geral dos Funcionários do Estado, dentro dos limites definidos pelo
Ministério das Finanças.
Artigo 4
Subsídio de representação
Será pago subsídio de representação ao Presidente da Assembleia Municipal,
correspondente a 15% do salário do respectivo Presidente do Conselho Municipal.
336
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Artigo 5
Limites de Remunerações
1. As remunerações previstas neste Decreto são definidas pela Assembleia
Municipal, de acordo com as capacidades financeiras da respectiva autarquia,
obedecendo os parâmetros e limites estabelecidos neste Decreto.
Artigo 6
Entrada em vigor
O presente decreto entra imediatamente em vigor.
337
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TABELA DE VENCIMENTOS
MUNICIPAL
Presidente da Assemb leia Até ao limite máximo de 70% do salário base
Municipal do Presidente do Conselho Municipal
DE
338
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Resolução nº 32/2008
de 20 de Agosto
Havendo necessidade de se definir a organização territorial de algumas vilas, ao
abrigo da alínea a) do nº 2 do artigo 1 da Lei nº 6/86, de 25 de Julho, o Conselho de
Ministros determina:
Artigo 1
Organização Territorial
É aprovada a organização territorial das seguintes vilas:
Província do Niassa:
Vila de Marrupa:
A Vila de Marrupa é composta por 12 bairros, designadamente:
1. Bairro Mepelia;
2. Bairro Cafezeiro;
3. Bairro Moagem;
4. Bairro Naiange;
5. Bairro Marracuene;
6. Bairro Manlia;
7. Bairro Nanjia;
8. Bairro 25 de Junho;
9. Bairro Chumula;
10. Bairro Namuera;
11. Bairro Catange;
12. Bairro Maputo.
339
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Província de Nampula:
Vila de Ribaué:
A Vila de Ribaué é composta por 18 bairros, designadamente:
1. Bairro Muatala;
2. Bairro Naxilapa;
3. Bairro Quithele;
4. Bairro 7 de Abril;
5. Bairro Namigonha;
6. Bairro Molipiha;
7. Bairro Novo;
8. Bairro Marrocane;
9. Bairro Muhiliale;
10. Bairro Namirrapuè;
11. Bairro Murrapania;
12. Bairro Junta;
13. Bairro Sawa-Sawa;
14. Bairro Mesa;
15. Bairro Methupa;
16. Bairro Murrauani;
17. Bairro Nanrepo;
18. Bairro Namihara.
Província da Zambézia:
Vila do Alto Molócuè:
A Vila do Alto-Molócuè é composta or 10 bairros, designadamente:
1. Bairro Central;
2. Bairro Preira;
3. Bairro 1º de Maio;
4. Bairro Mumahi;
5. Bairro Mucaca;
6. Bairro Mulutxasse;
7. Bairro C.F.M.;
8. Bairro Barragem;
9. Bairro Pista Nova;
10. Bairro 25 de Junho.
Província de Tete:
Vila de Ulónguè:
A Vila de Ulónguè é composta por 10 bairros, designadamente:
1. Bairro Filipe Samuel Magaia;
2. Bairro Francisco Manyanga;
3. Bairro Mateus Sansão Muthemba;
4. Bairro Emília Daússe;
340
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5. Bairro Undundu;
6. Bairro Matewere;
7. Bairro Nseula Nova;
8. Bairro Chindeque;
9. Bairro Nsendeza;
10. Bairro Nancholi.
Província de Sofala:
Vila de Gorongosa:
A Vila de Gondola é composta por 8 bairros, designadamente:
1. Bairro Madibe;
2. Bairro Aeródromo;
3. Bairro Matucudur;
4. Bairro Tsuassicana;
5. Bairro Mapómbwe;
6. Bairro Nhambondo;
7. Bairro Nhataca 2;
8. Bairro Mapombwe.
Província de Manica:
Vila de Gondola:
A Vila de Gondola é composta por 8 bairros, designadamente:
1. Bairro 3 de Fevereiro;
2. Bairro Eduardo Mondlane;
3. Bairro 25 de Junho;
4. Bairro Josina Machel;
5. Bairro 7 de Abril;
6. Bairro Mucessua;
7. Bairro Francisco Manyanga;
8. Bairro Mazicuera.
Província de Inhambane:
Vila de Massinga:
A Vila de Massinga é composta por 5 bairros, designadamente:
1. Bairro Cimento;
2. Bairro Matingane I;
3. Bairro Matingane II;
4. Bairro Matingane III;
5. Bairro Conze.
Província de Gaza:
Vila da Macia:
A Vila da Macia é composta por 7 bairros, designadamente:
341
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1. Bairro 1;
2. Bairro 2;
3. Bairro 3;
4. Bairro 4;
5. Bairro 5;
6. Bairro 6;
7. Bairro Chiguitine.
Província de Maputo:
Vila da Namaacha:
A Vila da Namaacha é composta por 13 bairros, designadamente:
1. Bairro Germantino;
2. Bairro 25 de Junho;
3. Bairro Macuácua;
4. Bairro Fronteira;
5. Bairro A;
6. Bairro B;
7. Bairro Cascata;
8. Bairro Chimuchuanine;
9. Bairro Matianine A;
10. Bairro Matianine B;
11. Bairro Matianine C;
12. Bairro Ndonguene;
13. Bairro Cocomela.
Artigo 2
Limites Geográficos e Cálculos das Superfícies
A descrição dos limites geográficos e o cálculo das respectivas superfícies gráficas
serão realizados por uma equipa composta por técnicos dos Ministérios da
Administração Estatal, para a Coordenação da Acção Ambiental e da Agricultura,
designados pelos respectivos Ministros.
342
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343
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CAPÍTULO I
Diposições Gerais
Artigo 1
Classificação do Fardamento
O fardamento das autoridades comunitárias é diferenciado consoante o escalão,
sendo:
1) Para as autoridades comunitárias do 1º escalão:
a) Fardamento cerimonial;
b) Fardamento de serviço
344
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Artigo 2
Composição do Fardamento das Autoridades Comunitárias
1. O fardamento cerimonial das autoridades comunitárias do 1º escalão é
composto por:
a) Camisa para homem e senhora;
b) Casaco para homem e senhora;
c) Calças;
d) Saia:
e) Meias;
f) Gravata;
g) Boné;
h) Platinas;
i) Sapatos para homem e senhora;
j) Cinto.
345
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CAPÍTULO II
Caracterização e Especificação Técnica do Fardamento das Autoridades
Comunitárias
Artigo 3
Caracterização do fardamento cerimonial
O fardamento cerimonial comporta as seguintes características:
1. Camisa:
a) Para homem: É de manga comprida, de popeline, cor creme, com colarinho
para gravata, bolso do lado esquerdo, com punhos e ombreiras com botão
para platina;
b) Para senhora: É de manga comprida, de popeline, cor creme, com colarinho
para gravata, bolso e botões do lado esquerdo, com punhos e ombreiras com
botão para platina;
2. Casaco:
a) Para homens: É de caqui, com quatro bolsos à frente, manga comprida e
ombreira para platinas; os botões são de metal com gravação do Emblema da
República de Moçambique dourado;
b) Para senhora: É de caqui, com quatro bolsos à frente, manga comprida e
ombreira para platinas; os botões são de metal com gravação do Emblema da
Repúbica de Moçambique dourado;
2.1.O casaco para os chefes tradicionais, de ambos os sexos, leva três fitas amarelas,
nos punhos das mangas;
2.2.O casaco para os secretários, de ambos os sexos, leva uma fita amarela e larga,
nos punhos das mangas.
3. Calças: São de caqui e levam uma fita amarela, colocada longitudinalmente, nas
partes laterais externas;
7. Boné: De caqui, tipo motorista, pala de plástico duro, com cordões dourados e
Emblema da República de Moçambique dourado;
346
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9. Sapatos:
a) Para homem: Em cabedal liso, de 1,3 a 1,6mm de espessura, tipo social,
castanhos, com sola de borracha resistente a todas as temperaturas;
b) Para senhora: Em cabedal liso, de 1,2 a 1,5 mm de espessura, tipo social, com
salto de 1,5 a 3,5 cm de altura, castanhos, sola de borracha resistente a todas
as temperaturas;
Artigo 4
Especificações técnica
O fardamento cerimonial das autoridades comunitárias do 1º escalão possui as
seguintes especificações técnicas:
1. Camisa para homem e senhora: 65% Polyster + 35% Algodão;
2. Casaco para homem e senhora: 65% Polyster + 35% Algodão;
3. Calças: 65% Polyster + 35% Algodão;
4. Saia: 65% Polyster + 35% Algodão;
5. Meias: 80% Algodão + 20% Nylon;
6. Gravata: 100% Polyster;
7. Boné: 65% Polyster + 35% Algodão;
8. Platinas: 65% Polyster + 35% Algodão;
9. Sapatos:
a) Para homem: Em cabedal liso, de 1,3 a 1,6 mm de espessura, tipo social,
castanhos, com sola de borracha resistente a todas as temperaturas;
b) Para senhora: Em cabedal liso, de 1,2 a 1,5 mm de espessura, tipo social, com
salto de 1,5 a 3,5 c, de altura, castanhos, sola de borracha resistente a todas as
temperaturas;
Artigo 5
Caracterização do fardamento de serviço do 1º escalão
O fardamento de serviço das autoridades comunitárias do 1º escalão tem as
seguintes características:
1. Camisa:
a) Para homem: É de manga comprida, de popeline, cor creme, com colarinho
para gravata, bolso do lado esquerdo, com punhos e ombreiras com botão
347
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para platina;
b) Para senhora: É de manga comprida, de popeline, cor creme, com colarinho
para gravata, botões e bolso do lado esquerdo, com punhos e ombreiras com
botão para platina;
2. Casaco:
a) Para homem: Curto, de caqui, com quatro bolsos à frente, manga comprida e
ombreiras para platinas, botões de metal com gravação do Emblema da
República de Moçambique dourado;
b) Para senhora: Curto, de caqui, com quatro bolsos à frente, manga comprida e
ombreiras para platinas, botões de metal do lado esquerdo, com gravação do
Emblema da República de Moçambique dourado;
9. Pares de platina: São de caqui, com duas fitas douradas e Emblema da República
de Moçambique;
10. Sapatos:
a) Para homem: Meia bota, em cabedal gravado, de 2,0 a 2,2 mm de
espessura, biqueira reforçada com tela especial, castanhos, sola de
borracha resistente a todas as temperaturas;
b) Para senhora: Meia bota, em cabedal liso, de 1,2 a 1,5 mm de espessura,
castanhos, com sola de borracha resistente a todas as temperaturas;
Artigo 6
Especificações técnicas
O fardamento de serviço das autoridades comunitárias do 1º escalão tem as seguinte
especificações técnicas:
1. Camisa para homem e senhora: 65% Polyster + 35% Algodão;
348
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Artigo 7
Caracterização do fardamento do 2º escalão
O fardamento das autoridades comunitárias do 2º escalão tem as seguintes
características:
1. Camisa:
a) Para homem: É de manga comprida, de popeline, cor castanha;
b) Para senhora: É de manga comprida, de popeline, cor castanha, botões do
lado esquerdo;
2. Casaco:
a) Para homem: Curto, de caqui, gola redonda, com quatro bolsos à frente,
manga comprida e ombreiras para platinas, botões de metal com gravação
do Emblema da República de Moçambique dourado;
b) Para senhora: Curto, de caqui, gola redonda, com quatro bolsos à frente,
manga comprida e ombreiras para platinas, botões de metal colocados do
lado esquerdo, com gravação do Emblema da República de Moçambique
dourado;
349
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7. Sapatos:
a) Para homem: Meia bota, em cabedal gravado, de 2,0 a 2,2 mm de espessura,
biqueira reforçada com tela especial, castanhos, sola de borracha resistente
a todas as temperaturas;
b) Para senhora: Meia bota, em cabedal liso, de 1,2 a 1,5 mm de espessura,
castanhos, sola de borracha resistente a todas as temperaturas;
Artigo 8
Especificações técnicas
O fardamento das autoridades comunitárias do 2º escalão tem as seguintes
especificações técnicas:
1. Camisa para homem e senhora: 65% Polyster + 35% Algodão;
2. Calças: 65% Polyster + 35% Algodão;
3. Saia: 65% Polyster + 35% Algodão;
4. Boina: 100% Algodão;
5. Meias: 80% Algodão + 20% Nylon;
6. Boina: 100% Algodão;
7. Sapatos:
a) Para homem: Meia bota, em cabedal gravado, de 2,0 a 2,2 mm de espessura,
biqueira reforçada com tela especial, castanhos, sola de borracha resistente
a todas as temperaturas;
b) Para senhora: Meia bota, em cabedal liso, de 1,2 a 1,5 mm de espessura,
castanhos, com sola em borracha resistente a todas as temperaturas;
8. Cinto: Em cabedal tipo crude, com 5 cm de largura, de 2,0 a 2,2 mm de
espessura, castanho, forrado com o próprio cabedal, fivela personalizada com o
Emblema da República de Moçambique.
CAPÍTULO III
Distintivos
Artigo 9
Composição
1. São distintivos das autoridades comunitárias em geral:
a) Emblema da República de Moçambique, em bronze;
b) Crachá, em bronze;
c) Faixa, com cores da Bandeira Nacional;
d) Bandeira Nacional.
Armindo dos Santos Matos Maria Sílvia da Graça e Costa
350
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CAPÍTULO V
Formas de Uso e Cuidados a ter com o Fardamento e Distintivos
Artigo 10
Fardamento cerimonial
1. O fardamento cerimonial das autoridades comunitárias é usado em cerimónias
oficiais do Estado, nomeadamente, em todas as datas comemorativas, em
ocasiões oficiais e em cerimónias ou festas tradicionais.
Artigo 11
Fardamento de serviço
1. O fardamento de serviço das autoridades comunitárias é usado em encontros de
351
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Artigo 12
Uso de distintivos
1. Quando em serviço, as autoridades comunitárias, para além do fardamento
devem usar os seguintes distintivos.
a) Emblema da República de Moçambique, colocado do lado esquerdo;
b) Crachá de identificação;
c) Faixa com as cores da Bandeira Nacional.
Artigo 13
Mortes
1. Em caso de morte, o fardamento deve ser recolhido pela Autoridade da
Administração do Estado do respectivo escalão territorial, devendo ser
enterrado nos casos em que a tradição local assim o exija.
Artigo 14
Autoridades comunitárias das autarquias locais
Os chefes tradicionais das autarquias locais reconhecidos, usam o fardamento
definido neste Regulamento.
Artigo 15
Dúvidas ou omissões
As dúvidas ou omissões suscitadas na aplicação do presente Diploma, serão
esclarecidas pelo Ministro da Administração Estatal.
352
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353
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CAPÍTULO I
Classificação de uniformes
Artigo 1
Uniformes da Polícia Municipal
Os uniformes da Polícia Municipal, classificam-se em:
a) Uniforme de gala;
b) Uniforme de serviço;
c) Uniforme de campanha.
Artigo 2
Equipamento da Polícia Municipal
Armindo dos Santos Matos Maria Sílvia da Graça e Costa
354
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Artigo 3
Outros equipamentos
É proibido o uso de outros equipamentos não referidos no artigo anterior, salvo em
situaçãoes especiais e com a devida autorização do Ministro que superintende a área
da Polícia da República.
Artigo 4
Proibição de uso de uniforme
Não é permitido o uso de uniforme, quando o membro da Polícia Municipal se
encontre de folga, em gozo de qualquer licença, em situação de prisão ou suspensão
de serviço.
Artigo 5
Incompatibilidades
O membro da Polícia Municipal devidamente uniformizado não deve:
a) Usar brincos ou pulseiras;
b) Usar óculos sem prescrição médica;
c) Andar carregado de trouxas ou quaisquer volumes que possam prejudicar o
seu aprumo;
d) Consumir bebidas alcoólicas.
CAPÍTULO II
Composição e uso de uniformes
Artigo 6
Composição de uniformes
O uniforme de gala é composto por:
a) Boné de pala com distintivos do respectivo Município;
b) Camisa branca, lisa de mangas compridas;
c) Gravata preta, com emblema do respectivo Município;
d) Casaco azul, aberto atrás, com quatro bolsos, abotoado a frente por quatro
botões;
e) Calças azuis;
f) Sapatos pretos;
g) Meias pretas lisas.
355
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Artigo 7
Uso de uniforme de gala
1. O uniforme de gala é normalmente usado em solenidades e datas
comemorativas.
Artigo 8
Composição de uniforme de serviço
O uniforme de serviço é composto por:
a) Boné simples de cor verde igual a das calças;
b) Camisa de cor creme claro de meia manga;
c) Calças de cor verde;
d) Camisola de cor castanho;
e) Cinturão de cabedal de cor preta;
f) Sapatos ou botas de cor preta;
g) Meias de cor preta.
Artigo 9
Uso de uniforme de serviço
O uniforme de serviço é utilizado em actividade dentro e fora da unidade que não
exijam o uso de outro tipo de uniforme.
Artigo 10
Composição de uniforme de campanha
O uniforme de campanha é composto por:
a) Boné simples de cor verde oliva igual a das calças;
b) Camisa de meia manga de cor creme escura;
c) Calças de cor verde escura;
d) Cinturão de cabedal de cor preta;
e) Meias de cor preta.
Artigo 11
Periodicidade de distribuição de uniformes
A periodicidade de distribuição do uniforme da Polícia Municipal depende das
condições específicas de cada Autarquia, devendo obedecer os seguintes mínimos:
a) Um fato de uniforme de gala de 5 em 5 anos;
b) Dois fatos de uniforme de serviço de 2 em 2 anos;
c) Dois fatos de uniforme de campanha de 5 em 5 anos;
d) Um impermeável de 5 em 5 anos.
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CAPÍTULO III
Distintivos e acessórios do uniforme da Polícia Municipal
Artigo 12
Distintivos
O distintivo da Polícia Municipal deve vir sempre estampanho sobre a parte lateral
da manga esquerda da camisa do agente da Polícia Municipal.
Artigo 13
Acessórios
São os seguintes os acessórios da Polícia Municipal:
a) Impermeável;
b) Colete reflector;
c) Bracelete;
d) Insígnia da posição hierárquica do agente da polícia;
e) Nome e número de identificação colocado sobre a tampa do bolso esquerdo
da camisa do agente da Polícia Municipal.
CAPÍTULO IV
Acessórios
Artigo 14
Dúvidas
As dúvidas que se suscitarem da aplicação do presente regulamento serão resolvidas
por despacho conjunto dos Ministros da Administração Estatal e do Interior.
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CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1
Objecto
O presente Regulamento tem por objecto estabelecer critérios de Organização e
Funcionamento dos Cursos de Formação e do Estágio dos candidatos às carreiras da
Polícia Municipal, bem como definir os direitos e deveres dos candidatos.
Artigo 2
Âmbito de aplicação
O presente Regulamento aplica-se aos candidatos às carreiras da Polícia Municipal,
bem como aos funcionários que já se encontram enquadrados nas referidoas
carreiras, nos termos do artigo 35 do Decreto nº 35/2006, de 6 de Setembro, e do seu
Anexo III, e que ainda não se beneficiaram de formação ou de estágio.
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Artigo 3
Ingresso
O ingresso nas carreiras da Polícia Municipal faz-se através de curso de formação
seguida de estágio.
Artigo 4
Admissão
A admissão para o curso de formação é feita mediante concurso, nos termos do
artigo 17 do Decreto nº 35/2006, de 6 de Setembro.
Artigo 5
Abertura de concurso
1. A abertura do concurso para o ingresso ao curso de formação da Polícia
Municipal é feita mediante autorização dos Ministros que superintendem as
áreas dos órgão locais e da Polícia da República de Moçambique, sob proposta
das autarquias locais do Estado.
Artigo 6
Documentos de candidatura
Os candidatos devem juntar, para além do requerimento de admissão ao concurso,
os seguintes documentos:
a) Fotocópia do bilhete de identidade autenticada;
b) Certidão do registo criminal actualizado;
c) Documento comprovativo de cumprimento do serviço militar obrigatório;
d) Certificado de habilitações literárias;
e) Três fotografias tipo passe.
Artigo 7
Métodos de selecção de candidatos
São métodos de selecção de candidatos ao curso de formação da Polícia Municipal:
a) A prova de conhecimentos;
b) O exame psicotécnico;
c) O exame médico;
d) A entrevista.
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Artigo 8
Prova de conhecimentos e entrevista
1. Na prova de conhecimentos os candidatos são avaliados em matéria legal de
carácter geral e específico.
Artigo 9
Exame psicotécnico
O exame psicotécnico visa avaliar as capacidades intelectuais e características de
personalidade dos candidatos afim de determinar a sua adequação à função de
agente ou técnico superior de um serviço da Polícia Municipal.
Artigo 10
Exames médicos
1. Os exames médicos de selecção visam avaliar as condições físicas e psíquicas
dos candidatos, tendo em vista determinar a sua aptidão para o exercício da
função da carreira da Polícia Municipal.
CAPÍTULO II
Formação
Artigo 11
Cursos de formação
1. O curso tem a duração de seis meses, em território nacional, por zonas sob
direcção do Ministério que superintende a área da polícia, em coordenação do
Ministério que superintende a área de administração local do Estado e tem como
base um plano de formação básica por módulos de natureza técnico-
administrativa, cívia e profissional específicos.
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a) Posturas municipais;
b) Trânsito;
c) Protecção do meio ambiente;
d) Domínio público, privado e documentação pessoal;
e) Deontologia profissional;
f) Outros.
Artigo 12
Planos de formação
São criados planos de formação para as carreiras da Polícia Municipal, de acordo
com o Anexo I do Decreto nº 35/2006, de 6 de Setembro, que cria as carreiras da
Polícia Municipal.
Artigo 13
Avaliação
Os candidatos prestam provas de avaliação, devendo obter a classificação final
mínima, em cada módulo, de dez valores, na escala de zero a vinte valores.
Artigo 14
Apuramento
O apuramento dos candidatos para estágio é feito de acordo com as vagas
disponíveis para cada município, tendo preferência os que tiverem obtido médias
globais mais altas.
CAPÍTULO III
Direitos e deveres
Artigo 15
Direitos dos candidatos
Os candidatos admitidos ao curso de formação e ao estágio têm direito a um subsídio
a ser definido pela autarquia local.
Artigo 16
Deveres dos candidatos
São deveres dos candidatos:
a) Cumprir pontualmente as exigências de formação;
b) Não exercer qualquer tipo de actividade durante o período do curso;
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CAPÍTULO IV
Estágio
Artigo 17
Estágio
Os candidatos apurados no curso de formação são submetidos a um estágio.
Artigo 18
Objectivos do estágio
São objectivos do estágio, os seguintes:
a) Garantir a formação e instrução dos candidatos/estagiários;
b) Preparar os candidatos /estagiários, mediante aplicação prática dos
princípios definidos na formação administrativa, cívica e profissional;
c) Assegurar aos candidatos/estagiários uma preparação técnica policial e
física adequada, dotando-os do rigor imprescindível ao exercício das
funções, que lhes permita exercer com civismo e eficiência a sua profissão;
d) Dotar os candidatos de qualificações e habilidade que lhes permitam o
exercício das funções de polícia administrativa.
Artigo 19
Local e tempo de duração
O estágio é feito no território dos municípios onde os candidatos submeteram as
suas candidaturas e decorre durante o período de seis semanas.
Artigo 20
Natureza
O estágio consiste na aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na fase de
formação.
Artigo 21
Avaliação
1. Os estagiários são avaliados pelo chefe da Polícia Municipal respectivo, tendo
em conta o cumprimento dos princípios estabelecidos na fase de formação.
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Artigo 22
Integração
Os estagiários admitidos são integrados nas carreiras da Polícia Municipal com os
respectivos direitos e deveres em conformidade com o diposto no Decreteo nº
35/2006, de 6 de Setembro, conjugado com o Estatuto Geral dos Funcionários do
Estado, aprovado pelo Decrto nº 14/87, de 20 de Maio.
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DECRETO Nº 56/2008,
de 30 de Dezembro
Artigo 1
Modalidade de tutela administrativa
1. O exercício da tutela administrativa dos Governadores Provinciais e dos
Governos Provinciais consiste na verificação da legalidade dos actos
administrativos praticados e dos contratos celebrados pelos órgãos e serviços
das Autarquias Locais, nos termos do presente Decreto.
Artigo 2
Fiscalização
1. A fiscalização é feita através da realização de inspecções, inquéritos,
sindicâncias ou auditorias aos actos administrativos praticados e aos contratos
celebrados pelos órgãos e serviços das Autarquias Locais.
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Artigo 3
Competências do Governador Provincial no âmbito da tutela administrativa
1. Compete ao Governador Provincial no âmbito da tutela administrativa nas
Autarquias Locais:
a) Acompanhar e verificar o cumprimento das decisões emanadas do Governo
Central e Governo Local;
b) Garantir a aplicação, na circunscrição territorial da Autarquia Local, das
Leis, Regulamentos e actos administrativos emandados dos órgãos do
Estado.
Artigo 4
Participação nas Sessões dos órgãos autárquicos
1. Nos termos do artigo 8A da Lei nº 6/2007, de 9 de Fevereiro, as entidades de
tutela podem participar nas sessões dos órgãos autárquicos, com direito a
palavra mas sem direito a voto.
Artigo 5
Disposições finais
1. Das decisões dos Governadores Provinciais e das deliberações dos Governos
Provinciais, no âmbito da tutela administrativa, cabe recurso ao Ministro que
superintende na Administração Local do Estado, na qualidade de órgão central
da tutela administrativa.
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Publique-se
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RESOLUÇÃO Nº 57/2009,
de 10 de Setembro
Havendo necessidade de criar modelos de compromisso de honra, com conteúdo
adequado aos objectivos das autarquias locais, ao abrigo da alínea c) do nº 2 do
artigo 204 da Constituição da República, o Conselho de Ministros determina:
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Anexo I
COMPROMISSO DE HONRA
___________________________________________
Anexo II
COMPROMISSO DE HONRA
______________________________________
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Anexo III
COMPROMISSO DE HONRA
O Vereador
______________________________________
Anexo IV
COMPROMISSO DE HONRA
O Vereador
______________________________________
372
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ÍNDICE
Nota prévia............................................................................................................3
Prefácio .............................................................................................................6
Normas Constitucionais - Título XIV - Poder Local ........................................7
Artigo 271 – Objectivos .........................................................................................7
Artigo 272 – Autarquias locais ...............................................................................7
Artigo 273 – Categorias das autarquias locais .........................................................7
Artigo 274 – Criação e extinção das autarquias locais .............................................7
Artigo 275 – Órgãos deliberativos e executivos ......... .............................................7
Artigo 271 – Objectivos ..........................................................................................7
Artigo 276 – Património e finanças locais ...............................................................8
Artigo 277 – Tutela administrativa ..........................................................................8
Artigo 278 – Poder regulamentar ...........................................................................9
Artigo 279 – Pessoal das autarquias locais .............................................................9
Artigo 280 – Organização .......................................................................................9
Artigo 281 – Mandato .............................................................................................9
Lei nº 18/2007, de 18 de Julho, que estabelece o quadro jurídico para realização
das eleições dos órgãos das autarquias locais ...................................................11
Título I – Disposições Gerais ...............................................................................11
Capítulo I – Princípios Fundamentais ..................................................................11
Artigo 1 – Âmbito da Lei ......................................................................................11
Artigo 2 – Eleição dos órgãos autárquicos ............................................................11
Artigo 3 – Direito de sufrágio ...............................................................................11
Capítulo II – Capacidade Eleitoral Activa ........................................................12
Artigo 4 – Cidadãos Eleitores ......................................................................... ......12
Artigo 5 – Incapacidade eleitoral activa ................................................................12
Capítulo –III – Capacidade Electiva Passiva .............................................12
Artigo 6 – Cidadãos elegíveis ...............................................................................12
Artigo 7 – Inelegibilidade ....................................................................................13
Artigo 8 –Direito a dispensa de funções .............................................................13
Artigo 9 – Imunidade ..........................................................................................13
Título II – Procedimento Eleitoral ....................................................................14
Capítulo I – Marcação Das Eleições ..................................................................14
Artigo 10 – Competências ....................................................................................14
Artigo 11 – Data ..........................................................................................14
Artigo 12 – Simultaneidade das eleições ............................................................14
Capítulo II – Candidaturas ..............................................................................14
Secção I – Apresentação das Candidaturas ....................................................14
Artigo 13 – Recepção e prazo ............................................................................14
Artigo 14 – Exclusividade das candidaturas ......................................................14
Artigo 15 – Requisitos formais da apresentação ...................................................15
Artigo 16 – Mandatários de candidaturas ............................................................15
Artigo 17 – Inscrição ...........................................................................................15
Secção II – Apreciação das Candidaturas .......................................................15
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de-casal............................................................................................................228
Secção VIII – Garantias dos contribuintes .................................................228
Artigo 127 – Lei aplicável ..................................................................................228
Artigo 128 – Revisão oficiosa da liquidação ............ ...........................................228
Artigo 129 – Legitimidade para reclamar ou impugnar ......................................229
Artigo 130 – Anulação por acto ou facto que não se realizou .............................229
Artigo 131 – Anulação proporcional ..............................................................229
Artigo 132 – Reembolso do imposto .............................................................230
Secção IX – Disposições diversas ..............................................................230
Artigo 133 – Direito de preferência de organismos públicos ............................230
Capítulo VI - Contribuição de Melhoria ........................................................231
Artigo 134 – Incidência ...............................................................................231
Artigo 135 – Factor gerador .............................................................................231
Artigo 136 – Incidência subjectiva ......................................................................231
Artigo 137 - Isenções ..........................................................................................232
Artigo 138 - Requisitos .......................................................................................232
Capítulo VII – Outras receitas tributárias .....................................................233
Artigo 139 – Taxas por licenças concedidas e por actividade económica ..........233
Artigo 140 – Tarifas e taxas pela prestação de serviços .......................................234
Decreto Nº 45/2003, de 17 de Dezembro, que Regula a Mobilidade dos
Funcionários entre a Administração do Estado e as Autarquias Locais .......238
Artigo 1 - Quadros de pessoal ..........................................................................239
Artigo 2 - Formas de mobilidade .......................................................................239
Artigo 3 - Pressupostos de mobilidade ..............................................................239
Artigo 4 - Transferência de competências ..........................................................239
Artigo 5 - Integração ...........................................................................................239
Resolução Nº 08/2003, de 24 de Dezembro, do Conselho Nacional da
FunçãoPública que aprova a Metodologia para Elaboração dos Quadros de
Pessoal das Autarquias Locais .........................................................................241
Metodologia para Elaboração dos Quadros de Pessoal das Autarquias
Locais.................................................................................................................242
Decreto nº 65/2003, de 31 de Dezembro, que designa o representante da
Administração do Estado nas circunscrições territoriais cuja área de
Jurisdição coincide total ou parcialmente com a da autarquia local ..............248
Diploma Ministerial Nº 80/2004, de 14 de Maio, que Regula a Articulação dos
Órgãos das Autarquias Locais com as Autoridades Comunitárias ..............252
Regulamento da Articulação dos Órgãos das Autarquias Locais com as
Autoridades Comunitárias .............................................................................252
Capítulo I - Disposições Gerais ........................................................................ 252
Artigo 1 - Definições ..........................................................................................252
Artigo 2 - Objecto ..............................................................................................253
Artigo 3 - Princípio da legalidade ........................................................................253
Capítulo II - Direito e Deveres das Autoridades Comunitárias......................253
Secção I - Direitos e Deveres em Geral .............................................................253
Artigo 4 - Direitos em geral ...............................................................................254
Armindo dos Santos Matos Maria Sílvia da Graça e Costa
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