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Universidade Rovuma

Arcádio Luciano Joaquim


Arlete Belarmino Terenciano
Mateus Inácio Bichali
Obra Viegas
Rosa Miguel Napembe
Ruben Telmo

Tema: Um caso prático sobre Autarquias Locais


8º.grupo
(Licenciatura em Direito)

Universidade Rovuma
Nampula
2022

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Universidade Rovuma

Arcádio Luciano Joaquim

Arlete Belarmino Terenciano

Mateus Inácio Bichali

Obra Viegas

Rosa Miguel Napembe

Ruben Telmo

Tema:

Um caso prático sobre Autarquias Locais.

(Licenciatura em Direito)

Apresente hipótese enquadra-se na


Cadeira de Direito Administrativo-I,
8º.grupo, 2º.ano, leccionada pelo:

Docente: Barbosa Morais

Universidade Rovuma

Nampula,

2022
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I-PARTE

Nesta primeira fase do caso, resolvemos com base de alguns instrumentos doutrinais sem
ficar na margem ou fora dos aspectos legais. Debruçamos mais sobre, o quadro legal da
implementação das autarquias locais em Moçambique e os seus motivos exigentes que levantou
para que exista este processo, e tocamos um pouco, aquilo que é sua estrutura que orienta o seu
funcionamento das autarquias locais.

“ A Implementação das autarquias em Moçambique, assenta na ideia da prossecução dos


interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do
Estado” (art.286 da CRM). A existência de interesses locais em determinada comunidades,
diferentes dos interesses gerais da colectividade nacional, podemos dizer que foi um dos motivos
do poder central fez, para que existam algumas entidades especificamente locais, como é o caso
das autarquias locais, destinadas a tratar dos interesses locais.

Com adopção de uma nova Constituição a 2 de Novembro de 1990, e o fim da guerra civil
(assinatura do Acordo de Roma de 4 de Outubro de 1992), criaram condições favoráveis para o
desenvolvimento do processo de descentralização político-administrativa. A principal crítica
estava ligada, para alguns, à sua inconstitucionalidade porque a Constituição não previa a criação
de autarquias locais, para ultrapassar este obstáculo, o Parlamento procedeu a uma reforma
parcial da Constituição, em 1996, introduzindo um novo título, consagrado ao poder local.

Esta reforma constitucional introduziu novas figuras jurídicas de que era necessário
tomar em conta na elaboração das leis e regulamentos futuros para a implementação do processo
de descentralização. É assim que o Parlamento aprovou a 27 de Dezembro de 1996 a Lei-quadro
sobre o regime jurídico das autarquias locais (promulgada em Fevereiro de 1997. No início do
ano seguinte foram aprovadas novas leis (finanças locais, tutela administrativa, estatuto dos
titulares dos órgãos das autarquias locais, criação das autarquias locais, Lei eleitoral das
autarquias locais, recenseamento eleitoral) que permitiram a implementação efectiva deste
processo e constitui o que se pode designar por modelo de descentralização territorial de
Moçambique.

Quando falamos da descentralização, a doutrina define que “é um sistema em que função


administrativa esteja confiada não apenas ao Estado, mas também a outras pessoas colectivas
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publicas-territoriais, designadamente as autarquias locais”, Segundo Albano Macie. Do ponto de
vista sobre as autarquias locais, tem a personalidade jurídica, autonomia administrativa,
atribuição da autonomia financeira e patrimonial. Por outro lado, esses poderes transferíveis pelo
poder central, tem os seus limites ao exercício.

No entanto, no que diz respeito o modelo de descentralização territorial de Moçambique, no


entendimento do doutrinador GILLES CISTAC. (2012.p.5), debruça que este modelo apresenta
os seguintes pontos:

• “Apresentar arquitectura geral;

• Descrever a sua dinâmica; E por último virar para o futuro, para identificar os desafios
que o poder local moçambicano devera enfrentar”.

A Constituição da República de Moçambique (revista em 2018) consagra, a existência do


Poder local. De acordo com o Artigo 267 da Lei fundamental estabelece que:

“ O Poder Local tem como objectivos organizar a participação dos cidadãos na solução dos
problemas próprios da sua comunidade e promover o desenvolvimento local, o aprofundamento
e a consolidação da democracia, no quadro da unidade do Estado Moçambicano”.

“ O Poder Local apoia-se na iniciativa e na capacidade das populações e actua em estreita


colaboração com as organizações de participação dos cidadãos”.

Segundo o autor, Gilles Cistac. (2012.p,21 e 22), entende que, a dinâmica do processo
de descentralização territorial é “orientada pelo princípio do gradualismo que encontra a sua
aplicação tanto ao nível do processo de criação das autarquias locais como ao nível da
transferência das competências do Estado para autarquias locais”. As razões da escolha do
gradualismo estão directamente ligadas à existência de condições mínimas para poder gozar
efectivamente da autonomia administrativa, financeira e patrimonial. A reunião destas condições
caracteriza o que foi baptizado de princípio do gradualismo. Assim, a escolha do princípio do
gradualismo explica-se por razões directamente ligadas à existência ou a suficiência de
condições económicas e sociais necessárias e indispensáveis para o bom funcionamento da
administração autárquica e isto, de forma sustentável. De uma forma resumida a doutrina nos
fala sobre alguns desafios das Autarquias locais que poderão alcançar, “um esforço em termos de
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criação de mecanismos que têm como objectivo a participação sempre mais activa dos munícipes
nos processos de decisões das autarquias locais”. Esta participação mais activa dos cidadãos
pode contribuir para o reforço da responsabilidade política do Governo nas suas relações com a
sociedade e uma melhor tomada em conta, pelo Estado, das instituições onde se exerce.

II-PARTE

A segunda parte do caso, resolvido com base dos instrumentos legais.

1. O Presidente do Conselho Autárquico, tomou por iniciativa própria, criar um novo


imposto municipal. Sobre analise deste caso, o proponente foi incompetente, porque direito
positivo proíbe, as autarquias locais, de criar receitas que têm uma natureza fiscal. A
Constituição reserva ao Parlamento o poder de criar o imposto nos termos do n.º 2 do Artigo 127
e nenhuma disposição constitucional prevê uma partilha de competência nesta matéria.

Por outras palavras, o legislador detém a exclusiva competência de criar impostos autárquicos.
Se as autarquias locais não tiverem nenhum poder no que diz respeito à criação de receitas
fiscais, pelo contrário, dispõem de uma relativa liberdade de criação de receitas de natureza não
fiscal, nomeadamente, as taxas e rendas que resultam de um serviço prestado. Subponto de vista
de competências, o acto do Presidente do conselho Autárquico, dispõe de costume contra legis
ou seja de forma contrária a lei. Pois, nos termos do artigo 100 da CRM, os impostos são criados
por lei, conjugado com o nº.2 do artigo 127 da CRM. Portanto, este órgão é incompetente para
criar um novo impostos, pois, a lei nos termos da alinha o) do no 2 do artigo 178, prevê que é da
exclusiva competência da Assembleia da República, definir as bases da política, do imposto e
sistema fiscal.

Do grosso modo, o artigo 63 da lei 6/2018 de 3 de agosto, faz uma descrição das competências
do presidente do conselho municipal, não concede a este órgão a prerrogativa de criar os
impostos e logo este órgão é incompetente sob Pena de nulidade do acto.

2. Segundo o Presidente é uma forma de comparticipação do cidadão municipal na


edificação das infra estruturas estradais. Neste contexto o Presidente, violou o princípio da
legalidade nos termos do art.17 da lei nº.13/2018 de 17 de Dezembro, que estabelece, “a
autarquia local desenvolve a sua actividade em estreita obediência à Constituição, aos preceitos

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legais e regulamentares e aos princípios gerais de direito, dentro dos limites dos poderes que lhes
estejam atribuídos e em conformidade com os fins para que os mesmos lhes foram conferidos”.
Do ponto de vista legal, não está prevista a matéria no que diz respeito a existência do imposto
denominado o “imposto de circulação e da residência dos cidadãos nas autarquias”.

Os órgãos das autarquias locais devem aproximar-se das comunidades e autoridades tradicionais
e organizar modos de consulta e de participação para integrá-los nos processos de tomada de
decisão. Por outras palavras, podemos dizer que, existem despesas proibidas às autarquias locais
despesas contrárias à constituição ou seja, despesas que resultam da realização concreta de
atribuições que não pertencem às autarquias locais ou tendentes a realizar interesses que não
apresentam um carácter suficientemente próprio às populações.

A justificação do conselho autárquico, fere também os precitos legais, pois, o artigo 4 da lei
1/2008 de 16 de Janeiro, já estabelece garantias de sujeitos passivos. Os impostos são regulados
pelo artigo 51 da lei 1/2008, conjugados com o nº.2 do mesmo artigo. Consubstanciando o
número o nº.2 do art.38 da com, os actos que ferem a constituição são sujeitos a sanção, nos
termos da lei.

3. Assembleia municipal sendo um órgão deliberativo apreciou positivamente a proposta


da nova lei municipal. Neste caso é improcedente, porque nos termos do art.18 da lei nº.13/2018
de 17 de Dezembro, esta definido o princípio da Especialidade que estabelece, “Os órgãos das
autarquias locais, podem deliberar ou decidir no âmbito das suas competências e para a
realização das atribuições que lhes são próprias.

Nos termos da lei a assembleia municipal, não pode em nenhum momento apreciar e deliberar as
matérias que não estão enquadradas dentro da sua área e veda aprovar, matéria que contraria ou
que não está de acordo com a lei fundamental. Nos termos do art.14 da lei nº.5/2019, estabelece
que, “a assembleia provincial e autárquica, podem ser dissolvidas pelo governo em
consequências de acções ou omissões graves”, por alguns exemplos a violação da constituição, a
responsabilidade pela não prossecução das atribuições. Por isso assembleia da autarquia local
tem o dever de apreciar e deliberar as propostas que não estão fora da sua área da actuação ou
seja tem o dever de observância da lei, isto é actuar nos limites indicado pela constituição.”. De
acordo a) do no 3 do artigo 45 da lei 6/2008 é inconstitucional, pese embora, a lei prevê que

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compete a assembleia municipal aprovar, regulamentos e posturas, pois é da assembleia da a)
nº.2 do artigo 178.

4. O Governador provincial mandou um ofício a Assembleia provincial, para que o acto


do presidente da aquela autarquia fosse anulado, isto é incompetente, visto que não é o
Governador provincial um órgão tutelar das autarquias locais. A tutela administrativa é exercida
pelo Conselho de Ministros, podendo delegar esta competência ao Ministério que superintende a
área da Administração local e o Secretário do Estado na província. Nos termos do nº.1 do art.5,
da lei nº.5/2019 de 31 de Maio. Em primeiro ponto nota-se, há um problema ou conflito de
competências, entre os órgãos da administração pública, e sem base legal, porque nenhum das
entidades descentralizadas, citou a legislação, desde o presidente da autarquia, o governo
provincial, o ministério da administração estatal e função pública. No âmbito das atribuições, a
Constituição estabelece:

“Uma separação completa entre órgãos de governação descentralizados e as autarquias,


continuando ambas estas entidades a integrar o Poder Local nas respectivas áreas de actuação,
revestindo a natureza jurídica de pessoas colectivas públicas” nos termos do art.270. No que
cerne as taxas de circulação, também este órgão é incompetente de acordo o artigo 51 da lei
nº.1/2008 de 16 de Janeiro.

5.A situação das decisões e das deliberações tomadas nos dois órgãos das entidades
descentralizadas, suscitou intempéries a nível central. Sobre análise da proposta, podemos dizer
que, estamos perante na tutela administrativa. Os órgãos de governação descentralizada
provincial e das autarquias locais estão sujeitas a tutela administrativa do Estado, que consiste na
verificação da legalidade dos actos administrativos através de inspecção, auditoria, inquérito e
sindicância. Nos termos do nº.1 e 2 do art.7, da lei nº.5/2019 de 31 de Maio.

6. O Ministério da Administração Estatal e Função Publica, decretou nos seguintes


termos: “nos termos do poder tutelar que a lei me confere, anulo as decisões tomadas pelo
município e governo provincial. Com essa decisão tomada pela entidade tutelar, sobre a análise
do caso ou proposta em causa, podemos dizer que estamos perante na tutela integrativa que
consiste em poder de autorizar as entidades tuteladas validar os seus actos, no caso de não
observância da condição de validade, resulta invalidade ou nulidade dos actos das entidades

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tuteladas, por outro lado visa controlar a legalidade e o mérito das decisões administrativas da
entidade tutelada.

7. Pelo facto de que a decisão para a alteração e criação do imposto de natureza local
cabe ao Ministério da Administração Estatal e Função Publica, na qualidade do órgão tutelar”.
Sobre análise da proposta em pertinência é inconstitucional, porque o ministério da
administração estatal e função pública não tem legitimidade para criar os impostos, em
conformidade com o artigo 100 da CRM. O Conselho de Ministros, nos termos do nº.2 do art.51
da Lei n.º 1/2008 de 16 de Janeiro, é o órgão competente para aprovar os código tributário
autárquico e de posturas para a aplicação dos impostos e taxa, previsto no nº.1 do art.51 da Lei
n.º 1/2008 de 16 de Janeiro.

8. O imposto só pode entrar em vigor após a ratificação do Ministério que superintende a


área das finanças. Neste caso, é procedente porque a lei apenas admite que o Governo exerça
tutela financeira sobre as autarquias locais, podendo delegar esta competência ao ministério que
superintende a área de finanças cuja o seu exercício da tutela é feito, através de “inspecções,
inquéritos e sindicâncias, actos de natureza financeira e patrimonial praticados pelos órgãos de
governação descentralizada provincial e das autarquias locais”, nos termos do nº.1 do art.9 da lei
5/2019.

No que respeita à gestão patrimonial e financeira, esta tutela tem por objecto a verificação do
cumprimento da lei, nomeadamente do plano de actividades, orçamento e respectiva execução,
contabilidade, criação, liquidação e cobrança de receitas, etc. Autonomia Local consagra o
conceito como o direito das autarquias locais, sob sua responsabilidade e no interesse das
respectivas populações, uma parte importante dos assuntos públicos. As autarquias locais
dispõem de completa liberdade de iniciativa, relativamente a questões da sua competência que é
fixada por lei. Nestas condições, a existência de um controlo do Estado sobre as autarquias locais
é um elemento constituinte do próprio processo de descentralização. Contudo, é necessário que
este controlo seja organizado de maneira a respeitar o princípio de autonomia consagrado pela
própria Constituição, visto que a tutela administrativa pode limitar a autonomia das autarquias
locais.

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9. O presidente reagiu com alegações de que o seu município goza de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial. No que diz respeito ao poder regulamentar, a
Constituição apenas consagra este princípio e os seus limites, ao estabelecer que o mesmo é
exercido em conformidade com a Constituição, as leis e os regulamentos das autoridades com
poder de tutela. Significa que os órgãos locais têm autonomia dentro de limites estabelecidos,
para formular políticas locais, estabelecer prioridades e planear o atendimento das demandas.
Dito em outras palavras, a descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce
atribuições próprias que não decorrem do ente central.

De maneira geral, as autarquias locais não exploraram com eficácia o potencial fiscal,
exclusivamente, quase com dotações financeiras do Estado. Isto não quer, por conseguinte, dizer
que as autarquias locais não têm suficientemente recursos, mas que utilizam pouco o potencial
tributário autárquico determinado por lei recorrendo à facilidade de acesso à recursos
transferidos anualmente pelo Estado através do Fundo de Compensação Autárquica. Este fundo
que tem por principal objecto “ complementar os recursos orçamentais das autarquias” (Artigo
43 da Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro), tornou-se, com efeito, a principal fonte de financiamento
do seu orçamento.

A autonomia financeira encontra o seu principal limite, os mecanismos de financiamento do


processo de transferência de funções estabelecidos pelo Artigo 16 da Lei n.º 1/2008, de 16 de
Janeiro, não oferecem uma real garantia da autonomia financeira às autarquias locais. Com
efeito, é o orçamento do Estado que financia anualmente o exercício das competências
transferidas. Assim as autarquias locais dependem exclusivamente dos recursos estatais para
exercer as competências transferidas o que é contrário, no seu princípio, à autonomia financeira.

10. Por essa sorte não obedece, nas suas decisões, aos órgãos titulares. Neste caso, esta
bem esclarecido nos termos do Art.10 da lei 5/2019, estabelece que, “a eficácia de certos actos
administrativos financeiros praticados pelos órgãos descentralizada provincial e das autarquias
locais fica dependente da ratificação pelo órgão com poderes tutelares”. “O acto administrativo
não ratificado é ineficaz”.

11. O presidente do Conselho Autárquico considerando o acto do Ministério da Administração


Estatal e Função Publica ilegal, recorreu ao tribunal fiscal.

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Neste caso,ompetênciapara julgar a matéria em discussão, é da exclusiva competência Tribunal
Administrativo, o tribunal fiscal e em última instância o conselho constitucional, de acordo com
o artigo 25 da lei 4/2019 de 31 de Maio.

Portanto no âmbito da ratificação do acto do órgão tutelado, quando não está satisfeita, esse tem
legitimidade para apresentar a reclamação ou recurso contencioso ao plenário do tribunal
administrativo, nos termos do nº.5 e 6 do art.11 da lei nº.5/2019, conjugado com o art.49 da lei
nº.14/2011, onde estes estabelecidos os órgãos com competências para a resolução de conflitos
de natureza jurisdição, de atribuições e de competência. Portanto, nos termos do nº.4 do mesmo
artigo, estabelece que, “os conflitos de atribuições são resolvidos pelo tribunal administrativo e
pelos tribunais administrativos, mediante recurso contencioso, envolvam órgãos de pessoas
colectivas diferentes”.

Neste caso, o facto de apresentar reclamação, procede nos termos do nº.4 do art.12 da lei
nº.13/2018 de 17 de Dezembro, que estabelece, “ as autarquias locais podem impugnar
contenciosamente as ilegalidades cometidas pela autoridade tutelar no exercício dos poderes de
tutela”. Por último, a constituição, atribui objectivos ao Poder Local que este deverá prosseguir.
Contudo, a realização destes objectivos precisa de estruturas e um grau de autonomia suficiente
para permitir a realização concreta dos interesses e fins consagrados pela Constituição. No
entanto, a criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua responsabilidade global sobre
o país e o funcionamento das diversas instituições constitucionalmente existentes deve, por
conseguinte, exercer algum controlo sobre as autarquias locais.

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