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Faculdade de direito
Licenciatura em administração pública
Introdução.............................................................................................................................. 2
1. Noções ............................................................................................................................ 4
Conclusão ............................................................................................................................ 11
Poder Local tem como objectivos organizar a participação dos cidadãos na solução dos
problemas próprios da sua comunidade e promover o desenvolvimento local, o
aprofundamento e a consolidação da democracia, no quadro da unidade do Estado
Moçambicano.
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1. Noções
Importa para nos falar das autarquias locais que segundo a Constituição da República de
Moçambique no artigo 286 define como sendo “são pessoas colectivas públicas, dotadas de
órgãos representativos próprios, que visam a prossecução de interesses das populações
respectivas, sem prejuízo de interesses nacionais e da participação do Estado” ( p.99).
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Os órgãos representativos: as autarquias locais têm órgãos representativos das
respectivas populações e são eleitos por essas mesmas populações. A nossa
constituição optou pela eleição directa do órgão deliberativo (Assembleia autárquica)
e do órgão executivo singular (o Presidente do Conselho autárquico).
De acordo com Cistac e Chiziane (2008), se o princípio constitucional do poder local não
constitui uma garantia material colocada para conferir uma circunstância concreta a
descentralização, constitui, pelo menos uma garantia procedimental.
Na mesma perspectiva do autor acima citado, em outras palavras, este princípio é fundamento
da descentralização administrativa territorial e constitui um direito fundamental que a lei não
pode por em causa. Ela serve para lembrar ao legislador ordinário que as autarquias locais são
o objecto central da autonomia e que não serão permitidas, pelo juiz constitucional, as
restrições que não sejam necessárias ou proporcionais e que de qualquer modo, um conteúdo
mínimo – núcleo duro de funcionamento destas instituições ultrapassa a sua vontade.
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Os órgãos de governação descentralizada provincial, distrital e das autarquias locais gozam da
autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Entende-se por autonomia local o direito
e a capacidade efectiva das entidades descentralizadas regulamentarem e gerirem nos termos
da lei, sob a responsabilidade e interesse das populações uma parte dos seus assuntos
públicos.
A primeira lei sobre descentralização foi aprovada mesmo antes do início do mandato da
Assembleia multipartidária em 1994, a Lei n.° 3/94, no âmbito do Programa de Reforma dos
Órgãos Locais (PROL) em curso desde 1991, que criava o quadro legal e institucional de
reforma dos órgãos locais, e foi revogada pela Lei n.° 2/97, ainda em vigor, (p.142).
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Esta lei criou condições para emenda constitucional de 1996, que introduziu uma revisão
pontual à lei fundamental do país, consagrando as autarquias locais como pessoas colectivas
públicas, dotadas de órgãos representativos próprios.
Não obstante a previsão constitucional, a lei pode estabelecer outras categorias autárquicas
superiores ou inferiores a circunscrição territorial do município ou de povoação. Depende
igualmente do legislador ordinário a criação e a extinção de autarquias locais, que fixa os
pressupostos de decisão a consulta aos seus órgãos, no caso de extinção, naturalmente factores
geográficos, demográficos, económicos, sociais, culturas e administrativos, interesses de
ordem nacional ou local em causa, razões de ordem histórica e cultural, e avaliação da
capacidade financeira para a prossecução das atribuições que lhe estiverem cometidas.
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É de criticar esta política legislativa, que consiste em prever a criação de pessoas jurídicas
sem que exista a mínima ideia do momento da sua materialização. Esta situação cria
espectativas legítimas por parte dos cidadãos que acabam sendo frustrados pelo Estado.
Outra crítica que se pode fazer ainda esta relacionada com a povoação. É que de acordo com a
Constituição nos termos já vistos, ela é uma categoria de uma autarquia local, portanto a
organização territorial administrativa descentralizada que corresponde a sede do posto
administrativo, na organização territorial administrativa desconcentrada. Parece assim que o
legislador constitucional, na revisão da Constituição de 2004, introduziu de forma
equivocada, na última organização, o escalão de povoação.
Mas temos cidades que são concomitamente sedes de postos administrativos, assim nos
parece ser mais correcto dizer que a povoação corresponde a circunscrição territorial da sede
do posto administrativo, quando esta não for, nem cidade, nem vila.
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Por outras palavras o legislador deve se questionar no momento da repartição das atribuições,
qual é o nível de colectividade territorial melhor colocada para prosseguir, tendo em
consideração os objectivos prosseguidos, as dimensões ou os efeitos da acção publica
pretendidos. Em consequência, o Estado deve conferir as autarquias locais todas as
atribuições que elas podem melhor prosseguir.
Em suma elas têm apenas as atribuições que o Estado lhes confere. É de finalizar portanto que
este princípio de subsidiariedade tem valor essencialmente procedimental, de qualquer modo
o legislador deve observar o princípio subsidiariedade no momento da repartição das
atribuições entre o Estado e as suas autarquias locais.
De acordo com Cistac e Chiziane (2008), define se a experimentação como sendo “a primeira
fase operatória de um processo de reforma cuja função permanece limitada e cujo objecto é
fazer a economia dos inconvenientes ligados a aplicação imediata de medidas generalizadas ”
(p. 18).
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melhorar as disposições antes de as generalizar. Ela permite igualmente dissipar os receios e
desfazer as reticencia que suscita sempre toda a perspectiva de mudança. Melhor aceite a
reforma pode então mais rapidamente e mais plenamente produzir efeitos.
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Conclusão
Após a elaboração do trabalho que tem como tema da necessidade de se respeitar o princípio
constitucional de poder local foi importante perceber alguns aspectos importantes para o
ensino e aprendizagem na cadeira de Administração Autárquica tais como ׃o princípio
constitucional de poder local compreende a existência de autarquias locais, que são definidas
como sendo autarquias locais pessoas colectivas publicas, dotadas de órgãos representativos
próprios, que visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo
dos interesses nacionais e da participação do Estado.
Neste momento existem apenas 33 municípios, sendo 23 cidades e 10 vilas. Não existindo
portanto nenhuma povoação. É de criticar esta política legislativa em Moçambique, que
consiste em prever a criação de pessoas jurídicas sem que exista a mínima ideia do momento
da sua materialização. Esta situação cria espectativas legítimas por parte dos cidadãos que
acabam sendo frustrados pelo Estado. Outra crítica que se pode fazer ainda esta relacionada
com a povoação. É que de acordo com a Constituição nos termos já vistos, ela é uma
categoria de uma autarquia local, portanto a organização territorial administrativa
descentralizada que corresponde a sede do posto administrativo, na organização territorial
administrativa desconcentrada.
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Referências bibliográficas
Amaral, D.F. (2006). Curso de direito Administrativo. (3ª ed). Coimbra ׃Almedina.
Mãe. (2002). Folha informativa dos Municípios. Maputo Julho de 2002: Maednda.
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