Você está na página 1de 14

Universidade Mussa Bin Bique

Faculdade de Direito
Delegação de Nampula

Tema: Descentralização e órgãos locais

Discentes:
Armando Carro
Elicio António
Laurinda Paulo José Francisco
Cecília Francisco
Ivaldo da Costa ali Ussieque
Jacinto Alberto

Nampula
Abril, 2019
Universidade Mussa Bin Bique
Faculdade de Direito
Delegação de Nampula

Tema: Descentralização e órgãos locais

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


direito constitucional a ser apresentado á
Faculdade de Direito, Mussa Bin Bique,
Delegação de Nampula, no curso de
Licenciatura em Direito.

Docente:

Nampula
Abril, 2019

Índice
Introdução........................................................................................................................................3

1.Conceitos………………………………………………………………………………………4

2. Individuo e a Sociedade.………………………………………………………………………5

3. A ética na Sociedade Clássica………………………….…………………………….……….6

3.1 Ética do Platão………………………………………………………………………….……6

3.1.1 Ética de Aristóteles……………………….……………………………………………….6

4. A ética na Sociedade………………………………………………………………………….7

5. Ética na Sociedade Moderna.………………………………………………………………….8

6.A reflexão contemporânea Sobre a ética na Sociedade………….………………………….…9

7.Acto ético…………………………………………………………………………………….10

Conclusão……………….……………………………………………………………………...11

Bibliografia……………….………………………………………………………….……….12
3

Introdução

Ao concebermos que a ética é a preocupação do ser humano desde há muito tempo, é dentro
desta perspetiva de uma filosofia introspetiva que agregamos uma serie de conceitos
fundamentais. Centra-se no agente moral que é a pessoa responsável pela decisão de como
aplicar os princípios morais gerais as situações específicas para alcançar os resultados alcançados
desejados afetados, por isso, pela integridade e competência do mesmo.

Com o tema: o desafio da ética, apesar de ser tao complexo e difícil a sua compreensão logica,
surgiu motivações para realização deste trabalho, com as consultas bibliográfica de vários
autores.

Faz-se necessário salientar que não se pretendeu esgotar a discussão do tema em apenas um
trabalho académico realizado por mais coeso que o trabalho apresenta, oque se pretendeu foi de
elucidar pontos importantes, diante de importância do assunto e dentro diste, tentar trabalhar na
vertente do possível, de uma forma mais coerente em proveito do tema em alusão.

Desta feita, o trabalho tem por objetivo analisar os diversos entendimentos da ética como um
desafio na sociedade, os diferentes ideias dos pensadores sobre amataria, contribuir para `que
haja uma maior reflexão sobre questões inerente as as virtudes do ser humano dando assim
dando assim um impulso as questões éticas que variam no tempo e espaço, e ainda apresentam
uma característica fundamental que envolve a posição dos indivíduos em relação ao valor e as
virtudes que são defendidos em seu meio cultural.

Para a sua compreensão, para além introdução este obedece a seguinte estrutura:

Apresenta alguns conceitos. Segue conceitos, Individuo e a sociedade, A ética na sociedade


clássica, A ética na sociedade clássica, Ética na sociedade moderna, A reflexão contemporânea
sobre a ética na sociedade, O acto ético, conclusão e bibliografia.
4

Conceitos
Etimologicamente, descentralizar significa˝ tirar do centro para a periferia˝. “A
descentralização é o poder de decisão que é delegado a quem está próximo às condições locais,
a quem vive o problema. Todo aquele processo oneroso e inviável de comunicações é evitado,
com resultados melhores. ao mesmo tempo em que os problemas locais são resolvidos com
maior eficácia.” (BRESSER-PEREIRA, 2004, p.91)

Portanto, a descentralização caracteriza-se quando um poder antes absoluto, passa a ser


repartido. Por exemplo, quando uma pessoa ou um grupo tinha um poder total e absoluto, e
depois é repartido este poder com outras pessoas ou outros grupos, ou seja, ele foi
descentralizado e repartido.

A administração pública é uma actividade do Estado exercida pelos seus órgãos encarregados
do desempenho das atribuições públicas. É o conjunto de órgãos e funções instituídos e
necessário para obtenção dos objetivos do governo.

Órgãos Locais do Estado, também, abreviados por OLE, são o conjunto de diferentes actores
do aparelho do estado que lhe representam em diferentes escalões, isto é, o escalão Provincial, o
Escalão Distrital, o Escalão do Posto Administrativo e Escalão da Localidade.

Autarquias são entidades dotadas de personalidade jurídica oriunda da administração indireta


ou descentralizada. É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio
e receita próprios para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para
o seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

Para o filólogo Ferreira (1996): “Autarquia significa Entidade autônoma, auxiliar e


descentralizada da administração pública, sujeita à fiscalização e à tutela do Estado, com
patrimônio constituído de recursos próprios, e cujo fim é executar serviços de caráter estatal ou
interessantes à coletividade, como, entre outros, caixas econômicas e institutos de previdência.”
5

Aspetos históricos da descentralização

O processo de descentralização é relativamente antigo em Moçambique apesar de que se tornou


mais consistente a partir do fim dos anos 801. Com efeito, desde a segunda metade do século
XIX, a descentralização é uma questão de natureza política que interessa diretamente à
Moçambique como província ultramarina de Portugal. Ao abrir o relatório que precede ao
Decreto de 1 de dezembro de 18692 escrevia REBELLO DA SILVA: “Persuadido de que o
estado de algumas das nossas possessões não só consentia, mas aconselhava a reforma das
instituições administrativas na parte em que uma prudente descentralização podia conceder à
iniciativa local acção mais ampla …”. Mais adiante no texto, o relator prossegue: “Nas
atribuições de que o projecto investe as juntas gerais de província traduz-se o princípio da
descentralização”.

Contudo, esta obra legislativa não foi, em grande parte, aplicada. Duas razões fundamentais
foram a causa deste fracasso.

A primeira razão é que desde a sua origem, a organização administrativa das províncias
ultramarinas portuguesas era baseada no princípio da “assimilação” das colónias em geral, e
Moçambique, em especial, à metrópole. Insistia-se para considerar as colónias como simples
províncias do reino, as “províncias ultramarinas”, às quais aplicava-se, com ligeiras alterações,
as leis aprovadas para a parte continental do império, os critérios da administração e os planos de
governo estabelecidos e traçados pela metrópole. Esta “assimilação forçada” que não tomava em
conta as realidades e especificidades próprias de cada província ultramarina, apenas podia
encontrar sérios problemas na sua implementação.

A segunda razão residia no carácter fortemente centralizado do Estado colonial, não só pela
preservação na metrópole dos centros de decisão sobre as questões consideradas estratégicas,
mas também pelo facto da existência de uma forte centralização interna em cada província
ultramarina, uma vez que o Governador-Geral e o seu governo, detinham as principais
6

competências sobre a administração do território. Formalmente, existia na província de


Moçambique o que se chamava, na linguagem administrativa, os “corpos administrativos,
(Câmaras municipais, comissões municipais, juntas locais) que gozavam de uma certa
autonomia. Contudo, o balanço realizado por alguns autores sobre a actividade destes “corpos
administrativos” é amplamente negativo. Com efeito, pôde-se observar que segundo GUAMBE,
J.M “a natureza autoritária do regime colonial, aliada à necessidade de forte domínio sobre as
então províncias ultramarinas, conduzia a que mesmo as denominadas estruturas municipais
então existentes fossem uma simples extensão do poder central. A sua autonomia era reduzida,
como eram reduzidas as suas competências quase inexistentes os meios financeiros próprios”

Descentralizaçãoː politica e estrutura

O GOVERNO aprovou, em setembro de 2012, a Política e Estratégia de Descentralização. Ela


funda-se nas tradições e na prática de democracia de base que tem caracterizado o processo de
edificação do Estado moçambicano. A Constituição de 1990 abriu espaço ao sistema
multipartidário e à possibilidade de uma maior participação dos cidadãos na eleição dos seus
representantes. A emenda constitucional de 1996 introduziu uma revisão pontual à lei
fundamental do país, consagrando as autarquias locais como pessoas colectivas públicas, dotadas
de órgãos representativos próprios.

A Política e Estratégia de Descentralização (PED) explicita integra e orienta de forma mais


sistematizada as várias acções no domínio da descentralização no país. Neste processo, o talento,
a capacidade, o sentido de responsabilidade dos cidadãos são a força motriz da solução dos seus
problemas, segundo explicou Cândida Moiane, directora de planificação e desenvolvimento
institucional no Ministério da Administração Estatal.

Ao Estado competem as funções de soberania, a criação do quadro de estabilidade indispensável,


a garantia da unidade nacional. Contudo, a participação não se esgota nessas funções principais.
A mais consequente participação dos cidadãos é quando estes tomam conta dos assuntos de
interesse da sua comunidade.

A criação das autarquias locais tem como objectivo último o bem-estar e a melhoria da renda e
da qualidade de vida do cidadão, o que é possível através do desenvolvimento económico local.
A prestação de melhores serviços em cada comunidade depende dos recursos gerados nas
7

próprias comunidades. O desenvolvimento dos serviços urbanos está em relação directa com o
aumento de receitas autárquicas, pelo que a maior atenção deve ser dada a área do
desenvolvimento local nas autarquias.

No que concerne à desconcentração, o ponto de partida é o reconhecimento de que existe uma


cultura de organização vertical enraizada no Estado. Num determinado período histórico, os
órgãos centrais consideraram sua missão operar direitamente no território.

Essa intervenção directa permite obter resultados sectoriais, mas em contrapartida não permite
um desenvolvimento equilibrado. A sua réplica, ao nível local, cria dificuldades de coordenação.
Enquanto a governação integrada parte de uma visão holística (global) de cada território onde o
bem-estar das populações é uno para as resolver de forma coordenada e com economia de
esforços. O saneamento do meio, educação, desenvolvimento, manutenção da ordem e segurança
públicas, gestão das calamidades não são acções separadas ao nível local. A sua organização por
sectores ao nível central responde a uma indispensável exigência de especialização.

O princípio da organização e funcionamento a seguir é constituir estruturas integradas de modo a


garantir a celeridade e adequação das decisões às realidades locais, tendo em consideração as
necessidades, potencialidades e capacidades existentes para o desenvolvimento local. A liderança
a todos os níveis deve desenvolver, assumir e colocar em prática o conceito de descentralização.
Com efeito, uma tutela activa e efectiva, confiante e pautada pela legalidade garantem a
confiança necessária para a extensão permanente do processo.

O processo de descentralização parte do reconhecimento das capacidades e iniciativas dos


cidadãos, individualmente e organizados nas suas instituições, para um efectivo combate à
pobreza através do desenvolvimento económico e uma eficiente prestação de serviços públicos.
As iniciativas e capacidades são apoiadas e desenvolvidas pelas instituições públicas mais
próximas dos cidadãos que recebem poderes e meios crescentes do Estado para apoiar essas
iniciativas e desenvolver as capacidades.

Em Moçambique, a descentralização é feita através de autarquias locais, órgãos locais do Estado


e instituições de participação e consulta comunitária.
8

De forma mais específica, a política de descentralização visa promover a participação dos


cidadãos, comunidades e outros actores na governação local, melhorar o desempenho da
administração local do Estado e da administração autárquica, através de mecanismos que
conduzam à eficácia e eficiência na prestação de serviços e promover a convergência e interação
entre as diversas formas de descentralização, nomeadamente democrática, empoderamento das
comunidades e desconcentração, como movimentos coordenados visando a promoção do
desenvolvimento local e bem-estar das populações. Visa ainda promover a capacitação contínua
dos intervenientes no processo de descentralização, nomeadamente órgãos e instituições centrais
e locais do Estado, autarquias, comunidades e cidadãos.

Constituem princípios operacionais da descentralização gradualismo na criação de novas


autarquias locais e na transferência de mais funções e competências, à medida que forem criadas
condições objectivas para o efeito. Onde necessário, outras categorias autárquicas, superiores ou
inferiores à circunscrição do município ou da povoação poderão ser criadas.

No que diz respeito às autarquias locais, no quadro da estratégia, pretende-se prosseguir com a
transferência de competências para os municípios. Nesta perspectiva, o Estado continuará com o
processo de transferência das competências para as autarquias locais em curso por sua iniciativa
e por iniciativa dos municípios e assegurará a transferência dos respectivos recursos, bem como a
criação das capacidades para o pleno exercício das novas atribuições pelos municípios.

O Estado promove as iniciativas de cooperação e colaboração inter-municipal e encoraja


empreendimentos e iniciativas comuns dos municípios vizinhos na provisão de serviços públicos.
Prevê a capacitação e o apoio aos municípios na identificação e arrecadação de receitas,
mobilização de recursos, gestão e processos orçamentais, reforçar a capacidade de tutela
inspetiva para garantir a legalidade da gestão financeira e patrimonial das autarquias locais, entre
outras acções.

No âmbito do reconhecimento e empoderamento das comunidades locais, promover a troca de


experiências, sistematizar e disseminar as boas práticas nas instituições de participação e
consulta comunitária, desenvolver a mobilização e organização das comunidades para gestão e
fornecimento total ou parcial do processo de provisão de serviços, promover a capacitação dos
9

conselhos e iniciativas comunitárias que contribuem para o aumento de produção e melhoria das
suas condições de vida, entre outras acções.

A estratégia contém ainda assuntos transversais, como inclusão da mulher no processo de


planificação local e garantir a sua promoção em funções de direção e chefia na administração
pública local e inclusão nos planos estratégicos e operacionais dos órgãos locais das actividades
de prevenção e combate ao HIV/SIDA.

Órgãos Locais do Estado

Como explicitamos nos conceitos acima, os Órgãos Locais do Estado sendo um conjunto de
diferentes actores do aparelho do estado que lhe representam em diferentes escalões como
provincial, distrital, Posto Administrativo e Localidade. Tem estes a competência de decisão,
execução e controlo no respectivo escalão, são os principais facilitadores da aproximação dos
serviços públicos às populações.

Escalão provincial - A província é a maior unidade territorial da organização política,


econômica e social da Administração do Estado. A nível da província, existem dois órgãos locais
do Estado, nomeadamente: (a) o Governador Provincial e (b) O governo provincial que, por sua
vez é constituído por: Governador Provincial, Secretário Permanente e Directores Provinciais.

Escalão distrital - O distrito é a unidade territorial principal da organização e funcionamento da


Administração Local do Estado e a base da planificação do desenvolvimento econômico, social
e cultural de Moçambique. No distrito, os órgãos locais do estado são: (a) o administrador
distrital e (b) o Governo Distrital, composto pelo Administrador Distrital e os Directores dos
Serviços Distritais.

Escalão do Posto Administrativo -O Posto administrativo é o território inferior ao distrito com


vista a assegurar maior participação dos cidadãos na realização dos interesses locais. O órgão
local que representa o estado neste escalão é o chefe do Posto Administrativo.

Escalão da Localidade - É o território base para o contacto permanente dos órgãos locais do
estado com as comunidades e respectivas autoridades. O órgão Local do Estado da localidade é
o Chefe da Localidade.
10

Autarquias locais

As autarquias locais são pessoas colectivas publicas dotadas de órgãos representativos próprios
que visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses
nacionais e da participação do Estado (Lei no. 2/97, art. 1).

Na organização democrática do Estado, o poder local compreende na existência de autarquias


locais, em que estas desenvolvem actividades no quadro da unidade do Estado e organiza-se
com pelo respeito a unidade do Poder político e do ordenamento jurídico (Lei no. 2/97, art. 1).
11

Conclusão
Realizado o trabalho, conclui-se que habilidades e conhecimentos são frutos da aprendizagem,
isto é, do nosso intelecto. Atitudes morais, postura ética idónea e integridade de caracter, isto
sim, é fruto de habitualidade com que praticamos actos cada vez melhor e mais purificados. A
inteligência apenas dita as nossas escolhas, mas as decisões de os praticar são actos morais
exercidos por ser ético que existem no espirito humano, são em fim, as virtudes aprendidas ao
longo da nossa evolução intelectual, moral e espiritual.
12

Sendo assim, notamos que Na atualidade a ética abrange uma vasta área, podendo estar
relacionada com temas ligados ao ambiente familiar, escolar, profissional, econômico, social e
político. Existem códigos de ética profissional que indicam como o indivíduo deve se comportar
no âmbito da sua profissão. Nos dias atuais com um mundo cada vez mais globalizado e
competitivo, as pessoas preocupam-se com a ética nos seus negócios mostrando-se cada vez mais
eficazes para competir com sucesso e obter resultados positivos.

Porem a ética é no entanto filosofia da moral porque reflete criticamente sobre o que amoral
estabelece. Se assim amoral me diz" não deves mentir", a ética discutira racionalmente a
validade desta norma. Inicialmente, é necessário definir uma sentença ética, também conhecido
como uma afirmativa normativa. Trata-se de um juízo de fato ou juízo de valor (em termos
morais) de alguma coisa.

Portanto, Não nos realizamos, não nos tornamos nos mesmos, simplesmente por nos mesmos.
Temos de ser educados, isto é, encaminhados em direção a nossa própria singularidade humana.
Pais, professores etc. traçam-nos o caminho, ensinam-nos a falar, a escrever, a lidar com as
coisas, transmitem-nos valores, ideias contribuem para o desenvolvimento de potencialidade em
nos escondidos, etc. Em suma tornam-nos aptos a viver em sociedade.

Bibliografia

GILLES DELEUZE, ESPINOSA: filosofia prática, p.23-35. Editora escuta

Os céticos gregos, VICTOR BROCHARD, pág. 338, odysseus editora, 2009

Wolfgang BARTUSCHA, ESPINOSA, ARTMED editora sa, 2010


13

CANTO-SPERBER, Monique. Dicionário de Ética e Filosofia Moral. São Leopoldo: Unisinos,


2007.891 p.

SÁNCHEZ VÁZQUEZ, Adolfo. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984. 267p.

Você também pode gostar