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2o Ano, Turma L
Abril de 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE
2o Ano, Turma L
Docente:
Abril de 2023
Índice
Introdução...............................................................................................................................................3
1. Conceito de Pessoa............................................................................................................................4
1.1. Etmologia........................................................................................................................................4
1.2. Conceito de Pessoa na Perspectiva Jurídica................................................................................5
1.3. Conceito de Pessoa na Perspectiva Psicológica..........................................................................7
1.4. Conceito de Pessoa na Perspectiva Ética.....................................................................................8
1.5. Conceito de Pessoa na Perspectiva Personalista.........................................................................9
1.6. Conceito de Pessoa na Perspectiva Social,..................................................................................9
1.7. Conceito de Pessoa na Perspectiva Metafísica...........................................................................9
2. A Pessoa em suas relações.............................................................................................................10
2.1. A relação do Homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza............................10
2.2. A Relação do Homem Consigo Mesmo....................................................................................11
2.3. A Relação do Homem Com Deus..............................................................................................12
2.4. A Relação do Homem Com Trabalho........................................................................................12
2.5. A Consciência Moral...................................................................................................................13
2.6. Graus da Consciência..................................................................................................................13
2.7. Ética e Moral.................................................................................................................................14
3. Os aspectos da ética individual......................................................................................................15
3.1. O Amor..........................................................................................................................................15
3.2. A Indiferença................................................................................................................................16
3.3. O Ódio...........................................................................................................................................17
3.4. Os Sentimentos.............................................................................................................................17
Conclusão.............................................................................................................................................19
Referências Bibliográficas..................................................................................................................20
Introdução
No dia-a-dia nos deparamos com diversas situações que exigem uma decisão pessoal, toda vez
que isso ocorre estamos diante de uma decisão que envolve julgamento moral da realidade e
decidimos com base no que consideramos bom, justo ou moralmente correto. Uma pessoa é um
ser social dotado de sensibilidade, com inteligência e vontade propriamente humanas. Para a
psicologia, trata-se de um indivíduo humano concreto (o conceito abarca os aspectos físicos e
psíquicos do sujeito que o definem pelo seu caráter singular e único).
O presente trabalho de character avaliativo cujo tema é A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa
Humana), tem como objectivo de cenceitualizar a pessoa com base na varias perspectivas que se
melhor facilitara a sua compreensão, e seus objectivos específicos são de conceito de Pessoa nas
várias perspectivas (Jurídica, Psicológica, Ética, Personalista, Social, Metafísica); A Pessoa em
suas relações: A relação do Homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza; A relação
do Homem consigo mesmo; A relação do Homem com Deus; A relação do Homem com o
Trabalho; A Consciência Moral; Graus da consciência; Ética e Moral; Aspectos da Ética
Individual.
No âmbito do direito, uma pessoa é todo ente ou organismo susceptível de adquirir direitos e
contrair obrigações, por isso, fala-se de diferentes tipos de pessoas: pessoas físicas (os seres
humanos) e pessoas de existência ideal ou jurídicas (as sociedades, as corporações, o Estado, as
organizações sociais). A perspectiva metodológica assenta na pesquisa qualitativa, descritiva e
bibliográfica do tema em destaque. No âmbito deste trabalho de campo foram aplicadas as
técnicas de pesquisa semi-estruturada, e observação directa. Tratando-se de um tema de interesse
geral, teve que se envolver algumas figuras da área em epígrafe.
1. Conceito de Pessoa
1.1. Etmologia
Segundo Scheler (1976) a essência do homem, o que se pode chamar a sua posição peculiar, está
muito acima do que se denomina inteligência e aptidão para a escolha; e não se chegaria lá,
mesmo se estas faculdades se representassem ampliadas, seja a que grau for e, inclusive, se
intensificassem até ao infinito. Portanto, a sua especificidade não radica em ulteriores estádios do
ser orgânico e vital, mas na dimensão espiritual, inserida no cosmos.
Por espírito Scheler entende, objetividade, possibilidade de ser determinado pela maneira de ser
dos objetos mesmos. Neste sentido, o conceito de pessoa preconizado por Scheler aponta para o
ser espiritual. Pelo conceito de pessoa defende que é através da simpatia que nasce a
autenticidade das relações; aberto ao mundo, projeta-se para além das pressões que possam
existir no ambiente em que vive. Tal concepção de pessoa, se interligam com o axioma dos
valores; tendo em vista que a ética está voltada para o valor e não para o dever.
Desta forma, critica aos aspectos da ética em Kant, como se observa em Antiseri e Reale, (2006):
Para Scheler, porém, não é o dever que constitui o conceito fundamental da ética, e sim o valor. E
Kant não distinguiu os bens dos valores. Os bens são coisas que tem valor (p. 186)
Em definitiva, Scheler pensa o eu como um ser espiritual e pensa que seus atos estão em sua
exteriorização; tais vivências, sem o eu, desaparecem, pois, são abstratas. No tocante às ideias de
Binswanger, este tem como norte as concepções de Heidegger, indicando o Dasein, o ser no
mundo como ideia totalizante de pessoa. Consequentemente o ser humano é um ser de
transcendência, pois esta reside na pessoa, que fica em constante unidade com o mundo,
desvelando um diálogo constante.
por “rosto”, “aspecto” ou “figura de homem”. Mais tarde, prósopon adquiriu o sentido de
“máscara”, por motivos religiosos em que se usava tal adorno nos ritos dionisíacos.
Posteriormente, o termo foi ampliado para se referir também às representações teatrais profanas,
não se restringindo apenas a um âmbito religioso. A etimologia oferecida por Boécio e defendida
por M. Müller, no final do século XIX, refere-se às máscaras como meio para se ampliar a voz,
porém, não há qualquer documento que comprove essa tese. Não se pode descartar que as
máscaras pudessem ser usadas para essa finalidade, ainda que seus primeiros modelos parecem
não permitir tal uso por causa de sua estrutura.
Jacinto CHOZA, em sua Antropologia filosófica, faz uma distinção entre as noções de pessoa e
de sujeito, bem como a significação do termo pessoa no Direito Romano, que pode nos ajudar a
aprofundar um pouco mais a questão ora discutida, a noção de sujeito é de origem grega e está
ligada aos termos hypokeimenon, “o que está debaixo”, “o que suporta tudo o mais”, e hypóstasis
(hypó + stasis) “o que está debaixo e se mantém firme” (o que está + embaixo de) conceitos
utilizados para designar, segundo seu próprio significado etimológico, aquilo em que se apoiam
as substâncias. Uma vez que as substâncias se caracterizam por “aquilo que existe em si e não em
outro”, o termo hypokeimenon ficou caracterizado como o “em si” da substância.
Na lógica aristotélica e também pós-aristotélica, o termo sujeito foi empregado para designar,
numa proposição ou juízo, o elemento indeterminado determinado por outro elemento, ou seja,
em toda proposição enquanto não se acrescenta um predicado (P) ao sujeito (S), este continua
indeterminado, desde o ponto de vista da predicação, de modo que o sujeito do juízo é o
indeterminado ou o vazio. A noção de pessoa é elaborada no Direito Romano e depois no âmbito
da Teologia cristã, em conexão com as noções gregas de hypokeimenon, hypóstasis e sujeito da
proposição, apesar de, no Direito Romano, ser bastante heterogênea das noções de hypokeimenon
e sujeito da proposição, noções essas traduzidas para o latim como suppositum e subiectum.
No âmbito do Direito Romano, o indivíduo indeterminado, que não possui nem nome, nem voz é
designado pelo termo caput que significa cabeça. Caput é o indeterminado por trás da máscara,
ou seja, da persona, que é o que se resulta concreto pela relação intersubjetiva com outras
personas. Deixar de ser pessoa para o Direito Romano era ser expulso da comunidade, deixar de
ter reconhecimento jurídico. Assim, pois, a noção jurídica ou social de pessoa não corresponde à
de sujeito do juízo (o indeterminado) mas à de predicado (determinação), e por outra parte não
corresponde à do que está debaixo de ou como cimento da substância, senão com a do que está
“em cima” ou “fora”, isto é, na relação com.
uma vez que essa noção de pessoa se funde com a noção romano-estoica de “humanitas”, dá-se
lugar à noção de pessoa humana, predicado absoluto de todos os seres humanos e que designa a
singularidade e irrepetibilidade de cada ser humano e a igualdade de todos diante de Deus. A
pessoa passa a ser concebida como um absoluto, em si e por si, indo além de toda relação jurídica
ou qualquer condição social. A ampliação do conceito jurídico para uma adequação a uma
concepção de pessoa desse tipo significava estabelecer como um fundamento do direito à
liberdade da pessoa humana, isto é, sua vontade.
A formulação do conceito de pessoa bem como dos métodos para o conhecimento da mesma se
constituíram no terreno de saberes, em diferentes áreas da cultura ocidental, que chamamos de
saberes sobre a pessoa, ou saberes psicológicos (MASSIMI, 2016). Propriamente, tais saberes
resultaram da articulação de alguns eixos estruturantes desenvolvidos em diferentes áreas do
conhecimento e encontraram expressão através de vários géneros literários. Os alicerces do
conceito de pessoa na cultura ocidental foram estabelecidos numa longa duração iniciada pela
tradição greco-romana e consolidada no período medieval. Os mesmos inspiraram o Humanismo
e o Renascimento e foram objecto de revisão e discussão pelas filosofias e pela medicina da
Idade Moderna.
2016).
MASSIMI (2016) a representação da pessoa humana e de sua condição neste mundo foi
elaborada pela poesia, pelo teatro, pela estrutura retórica de diálogos, pela narrativa literária e
pelas artes, como por exemplo, a pintura dos retratos. A tematização da “voz interior” e do
imperativo de conhecer-se a si mesmo encontra-se na filosofia, nas tradições religiosas e de
espiritualidade, nos géneros da autobiografia e da correspondência epistolar (trata-se de saberes
sobre a pessoa que são também saberes da pessoa).
O conceito de pessoa é muito complexo e envolve várias camadas de significado. Para entender o
que é ser uma pessoa, precisamos entender o que significa ser um ser humano. Ser humano
significa ter uma consciência e percepção do mundo ao nosso redor.
A pessoa humana não pode e nem deve ficar perdida em sua liberdade e muito menos reduzida a
um mero indivíduo colectivo. A pessoa humana possui em sua essência, intrínseco a sua natureza,
a vocação, a necessidade e o desejo de conviver com um outro ego, um outro “eu” no amor -
doação, que não fica fechado em si mesmo, mas vai além, é capaz de se doar. O amor é
entendido, para Karol, como um exercício que possibilita o homem a alcançar o
autoconhecimento e até mesmo a auto realização, além do convívio comum “eu” fora de mim,
que é o seu semelhante. A participação e a integração do homem em uma comunidade onde
exista comunhão entre as pessoas, o ajuda a evitar a codificação do ser humano, faz o homem ver
seu próximo como realmente o é: pessoa humana.
O conceito de pessoa é aplicado na sociedade de várias maneiras. Por exemplo, ele é usado para
definir os direitos e responsabilidades das pessoas, bem como para estabelecer leis e
regulamentos que protegem a dignidade humana. O conceito também é usado para discutir
questões relacionadas à igualdade social e direitos humanos.
Assim então, Boécio atribuía a nota da incomunicabilidade à pessoa diante das substâncias
universais que, segundo sua mentalidade platônica, concebia como reais. Tomás de Aquino, ao
contrário, levou em conta que uma substância concreta, inclusive de natureza racional, pode ser
assumida por outro, de modo que não subsiste em si, senão em outro; daí que a nota de
individualidade vem a significar em Tomás de Aquino a subsistência própria.
A identidade pessoal é o conjunto de características únicas que definem quem somos como
indivíduos. Esta identidade é formada por nossas experiências, valores, crenças, habilidades,
talentos e interesses. A identidade pessoal influencia nossas ações e decisões diárias, pois ela nos
diz quem somos e o que queremos da vida, nossa identidade pessoal também é influenciada pelo
ambiente em que vivemos. O ambiente social, cultural e político em que vivemos tem um grande
impacto na forma como nos vemos a nós mesmos e vemos os outros. Por exemplo, se estamos
cercados por pessoas preconceituosas, isso pode afetar nossa visão sobre nós mesmos e sobre os
outros como pessoas. Atualmente, existem muitas maneiras diferentes de compreender o conceito
de pessoa no mundo moderno.
Por exemplo, algumas culturas acreditam que ser uma pessoa significa ter um papel determinado
na sociedade; outras culturas acreditam que ser uma pessoa significa ter autonomia para tomar
decisões conscientes; outras culturas ainda acreditam que ser uma pessoa significa ter direitos
iguais para todos os membros da sociedade.
Embora existam muitas diferenças entre ser humano e ser pessoa, há também muitas semelhanças
entre os dois conceitos. Por exemplo, ambos requerem consciência, responsabilidade, liberdade
de escolha, direitos humanos básicos e dignidade humana básica. No entanto, existem algumas
diferenças importantes entre ser humano e ser pessoa. Enquanto os seres humanos são seres
biológicos com características físicas únicas, as pessoas são seres sociais com identidades únicas
formadas por suas experiências, valores, crenças etc.
A Relação do Homem com Deus. O homem por sua própria natureza tem a convicção de que
existe um ser superior, que tudo criou, e este ser superior é Deus. O homem tem essa convicção
porque é muito ligado à Deus, pois foi ele quem fez o homem a sua imagem e semelhança. Todos
tem dentro de si a certeza que Deus existe, mesmo sem nunca o ter visto, pois, é pela fé que
sabemos que existe um ser superior que tudo criou e que tudo controla. Na verdade o homem tem
uma sede de Deus tanto é que sempre por meio de suas preces sempre recorre à ele, existe
também uma relação de criador e criatura, pois o homem é a criatura mais perfeita de Deus, não
que tudo o que Deus criou não seja perfeito, mas o homem tem a consciência que Deus existe e
de que foi por ele criado. Mas o homem desde os tempos de outrora até os dias de hoje não são
muito gratos a essa confiança que deus os deu, pois, não cuidam muito bem das coisas criadas por
Deus, e além de tudo mesmo tendo a certeza da existência dele não são totalmente fiéis à Ele.
A relação do homem para com Deus é uma relação muito próxima, Deus ama todas as suas
criaturas, mas ele ama o homem em especial porque o homem é a unica de suas criaturas que
louva e bendiz seu Santo nome. Mas no mundo ainda há pessoas que não acreditam em Deus,
mas uma pessoa é levada a não acreditar em Deus muitas vezes é por ver o mundo tão cheio de
guerras, discórdias e tantos outros problemas sociais que existem em todos os cantos do mundo,
mas o mundo enfrenta tantos problemas assim é justamente porque o ser humano está afastado de
Deus, deixando de lado a relação com o criador, tudo isso é resultado da falta de fé em Deus no
coração das pessoas.
Ética é uma palavra de origem grega com duas interpretações possíveis. A primeira é a palavra
grega éthos, com “e” curto, que pode ser traduzida por costume. A segunda também se escreve
éthos, porém com “e” longo, que significa propriedade do caráter. A primeira serviu de base na
tradução pelos romanos para a palavra latina mores e que deu origem à palavra Moral, enquanto
que a segunda orienta a utilização actual que damos à palavra Ética. Talvez esteja aí a origem da
costumeira confusão que se faz sobre moral e ética. Embora os dois termos estejam inseridos na
área do comportamento humano, eles não são termos equivalentes sendo um erro utilizá-los como
se fossem sinônimos.
Segundo COTRIM (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que orientam o
comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade ou grupo
social. A moral é normativa a partir de um conjunto de regras, valores, proibições e tabus que
provêm de fora do ser humano, ou seja, que são cultivados ou impostos pela política, costumes
sociais, religiões ou ideologias. Como as comunidades ou grupos sociais são distintos entre si,
tanto no espaço (região geográfica) quanto no tempo (época), os valores também podem ser
distintos dando origem a códigos morais diferentes. Assim, a moral é mutável e está directamente
relacionada com práticas culturais. Exemplo: o homem ter mais de uma esposa é moral em
algumas sociedades, mas em outras não.
Para COTRIM (2002) a ética é um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido de explicitar
os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência humana que
sustentam uma determinada moral.
Daí os códigos de ética que servem para as diferentes micro-sociedades dentro do sistema maior.
A ética define-se como o conhecimento, a teoria ou a ciência do comportamento mora através da
ética que compreendemos, explicamos, justificamos, analisamos criticamos e, se assim
quisermos, aprimoramos a moral da sociedade. A ética, em última análise, é a definidora dos
valores e juízos que norteiam a moral. Compete à ética, por exemplo, o estudo da origem da
moral, da distinção entre comportamento moral e outras formas de agir, da liberdade e da
responsabilidade e de questões como a prática do aborto, da eutanásia e da pena de morte.
Nesse caso CORDI (2003) salienta que a ética não diz o que deve e o que não deve ser feito em
cada caso concreto, isso é da competência da moral, a partir dos factos morais a ética tira
conclusões elaborando princípios sobre o comportamento moral. Podemos afirmar que o conceito
de Ética é mais amplo e rico do que o de Moral. Ética implica em reflexão teórica sobre moral e
revisões racionais e críticas sobre a validade da conduta humana, sendo o estudo geral do que é
bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado, independentemente
das práticas culturais.
3.1. O Amor
Há vários tipos de amor: o amor familiar (fraterno, filiar, maternal, paternal); o amor à pátria
(ligado às grandes causas ou grandes princípios, como o amor à verdade ou à honestidade); o
amor à Deus (chamado de amor puro); o amor-próprio traduzido em sentimento de dignidade
pessoal e respeito a si (ARANHA & MARTINS, 2000: 143).
As teorias sobre o amor propostas pelos filósofos ao longo do tempo tende a agrupar-se ao redor
de duas posições fundamentais:
· O amor como troca reciproca entre dois seres que preservam a individualidade e autonomia. A
troca reciproca, é emotivamente controlada de atenções e cuidados, tem por finalidade o bem do
outro como se fosse o seu próprio. Na forma feliz desse tipo de amor, há reciprocidade, há união,
mas não unidade. Esta corrente é representada por Platão, Aristóteles, S. Tomas, Descartes,
Leibniz, Scheler e Russell.
3.2. A Indiferença
3.3. O Ódio
É uma outra forma de relacionamento. Enquanto o amor, como vimos, e afirmação e a promoção
do outro, odio e a negação e a rejeição do outro. Neste caso, talvez, não se deve usar o termo
«objectivação». Se outro ficasse «objetivado», deixaria de pode ser odiado. O objecto não se
odeia nem se ama. O odio é a negação ou a rejeição do Outro enquanto sujeito. O ódio é a
rejeição da subjectividade do outro e a sua «apropriação». Enquanto na indiferença, o outro e
«como se não existisse; o odio exige, por assim dizer, existência do outro, não para o promover,
mas para o rejeitar.
3.4. Os Sentimentos
Sentimentos são reacções positivas ou negativas, discretas e suaves, sobre alguém. Sentimento
pode significar: o mesmo que emoção, no significado mais geral, ou algum tipo ou forma
superior de emoção. Os sentimentos caracterizam-se pela presença de adesões intelectuais ou
representativas imagens, ideais, representações e a quase de repercussões fisiológicas. Dai pode
se definir os sentimentos como reações que na se excedem nem pela violência nem pela
desorganização ou desadaptação da pessoa.
Tendo em conta o número das nossas tendências, multiplicidade de obejctos com que cada um se
pode relacionar e a diversidade de situações em que nos podemos encontrar, facilmente
poderemos imaginar a qualidade de sentimentos maus, e forçosamente, uma vida infeliz. Alguns
dos sentimentos desadaptados que tem sido objecto de estudo da psicologia: inferioridade,
inadaptação, culpabilidade, morbosa, recusa e não – aceitação ou esprito de contradição
insegurança, ressentimento, hostilidade, ansiedade e frustração.
Para o controlo e orientação dos nossos sentimentos, devemos ter em conta os seguintes
princípios:
Não existe uma linha rigorosa que separa o sentimento dos humores. Contudo, os humores são
persistentes, penetram com frequência mais fortemente na personalidade, invadem mais
globalmente a vida psíquica.
Conclusão
De facto, é possível conhecer a pessoa na sua totalidade diante suas atitudes, palavras e escolhas
que são expressas livremente diante a realidade vivida, a sujeito moral, é direcionado ao um
começo, meio e fim, cuja, trajetória é marcada por actos, que podem ser classificadas por
consensos, visões amplas da realidade, limites, normas que buscam não o bem individual, mas de
toda uma multiplicidade. A responsabilidade na conduta humana leva a formação deste ser moral,
que se encontra cercado de leis e normas, fiéis a bases racionais e éticas, os significados e
funções da moral e sua atuação no sujeito.
Neste contexto, podemos concluir também que a relação homem e trabalho é, nesse contexto,
viabilizada pelas regularidades das ações que proporcionam a institucionalização do trabalho, a
qual baliza as relações construídas entre o homem e o mundo em que vive. Não obstante, essa
relação do homem e trabalho tem sofrido algumas mudanças em sua conjuntura por narrativas
que valorizam o lucro, o desempenho, a flexibilidade, a competitividade e a troca de vínculos
humanos por um mundo virtual, instrumentalizado. Ademais, argumenta-se sobre a
reinstitucionalização do trabalho, como um processo de reorganização do trabalhocaracterizado
por ser dinâmico, multicausal e inacabado.
A formação deste sujeito moral demonstra o seu caráter antropológico em suas especificações,
quereres, determinações e vontades, esta última, sendo uma faculdade competente e unicamente
ao ser humano. Este ente, composto de essência e existência, substâncias e acidentes, forma e
matéria, precisa de uma realidade superior para que possa encontrar nela um fim, que através de
leis, princípios naturais vislumbram a majestade de um Ser Superior que tem como fundamento o
bem, a verdade e a unidade.
Referências Bibliográficas
CORDI, Cassiano. Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2003.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São Paulo, 2002.
LOMBO. José Angel. La persona en Tomás de Aquino: un estúdio histórico y sistemático. 414 f.
MASSIMI, M. (2016). História dos saberes psicológicos. São Paulo: Paulus Editora.
STEIN, E. (2005). Obras Completas: Escritos espirituales V. V. (F. J. Sancho, OCD et. al., trads.
J. Urkiza, OCD, rev.). Burgos: Editorial Monte Carmelo; Vitoria: Ediciones El Carmen; Madrid:
Editorial de Espiritualidad.
AQUINO, T. Suma Teológica. Volume 1 – Parte I – Questões 1-43. 3ed. Edições Loyola. São
Paulo, 2009.