Você está na página 1de 22

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Bapaine Momade, Código: 708221493

2o Ano, Turma L

A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)

Abril de 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Bapaine Momade, Código: 708221493

2o Ano, Turma L

A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)

Trabalho de Campo da disciplina de Filosofia, de


carácter avaliativo, submetido ao Instituto de
Educação à Distância, Universidade Católica de
Moçambique, como requisito parcial para obtenção
de Grau de Licenciatura em Ensino de Português.

Docente:

Abril de 2023
Índice
Introdução...............................................................................................................................................3
1. Conceito de Pessoa............................................................................................................................4
1.1. Etmologia........................................................................................................................................4
1.2. Conceito de Pessoa na Perspectiva Jurídica................................................................................5
1.3. Conceito de Pessoa na Perspectiva Psicológica..........................................................................7
1.4. Conceito de Pessoa na Perspectiva Ética.....................................................................................8
1.5. Conceito de Pessoa na Perspectiva Personalista.........................................................................9
1.6. Conceito de Pessoa na Perspectiva Social,..................................................................................9
1.7. Conceito de Pessoa na Perspectiva Metafísica...........................................................................9
2. A Pessoa em suas relações.............................................................................................................10
2.1. A relação do Homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza............................10
2.2. A Relação do Homem Consigo Mesmo....................................................................................11
2.3. A Relação do Homem Com Deus..............................................................................................12
2.4. A Relação do Homem Com Trabalho........................................................................................12
2.5. A Consciência Moral...................................................................................................................13
2.6. Graus da Consciência..................................................................................................................13
2.7. Ética e Moral.................................................................................................................................14
3. Os aspectos da ética individual......................................................................................................15
3.1. O Amor..........................................................................................................................................15
3.2. A Indiferença................................................................................................................................16
3.3. O Ódio...........................................................................................................................................17
3.4. Os Sentimentos.............................................................................................................................17
Conclusão.............................................................................................................................................19
Referências Bibliográficas..................................................................................................................20
Introdução

No dia-a-dia nos deparamos com diversas situações que exigem uma decisão pessoal, toda vez
que isso ocorre estamos diante de uma decisão que envolve julgamento moral da realidade e
decidimos com base no que consideramos bom, justo ou moralmente correto. Uma pessoa é um
ser social dotado de sensibilidade, com inteligência e vontade propriamente humanas. Para a
psicologia, trata-se de um indivíduo humano concreto (o conceito abarca os aspectos físicos e
psíquicos do sujeito que o definem pelo seu caráter singular e único).

O presente trabalho de character avaliativo cujo tema é A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa
Humana), tem como objectivo de cenceitualizar a pessoa com base na varias perspectivas que se
melhor facilitara a sua compreensão, e seus objectivos específicos são de conceito de Pessoa nas
várias perspectivas (Jurídica, Psicológica, Ética, Personalista, Social, Metafísica); A Pessoa em
suas relações: A relação do Homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza; A relação
do Homem consigo mesmo; A relação do Homem com Deus; A relação do Homem com o
Trabalho; A Consciência Moral; Graus da consciência; Ética e Moral; Aspectos da Ética
Individual.

No âmbito do direito, uma pessoa é todo ente ou organismo susceptível de adquirir direitos e
contrair obrigações, por isso, fala-se de diferentes tipos de pessoas: pessoas físicas (os seres
humanos) e pessoas de existência ideal ou jurídicas (as sociedades, as corporações, o Estado, as
organizações sociais). A perspectiva metodológica assenta na pesquisa qualitativa, descritiva e
bibliográfica do tema em destaque. No âmbito deste trabalho de campo foram aplicadas as
técnicas de pesquisa semi-estruturada, e observação directa. Tratando-se de um tema de interesse
geral, teve que se envolver algumas figuras da área em epígrafe.
1. Conceito de Pessoa

1.1. Etmologia

Segundo Scheler (1976) a essência do homem, o que se pode chamar a sua posição peculiar, está
muito acima do que se denomina inteligência e aptidão para a escolha; e não se chegaria lá,
mesmo se estas faculdades se representassem ampliadas, seja a que grau for e, inclusive, se
intensificassem até ao infinito. Portanto, a sua especificidade não radica em ulteriores estádios do
ser orgânico e vital, mas na dimensão espiritual, inserida no cosmos.

Por espírito Scheler entende, objetividade, possibilidade de ser determinado pela maneira de ser
dos objetos mesmos. Neste sentido, o conceito de pessoa preconizado por Scheler aponta para o
ser espiritual. Pelo conceito de pessoa defende que é através da simpatia que nasce a
autenticidade das relações; aberto ao mundo, projeta-se para além das pressões que possam
existir no ambiente em que vive. Tal concepção de pessoa, se interligam com o axioma dos
valores; tendo em vista que a ética está voltada para o valor e não para o dever.

Desta forma, critica aos aspectos da ética em Kant, como se observa em Antiseri e Reale, (2006):
Para Scheler, porém, não é o dever que constitui o conceito fundamental da ética, e sim o valor. E
Kant não distinguiu os bens dos valores. Os bens são coisas que tem valor (p. 186)

Em definitiva, Scheler pensa o eu como um ser espiritual e pensa que seus atos estão em sua
exteriorização; tais vivências, sem o eu, desaparecem, pois, são abstratas. No tocante às ideias de
Binswanger, este tem como norte as concepções de Heidegger, indicando o Dasein, o ser no
mundo como ideia totalizante de pessoa. Consequentemente o ser humano é um ser de
transcendência, pois esta reside na pessoa, que fica em constante unidade com o mundo,
desvelando um diálogo constante.

Binswanger (1973) seguindo ao filósofo Martin Buber, acrescenta uma


nota mais positiva à ideia de caída: o aplica à noção de «amplitude» em
direção aos outros (eu-tu) e ao amor; -se o dasein é uma abertura, podemos
abrirmos em direção aos demais. Portanto, a pessoa não está «fechada» em
si mesma, mas percebe o potencial humano como uma parte intrínseca do
dasein, e inclusive o outorga um lugar especial referindo-se a ele como
«estar-além-do mundo».

LOMBO (2001, p. 32), seguindo os trabalhos de M. Nédoncelle, apresenta duas explicações


distintas para os termos prósopon, de origem grega, e persona, de origem latina, que comumente
são apresentados como origem do termo pessoa. Os dois termos seguiram caminhos
independentes até sua fixação conceitual de modo que devemos fazer uma distinção entre a
história do termo e a história do conceito. O termo grego prósopon significa “cara” ou “aspecto”,
“aquilo que aparece ou se manifesta”. Homero teria sido o primeiro autor a utilizar esse termo
que foi traduzido.

por “rosto”, “aspecto” ou “figura de homem”. Mais tarde, prósopon adquiriu o sentido de
“máscara”, por motivos religiosos em que se usava tal adorno nos ritos dionisíacos.
Posteriormente, o termo foi ampliado para se referir também às representações teatrais profanas,
não se restringindo apenas a um âmbito religioso. A etimologia oferecida por Boécio e defendida
por M. Müller, no final do século XIX, refere-se às máscaras como meio para se ampliar a voz,
porém, não há qualquer documento que comprove essa tese. Não se pode descartar que as
máscaras pudessem ser usadas para essa finalidade, ainda que seus primeiros modelos parecem
não permitir tal uso por causa de sua estrutura.

1.2. Conceito de Pessoa na Perspectiva Jurídica

Jacinto CHOZA, em sua Antropologia filosófica, faz uma distinção entre as noções de pessoa e
de sujeito, bem como a significação do termo pessoa no Direito Romano, que pode nos ajudar a
aprofundar um pouco mais a questão ora discutida, a noção de sujeito é de origem grega e está
ligada aos termos hypokeimenon, “o que está debaixo”, “o que suporta tudo o mais”, e hypóstasis
(hypó + stasis) “o que está debaixo e se mantém firme” (o que está + embaixo de) conceitos
utilizados para designar, segundo seu próprio significado etimológico, aquilo em que se apoiam
as substâncias. Uma vez que as substâncias se caracterizam por “aquilo que existe em si e não em
outro”, o termo hypokeimenon ficou caracterizado como o “em si” da substância.
Na lógica aristotélica e também pós-aristotélica, o termo sujeito foi empregado para designar,
numa proposição ou juízo, o elemento indeterminado determinado por outro elemento, ou seja,
em toda proposição enquanto não se acrescenta um predicado (P) ao sujeito (S), este continua
indeterminado, desde o ponto de vista da predicação, de modo que o sujeito do juízo é o
indeterminado ou o vazio. A noção de pessoa é elaborada no Direito Romano e depois no âmbito
da Teologia cristã, em conexão com as noções gregas de hypokeimenon, hypóstasis e sujeito da
proposição, apesar de, no Direito Romano, ser bastante heterogênea das noções de hypokeimenon
e sujeito da proposição, noções essas traduzidas para o latim como suppositum e subiectum.

No Direito Romano a noção de pessoa está in-dissociada do nome que se recebeapós o


nascimento por parte de uma estirpe, que com as demais formam a sociedade. Dessa forma,
aquele que é nomeado é reconhecido e facultado com algumas capacidades (papéis que pode
desempenhar) e fica constituído como ator de uma sociedade, na qual pode exercer as funções e
capacidades que lhe são próprias.

No âmbito do Direito Romano, o indivíduo indeterminado, que não possui nem nome, nem voz é
designado pelo termo caput que significa cabeça. Caput é o indeterminado por trás da máscara,
ou seja, da persona, que é o que se resulta concreto pela relação intersubjetiva com outras
personas. Deixar de ser pessoa para o Direito Romano era ser expulso da comunidade, deixar de
ter reconhecimento jurídico. Assim, pois, a noção jurídica ou social de pessoa não corresponde à
de sujeito do juízo (o indeterminado) mas à de predicado (determinação), e por outra parte não
corresponde à do que está debaixo de ou como cimento da substância, senão com a do que está
“em cima” ou “fora”, isto é, na relação com.

Quando o cristianismo começa a elaborar sua dogmática conceitualmente, ou seja, quando


enuncia em proposições lógicas consistentes e o menos equivocadas possíveis quem é Deus e
Cristo, encontra o termo pessoa significando de um lado substância individual, hypokeimenon, a
substância primeira de Aristóteles; sujeito indeterminado e, ainda, por outro lado, relação de
determinação, capacidade de ação e ação efetiva, relação intersubjetiva. Com esses elementos,
após um longo tempo de estruturação conceitual, chegou-se à fórmula de que em Deus há três
pessoas e uma só natureza, e em Cristo duas naturezas em uma só pessoa.
A definição de pessoa consolidada por Boécio posteriormente, “Pessoa é uma substância
individual de natureza racional” (Persona est naturae rationalis individua substantia) foi mantida
em toda a Escolástica medieval como o “suposto individual de natureza racional”. Assim, se dá o
nome de pessoa (hypóstasis) àquele sujeito (hypokeimenon, suppositum, indivíduo) que é
racional, cuja natureza é espiritual. Esta noção de pessoa, que resultava clara em uns aspectos
ainda que problemática em outros, se consolidou na linha da filosofia grega, prescindindo de boa
parte da carga de conteúdo proveniente do Direito Romano.

uma vez que essa noção de pessoa se funde com a noção romano-estoica de “humanitas”, dá-se
lugar à noção de pessoa humana, predicado absoluto de todos os seres humanos e que designa a
singularidade e irrepetibilidade de cada ser humano e a igualdade de todos diante de Deus. A
pessoa passa a ser concebida como um absoluto, em si e por si, indo além de toda relação jurídica
ou qualquer condição social. A ampliação do conceito jurídico para uma adequação a uma
concepção de pessoa desse tipo significava estabelecer como um fundamento do direito à
liberdade da pessoa humana, isto é, sua vontade.

1.3. Conceito de Pessoa na Perspectiva Psicológica

A formulação do conceito de pessoa bem como dos métodos para o conhecimento da mesma se
constituíram no terreno de saberes, em diferentes áreas da cultura ocidental, que chamamos de
saberes sobre a pessoa, ou saberes psicológicos (MASSIMI, 2016). Propriamente, tais saberes
resultaram da articulação de alguns eixos estruturantes desenvolvidos em diferentes áreas do
conhecimento e encontraram expressão através de vários géneros literários. Os alicerces do
conceito de pessoa na cultura ocidental foram estabelecidos numa longa duração iniciada pela
tradição greco-romana e consolidada no período medieval. Os mesmos inspiraram o Humanismo
e o Renascimento e foram objecto de revisão e discussão pelas filosofias e pela medicina da
Idade Moderna.

Em suma, a génese do conhecimento sobre a pessoa acontece por meio


desses eixos estruturantes que, porém, não devem ser interpretados como
núcleos separados. Com efeito, existem influências recíprocas e
interacções, de modo que para constituir um determinado conceito e definir
as terminologias apropriadas, contribuíram em muitos casos os aportes de
um ou mais, dentre os eixos estruturantes acima definidos. (MASSIMI

2016).

MASSIMI (2016) a representação da pessoa humana e de sua condição neste mundo foi
elaborada pela poesia, pelo teatro, pela estrutura retórica de diálogos, pela narrativa literária e
pelas artes, como por exemplo, a pintura dos retratos. A tematização da “voz interior” e do
imperativo de conhecer-se a si mesmo encontra-se na filosofia, nas tradições religiosas e de
espiritualidade, nos géneros da autobiografia e da correspondência epistolar (trata-se de saberes
sobre a pessoa que são também saberes da pessoa).

O estudo e a cura do equilíbrio e desequilíbrio psicológicos na perspectiva da medicina


psicossomática da alma se consolidaram através diversos géneros de escrita médica, literária,
retórica e filosófica (chamados também de medicina da alma), a construção do referencial teórico
do saber sobre a pessoa no conhecimento especulativo ocorre principalmente nos domínios da
filosofia e da teologia.

(STEIN, 2005, p. 685) esta é a tarefa da fenomenologia, a qual se distingue da psicologia, na


medida em que busca analisar e descrever as vivências do eu puro, “independente de todas as
condições reais e que se capta por si mesmo”.

1.4. Conceito de Pessoa na Perspectiva Ética

O conceito de pessoa é muito complexo e envolve várias camadas de significado. Para entender o
que é ser uma pessoa, precisamos entender o que significa ser um ser humano. Ser humano
significa ter uma consciência e percepção do mundo ao nosso redor.

É ter a capacidade de pensar, sentir e agir.


É ter a capacidade de se relacionar com outros seres humanos, desenvolver empatia e
compaixão.
É ter a capacidade de tomar decisões conscientes e responsáveis.
É ter a capacidade de aprender e crescer.
O conceito de pessoa vai além disso, ser uma pessoa significa ter uma identidade própria, um
senso de si mesmo, um caráter único e uma personalidade única. Significa ter o direito de viver
sua vida como quiser, dentro dos limites da lei e dos direitos humanos. Significa ter a liberdade
de expressar suas opiniões e sentimentos sem medo de represálias. O conceito de pessoa tem um
grande impacto na ética, pois ele estabelece os princípios básicos da moralidade humana.Por
exemplo, o conceito de pessoa estabelece que todas as pessoas têm direito à vida, liberdade e
propriedade, bem como responsabilidades como respeitar os direitos dos outros e agir de acordo
comprincípioséticos.

1.5. Conceito de Pessoa na Perspectiva Personalista

A pessoa humana não pode e nem deve ficar perdida em sua liberdade e muito menos reduzida a
um mero indivíduo colectivo. A pessoa humana possui em sua essência, intrínseco a sua natureza,
a vocação, a necessidade e o desejo de conviver com um outro ego, um outro “eu” no amor -
doação, que não fica fechado em si mesmo, mas vai além, é capaz de se doar. O amor é
entendido, para Karol, como um exercício que possibilita o homem a alcançar o
autoconhecimento e até mesmo a auto realização, além do convívio comum “eu” fora de mim,
que é o seu semelhante. A participação e a integração do homem em uma comunidade onde
exista comunhão entre as pessoas, o ajuda a evitar a codificação do ser humano, faz o homem ver
seu próximo como realmente o é: pessoa humana.

1.6. Conceito de Pessoa na Perspectiva Social,

O conceito de pessoa é aplicado na sociedade de várias maneiras. Por exemplo, ele é usado para
definir os direitos e responsabilidades das pessoas, bem como para estabelecer leis e
regulamentos que protegem a dignidade humana. O conceito também é usado para discutir
questões relacionadas à igualdade social e direitos humanos.

1.7. Conceito de Pessoa na Perspectiva Metafísica

A pessoa inclui-se na ordem da substância primeira no sentido aristotélico, não no de substância


segunda, com isso se excluem os gêneros e as espécies e, acrescenta-se a nota de racional,
excluindo-se assim os animais, plantas, etc. Agora, neste caso, ao referir-se sempre a uma
substância concreta, parece que sobra o adjectivo individua (substância individual de natureza
racional) da definição de Boécio, e Tomás de Aquino responde dizendo que não, dado que nem
todo indivíduo no gênero da substância, inclusive de natureza racional, é pessoa. A nota da
individualidade implica uma característica: não estar assumido por outro:

Substância na definição de pessoa se põe por substância primeira, que é a


hipóstase. Mas não se acrescenta superfluamente o adjetivo individua.
Porque com o nome de hipóstase ou de substância primeira se exclui o
universal e a parte: não dizemos que o homem comum seja hipóstase, nem
tampouco a mão, porque é parte. Mas acrescentando individuum, se exclui
da pessoa o que esteja assumida; pois a natureza humana de Cristo não é
pessoa porque está assumida por um mais digno, a saber, o Verbo de Deus
(AQUINO, S.Th., I, q.29,a.1, ad 2).

Assim então, Boécio atribuía a nota da incomunicabilidade à pessoa diante das substâncias
universais que, segundo sua mentalidade platônica, concebia como reais. Tomás de Aquino, ao
contrário, levou em conta que uma substância concreta, inclusive de natureza racional, pode ser
assumida por outro, de modo que não subsiste em si, senão em outro; daí que a nota de
individualidade vem a significar em Tomás de Aquino a subsistência própria.

2. A Pessoa em suas relações

2.1. A relação do Homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza

A identidade pessoal é o conjunto de características únicas que definem quem somos como
indivíduos. Esta identidade é formada por nossas experiências, valores, crenças, habilidades,
talentos e interesses. A identidade pessoal influencia nossas ações e decisões diárias, pois ela nos
diz quem somos e o que queremos da vida, nossa identidade pessoal também é influenciada pelo
ambiente em que vivemos. O ambiente social, cultural e político em que vivemos tem um grande
impacto na forma como nos vemos a nós mesmos e vemos os outros. Por exemplo, se estamos
cercados por pessoas preconceituosas, isso pode afetar nossa visão sobre nós mesmos e sobre os
outros como pessoas. Atualmente, existem muitas maneiras diferentes de compreender o conceito
de pessoa no mundo moderno.

Por exemplo, algumas culturas acreditam que ser uma pessoa significa ter um papel determinado
na sociedade; outras culturas acreditam que ser uma pessoa significa ter autonomia para tomar
decisões conscientes; outras culturas ainda acreditam que ser uma pessoa significa ter direitos
iguais para todos os membros da sociedade.

O conceito de pessoa é muito complexo e envolve muitas camadas de significado, embora


existam muitas diferentes perspectivas sobre o assunto, todos concordam que ser uma pessoa:
significa ter direitos inalienáveis de liberdade, dignidade e respeito para si mesmo;
significa ter responsabilidades para consigo mesmo;
significa ter uma identidade própria única; significa ter autonomia para tomar decisões
responsáveis e conscientes;
significa ter direitos iguais para todos os membros da sociedade;
significa ter direitos humanos básicos;
significa ter um senso de si mesmo;
significa ter um caráter único;
significa ter uma personalidade única;
significa ter liberdade para expressar suas opiniões sem medo;
significa ter direitos iguais para todos os membros da sociedade;
significa buscar sua felicidade e realização dentro dos limites da lei e dos direitos
humanosbásicos.

2.2. A Relação do Homem Consigo Mesmo

Embora existam muitas diferenças entre ser humano e ser pessoa, há também muitas semelhanças
entre os dois conceitos. Por exemplo, ambos requerem consciência, responsabilidade, liberdade
de escolha, direitos humanos básicos e dignidade humana básica. No entanto, existem algumas
diferenças importantes entre ser humano e ser pessoa. Enquanto os seres humanos são seres
biológicos com características físicas únicas, as pessoas são seres sociais com identidades únicas
formadas por suas experiências, valores, crenças etc.

2.3. A Relação do Homem Com Deus

A Relação do Homem com Deus. O homem por sua própria natureza tem a convicção de que
existe um ser superior, que tudo criou, e este ser superior é Deus. O homem tem essa convicção
porque é muito ligado à Deus, pois foi ele quem fez o homem a sua imagem e semelhança. Todos
tem dentro de si a certeza que Deus existe, mesmo sem nunca o ter visto, pois, é pela fé que
sabemos que existe um ser superior que tudo criou e que tudo controla. Na verdade o homem tem
uma sede de Deus tanto é que sempre por meio de suas preces sempre recorre à ele, existe
também uma relação de criador e criatura, pois o homem é a criatura mais perfeita de Deus, não
que tudo o que Deus criou não seja perfeito, mas o homem tem a consciência que Deus existe e
de que foi por ele criado. Mas o homem desde os tempos de outrora até os dias de hoje não são
muito gratos a essa confiança que deus os deu, pois, não cuidam muito bem das coisas criadas por
Deus, e além de tudo mesmo tendo a certeza da existência dele não são totalmente fiéis à Ele.

A relação do homem para com Deus é uma relação muito próxima, Deus ama todas as suas
criaturas, mas ele ama o homem em especial porque o homem é a unica de suas criaturas que
louva e bendiz seu Santo nome. Mas no mundo ainda há pessoas que não acreditam em Deus,
mas uma pessoa é levada a não acreditar em Deus muitas vezes é por ver o mundo tão cheio de
guerras, discórdias e tantos outros problemas sociais que existem em todos os cantos do mundo,
mas o mundo enfrenta tantos problemas assim é justamente porque o ser humano está afastado de
Deus, deixando de lado a relação com o criador, tudo isso é resultado da falta de fé em Deus no
coração das pessoas.

2.4. A Relação do Homem Com Trabalho

Na perspectiva de (BENDASSOLLI, 2016; BORGES, 2007), a relação homem e trabalho tem


sido viabilizada pelas regularidades das ações e das contingências que as causam. São essas
regularidades que proporcionam a institucionalização do trabalho, a qual afeta as relações
construídas entre o homem e o mundo. Com efeito, seus impactos implicam significativamente na
condição dos seres humanos como seres políticos, subjetivos, sociais, culturais, não obstante, a
institucionalização sofre mudanças diante das transformações no mercado e nos modos de gestão
organizacionais.

A globalização da economia, engendrada no desenvolvimento científico tecnológico, aponta para


uma uma sociedade da informação, visando a competitividade, a urgência de respostas e a busca
desenfreada por rentabilidade. Contudo, tais características impactam na subjetividade do
trabalhador, que muitas vezes se sente fragmentado e se questiona sobre seus valores
(ANTUNES, 2015).
2.5. A Consciência Moral
A capacidade que o ser humano tem de avaliar os princípios básicos dos seus actos,
reconhecendo a qualidade moral de um acto concreto, é a consciência moral; é o sentimento
daquilo que se passa connosco, ou seja, o testemunho ou julgamento secreto da alma que aprova
as boas ações e rejeita as más. Os animais não humanos regem-se pelas leis da sua natureza e
pelas leis do seu instinto que alcançam o seu próprio destino e felicidade, em contra partida o
homem carece de uma base comum que o orienta para determinadas tarefas, sua evolução e seu
progresso devem ser por meio de um processo de aprendizagem.

2.6. Graus da Consciência

A consciência em dois graus ou dois modos: consciência espontânea é a consciência direta,


imediata, e consciência reflexive é mediata, retorno do espírito sobre as ideias, as representações
mentais.
A consciência espontânea ou primitiva põe-nos em contato direto com o mundo exterior. A
situação complica-se quando o homem encontra-se em presença de si mesmo, ou seja, suas
próprias atividades podem converter-se para ele em objetos de sua percepção e cognição, como é
o caso da introspecção. O voltar-se para si mesmo é o que denominamos de autoconsciência,
aquela mesma ensinada por Sócrates há mais de 2500 anos. A esse procedimento
chamamos consciência reflexiva ou consciência elevada à segunda potência.

A consciência reflexiva estimula o homem a olhar-se e olhar o mundo de diferentes pontos de


vista, e remodelar, a qualquer momento, a sua própria personalidade. Cria-lhe condições de
intervir, intencionalmente, no curso do seu próprio desenvolvimento, a fim de reestruturar suas
relações com o ambiente. Ainda mais: essa função, a mais elevada da consciência, amplia
consideravelmente o mundo do homem e o eu; liberta-o do fechamento na própria subjetividade e
capacita-o a olhar as coisas e para si mesmo de um ponto de vista objectivo.

2.7. Ética e Moral

Ética é uma palavra de origem grega com duas interpretações possíveis. A primeira é a palavra
grega éthos, com “e” curto, que pode ser traduzida por costume. A segunda também se escreve
éthos, porém com “e” longo, que significa propriedade do caráter. A primeira serviu de base na
tradução pelos romanos para a palavra latina mores e que deu origem à palavra Moral, enquanto
que a segunda orienta a utilização actual que damos à palavra Ética. Talvez esteja aí a origem da
costumeira confusão que se faz sobre moral e ética. Embora os dois termos estejam inseridos na
área do comportamento humano, eles não são termos equivalentes sendo um erro utilizá-los como
se fossem sinônimos.

Segundo COTRIM (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que orientam o
comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade ou grupo
social. A moral é normativa a partir de um conjunto de regras, valores, proibições e tabus que
provêm de fora do ser humano, ou seja, que são cultivados ou impostos pela política, costumes
sociais, religiões ou ideologias. Como as comunidades ou grupos sociais são distintos entre si,
tanto no espaço (região geográfica) quanto no tempo (época), os valores também podem ser
distintos dando origem a códigos morais diferentes. Assim, a moral é mutável e está directamente
relacionada com práticas culturais. Exemplo: o homem ter mais de uma esposa é moral em
algumas sociedades, mas em outras não.

Para COTRIM (2002) a ética é um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido de explicitar
os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência humana que
sustentam uma determinada moral.

Na perspecttiva de CORDI (2003, p. 62):


“A ética é uma reflexão sistemática sobre o comportamento moral, ela
investiga, analisa e explica a moral de uma sociedade”. A ética, então,
pode ser o regimento, a lei do que seja ato moral, o controle de qualidade
da moral determinada.

Daí os códigos de ética que servem para as diferentes micro-sociedades dentro do sistema maior.
A ética define-se como o conhecimento, a teoria ou a ciência do comportamento mora através da
ética que compreendemos, explicamos, justificamos, analisamos criticamos e, se assim
quisermos, aprimoramos a moral da sociedade. A ética, em última análise, é a definidora dos
valores e juízos que norteiam a moral. Compete à ética, por exemplo, o estudo da origem da
moral, da distinção entre comportamento moral e outras formas de agir, da liberdade e da
responsabilidade e de questões como a prática do aborto, da eutanásia e da pena de morte.
Nesse caso CORDI (2003) salienta que a ética não diz o que deve e o que não deve ser feito em
cada caso concreto, isso é da competência da moral, a partir dos factos morais a ética tira
conclusões elaborando princípios sobre o comportamento moral. Podemos afirmar que o conceito
de Ética é mais amplo e rico do que o de Moral. Ética implica em reflexão teórica sobre moral e
revisões racionais e críticas sobre a validade da conduta humana, sendo o estudo geral do que é
bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado, independentemente
das práticas culturais.

3. Os aspectos da ética individual

Os aspectos da ética individual representam as formas de coexistência com os outros, a saber:


Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos.

3.1. O Amor

O amor (lat. Amor: afeição, simpatia) é a tendência da sensibilidade susceptível a transportar-nos


para um ser ou um objecto reconhecido ou sentido como bom. Ex.: o amor materno, o amor da
glória. Segundo Japiassú (2001: 12) Amor é o sentimento de inclinação e de atracção ligando os
homens uns aos outros, à Deus e ao mundo, Como também o individuo a si mesmo. O amor é
uma emoção da alma causada pelo movimento dos espíritos, levando-a a unir-se voluntariamente
aos objectos que lhe parecem ser convenientes (DESCARTES citado por JAPIASSÚ, 2001: 12).

Há vários tipos de amor: o amor familiar (fraterno, filiar, maternal, paternal); o amor à pátria
(ligado às grandes causas ou grandes princípios, como o amor à verdade ou à honestidade); o
amor à Deus (chamado de amor puro); o amor-próprio traduzido em sentimento de dignidade
pessoal e respeito a si (ARANHA & MARTINS, 2000: 143).

As teorias sobre o amor propostas pelos filósofos ao longo do tempo tende a agrupar-se ao redor
de duas posições fundamentais:

 O amor como total unidade e identificação. Nas palavras de Hegel o amor


é o sentimento pelo qual dois seres não existem se não em uma unidade
perfeita e poe nessa identidade toda a sua alma e o mundo inteiro. Nessa
perspectiva, o amor deixa de ser um fenómeno humano para ser fenómeno
cósmico (natural) ou princípio de realidade suprema. O amor humano,
finito como aspiração de identidade e fusão com o infinito está condenado
ao insucesso. Os principais representantes dessa corrente são: Spinoza,
Hegel, Feuerbach, Bergson e os românticos (Idem: 143).  

·    O amor como troca reciproca entre dois seres que preservam a individualidade e autonomia. A
troca reciproca, é emotivamente controlada de atenções e cuidados, tem por finalidade o bem do
outro como se fosse o seu próprio. Na forma feliz desse tipo de amor, há reciprocidade, há união,
mas não unidade. Esta corrente é representada por Platão, Aristóteles, S. Tomas, Descartes,
Leibniz, Scheler e Russell.

3.2. A Indiferença

Este e o relacionamento mais comum em sociedade. Tematizado por autores personalistas e


existencialistas esta forma de relacionamento tem, fundamentalmente duas características:
«outro» é, em primeiro lugar, a função que desempenha, sendo a pessoa substituída pelo
funcionário; a segunda característica é o tratamento com o outro na terceira pessoa: o outro não é
um «tu» mas um «ele». Este Ele implica uma certa objectivação da pessoa e a redução da
subjectividade à soma da qualidade e função. Portanto, o outro lado, este «ele» significa
«ausência» em relação a mim. Não uma ausência espacial como e óbvio mas uma ausência
acfetiva. Se enquanto funcionário, o outro pode muito bem ser constituído por uma maquina,
então «ele» é como se noa existisse. Estamos no reino da fria burocracia e tecnocracia.

3.3. O Ódio

É uma outra forma de relacionamento. Enquanto o amor, como vimos, e afirmação e a promoção
do outro, odio e a negação e a rejeição do outro. Neste caso, talvez, não se deve usar o termo
«objectivação». Se outro ficasse «objetivado», deixaria de pode ser odiado. O objecto não se
odeia nem se ama. O odio é a negação ou a rejeição do Outro enquanto sujeito. O ódio é a
rejeição da subjectividade do outro e a sua «apropriação». Enquanto na indiferença, o outro e
«como se não existisse; o odio exige, por assim dizer, existência do outro, não para o promover,
mas para o rejeitar.
3.4. Os Sentimentos

Sentimentos são reacções positivas ou negativas, discretas e suaves, sobre alguém. Sentimento
pode significar: o mesmo que emoção, no significado mais geral, ou algum tipo ou forma
superior de emoção. Os sentimentos caracterizam-se pela presença de adesões intelectuais ou
representativas imagens, ideais, representações e a quase de repercussões fisiológicas. Dai pode
se definir os sentimentos como reações que na se excedem nem pela violência nem pela
desorganização ou desadaptação da pessoa.

Tendo em conta o número das nossas tendências, multiplicidade de obejctos com que cada um se
pode relacionar e a diversidade de situações em que nos podemos encontrar, facilmente
poderemos imaginar a qualidade de sentimentos maus, e forçosamente, uma vida infeliz. Alguns
dos sentimentos desadaptados que tem sido objecto de estudo da psicologia: inferioridade,
inadaptação, culpabilidade, morbosa, recusa e não – aceitação ou esprito de contradição
insegurança, ressentimento, hostilidade, ansiedade e frustração.

Para o controlo e orientação dos nossos sentimentos, devemos ter em conta os seguintes
princípios:

A facilidade com que os sentimentos, deixados a si mesmo, se transforme em emoções


e paixões, com os respectivos desajustamentos.
Os sentimentos positivos, optimistas e altruístas devem predominar sobre os
sentimentos negativos, pessimistas, egoístas. Os primeiros dilatam a alma, activam o
bom funcionamento de todo o organismo; todo o organismo; enquanto os segundos
atrofiam, oprimem, azedam o sangue.
Para controlar os sentimentos e necessário dominar os actos e as ideias, pois as ideias
precedem e promovem os actos: os actos e as ideias modificam os sentimentos.
 Agir como, se de facto, tivéssemos os sentimentos bons que desejamos ter. Por
exemplo: se desejarmos amar alguém que não simpatizamos, comecemos a por ver
nele o lado bom, relacionam-nos com ele como se, de facto fosse nosso amigo…e
pouco a pouco, amá-lo-emos.
Outros factores psíquicos ligados aos sentimentos são as emoções, paixões e humores. Apesar da
grande importância que eles têm no desenvolvimento dos sentimentos não lhes dedicaremos
muita atenção, senão uma simples informação:

Emoções: são respostas psicofísicas intensas, ordinariamente repentinas e imprevistas,


ligadas a acontecimentos que alteram bruscamente o equilíbrio do comportamento
humano, e por isso, marcadas por modificações psicológicas normalmente fortes. Existem
diferentes espécies de emoções, sendo de destacar as seguintes dimensões: rapidez, e
intensidade e nível de excitação, agradabilidade, desagradibilidade, atracão ou rejeição.
Paixões: são estados afectivos intensivos, duradouros polarizadores da vida psíquica da
pessoa humana. A paixão e uma inclinação dominante que tende a tornar-se exclusiva,
podendo chegar dirigir todo o nosso comportamento, comandar os nossos juízos de valor,
impedir o exercício imparcial do raciocínio, absorver, por assim dizer, a inteligência, a
imaginação, o coração e a vontade. A paixão e um caracter absorvente ou centralizador,
imperioso estável, intenso e, por vezes, violento. Reveste-se também, frequentemente de
um certo caracter de fatalidade, fazendo perder o controlo ou o domínio pessoal.
Humores: são estados ou disposições, de ânimo difusos, passageiros ou persistentes, sem
objecto nem estímulos bem precisos. Predispõem, inconscientemente, as pessoas para um
determinado comportamento emocional, incluindo-as para a exaltação ou a depressão, a
calma ou tensão, a alegria ou a tristeza, a euforia u melancolia. São uma espécie de
«música de fundo» permanente da vida afectiva.

Não existe uma linha rigorosa que separa o sentimento dos humores. Contudo, os humores são
persistentes, penetram com frequência mais fortemente na personalidade, invadem mais
globalmente a vida psíquica.
Conclusão

De facto, é possível conhecer a pessoa na sua totalidade diante suas atitudes, palavras e escolhas
que são expressas livremente diante a realidade vivida, a sujeito moral, é direcionado ao um
começo, meio e fim, cuja, trajetória é marcada por actos, que podem ser classificadas por
consensos, visões amplas da realidade, limites, normas que buscam não o bem individual, mas de
toda uma multiplicidade. A responsabilidade na conduta humana leva a formação deste ser moral,
que se encontra cercado de leis e normas, fiéis a bases racionais e éticas, os significados e
funções da moral e sua atuação no sujeito.

Neste contexto, podemos concluir também que a relação homem e trabalho é, nesse contexto,
viabilizada pelas regularidades das ações que proporcionam a institucionalização do trabalho, a
qual baliza as relações construídas entre o homem e o mundo em que vive. Não obstante, essa
relação do homem e trabalho tem sofrido algumas mudanças em sua conjuntura por narrativas
que valorizam o lucro, o desempenho, a flexibilidade, a competitividade e a troca de vínculos
humanos por um mundo virtual, instrumentalizado. Ademais, argumenta-se sobre a
reinstitucionalização do trabalho, como um processo de reorganização do trabalhocaracterizado
por ser dinâmico, multicausal e inacabado.

A formação deste sujeito moral demonstra o seu caráter antropológico em suas especificações,
quereres, determinações e vontades, esta última, sendo uma faculdade competente e unicamente
ao ser humano. Este ente, composto de essência e existência, substâncias e acidentes, forma e
matéria, precisa de uma realidade superior para que possa encontrar nela um fim, que através de
leis, princípios naturais vislumbram a majestade de um Ser Superior que tem como fundamento o
bem, a verdade e a unidade.
Referências Bibliográficas
CORDI, Cassiano. Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2003.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São Paulo, 2002.

BINSWANGER, L. (1973). Artículos y conferencias escogidas. Madrid: Gredos.

SCHELER, M. (1976). El puesto del hombre en el cosmos. Buenos Aires: Losada.

LOMBO. José Angel. La persona en Tomás de Aquino: un estúdio histórico y sistemático. 414 f.

Tese (Doutorado em Filosofia). Facultas Philosophiae, Pontificia Universitas Sanctae Crucis,

Roma, 2001, p. 32.

MASSIMI, M. (2016). História dos saberes psicológicos. São Paulo: Paulus Editora.

STEIN, E. (2005). Obras Completas: Escritos espirituales V. V. (F. J. Sancho, OCD et. al., trads.
J. Urkiza, OCD, rev.). Burgos: Editorial Monte Carmelo; Vitoria: Ediciones El Carmen; Madrid:
Editorial de Espiritualidad.
AQUINO, T. Suma Teológica. Volume 1 – Parte I – Questões 1-43. 3ed. Edições Loyola. São

Paulo, 2009.

ANTUNES, R. (2015). Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do


trabalho. Boitempo Editorial.
BENDASSOLLI, P. F. (2007). Trabalho e Identidade em Tempos Sombrios. Aparecida/São
Paulo, SP: Ideias & Letras.
BORGES, Z. (2007). O significado do trabalho uma reflexão sobre a institucionalização do
trabalho na empresa integrada e flexível. Revista Eletrônica de Gestão de Negócios, 3 (1), 121-
143.

Você também pode gostar