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1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3
9 FILÓSOFOS RACIONAIS............................................................................... 23
10 EMPIRISMO ................................................................................................... 27
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11 FILÓSOFOS EMPIRISTAS ............................................................................. 28
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 HISTÓRIA DA FILOSOFIA
Fonte: cursinhoparamedicina.com.br
A palavra Filosofia vem do grego, e é formada pela junção de dois termos: phi-
los (amigo) + sophia (sabedoria). Portanto, o filósofo é um amigo ou amante do co-
nhecimento, alguém que busca compreender o mundo à sua volta, bem como seu
universo interior.
Pode-se dizer que, para o homem homérico e para o homem grego filho da
tradição homérica, tudo é divino, no sentido de que tudo o que acontece é
obra dos deuses. Todos os fenômenos naturais são promovidos por numes:
os trovões e os raios são lançados por Zeus do alto do Olimpo, as ondas do
mar são levantadas pelo tridente de Posseidon, o sol é carregado pelo áureo
carro de Apolo, e assim por diante (REALE, 1993, apud DEPINÉ, 2009).
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Antes de tudo, é preciso reconhecer que a relação entre a filosofia e a psico-
logia, sobretudo no que diz respeito aos seus aspectos institucionais, apre-
senta contornos específicos em cada um dos contextos socioculturais em que
ela aparece. Por exemplo, na Alemanha, nos EUA e na França, o desenvol-
vimento e a consolidação da psicologia como ciência, incluindo aí sua relação
com a filosofia, tem certas particularidades que não devem ser ignoradas,
caso se pretenda de fato compreender essa questão (ARAUJO, 2009, apud
ARAÚJO, 2013).
Fonte: consciencia.org
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matéria básica de todas as coisas. Essa substância imutável era chamada de physis
(palavra grega cuja tradução literal seria natureza, mas que na concepção dos primei-
ros filósofos compreendia a totalidade dos seres, inclusive entidades divinas) e, por
essa razão, os primeiros filósofos também foram conhecidos como os physiologo (li-
teralmente, os filósofos que se dedicavam ao estudo da Physis).
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Fonte: ebah.com
Foi uma época da história compreendida entre os séculos III e II a.C. no qual
os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico. A civilização helenística
foi o resultado da fusão de diversas sociedades, principalmente grega, persa e egíp-
cia. Foi tão grande a influência grega que, após a queda do Império, a cultura hele-
nística continuou predominando em todos os territórios anteriormente por eles domi-
nados. Entre os séculos I e II a.C., os reinos helenísticos foram aos poucos sendo
conquistados pelos romanos.
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Na Alexandria Ptolomaica, durante o século III a.C., surgiu uma renomada
escola de medicina, onde dois grandes médicos se destacaram: Herófilo (335
- 280 a.C.) e Erasístrato (310 - 250 a.C.). Entretanto, seus trabalhos são co-
nhecidos através de citações feitas por Galeno (130 - 201 d.C.), bastante in-
fluenciado por esses dois autores (CRIVELLATO, 2007, apud CASTRO,
2011).
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Também havia o Ceticismo que aconselhava a tudo duvidar.
4 FILOSOFIA MEDIEVAL
Fonte: sanderlei.com.br
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Entre os filósofos medievais do ocidente, merecem destaque: Agostinho de Hi-
pona, Boécio, Anselmo de Cantuária, Pedro Abelardo, Roger Bacon, Boaventura de
Bagnoregio, Tomás de Aquino, João Duns Escoto, Guilherme de Ockham e Jean Bu-
ridan; na civilização islâmica, Avicena e Averrois; entre os judeus, Moisés Maimôni-
des.
Tomás de Aquino (1225-1274), fundador do tomismo, exerceu influência ini-
gualável na filosofia e na teologia medieval. Em sua obra, ele deu grande importância
à razão e à argumentação, e procurou elaborar uma síntese entre a doutrina cristã e
a filosofia aristotélica. A filosofia de Tomás de Aquino representou uma reorientação
significativa do pensamento filosófico medieval, até então muito influenciado pelo ne-
oplatonismo e sua reinterpretação agostiniana.
5 FILOSOFIA DO RENASCIMENTO
Fonte: infoescola.com
A transição da Idade Média para a Idade Moderna foi marcada pelo Renasci-
mento e pelo Humanismo. Nesse período de transição, a redescoberta de textos da
Antiguidade contribuiu para que o interesse filosófico saísse dos estudos técnicos de
lógica, metafísica e teologia e se voltasse para estudos ecléticos nas áreas da filolo-
gia, da moralidade e do misticismo.
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Os estudos dos clássicos e das letras receberam uma ênfase inédita e desen-
volveram-se de modo independente da escolástica tradicional. A produção e dissemi-
nação do conhecimento e das artes deixam de ser uma exclusividade das universida-
des e dos acadêmicos profissionais, e isso contribui para que a filosofia vá aos poucos
se desvencilhando da teologia. Em lugar de Deus e da religião, o conceito de homem
assume o centro das ocupações artísticas, literárias e filosóficas.
O renascimento revigorou a concepção da natureza como um todo orgânico,
sujeito à compreensão e influência humana. De uma forma ou de outra, essa concep-
ção está presente nos trabalhos de Nicolau de Cusa, Giordano Bruno, Bernardino Te-
lesio e Galileu Galilei. Essa reinterpretação da natureza é acompanhada, em muitos
casos, de um intenso interesse por magia, hermetismo e astrologia, considerados en-
tão como instrumentos de compreensão e manipulação da natureza.
À medida que a autoridade eclesial cedia lugar à autoridade secular e que o
foco dos interesses se voltavam para a política em detrimento da religião, as rivalida-
des entre os Estados nacionais e as crises internas demandavam não apenas solu-
ções práticas emergenciais, mas também uma profunda reflexão sobre questões per-
tinentes à filosofia política. Desse modo, a filosofia política, que por vários séculos
esteve dormente, recebeu um novo impulso durante o Renascimento. Nessa área,
destacam-se as obras de Nicolau Maquiavel e Jean Bodin.
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6 NASCIMENTO DA FILOSOFIA E O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA
HUMANA
Fonte: alunosonline.uol.com.br
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7 FILOSOFIA MODERNA: SÉCULO XVII E XVIII
Fonte: iluminismoufpr.com.br
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Diversas transformações ocorreram no pensamento europeu na época dos
quais se destacam:
A passagem do feudalismo para o capitalismo; o surgimento da burguesia; a
formação dos estados nacionais modernos; o absolutismo; o mercantilismo; a reforma
protestante; as grandes navegações; a invenção da imprensa; a descoberta do novo
mundo; o início do movimento renascentista.
As principais características da filosofia moderna estão pautadas nos seguintes
conceitos: Antropocentrismo e Humanismo; Cientificismo; Valorização da natureza;
Racionalismo (razão); Empirismo (experiências); Liberdade e idealismo; Renasci-
mento e iluminismo; Filosofia laica (não religiosa).
Após a Idade Média, há um período de transição entre o século XV e XVI para
a Idade Moderna, que significou ruptura com a tradição anterior cristã, fundamentada
em Deus, e passou-se a valorizar o homem. É o período chamado Humanismo Re-
nascentista: artes plásticas, valorização do homem, liberdade e criatividade. É o mo-
mento em que se rompe com a visão sagrada e teológica na arte, no pensamento, na
política, na literatura. Os pensadores desse período passam a valorizar o saber dos
gregos antigos. Valoriza-se o homem e rompe-se com o pensamento teocêntrico, que
considera Deus como o centro de tudo, e a Ciência Antiga.
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Condições históricas: Surge uma nova maneira de pensar e ver o mundo,
resultado das transformações históricas que ocorreram na Europa. Entre os fatores
históricos, pode-se destacar:
O humanismo renascentista do século XV;
A descoberta do Novo Mundo (século XV);
A Reforma Protestante do século XVI;
A revolução científica do século XVII;
Desenvolvimento do mercantilismo e ruptura da economia feudal;
Grandes núcleos urbanos e a invenção da imprensa.
Fonte: oportugues.freehostia.com
Outro fator importante que levou a mudança do pensamento moderno foi à des-
coberta do Novo Mundo, pois revelou a falsidade e fragilidade da geografia antiga, o
desconhecimento da flora e fauna encontradas. Revelou também a falta de conheci-
mento de outros povos e culturas. Muita coisa precisava ser reformulada.
A ciência antiga perdeu autoridade e foi questionada, pois nada explicava sobre
a nova realidade e suas narrativas. Acreditava que a “terra era plana”, desconheciam
os novos habitantes dessas terras descobertas, sua natureza, origem e cultura, tão
distintas.
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7.4 A revolução científica moderna
Fonte: estudopratico.com.br
Foi um processo de transição e não uma ruptura radical. Ao longo desse pro-
cesso surgem Galileu e Isaac Newton, entre outros, que transformaram a visão cien-
tífica do século XVII.
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O rompimento com a ciência antiga revelou uma concepção de distinto do uni-
verso antigo, que é fechado, finito e geocêntrico. A nova ciência (na época) propunha
o modelo heliocêntrico e o universo era infinito. A ciência era ativa, valorizava a ob-
servação e o método experimental, unindo ciência e técnica. A ciência antiga era con-
templativa.
No século XVII a Filosofia e a Ciência se separam. Galileu, usando um telescó-
pio, demonstrou o modelo desenvolvido por Copérnico. Foi então, interpelado pela
Igreja. Entre os principais pensadores daquele momento, destacam-se:
Copérnico: sacerdote polonês, propôs a teoria heliocêntrica que atingia a con-
cepção medieval cristã de que o homem é ser supremo da criação divina e que por
isso a terra é o centro do universo;
Giordano Bruno: levou adiante a ideia de Copérnico e desenvolveu a concep-
ção de universo infinito. Foi condenado e morreu queimado vivo na fogueira;
Galileu Galilei: contribuiu com descobertas científicas, como o aperfeiçoa-
mento do telescópio, e com uma nova postura metodológica de investigação científica:
observação, experimentação, uso da linguagem matemática. Por condenar os dog-
mas tradicionais da Igreja, também foi condenado pela Inquisição, mas optou por viver
e seguiu fazendo suas pesquisas clandestinamente.
Fonte: estudopratico.com.br
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7.5 Desenvolvimento do mercantilismo e ruptura da economia feudal
Surgiu nesta fase grandes centros urbanos, levando a novos valores e neces-
sidades. E a invenção da imprensa permitiu que as ideias pudessem ser publicadas e
difundidas.
8 PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Fonte: netmundi.org
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supremacia da doutrina da Igreja, na Idade Média, e inaugurou um modo novo de
conceber e compreender o conhecimento. No século XVII nasceu o método experi-
mental e a possibilidade de explicação mecânica e matemática do Universo, que deu
origem à ciência moderna.
A partir desses questionamentos, duas novas perspectivas para o saber surgi-
ram, às vezes complementares, às vezes antagônica: o racionalismo e o empirismo,
que constituíam em novos paradigmas da filosofia moderna para conhecer a reali-
dade.
8.1 Razão
O que é a razão? Existem vários sentidos de razão no nosso dia a dia. A Filo-
sofia se define como conhecimento racional da realidade natural e cultural, das coisas
e dos seres humanos. A razão é a organização e ordenação de ideias, para assim
poder sistematizá-las.
A razão é atividade intelectual de conhecimento da realidade natural, social,
psicológica, histórica. Possui um ideal de clareza, de ordenação e de rigor e precisão
dos pensamentos e de palavras. Em sua origem, é a capacidade intelectual de pensar
e exprimir-se correta e claramente, de modo a organizar e ordenar a realidade, os
seres, os fatos e as ideias.
Desde o começo da Filosofia, a origem da palavra razão fez com que ela fosse
considerada oposta a quatro outras atitudes mentais:
Ao conhecimento ilusório; Às emoções, aos sentimentos; Às paixões; À crença
religiosa (em que a verdade nos é dada pela fé numa revelação divina).
A Filosofia Moderna foi o período em que mais se confiou nos poderes da razão
para conhecer e conquistar a realidade e o homem (sendo chamado de Grande Raci-
onalismo Clássico). O marco dessa forma de pensamento foi René Descarte, mate-
mático e filósofo, inventor da geometria analítica. O método escolhido é o matemático,
por ser o exemplo de conhecimento integral racional.
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8.2 Racionalismo
9 FILÓSOFOS RACIONAIS
Fonte: amentemaravilhosa.com.br
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A ideia baseada na noção estoica de religião natural apresentada anterior-
mente: “uma opinião comum e natural sobre Deus é colocada dentro de nós”,
mas dentro no sentido de ser algo inerente (native), e essa religião comum é,
em primeira instância, um tipo de “instinto natural” [instinctus naturalis] que é
própria do ser humano ou, mais precisamente, de todos os seres racionais
como uma pré-condição que orienta nosso pensamento. (MARSILIO FICINO,
1998, apud ECKERT, 2013).
René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor
da frase: "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano,
sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a
ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que
fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade.
René du Perron Descartes nasceu em La Hayne, antiga província de Touraine,
hoje Descartes, na França, no dia 31 de março de 1596. Filho de Joachim Descartes,
advogado e juiz, proprietário de terras, com o título de escudeiro, primeiro grau de
nobreza. Era também conselheiro no Parlamento de Rennes na vizinha cidade de
Bretanha.
Estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry (Le Grand), formou-se em Direito em
1615, mas não exerceu tal função. Decepcionado com o ensino, afirmava que só a
matemática demonstra aquilo que afirma.
Em 1617, Descarte ingressou no exército do príncipe Maurício de Nassau, na
Holanda. Estabeleceu contato com as descobertas recentes da Matemática estu-
dando com o cientista holandês Isaac Beeckman. Aos 22 anos, começa a formular
sua "geometria analítica" e seu "método de raciocinar corretamente". Rompeu com a
filosofia de Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619, propõe uma ciência uni-
tária e universal, lançando as bases do método científico moderno.
Descartes tomou parte da Guerra dos Trinta Anos, combatendo sob as ordens
de Tilly na Batalha do Monte Branco, em 1621. Regressou depois à França, onde
empreendeu viagens pela Itália, Holanda e Espanha. De 1629 a 1649 permaneceu
nos Países-Baixos.
Descartes realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemá-
tica. Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica
e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como “Plano Cartesiano”. Aperfeiçoou a
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álgebra, sugerindo notações mais simples, fez diversas descobertas no terreno da
física e criou a teoria das refrações da luz através das lentes. Fundou o sistema filo-
sófico denominado “Racionalismo” ou “Pensamento Cartesiano” (o termo vem de Car-
tesius, nome alatinado de Descartes). Segundo ele, se o homem pretende investigar
a verdade, deve examinar seu próprio intelecto. Descartes parte do ponto de vista, de
que a vida se deve duvidar por princípio, de todas as opiniões recebidas.
O Método de Descartes: A principal obra de Descartes, "O Discurso Sobre o
Método", é um tratado matemático e filosófico, publicado na França em 1637 e tradu-
zida para o latim em 1656, na qual apresenta o seu método de raciocínio, "Penso, logo
existo", base de toda a sua filosofia e do futuro "racionalismo científico". Nessa obra
expõe quatro regras para se chegar ao conhecimento:
Nada é verdadeiro até que venha a ser reconhecido como tal;
Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente;
As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo;
O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja
omitido.
René Descartes foi considerado o pai do racionalismo e ao mesmo tempo, o
fundador da moderna metodologia da ciência em sentido crítico. Em 1649, foi convi-
dado para trabalhar como instrutor da rainha Cristina na Suécia, já com uma saúde
frágil, falecendo em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650.
Frases de René Descartes: Penso, logo existo;
Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem;
Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis;
Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver
tentado abri;
Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as coi-
sas em dúvida o máximo possível;
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão idealista que abriu novos cam-
pos de estudo na História, Direito, Arte, entre outros, através dos seus postulamentos
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e da lógica dialética, influenciando pensadores como Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer,
Friedrich Engels e Karl Marx.
Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770, em Stuttgart, na Alemanha. Era o mais
velho de três irmãos, filhos de um funcionário público do condado de Württemberg.
Fez seus estudos em casa com tutores e a mãe, mas também no colégio local, onde
permaneceu até os 17 anos. Aprendeu latim com a mãe, além de estudar grego, fran-
cês e inglês e muito cedo teve contato com os clássicos gregos e romanos. Apesar
de sua sólida educação humanista, Hegel teve uma ótima formação científica. Perdeu
a mãe aos 13 anos, e ficou aos cuidados de uma irmã, Cristiana.
Com incentivo do pai, em 1788, ingressou no seminário, a fim de ser pastor.
Entre seus companheiros estavam o filósofo Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling
(1775- 1854) e o poeta Friedrich Hölderlin (1770 - 1843).
Quando Hegel completou seus 18 anos, ocorreu a Queda da Bastilha, e mais
tarde os eventos que comporiam a Revolução Francesa. Entre as consequências do
fato histórico estava a posterior invasão da Prússia pelo exército francês. A essa al-
tura, a Alemanha não estava organizada como Estado unificado sendo conglomerado
de ducados, principados e condados.
Em 1793, começou a atuar como tutor privado em Berna, na Suíça. No ano
seguinte, aconselhado por Hölderlin, começou a análise dos escritos de Immanuel
Kant (1724-1804) e Johann Fichte (1762-1814). Em conjunto com Schelling, Hegel
escreveu "O Mais Antigo Programa de um Sistema de Idealismo Alemão". Entre as
ideias da obra está a de que o Estado é puramente mecânico. (Por isso é necessário
transcender o Estado e os homens livres devem ser tratados como parte da engrena-
gem que permite seu funcionamento).
Enquanto viveu em Nuremberg, Hegel publicou vários fascículos de a "Ciência
da Lógica" nos anos de 1812, 1813 e 1816. A partir de 1816, o filósofo aceita ser
professor de filosofia na Universidade de Heidelberg. Morre em Berlim, em 14 de no-
vembro de 1831, vítima de uma epidemia de cólera.
Frases de Hegel: "A tarefa da filosofia é entender o que é a razão"; “Nada de
grande se realizou no mundo sem paixão”; “A realidade é racional e que toda a racio-
nalidade é real”; “A necessidade geral da arte é a necessidade racional que leva o
homem a tomar consciência do mundo interior e exterior e a lazer um objeto no qual
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se reconheça a si próprio”; “A história ensina é que os governos e as pessoas nunca
aprendem com a história”; “Quem quer algo de grande, deve saber limitar-se. Quem,
pelo contrário, tudo quer, nada, em verdade, quer e nada consegue.”
Entre suas obras podemos citar: Fenomenologia do Espírito (1807); Propedêu-
tica Filosófica (1812); Ciência da Lógica (1812-1816); Enciclopédia das Ciências Filo-
sóficas (1817); Princípios da Filosofia do Direito (1820).
10 EMPIRISMO
Fonte: movimentoempirista.com
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O empirismo defendia que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base
na experiência prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas
experiências, mais amplo e profundo torna-se o nosso conhecimento. Aristóteles já
defendia que o conhecimento advém da experiência, contrariando as teses platônicas,
que eram essencialmente inatistas.
Principais filósofos empiristas: Francis Bacon, John Locke, David Hume, Tho-
mas Hobbes e entre outros.
11 FILÓSOFOS EMPIRISTAS
Fonte: medium.com
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Pretendia demostrar sua grande preocupação com os conhecimentos científi-
cos na vida prática. A ciência deveria valorizar a pesquisa experimental baseada na
corrente empirista. Foi um dos mais importantes pensadores da filosofia moderna,
criando um método de investigação filosófica. Por esse motivo é considerado o "Pai
do Método Experimental". Faleceu em 9 de abril de 1626 na cidade de Highate no
Reino Unido, vítima de bronquite, deixando seu legado em obras.
Além de obra filosóficas, Bacon escreveu obras políticas, jurídicas e literárias,
reunindo uma vasta produção intelectual das quais se destacam: Ensaios; Da Sabe-
doria dos Antigos; Estandartes do Bem e do Mal; História de Henrique VII; Casos de
Traição; Novo Método ou Instrumento; Grande Restauração; Nova Atlântida; Refle-
xões sobre a Natureza das Coisas; Escala do Entendimento; Antecipações à Filosofia;
entre tantas outras.
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John Locke nasceu na aldeia de Somerset, em Wrington, Inglaterra, no dia 29
de agosto de 1632. Filho de um advogado e capitão da cavalaria parlamentar, com 14
anos ingressou na Westminster em Londres.
Em 1668, John Locke tornou-se membro da Academia Científica da Sociedade
Real de Londres, onde realizou diversas pesquisas. Foi amigo e colaborador do cien-
tista Robert Boyle. Como sua especialidade era a Medicina ele manteve relações com
importantes cientistas da época, entre eles, Isaac Newton. Entre 1675 e 1679 residiu
na França em missão diplomática.
Ao retornar à Inglaterra, deparou-se com problemas políticos decorrentes da
sucessão de Carlos II. Adversário do absolutismo monárquico da Inglaterra de Carlos
II e de Jaime II, em 1683, por defender o parlamentarismo, John Locke foi obrigado a
se refugiar nos Países Baixos, onde permaneceu por cinco anos.
Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi coroado
como Guilherme III, tendo que aceitar a “Declaração dos Direitos” apresentada pelo
Parlamento, como base do sistema de monarquia constitucional, a qual Locke ajudou
a redigir.
Segundo ele, a sensação ou a experiência externa, e a reflexão ou a experiên-
cia interna, constituíam duas fontes de conhecimento originando-se assim ideias sim-
ples, produto da sensação, e ideias complexas, provenientes da reflexão.
John Locke negava radicalmente que existiam ideias inatas, tese defendida por
Descartes. Argumentava ele, que quando se nasce, a mente é uma página em branco
que a experiência vai preenchendo. Sua teoria do conhecimento foi exposta em sua
obra fundamental: “Ensaio Sobre o Conhecimento Humano”.
Como teórico político, John Locke defendeu a monarquia constitucional. Pode
ser considerado um precursor da democracia liberal, uma vez que atribuiu grande im-
portância à liberdade e à tolerância. Foi no contexto da Revolução Gloriosa Inglesa,
quando Locke esteve exilado na Holanda, entre 1682 e 1688, que o filósofo desenvol-
veu sua teoria do liberalismo político.
Em 1690, escreveu “Segundo Tratado Sobre o Governo Civil”. Na obra, Locke
apresentou o princípio da divisão dos três poderes que deveriam exercer a função de
governo: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário.
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Ainda durante seu exílio na Holanda, John Locke escreveu “Cartas Sobre a
Tolerância”, na qual defende as ações dos cidadãos, principalmente no campo religi-
oso, que devem ser toleradas pelo Estado, desde que cumpram as funções de defen-
der a vida, a liberdade e a propriedade.
Locke afirmava que a reivindicação por tolerância tinha como pressuposto a
separação entre Estado e Igreja, ideia revolucionária para o cenário político da época.
John Locke faleceu em High Lavre, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704.
Seu corpo foi sepultado no cemitério da Igreja de Lavre, onde residia desde 1691.
Frases de John Locke: O que te preocupa, te escraviza; Onde não tem lei,
não tem liberdade; É preciso metade do tempo para usar a outra; A felicidade é uma
condição da mente e não das circunstâncias; Nossas ações são as melhores interpre-
tações de nossos pensamentos; A necessidade de procurar a verdadeira felicidade é
o fundamento da nossa liberdade.
Fonte: fatosdesconhecidos.ig.com.br
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12.1 Nicolau Maquiavel
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Evidentemente, a originalidade de Maquiavel é, nessa perspectiva, se não
apagada, bastante mitigada. Por outro lado, Lefort apresenta uma interpreta-
ção muito distinta, enfatizando o caráter conflitivo da vida cívica, o que signi-
fica conceder grande importância à teoria maquiaveliana dos "humores" que
perturbam a ordem política. (ABENSOUR, 1998, apud ADVERSE,
2007).
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O cientista teve três filhos com a veneziana Marina Gamba, com a qual nunca
se casou. Suas duas filhas se tornaram freiras e o filho, músico.
Em 1583, Galileu entrou na Universidade de Pisa para cursar Medicina, mas
não concluiu. Alguns estudos indicam que ele teve problemas financeiros e, por isso,
deixou a faculdade em 1585. No entanto, outros apontam que deixou a Medicina por-
que nunca foi o seu desejo se formar na carreira, mas sim do pai. Fato é que Galileu
trouxe importantes contribuições para essa e tantas outras áreas.
Depois de sair da universidade, continuou seus estudos, especialmente nas
áreas de Matemática e Física. Durante duas décadas pesquisou sobre os princípios
da Hidrostática, o que lhe rendeu fama à época. De 1589 a 1592, teve um cargo na
Universidade de Pisa. Nos anos seguintes, ministrou aulas de Geometria, Mecânica e
Astronomia na Universidade de Pádua. Permaneceu na instituição durante 18 anos,
alcançando ainda mais fama e seguidores.
Embora fosse muito religioso, o cientista foi acusado de heresia pela Igreja Ca-
tólica por tornar públicas suas crenças, estudos e teorias.
Realizou vários estudos importantes no ramo da Mecânica, como os do movi-
mento pendular e do movimento uniformemente acelerado. Descobriu a lei da queda
dos corpos, segundo a qual, dispostos em uma mesma altura, dois corpos de massas
diferentes sofrerão a mesma influência da gravidade, que é a causa de seu movi-
mento, chegando ambos ao solo ao mesmo tempo quando em queda livre (sem a re-
sistência do ar).
Além de ter criado um telescópio aprimorado, Galileu inventou um termômetro
de água e um instrumento (espécie de relógio) para medir a pulsação das pessoas
denominado pulsillogium. O italiano escreveu vários livros nos quais relatava suas
ideias.
Entre as obras de renome estão: As operações da bússola geométrica e mili-
tar (1604); O mensageiro das estrelas (1610); Discurso sobre corpos na água (1612);
Diálogo sobre os dois principais sistemas mundiais (1632); Duas novas ciên-
cias (1638).
Galileu descobriu também, ao usar o seu telescópio, manchas solares e
que Vênus tinha fases como a lua. Provou ainda que a Terra girava em torno do Sol,
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o que refutava a doutrina aristotélica vigente segundo a qual nosso planeta era o cen-
tro do universo (geocentrismo).
Ao realizar tais constatações, Galileu comprovou a teoria heliocêntrica de Nico-
lau Copérnico, segundo a qual a Terra e os planetas giravam em torno do sol.
Contudo, na época a Igreja Católica apoiava o modelo geocêntrico do sistema
solar: o Sol e o resto dos planetas é que girariam em torno de uma terra central, e não
móvel. Por esse motivo, a teoria de Galileu foi considerada uma afronta à Igreja.
Em 1613, por meio de uma carta direcionada a um aluno, o italiano explicou
que a teoria copernicana não contradizia as passagens da Bíblia. Quando o texto se
tornou público, os consultores da Inquisição da Igreja consideraram a teoria herética.
Durante sete anos, o cientista não pôde defender a teoria na qual acreditava.
Assim, segundo registros, ele obedeceu a Igreja para evitar maiores complicações e
porque era muito católico.
Em 1632, Galileu publicou o Diálogo sobre os dois principais sistemas mundi-
ais, que comprovava a teoria heliocêntrica. Com isso, o italiano foi convocado a Roma
para ser julgado. Seu processo de inquisição durou de setembro de 1632 a julho de
1633. Cansado de passar por esse processo, o cientista foi ameaçado de tortura e
teve de declarar que a teoria de Copérnico era apenas uma hipótese. Ele foi conde-
nado por heresia e passou os anos restantes em prisão domiciliar. Em 1992, as teorias
de Galileu Galilei foram reconhecidas formalmente pelo papa João Paulo II.
Pouco antes de morrer, ele estava quase cego. Estudos sinalizam que ele ficou
assim por observar as manchas solares sem proteção. Galileu Galilei morreu em 8 de
janeiro de 1642, em Arcetri, na Itália.
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12.4 Isaac Newton
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Tratando-se ou não de uma lenda ou um fato, a história mais conhecida sobre
a lei da gravidade narra sobre uma maçã que caiu de uma árvore em cima da cabeça
de Newton, durante esse período de isolamento. Com isso, ele refletiu sobre a razão
da fruta ter caído em direção à terra e não o oposto.
Passado o período de surto da peste negra na Inglaterra, Newton voltou para
Cambridge, participou de um concurso e tornou-se professor. Meses depois, ele já
era mestre em humanidades.
Após poucos anos, Barrow resolveu renunciar à cátedra lucasiana e indicou
Newton para ocupar o lugar. Em 1969, Newton tornou-se professor lucasiano de ma-
temática. Com o tempo, recebeu admiração, mas, em geral, foi contra a publicação
de seus artigos, temendo as críticas. Quando seu trabalho sobre a teoria da variação
do índice de refração da luz foi divulgado, ele recebeu críticas negativas de filósofos
e isolou-se ainda mais. Newton só voltou a publicar artigos após a morte de um dos
críticos.
Já com quase 50 anos e com a Universidade de Cambridge passando por com-
plicações financeiras, Newton voltou-se para outros trabalhos em Londres e foi
eleito presidente da Royal Society. Além disso, fez alguns amigos durante o período,
continuou os estudos nas áreas de óptica e mecânica e publicou trabalhos importan-
tes. No entanto, nos últimos anos de vida, seus estudos foram dedicados à alquimia e
a questões relacionadas a Deus. Isaac Newton morreu em março de 1727, aos 84
anos, com complicações renais. Nunca se casou, nem teve filhos.
A Universidade de Cambridge escondeu, por mais de 100 anos, os estudos
alquimistas de Newton. No final do século XIX, a instituição liberou lotes de “estudos
ocultos” dele, que foram adquiridos por colecionadores. Somente nas últimas déca-
das, alguns manuscritos tornaram-se públicos.
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Um dos manuscritos mais famosos de Newton é o relacionado à pedra filosofal,
um elixir da vida, uma substância mítica capaz de tornar uma pessoa imortal e trans-
formar objetos em ouro. A lenda da pedra filosofal ficou conhecida por muitos por meio
dos livros e filmes da história de Harry Potter.
Leis de Newton: Entre as principais teorias deixadas por Isaac Newton, as
chamadas leis de Newton estão entre as mais conhecidas e fundamentam a base da
física mecânica. O conjunto das três leis explica o movimento dos corpos. Elas foram
publicadas em sua obra mais famosa: Princípios matemáticos da filosofia natural.
1ª Lei de Newton: Chamada de Lei da Inércia. Seu enunciado original encon-
tra-se traduzido na frase: “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de mo-
vimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado
por forças aplicadas sobre ele.”
2ª Lei de Newton: Também conhecida como Lei da Superposição de Forças ou
como Princípio Fundamental da Dinâmica, traduzida de sua forma original, é apresen-
tada pela frase: “A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida e
é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é aplicada.”
3ª Lei de Newton: Recebe o nome de Lei da Ação e Reação. Essa lei diz que
todas as forças surgem aos pares: ao aplicarmos uma força sobre um corpo (ação),
recebemos desse corpo a mesma força (reação), com mesmo módulo e na mesma
direção, porém com sentido oposto. O enunciado original da Terceira Lei de Newton
encontra-se traduzido na frase: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual
intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e
dirigidas em sentidos opostos.”
12.5 Montesquieu
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Em 1714, com a morte do pai, tornou-se Conselheiro do Parlamento da cidade
de Bordeaux, sob responsabilidade de seu tio, o Barão de Montesquieu. Entretanto,
com a morte de seu tio, herdou uma boa herança, sendo nomeado Barão de Montes-
quieu, no qual passou da posição de conselheiro, para assumir a presidência do Par-
lamento de Bordeaux. Em 1715, casou-se com a abastada protestante Jeanne de
Lartigue, com quem teve dois filhos.
Em Paris, estudou na Academia Francesa onde fazia parte dos grandes círcu-
los intelectuais da cidade. Viajou pela Europa expandindo seus conhecimentos e
acrescentando à sua formação intelectual, segundo ele: “Quando vou a um país, não
examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há
por toda a parte”. Em Londres, iniciou-se na maçonaria e, em 1729, foi eleito membro
da "Royal Society". Foi um crítico do absolutismo e do catolicismo, defensor da demo-
cracia, sendo sua obra mais destacada “O Espirito das Leis”, publicada em publicação
em 1748, um tratado de teoria política, no qual aponta para a divisão dos três pode-
res (executivo, legislativo e judiciário).
Ademais, criticou as autoridades políticas e religiosas, atitude muito comum no
pensamento iluminista da época. Vale destacar que o Iluminismo foi um movimento
cultural e intelectual europeu do século XVIII. Atualmente, essa obra é referência mun-
dial para cientistas sociais e advogados. Por fim, aos 66 anos, faleceu em Paris, dia
10 de fevereiro de 1755, vítima de uma febre.
12.6 Voltaire
12.7 Rousseau
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo social e escritor suíço e uma das mais
importantes figuras do movimento iluminista. Foi um defensor da liberdade e crítico do
racionalismo.
Na área da filosofia investigou temas acerca das instituições sociais e políticas.
Afirmou a bondade do ser humano em estado de natureza e o fator de corrupção ori-
ginado pela sociedade.
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Suas obras mais destacadas são: “Discurso sobre a origem e os fundamentos
das desigualdades entre os homens” (1755) e “Contrato Social” (1972).
No século XVIII, a economia não era um assunto específico, fazia parte da “Fi-
losofia Moral”. Adam Smith foi o primeiro filósofo moral a reconhecer que as ações de
mercado mereciam um estudo cuidadoso e em tempo integral numa moderna disci-
plina das Ciências Sociais.
Nasceu em 1723 na cidade escocesa Kirkcaldy, pequena e majoritariamente
presbiteriana, mas foi batizado pela mãe na Igreja Anglicana. Sua mãe Margaret Dou-
glas, advinha de uma família proprietária de terras, seu pai Adam Smith, foi promotor
de Justiça Militar e superintendente fiscal da Alfândega de Kirkcaldy, e morreu antes
de seu nascimento. Aos 14 anos Smith foi para a Universidade de Glasgow, onde se
tornou mestre e fascinou-se pelas ideias do professor Francis Hutcheson, aprendendo
Liberalismo Clássico, Direito Natural e Economia Política.
Depois, Smith ingressou no Balliol College da Universidade de Oxford com uma
bolsa de estudos que visava formar clérigos anglicanos. Mas Smith desprezava Ox-
ford, dizia que os professores haviam desistido até de fingir que ensinavam. Também
não foi ordenado um ministro episcopal, era um presbiteriano apesar de seu batismo
anglicano. Voltou da Inglaterra em 1746, estabelecendo-se em Edimburgo, onde ficou
desempregado por dois anos.
Em 1748, Smith foi convidado pelo juiz Henry Home a palestrar sobre Direito
Natural, Literatura, liberdade de comércio e liberdade individual, patrocinado pela So-
ciedade Filosófica de Edimburgo. Tornou-se professor na Universidade de Glasgow
em 1750, sem dificuldade em fazer a Profissão de Fé de Westminster para ser oficial-
mente presbiteriano e integrar o quadro de professores; primeiro na cadeira de Teoria
da Lógica, e em 1752 ascendeu à cadeira de Filosofia Moral, que pertencia a Hutche-
son. As palestras de Smith eram populares e converteram muitos mercadores à nova
visão econômica combatente ao Mercantilismo.
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Smith também era um entusiasmado contribuinte de associações educacionais
e sociais presbiterianas e daquelas organizadas pelos professores universitários, lite-
ratos e advogados. Em 1753 fundou a Sociedade Literária de Glasgow. Foi o principal
membro da Sociedade Filosófica de Edimburgo e da Sociedade Seleta, era ativo em
outros clubes da cidade como o Oyster Club e o Poker Club; em Glasgow fazia parte
do Clube de Economia Política e do Simson's Club.
Devido a fama de uma de suas principais obras, “A Teoria dos Sentimentos
Morais” de 1759, ele foi convidado para ser tutor do Duque de Buccleuch em 1764.
Após sua tutoria, voltou para Kirkcaldy, para finalizar “A Riqueza das Nações”, publi-
cada em 1776; tão bem recebida que o Duque de Buccleuch o chamou para ser co-
missário da Alfândega Escocesa de Edimburgo em 1778. Adam ficou na função até a
sua morte, em 1790.
Smith defendeu a igualdade perante a lei para todos, sendo errado o governo
conceder vantagens a alguns à custa de outros. Achava inadequado quaisquer leis
que freassem a produção dos homens, e sustentava que cada pessoa pudesse buscar
livremente seus interesses, desde que não infringisse os direitos de outras pessoas.
Era também um Whig, (os Whigs do parlamento britânico lutaram por um governo
limitado e por liberdade).
A “Mão Invisível” de Smith era uma oposição à economia planejada dos mer-
cantilistas, que achavam que a economia era como uma torta: aquele que desejasse
enriquecer precisava cortar um pedaço maior que os outros, para “A” ser mais rico,
“B” precisava empobrecer. A riqueza, para Smith, não era torta finita. Os homens po-
deriam produzir uma torta maior, mais riqueza. Smith ainda enfatizou a divisão do
trabalho em suas obras.
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