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―Acredito que os filósofos voam como as águias e
não como pássaros pretos. É bem verdade que as
águias, por serem raras, oferecem pouca chance de
serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os
pássaros pretos, que voam em bando, param em
todos os cantos enchendo o céu de gritos e
rumores, tirando o sossego do mundo‖.
(Galileu Galilei)
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Fonte: odineifilosofando.blogspot.com
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Apresentação
Caro aluno:
Em algum momento você já deve ter se perguntado por que tem que estudar
filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom em sua vida, mas o objetivo de estudar
filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida,
analisando os diferentes olhares sobre uma questão. Para quem estuda, filosofia é estar
buscando uma reflexão, fazendo uma análise crítica sobre toda a realidade que está a sua
volta.
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais atenção e mais
responsabilidade, procurando analisar os seus porquês.
É também, analisar o comportamento da sociedade com mais abrangência,
procurando compreender as diferentes atitudes das pessoas e dos grupos, para poder
intervir no momento certo e de forma acertada, para alcançar os seus objetivos.
Devemos sempre ter curiosidade, questionando, fazendo uma análise imparcial dos
fatos e incentivando a criatividade a cada instante, desenvolvendo-nos intelectual e
emocionalmente.
Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia é
importante em nossas vidas...
Professor Afrânio
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Sumário
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Unidade 16 - Harmonia......................................................................................................51
Atividade..................................................................................................................................65
Unidade 17- O fim do mundo..........................................................................................48
Atividade..................................................................................................................................66
Referências bibliográficas.............................................................................................67
Anexos....................................................................................................................................69
A cobra e o vaga lume............................................................................................................70
O preguiçoso...........................................................................................................................71
A lição da caveira....................................................................................................................71
Era glacial / porcos-espinhos..............................................................................................72
Primavera.................................................................................................................................73
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Unidade 1 - Mito e filosofia
Fonte: anthero1socialista.blogspot.com
• As viagens marítimas – que permitiram aos gregos descobrir que os locais que
os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por
outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitadas por
monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens
produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir
uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer;
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• A invenção da moeda – que permitiu uma forma de troca que não se realiza
através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma
troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes,
revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização;
• O surgimento da vida urbana – com predomínio do comércio e do artesanato,
dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das
famílias da aristocracia proprietárias de terras, por quem e para quem os mitos foram
criados;
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Unidade 2 - O nascimento da filosofia
Fonte: guiadacarreira.com.br
A filosofia, ao nascer, teve definida a sua busca: uma explicação racional sobre a
origem e ordem do mundo, o kósmos (cosmos). Por tal motivo os primórdios da filosofia
grega são considerados de caráter cosmológico. Os primeiros filósofos se ocuparam
principalmente de indagações a respeito do mundo ao seu redor, que também envolviam a
percepção do lugar do homem nele. Essa busca trouxe à luz uma divergência entre a
ciência e o senso comum.
Até então, o homem tinha como herança cultural a crença de que tudo – desde as
quatro estações até a morte - era relacionado a um deus ou um mito. Surge então uma
nova mentalidade, que passa a substituir as antigas construções mitológicas pela forma
intelectual, expressa por meio de especulação livre sobre a natureza do mundo e as
finalidades da vida. Neste espírito houve o desenvolvimento da matemática, da ciência e da
filosofia. O primeiro a levantar essas questões foi Tales de Mileto.
A grandeza desses primeiros filósofos está no fato, não de com eles ter começado a
filosofia, mas por terem ―formulado questões, problemas e condições da ciência e da
filosofia, que permanecem significativas até hoje‖ (OLIVA; GUERREIRO, 2000, p.10).
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Entendendo a Mitologia Grega.
Ninfas
Os gregos antigos enxergavam vida em quase
tudo que os cercavam, e buscavam explicações para
tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens
e figuras mitológicas das mais diversas.
Fonte:shockbooks.blogspot.
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga
eram:
Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou
Hércules e Aquiles.
Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus
cantos atraentes.
Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo : Medusa
Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
Deuses gregos
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Os deuses gregos eram imortais, porém
possuíam características de seres humanos. Ciúmes, Zeus
inveja, traição e violência também eram
características encontradas no Olimpo. Muitas vezes,
apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos
com estes. Desta união entre deuses e mortais
surgiam os heróis.
Conheça os principais deuses gregos:
Atena Ades
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Unidade 3 - Mitos
Prometeu e Epimeteu
protetora, etc.
Porém, pouco avisado, ao chegar ao homem verificou que já nada havia para
repartir de modo que o deixou nu e indefeso. Prometeu, ao verificar o desastre que o seu
irmão tinha cometido, idealizou uma solução: foi ao céu e roubou o fogo e outras técnicas
para dar aos homens, o que enfureceu os deuses e lhe valeu um terrível castigo: ser atado a
um penhasco no Cáucaso, sendo o seu fígado devorado todos os dias por uma águia
(regenerando-se todas as noites) até que, ao fim de trinta mil anos, foi libertado por
Hércules.
A caixa de Pandora
Fonte: acxdepandora.blogspot.com
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Hefesto fez uma mulher belíssima chamada Pandora e a apresentou a Zeus . Zeus,
admirado com a obra de Hefesto, despachou Pandora para a Terra, mas antes lhe deu uma
grande e belíssima caixa de marfim ornamentada fechada e também lhe deu a chave,
dizendo-lhe: ―Quando você se casar, ofereça esta caixa como dote ao seu marido, mas a
caixa só pode ser aberta após seu casamento‖.
Em pouco tempo, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu e
logo se casaram. Epimeteu viajava constantemente e, certa vez, ficou muito tempo longe
de casa. Pandora sentia-se só e triste. Lembrou-se da caixa e foi até o canto onde estava
guardada e passou a examiná-la curiosamente. Enquanto observava os lindos detalhes e
adornos externos, Pandora pareceu ouvir pequenas vozes gritando lá de dentro e dizendo:
―Deixe-nos sair! Deixe-nos sair... ‖Pandora não podia esperar mais. Foi correndo
buscar a chave e imediatamente abriu a tampa da caixa.
Para sua grande surpresa centenas de pequeninas e monstruosas criaturas,
parecendo terríveis insetos, saíram voando lá de dentro, com um zumbido assustador.
Logo a nuvem desses insetos cobriu o sol, e o dia ficou escuro e cinzento. Apavorada,
Pandora fechou a caixa e sentou-se sobre a tampa.
Ela estava tendo toda a espécie de sentimentos e pensamentos sombrios e odiosos
que nunca tivera antes. Sentiu raiva de si mesma por ter aberto a caixa.
Sentiu uma grande onda de ciúme de Epimeteu. Sentiu-se raivosa e irritada.
Percebeu que estava doente de corpo e de alma. Súbito pareceu-lhe ouvir outra voz
gritando de dentro da caixa: ―Liberte-me! Deixe-me sair daqui!‖.
Pandora respondeu rispidamente: ―Nunca! Você não sairá! Já fiz tolice demais em
abrir essa caixa!‖ Mas a voz prosseguiu de dentro da caixa: ―Deixe-me sair, Pandora! Só eu
posso ajudá-la!‖ Pandora hesitou, mas a voz era tão doce, e ela se sentia tão só e
desesperada, que resolveu abrir a caixa. De lá de dentro saiu uma pequena fada, com
asinhas verdes e luminosas que clarearam um pouco aquele quarto escuro, aliviando a
atmosfera que se tornara pesada e opressiva. ―Eu sou a esperança‖, disse a fada.
E prosseguiu: ―Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os males do
mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza,
violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos
esses males nessa caixa e deu a você e a seu marido.
Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus contra
Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses! Chorando
copiosamente, Pandora disse: ―Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos
esses males e prendê-los novamente na caixa?‖― Você nunca poderá fazer isso
Pandora!‖Respondeu tristemente a fada da Esperança. ―Eles já estão todos espalhados pelo
mundo e não podem mais ser presos!‖ ―Mas há algo que pode ser feito: Zeus enviou-me
também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu estarei sempre
com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um novo
amanhã !‖
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O Minotauro
É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças
de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz,
habitava um labirinto na ilha de Creta.
Mito de Narciso
Fonte: folklusitania.heavenforum.org
Narciso debruçou sobre a fonte para banhar-se e viu, surpreso, uma bela figura
que o olhava de dentro da fonte.Com certeza é algum espírito das águas que habita esta
fonte. E como é belo! Disse. Apaixonou-se pelo aspecto saudável e pela beleza daquele ser
que retribuía o seu olhar.
Não podia mais se conter. Baixou o rosto para beijar o ser, e enfiou os braços na
fonte para abraçá-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte Narciso ficou
por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água... Assim
o jovem morreu.
Prepararam uma pira funerária e teriam cremado seu corpo se o tivessem
encontrado.
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No lugar onde faleceu encontraram apenas uma flor roxa, rodeada de folhas
brancas. E, em memória do jovem Narciso, aquela flor passou a ser conhecida pelo seu
nome.
Podemos refletir sobre as pessoas narcisistas, já que essas pessoas vivem como se
olhassem num espelho: não conseguem ver o mundo e assim, o interpretam em função de
seus próprios valores desconhecendo assim, as diferenças.
O mito de Aracne
Fonte: deusadafofoca.blogspot.com
Aracne era a melhor tecelã da região da Lídia e sua arte era tal que as pessoas
diziam que sua mestra havia sido Palas Atena, a deusa da sabedoria. Mas Aracne não
gostava desta história e, certa vez, disse a todos:
— Não aprendi minha arte com a deusa e como prova disso convido-a a competir
comigo, caso ela vença, aceitarei qualquer punição.
Atena teceu no seu tapete a imagem do penhasco da acrópole de Atenas, lugar que
ela conquistou após uma luta com Posídon, deus dos mares, teceu também a luta entre ela,
armada de escudo e lança, que quando tocou a terra, deu origem à oliveira na terra infértil,
com Posídon, retratado empunhando seu tridente.
Além de desenhar sua vitória, Atena colocou em cada um dos quatro cantos do
tapete, imagens que simbolizavam a arrogância humana: Hemo e Ródope que chamavam-
se de Zeus e Hera e foram transformados em montanhas; a mãe dos pigmeus transformada
em garça; Antígona com serpentes na cabeça que não paravam de mordê-la, já que ela
comparara-se a Hera, e depois transformada em cegonha; Cíniras chorando por suas
orgulhosas filhas.
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Já Aracne, desonrara Zeus no seu tapete: desenhou-o transformado em touro,
águia, cisne, sátiro, fogo e chuva de ouro. Quando Atena viu o tapete de Aracne, golpeou-a
com um ódio terrível e a perfurou três vezes na testa com a agulha de tecer; além disso,
Atena fez os cabelos, o nariz e os ouvidos de Aracne desaparecerem, fez seu corpo
diminuir bastante de tamanho e condenou-a a praticar sua antiga arte eternamente,
tecendo fios como uma aranha. Segundo do mito, eis Aracne: origem dos aracnídeos.
O mito de Perseu
O rei Acrísio consultou um oráculo quando seu neto nasceu, ouvindo a previsão de
que seria morto e destronado pelo próprio neto, resolveu colocá-lo junto com a mãe em
uma caixa, dentro de uma embarcação, para que esta levasse os dois para bem longe.
Protegida por Zeus, pai da criança, de nome Perseu, a embarcação chegou à ilha de Serifo,
onde foi encontrada pelo príncipe da cidade, que casou-se com a mãe de Perseu, Dânae.
Fonte: linguadope.blogspot.com
Crescido, Perseu teve autorização de seu padrasto para aventurar-se pelo mundo,
em gratidão, Perseu prometeu-lhe trazer a cabeça de uma das três górgonas como
presente. Conduzido pelos deuses, Perseu passou pela morada das grisalhas, seres de um
só olho e uma só dente e que conseguiam usá-los, apenas, alternadamente. Perseu roubou-
lhes os olhos e dentes, dizendo que só devolveria se elas dissessem onde moravam as
ninfas. A chantagem deu certo e foi para lá que Perseu se dirigiu.
Fugindo das irmãs da Medusa, Perseu voou sobre o deserto da Líbia, as gostas de
sangue que caiam da cabeça da Medusa transformaram-se em serpentes ao tocarem o chão
e, até hoje, esta região tem muitas cobras. Cansado, pediu abrigo ao rei Atlas para
descansar, mas foi mal recebido e desrespeitado, além disso, o rei expulsou Perseu. Este,
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enfurecido, transformou seu reino em pedra ao apontar a cabeça da Medusa em todas as
direções.
Mito de Édipo
Fonte: paideuma.net
Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não ter filhos, pelo
que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertido que filho que gerasse havia de
o assassinar. Apesar das advertências, Jocasta engravida e Laio, quando o bebê nasceu,
ordenou a um servo que o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí
o nome Édipo (que significa pés inchados).
O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criança num cesto
e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um rei duma terra distante, que o
elegeu como seu filho. Este, já homem, também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou
a evitar a sua pátria, pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe.
Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope, reis de Corinto,
Édipo decidiu partir rumo a Tebas.
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Durante o seu percurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho
com o qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo. Chegado a Tebas
decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça de mulher e corpo de leão), que
impossibilitava a entrada na cidade, e como nunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge
jogou-se ao mar, tendo Édipo libertado a cidade da sua maldição.
Creonte, irmão de Jocasta, havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade
da Esfinge, ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva.
Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas, reinando
sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a peste na cidade e Édipo decide
consultar o Oráculo, que lhe refere que a peste cessaria quando fosse expulso o assassino
de Laio.
Édipo dispôs-se a encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o
assassino de Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugir contra a
profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixou a sua pátria.
O enigma da Esfinge
Fonte: brasilescola.com
Seu Enigma era: "Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-
dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e
assassino inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o homem,
pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é adulto e usa
bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge suicidou-se, lançando-se
num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas e a mão da rainha
enviuvada, sua própria mãe.
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Unidade 4 - A origem do mundo
Fonte: espiritualismo.hostmach.com.br
No começo, era o nada. Então alguém resolveu contar a origem de tudo. E assim
nasceu a tentativa do homem de explicar a origem do Universo.
Mesopotâmia.
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A Bíblia.
O segundo capítulo do Gênesis traz um relato mais antigo sobre a criação: "Então
Iavé Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de
vida e o homem se tornou um ser vivente."
2º Dia – ―Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou
firmamento de Céu‖
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Mito iorubá.
Fonte: artemutante.blogspot.com
Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio
das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que
Oxalá criasse o homem.
Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram
rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não
tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez
um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e
o vinho sem êxito.
Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde
Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso.
Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e
lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de
mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-l
O hinduísmo.
Fonte: almacarioca.net
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O exemplo da sociedade hindu é apenas mais um exemplo de como os mitos sobre
a criação do Universo fazem bem mais que resolver questões existenciais ao estabelecer
relações de poder e detalhar códigos de conduta. O que faz deles ferramentas importantes
para a coesão social, como parte indispensável da cultura e da identidade de um povo.
Na Grécia.
Fonte: loucurasdarapha.blogspot.com
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Unidade 5 - Consciência
Fonte: olimpiadadaeemariamontessori.blogspot.com
A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus
próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência,
a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se
por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que
pensa ou age. A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar
perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.
É verdade que muitas pessoas parecem não ter consciência. São criaturas que
agridem, prejudicam outras pessoas, são desonestas, fazem toda sorte de maldades e
acham isto natural. São pessoas que endureceram seus sentimentos e embruteceram a
consciência, mas elas não são felizes; não conhecem o gostinho bom de ser uma pessoa
boa. Não conhecem o contentamento que sentimos sempre que praticamos alguma boa
ação, ou quando percebemos que alguém nos valoriza pelo nosso bom caráter e pela forma
honesta e pacífica com que vivemos.
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Tipos de consciência
Consciência moral
Fonte: blognuto.blogspot.com
Consciência ambiental
Fonte: bloglog.globo.com
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Consciência crítica
Consciência Social
A consciência social vai sendo adquirida depois que a pessoa descobre que é sujeito
de sua história e passa ter maior interesse pelas coisas da sociedade. Ela deixa de pensar
somente nela ou em seu grupo e passa a ver e viver o social. A consciência neste momento
é reflexiva, amadurecida e crítica.
Sim, a consciência pode equivocar-se se não está bem formada, porque frente a um
ato concreto poderia fazer um juízo errôneo contra a razão e a lei divina.
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Unidade 6 - As forças que nos comandam
Fonte: escritatrocada.blogspot.com
Todo gesto nosso, tudo que fazemos, tem por trás um comando... Esse comando
pode estar na nossa mente. Se eu apanho caneta e papel para escrever alguma coisa, isso
acontece porque a minha mente está gerando esse comando, está mandando que o faça.
Mas nós temos também outros comandos paralelos.
Esses outros comandos são o instinto e a vontade.
O instinto é necessário à nossa sobrevivência.
Alguém sabe dar um exemplo do modo como o instinto atua em nossa vida?
Quando vocês se levantam pela manhã e se aprontam para vir à escola, não
precisam ficar pensando assim: eu vou levantar e me arrumar para ir à escola. Isto se dá
porque a mente já sabe disso e não precisa ficar pensando. Entenderam? Já em relação ao
instinto, não há pensamento. O instinto é um comando inteligente, mas sem a participação
do pensamento, sem raciocínio.
E qual é a terceira força que nos move? Essa terceira força, a vontade, é como um
cavalo xucro, que a mente procura controlar. Quanto ao animal, é o instinto que o
controla. Por exemplo, uma gazela pode estar com vontade de comer determinado vegetal
que lhe faria mal. Então, é o instinto que a impede de comê-lo. Já com o ser humano é
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diferente porque sabemos pensar, sabemos raciocinar, escolher o que é bom para nós e
desprezar o que não nos serve. O ser humano ainda não está muito evoluído, porque
muitas vezes obedece mais à sua vontade do que ao que a mente lhe diz... e olha que a
vontade erra muito! Quantas pessoas sabem que deveriam se alimentar de coisas mais
saudáveis, mas a vontade é que domina e elas comem de tudo que querem e depois...
engordam, ficam com problemas de saúde, até muito graves, mas a mente não consegue
controlar a vontade?! Observem como a natureza é sábia.
No ser humano, que sabe pensar, refletir, que conhece muitas coisas, a inteligência é
mais forte que o instinto. Mas, no reino animal, o instinto é mais forte, tanto que comanda
tudo nesse reino. E esse comando é tão incrível que nos deixa perplexos.
Como é que uma tartaruga, que saiu da sua praia assim que nasceu, consegue voltar
ao mesmo lugar depois de tantos anos? E olha que no oceano não existem ruas, estradas
nem outras coisas para elas se guiarem. É o instinto que as conduz. Mas, voltando ao ser
humano, existe em nós outra força, muito grande, trabalhando junto com a mente para
nos conduzir. É o coração, ou melhor, são os sentimentos.
Existem muitas situações nas quais a mente diz uma coisa e o coração diz outra.
Esse fato de a cabeça dizer uma coisa e o coração dizer outra cria muitos conflitos em nós.
Foi o caso da Geovana, uma jovem que estava namorando o Tito há mais de meio
ano quando descobriu que ele era ladrão de automóveis. A cabeça dizia a ela que saísse
daquele namoro, que aquilo era ―uma roubada‖, mas o coração não deixava.
Vamos refletir um pouco sobre esse caso da Geovana?A sua mente lhe dizia que
acabasse com o namoro, porque um ladrão não tinha os valores morais necessários para
constituir uma família e educar os filhos. Além disso, um dia ele seria preso, e ela se
tornaria mulher de um presidiário. A cabeça de Geovana lhe deu uma orientação segura e
certa. Mas ela escolheu obedecer ao sentimento, e aí tudo se complicou.
A coitada ficou com o Tito, casou-se com ele, teve dois filhos. Um dia, Tito foi
apanhando pela polícia e acabou na prisão.
Vamos refletir assim: a cabeça fica acima do coração. É ela que deve mandar em nós
porque pode refletir, pode analisar e escolher com mais acerto. Mas é importante também
ouvir o coração.
Digamos que alguém nos pede ajuda. Cabe à cabeça analisar a situação para
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perceber se a pessoa que está pedindo ajuda não é apenas uma aproveitadora. Se a cabeça
entender que essa pessoa está realmente necessitada e que podemos ajudá-la sem que isto
nos cause dificuldades, então devemos obedecer ao coração. Para tudo é necessário haver
equilíbrio. É preciso ter bom senso e também amor.
O bom senso ajuda a não ―entrarmos numa fria‖, e o amor nos leva a ser pessoas
fraternas e solidárias. Isto é fundamental em nossa evolução, porque o amor é a mais
importante das leis cósmicas. Mas existem situações em que não conseguimos ter certeza
do que seria o melhor. Muitas vezes estamos nervosos, irritados, com raiva ou ansiosos, e
assim fica difícil pensar com equilíbrio.
Quanto a essa terceira força, a vontade, é muito importante que ela seja controlada
pela mente. Mas o ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes
obedece mais à sua vontade do que ao que a mente ou a razão lhe diz.
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Unidade 7- Superioridade
Fonte: exadventistas.blogspot.com
Mas esse tipo de superioridade não é real porque um dia se acaba. Já a superioridade
verdadeira reflete o próprio interior da pessoa, os valores que ela já conquistou.
Vamos dar um exemplo. Amadeu e Fernando eram dois amigos que se conheciam
desde crianças. Estudaram nas mesmas escolas, formaram-se na mesma universidade.
Certa vez um deles, o Tadeu, sofreu um acidente de moto e ficou muito tempo
hospitalizado. Amadeu ia sempre visitá-lo e, um dia, quando o encontrou muito aflito
porque o filho mais novo estava doente, prontificou-se a ajudar.
Levou o bebê ao médico e comprou os remédios que foram receitados, pois sabia que
Tadeu estava sem dinheiro.
Amadeu era assim, muito rigoroso no trabalho, mas honesto e de bom coração.
Já Fernando era bem diferente. Para se dar bem, ele era capaz de mentir, enganar e
passar por cima de qualquer um. No trabalho, com seus subordinados, era frio e até cruel.
Gostava de ser bajulado, e, se alguém o contrariasse, era demitido na hora.
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Ele próprio vivia bajulando o diretor-geral da empresa, pois achava que, assim,
poderia acabar sendo promovido.
Dr. Cipriano havia bebido muito e resolveu levar o casal de filhos ainda pequenos
para passear, mas, enquanto dirigia, seu carro caiu num canal.
A correnteza estava forte, e, quando o carro já ia ser arrastado pela água, seu
Tinoco, um gari que percebera a situação, conseguiu uma corda, amarrou-a num poste;
arriscando a própria vida, desceu pela corda e conseguiu salvar Dr. Cipriano e as duas
crianças.
O valor verdadeiro está no coração, nos bons sentimentos; está na ética, no esforço
que alguém faz para aprender e para alcançar seus ideais. Ele está em se viver esses
valores que são ensinados nestes nossos encontros. Mas será que podemos rotular as
pessoas, sem uma análise mais profunda?
Para responder a essa questão, vamos acompanhar durante algum tempo nossos
dois personagens, o Dr. Cipriano, aquele homem cujo carro caiu no canal porque ele
estava dirigindo embriagado, e seu Tinoco, o gari que salvou a ele e a seus dois filhos.
Dr. Cipriano, sem mesmo pensar no perigo, apanhou sua maleta de médico, rasgou
o bolso do jaleco e, segurando-o bem alto à guisa de bandeira branca junto à maleta de
médico, foi se aproximando do ferido com cuidado, andando sempre pelo meio da rua.
Esse gesto foi tão inusitado, demonstrando tanta coragem e profissionalismo, que
os atiradores pararam de atirar por algum tempo, até que o ferido recebesse os primeiros
socorros e fosse retirado do local. Quanto ao seu Tinoco, ele era um bom pai e bom
marido durante a semana, mas, nos fins de semana, sempre bebia e transformava a vida da
família num inferno. Ficava agressivo, batia na mulher, dona Aparecida, e ameaçava matá-
la na frente dos filhos.
Dona Aparecida teve de abandonar o emprego, porque não podia sair de casa aos
sábados para trabalhar, com medo do que o marido pudesse fazer com as crianças.
Por causa disso, a situação ficou muito difícil. Do dinheiro que seu Tinoco recebia
como gari, boa parte ele gastava nos bares, nos finais de semana, e o que sobrava mal dava
para pagar o aluguel do barraco e pôr alguma comida dentro de casa.
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Dona Aparecida aguentou o quanto pôde, mas acabou indo embora com os filhos,
para morar com a mãe. Deu para perceber o quanto é difícil classificar as pessoas?
Por isso nunca devemos rotular alguém. Para dizermos que uma pessoa é boa ou
má, que é superior ou inferior, precisamos conhecê-la melhor.
É verdade que muita gente demonstra desde logo que o seu lado mau é muito mais
forte que o lado bom. Também há muitas pessoas que deixam transparecer os valores
positivos que já conseguiram desenvolver, mostrando ser boas pessoas.
—Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou? O marido
calmamente respondeu: — Não, hoje levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar,
verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e
limitações.
Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Só assim
poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela!!!
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Unidade 8 - Agressividade e convívio
Nesses nossos espaços, temos um lugar para morar, alguns animais domésticos e
alimento. Não há computadores, nem telefones; não há aparelhos de rádio ou de tevê. Nós
só podemos nos comunicar com outras pessoas através de cartas.
Viver isolado realmente seria uma coisa horrível, mas, felizmente, nós podemos
viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade não seja uma coisa ruim,
precisamos aprender a conviver bem uns com os outros. Para haver um bom convívio, é
preciso, antes de tudo, respeitar as diferenças e aceitá-las.
No dia seguinte, seu avô Gilmar foi visitá-lo e, assim que se acomodou, foi logo
dizendo: — Eu vim até aqui porque preciso conversar com você.
— Sabe Carlito, quando tinha a sua idade, eu também era muito agressivo, vivia
procurando confusão. Na escola ninguém gostava de mim, a não ser alguns poucos
colegas, que também eram arruaceiros. Depois que cresci e fiquei adulto engajei-me na
Marinha...
—Eu amava o mar... Amava minha profissão, mas vivia criando encrenca em cada
porto onde o navio ancorava. Numa dessas quebrei o braço de um colega e acabei levando
uma surra tão grande que quase morri.
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— O comandante me mandou tomar conta de um farol, no Atol das Rocas. Longe
como só... Fica no oceano Atlântico a 260 km da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
Pense num lugar isolado... Para qualquer lado, só água...
Olhando fixo nos olhos de Carlito, seu Gilmar falou com ênfase:
— Passei um ano inteirinho lá, sozinho... E foi lá, naquela horrível solidão, que eu
aprendi a dar valor às outras pessoas. Eu queria gente perto de mim, fosse lá quem fosse, e
foi naquele desespero que fiz um juramento.
— Foi numa noite de tempestade. Parecia que o mundo estava vindo abaixo, então
eu senti, com toda intensidade, o que significa a gente poder ter outras pessoas por perto.
Eu não tinha ninguém, só os relâmpagos cortando o céu, o ribombar dos trovões, o uivo
do vento e o ronco das ondas...
— Eu jurei que se saísse dali com vida, e quando pudesse voltar, nunca mais iria
brigar, nem criar confusão. Eu iria ficar tão feliz por ter pessoas por perto, fosse lá quem
fosse, que iria tratar todo mundo muito bem.
Para haver um bom convívio, é preciso haver alteridade, que significa aceitar as
diferenças, respeitá-las e aprender com os que são diferentes de nós, porque sempre temos
algo de bom a aprender com os outros. O nosso planeta só será um mundo de paz, um
mundo bom para todos, quando todos aprenderem a respeitar os direitos dos outros.
O ser humano é um ser grupal, ou seja, vive em grupo. Seria realmente horrível se
todas as pessoas vivessem isoladas, sem poderem se comunicar umas com as outras. Mas,
felizmente, nós podemos viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade
seja uma coisa boa, devemos nos esforçar para conviver bem uns com os outros.
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Unidade 9 - Equilíbrio
Fonte: brasilescola.com
Então procure fazê-lo pelos seus valores, não pelo seu lado feio.
É importante que fiquem sabendo que querer sempre levar vantagens pode ser
ruim... muito ruim.
Dedé era um garoto que sempre queria levar vantagem em tudo. Seu pai, o seu
Jeremias, ficava preocupado com as atitudes do filho e sempre procurava aconselhá-lo,
mas sem obter resultado.
— Ora, pai – respondeu Dedé – eu acho que ser feliz é o mesmo que a gente se dar
bem.
— Você está enganado. Há milhões de pessoas na Terra que se deram bem, mas não
são felizes. Quantas pessoas passam a vida de olho em tudo com que possam ter lucro, ter
vantagens, mas vivem tão assoberbadas que não têm paz interior? Tais pessoas não são
capazes de parar junto de uma flor para observar a textura macia das pétalas, as suas
cores, o seu perfume. Elas não sentem nem enxergam a vida...
— É sim, meu filho. A felicidade é uma coisa que nasce no nosso interior, mas para
isso é preciso abrir o coração e dar espaço a ela. Aí ela vai tomando conta e se instala
dentro de nós.
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tivesse varrido de dentro dele aquelas ideias de que o importante na vida era ―se dar bem‖.
Seu Jeremias havia notado essas mudanças no filho e estava muito satisfeito com
isso. Certa tarde, sentado ao lado de Dedé à beira de um riacho, comentou:
— Sabe, meu filho, para haver felicidade, é preciso haver equilíbrio. Quando alguém
quer sempre levar vantagem, está gerando desequilíbrio.
— Nós podemos comparar essa questão de querer levar vantagens em tudo a uma
balança, daquelas que ainda são usadas em algumas mercearias e que têm dois pratos.
Digamos que o cliente quer comprar um quilo de feijão.
Então, o merceeiro coloca num dos pratos um peso de ferro de um quilo e no outro
vai colocando feijão até que os dois pratos fiquem em equilíbrio, ou seja, na mesma altura.
Devido a esse equilíbrio, o cliente fica satisfeito porque foi atendido honestamente,
e o merceeiro também fica porque vendeu mais um pouco do seu produto.
— Sabe, meu filho, a lei cósmica é a lei do equilíbrio. Ninguém leva vantagens sem
merecer, e mesmo essas pessoas que querem levar vantagens em tudo estão enganando a
si mesmas, porque, mais cedo ou mais tarde, a vida irá cobrar-lhes as devidas
compensações. Desde que somos concebidos, ainda no ventre das nossas mães, já
começamos a receber benefícios da vida. Quanto aos benefícios que recebemos durante
nossa infância e ao longo da vida, esses são imensos.
Observem que a terra dá e recebe, assim como também as plantas recebem e dão.
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1 - As pessoas trabalham e recebem os salários com os quais se mantêm.
4 - Quando somos atenciosos e gentis, os outros nos compensam com sua simpatia.
Vamos ver alguns exemplos. Os pais cuidam dos filhos, dando-lhes alimento, roupa,
carinho, levando-os à escola para que possam aprender e ter um futuro melhor. Os filhos,
por sua vez, recompensam os pais com seu carinho e com as alegrias.
Porém essa lei se desvirtua quando os filhos só dão desgosto aos pais, e em alguns
casos os agridem e até matam. Essa lei também se desvirtua quando damos nossa amizade
a alguém e esse alguém nos prejudica ou nos magoa.
Mas o mais comum ocorre quando recebemos muitas coisas boas da vida e nada lhe
damos como compensação. Vocês se lembram do que falamos sobre o equilíbrio cósmico,
que funciona assim como uma balança? Então, se recebemos muito da vida, também
devemos retribuir, dando a ela os nossos bons sentimentos, as nossas boas ações, e
desenvolvendo esses valores de que temos falado nestes encontros.
Fonte: maguyshantty.com.br
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Unidade 10 - Dinheiro x felicidade
Fonte: fernandocaldini.blogspot.com
— O mundo, meu caro, é dos espertos. Os otários, como você, passam a vida
puxando carroça. Eu não! Eu vou chegar ao topo do mundo, você vai ver...
Algum tempo depois, Honório foi morar em outra cidade, e os dois só voltaram a se
ver alguns anos mais tarde, quando Honório foi passar umas férias em sua cidade natal.
Chegou num carro importado, esbanjando luxo. Foi à procura de Lúcio e, quando o
encontrou, foi logo dizendo:
— Eu voltei aqui, para essa cidadezinha fuleira, só pra te convidar a vir trabalhar
comigo... é pra ganhar muito dinheiro. O trabalho seria simples, explicou, já que Lúcio era
muito inteligente e bem preparado, estava fazendo faculdade e poderia fazer provas de
vestibular em lugar de outros alunos, cujos pais pagavam muito bem.
— Deixa ver se entendi direito – disse Lúcio. – Você quer que eu vá fazer prova de
vestibular, me fazendo passar por algum aluno preguiçoso que não quis estudar... e então
quem passa é o aluno, cujo nome usei para fazer a prova... é isso? — Isso mesmo –
respondeu Honório. – Os pais desses alunos pagam uma nota preta porque sabem que
somos bons e temos toda chance de fazer as melhores provas.
Eu mesmo nunca perdi um vestibular desses. Lúcio estava tão decepcionado com o
amigo, que só conseguiu dizer: — Não conte comigo. Alguns meses mais tarde, todos os
noticiários do país falavam numa gangue de fraudadores de vestibular que a polícia tinha
prendido, e lá aparecia o Honório na tevê, sendo apresentado como o chefe da quadrilha.
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Era possível ver como estava envergonhado, tentando cobrir o rosto com as mãos...
Lúcio sentiu pena. Como alguém pode estragar assim a própria vida, só para ganhar
dinheiro? Honório certamente pegaria alguns anos de cadeia e, quando saísse, iria viver de
quê? Ninguém daria emprego a uma pessoa desonesta. A felicidade é diferente para todas
as pessoas, é como se tivesse várias caras.
Para outros, ela está em uma roupa nova, em um passeio muito desejado, em um
carro novo, em viver numa casa bela e confortável, em ir a festas, em ter muito dinheiro e
por aí afora. Certamente o dinheiro é importante e necessário para nossa sobrevivência,
mas há pessoas que vivem em função do dinheiro.
Quanto mais têm, mais querem, e com isso acabam se tornando suas escravas. É
muito importante que tenhamos equilíbrio em tudo.
Podemos usar das coisas que a vida nos oferece, mas com prudência, porque o nosso
excesso pode estar fazendo falta a outras pessoas.
Muitas pessoas são capazes das maiores loucuras por dinheiro, antigamente era
usada a troca como moeda de compra, depois que foi inventado o dinheiro as pessoas
começaram a se transformar a mudar o seu caráter.
Mas será que o dinheiro traz felicidade? A ganância do homem é tamanha que a
consciência deixou de existir e passou a ser dominada pelo desespero de ter mais e mais
dinheiro custe o que custar.
A sociedade é a grande culpada por esta situação exigindo das pessoas uma
condição social elevada para poder freqüentar as grandes festas e sair nas páginas das
revistas famosas. Mas não podemos pensar que o dinheiro é o causador dos males da
sociedade, pois, isto é uma grande inverdade.
O dinheiro traz muita felicidade para quem sabe usar de maneira correta e investir
para o crescimento saudável. O dinheiro serve para financiar grandes descobertas na área
da saúde, como vacinas para a cura de doenças, a construção de escolas e hospitais,
construção de casas populares para famílias carentes, enfim é possível sim usar o dinheiro
de maneira saudável a sociedade, uma vez que até grandes empresas pedem dinheiro ao
governo, para terem como vencer a crise.
Uma pessoa que tem condições financeiras de custear os estudos dos filhos é uma
pessoa feliz com o seu compromisso realizado, mas é uma realidade muito distante para a
maioria das pessoas que vivem de salário mínimo e dependem do governo para que seus
filhos tenham boas escolas públicas com bons professores.
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O dinheiro pode comprar um carro importado, uma casa com piscina em um bairro
nobre, uma viagem ao exterior, um casaco de pele, mas o dinheiro não consegue comprar
a felicidade que conquistamos através das nossas realizações pessoais ajudando os outros e
trabalhando honestamente.
O dinheiro deixa de ser um mau quando usamos para o bem sem distinção e nem
olhar para quem. È muito bom saber que podemos deitar no travesseiro e dormir
sossegado com a consciência tranqüila de que estamos vivendo de maneira honesta
perante a sociedade adquirindo e realizando nossos sonhos.
Por isso, devemos respeitar todos que trabalham honestamente. Ruim é quando
alguém não quer estudar nem trabalhar. Então fica encostado na família ou, pior ainda,
envolve-se em alguma atividade desonesta ou criminosa.
Mas existem outros valores fundamentais para a nossa felicidade. São valores que
estão dentro de nós; eles não dependem do fato de sermos ricos, pobres, cultos ou
ignorantes. Os maiores valores que alguém pode ter são honestidade, boa educação, bons
sentimentos, respeito, responsabilidade, não violência, ética, solidariedade.
A pessoa que desenvolve tais valores pode andar de cabeça erguida e dormir
tranquila, porque está vivendo de acordo com as leis cósmicas.
Fonte: planobeta.com
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Unidade 11 - Sentir vergonha: parte - I
A comida era bem simples: arroz, feijão, alguns pedaços de carne ou de frango
cozidos com soja e salada de legumes. Frutas e legumes nunca faltavam, porque dona
Joana ia sempre ao mercado buscar os que não estavam muito bonitos e seriam jogados
fora, mas dava para aproveitar muito bem.
Uma vez que não havia dinheiro para comprar lanche na escola, ele levava de casa
e, quando alguém tirava onda com ele, dizia:
– Minha mãe não quer que eu fique comendo esses lanches daqui, pois não são
saudáveis.
A pobreza, a riqueza ou qualquer outra situação na qual a vida nos coloca devem
ser vistas como uma oportunidade de aprendizado para nós.
O rico tem ocasião de aprender a ser fraterno, solidário, e a utilizar os bens que
possui em benefício da comunidade. Quanto mais dinheiro alguém tem, maior é a sua
responsabilidade perante a vida.
Vamos analisar essa questão, começando pelo primeiro item: “ser feio”.
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valores. Por isso a beleza interior é muito mais importante. É a nossa verdade, que não
envelhece, não fica enrugada nem caída.
É claro que é muito importante também cuidar do corpo, fazer exercícios físicos,
ingerir alimentos saudáveis, evitando tudo que possa prejudicar a saúde. Assim,
precisamos ter sempre dois cuidados: com o corpo e com o nosso interior.
Ser mal-educado
Uma pessoa mal-educada age de forma que suas atitudes e ações incomodam
outras pessoas, ferem a sensibilidade alheia e podem ser inoportunas ou inconvenientes.
Devemos, sim, sentir vergonha pelas nossas atitudes erradas, pelas coisas erradas
que fazemos e também pela nossa falta de educação, porque tudo isso só depende de nós,
da nossa vontade. Ninguém nasce mal-educado.
As pessoas se tornam mal-educadas porque querem. E olha que há muita gente que
gosta de ser mal-educada, de chocar os outros pela sua falta de educação.
Ser invejoso
A inveja é um sentimento de aversão ao que alguém tem; o invejoso quer, mas não
tem, ou seja, ele deseja apagar a estrela brilhante do outro, porque a dele está apagada, em
sentido figurado. Mas a inveja tanto pode focar-se em coisas materiais como em
qualidades inerentes ao ser.
Como o invejoso não tem capacidade para conquistar de forma legítima aquilo que
deseja, ou talvez tenha preguiça de ir à luta, fica invejando os que foram à luta e
conseguiram. A inveja é uma das qualidades mais detestáveis numa pessoa.
Porém é importante lembrar que tudo que fazemos contrariando as leis cósmicas
reverte em prejuízo de nós mesmos. No caso do invejoso, ele se prejudica de várias
maneiras:
Fonte: amnenoteatrodepalavras.blogspot.com
Ser desonesto
Quem atira sobre outra pessoa a própria culpa, além de desonesto, é também
covarde. É o caso da Ester, que cursava o segundo ano do ensino médio.
Ela tinha uma colega de turma, a Janaína, que não era bonita, mas todo mundo na
escola gostava dela porque era simpática, educada, atenciosa e estava sempre disposta a
ajudar a quem precisasse.
Já Ester era linda, mas, como era também antipática e mau caráter, quase não tinha
amigos, e isso lhe provocava terríveis crises de inveja. Pensou, pensou e resolveu armar
contra a Janaina. Num site de relacionamentos, na Internet, fazendo-se passar pela
Janaína, divulgou que estava sendo perseguida pela professora de Português, porque
estava tendo um caso com o marido dela.
Isso estourou como uma bomba na escola. Janaína foi chamada na diretoria para
explicar-se e, como é natural, negou ter sido a autora da calúnia. Como era uma garota
que sempre agira com dignidade, a diretora chamou um técnico em Internet para
investigar e a burla foi descoberta.
Diante disso, a escola resolveu expulsar Ester, mas Janaína foi interceder por ela,
argumentando que a colega já recebera castigo suficiente e que, certamente, havia
aprendido a lição. A desonestidade é falta de caráter.
Mas ser desonesto não é somente roubar. É também levantar falso contra alguém,
conseguir as coisas passando por cima de outras pessoas, mentir, enganar, etc.
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Alguns sábios da antiguidade deixaram citações interessantes sobre a
desonestidade. Um deles foi Públio Siro, um escritor que viveu em Roma há mais de 2.000
anos. Ele disse: ―Como é desonesto aquele que atira sobre outro a própria culpa!‖
Cícero foi um dos mais famosos filósofos da Roma antiga, que viveu há mais de
2.000 anos. Ele disse: ―É da natureza do desonesto enganar usando mentiras‖.
Um poeta da Roma antiga, conhecido como Juvenal, porque seu nome em latim é
meio complicado, certa vez disse: ―Nenhum homem desonesto é feliz, muito menos o
corruptor‖.
Também o rei Salomão, que viveu muito tempo antes de Cristo e que ficou
conhecido pela sua sabedoria, disse: ―Aquilo que se consegue com desonestidade não serve
de nada‖.
Outro italiano, Aldo Manuzio, que viveu há mais ou menos 500 anos, disse: ―O ganho
desonesto traz a desgraça‖. Muitas pessoas se tornam desonestas por ambição, pelo desejo
de ter o que não podem comprar.
Ser mau
Ser mau é agir com maldade, tanto em relação a outras pessoas quanto a animais.
Há muitas pessoas más no mundo, mas todas sempre acabam colhendo o que
plantam. A vida é como um caminho de ida e volta. Na ida, vamos semeando ações e, na
volta, colhemos os frutos da sementeira que fizemos. Se forem boas ações, colheremos
bons frutos, mas, se nossas ações forem más, colheremos frutos maus.
Ser preguiçoso
O preguiçoso é aquele indivíduo que não gosta de atividades nas quais precise
fazer esforço físico ou mental. Tais pessoas, se não se esforçarem para mudar, acabam
como parasitas, encostados à família, só dando despesas, sem contribuir em nada.
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Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo
Fonte: domvob.wordpress.com
Vocês sabem por que essa criança está assim tão magra? É por causa da fome; não
essa fome que a gente sente quando vai chegando a hora da refeição, mas uma fome sem
fim, porque a refeição nunca chega, e, quando chega, é só um pedacinho de alguma comida
velha que não dá nem para enganar o estômago.
Existem milhões de pessoas no nosso planeta sem ter o que comer. Pensem no
tamanho do sofrimento delas!
A imensa maioria dos sofrimentos na Terra é causada pelo próprio ser humano.
Podemos entender que a maior causa desses sofrimentos está num trio de valores
negativos que são cultivados por grande percentual das pessoas. São o egoísmo, a
ganância e o orgulho.
2- O ganancioso quer ter sempre cada vez mais e mais bens, mais dinheiro, mesmo
que seja às custas da miséria e do sofrimento dos outros.
3- Já o orgulhoso quer ter mais poder; quer sempre estar acima dos outros.
Por isso estão sempre fazendo tudo para ganhar mais dinheiro, sem se preocupar
com os sofrimentos que possam causar e sem se preocupar também com os estragos que
possam produzir no meio ambiente. Como são egoístas e gananciosos, só pensam em si
mesmos.
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A mesma coisa acontece com os orgulhosos, que vivem lutando para ter mais
poder, e, para alcançar seus objetivos, são capazes de passar por cima dos outros, gerando
muitos sofrimentos. Mas existe uma qualidade muito valiosa que poderia acabar com a
miséria na Terra. Ela se chama altruísmo. Altruísmo é o contrário de egoísmo.
A pessoa altruísta se preocupa mais com o bem-estar dos outros do que consigo
mesma. Imaginem como seria a Terra se não houvesse egoístas, gananciosos nem
orgulhosos. Se todos fossem mais fraternos, mais pacíficos e mais justos... nosso mundo
seria um paraíso... para todos.
A exagerada preocupação com os próprios interesses faz com que qualquer coisa que
os contrarie tome desmedida importância. Essa forma equivocada e rasteira de perceber a
vida prejudica a todos. Primeiro, tira a paz do próprio egoísta, que se angustia em suas
tentativas de submeter o mundo aos seus interesses.
Segundo, causa danos à sociedade, que não pode ser harmônica enquanto seus
integrantes se digladiam. Já a solidariedade e a preocupação com o bem-estar coletivo
disseminam a felicidade.
Os habitantes das grandes cidades vivem em estado de alerta, com medo de serem
molestados. Quem pode contrata serviço de vigilância para sua residência. Há
preocupação constante com os filhos e os parentes em geral.
A miséria e o desemprego na casa do vizinho são tão trágicos como se fossem na sua
residência. Imagine como seria bom viver em uma sociedade segura. Sair tranqüilo na rua,
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mesmo à noite. Mandar seus filhos para a escola, certo de que ninguém os molestaria.
Está nas mãos de todos adotar as providências iniciais para uma reforma social.
Cada qual vive no meio que lhe é mais adequado. Se você deseja viver em paz,
comece a burilar o seu interior. Preste atenção em todas as suas atitudes que revelam
egoísmo. Esse egoísmo pode ser pessoal, familiar ou de classe. Analise o que você deseja
para você, para sua família ou para sua classe profissional.
Há como estender tais vantagens para os outros? O custo de suas regalias não é
excessivamente alto para os semelhantes? Certamente vale a pena moderar um pouco os
próprios anseios, em prol de uma vida harmoniosa. De nada adianta enriquecer causando
o empobrecimento alheio. Não é possível viver em paz em meio à miséria e a dor dos
semelhantes. A genuína felicidade surge quando se aprende a compartilhar.
Fonte: jornallivre.com.br
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Unidade 14 - Cultura
Fonte: pccn.wordpress.com
Por isso, dentro da nossa cabeça, muitas vezes as coisas ficam assim: cultura é a
mesma coisa que estudo, fineza e trato. Desta forma, quem vai à escola, estuda muito, tem
muita cultura. Quem estuda pouco, tem pouca cultura.
E os analfabetos? Dentro deste raciocínio podemos dizer que eles não têm cultura.
Será que esta é uma forma de pensar correta? Vejamos o que diz sobre isso a professora
Luiza Teodoro. ―O mundo tem pedras e água e ar‖. Tem plantas e bichos. E tem gente,
pessoas humanas. Tudo isso faz parte da natureza.
Só que gente é diferente: gente tem uma inteligência especial, capaz de pensar. Por
causa disso, o papel das pessoas do mundo é de grande responsabilidade. Quem pode
pensar, pode ter consciência do que faz. Vamos pensar e compreender isso. Veja o vento:
ele sopra e vai carregando areia, por exemplo, de um lugar para outro.
Com muitos e muitos anos de vento soprando areia, ele pode mudar o jeito da
terra: o vento já enterrou cidades, já fez montanhas altas ficarem mais baixas, já fez rios
mudarem de lugar. Mas o vento não sabe que está fazendo isso.
Gente, não. Gente faz o que faz. Gente pode derrubar e construir cidades, pode
derrubar montanhas ou fazer arranha-céus, que parecem montanhas de cimento, para
morar. Gente pode tratar da terra para plantar, do mesmo jeito que pode destruir
plantações. Mas gente sabe o que está fazendo.
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Gente pensa. Gente aprende. Gente ensina. E tem consciência do que faz. Por isso,
no meio da natureza, GENTE faz CULTURA. Cultura é tudo aquilo que é feito no
mundo saindo da inteligência e do trabalho das pessoas.
E mais, só o homem faz cultura, porque só ele tem consciência do que faz.
O homem faz cultura para atender suas necessidades. Quer dizer, o homem sente
necessidade de alguma coisa e cria uma forma de satisfazê-la. Quer ver? O homem sentiu
necessidade de abrigar-se da chuva e do sol.
A cultura é feita por grupos de pessoas juntas num mesmo espaço geográfico. E
como as pessoas mudam de lugar para lugar, muda também a cultura que elas fazem. É
por isso que de um lugar para outro há diferença nas formas de rezar, de falar, de dançar,
de comer e até de pensar.
Quer dizer, cada grupo humano tem sua cultura que deve ser respeitada.
Por isso não faz sentido rir do jeito de ser de cada povo. Por exemplo, o sulista que
rir do sotaque do nordestino (ou vice-versa) demonstram não saber ou não estar atento
para o que é cultura.
Fonte: wevertondentinho.futblog.com.br
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Unidade 15 - Serenidade
Fonte: almasdivinas.com.br
Tem gente que ao desejar conseguir alguma coisa, quer tudo logo, não é mesmo?!
São aqueles que querem ―para ontem‖, e ficam furiosos quando as coisas demoram a
acontecer. Acham que estão ―perdendo tempo‖...
Em geral, a maioria das pessoas quer tudo muito rápido. E depois que consegue o
que quer, muda de opinião; acha que perdeu a graça, e parte para outro objetivo, querendo
tudo sempre muito depressa e mais e mais e mais... No fundo, pessoas assim já nem sabem
mais quem são.
Elas ficam tão perdidas, tão desesperadas correndo atrás de futilidade, que se
esquecem de suas verdadeiras origens. É muito triste se perder, se afogar nesse mar de
desejos mesquinhos e egoístas que afastam a Serenidade da gente.
A serenidade pede que você aprenda a esperar. Não, ela é boba, não! A serenidade é muito
esperta, isto sim! Para ela, as pessoas que querem as coisas acontecendo rapidamente, na
realidade não sabem o que querem... Entendeu? Quem fica pulando de objetivo em
objetivo, impaciente, com pressa para ver as coisas acontecerem, é gente que não sabe o
que quer. De verdade! Quando não se sabe o que quer, fica-se apressado, querendo ver
logo os resultados, se não se satisfaz, logo parte para outra.
Se você sabe o que realmente quer, conquista a serenidade. Qual o objetivo de sua
vida? Você não tem pressa de encontrar o objetivo de sua existência! Preste atenção nele:
se for verdadeiro, você o reconhecerá.
É que nesse momento a serenidade passará a viver dentro de você e o religará com
seu Eu verdadeiro.
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Fonte: igualvoce.wordpress.com
1º - Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema
de minha vida, todo de uma vez.
2º - Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas
minhas maneiras; não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar
ninguém a não ser a mim.
3º - Só por hoje sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no
outro mundo, mas também neste.
5º - Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de
que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é
necessária para alimentar a vida de minha alma.
7º - Só por hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido em meus sentimentos,
procurarei que ninguém o saiba.
8º - Só por hoje far-me-ei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute
perfeitamente, mas em todo caso vou fazê-lo. E guardar-me-ei bem de duas calamidades: a
pressa e a indecisão.
9º - Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim
mesmo como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o
contrário.
10º - Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gostar do que
é belo e não terei medo de crer na bondade.
Papa João XXIII
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Unidade 16 - Harmonia
Fonte: carolinamartins.wordpress.com
Se você saísse do planeta terra e pudesse observar o universo todo, veria que tudo
está sustentado pela harmonia. Você precisa dela para todas as suas ações; necessita dela
para escrever, para desenhar, dançar, praticar exercícios físicos, para dar cambalhotas.
Para fazer um trabalho na escola, para jogar futebol ou brincar com os amigos,
precisa estabelecer harmonia entre equipe. Quando estamos em sala de aula, precisamos
de harmonia, senão tudo vira uma grande confusão e ninguém entende ninguém.
Todos podem sentir harmonia. Basta querer e estar disposto a trabalhar por
valores eternos. É questão de você seguir uma nova consciência, um novo jeito de ser e
pensar, cumprir as virtudes. Você está se harmonizando em relação aos seus pais,
professores, amigos, colegas, animais, plantas...
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Unidade 17- O fim do mundo
Fonte: livrespensadores.org
As profecias de fim de mundo têm sempre um atrativo especial. Bastantes atrativos são também as
histórias sobre conhecimentos ocultos detidos por civilizações antigas. Vem isto a propósito do
documentário feito pelo History Channel sobre a Profecia Maia, e que já se encontra à venda para
o público (assim como vários livros sobre o mesmo assunto). O documentário pareceu-me bastante
interessante e apelativo.
Basicamente a idéia é que os Maias, que tinham um calendário mais preciso, mais
complexo e muito mais holístico que o nosso, previram vários acontecimentos que,
entretanto se passaram, como a chegada do homem branco - Hernan Cortez - a 8 de
Novembro de 1519. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no
solstício de Inverno, 21 de Dezembro, de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o
mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Isto não quer dizer que o mundo acabará,
quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o mundo.
Ora, sabe-se atualmente que nesta data durante o solstício a Terra estará alinhada
com o Sol e com o centro da nossa galáxia, Via Láctea. Sabe-se que no centro da Galáxia
existe um buraco negro supermassivo. Baseados em Einstein e em alguma informação
astronômica, há quem diga que o alinhamento com este buraco negro supermassivo levará
a uma mudança do campo magnético terrestre, que acontece periodicamente. Isto levará a
tsunamis, vulcões, terremotos, etc.
Carlos Oliveira
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As dez teorias do fim do mundo que fracassaram
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5. A seita Heaven’s Gate
Quando o cometa Hale-Bopp apareceu em 1997, surgiram também rumores que
uma nave alienígena está seguindo o cometa. Além disso, as pessoas afirmavam que a nave
estava sendo escondida pela Nasa e pela comunidade de astrônomos. o que podia ser
facilmente refutado por qualquer pessoa com um telescópio. Apesar da negação da
existência de tal nave, os rumores foram divulgados amplamente, e inspiraram a criação
de uma seita chamada ―Heaven’s Gate‖ (―Portais do Céu‖, em tradução livre), que
acreditava que o mundo acabaria logo. Infelizmente, no dia 26 de março de 1997, o mundo
acabou para 39 membros do culto, que foram levados a um rancho no meio do deserto e
cometeram suicídio por acreditar que suas almas seriam levadas pelos alienígenas.
4. As previsões de Nostradamus para 1999
A escrita metafórica e obscura de Michel Nostredame, conhecido como
Nostradamus, intrigaram estudiosos por mais de 400 anos. Seus escritos, que dependem
muito da interpretação, foram traduzidos e reescritos em inúmeras versões. Uma das suas
frases mais famosas afirma ―No ano 1999, sétimo mês / Do céu virá o grande rei do
terror‖. Muitos devotos das previsões de Nustradamus ficaram preocupados, já que ele
tinha grande fama, e acreditavam que esta era a sua previsão do fim do mundo.
3. Y2K, janeiro de 2000
A virada do milênio deu origem a mais uma previsão para o fim do mundo: o
problema, notado na década de 70, seria que muitos computadores não conseguiriam ver a
diferença entre o ano 2000 e o ano de 1900. Ninguém tinha certeza do que isso
significaria, mas muitos sugeriam que problemas catastróficos poderiam ocorrer, desde
blecautes enormes a um holocausto nuclear. A venda de armas cresceu muito e várias
pessoas prepararam bunkers para viver após a catástrofe. Mesmo com todos os problemas
previstos, o ano novo começou normalmente, com alguns pequenos problemas em
computadores isolados.
2. 5 de maio de 2000
Para o caso do Y2K não acabar com a humanidade, outra catástrofe global foi
prevista por Richard Noone, autor do livro ―5/5/2000 Ice: The Ultimate Disaster‖ (―Gelo:
o desastre final‖, em tradução livre, sem edição brasileira). Segundo o autor. O gelo da
Antártica teria quase 5 quilômetros de espessura no dia 5 de maio de 2000, quando os
planetas se alinhariam no céu, resultando em uma morte gelada para toda a humanidade.
O final dessa história foram milhares de exemplares do livro vendidos, mas sem mortes
em massa devido ao gelo derretido. Quem sabe o aquecimento global impediu o desastre!
1. O fim do mundo em 2008
De acordo com o pastor da Igreja de Deus Ronald Weinland, autor do livro ―2008:
God’s Final Witness‖ (―2008: a última testemunha de Deus‖, em tradução livre), centenas
de milhares de pessoas morreriam a partir de 2006, quando o livro foi lançado. Ao fim
daquele ano, o pastor afirmava que haveria no máximo dois anos antes do momento em
que o mundo entrasse no pior período de toda a existência humana. Até o segundo
semestre daquele ano, os Estados Unidos teriam sofrido um colapso, e não existiriam mais
como um país independente. De acordo com o que está escrito no livro, Weinland ―coloca
a sua reputação em jogo no sue papel de profeta de Deus‖. Adeus, reputação!
54
Caderno
de
atividades
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Unidade 1- Mito e filosofia
8 - Resolva a cruzadinha.
F
I
L
O
S
O
F
I
A
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Unidade 2- O nascimento da filosofia
a) Trovões e raios;
b) Ondas do mar;
c) Bons resultados no trabalho.
a) Oráculo;
b) Pitonisa;
c) Senso comum;
d) Racional;
Unidade 3 - Mitos
Trabalho em equipe
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Unidade 4 - A origem do mundo
Unidade 5 - Consciência
1- o que é consciência?
2- Defina:
a) Consciência imediata;
b) Consciência refletida.
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Unidade 6 - As forças que nos comandam
Unidade 7 - Superioridade
1 - Defina:
a) Superioridade efêmera;
b) Superioridade verdadeira.
6 - Seguindo o exemplo de seu Tinoco, você seria capaz de arriscar sua própria
vida para salvar um desconhecido?
8 - De acordo com o texto ―Lençol sujo‖ que atitude devemos ter antes de
criticar alguém?
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Unidade 8 - Agressividade e convívio
Unidade 9 - Equilíbrio
4- Por que as pessoas que querem levar vantagem em tudo estão enganando a si
mesmas?
6- Será que o homem com suas ações pode causar desequilíbrio na natureza?
Explique.
60
Unidade 10 - Dinheiro X felicidade
1- Há pessoas que dizem que dinheiro não compra felicidade, mas ajuda a
conquistá-la. O que você acha disso?
6- Faça uma relação de coisas boas e ruins que o dinheiro pode trazer.
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Unidade 11- Sentir vergonha Parte I
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Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo
a) Egoísmo;
b) Ganância;
c) Orgulho.
63
Unidade 14 - Cultura
C
U
L
T
U
R
A
2- responda:
64
Unidade 15 - Serenidade
3-Você tem paciência para esperar as coisas acontecerem, ou quer que elas
aconteçam na sua hora ou do seu jeito? Comente.
Unidade 16 - Harmonia
5- Como você se sente quando está em harmonia com tudo ao seu redor?
8- O que você acha que é necessário para manter uma relação harmoniosa?
65
Unidade 17- O fim do mundo
1-Você acredita que é possível alguém fazer previsão sobre o fim do mundo?
7-se você descobrisse que tinha poucos dias de vida, o que você iria fazer para
aproveitar o tempo restante da melhor forma possível?
8- Use sua imaginação e crie uma teoria que fale sobre o fim do mundo.
66
Referências bibliográficas
67
PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 4. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 5. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/03_hom_pens_cul.pdf
http://www.ufrgs.br/bioetica/modvirt.htm
www.artigos.com/.../a-importancia-da-filosofia
www.rosangelatrajano.com.br/didatico.html
horaderelaxar.com.br
www.miniweb.com.br/cantinho/infantil
www.bilibio.com.br/
www.brasilescola.com › Filosofia
cassandrasilveira.wordpress.com
http://www.docs-finder.com/sidarta-livro-download-doc.html
malarranha.net/category/reflexao/page/40/
www.projetocrescer.org/.../ensinando.valores.vol.01.htm
http://www.metaforas.com.br/metaforas/metaf20010804.asp
http://www.notapositiva.com/resumos/filosofia/moraletica.htm
http://evelynalmeida.blogspot.com/2008/06/estrutura-do-ato-moral.html
br.answers.yahoo.com/question/index?qid...
http://www.prof2000.pt/users/lbastos/os%20perigos%20da%20internet.htm
http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/violencia-bullying-causa-evasao-
escolar-,25666.shtml
68
Anexos
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A cobra e o vagalume
Fonte: meussonhosecontos.blogspot.com
Certa vez um vagalume chamado Spai, voava pela floresta e, como de costume, ele
percorria determinado caminho para ir para casa. No meio do caminho Spai notou a
presença de outro animal, porém não deu muita atenção, pois se tratava de uma cobra, um
bicho que nunca o incomodara.
Então, Spai continuou a voar e percebeu que a cobra começou a segui-lo. Quanto
mais rápido Spai voava, mais rápido a cobra o seguia. E em determinado momento Spai
cansou-se de voar em alta velocidade e, vendo que a cobra estava cada vez mais perto,
resolveu parar e enfrentar a sua desafiante. A cobra demonstrava raiva e deixava clara a
intenção de devorá-lo simplesmente.
Então, Spai que já estava muito cansado e vendo que seria devorado pela cobra,
pediu um minutinho antes do ataque e perguntou: — Por que tu me segues? Porque tu
queres me matar? A cobra respondeu: — Não sei. Spai então falou: — Eu nem faço parte
da sua cadeia alimentar. Eu não te fiz nada. Spai, mesmo assim, vendo que seria devorado,
lhe fez a última pergunta: — Afinal de contas, por que tu queres acabar comigo? Por que
me seguiste e agora queres me matar?
Autor desconhecido
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O preguiçoso
Fonte: meme.yahoo.com
Numa região montanhosa, havia uma caravana de pessoas, cada qual carregando
sua cruz. Todas as cruzes eram do mesmo tamanho, porém, umas eram mais leves e
outras mais pesadas. Havia na fileira, um retardatário que preguiçoso e comodista
carregava sua cruz com má vontade e rebeldia. Ele notou que os que estavam a sua frente
se perdiam de vista. Resolveu então parar e cortar um pedaço de sua cruz. Pensou: Assim
andarei mais rápido e passarei na frente de todos.
Caminhou apenas alguns quilômetros com sua cruz, agora mais leve e deparou
com um precipício. Ficou imaginando como os demais tinham atravessado. Percebeu
então que cada um tinha usado a sua própria cruz como ponte. Infelizmente a sua cruz
estava cortada e não alcançava o outro lado do precipício. Assim, ele teve de retornar e
apanhar uma nova cruz.
Autor desconhecido
A lição da caveira
Um príncipe, muito orgulhoso de sua realeza, foi certo dia caçar em um lugar
montanhoso e afastado. A certa altura de seu caminho, viu um velho eremita, sentado
diante de uma gruta, observando muito atentamente uma caveira que tinha nas mãos.
Como o eremita não lhe deu a menor atenção, nem sequer levantou os olhos para
admirar o luxo que ele e seu séquito ostentavam, o príncipe aproximou-se dele indignado e
disse: — Levanta-te, não vês que estás diante do teu senhor? Que podes ver de tão
interessante nessa pobre caveira, que não dás atenção à passagem de um príncipe poderoso
acompanhado dos seus fidalgos?
O eremita, erguendo para ele os olhos mansos, respondeu, em voz clara e suave:
71
O príncipe entendeu a lição que o eremita quis lhe dar, ao mostrar-lhe que o poder
nunca é definitivo e que ele, um príncipe tão poderoso, um dia também estaria como aquela
caveira, sem identidade, sem riquezas e sem bajuladores.
Autor desconhecido
Fonte: joseeduardomattos.com.br
Conta-se que, durante a era glacial, quando grande parte do nosso planeta estava
coberta de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram.
Foi então que os porcos-espinhos de uma grande manada, tentando se proteger para
sobreviver, passaram a ficar bem juntinhos uns dos outros. Assim, cada um podia sentir o
calor do corpo do outro, e todos juntos, bem unidos, se agasalhavam mutuamente, se
aqueciam, enfrentando por mais tempo aquele tenebroso inverno.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, no entanto iam se chegando uns aos
outros pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que cada qual conservava
uma distância mínima um do outro. Desse modo, podiam se aquecer sem se ferir
mutuamente. Por conseqüência, eles conseguiram resistir à longa era glacial e
sobreviveram.
Autor desconhecido
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Primavera
Conta-se que há muito, muito tempo mesmo, havia apenas dois países na Terra, um
se chamava Primavera, o outro Ambião. O verdadeiro nome desse país era Ambição, mas
seus governantes acharam melhor tirar uma letra para que o povo de Primavera não
soubesse quem ele realmente era.
Em Primavera todos viviam felizes. Os adultos trabalhavam seis horas por dia. A
metade dos trabalhadores folgava nas sextas-feiras e nos sábados, e a outra metade nos
domingos e nas segundas-feiras. Também as férias seguiam o mesmo sistema: a metade
tirava férias nos meses de junho e dezembro e a outra metade nos meses de julho e janeiro.
Dessa forma, todas as tarefas, as folgas e os feriados ficavam bem divididos.
As mulheres só trabalhavam quando não tinham filhos menores de doze anos, para
que as mães pudessem cuidar de suas crianças e dar-lhes uma boa base de educação.
As crianças estudavam e brincavam muito. Como lá não havia violência, elas podiam
afastar-se de casa para brincar nos rios e subir nas árvores a fim de colher frutas, já que as
fruteiras eram baixas e não havia perigo de se machucarem, caso caíssem. Também
andavam a cavalo, fazendo excursões, e brincavam nas praias enquanto o sol não estava
muito quente. Além disso, tinham aulas de artes plásticas, dança, pintura, música, etc.
Em Primavera, não havia ricos nem pobres. Todos tinham boas moradias e podiam
usufruir livremente dos bens coletivos. A assistência médica e a odontológica eram
gratuitas e de excelente qualidade.
Em Ambião era tudo diferente, porque ali era a ambição que dominava. Os ricos
exploravam os pobres e ficavam cada vez mais ricos. Esbanjavam dinheiro para satisfazer
seus caprichos e ostentavam um luxo simplesmente vergonhoso.
Justiça ali praticamente não existia devido à corrupção. As causas eram ganhas por
quem pagasse mais. A honestidade, a nobreza de espírito e a dignidade eram valores muito
raros.
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Os poderosos de Ambião pensaram então num plano para dominar Primavera e se
apossar das minas de ouro. Decidiram fazer uma série de grandes desfiles junto à fronteira
dos dois países, com as mulheres mais belas, vestidas com as roupas mais bonitas e usando
as jóias mais caras. Aos poucos, as mulheres de Primavera começaram a sentir inveja
daquelas mulheres tão belas e tão bem vestidas e resolveram imitá-las.
Por conta disso, o país acabou abrindo suas fronteiras para os mercadores de
Ambião entrarem e montarem lojas e joalherias no país. Aos poucos, também foram
introduzindo o uso de bebidas alcoólicas e de outros vícios.
Muitos anos se passaram, e Primavera já não era mais a mesma. As pessoas tinham
passado a trabalhar muito mais, para poder comprar roupas de grife e jóias caras.
As crianças não podiam mais brincar longe de casa, nem mesmo na rua, por medo da
violência. Também as condições sociais mudaram muito, pois um número pequeno de
pessoas passou a dominar os recursos naturais e as riquezas do país, vivendo em mansões
de luxo, enquanto a maioria da população era de pobres, que viviam em situação muito
precária. Quanto à Justiça, também havia se corrompido e funcionava da mesma forma
como em Ambião.
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