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7º ANO

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―Acredito que os filósofos voam como as águias e
não como pássaros pretos. É bem verdade que as
águias, por serem raras, oferecem pouca chance de
serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os
pássaros pretos, que voam em bando, param em
todos os cantos enchendo o céu de gritos e
rumores, tirando o sossego do mundo‖.

(Galileu Galilei)

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Fonte: odineifilosofando.blogspot.com

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Apresentação

Caro aluno:

Em algum momento você já deve ter se perguntado por que tem que estudar
filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom em sua vida, mas o objetivo de estudar
filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida,
analisando os diferentes olhares sobre uma questão. Para quem estuda, filosofia é estar
buscando uma reflexão, fazendo uma análise crítica sobre toda a realidade que está a sua
volta.
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais atenção e mais
responsabilidade, procurando analisar os seus porquês.
É também, analisar o comportamento da sociedade com mais abrangência,
procurando compreender as diferentes atitudes das pessoas e dos grupos, para poder
intervir no momento certo e de forma acertada, para alcançar os seus objetivos.
Devemos sempre ter curiosidade, questionando, fazendo uma análise imparcial dos
fatos e incentivando a criatividade a cada instante, desenvolvendo-nos intelectual e
emocionalmente.
Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia é
importante em nossas vidas...

Professor Afrânio

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Sumário

Unidade 1- Mito e filosofia..............................................................................................07


Atividade..................................................................................................................................56
Unidade 2 - O nascimento da filosofia.......................................................................09
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 3 - Mitos.................................................................................................................12
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 4 - A origem do mundo...................................................................................19
Atividade..................................................................................................................................58
Unidade 5 - Consciência....................................................................................................23
Atividade..................................................................................................................................58
Unidade 6 - As forças que nos comandam................................................................26
Atividade..................................................................................................................................59
Unidade 7 - Superioridade...............................................................................................29
Atividade..................................................................................................................................59
Unidade 8 - Agressividade e convívio.........................................................................32
Atividade..................................................................................................................................60
Unidade 9 - Equilíbrio.......................................................................................................34
Atividade..................................................................................................................................60
Unidade 10 - Dinheiro X felicidade.............................................................................37
Atividade..................................................................................................................................61
Unidade 11- Sentir vergonha Parte I..........................................................................40
Atividade..................................................................................................................................62
Unidade 12 - Sentir vergonha Parte II.......................................................................42
Atividade..................................................................................................................................62
Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo.............................................................................44
Atividade..................................................................................................................................63
Unidade 14 - Cultura...........................................................................................................47
Atividade..................................................................................................................................64
Unidade 15 - Serenidade....................................................................................................49
Atividade..................................................................................................................................65

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Unidade 16 - Harmonia......................................................................................................51
Atividade..................................................................................................................................65
Unidade 17- O fim do mundo..........................................................................................48
Atividade..................................................................................................................................66
Referências bibliográficas.............................................................................................67
Anexos....................................................................................................................................69
A cobra e o vaga lume............................................................................................................70
O preguiçoso...........................................................................................................................71
A lição da caveira....................................................................................................................71
Era glacial / porcos-espinhos..............................................................................................72
Primavera.................................................................................................................................73

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Unidade 1 - Mito e filosofia

Fonte: anthero1socialista.blogspot.com

Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico,


profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar
os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do
Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais).
Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade. Apesar de
tentar isso, ela não é feita com a preocupação de ser realidade fática.

Ela não precisa de comprovação. Filosofia trata de entender os fatos, buscando a


verdade. É um constante questionamento dos conhecimentos adquiridos para ver até onde
é o que sabemos é o certo.

A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura, através


de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão e lógica
enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir
de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua
interpretação.

Condições históricas para o surgimento da Filosofia!

Podemos apontar como principais condições históricas do surgimento da


filosofia na Grécia:

• As viagens marítimas – que permitiram aos gregos descobrir que os locais que
os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por
outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitadas por
monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens
produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir
uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer;

• A invenção do calendário – que é uma forma de calcular o tempo segundo as


estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso,
uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não
como um poder divino incompreensível;

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• A invenção da moeda – que permitiu uma forma de troca que não se realiza
através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma
troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes,
revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização;
• O surgimento da vida urbana – com predomínio do comércio e do artesanato,
dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das
famílias da aristocracia proprietárias de terras, por quem e para quem os mitos foram
criados;

• A invenção da escrita alfabética – que, como a do calendário e a da moeda,


revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita
alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas – como, por exemplo, os
hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses –, supõe que não se represente
uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se
transcreve;

• A invenção da política – que introduz três aspectos novos e decisivos para o


nascimento da filosofia:
1. A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si
mesma, o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas.
2. O surgimento de um espaço público que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de
discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito.
3. A política estimula um pensamento e um discurso que não procuram ser formulados por
seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que procuram, ao contrário,
serem públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos

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Unidade 2 - O nascimento da filosofia

Fonte: guiadacarreira.com.br

A filosofia, ao nascer, teve definida a sua busca: uma explicação racional sobre a
origem e ordem do mundo, o kósmos (cosmos). Por tal motivo os primórdios da filosofia
grega são considerados de caráter cosmológico. Os primeiros filósofos se ocuparam
principalmente de indagações a respeito do mundo ao seu redor, que também envolviam a
percepção do lugar do homem nele. Essa busca trouxe à luz uma divergência entre a
ciência e o senso comum.

Conforme Reale (1993), antes do nascimento da filosofia os educadores dos gregos


foram os poetas, principalmente Homero. Nos poemas homéricos, estes buscaram
alimento espiritual e extraíram ―modelos de vida, matéria de reflexão, estímulo à fantasia
e, portanto todos os elementos essenciais à própria educação e formação espiritual‖. Neste
sentido: Pode-se dizer que, para o homem homérico e para o homem grego filho da
tradição homérica, tudo é divino, no sentido de que tudo o que acontece é obra dos deuses.
Todos os fenômenos naturais são promovidos por numes: os trovões e os raios são
lançados por Zeus do alto do Olimpo, as ondas do mar são levantadas pelo tridente de
Posseidon, o sol é carregado pelo áureo carro de Apolo, e assim por diante (REALE, 1993,
p. 21)

Até então, o homem tinha como herança cultural a crença de que tudo – desde as
quatro estações até a morte - era relacionado a um deus ou um mito. Surge então uma
nova mentalidade, que passa a substituir as antigas construções mitológicas pela forma
intelectual, expressa por meio de especulação livre sobre a natureza do mundo e as
finalidades da vida. Neste espírito houve o desenvolvimento da matemática, da ciência e da
filosofia. O primeiro a levantar essas questões foi Tales de Mileto.

A grandeza desses primeiros filósofos está no fato, não de com eles ter começado a
filosofia, mas por terem ―formulado questões, problemas e condições da ciência e da
filosofia, que permanecem significativas até hoje‖ (OLIVA; GUERREIRO, 2000, p.10).

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Entendendo a Mitologia Grega.
Ninfas
Os gregos antigos enxergavam vida em quase
tudo que os cercavam, e buscavam explicações para
tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens
e figuras mitológicas das mais diversas.

Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros Fonte: caminhospagao.blogspot.com


habitavam o mundo material, influenciando em suas Centauro
vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir
atingir seus objetivos.

A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma


importante personagem neste contexto. Os gregos a
consultavam em seus oráculos para saber sobre as
coisas que estavam acontecendo e também sobre o
futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações Fonte: grupos.emagister.com
mitológicas para tais acontecimentos.
Medusa
Agradar uma divindade era condição
fundamental para atingir bons resultados na vida
material. Um trabalhador do comércio, por exemplo,
deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para
conseguir bons resultados em seu trabalho.

Fonte:shockbooks.blogspot.
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga
eram:

Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou
Hércules e Aquiles.
Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus
cantos atraentes.
Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo : Medusa
Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.

Deuses gregos

De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do monte Olimpo, principal


montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e
políticas dos seres humanos.

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Os deuses gregos eram imortais, porém
possuíam características de seres humanos. Ciúmes, Zeus
inveja, traição e violência também eram
características encontradas no Olimpo. Muitas vezes,
apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos
com estes. Desta união entre deuses e mortais
surgiam os heróis.
Conheça os principais deuses gregos:

Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu


Afrodite - deusa do amor e da beleza Fonte: gijda.zip.net

Poseidon - deus dos mares


Hades - deus dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade
Apolo - deus da luz e das obras de artes
Artemis - deusa da caça
Ares - divindade da guerra
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações
Hefestos - divindade do fogo e do trabalho

Atena Ades

Fonte: mundorpgmaker.com Fonte: flogao.com.br

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Unidade 3 - Mitos

 Prometeu e Epimeteu

Conta Protágoras que, ao criar os


seres viventes, os deuses do Olimpo
encarregaram Epimeteu e Prometeu de
repartir os dons naturais. Epimeteu
propôs a seu irmão encarregar-se dessa
tarefa deixando-lhe a função de
comprovar depois que tudo funcionava
bem. Prometeu concordou.

Então, Epimeteu empenhou-se


em distribuir as faculdades de modo a
que existisse um equilíbrio entre os seres
vivos, dando a um a força, a outro a
velocidade, a outro uma couraça Fonte: mitosgregos2b.blogspot.com

protetora, etc.

Porém, pouco avisado, ao chegar ao homem verificou que já nada havia para
repartir de modo que o deixou nu e indefeso. Prometeu, ao verificar o desastre que o seu
irmão tinha cometido, idealizou uma solução: foi ao céu e roubou o fogo e outras técnicas
para dar aos homens, o que enfureceu os deuses e lhe valeu um terrível castigo: ser atado a
um penhasco no Cáucaso, sendo o seu fígado devorado todos os dias por uma águia
(regenerando-se todas as noites) até que, ao fim de trinta mil anos, foi libertado por
Hércules.

 A caixa de Pandora

Fonte: acxdepandora.blogspot.com

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Hefesto fez uma mulher belíssima chamada Pandora e a apresentou a Zeus . Zeus,
admirado com a obra de Hefesto, despachou Pandora para a Terra, mas antes lhe deu uma
grande e belíssima caixa de marfim ornamentada fechada e também lhe deu a chave,
dizendo-lhe: ―Quando você se casar, ofereça esta caixa como dote ao seu marido, mas a
caixa só pode ser aberta após seu casamento‖.
Em pouco tempo, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu e
logo se casaram. Epimeteu viajava constantemente e, certa vez, ficou muito tempo longe
de casa. Pandora sentia-se só e triste. Lembrou-se da caixa e foi até o canto onde estava
guardada e passou a examiná-la curiosamente. Enquanto observava os lindos detalhes e
adornos externos, Pandora pareceu ouvir pequenas vozes gritando lá de dentro e dizendo:
―Deixe-nos sair! Deixe-nos sair... ‖Pandora não podia esperar mais. Foi correndo
buscar a chave e imediatamente abriu a tampa da caixa.
Para sua grande surpresa centenas de pequeninas e monstruosas criaturas,
parecendo terríveis insetos, saíram voando lá de dentro, com um zumbido assustador.
Logo a nuvem desses insetos cobriu o sol, e o dia ficou escuro e cinzento. Apavorada,
Pandora fechou a caixa e sentou-se sobre a tampa.
Ela estava tendo toda a espécie de sentimentos e pensamentos sombrios e odiosos
que nunca tivera antes. Sentiu raiva de si mesma por ter aberto a caixa.
Sentiu uma grande onda de ciúme de Epimeteu. Sentiu-se raivosa e irritada.
Percebeu que estava doente de corpo e de alma. Súbito pareceu-lhe ouvir outra voz
gritando de dentro da caixa: ―Liberte-me! Deixe-me sair daqui!‖.
Pandora respondeu rispidamente: ―Nunca! Você não sairá! Já fiz tolice demais em
abrir essa caixa!‖ Mas a voz prosseguiu de dentro da caixa: ―Deixe-me sair, Pandora! Só eu
posso ajudá-la!‖ Pandora hesitou, mas a voz era tão doce, e ela se sentia tão só e
desesperada, que resolveu abrir a caixa. De lá de dentro saiu uma pequena fada, com
asinhas verdes e luminosas que clarearam um pouco aquele quarto escuro, aliviando a
atmosfera que se tornara pesada e opressiva. ―Eu sou a esperança‖, disse a fada.
E prosseguiu: ―Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os males do
mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza,
violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos
esses males nessa caixa e deu a você e a seu marido.
Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus contra
Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses! Chorando
copiosamente, Pandora disse: ―Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos
esses males e prendê-los novamente na caixa?‖― Você nunca poderá fazer isso
Pandora!‖Respondeu tristemente a fada da Esperança. ―Eles já estão todos espalhados pelo
mundo e não podem mais ser presos!‖ ―Mas há algo que pode ser feito: Zeus enviou-me
também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu estarei sempre
com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um novo
amanhã !‖

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 O Minotauro

É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças
de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz,
habitava um labirinto na ilha de Creta.

Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas,


que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei
Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos
tentaram matar o minotauro, porém acabavam se
perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo
dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta
seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro.
Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um
novelo de lã e uma espada. O herói entrou no
labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada
Fonte: ahistoriadamitologia.blogspot.com e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o
caminho percorrido.

 Mito de Narciso

Fonte: folklusitania.heavenforum.org

Narciso era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope, e era um jovem de


extrema beleza. Porém, a despeito da cobiça que despertava nas ninfas e donzelas,
Narciso preferia viver só.

Narciso debruçou sobre a fonte para banhar-se e viu, surpreso, uma bela figura
que o olhava de dentro da fonte.Com certeza é algum espírito das águas que habita esta
fonte. E como é belo! Disse. Apaixonou-se pelo aspecto saudável e pela beleza daquele ser
que retribuía o seu olhar.
Não podia mais se conter. Baixou o rosto para beijar o ser, e enfiou os braços na
fonte para abraçá-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte Narciso ficou
por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água... Assim
o jovem morreu.
Prepararam uma pira funerária e teriam cremado seu corpo se o tivessem
encontrado.

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No lugar onde faleceu encontraram apenas uma flor roxa, rodeada de folhas
brancas. E, em memória do jovem Narciso, aquela flor passou a ser conhecida pelo seu
nome.

Podemos refletir sobre as pessoas narcisistas, já que essas pessoas vivem como se
olhassem num espelho: não conseguem ver o mundo e assim, o interpretam em função de
seus próprios valores desconhecendo assim, as diferenças.

 O mito de Aracne

Fonte: deusadafofoca.blogspot.com

Aracne era a melhor tecelã da região da Lídia e sua arte era tal que as pessoas
diziam que sua mestra havia sido Palas Atena, a deusa da sabedoria. Mas Aracne não
gostava desta história e, certa vez, disse a todos:

— Não aprendi minha arte com a deusa e como prova disso convido-a a competir
comigo, caso ela vença, aceitarei qualquer punição.

A deusa não gostou e disfarçou-se de uma velhinha para aproximar-se de Aracne,


puxou conversa e disse que a mortal deveria demonstrar humildade com os deuses e pedir
perdão a Atena. Aracne chamou a velhinha de louca e disse-lhe que se Atena quisesse
dizer-lhe algo, o convite já havia sido feito. Furiosa, a deusa da sabedoria teve sua
paciência esgotada, retirou o disfarce e disse a Aracne que a competição para ver quem
tecia o tapete mais belo deveria começar imediatamente. Ambas colocaram-se a tecer.

Atena teceu no seu tapete a imagem do penhasco da acrópole de Atenas, lugar que
ela conquistou após uma luta com Posídon, deus dos mares, teceu também a luta entre ela,
armada de escudo e lança, que quando tocou a terra, deu origem à oliveira na terra infértil,
com Posídon, retratado empunhando seu tridente.

Além de desenhar sua vitória, Atena colocou em cada um dos quatro cantos do
tapete, imagens que simbolizavam a arrogância humana: Hemo e Ródope que chamavam-
se de Zeus e Hera e foram transformados em montanhas; a mãe dos pigmeus transformada
em garça; Antígona com serpentes na cabeça que não paravam de mordê-la, já que ela
comparara-se a Hera, e depois transformada em cegonha; Cíniras chorando por suas
orgulhosas filhas.

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Já Aracne, desonrara Zeus no seu tapete: desenhou-o transformado em touro,
águia, cisne, sátiro, fogo e chuva de ouro. Quando Atena viu o tapete de Aracne, golpeou-a
com um ódio terrível e a perfurou três vezes na testa com a agulha de tecer; além disso,
Atena fez os cabelos, o nariz e os ouvidos de Aracne desaparecerem, fez seu corpo
diminuir bastante de tamanho e condenou-a a praticar sua antiga arte eternamente,
tecendo fios como uma aranha. Segundo do mito, eis Aracne: origem dos aracnídeos.

 O mito de Perseu

O rei Acrísio consultou um oráculo quando seu neto nasceu, ouvindo a previsão de
que seria morto e destronado pelo próprio neto, resolveu colocá-lo junto com a mãe em
uma caixa, dentro de uma embarcação, para que esta levasse os dois para bem longe.
Protegida por Zeus, pai da criança, de nome Perseu, a embarcação chegou à ilha de Serifo,
onde foi encontrada pelo príncipe da cidade, que casou-se com a mãe de Perseu, Dânae.

Fonte: linguadope.blogspot.com

Crescido, Perseu teve autorização de seu padrasto para aventurar-se pelo mundo,
em gratidão, Perseu prometeu-lhe trazer a cabeça de uma das três górgonas como
presente. Conduzido pelos deuses, Perseu passou pela morada das grisalhas, seres de um
só olho e uma só dente e que conseguiam usá-los, apenas, alternadamente. Perseu roubou-
lhes os olhos e dentes, dizendo que só devolveria se elas dissessem onde moravam as
ninfas. A chantagem deu certo e foi para lá que Perseu se dirigiu.

Com as ninfas, criaturas conhecidas por ajudar pretendes a heróis, Perseu


conseguiu sapatos alados, uma bolsa e um capacete que o tornava invisível; ademais,
Hermes o presenteou com uma foice de bronze e, armado, viajou pelo Oceano até a
morada das górgonas. Lá, ajudado pela deusa Atena, escolheu a górgona imortal,
conhecida como Medusa, para golpear. Arrancou-lhe a cabeça e colocou-a na bolsa sem
olhá-la nos olhos para que ele não fosse transformado em pedra.

Fugindo das irmãs da Medusa, Perseu voou sobre o deserto da Líbia, as gostas de
sangue que caiam da cabeça da Medusa transformaram-se em serpentes ao tocarem o chão
e, até hoje, esta região tem muitas cobras. Cansado, pediu abrigo ao rei Atlas para
descansar, mas foi mal recebido e desrespeitado, além disso, o rei expulsou Perseu. Este,

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enfurecido, transformou seu reino em pedra ao apontar a cabeça da Medusa em todas as
direções.

Continuando a viagem, Perseu avistou uma mortal acorrentada em uma pedra à


beira da praia. Conversando com ela, Perseu ouviu que ela estava ali porque os deuses
puniram sua família e que o reino de Cefeu só não seria inundado se a princesa fosse
colocada em sacrifício a um monstro marinho. Perseu aguardou, então, que a maré subisse
e derrotou o monstro, salvando a princesa Andrômeda e a pedindo em casamento.

A família de Andrômeda ficou maravilhada com o feito de Perseu, que se casou


com Andrômeda após derrotar um antigo pretendente dela. Morando agora nas terras de
um rei estrangeiro, Perseu participou de uma competição esportiva e, na prova de
arremesso de discos, fazendo um lançamento desastroso, acertou seu avô sem saber que
ele estava ali. Assim, cumpriu-se a previsão oracular.

 Mito de Édipo

Fonte: paideuma.net

Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não ter filhos, pelo
que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertido que filho que gerasse havia de
o assassinar. Apesar das advertências, Jocasta engravida e Laio, quando o bebê nasceu,
ordenou a um servo que o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí
o nome Édipo (que significa pés inchados).

O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criança num cesto
e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um rei duma terra distante, que o
elegeu como seu filho. Este, já homem, também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou
a evitar a sua pátria, pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe.
Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope, reis de Corinto,
Édipo decidiu partir rumo a Tebas.

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Durante o seu percurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho
com o qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo. Chegado a Tebas
decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça de mulher e corpo de leão), que
impossibilitava a entrada na cidade, e como nunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge
jogou-se ao mar, tendo Édipo libertado a cidade da sua maldição.
Creonte, irmão de Jocasta, havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade
da Esfinge, ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva.
Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas, reinando
sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a peste na cidade e Édipo decide
consultar o Oráculo, que lhe refere que a peste cessaria quando fosse expulso o assassino
de Laio.

Édipo dispôs-se a encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o
assassino de Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugir contra a
profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixou a sua pátria.

 O enigma da Esfinge

Fonte: brasilescola.com

A Esfinge foi um importante tema mitológico nas antigas civilizações do Egito e


da Mesopotâmia. Possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Conta uma
lenda grega que essa figura monstruosa, enviada por Hades ou Hera, invadiu Tebas
destruindo os campos e afugentando os moradores. A criatura propôs a se retirar do local
se alguém conseguisse decifrar o seu enigma, porém aquele que não o decifrasse seria
devorado – decifra-me ou devoro-te!

Seu Enigma era: "Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-
dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e
assassino inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o homem,
pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é adulto e usa
bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge suicidou-se, lançando-se
num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas e a mão da rainha
enviuvada, sua própria mãe.

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Unidade 4 - A origem do mundo

Fonte: espiritualismo.hostmach.com.br

No começo, era o nada. Então alguém resolveu contar a origem de tudo. E assim
nasceu a tentativa do homem de explicar a origem do Universo.

As civilizações mais antigas já tinham essa questão existencial. E as religiões,


preocupadas em dar respostas a seus fiéis, não poderiam deixar de formular suas
respostas. ―Como surgiu tudo? Como é a origem do planeta, das coisas, do homem? Essas
são as primeiras perguntas que o homem faz a si mesmo.

Sejam indígenas, africanas, orientais, grandes ou pequenas, novas ou antigas, todas


as religiões terão respostas para isso‖, diz o teólogo da PUC-SP, Rafael Rodrigues,
especialista no Antigo Testamento, que começa com a narrativa do livro do Gênese.

 Mesopotâmia.

Os povos mesopotâmicos, em especial sumérios e babilônios, desenvolveram uma


cosmogonia completa que se preservou em textos como o Poema de Gilgamesh e o
Enuma elish, com mitos consolidados durante o terceiro e o segundo milênios antes da era
cristã. Entre esses povos representava-se o início da criação como um processo de
procriação: os deuses teriam sido os elementos naturais que formaram o universo, muitas
vezes por meio de lutas contra forças desagregadoras.

Os babilônios, numa epopéia sobre a criação, glorificavam a vitória de Marduk, o


único deus bastante forte para derrotar o dragão Tiamat, personificação do caos e das
águas do mar.

Em linhas gerais, a mitologia mesopotâmica apresentava como princípio do mundo


Abzu e Tiamat, elementos masculino e feminino das águas, origens do universo celeste e
terrestre. Tiamat produziu o céu, de que nasceu Ea (o conhecimento mágico), que
engendrou Marduk. Este derrotou os outros deuses e dividiu o corpo de Tiamat,
separando assim o céu da Terra e, com o sangue de um monstro derrotado, produziu o
primeiro homem.

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 A Bíblia.

Base religiosa de judeus e cristãos,


em diferentes cânones, os textos bíblicos,
segundo um consenso da atualidade, devem
ser interpretados predominantemente como
alegorias, que variam conforme os autores
que os escreveram.

O Gênesis, primeiro livro do Antigo


Testamento, descreve a origem do mundo e
do homem com linguagem e imagens
semelhantes às dos relatos mesopotâmicos.
Fonte: excursaodoconhecimento.wordpress.com
O primeiro capítulo diz: "No
princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o
abismo, um vento de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: 'Haja luz' e houve luz. Deus
viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou a luz 'dia' e as trevas
'noite'. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. (...) Deus disse: 'Fervilhem as águas,
um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do
céu' e assim se fez. (...) Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou,
homem e mulher ele os criou."

O segundo capítulo do Gênesis traz um relato mais antigo sobre a criação: "Então
Iavé Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de
vida e o homem se tornou um ser vivente."

1º Dia – ―Deus criou o Céu e a Terra‖

2º Dia – ―Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou
firmamento de Céu‖

3º Dia – Houve a Terra e os Mares

4º Dia – Deus separou os dias e as noites

5º Dia – Surgem peixes e aves

6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem

7º Dia – ―Deus descansou‖

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 Mito iorubá.

Fonte: artemutante.blogspot.com

Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio
das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que
Oxalá criasse o homem.

Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram
rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não
tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez
um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e
o vinho sem êxito.

Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde
Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso.
Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e
lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de
mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-l

 O hinduísmo.

Fonte: almacarioca.net

A cosmologia do hinduísmo também explica, além da origem do mundo, sua


organização social. Segundo os Vedas, 3 divindades são responsáveis pelos ciclos de
criação e destruição do Universo: Brahma cria, Vishnu preserva e Shiva o destrói para que
o ciclo recomece. Para criar o mundo e os humanos, Brahma fez dois deuses de si: Gayatri
e Purusha, o homem cósmico de onde foram feitas todas as coisas. Mas, enquanto alguns
homens nasceram da boca de Purusha, e se tornaram sacerdotes, outros nasceram dos pés,
e se tornaram os escravos da sociedade indiana.

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O exemplo da sociedade hindu é apenas mais um exemplo de como os mitos sobre
a criação do Universo fazem bem mais que resolver questões existenciais ao estabelecer
relações de poder e detalhar códigos de conduta. O que faz deles ferramentas importantes
para a coesão social, como parte indispensável da cultura e da identidade de um povo.

 Na Grécia.

Fonte: loucurasdarapha.blogspot.com

Segundo os gregos antigos, o princípio de todas as coisas está associado a um Caos


Primordial, num tempo em que a Ordem não tinha sido ainda imposta aos elementos do
mundo. Do Caos nasceu Gea (a Terra) e depois Eros (o Amor). Posteriormente, Caos
engendrou o Érebo (as trevas infernais), o dia, à noite e o éter. Gea engendrou o céu, as
montanhas e o mar. De Gea nasceram também os Deuses, os Titãs, os Gigantes e as
Ninfas dos Bosques. Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana –
homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria,
ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.

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Unidade 5 - Consciência

Fonte: olimpiadadaeemariamontessori.blogspot.com

A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou


fora dele.
É talvez uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo
o fato mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.

A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus
próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência,
a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se
por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que
pensa ou age. A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar
perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.

A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que


estão enraizados o sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A
consciência é a essência do ser humano e fonte de conhecimento e de verdade.

De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência


surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se
existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo.

É verdade que muitas pessoas parecem não ter consciência. São criaturas que
agridem, prejudicam outras pessoas, são desonestas, fazem toda sorte de maldades e
acham isto natural. São pessoas que endureceram seus sentimentos e embruteceram a
consciência, mas elas não são felizes; não conhecem o gostinho bom de ser uma pessoa
boa. Não conhecem o contentamento que sentimos sempre que praticamos alguma boa
ação, ou quando percebemos que alguém nos valoriza pelo nosso bom caráter e pela forma
honesta e pacífica com que vivemos.

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Tipos de consciência

 Consciência moral

Fonte: blognuto.blogspot.com

A consciência moral é um juízo da razão pelo qual a pessoa humana reconhece a


qualidade moral de um ato concreto. Cada homem leva em seu coração uma lei. Por isto,
com sua inteligência e vontade pode distinguir o bem e o mal, o justo e o injusto, o
permitido e o proibido. O homem sabe que um ato concreto é bom ou mau mediante sua
consciência moral.

 Consciência ambiental

Fonte: bloglog.globo.com

Consciência ambiental é a predisposição que um indivíduo tem em saber


previamente que alguns problemas podem afetar o meio ambiente, e que estão cientes de
ações que possam interferir nesses causando problemas..

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 Consciência crítica

Ter consciência crítica é ser capaz


de conhecer a si mesmo criticar seus
próprios atos e saber quais os elementos
que influenciam no modo de ser. É estar
aberto ao novo, tudo evolui de tempo em
tempo.

Muita gente tem senso crítico,


isto é, sabe julgar com precisão as pessoas
e as coisas que estão exteriores a si, mas
Fonte: parabolicadoblum.blogspot.com
não é capaz de olhar para dentro de si.
Ter consciência é saber das ―minhas
potencialidades‖ e dos ―meus limites‖.

 Consciência Social

A consciência social vai sendo adquirida depois que a pessoa descobre que é sujeito
de sua história e passa ter maior interesse pelas coisas da sociedade. Ela deixa de pensar
somente nela ou em seu grupo e passa a ver e viver o social. A consciência neste momento
é reflexiva, amadurecida e crítica.

A pessoa percebe que o mundo é uma construção do homem e está sempre


passando por transformações. Descobre que tudo se transforma a realidade pessoal,
comunitária e social. A construção de um mundo novo, justo e fraterno é missão de todos
e não apenas de alguns.

A consciência pode equivocar-se?

Sim, a consciência pode equivocar-se se não está bem formada, porque frente a um
ato concreto poderia fazer um juízo errôneo contra a razão e a lei divina.

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Unidade 6 - As forças que nos comandam

Fonte: escritatrocada.blogspot.com

Todo gesto nosso, tudo que fazemos, tem por trás um comando... Esse comando
pode estar na nossa mente. Se eu apanho caneta e papel para escrever alguma coisa, isso
acontece porque a minha mente está gerando esse comando, está mandando que o faça.
Mas nós temos também outros comandos paralelos.
Esses outros comandos são o instinto e a vontade.
O instinto é necessário à nossa sobrevivência.
Alguém sabe dar um exemplo do modo como o instinto atua em nossa vida?

Digamos que alguém apanha um livro e jogue em um de vocês? A reação de quem


está no alvo do livro é sair da frente para não se machucar, não é isso?
Pois bem, nós temos três opções para explicar essa reação.
Opção 01 - A reação foi gerada pela mente.
Opção 02 - A reação foi gerada pelo instinto.
Opção 03 - A reação foi gerada pela vontade.

A mente pensa nos comanda através do raciocínio, da razão. O instinto nos


comanda de forma direta, não passa pelo raciocínio. Imaginem como seria no caso do livro
atirado numa pessoa. Se ela começar a refletir sobre o perigo de se machucar, não dá
tempo de ela se defender. Quando tiver terminado de pensar, o livro já atingiu o alvo.

O comando da mente nem sempre é resultado do raciocínio. Nem sempre é preciso


que a mente fique pensando para comandar alguma ação. Vejamos um exemplo.

Quando vocês se levantam pela manhã e se aprontam para vir à escola, não
precisam ficar pensando assim: eu vou levantar e me arrumar para ir à escola. Isto se dá
porque a mente já sabe disso e não precisa ficar pensando. Entenderam? Já em relação ao
instinto, não há pensamento. O instinto é um comando inteligente, mas sem a participação
do pensamento, sem raciocínio.

E qual é a terceira força que nos move? Essa terceira força, a vontade, é como um
cavalo xucro, que a mente procura controlar. Quanto ao animal, é o instinto que o
controla. Por exemplo, uma gazela pode estar com vontade de comer determinado vegetal
que lhe faria mal. Então, é o instinto que a impede de comê-lo. Já com o ser humano é

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diferente porque sabemos pensar, sabemos raciocinar, escolher o que é bom para nós e
desprezar o que não nos serve. O ser humano ainda não está muito evoluído, porque
muitas vezes obedece mais à sua vontade do que ao que a mente lhe diz... e olha que a
vontade erra muito! Quantas pessoas sabem que deveriam se alimentar de coisas mais
saudáveis, mas a vontade é que domina e elas comem de tudo que querem e depois...
engordam, ficam com problemas de saúde, até muito graves, mas a mente não consegue
controlar a vontade?! Observem como a natureza é sábia.

No ser humano, que sabe pensar, refletir, que conhece muitas coisas, a inteligência é
mais forte que o instinto. Mas, no reino animal, o instinto é mais forte, tanto que comanda
tudo nesse reino. E esse comando é tão incrível que nos deixa perplexos.

Vejamos como exemplo a questão das migrações. Como elas funcionam?


Imaginem uma tartaruga botando seus ovos numa praia e deixando-os lá para
serem chocados pelo próprio calor do ambiente. Uns dois meses mais tarde, nascem as
tartaruguinhas, que correm logo para o mar. Ali, na imensidão do oceano, elas viajam
centenas de milhares de quilômetros, crescem e, mais ou menos 30 anos mais tarde, elas
voltam ao mesmo lugar onde nasceram, para botar seus próprios ovos.

Como é que uma tartaruga, que saiu da sua praia assim que nasceu, consegue voltar
ao mesmo lugar depois de tantos anos? E olha que no oceano não existem ruas, estradas
nem outras coisas para elas se guiarem. É o instinto que as conduz. Mas, voltando ao ser
humano, existe em nós outra força, muito grande, trabalhando junto com a mente para
nos conduzir. É o coração, ou melhor, são os sentimentos.

Existem muitas situações nas quais a mente diz uma coisa e o coração diz outra.
Esse fato de a cabeça dizer uma coisa e o coração dizer outra cria muitos conflitos em nós.

Foi o caso da Geovana, uma jovem que estava namorando o Tito há mais de meio
ano quando descobriu que ele era ladrão de automóveis. A cabeça dizia a ela que saísse
daquele namoro, que aquilo era ―uma roubada‖, mas o coração não deixava.

Vamos refletir um pouco sobre esse caso da Geovana?A sua mente lhe dizia que
acabasse com o namoro, porque um ladrão não tinha os valores morais necessários para
constituir uma família e educar os filhos. Além disso, um dia ele seria preso, e ela se
tornaria mulher de um presidiário. A cabeça de Geovana lhe deu uma orientação segura e
certa. Mas ela escolheu obedecer ao sentimento, e aí tudo se complicou.

A coitada ficou com o Tito, casou-se com ele, teve dois filhos. Um dia, Tito foi
apanhando pela polícia e acabou na prisão.

Vamos refletir assim: a cabeça fica acima do coração. É ela que deve mandar em nós
porque pode refletir, pode analisar e escolher com mais acerto. Mas é importante também
ouvir o coração.

Digamos que alguém nos pede ajuda. Cabe à cabeça analisar a situação para

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perceber se a pessoa que está pedindo ajuda não é apenas uma aproveitadora. Se a cabeça
entender que essa pessoa está realmente necessitada e que podemos ajudá-la sem que isto
nos cause dificuldades, então devemos obedecer ao coração. Para tudo é necessário haver
equilíbrio. É preciso ter bom senso e também amor.

O bom senso ajuda a não ―entrarmos numa fria‖, e o amor nos leva a ser pessoas
fraternas e solidárias. Isto é fundamental em nossa evolução, porque o amor é a mais
importante das leis cósmicas. Mas existem situações em que não conseguimos ter certeza
do que seria o melhor. Muitas vezes estamos nervosos, irritados, com raiva ou ansiosos, e
assim fica difícil pensar com equilíbrio.

Nesses casos é importante relaxar e desenvolver um estado de espírito tranquilo.


Vimos, então, que o comando da mente acontece quando a ação é pensada ou mesmo feita
de forma automática, como quando estamos com sede e vamos beber água.

Quando agimos ou reagimos de forma instintiva, é o instinto que nos comanda.

Quanto a essa terceira força, a vontade, é muito importante que ela seja controlada
pela mente. Mas o ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes
obedece mais à sua vontade do que ao que a mente ou a razão lhe diz.

Vimos igualmente como é importante usar sempre a cabeça, num raciocínio


equilibrado, mas também ouvir o coração. Mas para isso é importante estar relaxado e em
harmonia interior, a fim de poder encontrar as melhores respostas, ou soluções.

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Unidade 7- Superioridade

Fonte: exadventistas.blogspot.com

Existem dois tipos de superioridade: um é efêmero, porque vem e passa; o outro é


duradouro, é verdadeiro, porque faz parte da própria natureza da pessoa.

A superioridade efêmera é aquela que alguém adquire ou conquista, quando, por


exemplo, passa a ter uma posição de chefia no trabalho, um cargo político, ou mesmo
quando passa a ser ―o cara‖ como vocês gostam de dizer.

Mas esse tipo de superioridade não é real porque um dia se acaba. Já a superioridade
verdadeira reflete o próprio interior da pessoa, os valores que ela já conquistou.

Vamos dar um exemplo. Amadeu e Fernando eram dois amigos que se conheciam
desde crianças. Estudaram nas mesmas escolas, formaram-se na mesma universidade.

Alguns anos mais tarde, tornaram-se gerentes na mesma empresa.

No setor que Amadeu gerenciava, todos os seus subordinados o admiravam e


gostavam muito dele, pela maneira como sabia lidar com eles; era um chefe que exigia
dedicação e eficiência por parte dos seus subordinados, mas tratava-os com respeito e com
fraternidade.

Certa vez um deles, o Tadeu, sofreu um acidente de moto e ficou muito tempo
hospitalizado. Amadeu ia sempre visitá-lo e, um dia, quando o encontrou muito aflito
porque o filho mais novo estava doente, prontificou-se a ajudar.

Levou o bebê ao médico e comprou os remédios que foram receitados, pois sabia que
Tadeu estava sem dinheiro.

Amadeu era assim, muito rigoroso no trabalho, mas honesto e de bom coração.

Já Fernando era bem diferente. Para se dar bem, ele era capaz de mentir, enganar e
passar por cima de qualquer um. No trabalho, com seus subordinados, era frio e até cruel.
Gostava de ser bajulado, e, se alguém o contrariasse, era demitido na hora.

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Ele próprio vivia bajulando o diretor-geral da empresa, pois achava que, assim,
poderia acabar sendo promovido.

Vejamos outro caso.

Dr. Cipriano havia bebido muito e resolveu levar o casal de filhos ainda pequenos
para passear, mas, enquanto dirigia, seu carro caiu num canal.

A correnteza estava forte, e, quando o carro já ia ser arrastado pela água, seu
Tinoco, um gari que percebera a situação, conseguiu uma corda, amarrou-a num poste;
arriscando a própria vida, desceu pela corda e conseguiu salvar Dr. Cipriano e as duas
crianças.

O valor verdadeiro está no coração, nos bons sentimentos; está na ética, no esforço
que alguém faz para aprender e para alcançar seus ideais. Ele está em se viver esses
valores que são ensinados nestes nossos encontros. Mas será que podemos rotular as
pessoas, sem uma análise mais profunda?

Para responder a essa questão, vamos acompanhar durante algum tempo nossos
dois personagens, o Dr. Cipriano, aquele homem cujo carro caiu no canal porque ele
estava dirigindo embriagado, e seu Tinoco, o gari que salvou a ele e a seus dois filhos.

Dr. Cipriano era um excelente cirurgião e trabalhava num pronto-socorro. Certa


noite ele voltava do plantão e percebeu que, na rua à sua frente, estava havendo forte
tiroteio. Quis retornar, mas não conseguiu, porque a rua atrás dele estava congestionada.
Não tinha outro jeito além de ficar ali, pedindo a Deus para não ser atingido por uma bala
perdida.

De repente, um homem cambaleou e caiu no meio da rua, atingido por um tiro.

Dr. Cipriano, sem mesmo pensar no perigo, apanhou sua maleta de médico, rasgou
o bolso do jaleco e, segurando-o bem alto à guisa de bandeira branca junto à maleta de
médico, foi se aproximando do ferido com cuidado, andando sempre pelo meio da rua.

Esse gesto foi tão inusitado, demonstrando tanta coragem e profissionalismo, que
os atiradores pararam de atirar por algum tempo, até que o ferido recebesse os primeiros
socorros e fosse retirado do local. Quanto ao seu Tinoco, ele era um bom pai e bom
marido durante a semana, mas, nos fins de semana, sempre bebia e transformava a vida da
família num inferno. Ficava agressivo, batia na mulher, dona Aparecida, e ameaçava matá-
la na frente dos filhos.

Dona Aparecida teve de abandonar o emprego, porque não podia sair de casa aos
sábados para trabalhar, com medo do que o marido pudesse fazer com as crianças.

Por causa disso, a situação ficou muito difícil. Do dinheiro que seu Tinoco recebia
como gari, boa parte ele gastava nos bares, nos finais de semana, e o que sobrava mal dava
para pagar o aluguel do barraco e pôr alguma comida dentro de casa.

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Dona Aparecida aguentou o quanto pôde, mas acabou indo embora com os filhos,
para morar com a mãe. Deu para perceber o quanto é difícil classificar as pessoas?

Por isso nunca devemos rotular alguém. Para dizermos que uma pessoa é boa ou
má, que é superior ou inferior, precisamos conhecê-la melhor.

É verdade que muita gente demonstra desde logo que o seu lado mau é muito mais
forte que o lado bom. Também há muitas pessoas que deixam transparecer os valores
positivos que já conseguiram desenvolver, mostrando ser boas pessoas.

Texto II - Lençol sujo

Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira


manhã que passavam na casa, enquanto tomava café, a mulher reparou através da janela
em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e
comentou com o marido:

— Que lençóis sujos ela está pendurando no


varal!

— Está precisando de um sabão novo. Se eu


tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu
a ensine a lavar as roupas!O marido observou
calado. Alguns dias depois, novamente, durante o
café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no
varal e a mulher comentou com o marido:

— Nossa vizinha continua pendurando os


lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria
se ela quer que eu ensine a lavar as roupas! E
Fonte: 8amores.blogspot.com
assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia
seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passando um tempo a
mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi
dizer ao marido:

—Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou? O marido
calmamente respondeu: — Não, hoje levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar,
verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e
limitações.

Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Só assim
poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela!!!

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Unidade 8 - Agressividade e convívio

Nos últimos anos, criou-se uma cultura


de agressividade entre as pessoas, tanto entre
os adultos, quanto entre as crianças. Isto é
muito ruim. A agressividade nunca é boa.

O ser humano é um ser grupal, ou seja,


vive em grupo. Pensem como seria se todas as
pessoas vivessem isoladas, sem se comunicar
umas com as outras.

Vamos fazer um exercício de imaginação.


Fonte: minhasvivenciasnopathwork.blogspot.com
Vamos fechar os olhos e imaginar que a
Terra está toda dividida em espaços do tamanho de um campo de futebol, cercados por
muros altos, e cada um de nós vive isolado num desses espaços, sem poder sair nem se
comunicar com os outros.

Nesses nossos espaços, temos um lugar para morar, alguns animais domésticos e
alimento. Não há computadores, nem telefones; não há aparelhos de rádio ou de tevê. Nós
só podemos nos comunicar com outras pessoas através de cartas.

Viver isolado realmente seria uma coisa horrível, mas, felizmente, nós podemos
viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade não seja uma coisa ruim,
precisamos aprender a conviver bem uns com os outros. Para haver um bom convívio, é
preciso, antes de tudo, respeitar as diferenças e aceitá-las.

Carlito começou a apresentar tendências agressivas aos 6 anos. Um dia envolveu-se


numa briga de rua e acabou no hospital, todo machucado e com o braço quebrado.

No dia seguinte, seu avô Gilmar foi visitá-lo e, assim que se acomodou, foi logo
dizendo: — Eu vim até aqui porque preciso conversar com você.

Diante do ar de interrogação do garoto, seu Gilmar continuou:

— Sabe Carlito, quando tinha a sua idade, eu também era muito agressivo, vivia
procurando confusão. Na escola ninguém gostava de mim, a não ser alguns poucos
colegas, que também eram arruaceiros. Depois que cresci e fiquei adulto engajei-me na
Marinha...

Seu Gilmar ficou pensativo por instantes e continuou, com ar sonhador.

—Eu amava o mar... Amava minha profissão, mas vivia criando encrenca em cada
porto onde o navio ancorava. Numa dessas quebrei o braço de um colega e acabei levando
uma surra tão grande que quase morri.

— E aí, o que aconteceu? — perguntou Carlito.

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— O comandante me mandou tomar conta de um farol, no Atol das Rocas. Longe
como só... Fica no oceano Atlântico a 260 km da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
Pense num lugar isolado... Para qualquer lado, só água...

— E não moravam outras pessoas lá? – perguntou Carlito.

— Ninguém... só eu, sozinho – respondeu seu Gilmar, com o olhar distante, e


continuou – Quando acontecia uma tempestade era horrível... Dava medo. Nenhum navio
podia se aproximar, porque poderia naufragar.

Olhando fixo nos olhos de Carlito, seu Gilmar falou com ênfase:

— Passei um ano inteirinho lá, sozinho... E foi lá, naquela horrível solidão, que eu
aprendi a dar valor às outras pessoas. Eu queria gente perto de mim, fosse lá quem fosse, e
foi naquele desespero que fiz um juramento.

— Que juramento, vô?

— Foi numa noite de tempestade. Parecia que o mundo estava vindo abaixo, então
eu senti, com toda intensidade, o que significa a gente poder ter outras pessoas por perto.
Eu não tinha ninguém, só os relâmpagos cortando o céu, o ribombar dos trovões, o uivo
do vento e o ronco das ondas...

— Então vô, que juramento foi esse? – perguntou Carlito, aflito.

— Eu jurei que se saísse dali com vida, e quando pudesse voltar, nunca mais iria
brigar, nem criar confusão. Eu iria ficar tão feliz por ter pessoas por perto, fosse lá quem
fosse, que iria tratar todo mundo muito bem.

Para haver um bom convívio, é preciso haver alteridade, que significa aceitar as
diferenças, respeitá-las e aprender com os que são diferentes de nós, porque sempre temos
algo de bom a aprender com os outros. O nosso planeta só será um mundo de paz, um
mundo bom para todos, quando todos aprenderem a respeitar os direitos dos outros.

O ser humano é um ser grupal, ou seja, vive em grupo. Seria realmente horrível se
todas as pessoas vivessem isoladas, sem poderem se comunicar umas com as outras. Mas,
felizmente, nós podemos viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade
seja uma coisa boa, devemos nos esforçar para conviver bem uns com os outros.

O primeiro passo para um bom convívio está em respeitarmos os outros, os seus


direitos, o seu espaço.

Fonte: professorare.blogspot.com Fonte: viaseg.com.br

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Unidade 9 - Equilíbrio

Fonte: brasilescola.com

Alguém aqui gosta de aparecer?

Então procure fazê-lo pelos seus valores, não pelo seu lado feio.

É importante que fiquem sabendo que querer sempre levar vantagens pode ser
ruim... muito ruim.

Dedé era um garoto que sempre queria levar vantagem em tudo. Seu pai, o seu
Jeremias, ficava preocupado com as atitudes do filho e sempre procurava aconselhá-lo,
mas sem obter resultado.

Certa manhã de domingo, chamou Dedé e lhe perguntou:

— O que você acha mais importante, se dar bem ou ser feliz?

— Ora, pai – respondeu Dedé – eu acho que ser feliz é o mesmo que a gente se dar
bem.

Seu Jeremias olhou com tristeza para o filho e disse:

— Você está enganado. Há milhões de pessoas na Terra que se deram bem, mas não
são felizes. Quantas pessoas passam a vida de olho em tudo com que possam ter lucro, ter
vantagens, mas vivem tão assoberbadas que não têm paz interior? Tais pessoas não são
capazes de parar junto de uma flor para observar a textura macia das pétalas, as suas
cores, o seu perfume. Elas não sentem nem enxergam a vida...

— É verdade, pai. Quando eu comecei a observar o quanto a natureza é


maravilhosa, eu senti uma sensação muito boa, assim, de paz, de alegria... Será que isso é
felicidade?

— É sim, meu filho. A felicidade é uma coisa que nasce no nosso interior, mas para
isso é preciso abrir o coração e dar espaço a ela. Aí ela vai tomando conta e se instala
dentro de nós.

Dedé estava aprendendo muitas coisas importantes. É como se a força da natureza

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tivesse varrido de dentro dele aquelas ideias de que o importante na vida era ―se dar bem‖.

Seu Jeremias havia notado essas mudanças no filho e estava muito satisfeito com
isso. Certa tarde, sentado ao lado de Dedé à beira de um riacho, comentou:

— Sabe, meu filho, para haver felicidade, é preciso haver equilíbrio. Quando alguém
quer sempre levar vantagem, está gerando desequilíbrio.

— Como assim, meu pai? – perguntou Dedé, curioso.

Seu Jeremias pensou um pouco e respondeu:

— Nós podemos comparar essa questão de querer levar vantagens em tudo a uma
balança, daquelas que ainda são usadas em algumas mercearias e que têm dois pratos.
Digamos que o cliente quer comprar um quilo de feijão.

Então, o merceeiro coloca num dos pratos um peso de ferro de um quilo e no outro
vai colocando feijão até que os dois pratos fiquem em equilíbrio, ou seja, na mesma altura.

Devido a esse equilíbrio, o cliente fica satisfeito porque foi atendido honestamente,
e o merceeiro também fica porque vendeu mais um pouco do seu produto.

Seu Jeremias calou-se por instantes e continuou:

— Sabe, meu filho, a lei cósmica é a lei do equilíbrio. Ninguém leva vantagens sem
merecer, e mesmo essas pessoas que querem levar vantagens em tudo estão enganando a
si mesmas, porque, mais cedo ou mais tarde, a vida irá cobrar-lhes as devidas
compensações. Desde que somos concebidos, ainda no ventre das nossas mães, já
começamos a receber benefícios da vida. Quanto aos benefícios que recebemos durante
nossa infância e ao longo da vida, esses são imensos.

O simples fato de participarmos da comunidade planetária já é um benefício, assim


como podermos nos locomover, falar, sentir alegria, brincar, ter uma escola para estudar e
professores para nos ensinar; podermos ouvir, sentir o afago que nos fazem, assim como o
vento soprando em nosso corpo.

Dá para perceber o quanto recebemos de benefícios durante a nossa existência?


Assim, é fácil entender o quanto nós devemos à vida. Então, para haver equilíbrio, se
recebemos muito da vida, também devemos retribuir, dando a ela o que tivermos de
melhor.

Observem que a terra dá e recebe, assim como também as plantas recebem e dão.

As árvores oferecem suas folhagens para os pássaros se abrigarem e construírem


seus ninhos; dão-lhes as frutas e as sementes que os alimentam. Em compensação, os
pássaros conduzem as sementes para outros lugares, onde elas nascem e dão continuidade
às árvores. Essa lei da compensação também está presente em nossas vidas.

Vejamos alguns exemplos do modo como isto acontece:

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1 - As pessoas trabalham e recebem os salários com os quais se mantêm.

2 - Quando queremos comprar alguma coisa, damos dinheiro como compensação.

3 - O aluno estuda e, como compensação, recebe o aprendizado, tão importante em


seu futuro.

4 - Quando somos atenciosos e gentis, os outros nos compensam com sua simpatia.

Na natureza, a lei da compensação funciona em tudo de forma harmoniosa, mas no


reino humano muitas vezes ela é desvirtuada.

Vamos ver alguns exemplos. Os pais cuidam dos filhos, dando-lhes alimento, roupa,
carinho, levando-os à escola para que possam aprender e ter um futuro melhor. Os filhos,
por sua vez, recompensam os pais com seu carinho e com as alegrias.

Porém essa lei se desvirtua quando os filhos só dão desgosto aos pais, e em alguns
casos os agridem e até matam. Essa lei também se desvirtua quando damos nossa amizade
a alguém e esse alguém nos prejudica ou nos magoa.

Mas o mais comum ocorre quando recebemos muitas coisas boas da vida e nada lhe
damos como compensação. Vocês se lembram do que falamos sobre o equilíbrio cósmico,
que funciona assim como uma balança? Então, se recebemos muito da vida, também
devemos retribuir, dando a ela os nossos bons sentimentos, as nossas boas ações, e
desenvolvendo esses valores de que temos falado nestes encontros.

A humanidade só será feliz quando aprender a obedecer a todas as leis naturais, ou


leis cósmicas.

Fonte: maguyshantty.com.br

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Unidade 10 - Dinheiro x felicidade

Fonte: fernandocaldini.blogspot.com

Honório era um garoto muito inteligente e também ganancioso. Quando algum


colega lhe pedia ajuda em alguma matéria, ele ajudava, mas cobrava.

No início o preço da ajuda era um bombom ou um pastel, mas, com o passar do


tempo, começou a cobrar em dinheiro mesmo. Certa vez, quando seu amigo Lúcio
demonstrara estranhar o fato de Honório cobrar por uma ajudinha qualquer, respondeu:

— O mundo, meu caro, é dos espertos. Os otários, como você, passam a vida
puxando carroça. Eu não! Eu vou chegar ao topo do mundo, você vai ver...

Algum tempo depois, Honório foi morar em outra cidade, e os dois só voltaram a se
ver alguns anos mais tarde, quando Honório foi passar umas férias em sua cidade natal.
Chegou num carro importado, esbanjando luxo. Foi à procura de Lúcio e, quando o
encontrou, foi logo dizendo:

— Eu voltei aqui, para essa cidadezinha fuleira, só pra te convidar a vir trabalhar
comigo... é pra ganhar muito dinheiro. O trabalho seria simples, explicou, já que Lúcio era
muito inteligente e bem preparado, estava fazendo faculdade e poderia fazer provas de
vestibular em lugar de outros alunos, cujos pais pagavam muito bem.

— Deixa ver se entendi direito – disse Lúcio. – Você quer que eu vá fazer prova de
vestibular, me fazendo passar por algum aluno preguiçoso que não quis estudar... e então
quem passa é o aluno, cujo nome usei para fazer a prova... é isso? — Isso mesmo –
respondeu Honório. – Os pais desses alunos pagam uma nota preta porque sabem que
somos bons e temos toda chance de fazer as melhores provas.

Eu mesmo nunca perdi um vestibular desses. Lúcio estava tão decepcionado com o
amigo, que só conseguiu dizer: — Não conte comigo. Alguns meses mais tarde, todos os
noticiários do país falavam numa gangue de fraudadores de vestibular que a polícia tinha
prendido, e lá aparecia o Honório na tevê, sendo apresentado como o chefe da quadrilha.

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Era possível ver como estava envergonhado, tentando cobrir o rosto com as mãos...

Lúcio sentiu pena. Como alguém pode estragar assim a própria vida, só para ganhar
dinheiro? Honório certamente pegaria alguns anos de cadeia e, quando saísse, iria viver de
quê? Ninguém daria emprego a uma pessoa desonesta. A felicidade é diferente para todas
as pessoas, é como se tivesse várias caras.

Para alguns, ela está em um bom relacionamento amoroso, em um bom convívio


com a família, em ter saúde, ou, ainda, em estar em paz com a própria consciência.

Para outros, ela está em uma roupa nova, em um passeio muito desejado, em um
carro novo, em viver numa casa bela e confortável, em ir a festas, em ter muito dinheiro e
por aí afora. Certamente o dinheiro é importante e necessário para nossa sobrevivência,
mas há pessoas que vivem em função do dinheiro.

Quanto mais têm, mais querem, e com isso acabam se tornando suas escravas. É
muito importante que tenhamos equilíbrio em tudo.

Podemos usar das coisas que a vida nos oferece, mas com prudência, porque o nosso
excesso pode estar fazendo falta a outras pessoas.

Muitas pessoas são capazes das maiores loucuras por dinheiro, antigamente era
usada a troca como moeda de compra, depois que foi inventado o dinheiro as pessoas
começaram a se transformar a mudar o seu caráter.

Mas será que o dinheiro traz felicidade? A ganância do homem é tamanha que a
consciência deixou de existir e passou a ser dominada pelo desespero de ter mais e mais
dinheiro custe o que custar.

A sociedade é a grande culpada por esta situação exigindo das pessoas uma
condição social elevada para poder freqüentar as grandes festas e sair nas páginas das
revistas famosas. Mas não podemos pensar que o dinheiro é o causador dos males da
sociedade, pois, isto é uma grande inverdade.

O dinheiro traz muita felicidade para quem sabe usar de maneira correta e investir
para o crescimento saudável. O dinheiro serve para financiar grandes descobertas na área
da saúde, como vacinas para a cura de doenças, a construção de escolas e hospitais,
construção de casas populares para famílias carentes, enfim é possível sim usar o dinheiro
de maneira saudável a sociedade, uma vez que até grandes empresas pedem dinheiro ao
governo, para terem como vencer a crise.

Uma pessoa que tem condições financeiras de custear os estudos dos filhos é uma
pessoa feliz com o seu compromisso realizado, mas é uma realidade muito distante para a
maioria das pessoas que vivem de salário mínimo e dependem do governo para que seus
filhos tenham boas escolas públicas com bons professores.

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O dinheiro pode comprar um carro importado, uma casa com piscina em um bairro
nobre, uma viagem ao exterior, um casaco de pele, mas o dinheiro não consegue comprar
a felicidade que conquistamos através das nossas realizações pessoais ajudando os outros e
trabalhando honestamente.

A valorização pessoal só é conquistada através do trabalho honesto e suado para


conseguir adquirir algo, é como se tivéssemos ganhado um premio na loteria tamanha a
felicidade que sentimos quando realizamos um sonho.

O dinheiro deixa de ser um mau quando usamos para o bem sem distinção e nem
olhar para quem. È muito bom saber que podemos deitar no travesseiro e dormir
sossegado com a consciência tranqüila de que estamos vivendo de maneira honesta
perante a sociedade adquirindo e realizando nossos sonhos.

Por isso, devemos respeitar todos que trabalham honestamente. Ruim é quando
alguém não quer estudar nem trabalhar. Então fica encostado na família ou, pior ainda,
envolve-se em alguma atividade desonesta ou criminosa.

Vemos, então, como o dinheiro e o trabalho são importantes. O dinheiro é


necessário para nossa sobrevivência, e é no trabalho que passamos grande parte das
nossas vidas.

Mas existem outros valores fundamentais para a nossa felicidade. São valores que
estão dentro de nós; eles não dependem do fato de sermos ricos, pobres, cultos ou
ignorantes. Os maiores valores que alguém pode ter são honestidade, boa educação, bons
sentimentos, respeito, responsabilidade, não violência, ética, solidariedade.

A pessoa que desenvolve tais valores pode andar de cabeça erguida e dormir
tranquila, porque está vivendo de acordo com as leis cósmicas.

Fonte: planobeta.com

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Unidade 11 - Sentir vergonha: parte - I

Antero era filho de pais muito pobres. A mãe,


dona Joana, trabalhava como faxineira numa casa de
pessoas muito ricas, e o pai, seu Arnaldo, era mecânico.

O dinheiro era tão pouco que precisavam


economizar em tudo para poderem sobreviver.

O fogão, de tão velho, precisava ficar escorado


por tijolos. A geladeira estava toda enferrujada, e os
móveis da casa estavam em péssimas condições. Fonte: bangdiario.blogspot.com

A comida era bem simples: arroz, feijão, alguns pedaços de carne ou de frango
cozidos com soja e salada de legumes. Frutas e legumes nunca faltavam, porque dona
Joana ia sempre ao mercado buscar os que não estavam muito bonitos e seriam jogados
fora, mas dava para aproveitar muito bem.

Só as roupas e os calçados de Antero eram bonitos, de marca, embora usados,


porque eram dados pelos patrões de dona Joana, que tinham um filho um pouco maior que
ele. Como era excelente aluno, Antero conseguiu bolsa de estudos numa escola particular.
Ele fazia o que podia para ninguém descobrir que era pobre.

Uma vez que não havia dinheiro para comprar lanche na escola, ele levava de casa
e, quando alguém tirava onda com ele, dizia:

– Minha mãe não quer que eu fique comendo esses lanches daqui, pois não são
saudáveis.

A pobreza, a riqueza ou qualquer outra situação na qual a vida nos coloca devem
ser vistas como uma oportunidade de aprendizado para nós.

O rico tem ocasião de aprender a ser fraterno, solidário, e a utilizar os bens que
possui em benefício da comunidade. Quanto mais dinheiro alguém tem, maior é a sua
responsabilidade perante a vida.

O pobre tem a oportunidade de trabalhar, estudar e lutar para melhorar sua


condição e, com isso, com essa luta, vai adquirindo valores como a força de vontade, a
tenacidade e experiência. Nós só devemos sentir vergonha pelas nossas atitudes erradas,
pelas coisas erradas que fazemos, porque elas só dependem de nós, da nossa vontade.

Vamos analisar essa questão, começando pelo primeiro item: “ser feio”.

A beleza que está em nosso corpo e no rosto é passageira, porque todos


envelhecemos com o passar do tempo. Vêm as rugas, a pele e os músculos ficam flácidos, e
ficamos bem ―caidinhos‖, no entanto a beleza interior não passa, ela fica ainda melhor com
o passar do tempo, porque vamos adquirindo mais experiência e fortalecendo nossos

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valores. Por isso a beleza interior é muito mais importante. É a nossa verdade, que não
envelhece, não fica enrugada nem caída.

É claro que é muito importante também cuidar do corpo, fazer exercícios físicos,
ingerir alimentos saudáveis, evitando tudo que possa prejudicar a saúde. Assim,
precisamos ter sempre dois cuidados: com o corpo e com o nosso interior.

Ser mal-educado

Uma pessoa mal-educada age de forma que suas atitudes e ações incomodam
outras pessoas, ferem a sensibilidade alheia e podem ser inoportunas ou inconvenientes.

As pessoas mal-educadas não são bem aceitas em todos os ambientes e encontram


dificuldade para fazer amizades.

Devemos, sim, sentir vergonha pelas nossas atitudes erradas, pelas coisas erradas
que fazemos e também pela nossa falta de educação, porque tudo isso só depende de nós,
da nossa vontade. Ninguém nasce mal-educado.

As pessoas se tornam mal-educadas porque querem. E olha que há muita gente que
gosta de ser mal-educada, de chocar os outros pela sua falta de educação.

Ser invejoso

É comum encontrar, em estabelecimentos comerciais, um cartaz que diz assim: ―Se


a sua estrela não brilha, não queira apagar a minha‖. Os dizeres desses cartazes falam com
muita clareza sobre o que acontece no íntimo de um invejoso.

A inveja é um sentimento de aversão ao que alguém tem; o invejoso quer, mas não
tem, ou seja, ele deseja apagar a estrela brilhante do outro, porque a dele está apagada, em
sentido figurado. Mas a inveja tanto pode focar-se em coisas materiais como em
qualidades inerentes ao ser.

Como o invejoso não tem capacidade para conquistar de forma legítima aquilo que
deseja, ou talvez tenha preguiça de ir à luta, fica invejando os que foram à luta e
conseguiram. A inveja é uma das qualidades mais detestáveis numa pessoa.

Porém é importante lembrar que tudo que fazemos contrariando as leis cósmicas
reverte em prejuízo de nós mesmos. No caso do invejoso, ele se prejudica de várias
maneiras:

a) dificilmente consegue ter amizades verdadeiras, porque ninguém gosta de


invejosos;

b) atrasa a própria evolução como ser humano, porque, ao invés de estudar,


trabalhar, ir à luta para conseguir o que quer, perde tempo e energia invejando os outros;

c) a inveja obscurece a consciência do invejoso;

d) os sentimentos de inveja prejudicam a saúde em muitos sentidos.


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Unidade 12 - Sentir vergonha: parte - II

Fonte: amnenoteatrodepalavras.blogspot.com

Ser desonesto

Quem atira sobre outra pessoa a própria culpa, além de desonesto, é também
covarde. É o caso da Ester, que cursava o segundo ano do ensino médio.

Ela tinha uma colega de turma, a Janaína, que não era bonita, mas todo mundo na
escola gostava dela porque era simpática, educada, atenciosa e estava sempre disposta a
ajudar a quem precisasse.

Já Ester era linda, mas, como era também antipática e mau caráter, quase não tinha
amigos, e isso lhe provocava terríveis crises de inveja. Pensou, pensou e resolveu armar
contra a Janaina. Num site de relacionamentos, na Internet, fazendo-se passar pela
Janaína, divulgou que estava sendo perseguida pela professora de Português, porque
estava tendo um caso com o marido dela.

Isso estourou como uma bomba na escola. Janaína foi chamada na diretoria para
explicar-se e, como é natural, negou ter sido a autora da calúnia. Como era uma garota
que sempre agira com dignidade, a diretora chamou um técnico em Internet para
investigar e a burla foi descoberta.

Diante disso, a escola resolveu expulsar Ester, mas Janaína foi interceder por ela,
argumentando que a colega já recebera castigo suficiente e que, certamente, havia
aprendido a lição. A desonestidade é falta de caráter.

Muitas pessoas aprenderam a ser desonestas com os adultos com os quais


conviveram desde a infância, mas o convívio com pessoas desonestas não serve como
desculpa. São inúmeros os casos de pessoas que crescem em meio a pessoas desonestas,
mas não se corrompem. São pessoas de caráter, que se guiam pela própria consciência.

Mas ser desonesto não é somente roubar. É também levantar falso contra alguém,
conseguir as coisas passando por cima de outras pessoas, mentir, enganar, etc.

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Alguns sábios da antiguidade deixaram citações interessantes sobre a
desonestidade. Um deles foi Públio Siro, um escritor que viveu em Roma há mais de 2.000
anos. Ele disse: ―Como é desonesto aquele que atira sobre outro a própria culpa!‖

Cícero foi um dos mais famosos filósofos da Roma antiga, que viveu há mais de
2.000 anos. Ele disse: ―É da natureza do desonesto enganar usando mentiras‖.

Um poeta da Roma antiga, conhecido como Juvenal, porque seu nome em latim é
meio complicado, certa vez disse: ―Nenhum homem desonesto é feliz, muito menos o
corruptor‖.

Também o rei Salomão, que viveu muito tempo antes de Cristo e que ficou
conhecido pela sua sabedoria, disse: ―Aquilo que se consegue com desonestidade não serve
de nada‖.
Outro italiano, Aldo Manuzio, que viveu há mais ou menos 500 anos, disse: ―O ganho
desonesto traz a desgraça‖. Muitas pessoas se tornam desonestas por ambição, pelo desejo
de ter o que não podem comprar.

Outras se tornam desonestas para enriquecer facilmente, como é o caso de muitos


políticos, não só no Brasil, mas também em outros países. Muitos desses políticos
desonestos receberam boa educação na infância; muitos deles puderam estudar, fazer curso
superior, mesmo assim são corruptos. Como podemos ver, a desonestidade é mesmo falta
de caráter. Então, vamos sempre lembrar que a melhor riqueza que alguém pode possuir é
ter um bom caráter, ser digno e honrado.

Ser mau

Ser mau é agir com maldade, tanto em relação a outras pessoas quanto a animais.

Há muitas pessoas más no mundo, mas todas sempre acabam colhendo o que
plantam. A vida é como um caminho de ida e volta. Na ida, vamos semeando ações e, na
volta, colhemos os frutos da sementeira que fizemos. Se forem boas ações, colheremos
bons frutos, mas, se nossas ações forem más, colheremos frutos maus.

Ser preguiçoso

A enciclopédia livre da Internet, a Wikipédia, diz que preguiça pode ser


interpretada também como aversão ao trabalho, negligência, indolência, morosidade,
lentidão, pachorra, moleza, dentre outras coisas.

O preguiçoso é aquele indivíduo que não gosta de atividades nas quais precise
fazer esforço físico ou mental. Tais pessoas, se não se esforçarem para mudar, acabam
como parasitas, encostados à família, só dando despesas, sem contribuir em nada.

Muitos desses parasitas se fazem de doentes ou inventam muitas situações irreais


para justificar a preguiça, mas sempre acabam se dando mal.

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Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo

Fonte: domvob.wordpress.com

Vocês sabem por que essa criança está assim tão magra? É por causa da fome; não
essa fome que a gente sente quando vai chegando a hora da refeição, mas uma fome sem
fim, porque a refeição nunca chega, e, quando chega, é só um pedacinho de alguma comida
velha que não dá nem para enganar o estômago.

Existem milhões de pessoas no nosso planeta sem ter o que comer. Pensem no
tamanho do sofrimento delas!

A imensa maioria dos sofrimentos na Terra é causada pelo próprio ser humano.

Podemos entender que a maior causa desses sofrimentos está num trio de valores
negativos que são cultivados por grande percentual das pessoas. São o egoísmo, a
ganância e o orgulho.

Vamos ver como isso funciona.

1- Quem é egoísta só pensa em si mesmo; não se importa com o sofrimento dos


outros.

2- O ganancioso quer ter sempre cada vez mais e mais bens, mais dinheiro, mesmo
que seja às custas da miséria e do sofrimento dos outros.

3- Já o orgulhoso quer ter mais poder; quer sempre estar acima dos outros.

Esse é o trio do mal. É o trio responsável pelos terríveis sofrimentos de milhões e


milhões de seres humanos. Isso acontece assim: uma infinidade de políticos, de
empresários e de ricos no nosso planeta são egoístas e gananciosos.

Por isso estão sempre fazendo tudo para ganhar mais dinheiro, sem se preocupar
com os sofrimentos que possam causar e sem se preocupar também com os estragos que
possam produzir no meio ambiente. Como são egoístas e gananciosos, só pensam em si
mesmos.

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A mesma coisa acontece com os orgulhosos, que vivem lutando para ter mais
poder, e, para alcançar seus objetivos, são capazes de passar por cima dos outros, gerando
muitos sofrimentos. Mas existe uma qualidade muito valiosa que poderia acabar com a
miséria na Terra. Ela se chama altruísmo. Altruísmo é o contrário de egoísmo.

A pessoa altruísta se preocupa mais com o bem-estar dos outros do que consigo
mesma. Imaginem como seria a Terra se não houvesse egoístas, gananciosos nem
orgulhosos. Se todos fossem mais fraternos, mais pacíficos e mais justos... nosso mundo
seria um paraíso... para todos.

Nas crianças, está a grande esperança para o futuro da Terra.

O egoísmo é a fonte da maioria absoluta dos males que assolam a Humanidade.

A exagerada preocupação com os próprios interesses faz com que qualquer coisa que
os contrarie tome desmedida importância. Essa forma equivocada e rasteira de perceber a
vida prejudica a todos. Primeiro, tira a paz do próprio egoísta, que se angustia em suas
tentativas de submeter o mundo aos seus interesses.

Segundo, causa danos à sociedade, que não pode ser harmônica enquanto seus
integrantes se digladiam. Já a solidariedade e a preocupação com o bem-estar coletivo
disseminam a felicidade.

Tome-se como exemplo a questão da segurança.

Os habitantes das grandes cidades vivem em estado de alerta, com medo de serem
molestados. Quem pode contrata serviço de vigilância para sua residência. Há
preocupação constante com os filhos e os parentes em geral.

Teme-se um assalto, um seqüestro relâmpago, um golpe de qualquer ordem. Tal


situação é típica de uma sociedade egoísta.Se a preocupação com os próprios interesses
fosse menor, poderiam ser encontradas formas de resolver o problema. Mas, para isso, o
objetivo das criaturas não poderia ser fazer crescer a qualquer custo o próprio patrimônio.

É bom e natural que os homens se preocupem em conquistar bens que lhes


garantam uma vida digna, e fomentem o progresso. Mas quando a busca das coisas
materiais é exacerbada, ela causa grandes problemas. Numa sociedade em que a grande
maioria está despreocupada com o bem-estar coletivo, as disparidades crescem.

É impossível que todos conquistem exatamente o mesmo nível de conforto. Os


homens são diferentes em talentos e habilidades.

Mas é necessário assegurar condições para que todos conquistem o mínimo


indispensável a um viver digno. Quando o homem consegue ver o próximo como um
semelhante, torna-se solidário. A dor do outro dói tanto quanto a sua.

A miséria e o desemprego na casa do vizinho são tão trágicos como se fossem na sua
residência. Imagine como seria bom viver em uma sociedade segura. Sair tranqüilo na rua,

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mesmo à noite. Mandar seus filhos para a escola, certo de que ninguém os molestaria.
Está nas mãos de todos adotar as providências iniciais para uma reforma social.

Essa reforma principia pela modificação do próprio comportamento. A reforma


íntima é uma dura batalha. É mais fácil vencer os outros do que a si mesmo. Mas não há
equívocos no Universo, que é regido pela Sabedoria Divina.

Cada qual vive no meio que lhe é mais adequado. Se você deseja viver em paz,
comece a burilar o seu interior. Preste atenção em todas as suas atitudes que revelam
egoísmo. Esse egoísmo pode ser pessoal, familiar ou de classe. Analise o que você deseja
para você, para sua família ou para sua classe profissional.

Há como estender tais vantagens para os outros? O custo de suas regalias não é
excessivamente alto para os semelhantes? Certamente vale a pena moderar um pouco os
próprios anseios, em prol de uma vida harmoniosa. De nada adianta enriquecer causando
o empobrecimento alheio. Não é possível viver em paz em meio à miséria e a dor dos
semelhantes. A genuína felicidade surge quando se aprende a compartilhar.

Quem experimenta a ventura da solidariedade jamais volta atrás.

Fonte: jornallivre.com.br

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Unidade 14 - Cultura

Fonte: pccn.wordpress.com

Frequentemente nós estudamos pessoas usando as expressões ―culto‖, cultura,


frases mais ou menos assim:

―Dr. Fulano é um homem muito culto, é formado em várias faculdades‖.

―O Sicrano é um grosso, não tem um pingo de cultura‖.

Por isso, dentro da nossa cabeça, muitas vezes as coisas ficam assim: cultura é a
mesma coisa que estudo, fineza e trato. Desta forma, quem vai à escola, estuda muito, tem
muita cultura. Quem estuda pouco, tem pouca cultura.

E os analfabetos? Dentro deste raciocínio podemos dizer que eles não têm cultura.
Será que esta é uma forma de pensar correta? Vejamos o que diz sobre isso a professora
Luiza Teodoro. ―O mundo tem pedras e água e ar‖. Tem plantas e bichos. E tem gente,
pessoas humanas. Tudo isso faz parte da natureza.

Só que gente é diferente: gente tem uma inteligência especial, capaz de pensar. Por
causa disso, o papel das pessoas do mundo é de grande responsabilidade. Quem pode
pensar, pode ter consciência do que faz. Vamos pensar e compreender isso. Veja o vento:
ele sopra e vai carregando areia, por exemplo, de um lugar para outro.

Com muitos e muitos anos de vento soprando areia, ele pode mudar o jeito da
terra: o vento já enterrou cidades, já fez montanhas altas ficarem mais baixas, já fez rios
mudarem de lugar. Mas o vento não sabe que está fazendo isso.

Os animais, por exemplo: em alguns lugares do interior do Brasil, os bois soltos


nas plantações, comeram as plantações, comeram as plantas e fizeram os pobres
agricultores terem que se mudar para não morrer de fome. Mudaram o jeito de viver das
pessoas não foi? Mas os bois não sabem que estão fazendo isso.

Gente, não. Gente faz o que faz. Gente pode derrubar e construir cidades, pode
derrubar montanhas ou fazer arranha-céus, que parecem montanhas de cimento, para
morar. Gente pode tratar da terra para plantar, do mesmo jeito que pode destruir
plantações. Mas gente sabe o que está fazendo.

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Gente pensa. Gente aprende. Gente ensina. E tem consciência do que faz. Por isso,
no meio da natureza, GENTE faz CULTURA. Cultura é tudo aquilo que é feito no
mundo saindo da inteligência e do trabalho das pessoas.

Um cachimbo de barro que o vovô faz é cultura.


Um avião feito pelos que estudaram para isso é cultura.
Histórias, canções, provérbios, piadas, tudo é cultura.
O ser humano alfabetizado ou analfabeto, faz cultura.
Do que nós lemos acima podemos concluir que tudo que é feito, produzido pelo
homem é cultura, até seu próprio pensamento é cultura. Assim, todo homem é culto, quer
dizer, tem cultura.

E mais, só o homem faz cultura, porque só ele tem consciência do que faz.

O homem faz cultura para atender suas necessidades. Quer dizer, o homem sente
necessidade de alguma coisa e cria uma forma de satisfazê-la. Quer ver? O homem sentiu
necessidade de abrigar-se da chuva e do sol.

Então aprendeu a construir ―casas‖. Sentiu necessidade de expressar sua


espiritualidade e criou a religião. Sentiu necessidade de manifestar sua alegria e criou as
danças, a música etc. Mas ninguém faz cultura sozinho porque ninguém vive só.

A cultura é feita por grupos de pessoas juntas num mesmo espaço geográfico. E
como as pessoas mudam de lugar para lugar, muda também a cultura que elas fazem. É
por isso que de um lugar para outro há diferença nas formas de rezar, de falar, de dançar,
de comer e até de pensar.

Quer dizer, cada grupo humano tem sua cultura que deve ser respeitada.

Por isso não faz sentido rir do jeito de ser de cada povo. Por exemplo, o sulista que
rir do sotaque do nordestino (ou vice-versa) demonstram não saber ou não estar atento
para o que é cultura.

Fonte: wevertondentinho.futblog.com.br

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Unidade 15 - Serenidade

Fonte: almasdivinas.com.br

Tem gente que ao desejar conseguir alguma coisa, quer tudo logo, não é mesmo?!
São aqueles que querem ―para ontem‖, e ficam furiosos quando as coisas demoram a
acontecer. Acham que estão ―perdendo tempo‖...

Em geral, a maioria das pessoas quer tudo muito rápido. E depois que consegue o
que quer, muda de opinião; acha que perdeu a graça, e parte para outro objetivo, querendo
tudo sempre muito depressa e mais e mais e mais... No fundo, pessoas assim já nem sabem
mais quem são.

Elas ficam tão perdidas, tão desesperadas correndo atrás de futilidade, que se
esquecem de suas verdadeiras origens. É muito triste se perder, se afogar nesse mar de
desejos mesquinhos e egoístas que afastam a Serenidade da gente.

A serenidade pede que você aprenda a esperar. Não, ela é boba, não! A serenidade é muito
esperta, isto sim! Para ela, as pessoas que querem as coisas acontecendo rapidamente, na
realidade não sabem o que querem... Entendeu? Quem fica pulando de objetivo em
objetivo, impaciente, com pressa para ver as coisas acontecerem, é gente que não sabe o
que quer. De verdade! Quando não se sabe o que quer, fica-se apressado, querendo ver
logo os resultados, se não se satisfaz, logo parte para outra.

Se você sabe o que realmente quer, conquista a serenidade. Qual o objetivo de sua
vida? Você não tem pressa de encontrar o objetivo de sua existência! Preste atenção nele:
se for verdadeiro, você o reconhecerá.

É que nesse momento a serenidade passará a viver dentro de você e o religará com
seu Eu verdadeiro.

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Fonte: igualvoce.wordpress.com

Dez Preceitos da Serenidade

1º - Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema
de minha vida, todo de uma vez.

2º - Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas
minhas maneiras; não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar
ninguém a não ser a mim.

3º - Só por hoje sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no
outro mundo, mas também neste.

4º - Só por hoje adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que as circunstâncias se


adaptem a todos os meus desejos.

5º - Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de
que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é
necessária para alimentar a vida de minha alma.

6º - Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

7º - Só por hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido em meus sentimentos,
procurarei que ninguém o saiba.

8º - Só por hoje far-me-ei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute
perfeitamente, mas em todo caso vou fazê-lo. E guardar-me-ei bem de duas calamidades: a
pressa e a indecisão.

9º - Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim
mesmo como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o
contrário.

10º - Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gostar do que
é belo e não terei medo de crer na bondade.
Papa João XXIII

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Unidade 16 - Harmonia

Fonte: carolinamartins.wordpress.com

No universo inteiro a harmonia está onipresente. Há harmonia no sistema solar,


nas estrelas, nos corpos e nos elementos. Quando a harmonia se afasta, podem surgir
conflitos, doenças e problemas.

Se você saísse do planeta terra e pudesse observar o universo todo, veria que tudo
está sustentado pela harmonia. Você precisa dela para todas as suas ações; necessita dela
para escrever, para desenhar, dançar, praticar exercícios físicos, para dar cambalhotas.

Para fazer um trabalho na escola, para jogar futebol ou brincar com os amigos,
precisa estabelecer harmonia entre equipe. Quando estamos em sala de aula, precisamos
de harmonia, senão tudo vira uma grande confusão e ninguém entende ninguém.

Se desenhamos ou pintamos um quadro, precisamos de harmonia para equilibrar as


linhas e cores. A harmonia aparece em sua vida quando você começa a sentir que é
responsável pelo meio em que está. Quem reconhece sua função útil, quem reconhece a
parte que lhe cabe como peça fundamental para ajudar na construção de um mundo
melhor, já está em harmonia.

Todos podem sentir harmonia. Basta querer e estar disposto a trabalhar por
valores eternos. É questão de você seguir uma nova consciência, um novo jeito de ser e
pensar, cumprir as virtudes. Você está se harmonizando em relação aos seus pais,
professores, amigos, colegas, animais, plantas...

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Unidade 17- O fim do mundo

Fonte: livrespensadores.org

Fim do mundo a 21 de Dezembro de 2012

As profecias de fim de mundo têm sempre um atrativo especial. Bastantes atrativos são também as
histórias sobre conhecimentos ocultos detidos por civilizações antigas. Vem isto a propósito do
documentário feito pelo History Channel sobre a Profecia Maia, e que já se encontra à venda para
o público (assim como vários livros sobre o mesmo assunto). O documentário pareceu-me bastante
interessante e apelativo.

Basicamente a idéia é que os Maias, que tinham um calendário mais preciso, mais
complexo e muito mais holístico que o nosso, previram vários acontecimentos que,
entretanto se passaram, como a chegada do homem branco - Hernan Cortez - a 8 de
Novembro de 1519. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no
solstício de Inverno, 21 de Dezembro, de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o
mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Isto não quer dizer que o mundo acabará,
quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o mundo.

Ora, sabe-se atualmente que nesta data durante o solstício a Terra estará alinhada
com o Sol e com o centro da nossa galáxia, Via Láctea. Sabe-se que no centro da Galáxia
existe um buraco negro supermassivo. Baseados em Einstein e em alguma informação
astronômica, há quem diga que o alinhamento com este buraco negro supermassivo levará
a uma mudança do campo magnético terrestre, que acontece periodicamente. Isto levará a
tsunamis, vulcões, terremotos, etc.

Carlos Oliveira

52
As dez teorias do fim do mundo que fracassaram

10. A galinha profeta de Leeds, 1806

Existem inúmeros exemplos de pessoas que proclamam o retorno de Jesus Cristo,


mas provavelmente nunca existiu um mensageiro mais estranho do que a galinha da
cidade inglesa de Leeds, em 1806. As pessoas da cidade contavam que uma galinha
começou a botar seus ovos no formato da frase ―Christ is coming‖ (―Cristo está
chegando‖). Notícias do incrível milagre se espalharam rapidamente, e muitas pessoas se
convenceram que o dia do juízo final estava próximo. A história começou a tomar
proporções enormes, até que um curioso cidadão da cidade observou a galinha botando os
ovos – e descobriu que a cidade inteira tinha caído em uma brincadeira de mau gosto.
9. A previsão adventista, 23 de abril de 1843
O fazendeiro estadunidense William Miller, depois de estudar a Bíblia durante
vários anos, concluiu que a data escolhida por Deus para acabar com o mundo poderia ser
encontrada em uma interpretação literal dos escritos.
Ele explicava para seus seguidores (chamados de Adventistas ou Milleristas) que o mundo
acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Ele pregava e publicava o
bastante para conseguiu milhares de seguidores, que chegaram à conclusão que a data
definitiva seria 23 de abril de 1834. Muitos seguidores de Miller venderam ou doaram
todas suas posses. Quando a data do fim do mundo chegou. E Jesus não retornou. o grupo
se desintegrou, mas alguns remanescentes formaram a religião Adventista.
8. O retorno de Jesus em 1891
Joseph Smith, fundador da religião mórmon, nos Estados Unidos, afirmou a líderes
da igreja em 1835 que Deus havia dito a ele que Jesus retornaria em 56 anos, o que não
ocorreu, e o mundo continua em seu curso natural.
7. O cometa Halley, 1910
Em 1881, um astrônomo descobriu que a cauda de cometas tem um gás mortal,
chamado de cianogênio. Tão tóxico quanto o cianeto, que é semelhante a ele. A descoberta
não recebeu muita atenção, até que alguém notou que a Terra passaria próxima à cauda do
cometa Halley em 1910. O respeitado jornal estadunidense ―The New York Times‖ e
vários outros questionavam se todas as pessoas do planeta morreriam envenenadas pelo
gás tóxico, o que levou a uma onda de pânico nos Estados Unidos. Finalmente, cientistas
com a cabeça no lugar explicaram que não havia motivos para temer a passagem do
cometa, que ocorreu sem maiores problemas.
6. O fim do mundo em 1982
Em maio de 1980, o fundador da Coalizão Cristã e celebridade televisiva Pat
Robertson assustou muitas pessoas quando contrariou ao vivo a passagem Mateus 24:36.
que afirma que ninguém sabe o dia ou hora em que o fim chegará. Ele afirmou à platéia do
seu programa que ele sabia quando seria o fim do mundo: ―Eu garanto a vocês que, até o
fim de 1982, haverá um julgamento no mundo‖, ele disse.

53
5. A seita Heaven’s Gate
Quando o cometa Hale-Bopp apareceu em 1997, surgiram também rumores que
uma nave alienígena está seguindo o cometa. Além disso, as pessoas afirmavam que a nave
estava sendo escondida pela Nasa e pela comunidade de astrônomos. o que podia ser
facilmente refutado por qualquer pessoa com um telescópio. Apesar da negação da
existência de tal nave, os rumores foram divulgados amplamente, e inspiraram a criação
de uma seita chamada ―Heaven’s Gate‖ (―Portais do Céu‖, em tradução livre), que
acreditava que o mundo acabaria logo. Infelizmente, no dia 26 de março de 1997, o mundo
acabou para 39 membros do culto, que foram levados a um rancho no meio do deserto e
cometeram suicídio por acreditar que suas almas seriam levadas pelos alienígenas.
4. As previsões de Nostradamus para 1999
A escrita metafórica e obscura de Michel Nostredame, conhecido como
Nostradamus, intrigaram estudiosos por mais de 400 anos. Seus escritos, que dependem
muito da interpretação, foram traduzidos e reescritos em inúmeras versões. Uma das suas
frases mais famosas afirma ―No ano 1999, sétimo mês / Do céu virá o grande rei do
terror‖. Muitos devotos das previsões de Nustradamus ficaram preocupados, já que ele
tinha grande fama, e acreditavam que esta era a sua previsão do fim do mundo.
3. Y2K, janeiro de 2000
A virada do milênio deu origem a mais uma previsão para o fim do mundo: o
problema, notado na década de 70, seria que muitos computadores não conseguiriam ver a
diferença entre o ano 2000 e o ano de 1900. Ninguém tinha certeza do que isso
significaria, mas muitos sugeriam que problemas catastróficos poderiam ocorrer, desde
blecautes enormes a um holocausto nuclear. A venda de armas cresceu muito e várias
pessoas prepararam bunkers para viver após a catástrofe. Mesmo com todos os problemas
previstos, o ano novo começou normalmente, com alguns pequenos problemas em
computadores isolados.
2. 5 de maio de 2000
Para o caso do Y2K não acabar com a humanidade, outra catástrofe global foi
prevista por Richard Noone, autor do livro ―5/5/2000 Ice: The Ultimate Disaster‖ (―Gelo:
o desastre final‖, em tradução livre, sem edição brasileira). Segundo o autor. O gelo da
Antártica teria quase 5 quilômetros de espessura no dia 5 de maio de 2000, quando os
planetas se alinhariam no céu, resultando em uma morte gelada para toda a humanidade.
O final dessa história foram milhares de exemplares do livro vendidos, mas sem mortes
em massa devido ao gelo derretido. Quem sabe o aquecimento global impediu o desastre!
1. O fim do mundo em 2008
De acordo com o pastor da Igreja de Deus Ronald Weinland, autor do livro ―2008:
God’s Final Witness‖ (―2008: a última testemunha de Deus‖, em tradução livre), centenas
de milhares de pessoas morreriam a partir de 2006, quando o livro foi lançado. Ao fim
daquele ano, o pastor afirmava que haveria no máximo dois anos antes do momento em
que o mundo entrasse no pior período de toda a existência humana. Até o segundo
semestre daquele ano, os Estados Unidos teriam sofrido um colapso, e não existiriam mais
como um país independente. De acordo com o que está escrito no livro, Weinland ―coloca
a sua reputação em jogo no sue papel de profeta de Deus‖. Adeus, reputação!

54
Caderno
de
atividades

55
Unidade 1- Mito e filosofia

1 - Com suas palavras defina. O que é mito?

2 - Qual a diferença entre mito e filosofia?

3 - Só existe mito na antiguidade?

4 - Que tipo de explicação sobre o mundo a narração mítica nos oferece?

5 - Por que o pensamento mítico passa a ser considerado insatisfatório?

6 - A invenção da política introduz três aspectos novos e decisivos para o


nascimento da filosofia. Quais são?

7 - Você conhece algum tipo de mito ou lenda? Descreva.

8 - Resolva a cruzadinha.

1- Revela o crescimento da capacidade de abstração.


2- Produziam o desencantamento e a desmistificação do mundo.
3- Revela a percepção de um tempo como algo natural.
4- Introduz três aspectos novos para o nascimento da filosofia.
5- Faz aparecer um novo tipo de palavra ou discurso.
6- Permitiu uma forma de troca que não se realiza através da troca de
objetos.
7- É contrária a explicação mítica.
8- Predominava o comércio e o artesanato.
9- É contrária a explicação filosófica.

F
I
L
O
S
O
F
I
A

56
Unidade 2- O nascimento da filosofia

1 - Por qual motivo os primórdios da filosofia grega são considerados de


caráter cosmológicos?

2 - Como os fenômenos naturais eram explicados pela tradição homérica?

3 - Onde está a grandeza dos primeiros filósofos?

4 - Quem foi o primeiro a levantar questionamentos sobre as antigas


construções mitológicas?

5 - Como o mito explica os fatos:

a) Trovões e raios;
b) Ondas do mar;
c) Bons resultados no trabalho.

6 - Pesquise o significado das palavras e expressões.

a) Oráculo;
b) Pitonisa;
c) Senso comum;
d) Racional;

7 - Hoje, após tanto tempo do nascimento da filosofia, será que nos


livramos das explicações mitológicas? Comente.

8 - Use sua imaginação e crie um mito para explicar algum fato da


atualidade.

Unidade 3 - Mitos

Trabalho em equipe

 Divisão de temas a serem trabalhados em equipe.

Unidade 4 - A origem do mundo

57
Unidade 4 - A origem do mundo

1 - Qual a sua opinião sobre a origem do mundo?


2 - Explique a criação do homem segundo as narrativas.
a) Mesopotâmica;
b) Bíblica;
c) Ioruba;
d) Grega;
e) Hinduísta.
3 - Retire uma frase do texto, ―a origem do mundo segundo o hinduísmo‖ e
explique sua influência na organização da sociedade.
4 - Escolha dois mitos e estabeleça uma semelhança entre eles.
5 - Quais são os mitos mais semelhantes?
6 - Quais são os mitos mais diferentes?
7 - Para você qual é o mito mais realista?E o mais fantasioso? Comente.

Unidade 5 - Consciência

1- o que é consciência?

2- Defina:

a) Consciência imediata;
b) Consciência refletida.

3- Qual a importância da consciência refletida?


4- Explique a frase: ―Penso, logo existo‖.
5- Como agem as pessoas sem consciência?
6- O que é consciência moral?
7- O que é ter consciência crítica?
8- Você tem consciência crítica? Comente.
9- Como a consciência social vai sendo adquirida?
10- Explique a importância da consciência ambiental.

58
Unidade 6 - As forças que nos comandam

1 - Qual órgão do nosso corpo comanda os nossos movimentos?


2 - Quais são os comandos paralelos?
3 - Explique com suas palavras o que é instinto?
4 - Dê um exemplo de uma ação instintiva?
5 - Por que devemos agir mais com a razão do que com a vontade?
6 - Indique uma situação na qual uma pessoa não obedece à razão e se dar mal?
7 - O que pode acontecer quando não controlamos a nossa vontade?
8 - Que lição podemos tirar da história de Geovana?
9 - Para você, o que é ter bom senso?
10 - Qual a importância do bom senso e do amor nas nossas vidas?

Unidade 7 - Superioridade

1 - Defina:

a) Superioridade efêmera;
b) Superioridade verdadeira.

2 - Onde podemos encontrar valores verdadeiros?

3 - Por que nunca devemos rotular alguém?

4 - Qual a sua opinião sobre as atitudes de Amadeu e Fernando?

5 - Qual deles apresenta superioridade verdadeira?

6 - Seguindo o exemplo de seu Tinoco, você seria capaz de arriscar sua própria
vida para salvar um desconhecido?

7 - Que ensinamento podemos obter do texto ―Lençol sujo‖?

8 - De acordo com o texto ―Lençol sujo‖ que atitude devemos ter antes de
criticar alguém?

59
Unidade 8 - Agressividade e convívio

1- O que você acha que é necessário para haver um bom convívio?

2- Você tem se esforçado para ter um bom convívio? Explique.

3- O que ser amigo de verdade?

4- Quantos amigos de verdade você tem?

5- O que você entende por respeitar o direito dos outros?

6- Desenvolva uma história em quadrinhos, mostrando fatos relacionados ao


tema estudado.

Unidade 9 - Equilíbrio

1- Para você, o que é uma pessoa equilibrada?

2- Você se considera uma pessoa equilibrada? Por quê?

3- Você acha correto querer levar vantagem em tudo?

4- Por que as pessoas que querem levar vantagem em tudo estão enganando a si
mesmas?

5- Dê um exemplo de equilíbrio que acontece na natureza.

6- Será que o homem com suas ações pode causar desequilíbrio na natureza?
Explique.

7- Mostre através de um exemplo, como ocorre o desequilíbrio nas relações


entre os seres humanos.

8- Quais são as obrigações dos pais com os filhos?

9- Quais são as obrigações dos filhos com os pais?

60
Unidade 10 - Dinheiro X felicidade

1- Há pessoas que dizem que dinheiro não compra felicidade, mas ajuda a
conquistá-la. O que você acha disso?

2- Na sua opinião, o que é necessário para ser feliz?

3- Será que todas as pessoas ricas são felizes? Comente.

4- Quais são os maiores valores que alguém pode ter?

5- O que significa se tornar ―escravo do dinheiro‖?

6- Faça uma relação de coisas boas e ruins que o dinheiro pode trazer.

COISAS BOAS COISAS RUINS

7- Qual é a maneira mais correta de se conseguir dinheiro?

61
Unidade 11- Sentir vergonha Parte I

1 - O que você acha da atitude de Antero? Está correto a pessoa se


envergonhar pelo fato de ser pobre?
2 - Qual seria sua atitude no lugar de Antero?
3 - O que significa ter um interior bonito?
4 - Do que devemos sentir vergonha?
5 - É mais importante sermos bonito por fora ou por dentro? Explique.
6 - Cite ações que representem:
a) Boa educação;
b) Má educação.
7 - Por que ser mal educado é motivo para sentir vergonha?
8 - Será que vale a pena alguém aparecer através das qualidades negativas?
Comente.
9 - Você já sentiu inveja de algo? Como você se sentiu?
10 - Como o invejoso pode se prejudicar?

Unidade 12 - Sentir vergonha Parte II

1 - Para você, o que é desonestidade?

2 - O convívio com pessoas desonestas pode tornar uma pessoa corrupta?


Comente.

3 - O que leva uma pessoa a tornar-se desonesta?

4 - Qual a maior riqueza que alguém pode possuir?

5 - Explique a frase: ―A vida é um caminho de ida e volta‖.

6 - O que é ser preguiçoso?

7 - Como podemos crescer na vida através dos próprios merecimentos?

8- Que ensinamento podemos tirar do texto ―O preguiçoso‖?

62
Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo

1 - Como age uma pessoa altruísta?

2 - No mundo, existem mais pessoas altruístas ou egoístas? Comente.

3 - Escreva frases com as palavras:

a) Egoísmo;
b) Ganância;
c) Orgulho.

4 -Na sua opinião, quais são os maiores problemas da humanidade


atualmente?

5 - O que podemos fazer para diminuir ou acabar com esses problemas?

6 - Para você, como seria o mundo ideal?

7 - Quando surge a genuína felicidade?

8 - Em quanto algumas pessoas passam fome, outras ficam obesas de tanto


comer. Você acha isso justo? Comente.

9- O que está faltando na terra para acabar com o sofrimento?

63
Unidade 14 - Cultura

1- Resolva a cruzadinha, completando os espaços em branco de acordo com


o texto.

C
U
L
T
U
R
A

1. _____________________ é tudo aquilo que é feito no mundo saindo


da influência é do trabalho das pessoas.
2. As pedras, água e ar, tudo isso faz parte da ____________________.
3. Gente tem uma inteligência __________________.
4. Qual o sobrenome da professora de que o texto fala?_____________.
5. O que se refere a mesma coisa que cultura ____________________.
6. De que se refere que é grosso? _____________________.
7. O homem faz cultura para atender as suas ____________________.

2- responda:

a) Qual o papel das pessoas humanas no mundo?


b) Qual a diferença entre gente e algumas coisas da natureza? Como:
plantas, bichos.
c) Qual a necessidade que o homem sentiu?
d) Como é feita a cultura? Justifique.
e) Qual a cultura que prevalece em seu município?

3- faça um relatório de no mínimo 8 linhas, indicando se você concorda ou


não, quando diz que analfabeto não tem cultura.

64
Unidade 15 - Serenidade

1- Para você o que é ter serenidade?

2- Você se considera uma pessoa serena ou estressada? Comente.

3-Você tem paciência para esperar as coisas acontecerem, ou quer que elas
aconteçam na sua hora ou do seu jeito? Comente.

4- Como agem as pessoas sem serenidade?

5- Como agem as pessoas serenas?

6- O que você pode fazer para tornar-se uma pessoa serena?

Unidade 16 - Harmonia

1- E para você, o que está em harmonia?

2- Você vive em harmonia? Como?

3- A harmonia entre o homem e a natureza está ameaçada? Por quê?

4- Cite algumas soluções para voltar a haver harmonia no mundo.

5- Como você se sente quando está em harmonia com tudo ao seu redor?

6- E quando você não está, como se sente? O que você faz?

7- A sua família vive em harmonia? Todos se dão bem?

8- O que você acha que é necessário para manter uma relação harmoniosa?

65
Unidade 17- O fim do mundo

1-Você acredita que é possível alguém fazer previsão sobre o fim do mundo?

2-Você fica com medo quando escuta essas histórias?

3-Qual o prejuízo que tais histórias podem trazer para as pessoas?

4-Se você tivesse a chance de se tornar imortal você queria?Comente.

5-Que problemas você enfrentaria se fosse imortal?

6-Será que uma pessoa imortal seria feliz? Comente.

7-se você descobrisse que tinha poucos dias de vida, o que você iria fazer para
aproveitar o tempo restante da melhor forma possível?

8- Use sua imaginação e crie uma teoria que fale sobre o fim do mundo.

66
Referências bibliográficas

 SCHNEIDER, Amélia e Correa, Avelino A. Educação Religiosa – De mãos dadas,


6º ano. São Paulo: Scipione,1998.
 SILVA, Antônio de Siqueira e; Bertoline, Rafael. Educação Moral e cívica, São
Paulo: IBEP, 1975
 FÁTIMA, Geo. Apostila Autos papos na escola. Fortaleza. 2008.
 1 SILVA, José Cândido da; SUNG, Jung Mo. Conversando sobre ética e sociedade.
7ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
 SCHWAB, Gustav. As mais belas histórias da Antigüidade Clássica Vol. 1.
Tradução de Hildegard Herbold, Rio de Janeiro: Paz e terra, 1999.
 TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para jovens e adultos. 14ª Ed. Petrópolis.
Vozes, 1999.
 TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e adolescentes. 10ª Ed.
Petrópolis. Vozes, 1999.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 6º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 7º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 8º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 9º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 MORAES, Lidia Maria de e; Andrade, Mariana. Mundo Mágico, 7ª Ed.São Paulo:
Ática, 1991.
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 2. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 3. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.

67
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 4. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 5. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/03_hom_pens_cul.pdf
 http://www.ufrgs.br/bioetica/modvirt.htm
 www.artigos.com/.../a-importancia-da-filosofia
 www.rosangelatrajano.com.br/didatico.html
 horaderelaxar.com.br
 www.miniweb.com.br/cantinho/infantil
 www.bilibio.com.br/
 www.brasilescola.com › Filosofia
 cassandrasilveira.wordpress.com
 http://www.docs-finder.com/sidarta-livro-download-doc.html
 malarranha.net/category/reflexao/page/40/
 www.projetocrescer.org/.../ensinando.valores.vol.01.htm
 http://www.metaforas.com.br/metaforas/metaf20010804.asp
 http://www.notapositiva.com/resumos/filosofia/moraletica.htm
 http://evelynalmeida.blogspot.com/2008/06/estrutura-do-ato-moral.html
 br.answers.yahoo.com/question/index?qid...
 http://www.prof2000.pt/users/lbastos/os%20perigos%20da%20internet.htm
 http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/violencia-bullying-causa-evasao-
escolar-,25666.shtml

68
Anexos

69
A cobra e o vagalume

Fonte: meussonhosecontos.blogspot.com

Certa vez um vagalume chamado Spai, voava pela floresta e, como de costume, ele
percorria determinado caminho para ir para casa. No meio do caminho Spai notou a
presença de outro animal, porém não deu muita atenção, pois se tratava de uma cobra, um
bicho que nunca o incomodara.

Então, Spai continuou a voar e percebeu que a cobra começou a segui-lo. Quanto
mais rápido Spai voava, mais rápido a cobra o seguia. E em determinado momento Spai
cansou-se de voar em alta velocidade e, vendo que a cobra estava cada vez mais perto,
resolveu parar e enfrentar a sua desafiante. A cobra demonstrava raiva e deixava clara a
intenção de devorá-lo simplesmente.

Então, Spai que já estava muito cansado e vendo que seria devorado pela cobra,
pediu um minutinho antes do ataque e perguntou: — Por que tu me segues? Porque tu
queres me matar? A cobra respondeu: — Não sei. Spai então falou: — Eu nem faço parte
da sua cadeia alimentar. Eu não te fiz nada. Spai, mesmo assim, vendo que seria devorado,
lhe fez a última pergunta: — Afinal de contas, por que tu queres acabar comigo? Por que
me seguiste e agora queres me matar?

A cobra enfim respondeu: — Ora vagalume, eu odeio ver alguém brilhar na


minha frente. E, quando a cobra foi atacá-lo, Spai apagou a sua luz por um momento e
conseguiu esconder-se da cobra invejosa. Spai tomou outra direção e sobreviveu, mas teve
que apagar seu brilho por instantes. Entre os humanos também é assim: Tem gente que
não suporta ver os outros brilharem.

Autor desconhecido

70
O preguiçoso

Fonte: meme.yahoo.com

Numa região montanhosa, havia uma caravana de pessoas, cada qual carregando
sua cruz. Todas as cruzes eram do mesmo tamanho, porém, umas eram mais leves e
outras mais pesadas. Havia na fileira, um retardatário que preguiçoso e comodista
carregava sua cruz com má vontade e rebeldia. Ele notou que os que estavam a sua frente
se perdiam de vista. Resolveu então parar e cortar um pedaço de sua cruz. Pensou: Assim
andarei mais rápido e passarei na frente de todos.

Caminhou apenas alguns quilômetros com sua cruz, agora mais leve e deparou
com um precipício. Ficou imaginando como os demais tinham atravessado. Percebeu
então que cada um tinha usado a sua própria cruz como ponte. Infelizmente a sua cruz
estava cortada e não alcançava o outro lado do precipício. Assim, ele teve de retornar e
apanhar uma nova cruz.
Autor desconhecido

A lição da caveira
Um príncipe, muito orgulhoso de sua realeza, foi certo dia caçar em um lugar
montanhoso e afastado. A certa altura de seu caminho, viu um velho eremita, sentado
diante de uma gruta, observando muito atentamente uma caveira que tinha nas mãos.

Como o eremita não lhe deu a menor atenção, nem sequer levantou os olhos para
admirar o luxo que ele e seu séquito ostentavam, o príncipe aproximou-se dele indignado e
disse: — Levanta-te, não vês que estás diante do teu senhor? Que podes ver de tão
interessante nessa pobre caveira, que não dás atenção à passagem de um príncipe poderoso
acompanhado dos seus fidalgos?

O eremita, erguendo para ele os olhos mansos, respondeu, em voz clara e suave:

— Perdoa, senhor. Eu estava procurando descobrir se esta caveira tinha pertencido a


um mendigo ou a um príncipe, mas não consigo distinguir de quem seja. Nesses ossos nada
há que me diga se a carne que os revestiu repousou em travesseiros de plumas ou nas
pedras das estradas. Eu não saberia dizer se deveria me levantar ou me conservar sentado
diante daquele que em vida foi dono deste crânio anônimo.

71
O príncipe entendeu a lição que o eremita quis lhe dar, ao mostrar-lhe que o poder
nunca é definitivo e que ele, um príncipe tão poderoso, um dia também estaria como aquela
caveira, sem identidade, sem riquezas e sem bajuladores.
Autor desconhecido

Era glacial / porcos-espinhos

Fonte: joseeduardomattos.com.br

Conta-se que, durante a era glacial, quando grande parte do nosso planeta estava
coberta de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram.

Foi então que os porcos-espinhos de uma grande manada, tentando se proteger para
sobreviver, passaram a ficar bem juntinhos uns dos outros. Assim, cada um podia sentir o
calor do corpo do outro, e todos juntos, bem unidos, se agasalhavam mutuamente, se
aqueciam, enfrentando por mais tempo aquele tenebroso inverno.

Porém os espinhos deles começaram a ferir seus companheiros mais próximos,


justamente aqueles que lhes proporcionavam mais calor, aquele calor vital; era questão de
vida ou morte. Afastaram-se então uns dos outros e acabaram se dispersando naqueles
ambientes gelados. Mas essa foi uma péssima solução porque assim, separados, logo
começaram a morrer congelados.

Os que não morreram voltaram a se aproximar, no entanto iam se chegando uns aos
outros pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que cada qual conservava
uma distância mínima um do outro. Desse modo, podiam se aquecer sem se ferir
mutuamente. Por conseqüência, eles conseguiram resistir à longa era glacial e
sobreviveram.
Autor desconhecido

72
Primavera

Conta-se que há muito, muito tempo mesmo, havia apenas dois países na Terra, um
se chamava Primavera, o outro Ambião. O verdadeiro nome desse país era Ambição, mas
seus governantes acharam melhor tirar uma letra para que o povo de Primavera não
soubesse quem ele realmente era.

Em Primavera todos viviam felizes. Os adultos trabalhavam seis horas por dia. A
metade dos trabalhadores folgava nas sextas-feiras e nos sábados, e a outra metade nos
domingos e nas segundas-feiras. Também as férias seguiam o mesmo sistema: a metade
tirava férias nos meses de junho e dezembro e a outra metade nos meses de julho e janeiro.
Dessa forma, todas as tarefas, as folgas e os feriados ficavam bem divididos.

As mulheres só trabalhavam quando não tinham filhos menores de doze anos, para
que as mães pudessem cuidar de suas crianças e dar-lhes uma boa base de educação.

As crianças estudavam e brincavam muito. Como lá não havia violência, elas podiam
afastar-se de casa para brincar nos rios e subir nas árvores a fim de colher frutas, já que as
fruteiras eram baixas e não havia perigo de se machucarem, caso caíssem. Também
andavam a cavalo, fazendo excursões, e brincavam nas praias enquanto o sol não estava
muito quente. Além disso, tinham aulas de artes plásticas, dança, pintura, música, etc.

Em Primavera, não havia ricos nem pobres. Todos tinham boas moradias e podiam
usufruir livremente dos bens coletivos. A assistência médica e a odontológica eram
gratuitas e de excelente qualidade.

Como se vê, ali era um verdadeiro paraíso.

Mas, no país vizinho, Ambião, os poderosos estavam planejando dominar


Primavera. Queriam apossar-se dela e, principalmente, das suas minas de ouro, que eram
abundantes naquele país. Os primaverenses não se importavam com o ouro que, para eles,
servia apenas para embelezar os edifícios públicos, os monumentos e as igrejas. Ah, servia
também para confeccionar as alianças dos noivos e dos casados.

Em Ambião era tudo diferente, porque ali era a ambição que dominava. Os ricos
exploravam os pobres e ficavam cada vez mais ricos. Esbanjavam dinheiro para satisfazer
seus caprichos e ostentavam um luxo simplesmente vergonhoso.

Os governantes eram corruptos e se locupletavam com o dinheiro público. Havia


também muitos bandidos, que incomodavam tanto os ricos quanto os pobres, e os vícios
dominavam tanto uns quanto os outros.

Justiça ali praticamente não existia devido à corrupção. As causas eram ganhas por
quem pagasse mais. A honestidade, a nobreza de espírito e a dignidade eram valores muito
raros.

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Os poderosos de Ambião pensaram então num plano para dominar Primavera e se
apossar das minas de ouro. Decidiram fazer uma série de grandes desfiles junto à fronteira
dos dois países, com as mulheres mais belas, vestidas com as roupas mais bonitas e usando
as jóias mais caras. Aos poucos, as mulheres de Primavera começaram a sentir inveja
daquelas mulheres tão belas e tão bem vestidas e resolveram imitá-las.

Por conta disso, o país acabou abrindo suas fronteiras para os mercadores de
Ambião entrarem e montarem lojas e joalherias no país. Aos poucos, também foram
introduzindo o uso de bebidas alcoólicas e de outros vícios.

Muitos anos se passaram, e Primavera já não era mais a mesma. As pessoas tinham
passado a trabalhar muito mais, para poder comprar roupas de grife e jóias caras.

As crianças não podiam mais brincar longe de casa, nem mesmo na rua, por medo da
violência. Também as condições sociais mudaram muito, pois um número pequeno de
pessoas passou a dominar os recursos naturais e as riquezas do país, vivendo em mansões
de luxo, enquanto a maioria da população era de pobres, que viviam em situação muito
precária. Quanto à Justiça, também havia se corrompido e funcionava da mesma forma
como em Ambião.

Já não havia mais diferença entre os dois países.


Autor desconhecido

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