Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ordem da interação
American Sociological Review, 48, 1983
• É assim que, em geral (e abstraindo das qualificações), o que encontramos, pelo menos
nas sociedades modernas, é um lugar não exclusivo, uma ‘ligação vaga’ (‘loose coupling’)
entre práticas interaccionais e as estruturas sociais, um deslocamento (collapsing) de
estratos e de estruturas em categorias mais vastas (broader categories), não
correspondendo as próprias categorias termo a termo a nenhum elemento do mundo
estrutural, uma espécie de engrenagem de diversas estruturas nos mecanismos
interaccionais. Ou, se quisermos, um conjunto de regras de transformação, uma
membrana que seleciona o modo como diversas distinções sociais, exteriormente
pertinentes, serão tomadas em conta ao longo da interação (parte VII: p. 220 / par. 62
[ed. Port.]; pag. 11 [ed. Ing.]).
• Goffman, Erving ([1983] 1999), “A Ordem da Interacção”, in: Os momentos e os seus homens, Lisboa, Relógio d’Agua, pp. 190-
235
Ordem de interação e estruturas
sociais (iii)
• Estabelece-se uma ligação (interface) entre
práticas interacionais e as estruturas sociais:
– As relações sociais são centrais nesse interface:
conhecimento de informação biográfica do outro que
ultrapassa uma dada situação de interação.
– A importância dos estatutos difusos (idade, sexo,
classe, raça):
• Grelha de atributos em que cada indivíduo pode ser situado.
• Interpretação de atributos exteriores / expressões corporais
(sem necessidade de informação prévia). Facilidade de
perceção que advém do conhecimento incorporado ao longo
da socialização.