A evolução cultural da subjetividade em resumo, quando as contingências sociais são

dessa ordem, elas inibem uma concepção

individualizada do homem.
Sabemos que os organismos humanos interagem
O homem só é visto como indivíduo quando encontra
entre si de maneiras muito distintas das dos
novas condições para a produção de sua realização
demais animais. A arte e a ciência são exemplos do
nos diversos domínios da vida (condições materiais
caráter social nas produções humanas geradas a
de vida)
partir de um processo sócio-histórico.

Em uma sociedade de mercado….

“A interdependência entre os homens e
- realmente há uma autonomia conquistada
mulheres de uma sociedade constitui um
com relação à sociedade anteriormente
fato que nem sempre se reflete nas
citada, entretanto, os processos de
crenças ou sistemas explicativos que essa
interdependência assumem formas muito
mesma sociedade vem a construir sobre
mais complexas e sofisticadas, impondo
suas conquistas, ou sobre as capacidades
muito mais exigências para a realização
humanas”.
individual
- multiplicam-se as funções sociais que cada
- noção de indivíduo -> autoimagem do
um pode desempenhar, e as novas funções
homem como um ser capaz de realizar-se à
não mais impõem o atrelamento aos laços
parte das relações com outros homens
familiares de origem
-
- esse deslocamento é possibilitado pelas
Em uma sociedade hierárquica
garantias do Estado
- é apenas na sociedade que a criança
- ao contrário da sociedade anteriormente
pequena se transforma num ser mais
citada, tomar decisões, aqui, é algo comum
complexo
- O comportamento social é objeto de
- nessas sociedades, a função social de cada
atenções e prescrições em todas as
um define-se basicamente pelo interesse
sociedades. Na sociedade de mercado, o
coletivo uma vez que a sobrevivência
autocontrole se torna cada vez mais um
material está estritamente vinculada à
requisito para movimentar-se na complexa
sobrevivência do grupo de origem
rede de relações da civilização.
- por tal razão, as tomadas de decisão a
- Conforme essa autoimagem vai se
partir de processos que demandam
estabelecendo, a partir dessas restrições
reflexão são coletivos e pouco frequentes,
impostas, é mais provável que certos
já que são menos necessários
fenômenos sejam vistos como ocorrências
- há menos oportunidades e alternativas de
pessoais ou internas. Daí surgirão
escolha
categorias como privado, subjetivo,
- o nós vale mais do que o eu na definição de
interno e mental para analisar os
cada passo
fenômenos humanos.
- Assim, aponta-se as dicotomias:
privado x público
 subjetivo x objetivo
interno x externo
físico x mental
Comportamento Verbal
Já sabemos que um comportamento altera o
ambiente através de ação mecânica, entretanto,
na maior parte do tempo, o homem atua apenas
indiretamente sobre o ambiente de onde emergem
as consequências finais do seu comportamento.
Ex: Em vez de ir a um bebedouro, um
homem com sede pode simplesmente “pedir
um copo de água”
Alguns termos são constantemente utilizados como
“fala” e “linguagem”. Entretanto, a Análise do
Comportamento proporá um novo conceito:
comportamento verbal.
Esse termo enfatiza o falante individual: a nível do
indivíduo podemos questionar “porque uma pessoa X
fala Y em um momento Z?”
- Skinner tenta, então, limitar seu objeto de
análise nesses termos: o que leva uma
pessoa a falar X?
- Isso fica mais claro quando se pensa na
relação da semântica - qual relação no
mundo determinada palavra corresponde.
“Qual é o significado de gato? É
algum gato, ou a totalidade física
de todos os gatos, ou a classe de
todos os gatos? Ou devemos
recorrer à ideia de gato?”
- Do ponto de vista comportamental não
existe “falar errado” - não é avaliado em
relação a correspondência entre o falar e
a coisa, mas é avaliado em relação ao
controle do falante.
Em resumo, a análise dependerá da história do
sujeito.
Assim, comportamento verbal pode ser definido
como um comportamento:
- passível de busca das variáveis das quais
ele é função
- determinado por leis similares ao
comportamento não verbal
- idiossincrático (em oposição a universal)
O comportamento verbal é comportamento
reforçado através da mediação de um ouvinte, mas
somente quando esse ouvinte se comporta com as
maneiras que foram modeladas e mantidas por um
ambiente verbal resultante da evolução ou da
língua.
Para que um comportamento seja classificado como
verbal precisa-se de alguns critérios:
1. Ser um comportamento operante -> é
mantido por consequências
2. Tem seu reforçamento dependente de um
ouvinte - que pode ser o próprio indivíduo
-> é mediado, não muda mecanicamente o
mundo, o que ele muda são as pessoas que,
por sua vez, podem atuar mecanicamente
sobre o mundo
3. Essa mediação é produto de uma
aprendizagem linguística -> é construído e
mantido por comunidades verbais que
respondem de modo similar a símbolos
arbitrários
Precisamos, também, compreender algumas
diferenças com relação ao comportamento verbal
de demais:
- gritar de dor, por exemplo, não é um
comportamento verbal
- nem toda interação social é um
comportamento verbal
ex: para fazer uma cirurgia em
alguém, precisa-se de pessoas
O papel do ouvinte e da comunidade verbal
Para que o comportamento verbal se desenvolva, o Análise funcional do comportamento
estabelecimento de comunidades verbais se faz
verbal
essencial
A análise funcional do comportamento verbal é
Investimos esforços na tentativa de criar e manter
sempre estudo do comportamento verbal do falante
comunidades verbais por meio do ensino de novos
e ouvinte concretos, individuais, num ambiente
membros
específico e conhecido.
detalhe: mesmo que uma pessoa não seja da
A identificação e a classificação das unidades do
comunidade verbal, o comportamento não deixa de
comportamento verbal baseiam-se na relação
ser verbal.
funcional que a resposta guarda com suas variáveis
Episódio verbal total
de controle.
Os comportamentos do falante e do ouvinte,
A classificação do comportamento verbal…
tomados em conjunto, compõem o que pode ser
Chegamos à elas pela identificação das condições
chamado de episódio verbal total.
antecedentes (privação, estímulos discriminativos)
Exemplos de comportamentos considerados
e das consequências reforçadoras que a comunidade
verbais:
verbal torna contingentes a cada operante verbal.
- um sujeito sinalizar seu nome em LIBRAS
Assim temos:
- enviar uma mensagem de texto no telefone
O mando
celular
É operante verbal pela qual a comunidade verbal é
- acenar com a mão em despedida
capaz de dar ordens, fazer pedidos, identificar
- xingar um personagem de um jogo de
reforços necessitados pelas pessoas, fazer
videogame quando ele mata seu personagem
perguntas, dar conselhos e avisos, pedir a atenção
ou um jogador de futebol quando perde um
de alguém, etc.
gol na partida transmitida na televisão
Exemplos:
- sustentar o silêncio durante uma sessão
- Fale baixo!
clínica na tentativa de induzir o cliente a
- Você me emprestaria um livro?
retomar/revisar o raciocínio
- Quer que ligue o ar refrigerado?
Exemplos de comportamentos não considerados
O repertório de mandos é construído em situações
verbais:
em que, característica, um operante verbal emitido
- um gato que arranha a porta “para sair
sob a privação ou estimulação aversiva foi seguido
do cômodo” apenas quando o dono está
de uma mesma consequência reforçadora.
olhando -> não é comportamento verbal,
Exemplo: somos reforçados por um ouvinte
uma vez que não há treino simbólico
que nos apresenta um copo com água
- obedecer uma ordem -> o comportamento
quando emitimos água, por favor (sob o
do ouvinte que reage ao comportamento do
controle de privação de água).
falante não é necessariamente verbal
A emissão de mandos pelo falante é reforçada por
- correr de um cachorro que está te
uma determinada e específica consequência
atacando
proporcionada pelo ouvinte, diretamente relacionada
- bater o pé para um cachorro se afastar
às condições de privação ou de estimulação aversiva
de você
que afetam o falante. O mando “especifica” seu
reforço.
Exemplo: Apague essa luz; Você aceita um
bombom?
O tato
Permite que a comunidade verbal tome contato,
indiretamente, através do comportamento verbal
do falante, com vários aspectos do ambiente físico
e cultural, inclusive com os presentes em contextos
geográficos e históricos diferentes daqueles em que
ela vive.
É por meio do tato que nomeamos os estímulos ou
algumas de suas propriedades, descrevendo vários
dos aspectos dos ambientes externo e interno à
nossa pele.
O tato é controlado por estímulo discriminativo
não-verbal, sendo reforçado por reforço
generalizado.
Exemplo: na presença de sua mãe, a
criança recebe um sorriso, um afago ou é
retirada do berço ao emitir o tato “mãe”
O ecóico, o textual e a transcrição
A modelagem desses comportamentos cria no
falante um repertório de unidades mínimas da fala
e da escrita importantes para pais, professores,
etc, porque são condição prévia necessária para o
estabelecimento de outros tipos de operantes
verbais (mandos, tatos, etc)
São controlados por estímulos discriminativos
verbais apresentados por outros falantes e por
reforço generalizado. A natureza do estímulo verbal
(auditivo ou visual), a modalidade da resposta
(vocal ou escrita), além da maneira como se
correspondem estímulo e resposta, diferenciam
esses operantes entre si.
Quando o estímulo discriminativo e o produto da
resposta verbal correspondem a um padrão físico
semelhante, dizemos que há correspondência formal
entre eles.
Há correspondência ponto a ponto entre estímulo
discriminativo e resposta quando ambos têm dois ou
mais componentes, e o primeiro componente do
estímulo controla o primeiro componente da
resposta, o segundo componente do estímulo
controla o segundo componente da resposta, etc.
Quando há correspondência formal, há
correspondência ponto a ponto, exceto nos
casos em que estímulo e resposta têm
apenas um componente. Quando há
correspondência ponto a ponto, nem
sempre há correspondência formal, dado
que a natureza do estímulo e a modalidade
da resposta podem não ser semelhantes.
O intraverbal
Exemplo: Ao estímulo verbal “D. Pedro I”,
pode ser conveniente para a comunidade
que se conectem operantes verbais
relativos ao papel que esta pessoa
representou na história daquela
comunidade. Assim, podem ser conectados,
entre outros: primeiro imperador do Brasil,
Proclamou a independência do Brasil, etc
O intraverbal diferencia-se do tato basicamente
por causa dos estímulos discriminativos que
controlam cada um dos dois:
- no caso do primeiro, o discriminativo é
verbal e, no do segundo, é não-verbal
Não ocorre correspondência formal e/ou ponto a
ponto no intraverbal
Boa parte do trabalho escolar e também do
científico consta no estabelecimento de um
repertório intraverbal.
O autoclítico
Quase qualquer amostra de comportamento verbal
com a qual estejamos lidando envolve
comportamentos verbais como “se”, “portanto”,
“entretanto”, etc. Além disso, há uma ordem pela caso dos conectivos, das reflexões, das preposições e
qual as respostas verbais são emitidas. da ordem das respostas verbais.
Por exemplo: um artigo normalmente O operante autoclítico é o conceito pelo qual
precede um substantivo e não o contrário Skinner trata de alguns dos temas
- o menino, e não menino o. tradicionalmente estudados pela morfologia e pela
O autoclítico pode ser útil de várias maneiras à sintaxe, cujos dispositivos teriam, além de outras,
comunidade verbal, como nos casos em que fornece: importantes funções autoclíticas.
1. Elementos para o ouvinte acerca das
propriedades dinâmicas (como força) do Múltipla determinação do
comportamento.
comportamento verbal
O autoclítico - “estou inclinada a viajar
É importante compreender que a análise do
nas férias” indica para o ouvinte a força
comportamento verbal não é uma análise
de minha disposição para viajar no
estrutural, mas sim funcional e relacional.
período, de maneira diferente da que faria
Com essa concepção, entende-se, por exemplo, que
o autoclítico “estou decidida a viajar nas
um comportamento classificado como mando pode
férias”
estar disfarçado de tato
2. Informações sobre as condições que
ex: um aluno fala “puxa, esqueci minha
controlam ou dão origem ao
caneta” para seu colega. Em um primeiro
comportamento verbal do falante
momento este comportamento pode ser
O autoclítico - “Eu vi quando o carro
considerado um tato. Entretanto, o aluno
atravessou a rua e capotou” fornece ao
o diz com a intenção de que seu colega lhe
ouvinte informações mais confiáveis sobre
empreste a caneta. Então considera-se
o acidente do que o autoclítico - “ouvi dizer
um mando.
que o carro atravessou a pista e capotou”
Além disso, um tato pode ser puro, que ocorre
3. Indicações sobre a ordem temporal de
quando há um controle de um Sd efetivamente
eventos através de certos fragmentos do
presente; ou pode ser um tato metafórico, que se dá
comportamento verbal do falante que se
pelo controle de Sd cujas características não estão
dispõem em determinada ordem sequencial,
totalmente presentes, assim, perde-se parte das
como em: “primeiro falou Antônio, depois
características definidoras do Sd.
Maria.”
Exemplos de tatos metafóricos:
O autoclítico é comportamento verbal que comenta
- martelar a cabeça (enquanto metáfora -
ou qualifica outras porções de comportamento
a dor está presente, mas o martelo não)
verbal, ao descrever sua força, apontar suas
Pode-se mencionar, ainda, a extensão metonímica
circunstâncias controladas, negar afirmações que
-> responder na presença de um novo estímulo como
vêm em seguida, etc.
se estivesse na presença de um outro estímulo
Classificam-se também como autoclíticos os
Esses exemplos servem para demonstrar que os
fragmentos do comportamento verbal responsáveis
operantes verbais só são classificados em relação à
pelo ordenamento e coordenação de uma amostra
relação funcional completa, não apenas a partir de
mais ampla de comportamento verbal, como é o
sua resposta.
Controle múltiplo…
Dois fatos emergem de uma avaliação das relações
básicas do comportamento verbal:
1. a força de uma resposta pode ser, e
usualmente é, função de mais do que uma
variável
2. uma variável usualmente afeta mais do que
uma resposta.
Controle convergente
A alteração de uma variável do controle já é capaz
de suscitar uma resposta diferente.
. Então V1+V2+V3+V4 -> Resposta
Controle divergente
Uma variável pode produzir respostas diferentes ou
níveis diferentes de resposta
Então Variável -> R1+R2+R3+R4
Um estímulo contextual modifica um estímulo
discriminativo -> as análises funcionais, na
prática, não podem se dar em apenas 3 variáveis
porque o mundo não é explicável só com isso.
Eventos privados e ambiente social
Relação entre privado e interno…
Interno -> acontece sob a pele
Privado -> estímulos e respostas de um
sujeito aos quais só ele mesmo tem acesso
direto
acessibilidade X localização
Eventos internos e privados não têm uma natureza
diferente dos outros comportamentos.
Relação entre universo e ambiente…
Universo -> tudo o que NÃO afeta ou
PODE afetar um organismo
Ambiente -> tudo que AFETA um
organismo após a ação de contingências
específicas.
O que faz com que aspectos de um universo passem
a afetar um organismo são as contingências.
- condições externas se tornam ambiente
após a ação de eventos específicos
exemplo: Diferenciar e nomear sons, cores,
gradientes de cor, etc
- Algumas destas contingências dependem de
processos verbais
Acerca do ambiente interno, as condições são
também indiferenciáveis, mas as contingências
sociais específicas transformam essas condições em
ambiente para o indivíduo
ex: dores corporais, sentimentos
O universo de cada sujeito é constituído de uma
parte pública e de uma parte privada; contingências
específicas transformam este universo em
ambiente.
Um evento privado só se torna ambiente quando
associado a um estímulo público, inicialmente
Eventos privados podem assumir controle
discriminativo de uma resposta, mas somente após
uma regulação pública.
Identificar e falar sobre eventos privados é útil
para a comunidade verbal
A comunidade ensina seus membros a identificar e
nomear sentimentos e emoções.
Mas como fazer isso se nós não temos acesso ao
que o outro está sentindo? Como fazer com que ele
fique sob controle do que está acontecendo “dentro”
dele?
Para a aquisição de repertórios autodescritivos de
eventos privados há quatro estratégias:
1. Estímulos públicos associados a estímulos
privados
ex: menino cai e machuca o joelho (joelho
ralado) fome (ficar um tempo sem comer)
2. Respostas públicas associadas a estímulos
privados
ex: dor de barriga (apertar a barriga,
cara de dor) ou ansiedade (mão tremendo)
 3. Ensinar um comportamento público e - Símbolo: relação arbitrária
estabelecer contingências que o tornam
privado
- por punição
- por custo de resposta
ex: imaginar ficar com alguém
pensar mal de alguém
imaginar bater em alguém
operações matemáticas
4. Uma resposta adquirida em conexão com
Relações de equivalência podem ser estabelecidas
estímulos públicos pode ser emitida,
por diversos procedimentos em humanos verbais
através de analogia, na presença de
- matching-to-sample
eventos privados, com base em
- pareamento simples
propriedades coincidentes destes dois
- instruções
conjuntos de estímulos.
As funções adquiridas por um estímulo que faz parte
ex: uso de metáforas - “coração partido”,
de uma classe de equivalência são frequentemente
“paixão ardente”, “dor aguda”.
transferidas para os outros estímulos da mesma
classe.
Responder relacional e equivalência de
O responder relacional…
estímulos Aprendizagem de relações de equivalência
Discriminações complexas… Múltiplos exemplares de tarefas de
Respondemos não apenas a estímulos, mas também discriminação condicional
a estímulos complexos (compostos) e as relações - emergem novas relações
entre estímulos. - transferência de função
Estímulos podem estar relacionados por suas Aprendizagem de responder relacional
propriedades físicas ou por relações arbitrárias Múltiplos exemplares de relações de
- Físicas simples equivalência
- Físicas abstratas Outras relações entre estímulos podem ser
- Arbitrárias aprendidas para além da equivalência
Equivalência de estímulos… Maior que…/ menor que…
Para uma relação entre estímulos ser considerada Diferente de…
simbólica os estímulos devem manter relações Oposto a…
arbitrárias bidirecionais consistentes. Se… então…
A equivalência de estímulos estabelece …
relações de substitutibilidade entre estes são exemplos de molduras relacionais
estímulos
- Sinal : sucessão de eventos
- Ícone: relação de similaridade
topográfica
Alguns exemplos de responder relacional
arbitrariamente aplicável:

Algumas implicações…
Processos simbólicos são frequentemente
construídos em práticas culturais - relações
arbitrárias/convencionadas
Estabelecimento de relações de controle… - Revaloração de conceitos (idoso, PNE, etc)
- Preconceitos
- Polarização

Controle Instrucional
Comportamento do ouvinte… (Strapasson falou que
não é algo tão relevante no conteúdo)
Skinner (1957) - o comportamento do ouvinte não
é necessariamente verbal.
Entender o comportamento do ouvinte é essencial
Controle contextual…
para se compreender o comportamento linguístico
Estímulos contextuais - compõem conjuntos
O ouvinte aparece como comunidade verbal
discriminativos com outros estímulos
O comportamento é controlado por
Controles contextuais no responder relacional
estímulos verbais
Cfunc - Estímulo contextual que estabelece
- O comportamento de
a função exercida pelo estímulo
compreender
Crel - Estímulo que estabelece o tipo de
- O comportamento de seguir
relação entre estímulos que estará em
regras
vigor
O desenvolvimento da linguagem e da cultura
permitiu o “acúmulo de experiências”
 - Não precisamos mais nos expor
diretamente à todas as contingências de
reforçamento
- Nosso comportamento é constantemente
transformado por meio de interações
verbais
O comportamento verbal de um falante pode atuar
sobre um ouvinte de diversas maneiras:
- Mudando a função de outros estímulos
exemplo: essa comida está muito boa!
aquele cara não é confiável!
procedimento: equivalência de estímulos
quadros relacionais
processo: transferência/ transformação
de função
- Criando estimulações não presentes até
então
(A) Produzindo estímulos
consequentes
reforçadores (elogios,
comentários, etc) ou punidores
(Críticas, broncas, etc)
processo: apresentação de
estímulos consequentes
(B) Produzindo estímulos
antecedentes
estímulos discriminativos
ex: Luz vermelha no semáforo
operações estabelecedoras
ex: É muito importante que você
faça isso
processo: apresentação de
estímulos antecedentes
Regras e instruções…
Regras são descrições verbais de contingências de
reforçamento
ex: “se você correr quando o corredor estiver
molhado, você irá cair” (completa Sd-R-S)
“economize água!” (incompleta)
Sugestões, conselhos, instruções, ordens, pedidos e
até ditados populares podem ser considerados
exemplares de regras.
Porque seguimos regras?
Se comportar eficazmente em relação a regras
geralmente leva a reforço
- quando fazemos silêncio em bibliotecas
evitamos repreensões dos funcionários
- quando seguimos um manual, operamos
melhor um software novo
Frequentemente somos reforçados socialmente por
seguir regras
- Crianças e funcionários são valorizados
por serem obedientes;
- Muitos punidores são evitados quando se
segue as leis
Em geral, ao menos duas contingências são
estabelecidas quando as pessoas entram em contato
com regras (especialmente quando essas estão sob
a forma de instruções)
- As contingências descritas pela regra
ex: achar um local quando se usa um mapa
- As contingências sociais de se seguir a
regra (aprovação)
ex: evitar a punição do chefe quando se faz
o que foi pedido
Variáveis relacionadas ao seguimento de regras
- Controle pelas consequências descritas na
regra
tracking/rastreamento
- discrepância entre a regra e
contingências naturais;
- correspondência entre a regra
atual e outras regras;
- consequências implícitas na
regra;
- história do ouvinte com pessoas
similares a quem fornece a regra
- custo e esforço necessários para
a resposta
- controle pelas consequências sociais associadas
plyance/aquiescência
- evidência de que o falante é capaz de
monitorar o seguimento;
- habilidade do falante para impor
consequências;
- propriedades das consequências
administradas pelo falante.