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O que é a cultura?
1.A cultura não é algo de congénito, mas algo que se aprende. Podemos nascer programados
para aprender, mas não nascemos na posse do conjunto de informações e de conhecimentos a
que chamámos cultura.
2.A aquisição de cultura significa que alguém foi instruído e educado. E que outras pessoas a
instruíram e educaram. A transmissão cultural é, pois, um processo social. Precisamos dos
outros para aprender.
3.Ser culto não significa somente ter realizado aquisições importantes no campo das artes e
das letras (a chamada cultura artística e literária).
Atuam sobre cada indivíduo desde que nasce – e mesmo antes, no período pré-natal, pela
influência que exercem sobre a mãe. Esses fatores completam o desenvolvimento que se havia
iniciado no feto e prolongam-se durante anos numa longa interação, não linear, ao longo da
vida. Quando nascemos, já estamos inseridos numa cultura, porque fazemos parte de um
grupo que partilha um conjunto de regras, normas, valores e aquisições materiais e
espirituais.
-AAsocialização primária
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distanciamento crítico em relação ao que nos é transmitido.
A diversidade humana
Qualquer um de nós que viaje numa grande cidade depara-se com uma enorme massa de
indivíduos vindos das mais diferentes partes do mundo.
Essa diversidade, como podemos observar, é cultural e social, mas é, em primeiro lugar,
biológica.
A diversidade biológica
Os organismos mais aptos são os que melhor se adaptam ao meio, mas, também, os mais
aptos a desenvolverem-se. Este processo, aliado às mutações e à reprodução sexuada,
conduziram à enorme diversidade de seres na Terra e à complexidade que neles observamos.
Exemplo: uma das fontes que explicam a diversidade do fenótipo corresponde às variações do
genótipo que ocorrem durante o processo de reprodução dos cromossomas. Este processo,
normalmente rigoroso, não é, no entanto, perfeito. Por vezes ocorrem neste processo
mutações que não são mais do que erros de replicação do ADN. Muitas destas mutações
ocorrem por acidente e favorecem o desenvolvimento do indivíduo. Mas outras existem que
podem prejudicar os organismos afetados. Algumas conferem vantagens na sobrevivência e na
reprodução, contribuindo dessa forma para a diversidade no interior das espécies.
O ser humano não está programado para responder de forma fixa aos problemas que o meio
coloca. Possui um certo grau de autonomia para reagir de modo diversificado, não só a
problemas diferentes, como também aos mesmos problemas. Em meios distintos e mediante
diferentes formas de aprendizagem e de adaptação ao meio, os vários povos criaram
diferentes formas de vida.
Esta diversidade e esta variedade foram muitas vezes também favorecidas pela falta de
contacto e pelo isolamento em que durante muitos séculos os seres humanos viveram uns em
relação aos outros.
Assim, a relatividade cultural implica julgar uma cultura segundo os seus próprios padrões.
A negação desta atitude tem o nome de etnocentrismo.