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PSICOLOGIA 12

CÉREBRO

1. Compreendo que o cérebro funciona segundo dois princípios: especialização e integração, em auto-organização permanente. [pág. 50-51]
O cérebro funciona segundo dois princípios, a especialização onde o cérebro tem áreas especializadas em determinadas funções (hemisférios
cerebrais , lobos… ) e a integração que apesar de ter um grande poder de especialização o cérebro funciona de forma integrada, isto é , todos
os seus componentes e áreas trabalham de forma articulada e como um todo para assegurar as nossas capacidades e comportamentos.
O funcionamento e as capacidades do nosso cérebro não estão totalmente determinadas pela genética, sendo verdade que a genética regula o
desenvolvimento do cérebro e que existem padrões de comportamento comuns a todos nós, também é verdade que cada cérebro é único logo
não há dois cérebros iguais.

Compreendo a importância da plasticidade cerebral na capacidade de adaptação e aprendizagem do ser humano.


[pág. 55-56]
A organização e funcionamento do cérebro não estão definidos geneticamente. As descobertas mais recentes vieram demonstrar que o
cérebro é maleável, modificando-se sob o efeito das experiências das aprendizagens, dos comportamentos. Esta maleabilidade do cérebro
designa-se por plasticidade. Esta é a capacidade do cérebro em se remodelar em função das experiências da pessoa, de reformular as suas
conexões e redes neuronais em função das necessidades e fatores do meio.
É a plasticidade do cérebro que permite a aprendizagem ao longo da vida e a nossa adaptação constante ao meio.
Outra das provas da plasticidade do cérebro é a função vicariante ou de suplência do cérebro,isto é, em caso de lesões ou de tumores
cerebrais, as zonas afetadas podem ser substituídas por neurônios vizinhos.

CULTURA

1. Defino o conceito de cultura. [pág. 66]


Para que possamos compreender a forma como os seres humanos se comportam, é fundamental ter em conta o meio social e cultural .A
cultura é uma totalidade em que se conjugam elementos materiais e espirituais, Inclui objetos produzidos ou transformados pelo homem, mas
também as crenças, os costumes, as normas, os valores, as teorias, os símbolos…
O Meio cultural influencia a forma como pensamos, sentimos e agimos. O homem é produtor, mas também produto da cultura, daí criamos o
nosso meio sociocultural que , depois, também nos influencia.

2. Reconheço a relatividade cultural. [pág. 68]


Este conceito significa que os seres humanos não respondem todos da mesma forma às necessidades provocadas pelo meio.
A cultura, os produtos culturais variam geograficamente e ao longo da história. Cada cultura tem características próprias, que a distinguem de
outras culturas. O termo relatividade cultural é usado para exprimir a diversidade de respostas às situações e contextos com que as
comunidades humanas se deparam.

3. Compreendo o papel dos padrões culturais. [68-69]


Os padrões culturais são o conjunto de comportamentos, práticas, crenças e valores comuns aos membros de uma determinada cultura.
Os padrões culturais têm um papel muito importante na vida social: são quadros de referência, são exemplos acessíveis às pessoas e
influenciam atividades, relacionamentos e atitudes. Através do padrão cultural podemos descobrir o significado de um dado comportamento
naquela cultura.
No entanto, o papel dos padrões de cultura nem sempre é notado. São tão normais, banais e constantes que nem tomamos consciência da sua
existência. A nossa forma de cumprimentar, de falar, de agir e até de pensar está diretamente relacionada com o meio em que estamos
inseridos e, consequentemente, com os padrões culturais a que obedecemos.
Assim, quando julgamos um dado comportamento, é necessário analisá-lo consoante a cultura em que está inserido, o seu contexto
sociocultural, para que o possamos compreender e, então, avaliar.
Por outro lado, devemos notar que os padrões culturais estão em constante mudança devido ao contacto com outras culturas, à criação de
novos conceitos, às descobertas do homem e à evolução de pensamento dos cidadãos.

4. Defino socialização. [pág. 70]


Socialização é o processo através do qual aprendemos e interiorizamos os padrões de comportamento, normas, práticas e valores da
comunidade onde estamos inseridos.
Este processo permite a integração individual numa dada cultura, mas também assegura a sua reprodução e transmissão futura.
Assim, socialização não se cinge à adaptação de um indivíduo à cultura, mas antes à sua participação ativa na produção, recriação e
transmissão de padrões de cultura e socialização.
Todos os elementos que o indivíduo adquire e ajuda a criar no conjunto da comunidade vão ser postos em prática, refletindo-se no próprio
comportamento, pensamento e atitude.
5. Distingo socialização primária de socialização secundária. [pág. 71-72]
Os psicólogos sociais e do desenvolvimento distinguem duas fases na socialização humana, a socialização primária que ocorre nos primeiros
anos de vida, a infância, fase em que a criança adquire as regras e padrões básicos de comportamento e também a socialização secundária
que ocorre a partir da idade adulta, quando a pessoa tem de se adaptar a novas situações como é o caso de se introduzir no mundo do
trabalho, casar, ter filhos e ingressar num lar.

6. Reconheço que o ser humano constrói uma história pessoal que marca a identidade de cada um. [pág. 74-75]
Desde o nascimento, integrada numa comunidade, cada pessoa acumula um conjunto de experiências vividas com os outros países, irmãos,
familiares, amigos… Essas experiências , a que se atribui cada vez mais importância, marcam cada um de nós, tornando-nos únicos e distintos
de todos os outros.
Cada um tem uma história pessoal, uma história de vida singular que nos individualiza. Reconhecemo-nos como humanos (identidade
específica), fazemos parte de uma cultura, de uma sociedade (identidade cultural) e temos uma história de vida que marca a nossa identidade
pessoal. Personalidade, individualidade, eu e identidade são os termos mais usados para designar o que há de próprio em cada um de nós.
Todos nós temos uma história pessoal, constituída por acontecimentos localizados no tempo e no espaço: as brincadeiras de que mais
gostamos no jardim de infância, o primeiro amigo, as festas de anos, a entrada na escola... A nossa história, embora semelhante à dos nossos
colegas, não repete nenhuma outra. Porquê? Porque a nossa história pessoal se faz à medida que a construímos, vivemos e experienciamos.
O mundo em que cada um se insere não é apenas seu: os seres humanos tornam-se humanos, no seio das relações sociais.

7. Explico a importância dos significados atribuídos à experiência na construção da história pessoal [pág. 75 e parte da 76]
As experiências vividas- experiência do mundo, experiência dos outros, e de nós mesmos constituem um elemento fundamental da nossa vida
psíquica. As ocorrências como encontros amorosos, a ausência de familiares ou amigos, a mudança de terra, doenças... marcam a história de
cada um de forma única. Por outro lado, uma mesma situação, uma realidade semelhante, é encarada de forma diferente por diferentes
sujeitos. Em cada momento, em todas as situações, estamos face a um mundo no qual participamos e em que encontramos formas de nos
conhecermos e de conhecermos os outros. A ligação que cada um estabelece com estas experiências faz-se dos significados que cada um lhes
atribui. E no significado que se realiza a síntese entre a singularidade de cada pessoa e a sua situação ou contexto, quer biológico, quer
sociocultural.
Experimentamos o mundo enquanto seres biológicos e sociais. Enquanto seres ativos encontramos significados para as nossas ações e
pensamentos. Ao construir os significados para as suas experiências, cada ser humano integra a sua forma pessoal de ver, sentir e agir sobre o
mundo - daí o caráter subjetivo da forma como as situações e acontecimentos são vividos e encarados.
Há, em todos estes processos, um movimento do sujeito para o exterior - o sujeito atribui significados pessoais às experiências em que vive - e
um movimento em sentido oposto, dado que as experiências vividas são interiorizadas e integradas na individualidade de cada um.
A história pessoal desenrola-se, portanto, na relação entre fatores externos e fatores internos, entre o que é objetivamente percebido e o que
é subjetivamente construído. A história pessoal escreve-se num diálogo, único para cada um, entre o que se é, o que acontece e o que se
experiencia. É neste diálogo que a experiência adquire significados pessoais.

8. Reconheço que a dimensão social e cultural é decisiva no processo de tornar-se humano [pág. 65 e 67 (crianças selvagens)]
É fundamental ter em conta as dimensões sociais e culturais para que possamos compreender os seres humanos e a forma como se
comportam uma vez que tornamo-nos humanos através da aprendizagem de formas partilhadas e reconhecíveis de ser e de nos comportar.
A capacidade humana de, continuamente, transformar o meio em que vivemos, adaptando-nos a ele, aprendendo formas de lidar com o
ambiente e inventando novas maneiras de o fazer, aumentou, ao longo do tempo, e as hipóteses de sobrevivência dos seres humanos
também. A prática destas capacidades criou necessidades de coordenação e de cooperação entre seres humanos, bem como o
desenvolvimento de novas capacidades para o fazer. Disto são exemplo as capacidades de comunicar utilizando linguagens complexas, a
escrita, a pintura, a ornamentação do corpo, etc. 0 exercício dessas capacidades conduziu ainda à criação de modos particulares de ser e de
viver em conjunto.

O termo "crianças selvagens" é utilizado para referir as crianças que cresceram privadas de todo o contacto humano, ou cujo contacto com
outros seres humanos foi mínimo. Abandonadas, perdidas ou vítimas de situações de abuso, estas crianças sobreviveram em isolamento ou na
companhia de animais até serem encontradas e recolhidas por outros seres humanos.
Em termos das suas características mais gerais, as crianças selvagens, no momento em que são encontradas, possuem uma linguagem
sobretudo mímica, em alguns casos imitativa dos sons e gestos dos animais com que conviveram. A sua linguagem verbal é quase sempre nula
ou muito reduzida e varia de caso para caso, conforme o tipo de isolamento e a idade a partir da qual este aconteceu. O seu comportamento
social não é, em geral, orientado para outros seres humanos, nem segue os mesmos padrões, podendo aproximar-se, em alguns casos, do dos
animais com que interagiam. As crianças selvagens não choram nem riem, manifestam dificuldades no controlo emocional e têm de aprender a
exprimir as suas emoções e a reconhecer emoções no rosto das pessoas com quem interagem.
Nem sempre é fácil reconhecer a humanidade destas crianças. Os modos como se relacionam com os outros e com o mundo provocam em nós
uma estranheza fundamental. Elas são humanas, mas é-nos difícil, a muitos níveis, relacionar a nossa experiência com a delas, compreender a
forma como sentem, pensam e agem. Não nos reconhecemos nelas, elas não se reconhecem em nós. As suas capacidades, as características
dos seus corpos, as suas frequentes cicatrizes e marcas, quer físicas, quer mentais, mostram-nos como dependemos de outros, do contacto
físico e sociocultural com eles, para nos tornarmos os seres humanos que somos.

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