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A origem da palavra pessoa é muito antiga e remonta à Antiguidade Clássica (séculos VIII
a.C.-V d.C.). Foi usada no teatro, durante séculos, com o sentido de personagem, isto é,
de máscara usada pelos atores nos diversos papéis interpretados.
Após duas guerras mundiais e períodos de grande convulsão política, social e moral, o
conceito de pessoa foi encarado de forma absoluta e o seu valor tornado supremo. O
expoente máximo desta nova condição é a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
proclamada em 1948 pelas Nações Unidas, que promove o valor de cada pessoa,
estipulando os seus direitos mais básicos e fundamentais, estando na base de muitas das
legislações nacionais de Estados democráticos.
Nos nossos dias, pessoa significa ser humano dotado de direitos e deveres, ou seja, ser
auto consciente e racional.
Não existem dois seres humanos iguais, cada um tem as suas características e a sua
forma de ver, pensar e agir sobre o mundo, construindo e afirmando a sua identidade em
todas as dimensões da vida. Cada pessoa constrói uma identidade que a distingue das
demais.
É ser-se racional, livre e responsável, capaz de criar um projeto de vida, definir objetivos e
agir de modo a concretizá-los.
Uma pessoa é um ser livre e autónomo, que responde pelas consequências dos seus
atos, tornando-se, assim, responsável.
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outros: a comunicação e a interação com os outros são características fundamentais da
existência humana, tanto a nível individual como a nível social/coletivo.
Se o processo de socialização molda o individuo de acordo com a realidade que ele vive,
isso quer dizer que estamos condenados a, fatalmente, sermos o que essa realidade
determinou? Felizmente, não. O processo de socialização é construído no meio social,
mas não quer dizer que a individualidade do sujeito inexista ou que ela não esteja ligada
ao processo. Embora o nosso convívio com os diferentes atores do mundo social exerça
forte influência na construção do indivíduo social, a liberdade e a individualidade também
tomam parte na construção da nossa identidade. É a identidade do indivíduo que é parte
fundamental da construção da individualidade do sujeito, já que é nela que estão inseridas
as particularidades de cada um: as nossas prioridades de valores, crenças, orientação
sexual, nacionalidade, etc.
São três os fatores que influenciam a personalidade, embora a influência desses fatores
seja diferente nos diferentes indivíduos e nas diferentes fases da vida.
A forma como representamos essas experiências,o modo como conseguimos (ou não)
superá-las e integrá-las na nossa vida são o reflexo de uma personalidade.
Herança biológica
Cada ser humano tem características comuns (idênticas) a outros seres da mesma
espécie, mas também tem características que lhe são próprias. Em termos genéticos,
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existem dois tipos de hereditariedade que coexistem no mesmo indivíduo: a
hereditariedade específica e a hereditariedade individual.
Socialização é, assim, o processo pelo qual os indivíduos se integram num grupo social,
assimilando as práticas sociais e culturais mais significativas desse grupo e assumindo-as
como suas. Socializar-se, consiste, então, em adaptar-se a uma sociedade.
Identidade individual
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vivemos, a data do nosso nascimento, que nos situam no espaço e no tempo, ou o nome
dos nossos pais que define a nossa pertença familiar, indicando a nossa ascendência
direta.
Outros dados reportam-se ao nosso corpo único e inconfundível, como a impressão digital
que nos distingue de outros milhares de milhões de seres humanos.
Socialização
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Neste processo, a família, a escola e o grupo de pares são os principais agentes da
socialização, ou seja, são quem transmite as principais regras, princípios e hábitos da
vida em sociedade, os quais serão fundamentais para estabelecer uma relação
harmoniosa entre o indivíduo e a sociedade que habita.
Socialização secundária.
O ser humano é um ser social, gregário (vive em grupo), interagindo continuamente com
agentes socializadores. Nesse processo, através de diversos ou indiretamente,
contribuem mecanismos de socialização (imitação, aprendizagem,...) constrói a sua
própria personalidade e assimila os valores e as regras de comportamento da sociedade
a que pertence, num processo contínuo de integração social.
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Grupos de amigos ou grupos de pares - são muito influentes e desempenham um
papel fundamental no processo de socialização e de construção da identidade social.
Pessoas com idades próximas e/ou interesses comuns desenvolvem fortes laços
relacionais, construindo relações privilegiadas de solidariedade, cooperação e
reciprocidade. Também os grupos sociais de natureza diversa (religiosos, políticos,
associativos, etc.) constituem importantes agentes socializadores.
O cinema, a televisão, os jornais, as revistas, a rádio e a internet, por exemplo, são meios
de comunicação que induzem comportamentos e atitudes. A publicidade veiculada pelos
meios de comunicação, por exemplo, formata atitudes e modos de consumo. O discurso e
as imagens utilizados têm um forte poder de persuasão e de inculcação de necessidades
e valores nas pessoas, promovendo estilos de vida e criando a perceção de que se estes
forem seguidos o processo de integração social será bem-sucedido.
Mudança social
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As mudanças sociais são fenómenos que têm, entre outras, as seguintes características:
Os fenómenos humanos devem ser entendidos nos contextos históricos em que ocorrem
e através das relações estabelecidas pelas pessoas que habitam um determinado
território ou espaço. Ou seja, as relações sociais devem ser compreendidas tendo em
conta o espaço e o tempo em que ocorrem. Os fenómenos sociais não devem ser
analisados como acontecimentos isolados, devem antes ser percebidos como resultado
de diversas relações interdependes, uma vez que as sociedades não são apenas o
conjunto das pessoas que as compõem, mas o resultado das interações e relações que
se estabelecem entre elas.
Alguns sociólogos utilizam o conceito de sociedade global para designar a ligação das
sociedades a uma entidade mais abrangente, marcada por características comuns,
associadas a instituições, crenças e comportamentos dos indivíduos.