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CURSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERES

Questões básicas sobre a liderança

Antes de definirmos o que é liderança, precisamos enfatizar o que ela não é.


Vejamos a seguir alguns destes conceitos:

 Ser líder não é um título ou cargo, ser líder é ter seguidores. “Você não será um
líder até que o grupo que você estiver liderando afirme isso. Você obtém a posição
de líder pelo caráter e pelos relacionamentos autênticos”. (Gene Wilkes);

 Liderança não é cargo – Embora o cargo tenha grande importância, a liderança


não se resume a um posto de comando dentro de uma determinada organização. A
liderança é antes de tudo uma postura, que pode ser exercida independentemente
de uma posição formal estabelecida. É por isso que se afirma que a liderança
precede o cargo, e não o contrário. A liderança deve ser conquistada. Stanley
Huffty escreveu: “Não é a posição que faz o líder; é o líder que faz a posição”;

 Liderança não é gerência – Existe uma grande diferença entre liderar e gerenciar.
Nós lideramos pessoas e gerenciamos coisas. Bons gerentes não são
necessariamente bons líderes. Um bom líder é antes de tudo alguém que sabe se
relacionar, ouvir e interagir com os outros;

 Liderança não é inata – Ninguém nasce líder. Embora alguns de nós possa nascer
com alguns habilidades naturais, a liderança é algo que se constrói e se
desenvolve. Por isso podemos afirmar que toda e qualquer pessoa tem potencial
para ser um bom líder. Todos nós recebemos no mínimo um talento (Mt 25.15).
Sempre lembramos de Abraham Lincoln como exemplo de um grande líder dos
Estados Unidos. Contudo, Lincoln precisou aprender com os seus insucessos no
exército americano, onde foi rebaixado de comandante para soldado. Para ser líder
é preciso aprender com seus erros!

Definindo Liderança
Após essa breve explanação sobre o que não é liderança, é possível definir de
maneira mais clara o seu conceito. Vejamos alguns desses conceitos:

 A capacidade que um indivíduo possui de influenciar alguém ou um grupo de


pessoas significa uma força psicológica, onde um age de modo a modificar o
comportamento de outro de modo intencional, essa influência envolve poder e
autoridade, alterando assim o modo de agir do influenciado. (MOTA: 1997, 206);

 Habilidade (ou a arte) de motivar e influenciar pessoas, de forma ética e autêntica,


a fim de alcançar determinado objetivo. A palavra-chave da liderança é influência;

 O líder é aquele que inspira, anima e conduz pessoas. “A verdadeira essência de


todo o poder de influenciar está em levar a outra pessoa a participar” (Harry
Overstreet);

 Liderar é diferente de oprimir ou coagir seus liderados, é fazer com que um


determinado grupo de pessoas busquem objetivos comuns;

 “Estar no poder é como ser uma dama. Se você tiver que lembrar as pessoas que
você é, você não é.” (Margareth Tatcher);

 “Meu trabalho é levar as pessoas a fazerem o que elas não querem fazer, para
alcançar aquilo que elas sempre sonharam em alcançar. ” (Mary Kay Ash);

 Líderes diferentes se comportam de modos diferentes, não há um estilo único de


liderança;

 O estilo de liderar varia de acordo com as circunstâncias e o que funciona numa


situação pode não funcionar numa outra;

 O que acaba por ser o elo de ligação entre o líder e os seus seguidores é uma
tarefa ou missão que vem sintonizadas com motivações;

Conceituando a Liderança Cristã

Basicamente o princípio da liderança cristã, é a base bíblica. A liderança na


perspectiva bíblica também envolve influência. O líder cristão é aquele que foi escolhido e
capacitado para influenciar e ensinar as pessoas a fazerem a obra, mas principalmente a
vontade de Senhor, com disposição e alegria. É importante observar alguns pontos:

• O líder cristão define sua liderança pelo exemplo de Cristo;

• O líder cristão tem sua identidade fundamentada no amor de Deus. “Se existe uma
área em que o futuro líder precisará dar atenção, é a disciplina de habitar na
presença daquele que está sempre nos perguntando: “Você me ama? ”. Ele fará
isto através da disciplina da oração. Através dela evitamos ser dominados por uma
questão urgente após a outra e deixamos de ser estranhos para o nosso próprio
coração e o coração de Deus. Os líderes cristãos devem ter sua liderança
fundamentada no relacionamento permanente e íntimo com o Verbo encarnado,
Jesus. É aí que devem encontrar a fonte para a suas palavras, conselhos e direções.
” (Henri J.M. Nowen);

CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA CRISTÃ.

Vejamos algumas características da liderança cristã:

 Procede de Deus. A base de toda liderança é o próprio Deus. Não há autoridade que
não foi constituída por ele (Rm 13.1), seja por sua vontade permissiva ou
determinativa. Essa é razão pela qual Paulo diz que os liderados devem reconhecer
aqueles que presidem/lideram (v. 12);

 Deve ser exercida na dependência do Senhor. A liderança cristã difere da liderança


secular na medida em que deve ser exercida exclusivamente dentro da orientação e
dependência do Senhor. Moisés é um exemplo desse tipo de liderança. É
vocacionada e voluntária;

 A liderança cristã não se resume ao cargo. Ela provém de uma vocação; ou seja, o
chamado divino (1 Co 7.20). Quando alguém sem vocação é posto em cargo de
liderança, a obra perece;

 Requer dedicação, zelo e compromisso. A liderança bíblica exige trabalho, cuidado e


comprometimento (Ec 9.12; 2Co 11.2). Paulo disse que aquele que preside/lidera,
deve fazer com cuidado (Rm 12.8);
PRINCÍPIOS PARA LIDERANÇA CRISTÃ
Seguem abaixo, alguns dos princípios mais importantes para o líder cristão:

1. Princípio do líder servo.

Esse é o ponto central da liderança na perspectiva bíblica. Líder é aquele que serve (Mt
23.11). A humildade é fundamental ao líder cristão (Fp 2.3). Ser autêntico e não
arrogante.

2. Princípio do exemplo.

John Maxwell chama esse princípio de Lei da Imagem. O melhor presente que um líder
pode dar é o bom exemplo. Não adianta falar, se não fizer. As pessoas compram o líder,
depois a visão. A grande maioria das pessoas são conduzidas pelo exemplo de seus
líderes. Josué aprendeu com o exemplo de Moisés; Eliseu, com Elias; os discípulos com
Jesus; Timóteo, com Paulo. “Sede exemplo para os fiéis” (1Tm 4.12).

3. Princípio da comunicação.

Uma boa liderança e trabalho em equipe precisa de comunicação. O líder deve passar
aos seus líderes suas ideias e projetos. Mas, também deve ouvir as ideias dos liderados
(Mc 4.9).

4. Princípio da motivação e do encorajamento.

Líder é aquele que motiva e encoraja os seus liderados para uma determinada tarefa.
Neemias encorajou o povo a reedificar os muros de Jerusalém (Ne 2.17). Davi deu
forças e esperança a um grupo de homens de perspectiva de vida (1 Sm 22).

5. Princípio do propósito e do planejamento.

O líder precisa dar um sentido de trabalho aos seus liderados, assim como planejar as
suas atividades.

6. Princípio da formação de novos líderes.

O verdadeiro líder forma novos líderes (2Tm 2.2). Jesus recrutou, formou e enviou os
seus discípulos.

7. Princípio do amor.
A liderança cristã é dirigida pelo amor. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não
inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não
se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se
alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.4-7).

LIDERANÇA RELACIONAL
Basicamente, a liderança relacional é aquela que desenvolve relacionamentos.
É desenvolver o chamado network, isto é, uma rede completamente interligada uns
pelos outros. Vejamos alguns pontos importantes sobre a liderança relacional:
1. É permanecer em sintonia com Jesus

• Desenvolver um relacionamento de permanecer em Jesus (João 15) é ver sua vida


se misturar com a história e a visão de Jesus. É conhecer Jesus e não sobre Jesus.
• Reconhecer que há uma guerra espiritual (Ef 6:12)

• Protege da amargura. Faça tudo por Jesus, nunca pela Igreja, outras pessoas,
ministério, etc. Pessoas e instituições irão machucar você.

2. É exercer autoridade e não poder.


• Poder – é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de
sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. (James Hunter)

• Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que


você quer por causa da sua influência pessoal. (James Hunter)

• Quando amamos os outros, e nos doamos a eles, servimos e nos sacrificamos.


Quando servimos e nos sacrificamos, construímos autoridade. E, quando tivermos
construído autoridade, então ganharemos o direito de sermos chamados de líderes.

3. É mostrar um modelo a ser seguido.

A real capacidade de liderança não está na personalidade do líder, suas posses ou


carisma. A essência da liderança é o caráter. “Pensamentos tornam-se ações, ações
tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino. ”
(James Hunter)

A Regra de Ouro diz que devemos nos comportar em relação aos nossos lidera dos
exatamente como gostaríamos de ser tratados.

As pessoas aderem ao líder antes de aderirem a uma declaração de missão. Se elas


aderirem ao líder, elas irão aderir a qualquer declaração de missão que o líder tiver.

4. É edificar as pessoas e não as usar.

• É olhar para as pessoas como Deus as vê, e não para suprir suas necessidades.

• Estar perto de pessoas que pensam diferente. “Se em uma reunião com dez
pessoas, os dez concordarem com tudo, provavelmente nove são desnecessários. ”
(James Hunter).

5. É executar tarefas enquanto se constroem relacionamentos.

• Se nos concentramos em tarefas e não em relacionamentos, podemos ter má


qualidade de trabalho, baixo compromisso, baixa confiança, baixo
desenvolvimento pessoal e coletivo, etc.

• O líder que não estiver cumprindo as tarefas e só se preocupar com o


relacionamento não terá sua liderança assegurada. As pessoas desejam alcançar
algo maior do que elas mesmas.

6. É fornecer um ambiente favorável.

Ninguém muda ninguém. O melhor que podemos fazer é fornecer o ambiente certo e
provocar um questionamento que leve a pessoa a se analisar para fazer suas escolhas,
mudar e crescer. Devemos elogiar as pessoas em público e exortá-las no particular.

7. É serviço, sacrifício e amor

• No modelo de liderança relacional o papel do líder é servir.


• O líder identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados e remove
as barreiras para que possam servir aos outros. (Necessidades, não vontades);
• O que é amor? Amor é o que você faz (Madre Teresa).
• Todas as boas intenções do mundo não significam nada se não forem
acompanhadas de ações. Nem sempre é possível controlar o que se sente a
respeito de uma outra pessoa, mas pode-se controlar como se comportar em
relação a ela.

REQUISITOS PARA LIDERANÇA NA IBGP

Os requisitos para exercer liderança na igreja Batista Graça e Paz, surgem, não
como uma forma de segregar, isto é, não para evitar que pessoas se tornem líderes, mas
para que as pessoas se esforcem para terem condições básicas de exercer o cargo com
eficiência e eficácia, no sentido de desempenharem bem o seu papel como líderes e
contribuir para o desenvolvimento de nossa igreja, atuando e desempenhando suas
funções dentro do nível máximo, do que podem oferecer, levando em consideração suas
próprias limitações.

“ Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso
eloqüente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus.
Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.
E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha
mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de
sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a
fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de
Deus. ” (1 CO 2:1-5)

Os requisitos fundamentais para que alguém se torne líder na Igreja Batista


Graça e Paz, se baseia diretamente no texto acima, de modo que o mais importante é
uma vida pautada no que a palavra de Deus nos ensina e não necessariamente na técnica
que o indivíduo apresenta. Diante disso, tomando a palavra de Deus como nossa mais
consolidada base, podemos afirmar que os requisitos indispensáveis são:

1. Confessar Jesus como Salvador e Senhor. (I João 5:1-3)

2. Cultivar na vida pessoal um relacionamento crescente com o Pai, através


das disciplinas espirituais. (Mt 6:33, Cl 1:9-11)

3. Viver um estilo de vida que reflita o caráter de Cristo e que não enfrenta
atualmente problemas morais (I Tm 3:1-13, 4:12)

4. Concordar com a estrutura de liderança de pequenos grupos e seguir a


orientação de um líder. (Hb 13:7)

5. Ser membro ativo da Igreja Batista Graça e Paz e concordar com a missão e
a declaração de fé da IBGP. (I Co 4:2)

6. Se formar no CFL/IBGP (Curso de Formação de Líderes / Igreja Batista


Graça e Paz). (II Tm 2:2)

“Liderança bíblica flui de uma vida devocional rica, onde você


transmite a outros aquilo que lhe tem sido transmitido, sendo
este o motivo pelo qual liderança bíblica requer um alto padrão
de caráter e competência, tendo as pessoas capacidade para
discernir as evidências de ambos. Seja um líder de caráter
enquanto você se torna um líder compe- tente. A competência
virá à medida que você desenvolve suas habilidades; caráter diz
respeito ao seu coração. No fim Deus recompensará aqueles que
se saíram bem por causa do alto padrão de seu caráter, não
simplesmente pelo tamanho de seus grupos.” (Bill Donahue)

NOVA ESTRUTURA IGREJA BATISTA GRAÇA E PAZ

A ilustração abaixo busca representar as duas dimensões da igreja, espiritual e


estrutural. A dimensão espiritual está relacionada com a igreja enquanto organismo,
enquanto Corpo de Cristo (Atos 2:42-47); já a dimensão estrutural diz respeito a igreja
enquanto organização, sua estrutura física, ministérios e recursos (Atos 6:1-7).
Criativa
É o ministério (área) de Comunicação da IBGP, que é responsável pela produção de
campanhas publicitárias, planejamento de comunicação, assessoria de imprensa,
publicações, Internet, produção de vídeos, transmissão de cultos ao vivo, geração e
reprodução de mensagens em áudio e vídeo.

CONEXÃO
É o jornal congregacional. O boletim informativo da igreja.

CR
Programa que conta com música, grupos de apoio e uma palavra confortante ao seu
coração

Palavra Amiga:
Confortando e Edificando Vidas Oferece precioso canal de comunicação à todos que
precisam de uma palavra de conforto. Canal de comunicação para apoio às pessoas.

Alcance Social (departamento de ação social)


Acompanhando o movimento da Igreja de Grupos Pequenos, o Alcance Social,
ministério de ação social da IBGP, visa redimensionar seus papéis para atuar
disseminando valores e oferecendo apoio e suporte ao trabalho das gerações e dos
Núcleos Alcance com comunidades carentes e pessoas em situação de vulnerabilidade e
risco social. Desta forma, sua atuação se baseia essencialmente na intervenção das
Redes de Grupos Pequenos, que são estimuladas a organizar e implementar ações
sociais e evangelísticas, bem como dos Núcleos Alcance – braços da IBGP dentro das
comunidades – que, de forma contínua e permanente, imprimem esforços no
evangelismo, criação e multiplicação de Grupos de Relacionamentos, formação de
lideranças, integração da comunidade à Igreja e desenvolvimento de ações
socioassistenciais voltadas aos indivíduos e famílias acompanhadas.
O Alcance Social também estabelece eventuais parcerias com instituições conduzidas
por membros da IBC. Exemplos disto são o Lar da Paz, Grão de Mostarda e o
Reciclando Vidas. Outra ênfase de atuação social da IBC é dada através do Celebrando
Restauração nas Prisões em um nível mais técnico da Fundação Batista Central que, há
vinte anos, administra o Colégio Kerigma e tem a perspectiva de expandir suas ações
por meio da da captação de recursos e do desenvolvimento e implantação de programas
e projetos sociais nas áreas da educação, meio ambiente e geração de emprego e renda.

Ministérios de Pastoreio
Com o objetivo de ser mais específico nos assuntos e experiências para o
desenvolvimento social e espiritual das pessoas, a Igreja está organizada em
Ministérios. O público de todos os Ministérios é bastante heterogêneo formado por
perfis bastante diversificados social, financeira e geograficamente. Cada ministério
focaliza em um público específico.

Rede de Crianças (Geração Futuro) – de 0 a 11 anos

Oferece, nos horários de culto, uma programação onde o pastoreio e o ensino bíblico
são divertidos e relevantes, além de desenvolver atividades de ensino bíblico infantil.

Rede de Adolescentes (Radical) – para pessoas de 12 a 17 anos

Oferece uma nova cultura para uma nova geração. O objetivo central é ensinar que a
verdadeira cultura que devemos seguir é a cultura que vem do céu, devendo recusar toda
e qualquer cultura que não seja a cultura bíblica. Realiza programações e atividades
semanais. Isso, além de desenvolver estudos que confrontem práticas adolescentes que
sejam danosas.

Rede Jovem (Escape) – para jovens a partir de 18 anos

Oferece pastoreio mútuo, desafiando os jovens a serem exemplo na palavra,


procedimento, fé, amor e pureza. Realiza programações quinzenais (aos sábados), e
semanais em algum dia a ser definido, desenvolvendo programações que visem o
fortalecimento do jovem no corpo de cristo e o ajudem na consolidação de seu caráter
cristão.

Rede de mulheres (Fonte de luz) – para mulheres adultas solteiras, casadas,


divorciadas e viúvas

Oferece encontros para comunhão e edificação das mulheres.

Rede de homens (Força e Honra) – para homens adultos solteiros, casados, divorciados e
viúvos

Oferece encontros para compartilhar e desenvolver a liderança cristã.

Rede de Casais (Base) – para todos os casais

Oferece através do pastoreio mútuo uma rede de apoio para a família. Realiza Curso de
Noivos, apresentação de recém-nascidos e outras atividades foca- das na família.
Cada Rede organiza-se da seguinte forma:

Funções nas Redes


E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será
servo de todos. Porque o Filho do homem também não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate de muitos. Marcos 10:44-45
A principal função dos líderes é SERVIR aos Pequenos Grupos. É ajudar o ministério a
ser um lugar saudável de crescimento para todos, onde a missão de AMAR,
RELACIONAR E PROCLAMAR é vivenciada. Todo líder precisa estar focado em três
aspectos essenciais do seu papel: Pastoreio, Gerenciamento e Capacitação – PGC.

PASTOREIO
Pastorear é guiar, dirigir, cuidar, nutrir.
Cada Pequeno Grupo é um Pequeno Rebanho que está sob os cuidados de uma rede de
liderança – onde cada um pastoreia e é pastoreado. Os líderes não necessariamente
possuem o título de pastor, mas exercem funções pastorais. Deus espera que seja dado o
mesmo tipo de cuidado que Ele daria a suas ovelhas.
Para estabelecer uma relação de pastoreio é necessário investir tempo na construção de
relacionamentos e no encorajamento. Este cuidado precisa ir além dos momentos das
reuniões. Manter contato regular ajuda as pessoas a se sentirem pastoreadas, prestar
contas de forma amigável, e perceber de forma clara que estão sendo cuidadas.
(Telefone, e-mail, visitas) Não se frustre ao descobrir que nem todos desejam receber
ajuda. Nem todos necessitam do mesmo tipo e quantidade de cuidado. O ideal é contatar
as pessoas semanalmente, porém em alguns momentos são imprescindíveis:
• São participantes ou líderes novos;
• Estiveram ausentes em alguma reunião/programa (mostrar que sua ausência foi
sentida);
• Estão passando por momentos de provação;
• Houver conflitos.

GERENCIAMENTO
Gerenciar é ser capaz de medir a vitalidade do ministério.
É preciso avaliar continuamente os sinais de vitalidade da Rede de Pequenos
Grupos, o quanto todos estão sendo eficientes em cumprir a missão de amar a
Deus, amar uns aos outros e proclamar Jesus. O gerenciamento começa na
inclusão e vai até a multiplicação. Uma ferramenta deste processo é o banco de
dados da Rede, que precisa ser continuamente atualizado, para que o pastoreio
aconteça em todos os níveis de forma intencional e eficaz.
Faz parte do gerenciamento acompanhar a:
• participação encontros da Liderança e no Treinamento de Líderes;
• aplicação dos estudos indicados pela liderança pastoral;
• participação no Batismo e atividades da IBGP.

CAPACITAÇÃO
Capacitar é conduzir os discípulos à maturidade espiritual.
O resultado final do processo de capacitação deve ser a transformação de vidas,
levando cada discípulo a ser mais parecido com Jesus. O alvo é levar cada
discípulo a viver a missão: amar a Deus, amar uns aos outros e proclamar Jesus.
O foco está em quem aprende e não em quem ensina. Por isto, todos são
desafiados a estudar a Palavra de Deus e confiar na ação do Espírito Santo em
suas vidas diariamente. Capacitação é mais do que participar de uma reunião ou
seguir um currículo.
Na IBGP, a Rede de Pequenos Grupos é o principal agente de capacitação (Co-
ordenador de Rede, Supervisor, Orientador, Líder de Pequeno Grupo, Aprendiz
de Líder de Pequeno Grupo) e os encontros das Redes são os ambientes mais
estratégicos e acessíveis para o desenvolvimento de cada discípulo.
Estes são os principais encontros da Rede para os líderes:
• Encontros PGC (quinzenal) – coordenador com supervisores /
supervisor com orientadores / orientador com líderes e
aprendizes
• Sábados da Liderança (mensal) - Com momentos de
envisionamento, encorajamento, alinhamento, pastoreio e
ministração da Palavra.
• Treinamento para Líderes (contínuo)
Para novos líderes a aprendizes: Com ênfase em três aspectos práticos -
condução do Grupo, Condução do Ensino e Liderança Relacional.
• Encontro de Líderes e Orientadores (anual)
Aplicando de forma prática o PGC (Pastoreio, Gerenciamento e Capacitação)
para cada função na Rede, visualizamos as seguintes ações para cada esfera de
liderança:

APRENDIZ
É a pessoa/casal que está sendo desafiado e treinado para facilitar um Peque-
no Grupo.
PASTOREIO
o Ora com e pelo grupo.
o Coopera com o líder, ajudando-o em suas funções.
GERENCIAMENTO
o Participa do planejamento e ajuda na condução das
reuniões do Pequeno Grupo.
o Encontra-se regularmente com o líder do seu Pequeno
Grupo.
o Participa dos Sábados da Liderança.

CAPACITAÇÃO
o Compromete-se com a busca pessoal por capacitação,
desenvol-
vendo hábitos de oração e leitura da Palavra.
o Submete-se ao treinamento básico de Líderes de Pequeno
Grupo
o Prepara-se paraamultiplicaçãoeparaassumir um pequeno
grupocomo líder.
LÍDER
É a pessoa/casal que facilita um Pequeno Grupo.
PASTOREIO
o Ora com e pelo grupo.
o Promove pastoreio mútuo no grupo, atendendo as
necessidades
das pessoas.
o Assegura a inclusão de novos membros no grupo,
propiciando um ambiente de acolhimento.
o Assegura que os novos convertidos no grupo tenham
acompanha- mento pessoal, que geralmente é feito
pelos membros mais maduros do grupo, através do
‘CONHECER’.
o Discipula os novos membros para o Batismo e
estimula a participa- ção no Retiro Espiritual e Atitude
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o Incentiva a participação no Grande Ajuntamento.
o Estimula as pessoas do grupo a proclamarem Jesus e
convidarem novas pessoas para o grupo.
o Constrói relacionamentos e ajuda na resolução de
conflitos
o Lança a visão e prepara o grupo para uma
multiplicação saudável.
o Estimula o grupo a vivenciar Atos de Compaixão,
servindo em co-
munidade, através de ações sociais e evangelísticas.
o Estimula o serviço na Igreja, através do envolvimento
em algum ministério.
o Utiliza os materiais sugeridos pela liderança da Igreja
para os gru- pos em momentos de alinhamento.

GERENCIAMENTO
o Planeja e conduz as reuniões do seu Pequeno Grupo,
facilitando a
participação de todos.
o Mantém os contatos do seu grupo atualizados no
Banco de Dados.
o Encontra-se quinzenalmente com o seu orientador.
o Participa dos Sábados da Liderança
o Participa de momentos de Treinamento de Líderes.
CAPACITAÇÃO
o Estimula, promove e avalia o crescimento espiritual das
pessoas.
o Promove a capacitação intensional dos membros do grupo,
en- tendendo que o PG é o principal ambiente de
ensino/discipulado dos membros da IBC
o Identifica e desenvolve um ou mais aprendizes.

ORIENTADOR
É a pessoa que orienta, normalmente, um grupo de 2 a 6 Grupos Pequenos.

PASTOREIO
o Ora regularmente por seu grupo de líderes e aprendizes, e
pela sua Rede.
o Desenvolve e mantem uma relação comprometida e
pessoal com os líderes e aprendizes.
o Ajuda os líderes na solução de dificuldades encontradas
(inclusive problemas morais) no grupo e resolução de
conflitos.
o Coloca a disposição dos líderes os materiais sugeridos pela
lider- ança da Igreja para os grupos em momentos de
alinhamento. Acom- panha e orienta o uso destes
materiais.
o Visita os grupos que estão sob sua orientação, fazendo
obser- vações sobre como o líder está conduzindo a
reunião e oferecendo sugestões para ajudá-lo.
o Encontra-se quinzenalmente com seu supervisor.
o Encontra-se quinzenalmente com seus líderes e
aprendizes.
GERENCIAMENTO
o Apresenta ao supervisor um feedback sobre sua impressão
dos grupos, inclusive indicação de novos líderes e
afastamento de líderes quando necessário.
o Mantem as informações da sua Rede atualizada no Banco
de Da- dos
o Acompanha a participação dos Líderes no Sábado da
Liderança e Treinamento de Líderes.
o Acompanha a vitalidade da inclusão de descrentes,
novos mem- bros e a multiplicação dos grupos que
orienta.

CAPACITAÇÃO
o Reune-se com seus liderados no momento em Redes
no Sábado da Liderança.
o Promove e apoia ações e programações da Rede.
o Promove momentos de formação continuada na esfera
da vida
pessoal e do desenvolvimento da liderança.

SUPERVISOR (no caso das Redes onde esta função ainda não existe, o
orientador acumula estas responsabilidades)
É a pessoa que supervisiona, normalmente, um grupo de 2 a 6 orientadores

PASTOREIO
o Ora regularmente por seu grupo de orientadores e pela
sua Rede.
o Desenvolve e mantem uma relação comprometida e
pessoal com os orientadores.
o Encontra-se quinzenalmente com o coordenador de
Rede.
o Encontra-se quinzenalmente com os orientadores.
o Orienta e acompanha casos de disciplina e o processo
de batismo dentro da sua área de supervisão.
o Lidera, apoia e encoraja os orientadores no pastoreio
dos líderes e
aprendizes de Pequenos Grupos.

GERENCIAMENTO
o Indica e referenda orientadores para o Coordenador de
Rede
o Mantem as informações da sua Rede atualizada no
Banco de Da- dos
o Acompanha a participação dos Orientadores no
Sábado da Lider- ança e Treinamento de Líderes.
o Acompanha a vitalidade da inclusão de descrentes,
novos mem-
bros e a multiplicação dos grupos que supervisiona

CAPACITAÇÃO
o Reune-se com seus liderados no momento em Redes no
Sábado da Lider ança.
o Promove e apoia ações e programações da Rede.
o Promove momentos de formação continuada na esfera da
vida
pessoal e do desenvolvimento da liderança.

COORDENADOR
É a pessoa que lidera e supervisiona toda uma Rede.

PASTOREIO
o Ora regularmente pelo seu grupo de supervisores e pela
sua Rede.
o Desenvolve e mantem uma relação comprometida e
pessoal com os supervisores ou orientadores.
o Encontra-se quinzenalmente com os supervisores.
o Acompanha o processo de batismo.
o É responsável, juntamento com os pastores, pelo Passo 4
(Ex-
clusão) em casos de Disciplina.

GERENCIAMENTO
o Encontra-se regularmente com os outros coordenadores de
Rede, pastores e diaconia para projetar o processo
ministerial que facilita o crescimento espiritual das
pessoas.
o Indica, referenda e afasta e supervisores, orientadores e
líderes.
o Acompanha a participação dos supervisores / orientadores
no
Sábado da Liderança e Treinamento de Líderes.
o Acompanha a vitalidade da inclusão de descrentes, novos
mem- bros e a multiplicação da sua Rede.
CAPACITAÇÃO
o É responsável pelo momento em Rede no Sábado da
Liderança.
o Promove e apoia ações e programações da Rede.
o Promove momentos de formação continuada na esfera
da vida
pessoal e do desenvolvimento da liderança.

ESTRUTURA DE APOIO
Montamos uma estrutura de apoio para a liderança de Pequenos Grupos, com o
objetivo de disponibilizar momentos e ferramentas de capacitação e aper-
feiçoamento espiritual e técnico.
• Site da IBC ( www.ibc.org.br): No site o líder tem acesso a
diversas ferra- mentas para o seu pequeno grupo na área de
RECURSOS (guias de estudo das séries, artigos, vídeos de
mensagens, etc). Na área de CAPACITAÇÃO o líder encontra
ajuda para promover seu crescimento e dos discípulos de Jesus
que estão no seu Pequeno Grupo.






• Sistema de PGs – SIB: Na área de PEQUENOS GRUPOS no


site, o líder tem acesso ao SISTEMA DE PGs (SIB), onde ele
pode gerenciar seu pequeno grupo. Quando uma pessoa se torna
líder recebe um login e uma senha para ter acesso ao sistema. A
atualização de dados do PG é de extrema importância para gerar
relatórios que contribuem na avaliação do andamento das Redes
de
Pastoreio, norteando ações estratégicas por parte da liderança da IBC. No SIB o
lider poderá:
• incluir novos membros no seu PG;
• pesquisar e contatar pessoas que estão à procura de PG;
• atualizar informações sobre dia, horário e local de
reuniões do seu PG, sempre que houver alterações;
• informar a disponibilidade da cadeira vazia;
• dar baixa de pessoas que deixam o PG, inclusive informando
o motivo;
• atualizar e localizar informações sobre os membros do PG,
como
endereço, telefone, idade, membresia,
tempo de conversão, profissão, etc.;
• emitir relatórios.

• Secretaria das Redes: Disponível para informações e apoio ao trabalho


do líder. Pode-se entrar em contato durante a semana pelo telefone
3444-3633 ou pesso- almente na administração da IBC, no horário
comercial (Rua Tiburcio Frota, 1530). Nos finais de semana você
encontra a secretaria das Redes dando apoio aos stand das Redes após
os cultos.
• Sábado da liderança: Encontro mensal de todas as Redes de Pastoreio,
no pri- meiro sábado do mês, no Pedras, das 17:00 as 19:30 horas. Este
é um momento onde a liderança pastoral promove alinhamento da visão
e onde os coordenadores abordam temas específicos de cada Rede.
• Encontros nas Redes: Encontro quinzenal dentro da sua Rede de
Pastoreio.
• Informe online: informativo quinzenal enviado ao e-mail do líder com
os principais eventos da IBC, dicas para o pequeno grupo e capacitação.
• Treinamento de Líderes: Programa de treinamento e capacitação da
liderança com aulas presenciais. É altamente recomendável que toda
cadeia de liderança passe pelo treinamento, pois ele aborda assuntos
relevantes para a vida do líder e seu papel na condução do grupo
pequeno.
TREINAMENTO DE LÍDERES

DESENVOLVENDO O APRENDIZ
“E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a ho- mens
fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros.” (II Tm 2:2)

“O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o co-


ração.” (1 Sm 16:7b)

Uma das armadilhas que ameaça os líderes é o vício de viver em função somente do
próximo encontro. Desta forma, tendem a esquecer de pensar no futuro e desen- volver
novos líderes em potencial. “O desenvolvimento de líderes não acontece aci-
dentalmente.” (Bill Hybels) Ao olhar para os relatos das Escrituras, podemos ver como
Jesus foi intencional em escolher seus líderes porque multiplicar liderança é um valor
do Reino de Deus.

Para identificar um aprendiz é preciso olhar além das qualidades técnicas e huma- nas.
Por isto, orar é essencial na escolha do aprendiz. Jesus disse: “A colheita é grande, mas
os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande
trabalhadores para a sua colheita.” Lucas 10:2 Os futuros líderes de Pequenos Grupos,
preferencialmente, devem ser identificados dentro dos próprios PGs.

Para reconhecer um Aprendiz de Pequeno Grupo:


1. Identifique quem trata o grupo com seriedade;
2. Considere aquelas pessoas que desafiam sua liderança, as quais
podem ser lí-
deres em potencial, e as traga para
perto de você e invista nelas;
3. Fique atento a pessoas que você pode reconhecer e confirmar como
tendo caráter e habilidades (dons) que serão cobradas no papel de
liderança;
4. Olhe para pessoas que abraçam a visão de Pequenos Grupos;
5. Dê responsabilidades e oportunidades de ministração para ver se
alguém apre-
senta potencial de liderança.
(Ex.: Peça que o anfitrião conduza a reunião. Com isso, você identificará quem tem
condições de liderar um PG).

Como responder às objeções do aprendiz em potencial


1. “Eu realmente não tenho tempo.”
Lembre: Têm-se tempo para aquelas coisas que consideram importantes. Compar- tilhe
a importância do aprendizado de liderança no Corpo de Cristo. Fale sobre a
oportunidade e o privilégio de ser instrumento nas mãos de Deus para a transfor- mação
de vidas que pode acontecer à medida que se aceita o desafio de liderar um Pequeno
Grupo.
2. “Eu não tenho o dom de liderança.”
Encoraje, relembrando que liderança é principalmente a capacidade de influenciar
pessoas. Assegure que você fará com que o aprendiz receba treinamento apropria- do
para sua eficácia como líder.
3. “Eu não gosto de liderar.”
Neste ponto você precisa apenas descobrir qual o significado pessoal de liderança, pois
se corre o risco de ter uma definição de liderança que não seja bíblica. Talvez o aprendiz
encare o líder como quem está na chefia e no controle, em vez de alguém que pode
facilitar mudança de vida através do cuidado, pastoreio, discipu- lado e amor aos outros.
TREINAMENTO DE LÍDERES

Quatro passos claros no processo de treinamento: Primeiro: Eu faço – Você

observa
A melhor forma de desenvolver uma pessoa é convidando-a para caminhar com
você.Por isso Jesus convocou os discípulos: “Siga-me!”. Caminhar junto possibilita
observar,em tempo real, as intenções, planos e ações das pessoas. Seja intencio- nal em
revelar-se e o que faz para que a tarefa de observar seja produtiva.

Segundo: Eu faço – Você ajuda


Na caminhada, dê oportunidade ao aprendiz para observar-lhe e envolver-se para
contribuir com alguma ajuda. Faça com que perceba que pode contribuir. As pes- soas
são motivadas por líderes que realizam e as envolvem no processo de real- ização. Desta
forma, elas são estimuladas pelo senso de utilidade. Jesus ensinou
e curou enquanto os discípulos apenas o ajudavam com as multidões e a logística das
viagens.

Terceiro: Você faz – Eu ajudo


Durante o processo de ajuda o aprendiz perceberá que é capaz de fazer. Este é o
momento para o desafio. Desafios são sempre recebidos com surpresa e mesmo com
espanto. Diante de um desafio geralmente aparecem as desculpas e o senti- mento de
“não consigo”. Depois de investir nos discípulos, Jesus acreditava neles, por isso Ele os
enviou em missão de evangelismo para vários lugares. Esse passo do desenvolvimento
é o mais crucial pois é o momento de conferir crédito e honra permitindo que a pes- soa
faça do seu jeito.

Quarto: Você faz – Eu observo


Nesta fase o aprendiz já estará mais confiante (ainda que um pouco inseguro, pois a
presença do líder ainda afeta) mas o lider continuará a dar-lhe crédito publica- mente.
• Permita ao aprendiz fazer e não intervenha.
• Apenas observe.
• Esteja pronto para dar feedback (retorno) por meio de uma
avaliação amorosa
e sincera.
Jesus, ao cumprir sua missão e desenvolver os discípulos, saiu de cena (fisica- mente)
afirmando que os discípulos fariam coisas maiores do que Ele.

ORIENTAÇÕES SOBRE DISCIPLINA


Como acontece em toda família, às vezes é preciso disciplinar um membro da igreja
que, por insistente permanência no erro, depois de ter sido
e acompanhado, não demonstra sinais de arrependimento diante de Deus. Na IBC
seguimos os passos de Mateus 18:15-17, sendo que a abordagem preliminar ao(à)
irmão(ã) em pecado compete a todo crente que tiver conhecimento do erro (Gálatas 6:1-
3). Tratamos todo e qualquer pecado com amor e firmeza, conforme os critérios bíblicos
(I Coríntios 5:1-13). À congregação cabe a exortação mútua, a obediência e o respeito
aos líderes espirituais (Hebreus 13:17). Toda disciplina na Igreja tem como objetivo
maior a restauração da pessoa e seu pronto retorno à comunhão, assim
que houver sinais claros de arrependimento diante de Deus e dos irmãos, tudo para
glória de Jesus Cristo.

Na Igreja Batista Central, baseados em Mateus 18, adotamos os seguintes passos em


relação à disciplina:
TREINAMENTO DE LÍDERES
Passo 1. Tratar individualmente
Ao tomar conhecimento do pecado do(a) irmão(ã), trate pessoalmente e em particu- lar,
confrontando em amor.

Passo 2. Tratar com testemunhas


Se ele(a) insistir no pecado ou não expressar arrependimento, confronte-o(a) nova-
mente, agora com duas ou três pessoas espiritualmente maduras (confira Mateus 18:16;
Deuteronômio19:15). Visando melhor acompanhamento e cobertura espiritu- al,
recomenda-se que uma dessas pessoas seja o(a) próprio(a) líder de PG (Peque- no
Grupo) do(a) confrontado(a). O prosseguimento ao passo seguinte deve resultar da
unanimidade entre as pessoas que estão tratando o caso em questão.
Passo 3. Tratar no Pequeno Grupo
Após o passo 2, se a pessoa não expressar visível arrependimento, o caso será leva- do
diante da Igreja, representada pelo Pequeno Grupo. Diante dessas testemunhas a pessoa
tem mais uma chance de expressar seu arrependimento. Caso contrário e com o
conhecimento do orientador, o caso prossegue para sacramentar a exclusão da Igreja
(confira Mateus 18:17; 1 Timóteo 5:20).

Passo 4. Exclusão
Em estado de rebeldia a pessoa deverá ser afastada da comunhão e considerada como
alguém que decidiu andar fora do Corpo de Cristo. A decisão de excluir com- pete à
coordena¬ção da Rede juntamente com os pastores, o que será informado à
congregação, no momento oportuno (Grande Congregação ou Sábado da liderança). A
exclusão indica afastamento compulsório da comunhão do Corpo visível de Cristo no
âmbito do grande e do pequeno ajuntamentos (confira Mateus 18:17; 1 Corín- tios 5:5; 1
Timóteo 1:20; 2 Tessalonicenses 3:14,15). Nenhuma pessoa dis¬ciplinada perde sua
condição de salvo em Cristo Jesus, mas, como filho rebelde, é submetido à disciplina do
Pai que usará seus meios para levá-lo ao arrependimento.

Passo 5. Relacionamento após exclusão


Se, mesmo após a exclusão, a pessoa continuar em pecado, embora tristes, podem- os
ficar em paz sobre dois detalhes: foram seguidas as orientações bíblicas sobre a questão
e foi exercido o amor que se preocupa a ponto de confrontar o erro e confiar que o Pai
comple¬tará a disciplina dos filhos à Sua maneira. Com o desobediente não podemos
manter comunhão ou aceitar no grande ou pequeno grupo como se nada tivesse
acontecido, a não ser para manifestar arrependimento.

Não há pressa para conduzir a disciplina de alguém até sua última etapa. Pelo con-
trário, como a intenção é restaurar, esse processo é conduzido com paciência, amor e
espírito manso. A advertência amorosa visa à restauração e não deve ser precipitada.
Além disso, deve cumprir o papel de exortar e animar para a correção (2 Ts 3:14-15; Tt
3:10-11).

Alguns cuidados especiais:


– Não agimos como polícia. O papel de revelar pecados e convencer o
pecador de seu estado não é nosso, mas do Espírito Santo de Deus;
– Não somos “advogados de acusação”. O Senhor providenciou para
seus filhos um Advogado de Defesa, Jesus Cristo. Quem acusa os
filhos de Deus é o Diabo, que é o acusador desde o princípio;
– Não somos absolutamente melhores que qualquer irmão que tenha
sido sur- preendido em pecado. Não devemos deixar que algum
resquício de orgulho tome lugar em nossos corações;
– “Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.” (Gl
6:1-5).

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