TREINAMENTO

MINISTERIAL

Editora Vale
DINÂMICA I

AULA: PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

▪ Você deverá ter em mãos uma folha de papel em branco ou

poderá no formulário que está anexo a este Capítulo.

▪ Você deverá responder as perguntas abaixo com as primeiras

palavras que lhe vierem à mente:

1. Aponte 3 (três) adjetivos (qualidades) bons a seu respeito;

2. Aponte 3 (três) adjetivos (defeitos) ruins a seu respeito;

3. Na sua perspectiva, você se relaciona bem com as pessoas?

Porquê?

4. Na sua perspectiva, qual é seu estilo de liderança?

você tem 3min1.

1
“Sendo assim, tudo quanto vier à mão para realizar, faze-o com o melhor das tuas forças, porquanto para
o Sheol, a sepultura, para onde vais, não há atividade, trabalho, reflexão, planos, conhecimento, saber,
nem nada.” Eclesiastes 9.10
 CAPÍTULO I

1. PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

Antes de apresentar alguns princípios, os quais são de extrema

importância para todo líder, é necessário levantar algumas indagações sobre liderança:
O que faz um líder? Sua posição? Seu status? Sua influência? Seu estilo? Qual é o
modelo ideal para líderes? O presidente de uma empresa? O comandante militar? O
reitor de uma Universidade? O presidente da República? O pastor? O líder de
Ministério?

A resposta está em Mateus 20.25-28, veja:

25 Então Jesus os chamou e explicou: “Sabeis que

os governadores dos povos os dominam e que são as
pessoas importantes que exercem poder sobre as
nações. 26 Não será assim entre vós. Ao contrário,
quem desejar ser importante entre vós será esse o
que deva servir aos demais. 27 E quem quiser ser o
primeiro entre vós que se torne vosso escravo. 28
Assim como o Filho do homem, que não veio para
ser servido, mas para servir e dar a sua vida como
único resgate por muitos”.

Note que Jesus responde a todas essas perguntas dizendo que o

verdadeiro tipo de liderança, à luz da Palavra de Deus, requer serviço, sacrifício e
abnegação. Com isso, pode-se dizer que aquele líder orgulhoso e que se promove à
custa dos outros não é um bom líder e não está de acordo com o padrão estabelecido por
Cristo, independentemente da influência, do estilo, status ou posição.

Naquele contexto, Jesus estava comunicando aos seus seguidores e aos

ouvintes da época que liderança bíblica é radicalmente diferente daquela liderança
secular e coorporativa. Segundo John MacArthur, há uma razão para isso:

“a liderança para o cristão sempre tem uma

dimensão espiritual. O dever de liderar pessoas traz
certas obrigações espirituais. Isso é tão verdadeiro
para o presidente cristão de uma companhia secular
como é para a mãe dona de casa cuja esfera de
liderança poderia chegar a nada além dos seus filhos.
Todos os cristãos em todo tipo de liderança são
chamados para ser líderes espirituais.”2

Jesus estabelece um princípio para todos aqueles que pretendem

exercer a liderança: “maior é aquele que serve”. Não é uma sugestão, é um princípio. É
claro que as qualidades de um líder eficaz não se esgotam no serviço, pois pode-se ter
líderes servos, mas que não são verdadeiros líderes, pois falta-lhes outras características

2
MacArthur Jr., John. O livro sobre liderança. São Paulo: Cultura Cristã. 2009. pg. 8.
como chamado, caráter, conhecimento, comprometimento, carisma, influência e muitos
outros requisitos.

Neste capítulo, apresentar-se-á alguns princípios sobre liderança,

aplicáveis em qualquer liderança, sobretudo na área ministerial, são eles: a) a liderança
começa em você. O maior desafio de todo líder é liderar a si mesmo, por isso, aqui você
poderá extrair algumas chaves que o ajudarão nesta caminhada para cumprir a vontade
de Deus para sua vida; b) um líder sabe ouvir críticas. Nenhum líder gosta de ser
criticado, sobretudo por um liderado, mas saber ouvir críticas e lidar com elas
demonstra maturidade. Apresentamos dicas poderosas que abrirão sua mente para uma
liderança eficaz; c) um líder é aquele que sabe ouvir. Não são todos os líderes que
possui habilidade de ouvir com atenção as necessidades, os sonhos e anseios de seus
liderados. Saber ouvir vai torna-lo um líder eficaz; d) um líder é apaixonado. Um líder
apaixonado pelo que faz alcança resultados fantásticos.

Além destes princípios, ao final deste Capitulo você encontrará a

indicação de mais 26 princípios apresentados no Livro sobre a Liderança escrito por
John MacArthur, publicada pela Editora Cultura, de 2009. Estes princípios foram
extraídos da liderança do apóstolo Paulo a partir do capítulo 27 de Atos e da 2 Carta
escrita aos Coríntios. O objetivo deste anexo é leva-lo a ter mais contato com a leitura,
bem como torna-lo um expert em liderança a fim de influenciar pessoas e ser um
catalisador de ministérios fazendo com pessoas possam experimentar a vontade de
Deus.

Vamos iniciar essa jornada?

Bora!

1.1. A LIDERANÇA COMEÇA EM VOCÊ

Hoje o maior desafio de um líder é liderar a sim mesmo, seu maior

inimigo está dentro de você. John C. Maxwell disse que muitos de seus colapsos como
líder foram de ordem pessoal, sobretudo em razão da ausência de foco e a falta de
iniciativa para a tomada de decisões difíceis3. Mas, por que isso acontece?

3
Maxwell, John C., 1947 – O livro de ouro da liderança: o maior treinador de líderes da atualidade
apresenta as grandes lições de liderança que aprendeu da vida. Tradução de Omar de Souza. – 2 ed. – Rio
de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2011. pg. 25-27.
 Em primeiro lugar, podemos dizer que isso acontece porque NÃO temos
uma visão realista de nós mesmos, analisamos os outros, menos a nós mesmos. Mas,
como resolver esse problema? Se olhando no espelho, não de forma literal, é claro. Isso
é uma forma de você olhar para dentro de si de um modo bem realista, assim poderá
descobrir onde estão suas limitações. Se você não conseguir vê-las, não será capaz de
liderar a si mesmo com eficácia.
Em segundo lugar, somos mais críticos em relação aos outros do que a
nós mesmos. Temos a tendência de avaliar os outros pelas suas ações e a nós pelas
nossas intenções. Com isso, somos implacáveis com os outros e benevolentes com
nossos erros.
NÃO se desespere com isso, vou compartilhar algumas ações cruciais
que o autor John C. Maxwell chama de “segredos para quem deseja liderar a sim
mesmo”, que o ajudarão substancialmente nesta caminhada:

i) Aprenda a se submeter à autoridade dos outros

“A civilização está sempre em perigo quando o

direito de comandar é concedido àqueles que nunca
aprenderam a obedecer”. Bispo Fulton J. Sheen

Somente um juiz que já advogou conhece a realidade do mundo de um

advogado. No mesmo sentido, somente quem já pela experiência de ser liderado e se
saiu bem sabe exercer a liderança de maneira eficiente. Uma boa liderança exige a
compreensão do mundo em que vivem os liderados.
Nesta caminhada liderando pessoas há mais 15 anos, seja no mundo
corporativo ou eclesiástico pude perceber a diferença de líderes que já estiveram sob
uma autoridade e lideram que nunca tiveram essa experiência. Estes tendem a ser mais
orgulhosos, manipuladores, arrogantes e, geralmente, menos eficazes.
Em síntese, aprenda a se submeter à liderança de outras pessoas, dessa
maneira, torne-se um líder mais humilde e mais eficaz.

ii) Desenvolva a autodisciplina

“Um homem sem firmeza de caráter nunca pode ser

considerado dono de si. Ele pertence a qualquer
coisa que possa fazê-lo cativo”. John Foster
 Caráter e autodisciplina são imprescindíveis para qualquer pessoa
que quer desenvolver sua liderança, isso a ajudará na tomada de decisão. Muito se fala
que a crise não faze o caráter de ninguém, mas, certamente, o revela. Em meio as
circunstâncias adversas encontraremos dois caminhos distintos, o caráter ou a
concessão. “Quando os líderes escolhem o caminho do caráter, tornam-se mais fortes
mesmo que esta escolha traga consequências negativas. O desenvolvimento do caráter
está no centro de nosso progresso, não só como líderes, mas também como seres
humanos.”
O caráter é mais do que palavras; talento é um dom, mas caráter é
uma escolha; o caráter traz sucesso eterno às pessoas; os líderes não podem ultrapassar
as limitações de seu caráter. Quando somos tolos queremos conquistar o mundo; quando
somos sábios, queremos conquistar a nós mesmos.

iii) Exercite sua paciência

“Os líderes que conheço costumam ser impacientes.
Eles olham para o futuro, pensam com antecedência
e logo desejam seguir adiante”. John C. Maxwell.

Um líder precisa ter visão, olhar e pensar sempre a frente, mas

isso às vezes pode ser prejudicial à sua liderança, sobretudo quando não conseguir
estabelecer um ponto de equilíbrio. Muitas vezes somos impacientes com as pessoas e
conosco mesmo, mas, nos esquecemos que um líder não se forma da noite para o dia,
não é algo instantâneo.
Queremos avançar a todo custo, mas precisamos lembrar que o
objetivo da liderança não é chegar em primeiro lugar, mas levar as pessoas até a linha
de chegada. Sendo assim, “os líderes devem tomar a iniciativa de baixar o próprio
ritmo, manter a interação com seu pessoal, recrutar mais gente para ajudar a tornar a
visão uma realidade e manter as pessoas em movimento.”

iv) Procure alguém a quem possa prestar contas

“Muita gente acredita que a prestação de contas é a

disposição de explicar as próprias ações. Porém, o
processo começa bem antes de nossas decisões,
quando ouvimos o conselho dos mais experientes”.
John C. Maxwell
 Em 2010 me rendi ao que nós chamamos na igreja de discipulado,
outros chamam de mentoria ou pastoreio. Mas, enfim, isso fez toda diferença na minha
vida pessoal e ministerial. Já presenciei e ouvi testemunhos de muitas líderes que
fracassaram porque achavam que o que aconteceu com eles jamais poderia acontecer.
Pensavam que eram incapazes de arruinar a própria vida ou de outras pessoas. Ledo
engano!
“A falta de alguém a quem prestar contas sobre a vida pessoal
certamente levará a problemas na vida pública”. A disposição para buscar e aceitar
conselho é um ótimo indicador de responsabilidade. Se você leva em consideração um
conselho logo no início – antes de agir -, é menos provável que saia da trilha. Muitas
iniciativas dão errado porque as pessoas não prestam contas a ninguém desde o início
do processo.
É importante você compreender que você não presta contas
apenas por suas ações, mas também pelas ações das pessoas que lidera. Liderança é
confiança, não um direito que se adquire. Por isso, precisamos nos consertar antes de
exigir o mesmo dos outros.
Thomas J. Watson escreveu: “Nada é mais conclusivo para provar
a capacidade de liderança de um homem que as ações empreendidas, dia após dia, para
liderar a si mesmo”.
Falaremos mais sobre prestação de contas e discipulado em uma
aula específica.

1.2. UM LÍDER SABE OUVIR CRÍTICAS

“você não recebe elogios se não souber ouvir as

críticas. Se deseja ser um líder, precisa se
acostumar com os críticos.” John C. Maxwell

Você já recebeu alguma crítica? Qual foi a sensação?

Em uma corrida, em quem os olhos dos espectadores estão, nos

intermediários ou naquele que está na ponta? É claro que é naquele que está na frente.
Assim também é na vida do líder, quando você está à frente da multidão é notado em
tudo que faz ou deixa de fazer, pela ação ou omissão.
 Como líderes eu a Pra. Aline somos vitrines e alvo dos olhares
atentos da igreja e daqueles fora da igreja, somos constantemente criticados, por isso
não depositamos nossas expectativas nas pessoas ou ficamos aguardando alguém nos
elogiar.
Anote isso: “você não recebe elogios se não souber ouvir as
críticas. Se deseja ser um líder, precisa se acostumar com os críticos.” Não tem como
escapar, você sempre será alvo de críticas.
Se é impossível fugir das críticas, como devemos ouvi-las sem se
deixar abater?
Aristóteles escreveu: “A crítica é algo que você evita com
facilidade; é só NÃO falar nada, NÃO fazer nada e NÃO ser nada”. Mas, se você
pretende se tornar um líder eficaz e bem-sucedido não terá essa opção. Então como
agir?
Em primeiro lugar, assuma uma imagem realista a seu respeito.
A crítica sempre não é em relação à pessoa do líder, mas em relação ao cargo que ele
ocupa. Por isso, é necessário se conhecer bem para separar as duas coisas.
Conhecimento de si é tudo! Benjamin Franklin disse: “Há três coisas muito duras: aço,
diamante e autoconhecimento”.
É por isso que você respondeu àquela enquete do início da aula.
Esse exercício de autoconhecimento é imprescindível para sua liderança e o ajudará em
relação às críticas.
Em segundo lugar, mude, seja responsável. Quando a crítica de
alguém é suficientemente precisa posso seguir dois caminhos: o da omissão, fazer de
conta que não é comigo; e o da ação, assumindo a responsabilidade e implementando as
mudanças necessárias.
Não é tarefa fácil, até porque quando somos criticados a primeira
reação é de se defender e contra-atacar aqueles que o criticou, mas esta não deve ser a
reação esperada de um líder, por isso, quando ouvir uma crítica, antes de tomar qualquer
atitude faça algumas perguntas:
▪ Quem me criticou?4
▪ Como essa crítica foi feita?5
▪ Qual o motivo da crítica?6

4
Críticas adversas de uma pessoa sábia são mais desejáveis do que a aprovação entusiasmada dos tolos.
A fonte geralmente faz a diferença.
5
Tente discernir se a pessoa fez um julgamento gratuito ou se me deu o benefício da dúvida e falou com
ternura.
 Se as críticas são ou não legítimas não importa, o que determina é
como vou recebe-las. Posso ser truculento, arrogante, tomar muitas atitudes reprováveis
ou, posso fazer totalmente o contrário, isto é, ouvir as críticas e implementar as
mudanças necessárias. Como fazer isso? Não ficando na defensiva, procurando os
traços da verdade, efetuando mudanças necessárias e assumindo uma atitude mais
produtiva.
Em terceiro lugar, aceite-se como é, seja maduro.

“A coisa mais fácil de ser neste mundo é você

mesmo. A coisa mais difícil de ser neste mundo é
aquilo que os outros querem que você seja. Não
permita que coloquem você nessa situação” Leo
Buscaglia

Grave isso no seu coração: “para ser a melhor pessoa que pode – e
o melhor líder possível – é preciso ser você mesmo.” E ser o que você realmente é
consiste no primeiro passo para se tornar ainda melhor.
Para finalizar, anote mais esta verdade: Se você se preocupa
demais com o que os outros pensam a seu respeito, é porque acredita mais na opinião
deles do que na sua.
Em quarto lugar, esqueça a si mesmo, seja firme.
“Aprenda a viver de acordo com a sua alma. E, se
os homens se opuserem a você, não dê muita
atenção: cante sua canção, sonhe seu sonho,
alimente sua esperança e faça sua oração”.
Parkenham Beatty
A última etapa nesse processo de lidar de maneira eficaz com as
críticas é parar de se concentrar em si. “Pessoas seguras se esquecem de si, e assim são
capazes de se concentrar nos outros. Ao fazer isso, elas podem enfrentar praticamente
todo tipo de crítica – e até mesmo servir aos que as criticam.
Quero lhe contar um testemunho da Pra. Aline. Certa vez uma
irmã muito preciosa a chamou para conversar e na ocasião a pastora foi duramente
criticada, seja quanto ao comportamento dela, sua postura como líder, seu pastoreio e
muitas outras situações. A pastora se humilhou, pediu perdão e a serviu e a serve até
hoje.

6
É resultado de uma mágoa pessoal ou foi para meu benefício mesmo? Tem gente que sabe magoar os
outros. Essas pessoas usam palavras duras ou fazem críticas numa tentativa de se sentirem melhor, e não
para ajudar as outras.
 Um líder seguro de si nunca precisa se defender.

1.3. UM LÍDER É AQUELE QUE SABE OUVIR

Não sei quanto a você, mas não sou um bom ouvinte e, por isso,
tenho me policiado diariamente quando estou conversando com alguém seja no
escritório, na igreja ou em um aconselhamento. Muitas vezes achamo-nos habilidosos
para ouvir, mas, na verdade, não sabemos de nada.
Stevem Sample afirma: “Muitos líderes são péssimos na hora de
ouvir. Na verdade, eles pensam que falar é mais importante que ouvir. Mas os líderes
contestadores sabem que é melhor ouvir primeiro e falar depois. E, quando param para
ouvir, o fazem com grande habilidade”.

Não resta dúvida que os benefícios de saber ouvir são muito mais
valiosos do que costumamos reconhecer. Existe um estudo que diz que “escutamos
metade daquilo que nos é dito; ouvimos metade daquilo que escutamos; entendemos
metade daquilo que ouvimos; acreditamos em metade do que entendemos e nos
lembramos de metade das coisas em que acreditamos.”
Acreditamos que líderes que ouvem são mais eficazes. John C.
Maxwell aponta cinco razões pelas quais entende que a capacidade de ouvir maximiza
nossa liderança:

Primeira, entenda as pessoas antes de começar a lidera-las.

“A principal fonte da liderança está na capacidade
d entender as pessoas”.

O líder precisa conhecer o que se passa no coração de seus

liderados. Ter sensibilidade em relação às esperanças e aos sonhos dos membros de sua
equipe é essencial para o estabelecimento de interação, assim como é primordial para
motivá-las.
Anote isso: “não é possível estabelecer interação se você não se
esforça para ouvir e compreender.”
Igualmente, não é justo pedir ajuda de alguém com quem você
não estabeleceu uma boa interação, isso não é nada eficaz. Você precisa compreendê-la.
Segunda, ouvir é a melhor maneira de aprender. “Não é por
acaso que temos uma boca e duas orelhas”.
 Quando deixamos de ouvir, bloqueamos uma parte considerável
de nosso potencial para o aprendizado. Os maiores líderes confidenciam que gastaram
fortunas sentado com outros líderes só para ouvir o que eles tinham para falar. Com os
liderados não é diferente, dê valor ao que eles têm para dizer, você aprenderá muito.

Terceira, saber ouvir pode impedir que os problemas se

avolumem. Um provérbio cherokee diz: “ouça os murmúrios para não ter de ouvir os
gritos”. Uau!
Bons líderes atentam às pequenas questões. Eles prestam atenção
à própria intuição. Também estão muito atentos ao que não é dito. Isso exige mais do
que habilidade para ouvir – requer uma boa compreensão do ser humano.
Preste atenção! “Para se tornar um líder eficaz, é importante
deixar os outros dizerem o que você precisa ouvir, e não necessariamente o que
gostaria de ouvir”. Por isso, não fique na defensiva, seja suficientemente seguro de si e
estabeleça uma relação de honestidade na comunicação.
Não é raro o líder agir com certa impaciência, afinal ele sempre
almeja resultado. Infelizmente, esse jeito de agir faz com que deixem de ouvir. “No
entanto, um ouvido mouco é o primeiro sintoma de uma mente bitolada, e ter uma
mente bitolada é um caminho infalível para atrapalhar sua liderança”.
Um líder eficaz é aquele que saber ouvir. Sobre isso, ainda
apresentaremos mais adiante uma ferramenta de coaching chamada “escuta atenta” e
“escuta estruturada”.
Quarta, saber ouvir estabelece uma relação de confiança.

“Saber ouvir estabelece um vínculo de confiança,

que é o fundamento de todos os relacionamentos
duradouros”. Brian Tracy
David Burns, médico e professor de psiquiatria da Universidade
da Pensilvânia, explica:
“o maior erro que alguém pode cometer ao tentar
falar de modo convincente é priorizar a expressão
das próprias ideias e dos próprios sentimentos. O
que as pessoas mais desejam é ser ouvidas,
respeitadas e compreendidas. A partir do momento
que elas percebem que estão sendo compreendidas,
sentem-se mais motivadas para entender o seu ponto
de vista”.
 John C. Maxwell escreve que “quando um líder ouve as pessoas
que o seguem e usa o que elas dizem para promover aprimoramentos que beneficiam a
todos e à organização, os liderados ficam à vontade para depositar sua confiança nele.”
O contrário também é verdade. Quando um líder deixa de ouvir seu liderado isso
prejudica seu relacionamento e, consequentemente, influenciará na confiança e
credibilidade.
Quinta. Saber ouvir fortalece a organização.

Para ser um bom líder, você precisa ser capaz de

não apenas pensar por si, mas também entender o
que os outros pensam e aprender com isso.

O ex-presidente da Chrysler, Lee Iacocca, afirmou: “Saber ouvir

pode fazer toda diferença entre uma empresa grande e outra medíocre”. Bons líderes
sabem dar ouvidos aos liderados. Saber ouvir sempre gera bons resultados, pois, quando
mais você sabe, melhor você se torna – desde que mantenha a perspectiva e continue
pensando como um líder.
Para finalizar este princípio, quero citar uma frase de Jim Rohn:
“Um dos maiores presentes que se pode dar a uma pessoa é a atenção”. Quando os
líderes ouvem, eles têm acesso ao conhecimento, às percepções, à sabedoria e ao
respeito dos outros. Saber ouvir aciona todos os recursos da organização, que se torna
apta a cumprir a visão e atingir suas metas.

1.4. UM LÍDER É UM APAIXONADO

“Nunca trabalhei um dia sequer em minha vida.
Tudo sempre foi muito divertido”. Thomas Edison

Certe vez perguntaram ao John C. Maxwell qual era o segredo de

seu sucesso. Ele respondeu: “adoro o que faço!” Simples assim!

Seguir a sua paixão é o segredo para alcançar o seu potencial.

Somos apaixonados pelo ministério que Deus nos deu, com isso, tudo que planejamos e
executamos é leve. Parece brotar de dentro de nós uma energia inexplicável. Agora
mesmo, escrevendo este texto me sinto desafiado a fazer cada vez mais e com muito
mais excelência, pois afinal é para Ele. Não me canso!

Quando uma pessoa não tem paixão, a vida pode se tornar muito
monótona. Tudo é na base do “tenho de fazer”; nada é feito por vontade ou disposição.
 A paixão é um recurso inacreditável para qualquer pessoa, mas
especialmente para os líderes, fazendo-nos prosseguir quando os outros desistem,
contagiando e atraindo parceiros, impulsionando-nos quando precisamos atravessar os
momentos mais difíceis, dando-nos uma energia que até então não sabíamos possuir.

A paixão nos leva onde o talento, a oportunidade, o conhecimento

e uma ótima equipe não pode nos levar. Ter esses recursos é maravilhoso, quem não
gostaria de tê-los, mas, mesmo que tivéssemos todos eles, sem paixão não chegaríamos
a lugar algum.

Um líder precisa de paixão. A paixão é o que distingue o

extraordinário do comum (ordinário). Jack Welch diz: “o mundo pertencerá a líderes
resolutos e movidos pela emoção (...), a quem não apenas possui grandes reservas de
energia, mas também for capaz de energizar seus liderados.”

David Ambros escreveu que “se você tem vontade de vencer, já

alcançou a metade do sucesso; se não tem, já alcançou a metade do fracasso”.

“Se você deseja alcançar seu potencial, descubra sua

paixão”.

Anotem isso!

“Para a maioria das pessoas, há uma diferença enorme entre trabalho e diversão. O
trabalho é o que precisam fazer para conquistar uma vida que lhes permita, um dia fazer
o que desejam. Não viva dessa maneira! Opte primeiro por fazer o que ama e depois vá
efetuando os ajustes necessários para que isso dê certo em sua vida. Siga o conselho de
Confúcio: “Escolha o trabalho que ama, e nunca terá de trabalhar um dia sequer
em sua vida.” O melhor dos empregos é aquele que você não tem muita certeza da
linha que divide trabalho e diversão”.

No ministério isso não é diferente. A igreja representando um

Corpo é um organismo vivo e, como tal têm muitos órgãos e funções. Exerça a
liderança onde seu coração queimar e tudo será leve e, certamente, você será um líder
eficaz.
CRÉDITOS!

Você receberá em PDF um excelente livro de John MacArthur, O Livro sobre Liderança. São Paulo: Cultura Cristã.
2009. Recomendo sua leitura, vai edificar muito sua vida. O livro é inspirado na liderança do apóstolo Paulo.

Princípios de liderança apontados pelo autor:

1. Um líder é confiável

“Quando as pessoas estão convencidas de que você fará tudo que está ao seu poder pelo
bem delas e nada para lhes prejudicar, elas confiarão em você.” Um líder não é alguém que é consumidor
por seu próprio sucesso e seus próprios melhores interesses. Um verdadeiro líder é alguém que demonstra
a todos que lhe cercam que os interesses deles são o que mais ocupa seu coração. O verdadeiro líder
trabalhará duro para que todo mundo ao seu redor seja bem-sucedido. Sua paixão é ajudar pessoas sob sua
liderança a florescerem. Por isso que um verdadeiro líderes tem de ter o coração de servo.

2. Um líder toma a iniciativa

Os verdadeiros líderes tomam a iniciativa, se levantam e constroem. Este princípio pode

ser constatado na vida de Neemias, quando se indignou com os escombros de Jerusalém e resolveu
reconstruir os muros da cidade.

3. Um líder avalia corretamente

Um líder avalia corretamente. De acordo com a cosmovisão, um líder é alguém que se

arrisca. Líderes são frequentemente chamados para ter certa quantia de risco legítimo e calculado. Mas
um bom líder nunca toma uma decisão que é puramente arriscada. Líderes sábios não apostam com seu
povo. Eles não sujeitam seu povo e perigos desnecessários.

4. Um líder fala com autoridade

Bons líderes falam com autoridade, não com autoritarismo, arrogância ou

exibicionismo. A voz de autoridade tem de transmitir força e poder. Se você não sabe sobre o que está
falando, não consegue falar claramente ou com autoridade. E se você não for capaz de transmitir
verbalmente certeza, confiança e coragem, fundamentado em conhecimento, encontrará muita dificuldade
para liderar as pessoas.

5. Um líder fortalece os outros

O objetivo de um líder é tornar melhores todos que lhe cercam. Eles os deixam mais
fortes, mais eficientes e mais motivados. Sua confiança fortalece a força de outros.

6. Um líder é otimista e entusiasmado

O entusiasmo otimista inspira seguidores. As pessoas seguirão naturalmente um líder

que desperta suas esperanças, e elas irão certamente da mesma maneira se afastar de alguém que é
perpetuamente pessimista.
 7. Um líder não abre mão dos absolutos

Quando Deus fala, não se pode fazer concessões. Uma coisa é chegar a um acordo sobre
assuntos de preferência. É completamente diferente ceder em questões de princípio. A concessão é boa e
saudável na maioria das relações humanas, mas quando se trata de princípios não existe concessão. Para
um líder espiritual, os absolutos (princípios) são estabelecidos pela Palavra de Deus. Um líder que aplica
todos os outros princípios de liderança pode talvez atingir uma quantia de eficácia pragmática.

8. Um líder focaliza os objetivos, não os obstáculos

Um líder nunca foca nos problemas, e sim na solução. Seus olhos estão atentos à
solução dos problemas.

9. Um líder capacita por meio do exemplo

O exemplo fala mais que palavras. Um líder busca ser exemplo para seus liderados em
todas as áreas de sua vida. Isso inspirará a todos.

10. Um líder cultiva a lealdade

A lealdade é devida, em primeiro lugar a Deus e à sua palavra, mas também àqueles que
representam a verdade. O que é lealdade? A lealdade autêntica não é nenhuma devoção cega a um mero
homem. É, em primeiro lugar, uma submissão à verdade e ao dever. Mas isso envolve devoção às
obrigações de amor e amizade também. Está entre a mais religiosa e divida das virtudes, porque o próprio
Deus é eternamente fiel.

11. Um líder tem empatia pelos outros

Líderes têm de dar ao seu povo um espaço para falhar. As pessoas precisam de
encorajamento em vez de desprezo quando lutam. Eles respondem àquele a quem serve quando este tiver
empatia sincera na angústia e decepção deles. As pessoas precisam ser edificadas e não derrubadas
quando falham. O líder sábio nunca precisa tratar seu povo com rudeza.

12. Um líder mantém uma consciência limpa

A consciência dá testemunho à realidade que algum conhecimento da lei moral de Deus

está inscrito em todo coração humano desde a criação. Nossa sensibilidade à culpa pessoal é, portanto,
uma característica fundamental da nossa humanidade que nos distingue dos animais. Um líder verdadeiro
mantém sua consciência limpa no sentido de que tudo que faz está à luz da Palavra de Deus.

13. Um líder é determinado e decidido

Bons líderes devem ser capazes de tomar decisões de uma maneira lúcida, inteligente e
conclusiva. Eles também devem ser capazes de comunicar objetivos de uma maneira articulada, enfática e
distinta, afinal de contas, um líder e alguém que lidera. Qualquer um pode divagar, pode ser tímido e
ambivalente, mas o líder não, este precisa dar direção.

14. Um líder sabe quando mudar de ideia

Este princípio com o anterior (um líder é determinado e decidido) andam de mãos
dadas. Líderes devem ser determinados e decisivos, mas não podem ser inflexíveis. A melhor prova da
sabedoria de um líder nem sempre está na decisão que ele toma e sim na forma de rever suas próprias
decisões e mudar de ideia.

15. Um líder não abusa da sua autoridade

O líder deve permanecer compassivo, empático e humilde. Se ele se tornar ressentido,

repressivo ou cruel no tratamento com seu povo, perderá sua eficácia como um líder.

16. Um líder não abdica da sua função em face de oposição

O verdadeiro líder não abre mão de sua função só porque está recebendo oposição do
povo. Um líder precisa saber ser criticado e lidar bem com as críticas.

17. Um líder tem certeza de seu chamado

Aqueles que são inseguros da sua própria vocação não têm a possibilidade de serem
líderes eficazes. Nada é mais debilitante para a liderança do que duvidar de si próprio. As pessoas que
tem receio de seu próprio dom ou chamado nunca serão bons líderes porque, no nível mais básico, elas
são incertas sobre se o que estão fazendo é certo.

18. Um líder conhece suas próprias limitações

O líder que se esquece da sua própria fraqueza falhará inevitavelmente. A liderança

segundo os padrões da palavra de Deus não se confunde com arrogância, presunção, egoísmo e vaidade.

19. Um líder é resistente

Um líder, embora sabendo da sua própria fraqueza, deve ser forte e firme. Líderes são
perpetuamente atacados por provocações. Afinal de contas a liderança é sobre pessoas, e as pessoas
causam problemas. Algumas pessoas são problemas. O líder, enquanto estando completamente ciente da
sua própria fragilidade tem de achar, contudo, fora para suportar todo tipo de provocação inclusive
pressão, perplexidade perseguição e dor.

20. Um líder é apaixonado

Uma pessoa desligada e indiferente não é um líder genuíno. Todos os líderes têm de ter
paixão. E os líderes espirituais especialmente dever ser dirigidos por uma intensa paixão pela verdade,
como também um amor profundo, fervente e duradouro por Cristo. É impossível manter tais afetos e ser
passivo ou não emotivo.

21. Um líder é corajoso

Ninguém a quem falta a coragem de convicções básicas pode ser um líder eficaz. As
pessoas não seguem covardes. Às vezes, a coragem do líder é expressa em confrontação.

22. Um líder sabe discernir

Uma das qualificações fundamentais para liderança espiritual é um conhecimento da

verdade, uma habilidade de reconhecer mentiras, e a perícia de usar a verdade para refutar as mentiras.
Um líder sabe discernir.
23. Um líder é disciplinado

O autocontrole é absolutamente vital ao êxito duradouro em qualquer empenho de vida.

Muitas pessoas tingem um grau de preeminência só pela força do talento natural. Mas líderes reais,
influentes são aqueles que se decidam à disciplina pessoa e tiram o máximo de seus dons. Àqueles
que falta totalmente o autocontrole invariavelmente falharão, e eles perdem o exemplo de integridade
tão essencial ao melhor tipo de verdadeira liderança.

24. Um líder é enérgico

Um líder eficaz tem de manter a meta à vista e correr com persistência e com toda a sua
energia. Líderes eficazes não são preguiçosos e inativos, na verdade são operosos e diligentes.

25. Um líder como delegar

Simplesmente não é uma liderança sábia tentar administrar tudo com as próprias mãos.
Líderes que adotam esta abordagem invariavelmente frustram seu povo pela microadministração, e
eles sabotam sua própria eficácia e se atolando em detalhes.

26. Um líder é semelhante a Cristo

A liderança é tudo sobre caráter, honra, decência, integridade, fidelidade, seantidade,

pureza moral e outras qualidades semelhantes a estas. Todas essas virtudes podem ser unidas e
resumidas em uma declaração final. Isso preenche e perfeitamente resume toda a exigência
fundamental de um verdadeiro líder. Um líder semelhante a Cristo.
 ATENÇÃO!

DESAFIO DA PRIMEIRA SEMANA!

ASSISTA A MINISTRAÇÃO ABAIXO E FAÇA UMA SÍNTESE:

https://www.youtube.com/watch?v=vnz5tSD27S8&t=3861s

ACESSE O PORTAL ABAIXO E RESPONDAS ÀS PERGUNTAS PARA SABER

QUAL É SEU PERFIL COMPORTAMENTAL:

https://incubadoradelideres.com.br/teste-disc.php

Obs.: para responder às perguntas da incubadora de líderes você deverá separar um

tempo quando estiver mais tranquilo.
DINÂMICA II
AULA PERFIL COMPORTAMENTAL

Os participantes que realizaram o teste ao longo da semana serão separados em 4

grupos, um para cada Perfil Comportamental:

▪ DOMINANTE
▪ INFLUENTE
▪ ESTÁVEL
▪ CAUTELOSO

Os componentes de cada grupo terão 3 minutos para descobrir as

características comuns deles que os identificam com os participantes do seu grupo.
Essas características serão escritas em uma folha em branco e apenas um dos
componentes do grupo terá 00:30 segundos para lê-las para a sala inteira.
 CAPÍTULO II

2. PERFIL COMPORTAMENTAL

“Conhecer a sim mesmo e reconhecer suas

limitações o ajudará a compreender as pessoas e a
se relacionar bem com elas.”

Você provavelmente já se deparou com pessoas que são mais

dominantes, mandonas, que gostam de demandar; ou com pessoas empolgadas demais,
que chegam a ser inconvenientes em determinados momentos; ou pessoas estáveis que
conseguem ser tão calmas e, às vezes inseguras; e, por fim, com pessoas cautelosas,
metódicas e precisas.

Você sabe porque elas agem assim?

Allyn Cutts afirma que as pessoas estão inclinadas a preferir e aproximar-

se de pessoas com estilos parecidos, ou seja, “os iguais se aproximam”. Mas, é
inevitável que durante sua vida, seja ela profissional, familiar e, até mesmo ministerial,
você terá de lidar com os diferentes. “Nestes momentos, é preciso saber adaptar-se de
maneira a conviver respeitosamente e harmoniosamente com as diferenças.”

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa da Universidade de

Stanford, Universidade de Harvard e Fundação Carnegie, aponta que 15% do sucesso de
alguém está diretamente ligado à capacidade e conhecimento técnico, mas, 85% está
relacionado à habilidade de relacionar-se bem com as pessoas, “além do grau de
conhecimento sobre o comportamento humano que a pessoa possui.”

Sulivan França, Ceo da Slac7, diz que “é muito mais fácil adquirir
conhecimento técnico do que habilidade com pessoas”.

Para superar esse desafio, foi criada uma metodologia denominada DICS,
pela qual “é possível criar uma linguagem comum, adequada e respeitosa, permitindo a
convivência e a comunicação harmoniosa entre todas e quaisquer pessoas, levando a
maiores níveis de sucesso, felicidade e a menos stress”.

É claro que todos possuem forças, fraquezas e alguns pontos a serem

desenvolvidos ou trabalhados. O DISC permite que o indivíduo possa trabalhar seus
pontos fortes e fracos a fim de eliminar ou minimizar certos comportamentos que o
impede de obter sucesso.

Mas, enfim, o que é DISC?

7
Sociedade Latino Americana de Coaching
 William Moulton Marston publicou em 1928 um livro de sua autoria,
Emotions of Normal People (Emoções de Pessoas Normais)8, onde apresenta a teoria do
comportamento humano baseada nas emoções, sendo possível identificar quatro tipos de
respostas comportamentais às emoções: DOMINÂNCIA (D), INFLUÊNCIA (I),
ESTABILIDADE (S) e CAUTELA (C).

O DISC apresenta 99,9% de precisão nos resultados dos

perfis comportamentais. Segundo Marston, “nunca se tratou da criação de um modelo
estático e rotulador, mas de algo dinâmico, em que cada indivíduo transita. Todo mundo
é feito de um, ou talvez dois principais estilos comportamentais que se destacam sobre
os outros; então são combinados com os outros fatores restantes para definir nosso estilo
geral de comportamento.”

O estudo comportamental de pessoas normais permite que cada indivíduo

possa conhecer a sim mesmo, bem como trabalhar seu comportamento, adaptando-o ao
ambiente e às situações, podendo, com isso, se tornar mais eficiente.

Seguem as quatro dimensões do DISC:

▪ DOMINÂNCIA: como uma pessoa lida com problemas e desafios;

▪ INFLUÊNCIA: como uma pessoa lida com pessoas e como as influencia;

▪ ESTABILIDADE: como uma pessoa lida com mudanças, e seu ritmo;

▪ CAUTELA: como uma pessoa lida com regras e procedimentos determinados

por outros.

Segundo Cutts, estes quatro estilos permitem “compartimentalizar” os

estilos de comportamento, cada um com suas particularidades, as quais permitirão
identificar com qual estilo está sendo lidado.

Procurar-se-á demonstrar de forma mais resumida as características de

cada perfil DISC:

DOMINÂNCIA (D)

“... é um sentimento de explosão de energia para remover oposições”.

8
Tradução livre.
 O perfil “D” caracteriza-se pelo seu foco na lógica, por ser objetivo,
cético e desafiante. É rápido, dinâmico, audacioso e assertivo. Ele procura decisões,
superação de obstáculos e resultados. Pode-se afirmar que o primeiro impulso de
alguém caracterizado pelo “D” é tomar o controle das situações e atingir resultados.

E mais, são orientados por desafios, tomam a iniciativa, são inovadores,

visionários e determinados, além de capazes de tomar decisões rapidamente.

ATENÇÃO!

Estas mesmas características, se não controladas e/ou usadas sabiamente, podem tornar-
se suas fraquezas.

Segue mais uma lista de adjetivos que caracterizam o perfil

comportamental “D”:

“corajoso, ousado, objetivo, determinado, competitivo, tom de voz alto e forte, voltado
para metas, são enérgicos, estopim curto, não se importam muito com problemas, eles
foram feitos para resolver, ele não pede e ele manda, parecem agressivos, rudes, falam
depressa, sempre com pressa, sempre colocam como pensam e não pergunta "o que
acham?", conversa olho no olho, dão ênfases em suas conquistas, confiam nos seus
instintos, o tempo todo inconformados, não anestesia antes, vai direto ao ponto, tem
dificuldade em gerar empatia, não são bons para resolver conflitos, não gosta de
rodeios, ama desafios, quando elogiado se sente motivado, ama correr risco, “da seus
pulos e se vira”, são excelentes empresários, empreendedores, vendedores,
comissionados, rápidos em tomadas de decisão, alta performance.

Por serem extremamente dinâmicos, prezam por desafios e mudanças, e

qualquer ambiente que ofereça muita constância e atividade repetitivas pode desmotivar
e até mesmo levar a uma ação hostil. Podem ser impacientes e, às vezes, interpretados
como arrogante e rudes pela forma dura e direta de ser comunicarem. Na maioria das
vezes, não são bons ouvintes, já que seu foco não está em se relacionar com pessoas,
mas em resultados e realizações. Munidos de uma impulsividade agressiva, podem
tomar decisões repentinas, sem levar em consideração opiniões e sentimentos alheios.
PARA POTENCIALIZAR SUA PERFORMANCE O “D” DEVE:

✓ Diminuir o ritmo, ser mais paciente.

✓ Não tomar conclusões ou tomar decisões apressadamente.

✓ Escutar mais os outros.

✓ Ter mais ciência de qual o seu impacto sobre os outros.

✓ Não reagir exageradamente.

PARA TER SUCESSO NA COMUNICAÇÃO COM O PADRÃO “D”,

LEMBRE-SE DE:

✓ Ser direto e específico.

✓ Fornecer alternativas.

✓ Assegurar que ele “ganhe”.

✓ Discordar somente com fatos.

✓ Apreciar a batalha.

✓ Não ser emocional.

✓ Não dominar, não “passar por cima” dele.

✓ Atuar rapidamente, ele decide rápido.

PARA RECONHECER UM PADRÃO “D”, OBSERVE:

✓ Parece estar sempre com pressa.

✓ É direto, diz o que pensa.

✓ Pode ser rude.

✓ Coloca as próprias opiniões como fatos.

✓ Interrompe os outros.

✓ Tende a falar com muitas pessoas ao mesmo tempo.

✓ “qual é o desfecho/resultado”?

✓ É agressivo.
 ✓ É exigente.

✓ “Como isto me beneficia”?

✓ Muito impaciente.

✓ Fica irritado facilmente.

INFLUÊNCIA (I)

“...é preocupado com pessoas, é amigável, extrovertido e estimulante”.

O perfil “I” caracteriza-se pela sua receptividade, isto é, orientando-se

por pessoas, relacionamentos e interação com os outros. Evita conflitos, gosta de
conversar. É divertido e alegre no ambiente de trabalho, são expressivos, tem iniciativa,
além de ser otimista e certa tendência à desorganização.

Em geral o “I” pode ser de grande valor para uma equipe e tende a ser
motivador natural. Com seu otimismo e entusiasmo, manterá a equipe unida na busca
por um objetivo comum. Com seu senso de humor, adiciona diversão e alegria à equipe.

E mais, o “I” gosta de socializar-se, não vai direto ao ponto, gosta de

conhecer, conversar e conviver com pessoas, tem dificuldade de manter o foco, pode
parecer egocêntrico por querer falar muito de si mesmo, assim como teme que não
gostem dele, gosta de ser reconhecido e, não raras vezes é desatento a detalhes
importantes.

PARA POTENCIALIZAR SUA PERFORMANCE O “I” DEVE:

✓ Falar menos, escutar mais.

✓ Não reagir emocionalmente.

✓ Evitar promessas que não possa cumprir.

✓ Manter o foco mais nos detalhes.

✓ Fazer acompanhamento.
PARA TER SUCESSO NA COMUNICAÇÃO COM O PADRÃO “I”, LEMBRE-
SE DE:

✓ Ser um amigo, não ignorar.

✓ Agendar tempo para conversar.

✓ Divertir-se e agir descontraidamente.

✓ Deixar ele falar.

✓ Dar reconhecimento.

✓ Falar sobre pessoas e sentimentos.

✓ Lembrar-se de acompanhar.

✓ Aproximar-se.

PARA RECONHECER UM PADRÃO “I”, OBSERVE:

✓ É aberto e amigável.

✓ Fala muito.

✓ Entusiasma-se facilmente.

✓ É animado.

✓ Fala sobre pessoas que conhece.

✓ Não focaliza muito em detalhes.

✓ Não escuta por muito tempo.

✓ Não presta muita atenção.

✓ Pode fazer as mesmas perguntas muitas vezes.

✓ Pula de assunto para assunto.

✓ Mantém distância de assuntos difíceis.

ESTÁVEL (s)

Assim como a tendência comportamental do “I”, a do “S” também

apesenta um enorme cuidado com pessoas, senso este também o seu norte. Entretanto, o
“S” tem uma forte tendência a ser extremamente reflexivo.
 O Perfil “S” caracteriza-se pelo trabalho em equipe, preocupação com
pessoas, cooperação e colaboração, mais do que a persuasão e a atividade. Ele é
paciente, empático, orientado por tarefas e pessoas em geral, é fácil de lidar, sempre
aberto às questões e necessidades alheias, lida bem com procedimentos e processo bem
definidos, preferindo itinerários claros e estáveis a improvisações.

O “S” é leal, organizado, perseverante e trabalha em equipe, mesmo

assim, estas mesmas qualidades ímpares, se não utilizadas com cuidado, podem levar à
certa teimosia, dificuldade para lidar com mudanças e uma tendência a evitar a evitar

controvérsias, mesmo quando necessárias. Em síntese, o “S” pode ter dificuldade de

estabelecer prioridades, pode hesitar e temer mudanças, é mais passivo e reflexivo,
prefere estabilidade à incertezas e variação.

O “S” tem um ritmo mais lento. Geralmente mais que o normal. Querem que as coisas
continuem como estão. É transtorno falar em mudanças radicais. Acha que é de grão em
grãos que a galinha enche o papo. Não gosta de pressão e não colocar pressão sobre os
outros. Não gosta de chamar atenção. São conectados consigo, com o ambiente. Querem
que o ambiente mude num ritmo ecológico. São pessoas que falam menos, são
recatados. Pedem ao invés de mandar. Até canta pra falar, falam de forma mansa e
calma. São extremamente calmos e reservados. Mostra tranquilidade e não ameaça. Não
toma decisão sem antes consultar. O ambiente é aconchegante e funcional. Caminha
lentamente. Arrasta chinelo. Pacientes, tolerantes, engolem sapos, prestativos,
voluntários. Detestam reconhecimento público. São casuais no modo de vestir. Ele se
veste pra ele e não se está bonito, mas quer que seja confortável. Gostam de esperar as
pessoas. São muito amigáveis. Gosta das pessoas mais discretos. São inseguros. Precisa
de ambientes seguros.

PARA POTENCIALIZAR SUA PERFORMANCE O “S” DEVE:

✓ Ser mais assertivo e ativo.

✓ Falar mais alto.

✓ Agir agora, pensar menos.

✓ Manter suas emoções sob controle.

✓ Não ter receio de mudanças e coisas novas.

PARA TER SUCESSO NA COMUNICAÇÃO COM O PADRÃO “I”, LEMBRE-
SE DE:

✓ Fazer muitas perguntas.

✓ Estudar as especificações e outras informações cuidadosamente.

✓ Atuar cautelosamente.

✓ Não expressar pontos de vista discordantes com facilidade.

✓ Poder se aprofundar em um assunto previamente.

✓ Tende a ser muito crítico; críticas baseadas em fatos, não em opiniões.

PARA RECONHECER UM PADRÃO “I”, OBSERVE:

✓ Parece campo.

✓ Não fica entusiasmado facilmente.

✓ Escuta cautelosamente.

✓ Concorda e vai em frente.

✓ É tranquilo.

✓ Faz perguntas e questionamentos sobre assuntos específicos.

✓ Parece ter opiniões fortes, mas não as expressa verbalmente.

✓ Parece atencioso.

✓ Ideias/pensamentos completamente novos parecem deixa-los desconfortável.

CAUTELOSO (C)

O Perfil “C” caracteriza-se pelo dinamismo, audácia, a asserção e o

ritmo acelerado, mais ao mesmo tempo tende a ser mais reflexivo, ter um ritmo mais
moderado, mais calmo, metódico, cuidadoso. É questionador e receptivo, possui
comportamento lógico, objetivo, cético e desafiante.

O “C” com pessoas é paciente, cortês, diplomático, mas às vezes, frio e

indiferente. Voltado a procedimentos, fatos e dados concretos, não tem dificuldade
diante de regras, procedimentos e códigos de conduta consigo mesmo e com os outros.
Sua crítica pode ser, por vezes, excessiva, levando a conflitos e ao pessimismo.
 Tendem a produzir trabalho de alta qualidade. Por manterem muito foco
nos detalhes, tornando-se minuciosos e, lentos, perdem a visão do todo. Dificilmente
têm atritos com as pessoas, pois, enfrentar conflitos é o receio básico dos indivíduos
desse padrão. Mesmo quando julgam algo como errado, sua forma de expor é indireta e
seca, o que pode ser interpretado como dificuldade em se relacionar.

Pode ser frustrar se forem colocados em ambiente onde as conversas são

superficiais. São ótimos para estabelecer a ordem e disciplina no local, bem como a
qualidade nos processos de trabalho.

PARA POTENCIALIZAR SUA PERFORMANCE O “C” DEVE:

✓ Falar mais.

✓ Decidir e entrar em ação mais rapidamente.

✓ Não ter receio de cometer erros.

✓ Não perder o panorama geral.

✓ Aceitar a ambiguidade.

PARA TER SUCESSO NA COMUNICAÇÃO COM O PADRÃO “C”,

LEMBRE-SE DE:

✓ Fornecer fatos.

✓ Evitar tocar.

✓ Ser paciente, reduzir o ritmo.

✓ Fornecer informação muito detalhada.

✓ Controlar sua própria atividade.

✓ Não falar sobre assuntos pessoais.

✓ Não pressionar.

✓ Manter o foco nos assuntos.

PARA RECONHECER UM PADRÃO “C”, OBSERVE:

✓ Parece reservado e, de alguma forma, tímido.

✓ É quieto.
 ✓ Manter o foco em detalhes.

VISÃO GERAL DAS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS

D I S C
INDICADORES DOMINÂNCIA INFLUÊNCIA ESTÁVEL CONFORMIDADE
DOS PADRÔES E
SUAS (SERENO) (CAUTELOSO)
CARACTERÍSTIC
AS MAIS
MARCANTES
PONTOS FORTES NO ASSERTIVO COMUNICATIVO AMIGÁVEL EXATO
AMBIENTE
CORPORATIVO. COMPETITIVO AMIGÁVEL DELIBERATIVO CAUTELOSO

CARACTERÍSTICA DIRETO INFLUENCIADOR DEPENDENTE CONFORME AS

PREFERENCIAL REGRAS
EXECUTOR/DIRECIONAD PERSUASIVO BOM OUVINTE
OR LÓGICO
POSITIVISTA BONDOSO
CHEIO DE FORÇA PERFECCIONISTA
VERBAL/FALAD PERSISTENTE/SORRIDEN
TOMA DECISÕES/ALTA OR TE PRECISO/BASEADO EM
INICIATIVA FATOS

CARACTERÍSTICAS CUNSULTATIVO SONDAGEM ATIVO FIRME

DEMONSTRADAS
PELO BAIXO PADRÃO NÃO EXIGENTE REFLEXIVO ALERTA INDEPENDENTE
NO AMBIENTE
CORPORATIVO CUIDADOSO SÉRIO DEMONSTRATIVO PERSISTENTE

CONSERVADOR BASEADO EM MOBILIDADE VONTADE FORTE

FATOS
INQUIETO TEIMOSO
LÓGICO

FOCO PODER SOCIABILIZAÇÃ PACIFICADOR POLÍTICO

O

ESTILO DE DIZER O QUE FAZER VENDEDOR OUVINTE ESCREVENTE/DIGITAD

COMUNICAÇÃO OR

MOTIVADORES METAS TANGÍVEIS RECOHECIMENT SEGURANÇA/INCLUSÃO POLÍTAS E

O EM EQUIPES INFORMAÇÕES

MEDOS/RECEIOS FALIR/NÃO DAR CERTO REJEIÇÃO INSEGURANÇA/EXCLUS CONFLITO/CAOS

ÃO

ESTILO O QUÊ? QUEM? POR QUÊ? COMO?

PREFERENCIAL PARA
QUESTIONAMENTOS

ESTILO DE AUTORITÁRIO DEMOCRÁTICO BASEADO EM BASEADO EM

LIDERANÇA PROCEDIMENTOS CONHECIMENTO

LINGUAGEM ADMIRAÇÃO ACEITAÇÃO E APRECIAÇÃO AFIRMAÇÃO

AMOCIONAL PARA APROVAÇÃO
GERAR EMPATIA

O maior objetivo do DISC, enquanto ferramenta, é proporcionar o

autoconhecimento e a possibilidade de melhorar relacionamentos profissionais, pessoais
e ministeriais, além do próprio desenvolvimento humano.

É importante esclarecer que você não é “D” (“I”, “S” ou “C”), você é
DISC. Toda pessoa é feita de um, talvez dois, principais estilos comportamentais que se
destacam diante dos outros; estes então combinados com os fatores restantes para
definir um estilo comportamental geral.
 Isto quer dizer que o estilo comportamental de uma pessoa, mais do que
composto por uma tendência dominante, é composto pelo equilíbrio entre todas as
quatro dimensões DISC. Seja sua presença mais ou menos acentuada, cada tendência
influencia a maneira como cada pessoa tende a agir nas situações cotidianas que
enfrenta.

Cutts aponta “tal como qualquer estilo comportamental, o alto D (I, S ou

C), pode ser afetado pela intensidade dos outros fatores combinados no estilo
comportamental. Lembre-se, cada pessoa é uma combinação de um ou mais estilos
comportamentais dominantes, além de ser sua totalidade composta pelos variáveis
níveis de todos os estilos.

Para finalizar, de maneira geral, é possível identificar o perfil

comportamental de uma pessoa, no que vale as suas tendências dominantes, apenas
através da observação e interação cotidiana. Conhecendo a teoria DISC lhe habilitará
para se auto analisar e descobrir maneiras de melhor se adaptar à diferentes pessoas que
está a sua volta, sabendo que comportamentos destacar, frear e melhor conduzir.

No que tange à liderança no ministério, compreender essa ferramenta lhe

permitirá aumentar sua eficácia, sobretudo na formação da equipe e na condução dos
trabalhos, colocando as pessoas certas no lugar certo.
 ATENÇÃO!

DESAFIO DA SEGUNDA SEMANA!

ASSISTA A MINISTRAÇÃO ABAIXO E FAÇA UMA SÍNTESE:

https://www.youtube.com/watch?v=7BTeLIswFpA&t=1771s

VOCÊ RECEBERÁ UM QUESTIONÁRIO ABAIXO COM PERGUNTAS

RELACIONADAS AO DISC. VOCÊ DEVERÁ RESPONDÊLAS E
ENCAMINHÁ-LAS AO SEGUINTE E-MAIL:

treinamentochurch@gmail.com
DINÂMICA III

▪ Um participante para dizer o que mais a mensagem

do desafio da semana falou com ele (00:02);

▪ Um participante para dizer o quanto o DISC

impactou sua vida (00:02).

VAMOS BRINCAR AGORA!!!

QUERO SABER O QUE VOCÊ APRENDEU ATÉ
AGORA, POR ISSO PRESTE ATENÇÃO!
 CAPÍTULO III

3. FERRAMENTAS IMPRESCINDÍVEIS PARA SUA VIDA

O que é uma ferramenta?

Segundo os dicionários, ferramenta é: “qualquer instrumento que se

usa para a realização de um trabalho”. No sentido figurado, é “conhecimento que
alguém se vale para realizar um ofício, um trabalho”; “a criatividade é a ferramenta do
artista”; “é o meio que se usa para alcançar um objetivo, fim, propósito”9.

Neste capítulo serão apresentadas algumas ferramentas imprescindíveis

para todos aqueles entenderam que é hora de sair da “zona de conforto” e estão
buscando uma vida de alta performance, seja na vida pessoal, familiar ou ministerial.

Um estudo mais aprofundado te levará a inúmeras ferramentas, mas, ao

que interessa ao presente Treinamento serão apresentadas as seguintes ferramentas: a)
Foco, b) Foco na Solução, c) Escuta atenta, d) Escuta estruturada, e) Empatia, f)
S.M.A.R.T. e g) Roda da Vida, .

3.1. FOCO

John Maxwell diz que certa vez estava assistindo a uma aula quando seu
professor começou a ensinar sobre a Lei de Pareto10, também conhecida como o
“Princípio 80-20”. Segundo este princípio, 80% das consequências são resultados de
20% das causas. Ele cita alguns exemplos:

▪ 80% dos engarrafamentos ocorrem em 20% das estradas.

▪ 80% da participação na aula é creditada a 20% dos alunos.

▪ 80% das vezes você usa 20% das roupas.

▪ 80% dos problemas são causados por 20% dos empregados.

▪ 80% de todas as decisões podem ser tomadas com 20% da informação

disponível.

▪ 80% de todo trabalho da igreja e realizado por 20% dos membros.

Uau!!!

9
https://www.dicio.com.br/ferramenta/, acessado em 22/8/2020, às 10:39.
10
Wilfried Fritz Pareto nasceu na França, de pais italianos da Ligúria; sua família detinha o título de
nobreza desde o início do século XVIII.
 O que isso significa?

Significa que 20% das atividades de um indivíduo mediano são mais

produtivas que 80%. Logo, se esse indivíduo estiver buscando uma vida de alta

performance, precisará “FOCAR” melhor nas tarefas que estão inseridas nos
20%.

Mas o que é foco?

Em uma definição mais simplista, foco “é a capacidade de se concentrar

100% no que está fazendo”.11

Imagine um segurança de banco, sua missão é evitar qualquer tipo de

ataca à agência, por isso deve estar focado 100% na sua posição, nada pode distraí-lo,
cores, sons, movimento e conversas. Qualquer vacilo pode lhe custar sua vida e a vida
de muitas pessoas.

Vamos lá, no seu dia-a-dia você chega ao trabalho senta-se, abre o

computador e dá início às suas tarefas. Sua mesa está cheia de atividades, mas você
resolve dá uma espiadinha no seu WhatsApp, responde um, responde outro. Em
questões de segundo, você recebe uma notificação do Instagram de alguém que curtiu
sua foto. Você, é claro, foi checar. Daí aproveitou para dar uma bisbilhotada nas
publicações de seus amigos. Quando você pensa que não, recebe uma notificação do
Youtube de um vídeo novo que alguém acabara de lançar. Você não perdeu tempo,
correu para lá e assistiu. Sua manhã quase foi embora. Para acabar, você resolveu dar
uma olhada do Facebook, gastou ali alguns minutos. Chegou a hora de almoçar! E
assim você vai fazendo o tempo todo e em todo o lugar que estiver, seja no trabalho, na
sala de aula, em casa e na vida...

NADA contra as redes sociais, são bênção, mas, quando usada sem
sabedoria ROUBA nosso foco!

É necessário saber o que é prioridade.

Onde você tem investido seu tempo? Você tem uma agenda? O que te
oferece mais retorno? O que mais gratificante? O que isso exige de você?

Responder a essas perguntas não é tarefa fácil, principalmente quando

ainda não se sabe ao certo qual caminho familiar, profissional e ministerial a seguir. Um

11
Definição de Luiz Cláudio Borges.
estudo aponta que as empresas mais geram resultados e são bem sucedidas são aquelas
têm ações simples e focadas.

Warren Buffett diz “as escolas de administração valorizam mais o

comportamento complicado e difícil do que a simplicidade, mas o simples é o mais
eficiente”. Concentre-se na simplicidade e manterá seu foco, assevera John Maxwell.
Este ainda aponta cinco decisões importante que lhe ajudaram ser mais focado e
produtivo:

Primeira: Decidi que não precisava saber de tudo. Existe um

entendimento equivocado de que o líder é aquele que tem todas as respostas. Isso NÃO
é verdade! “Líderes de sucesso não sabem tudo, mas conhecem pessoas que possuem as
respostas.”

Como advogado e pastor não tenho todas as respostas dos incontáveis

assuntos que permeiam esses dois ministérios, mas gosto de me aliançar pessoas,
amigos, mentores e discipuladores que têm as respostas que preciso.

Em qualquer área da sua vida você precisará de pessoas. Na liderança

não é diferente. Para os líderes é melhor saber as coisas mais importantes do que saber
tudo. É imprescindível focar em poucas coisas do que em tudo.

Segundo: Decidi que não precisava saber de tudo antes dos outros. A
maioria das pessoas possui o desejo forte e natural e estar “por dentro de tudo”. É por
isso que os canais de “fofocas” são os mais acessados. No que tange a uma empresa,
organização ou igreja, muitos líderes também querem estar “por dentro de tudo”.
Nenhum deles gosta de ser pego de surpresa. No entanto, bons líderes não podem querer
dominar tudo quanto acontece na organização, e nos menores detalhes. Frise-se, “se
agirem assim, perdem a perspectiva e a capacidade de liderar”. Qual é a solução?
Chegar à conclusão de que não há problema algum em não ser o primeiro a saber de
tudo.

Terceiro: Decidi escolher alguém para me representar. O autor escreve

que todo líder aprende a importância de não se limitar a agir para cumprir a visão e
começar a selecionar e capacitar outras pessoas a fazê-lo. Quem não aprende essa lição
nunca chega a ser um líder eficaz. Contudo, nem todos os líderes dão o passo seguinte
(e difícil), que é permitir a outros assumir esse papel de representante da liderança.
Como você decidi se outra pessoa pode ser sua representante? Primeiro é preciso
conhecer o coração dessa pessoa tão bem a ponto de confiar em seu caráter. Segundo, é
necessário ter um histórico de convivência, de modo que ela conheça o seu coração e a
sua mente. Terceiro, você precisa confiar na competência dessa pessoa. Se ela é capaz
de cumprir a tarefa com 80% da eficiência daquele que a lidera, então está pronta.

Quarta: Decidi focar em meus pontos fortes, e não dispensar energia

nos meus pontos fracos. Metade da inteligência de uma pessoa é ela saber em que área
é ignorante. Para ser um bom líder você precisa se conhecer, bem como seus pontos
fortes e suas fraquezas. Segue matéria do Gallup Management Journal:

“A descoberta mais reveladora (sobre os grandes

líderes pesquisados) é a de que os mais eficazes
são dotados de uma forte noção de seus pontos
fortes e de suas fraquezas. Eles sabem quem são –
e que não são. Não procuram ser tudo para todos.
A personalidade e o comportamento deles são os
mesmos tanto em casa quanto no trabalho. São
pessoas autênticas. É essa ausência de fingimento
que os ajuda a interagir com os outros tão bem”.

Concentre-se nos seus pontos fortes!

Quinto: Decidi assumir o controle das coisas que ocupavam meu tempo
e minha atenção. O autor disse que o último e grande passo que deu para manter-se
focado nas suas prioridades foi eliminar as distrações e as tarefas inúteis. Todo líder é
muito ocupado. A questão não é se a agenda dele ficará lotada ou não, mas quem se
encarregará disso. Se você não assumir o controle de sua agenda, os outros e as
distrações se encarregarão disso.

MANTENHA O FOCO NAS PRIORIDADES.

O que ocupa sua mente? Dê uma boa olhada em sua agenda e na lista de
afazeres do mês passado. Pense no modo como tem usado seu tempo. Lembre-se, seu
tempo deve ser gasto com coisas que sejam exigidas, que tragam algum retorno ou que
se revelem muito gratificantes.

Está focado em seus pontos fortes? Dedique algum tempo para refletir
sobre isso. Se precisa de ajuda para determinar suas habilidades, converse com outras
pessoas que conheçam você muito bem.
 3.2. FOCO NA SOLUÇÃO SEMPRE

Quando você pensa em um “problema”, você pensa em uma situação

atual que você ou outro alguém não gosta? Esta é uma maneira comum de pensar nos
problemas como aquilo que não se deseja. E focar naquilo que você não quer não é a
melhor maneira de encontrar uma saída.

Albert Einstein observou que não se resolve um problema com o mesmo

tipo de pensamento que o criou. Uma solução deve ter que ver com uma nova maneira
de pensar.

Vamos analisar o seguinte: É um problema não ter o que se deseja? Se

você não se incomoda com aquilo que você tem, não é um problema. “Se você se
acomoda com aquilo que tem, mesmo não gostando, terá pouca chance de
encontrar motivação e, tampouco, tomará iniciativa para fazer algo a respeito”.

Se você enxergar um problema como a distância ente o estado atual

(aquilo que você tem) e o estado desejado (aquilo que você quer), é como se fosse um
quebra-cabeça.

ESTADO ATUAL + RECURSOS = ESTADO DESEJADO

Seguem algumas definições para uma abordagem focada nas soluções:

▪ PROBLEMA: a diferença entre o Estado Desejado e o Estado Atual.

▪ SOLUÇÃO: atravessar este espaço entre o ED e o EA identificando e depois

implementando recursos.

▪ RECURSOS PESSOAIS: pensamentos, ações, estratégias, emoções e atitudes

que dão condições de deixar o estado atual para trás e progredir em direção a um
estado desejado. São os recursos pessoais que permitem que obtenhamos
recursos físicos como dinheiro, tempo, materiais etc.
Situações práticas:

a) Na vida profissional. Você formou-se em direito, mas há anos trabalha como

gerente de uma loja de departamentos. Em razão da pandemia, seu patrão
entendeu por bem demiti-lo. E agora? Você é casado, tem dois filhos em idade
escolar e têm muitos compromissos financeiros. O problema você já tem
(desemprego). Agora como focar na solução? Exercite-se.

b) Vida pessoal. Você está casado a 30 anos. O casamento entrou na “zona de

conforte”, mas o relacionamento a cada dia fica mais difícil. Você e sua esposa
não conseguem mais manter um diálogo. O casamento está caminhando para um
divórcio. O problema você já tem (falta de diálogo e empatia). Agora como
focar na solução?

c) Vida ministerial. Você é líder de uma igreja. Uma igreja viva, pessoas
comprometidas com a obra de Deus (o fazer), mas não tão preocupadas com a
vida de santidade e os escândalos começam a aparecer. O problema você já tem
(ausência de santidade e mau testemunho). Agora como focar na solução?

3.3. ESCUTA ATENTA

A escuta atenta é um conceito trabalhado em todos os modelos centrados

na comunicação interpessoal, tais como Análise Transacional, Terapia Cognitiva,
Psicologia Positiva, entre outros.

A Escuta Atenta, profunda e genuína, tem a ver, acima de tudo, com o

foco na pessoa (ou liderado) e a capacidade do líder (ou quem escuta) aceita-la e a
situação que ela apresenta, seja qual for.

Em síntese a escuta atenta “é a capacidade de se concentrar totalmente

naquilo que a pessoa está dizendo, expressando ou até mesmo demonstrando
durante a conversa, com 100% de foco, para compreender o significado do que é
dito e do que não é dito”12.

Seguem algumas dicas de como melhorar a sua escuta atenta:

▪ Esteja envolvido, focado e motivado com a situação de quem fala.

▪ Observe-a atentamente (tudo que ela demonstra de forma verbal e não verbal).

▪ Deixe-a falar a frase até o fim, seguindo atentamente seu raciocínio.

12
Conceito elaborado por Luiz Cláudio Borges.
 ▪ Identifique a questão central que está sendo dita e mantenha uma atitude positiva
e focada na solução.

▪ Em um aconselhamento, respeite o silencio da pessoa.

Algumas dicas do que não fazer:

▪ Desviar a sua atenção para assuntos não relacionados com o que está sendo
verbalizado pela pessoa.

▪ Pensar que é capaz de antecipar aquilo que a pessoa vai dizer ou que já conhece
o desfecho da situação que ele está relatando.

▪ Fazer juízo de valor em relação ao que está ouvindo.

▪ Preocupar-se com aquilo que vai perguntar a seguir.

▪ Não ficar olhando no relógio ou desviando o olhar para coisas ou pessoas que
estão ao redor.

Na escuta atenta devemos aplicar a “Teoria de Pareto”, isto é, o princípio

80-20. Você ouve 80% do tempo e fala 20%. Como melhorar sua escuta atenta?
Praticando-a!

3.4. ESCUTA ESTRUTURADA

Escutar não é um ato naturalmente fácil. O ser humano gosta muito mais
de falar do que escutar. Se você quer ser eficaz em tudo que faz, além da escuta atenta,
deverá exercer uma escuta estruturada.

Esta ferramenta é utilizada para possibilitar a organização das

informações e apoiar quem escuta caso esteja num aconselhamento, reunião, entrevista,
discipulado ou mentoria.

Como escutar de forma estruturada?

▪ ENCORAJAR o outro a falar.

▪ CLARIFICAR aquele que escutamos.

▪ SINTETIZAR e REFLETIR sobre o que ouvimos.

ENCORAJAR. Um bom ouvinte deve ser capaz de emitir sinais verbais

e não verbais, mostrando a quem fala que ele está envolvido com aquilo que ele que lhe
transmitir. Sinais que vão desde acenos de cabeça, leves sorrisos e postura corporal
adequada até sinais verbais, como “Oks” ou “Aha´s”.
 Tudo o que se constitui de, forma genuína, sinal de encorajamento deve
ser treinado e aplicado para favorecer a escuta estruturada. Algumas perguntas/frases
podem ser preparadas para transmitir encorajamento a quem fala, tais como:

✓ Valorizo muito que esteja compartilhando essa situação comigo.

✓ Tem mais algum detalhe que queira acrescentar?

CLARIFICAR. Um bom ouvinte precisa mostrar com regularidade que

está atento ao que a pessoa está falando. Ao pedir para que lhe clarifique alguns
aspectos, o ouvinte está transmitindo que está realmente escutando. Escuta o que as
pessoas dizem não deve ser a meta de um bom ouvinte, mas sim “escutar o significado”.
Seguem alguns exemplos:

✓ O irmão diz: “Sabe, pastor, tenho vivido “tempos terríveis”, de muita luta em
TODAS as áreas da minha vida... Só Jesus na causa! (silêncio) Disse o pastor:
Ok! Clarifique para mim (isto é, explique melhor) o que você quer dizer com
“tempos terríveis”.

✓ O marido é demitido do emprego e liga para a esposa: “Bem, você está joia?
Esposa: Sim, amor. Por que ligou? Você nunca liga”. Marido: “Amor a
situação tá pegando aqui na empresa, eles estão falando que vão demitir um
montão de funcionário. Sei não, viu... Mas, vai dá tudo certo, viu amor?”
Esposa: “Meu amor, clarifica para mim, o que aconteceu?”.

SINTETIZAR. Um bom ouvinte deve saber encontrar momentos ideais

para pedir a quem fala para sintetizar o que já foi dito. Sintetizar é dar um espelho à
pessoa e pedir-lhe para destacar os pontos mais importante em tudo o que foi dito
durante a conversa. Exemplo:

▪ Você está ouvindo um jovem que está com dificuldade de organização do tempo.
Este jovem gasta cerca de 30 minutos e faz um relato longo da vida dele inteira
até chegar na desorganização e falta de tempo. Você como um bom ouvinte vai
sintetizar tudo que ele disse: “Você está me dizendo que sua infância foi
terrível, que somado a isso não teve uma educação de como ser mais
organizado e aproveitar melhor o tempo, o que tem afetado muito sua vida,
haja vista que não consegue realizar todas as tarefas as quais e compromete
a fazê-las. É isso? Tem algum ponto mais relevante em tudo isso que você
gostaria de destacar?
 REFLETIR. Neste momento, o bom ouvinte poderia partilhar aquilo que
ele reteve como mais importante durante toda a conversa. É um momento muito
importante, sobretudo para aqueles que lidam com aconselhamento pastoral ou
discipulado. Com isso, demonstrará que durante toda conversa esteve focado no que foi
dito.

3.5. RAPPORT/EMPATIA

O processo de construir confiança e empatia é uma harmonia na

comunicação, permitindo que você encontre a outra pessoa no modelo que ela tem de
mundo. Quando estabelecido, é uma dança na qual as duas pessoas espelham seu
comportamento verbal e não verbal.

Segundo especialistas, a técnica de rapport significa fazermos uma

comunicação diretamente com o subconsciente da outra pessoa e quando isso acontece
estabelecemos um grau necessário de confiança para gerarmos benefícios mútuos. A
empatia, na ótica da inteligência social, é a capacidade psicológica de ouvir ou outro, se
colocar no lugar do outro, compreendendo seus sentimentos e emoções. Ser empático
cria afinidade com a outra pessoa.

Rapport é uma técnica usada para criar uma ligação de sintonia e empatia
com outra pessoa. Esta palavra tem origem no termo francês rapporter que significa
“trazer de volta”. O rapport ocorre quando existe uma sensação de sincronização entre
duas ou mais pessoas, porque elas se relacionam de forma agradável. No contexto
teórico, o rapport inclui três componentes comportamentais: Atenção mútua,
positividade mútua e coordenação. Não precisamos cria-lo e sim deixar de fazer aquilo
que poderia estar impedindo.

Como se constrói rapport?

a) Tendo interesse em outra pessoa.

b) Sendo curioso quanto a quem é e como pensa.

c) Estando disposto a ver o mundo a partir do ponto de vista da outra pessoa.

Para obter a “confiança e empatia” você pode espelhar qualquer

parte do comportamento da outra pessoa, ajustando seu comportamento verbal e não
verbal para mover-se junto com ela. Fazendo tudo isso com discrição, elegância e
sutileza para não penetrar na consciência da outra pessoa. A “confiança e empatia”
 permitem que você crie uma ponte até o outro, com isso, estabelecendo contato e
maior nível de compreensão.

Comportamento que você pode espelhar:

▪ Respiração: ajuste a sua respiração para o mesmo ritmo da respiração da outra

pessoa.

▪ Postura corporal: ajuste o seu corpo para combinar com a postura do corpo do
outro ou parte do corpo do outro.

▪ Movimentos corporais: espelhe qualquer movimento do corpo que seja

constante ou característico. Pode imitar gestos com elegância e sutileza.
Também pode igualar a inclinação orientação ou os balanços do corpo do outro.

▪ Expressões faciais: levantar sobrancelhas, apertar lábios, enrugar o nariz etc.

▪ Qualidades vocais: tais como tonalidade, volume, ritmo, velocidade, inflexão,

hesitações, pontuação etc.

▪ Palavras processuais: detecte os predicados utilizados pela outra pessoa e use-

os na sua própria linguagem.

▪ Fala: utilize, com discrição, frases repetitivas ou expressões usadas pela outra
pessoa, igualando-se ao estilo de falar dela.

Quando você tiver estabelecido uma boa “confiança e empatia”, poderá,

então, começar a mudar o seu comportamento, sendo muito provável que o outro o siga.
Você pode conduzir a pessoa em outra direção.

Com o acompanhamento e a condução facilmente você conseguirá

estabelecer confiança e empatia.

3.6. RODA DA VIDA

Quando sua vida está muito ocupada ou toda a sua energia está focada
em um projeto especial, é muito mais difícil encontrar “equilíbrio”. De modo que você
acaba não dando a devida atenção às áreas importantes da sua vida.

Quando você não tem foco ou até mesmo não sabe para onde suas
emoções estão o levando, é bem provável que você atinja um alto nível de frustração e
stress intenso.
 Antes que isso aconteça, é hora de você fazer um “voo” sobre sua vida.
E, bem alto, observar as diversas áreas que estão sendo afetadas, tanto positivamente
quanto negativamente, em meio a tantas tarefas, compromissos, deveres e atribuições do
dia-a-dia.

É justamente neste momento que utilizamos esta ferramenta (RODA DA

VIDA). É muito comum a utilização desta ferramenta nos processos de coaching. Ela
ajuda você a perceber cada área da sua vida, como:

▪ Criatividade (hobbies e diversão)

▪ Espiritualidade

▪ Ministerial (chamado)

▪ Saúde e disposição

▪ Desenvolvimento intelectual (conhecimento)

▪ Equilíbrio Emocional

▪ Realização e Propósito

▪ Recursos Financeiros

▪ Realizações sociais

▪ Familiar (casamento)

▪ Amoroso

Esta ferramenta da Roda da Vida ou como também é conhecida como

“Análise do Estado Atual Áreas da Vida”, vai ajuda-lo a perceber cada área de sua vida,
sendo forte aliada para lhe ajudar a identificar as áreas que precisam de atenção. Ela é
capaz de demonstrar como sua vida está atualmente, proporcionando uma comparação
entre o Estado atual (E.A) e o Estado Desejado (E.D).

A forma de análise é muito objetiva. No formulário abaixo você deverá

dar uma nota de 0 a 10 para cada área da sua vida, lembrando que o “0” representa seu
menor nível de satisfação e o “10” o seu maior nível de satisfação.

Bora lá!

Esta atividade faz parte do desafio da semana!!!

 3.7. S.M.A.R.T.

Você já ouviu esta frase? “se você não saber para aonde vai, qualquer
caminho serve”. Ela é uma realidade para muitas pessoas. Não basta você conhecer e
avaliar cada área da sua vida se você não se dispõe a estabelecer metas para que possa
alcançar resultados melhores.

Através do estabelecimento de metas claras e apropriadas o indivíduo

(seja líder ou não) aprimora suas habilidades de se autorregular, uma vez que as metas
aumentam sua motivação para atingir ações positivas para, assim, conquistar alvos
específicos e aprimorar persistência e aprendizado.

O modelo S.M.A.R.T. é um excelente método para ajudar você em

seu caminho. Para ser realista e viável o seu objetivo deve ser:
 ▪ Específico

▪ Mensurável

▪ Alcançável ou Atraente

▪ Realista

▪ Tempo limite
Definição dos elementos essenciais durante a fase de formulação:

▪ ESPECÍFICO

Sua meta deve ser específica. Dizer que “quero ficar em forma” não é
suficiente, porque seu cérebro não tem caminho livre para interpretar esse tipo de
instrução. Ficar em forma, para você pode ser estar magro, mais energético, cada vez
mais forte, ou tornar-se livre de doenças.

Específico seria: “quero emagrecer”.

▪ MENSURÁVEIS

Sua meta deve ser mensurável. Seu cérebro precisa de instruções claras
ou não saberá por onde começar, assim a procrastinação se alojará. Uma meta
mensurável é: “quero emagrecer 10kg”.

▪ ALCANÇÁVEIS/ATRAENTE

Uma meta precisa ser alcançável e atraente. Se sua meta não é atraente o
objetivo não o motiva. Se seu objetivo é perder peso porque sua esposa quer, você pode
se boicotar por achar muito difícil. Então faça a meta ser atraente ou encontre um novo
objetivo que o estimule a começar a viagem. Um exemplo de meta alcançável e
atraente: “quero emagrecer 10kg para concorrer a uma vaga de delegado da Polícia
Federal”.

▪ REALISTA

Medidas externas do que pode ser alcançável, tais como comparar sua
situação a dos outros, pode não ser útil para você. No entanto, você deve ainda garantir
que o seu objetivo seja real para você, nas atuais circunstâncias da sua vida e para o
nível de habilidade atual. Uma grande meta pode ser maravilhosa, mas você precisa
garantir que ela esteja alinhada com seu próprio sucesso. Um exemplo de meta realista:
“gerar um novo líder no meu GV”.

▪ TEMPORAL/TEMPO

Seu objetivo deve ter limite de tempo ou você pode achar que nunca irá
realiza-lo. Um exemplo de meta temporal: “quero emagrecer 10Kg em 6 (seis) meses,
a contar do dia ...”.

FORMULAÇÃO DE META S.M.A.R.T. contempla os seguintes passos:

1. Qual é seu objetivo (definir o objetivo em termos positivos)

2. O que você quer?

3. Quando, onde e com quem?

4. A meta está centrada em você e depende de você?

5. Sua meta é alcançável?

6. Sua meta é atraente?

7. Seu objetivo é realista?

8. Como você vai saber que está conseguindo o objetivo e como vai saber que já
conseguiu? (quais são as evidências em todos os sistemas sensoriais, isto é, uma
representação do objetivo usando imagens, sons e sensações: o que você está
vendo, ouvindo e sentindo)

9. O que impede você de alcançar sua meta? O que já tentou no passado para
conseguir o seu objetivo?

10. Como o objetivo afetará sua vida? O que você poderia ganhar ou perder? Quem
mais será afetado? Como o objetivo poderia interferir com outras partes da sua
vida? O objetivo é congruente com seus valores?

11. Que capacidade e recursos você tem para ajuda-lo a conseguir o seu objetivo?
Quais você ainda necessita?

12. O que, especificamente, você vai fazer para realizar esta meta? Qual seu plano
de ação? (especificar um conjunto de operações e tamanhos indequados).
 Existem inúmeras ferramentas, mas, por ora, reputamos que as ora
apresentadas serão suficientes para se obter grandes resultados na sua vida pessoal,
familiar, empresarial e ministerial.

Não obstantes a possibilidade de aumentar sua alta performance por meio

das técnicas ensinadas neste Treinamento, um líder e qualquer pessoa que pretende se
desenvolver em todas as áreas de sua vida não deve se afastar da Palavra de Deus,
sobretudo a de Provérbios 16.9, veja: O coração do homem planeja o seu caminho, mas
o Senhor lhe dirige os passos”. Todos os nossos planos devem estar de acordo com a
vontade de Deus para nós!
 ATENÇÃO!

DESAFIO DA SEGUNDA SEMANA!

ASSISTA À MINISTRAÇÃO ABAIXO E FAÇA UMA SÍNTESE:

https://www.youtube.com/watch?v=fYdvHyktMSk&t=5695s

ATENÇÃO: a Ministração da semana “CÉLULAS EXCELENTES” do Pr. Léo, a partir

01h.30min.

VOCÊ RECEBERÁ NO GRUPO DE WHATSAPP UM FORMULARIO PARA

ANÁLISE DO SEU ESTADO ATUAL NA SUA VIDA.

DURANTE A SEMANA VOCÊ FARÁ UMA ANÁLISE DE CADA ÁREA E

DARÁ UMA NOTA DE 0 A 10. OK?

ESTE RESULTADO DEVERÁ SER ENCAMINHADO JUNTAMENTO COM A

RESENHA DA MENSAGEM DA SEMANA PARA O SEGUINTE E-MAIL:

treinamentochurch@gmail.com
DINÂMICA IV

▪ Um participante para dizer quais são as características

de uma célula (GV) excelente: (00:03min);

▪ Um participante para dizer qual a conclusão que ele
chegou a fazer uma análise das áreas de sua vida.

(00:02min).

Bora!!!
 CAPÍTULO IV

4. COMUNICAÇÃO

John W. Gardner disse que se tivesse que nomear um único instrumento

de liderança, certamente seria a comunicação. Sem uma boa comunicação não pode
haver liderança efetiva. John Maxwell aponta três padrões que todo líder deve adotar:

▪ Seja consistente. Nada frustra mais os membros de uma equipe do que líderes
que não se decidem.

▪ Seja claro. A equipe não conseguirá executar suas instruções de um líder se este
não se fez entender ou foi claro o suficiente. O líder não tem que influenciar
ninguém sua inteligência, basta ser simples e assertivo.

▪ Seja Cortês. Todo mundo merece respeito, não importa qual a sua posição ou
que tipo de relação tem com o líder. Quando o líder é cortês com seu pessoal,
passa a ser um líder a ser seguido.

O que é preciso para tornar a comunicação clara?

Primeiramente, simplifique a mensagem. Não precisa ser um

comunicador rebuscado, que usa palavras difíceis. Se você pretende alcançar as pessoas,
seja simples na mensagem.

Segundo, observe as pessoas. Quando precisar se comunicar com as

pessoas, seja individualmente ou em grupo, faça as seguintes perguntas se mesmo: Qual
é meu público? Quais são suas dúvidas? O que precisa ser realizado?

Terceiro, apresente a verdade. A credibilidade precede os grandes

comunicadores. Acredite no que você diz. Depois, viva o que você diz. Não existe
maior demonstração de credibilidade do que a convicção em ação.

Quarto, busque reações. Nunca esqueça de que o objetivo da

comunicação é a ação. Toda vez que falar às pessoas, dê-lhes algo para sentir, para
lembrar e para fazer.

Existe uma grande diferença entre o orador e o comunicador, veja no

quadro abaixo:
 ORADOR PÚBLICO COMUNICADOR

▪ Procura ser entendido ▪ Procura entender e conectar

▪ Pergunta: O que eu tenho? ▪ Pergunta: do que eles precisam?

▪ Foca na técnica ▪ Foca na atmosfera

▪ Preocupa-se consigo ▪ Preocupa-se com o público

▪ Quer completar a fala ▪ Quer completar as pessoas

▪ É voltado para o conteúdo ▪ É voltado para mudanças

ATENÇÃO!

LÍDERES TOCAM O CORAÇÃO ANTES DE PEDIR UMA MÃO

John Maxwell escreve que um líder “não pode se conectar com pessoas
apenas quando comunica entre grupos; deve se conectar com indivíduos”. Líderes bem
sucedidos são os primeiros a darem o primeiro passo na construção de relacionamento,
onde fortalecem a relação e mantém uma conexão com seus liderados. Conectar-se a
pessoas não é complicado, mas dá trabalho.

Quero compartilhar com você “os sete desafios da comunicação”, são

sete maneiras que irão lhe ajudar a comunicar melhor. Embora as sete habilidades não
sejam tudo o que uma pessoa precisa para saber a respeito de conversar, escutar e
resolver conflitos, acredito que sejam importantes para um grande avanço.

4.1. OS SETE DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO

▪ Por que aprender a falar e escutar de uma maneira diferente é um desafio?

Aprender a comunicar melhor requer um grande esforço mental, a

cooperação entre as pessoas é um processo muito mais difícil e complexo do que a
simples coerção, ameaça ou pegar o que queremos na marra. As necessidades de duas
ou mais pessoas estão em jogo, não as de uma só. E pensar sobre as necessidades de
duas pessoas (e achar pontos em comum) é um passo enorme, muito além da simples
percepção das nossas próprias necessidades.
 A nossa maneira de conversar com os outros está profundamente
enraizada nas nossas personalidades e na história de nossos corações. Se quando eu era
criança, toda vez que eu expressasse uma necessidade ou opinião, alguém me desse um
tapa na cara ou gritasse comigo, eu provavelmente teria desenvolvido uma aversão
muito grande por falar o que realmente penso ou sinto. Mesmo sendo adulto e sabendo
que ninguém vai me bater, meu cérebro continua acreditando nisso.

Escalar montanha da comunicação requer auto-observação. Na vida,

nossa atenção está geralmente focada em outras pessoas e no mundo que nos cerca.
Quando conversamos, brincamos, consolamos e negociamos com os outros, geralmente,
perdemo-nos no fluxo da interação. Comunicar de forma mais cooperativa envolve
exercer uma influência gentil que guie a conversa para uma conclusão mais satisfatória
para todos os participantes. Portanto, para poder guiar um processo, precisamos ser
capazes de observar esse processo.

Assim, comunicar de forme cooperativa e mais satisfatória requer

aprender a participar e observar nossas conversas ao mesmo tempo! Primeiro,
analisamos conversas passadas para entender o que fizemos de forma certa, e o que deu
errado, depois aprendemos a fazer essa análise quando conversamos.

Vamos aos sete desafios:

DESAFIO 1

▪ ESCUTE COM MAIS ATENÇÃO E RECEPTIVIDADE

Escute primeiro e mostre o que você entendeu do que foi dito, mesmo
que você não concorde, antes de expressar sua opinião ou experiências. Para obter
maior atenção da outra parte no diálogo em situações tensas, preste atenção primeiro.

Escute e repita o que você escutou (principalmente emoções), antes de

expressar suas necessidades e posições. Lembre-se, mesmo que você não concorde.

Esse primeiro passo inclui aprender a ouvir o nosso próprio coração e

aprender a encontrar identidades bem diferentes da nossa, sem, no entanto, perder nosso
senso de nós mesmos.
 DESAFIO 2

▪ CONVIDE A PESSOA PARA UMA CONVERSA E EXPLIQUE QUAL

INTENÇÃO

Para ajudar a outra parte a cooperar com você no diálogo e evitar

desentendimento em diálogos importantes, explique o tipo de conversa que você
pretende ter.

Quanto mais importe a conversa for para você, maior é o esforço que terá
de fazer para que ela entenda o contexto. Muitos comunicadores de sucesso começam
diálogos específicos com um prefácio, exemplo: “Eu gostaria de falar com você a
respeitos de... Quando seria uma boa hora para você?”

Isso inclui ter mais consciência e mais honestidade a respeito das

intenções, desistindo gradativamente de prejudicar, derrotar ou punir alguém. Aprendo
assim a tratar outras pessoas como iguais e ver sua livre aceitação do diálogo como uma
dádiva, e não como uma obrigação.

DESAFIO 3

▪ PROCURE SE EXPRESSAR DE FORMA MAIS CLARA E MAIS

COMPLETA

Fale mais devagar e dê a outra pessoa mais informações a respeito do que

você está sentindo ou pensando. Quando uma pessoa escuta a outra com sinceridade,
ocorre um processo bastante criativo, pelo qual a pessoa que escuta reconstrói
mentalmente o que a pessoa que fala está sentindo.

Nesse desafio inclui desenvolver a coragem para dizer a verdade

ultrapassando o estágio de acusações na tentativa de entender experiências dolorosas e
aprender a tratar nossas emoções e a do outros com compaixão, gentileza e
compreensão, sendo mais humilde, honesto e corajosos, dizendo o que realmente
sentimos ao invés de “tudo bem”, quando na verdade não estamos nos sentindo nada
bem.

DESAFIO 4

▪ TRANSFORMANDO NOSSAS CRÍTICAS, RECLAMAÇÕES E

PEDIDOS
 Para conseguir maior cooperação dos outros sempre que possível, fale o
que você quer, usando uma linguagem bem específica e positiva que expresse uma ação
específica, ao invés de generalizar usando “porquês”, “nãos” e “alguém poderia”.

Ajude os outros a fazerem o que você pede, explicando o porquê do

pedido específico e o benefício, indicando a frase com: “dessa maneira”, “se você
fizesse isso me ajudaria muito”.

Aqui inclui em desenvolver um senso de autoestima forte o suficiente

para que você possa aceitar rejeição e aprender formas criativas de solucionar
problemas, soluções as quais todos ganham alguma coisa.

DESAFIO 5

▪ FAÇA PERGUNTAS DE FORMA MAIS ABERTA E MAIS CRIATIVA

Para podermos coordenar nossa vida e das pessoas à nossa volta,

precisamos saber mais sobre o que os outros estão pensando, sentindo, querendo ou
planejando. A maneira como normalmente perguntamos, buscando como respostas
apenas um sim ou um não, tende a fechar as pessoas e não abrí-las.

Perguntas abertas encorajam os outros a revelarem mais de suas emoções

e pensamentos. Perguntas abertas possibilitam uma maior variedade de respostas:

Por exemplo:

Quando os pais de uma adolescente que engravidou perguntam: “Por que você fez isso
conosco?” Em geral perguntas que começam com “como” direcionadas para o futuro
são mais produtivas do que perguntas que começam com “por que” relacionadas com o
passado.

“O que você achou do filme?” (possibilita mais respostas) do que “você gostou do
filme?” (sim ou não). Perguntas são um meio poderoso para focar a atenção para um
ponto na conversa e para guiar nossa interação com os outros. Mas muitas das perguntas
que aprendemos a fazer são totalmente inúteis e derrotistas.

Nesse desafio inclui desenvolver nossa coragem para escutar as respostas

das nossas perguntas e encarar a verdade a respeito dos sentimentos dos outros.
Aprender a ver uma situação sob diferentes perspectivas e aprender a aceitar que
pessoas têm necessidades, pontos de vistas e gostos diferentes dos nossos (não há nada
errado comigo se eu não gosto de berinjela e outro gosta de jiló).
 DESAFIO 6

▪ MOSTRANDO MAIS CONSIDERAÇÃO

Para construir relacionamentos mais satisfatórios com as pessoas à sua

volta, expresse maior apreço, gratidão, prazer, positivismo e encorajamento. A vida
requer que estejamos lidando com problemas e dificuldades. É fácil ver apenas os lados
que precisam de conserto e correção.

No entanto, para que nossos relacionamentos sejam mais satisfatórios, e

para uma vida mais feliz, precisamos prestar atenção e mostrar apreço pelas coisas que
nos agradam, que achamos de bom e correto. É a consideração que fortalece um
relacionamento o suficiente para superar diferenças e desentendimentos.

Pensadores e pesquisadores de diferentes áreas chegam a conclusões

semelhantes: RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS PRECISAM SER
SUSTENTADOS POR CONSIDERAÇÃO MÚTUA. Nesse passo inclui a possibilidade
de extrapolarmos nosso reconhecimento e gratidão pelas pessoas, pela vida!

DESAFIO 7

▪ FOCANDO EM UM APRENDIZADO CONTÍNUO

Aceitando os seis primeiros desafios como parte integrante da nossa vida

diária, para nos comunicarmos bem em situações diferentes, precisamos treinar essas
habilidades por muitas vezes até que um dia elas se tornem parte dos nossos hábitos,
como dirigir ou andar de bicicleta.

Aqui consiste em praticar suas habilidades comunicativas em

desenvolvimento no seu dia a dia, resolvendo problemas em conjunto, dando apoio
moral para as pessoas importantes na sua vida e sentindo prazer ao perceber que você
está influenciando o mundo de uma maneira positiva. Este desafio inclui em aprender a
ver em cada diálogo uma oportunidade para expressar maior reconhecimento e em cada
discussão, uma oportunidade para traduzir reclamações em pedidos.

Este sétimo passo consiste em aprendermos a separarmos-vos da presente

cultura de violência, insultos e vantagem e aprendermos a criar pequenas ilhas de
cooperação e reciprocidade. Comunicar de forma mais habilidosa requer um grande
esforço, mas também traz muita satisfação.
 4.2. COMUNICAÇÃO ASSERTIVA

Assertividade é a capacidade de nos expressarmos aberta e honestamente,

sem negarmos o direito do outro. Não podemos confundir assertividade com grosseria,
passividade, ironia.

A pessoa assertiva não dá margem de dúvida, é claro e conciso.

▪ Pontos chaves para uma comunicação assertiva:

✓ Tenha conhecimento do que fala

✓ Seja claro e direto nas reuniões

✓ Cuidado com a linguagem

✓ Expressão corporal correta

✓ Use a empatia

▪ Exemplos de pessoas não assertivas

✓ Que vai escutando tudo que não gosta e de repente grita

✓ Que não consegue dizer não

✓ Que passa mal quando precisa pedir um favor

✓ Que para explicar algo dá volta ao mundo

 ATENÇÃO!

DESAFIO DA QUARTA SEMANA!

ASSISTA À MINISTRAÇÃO ABAIXO E FAZER UMA RESENHA, EXPONDO

AO FINAL SUA OPINIÃO PESSOAL:

https://www.youtube.com/watch?v=fYdvHyktMSk&t=5695s

ATENÇÃO: a Ministração da semana: “O que nós devemos fazer nos dias de crise”, o Pr.
Sérgio, a partir 00.46min.

. APLICAÇÃO DA FERRAMENTA S.M.A.R.T.

Durante a semana cada aluno deverá escolher uma das áreas de sua vida que precisa
melhorar (Roda da Vida). Com isso, vai utilizar a ferramenta S.M.A.R.T. para traçar um
plano de ação.

Enviar tudo (resenha e prática) para o e-mail até sábado que antecede a próxima aula.

treinamentochurch@gmail.com
DINÂMICA V

▪ Um participante para dizer o que Deus falou com ele

na mensagem da semana (00:02min);

▪ kahoot (00:10min).

Bora!!!
 CAPÍTULO V

5. DISCIPULADO RELACIONAL

Jesus viveu por 3 anos com seus discípulos e lhes ensinou as lições de
vida numa atmosfera relacional. Depois de 3 anos, Ele ordenou que eles fossem e
fizessem o mesmo (Mateus 28.18-20). Deus, a Trindade, é um Deus relacional. A
palavra, os ensinamentos de Jesus nos ensinam para amarmos uns aos outros e
servirmos uns aos outros.

Muitos “crentes” querem e estão tendo as suas próprias igrejas, sozinhos,

assistindo os cultos de maneira on line, educando os filhos em casa, reuniões on line,
home office, sendo “resumo completo do individualismo”.

Mas, conforme Joel Comiskey, estamos vivendo muitas vezes e não

estamos percebendo o “Anonimato na igreja”, ou seja, as pessoas, entram e saem da
igreja e de um lado elas querem ser assim, sozinhas e nós por sua vez que precisaríamos
ter atitudes diferente agimos da mesma forma. Agimos no anonimato. Muitas igrejas
não possuem membresia, não possuem prestação de contas e não possuem Discipulado
Relacional.

Conforme a companhia aérea Airlines adverte: “Você não pode mandar

um aperto de mão pelo fax, mandar um abraço pelo correio, ou ter uma reunião de
família por e-mail”. Enquanto a impressão pode acontecer à distância, o impacto só
pode acontecer com determinado grau de proximidade.

“Há igrejas com muitos frequentadores e muitos não são discipulados

pessoalmente. As estatísticas mostram que um número alarmante de ouvintes está
deixando a igreja, pois se comportam da mesma forma de quem nunca ouviu, por falta
do discipulado relacional”

5.1. EXEMPLO DE JESUS VERSUS CULTURA

Jesus, discipulou 12 pessoas vivendo com eles por 3 anos. Ele discipulou
enquanto vivia, andava e comia com eles. Eles caminhavam juntos e tinham propósitos
juntos. Jesus não só ensinava, Ele vivia junto com eles, chamava para orar, eles o viram
orando, evangelizando. “Jesus sabia que a informação teórica, separada da prática, teria
pouco valor duradouro”. A igreja primitiva seguiu o mesmo exemplo, o discipulado
acontecia através dos relacionamentos.
 Muitos afirmam, que a cultura atual é diferente, maioria de nós não tem
tempo para nada, mas “precisamos julgar minha cultura à luz da palavra de Deus.
Nenhuma cultura é perfeita, mas a palavra de Deus é”. Podemos estar vivendo um
caminho perigoso do isolamento e como consequência a solidão, depressão, doenças da
alma.

Na realidade, temos o mesmo tempo, mas o fato é o que as pessoas fazem

com o tempo que elas têm hoje? Lazer? Televisão? Internet? Muitas famílias têm uma
televisão em cada quarto.

DE QUEM VOCÊ É DISCÍPULO?

Todo mundo é discípulo d, e alguém ou de algo. É impossível ser neutro.

Discípulo significa aluno ou aprendiz.

Os judeus alegavam ser discípulos de Moisés (João 9.28), os seguidores

de João Batista eram conhecidos como seus discípulos (Marcos 2.18, João 1.35) e Jesus
também tinha seu grupo de discípulos (Mateus 5.1, Lucas 6.17, Lucas 19.37).

E você? De quem você é aluno?

Se você não possui relacionamentos, se você prefere se isolar, você não

tem sido aluno de Jesus. O isolamento tem cada vez mais evoluído para a imoralidade e
para o esfacelamento da família.

5.2. DESENVOLVA RELACIONAMENTOS

Como discípulos de Jesus, precisamos desenvolver relacionamentos, pois

levam tempo para desenvolver, precisamos ter “Direitos de geladeira”. E principalmente
e em primeiro lugar desenvolver relacionamentos dentro da sua casa. Precisamos
desenvolver relacionamentos nos ambientes onde estamos frequentando.

“As igrejas, como a própria sociedade, tornaram-se cada vez mais impessoais. Não
é suficiente somente ouvir o que vem do púlpito, ler o conteúdo na Bíblia, é preciso
experimentar o conhecimento em comunidade”

Muitas igrejas pregam o que as pessoas querem ouvir, usam técnicas para
atrair pessoas em vez de “fazer discípulos que fazem discípulos. Nós, Vale das Bençãos
Church não queremos fazer igreja sem relacionamentos amorosos, sem relacionamento
Cristocêntrico. As pessoas fora da igreja, querem ver Jesus em nós, antes de se
decidirem por Ele.
 5.3. RELACIONAMENTO BASEADO NA TRINDADE

Deus é relacional. Ele não é individualista. Ele deseja comunidade.

“Fomos criados pelo Deus Trinitário, para viver em relacionamento. Sem ele, nós
morremos. Sem comunidade onde nos conhecemos, exploramos, descobrimos e
tocamos uns nos outros, experimentamos isolamento e desespero que nos levam em
direções erradas, que corrompem os nossos esforços de viver de maneira
significativa e de amar bem.”

Trindade (Pai, filho e Espírito Santo). Pai é Deus (1 coríntios 8.6), o filho
é Deus (Hebreus 1.8), Espírito Santo é Deus. E eles se relacionam maravilhosamente
entre eles, cada um com seu papel maravilhoso e perfeito.

5.4. CARACTERÍSTICAS DE UM DISCIPULADO RELACIONAL

▪ AMEM UNS AOS OUTROS

“Pois todos buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus

Cristo” Filipenses 2.21. Esta é a nossa natureza carnal, mas Jesus anseia por nos guiar a
concentrarmos nos outros.

Jesus disse para que possamos priorizar os interesses dos outros sobre o
seu próprio interesse pessoal (João 13.34-35). Jesus lavou os pés dos discípulos; a
ordem de Jesus era: façam o que eu estou demostrando.

▪ SIRVAM UNS AOS OUTROS

Os discípulos eram muito parecidos conosco. Eles tinham visões de

grandeza e sucesso pessoal. Dois dos discípulos se aproximaram de Jesus, pedindo para
ocupar posições de poder no reino (marcos 10.35). De acordo com Jesus, os maiores
discípulos são aqueles que se doam para fazerem dos outros um sucesso. (Marcos
10.42-45). Eles são capacitados pelo Espírito Santo para servirem os outros antes de si
mesmo e Deus prontamente provê amor sobrenatural para quem pedir (2Coríntios
5.14.15).

Como o amor de Deus flui através de nós, somos capacitados para servir
aos outros e olhar não só para nossos próprios interesses, mas para os interesses de
outros (Filipenses 2.4)
 ▪ PERDOEM UNS AOS OUTROS

Jesus nos ensina para não ficarmos amargurados e ressentidos com outras
pessoas. Deus nos ajudará sempre a termos atitude de perdão (Colossenses 3.13)

“Se você quer ser livre, liberte os outros. Dê bastante corda a todo mundo, mesmo que
tentem usá-la para enforca-la”. Amar as pessoas é apreciá-las verdadeiramente, do
jeito que são.”

▪ EDIFIQUEM UNS AOS OUTROS

É muito fácil usar a fofoca para destruir as pessoas. Muitas palavras são
como um furação, causando estragos naqueles que ouvem. Então não ouça, ouça
somente o que edifica e fale somente o que vai edificar as pessoas. (Romanos 14.19)

EDIFICAR no grego significa, reconstruir as vidas uns dos outros.

▪ ENCORAJEM UNS AOS OUTROS

“Nenhum de nós é tão capaz e confiante que não precise, nem aprecie ser
encorajado” Hebreus 10.25

▪ SEJAM GENTIS UNS COM OS OUTROS

Deus jamais se esquecerá de seus atos de gentileza (Hebreus 6.10). Paulo

diz para sermos bondosos e compassivos (Efésios 4.32). Amar não somente em
palavras, mas sim em verdade (1João3.18-20)

▪ INSTRUAM UNS AOS OUTROS

“Às vezes, dependemos muito do pastor, para fazer o trabalho da igreja, mas Paulo
acreditava que tosos os crentes era ministros”

A palavra de Deus diz em Romanos 15.14, que somos capazes em Deus

de aconselhar uns aos outros. O equívoco é quando vemos algo errado na vida do irmão
e nada falamos. Paulo diz em Colossenses 3.16, que devemos ensinar, aconselhar com
toda sabedoria.

▪ SUBMETAM-SE UNS AOS OUTROS

Submissão é uma palavra raramente falada em uma cultura moderna

politicamente correta. Pessoas independentes, livres pensadoras, e até mesmo rebeldes,
são valorizadas e estimadas. A Verdade bíblica, porém, supera o que as pessoas
exaltam. Efésios 5.21 “Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo”
“A forma especial pela qual devemos nos submeter a Deus é nos submetendo uns aos
outros. Uma certa religiosidade pode levar-nos a humilharmos diante de Deus, mas se
não nos humilharmos também diante das pessoas, estaremos enganando a nós
mesmos. As relações com as pessoas são a prova de fogo da nossa santidade.”

▪ CONFESSEM SEUS PECADOS UNS COM OS OUTROS

Você não pode esconder nada de Deus.

A máscara que você usa diante dos homens não vai lhe ajudar em nada
diante Dele. Ele quer lhe ver como você é. Ele quer ser gracioso com você. Você não
tem que continuar a mentir para si mesmo e para seus irmãos, como se estivesse sem
pecado; você pode assumir que é um pecador. Ele ama o pecador, mas odeia o pecado.

Toda vergonha foi encerrado na presença de Cristo. comunhão é um

lugar onde as pessoas podem ser vulneráveis e transparentes.

▪ ANDEM EM HUMILDADE UNS PARA COM OS OUTROS

Você já esteve em um grupo em que todo mundo queria ser o centro das
atenções?

Você percebeu que as pessoas não estavam realmente ouvindo? Ou que

todos queriam falar ao mesmo tempo?

Temos muito desejo de estar diante dos holofotes, o problema é que todo
mundo quer a mesma coisa. Os verdadeiros servos de Jesus estão dispostos a se
humilharem, renunciarem aos holofotes e considerem os outros superiores a si mesmos.
(1Pedro 5.5)

▪ ACEITEM UNS AOS OUTROS

Jesus nos aceitou quando eu era contra Ele, vivendo em rebeldia

(Romanos 5.10), e Ele nos deu vida quando estávamos mortos no pecado (Efésios 2.5).
Deus nos chama a aceitar todos aqueles que Ele aceitou, apesar das diferenças.
Romanos 15.7

▪ VIVAM EM PAZ UNS COM OS OUTROS

Viver em paz com os outros significa aceitar as pessoas do jeito que Deus
as fez e perdoar as suas falhas. Paulo exortou os crentes a viverem em paz uns com os
outros (1Tessalonicenses 5.13b). Falar a verdade em amor é um pré-requisito para se
viver em paz.

▪ HONREM UNS AOS OUTROS

Todos são importantes para Deus (Gálatas 3.26-29). O desejo do coração

de Jesus é que todos os membros tenham o mesmo cuidado e honra uns com os outros.
Romanos 12.10. “Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios”. Está é a
beleza do corpo de Cristo, em que até mesmo o mais humilde recebe honra e tratamento
igual. Honrar a Jesus significa honrar o Cristo que vive em cada crente.

▪ NÃO BRIGUEM UNS COM OS OUTROS

“Mas se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não
se destruírem mutualmente” Galatas 5.15. Deixar o amor reinar.

▪ NÃO INVEJEM UNS AOS OUTROS

A inveja é a parte da lista da natureza pecaminosa de Gálatas 5.19-21. A

inveja é, muitas vezes, um pecado secreto que corrói a alma.

▪ NÃO JULGUEM UNS AOS OUTROS

C.S. Lewis disse que Orgulho é colocar os outros para baixo a fim de nos
fazer parecermos bem. Orgulho, em outras palavras, se manifesta quando nós julgamos
os outros. Pensamento é: “Na verdade, estou indo bem em comparação a fulano de tal”
1 Coríntios 4.5 – Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o
Senhor venha. Ele trará a luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos
corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação.

5.5. COMO PODEMOS VENCER CONFLITOS EM DISCIPULADOS

▪ NÃO CORRA DOS PROBLEMAS

“Parece mais fácil fugir dos problemas, mas fugir não vai resolver”

Conflitos normalmente acontecem quando nós batemos de frente com

diferentes personalidades e deficiências de caráter. “Muitas vezes as deficiências de
caráter que mais nos irritam são aquelas que nós também temos, mas que não aceitamos
ou nos recusamos a reconhecer”
 Não corra dos problemas, resolva. Não mude de igreja, GV, com dores e
problemas mal resolvidos.

“A falta de amor muitas vezes resulta de uma incapacidade de confrontar os outros

de uma maneira saudável. Há um tempo, um lugar e uma maneira de confrontar,
mas a maioria de nós evita este importante trabalho, e assim, acaba fervendo de raiva
silenciosa”

▪ IMPORTE-SE O BASTANTE PARA CONFRONTAR

As pessoas, muitas vezes, separam cuidado de confronto: Cuidar é bom,

confrontar é ruim. Mas, creio, que os dois caminham juntos, quem ama, confronta.

5.6. PRÁTICA DO DISCIPULADO RELACIONAL

▪ COM OS MAIS PRÓXIMOS DE VOCÊ

“O verdadeiro sucesso é conseguir ser muito amado e respeitado pelas pessoas mais
próximas de você”.

O mais importante é termos um discipulado relacional com as pessoas

mais próximas, aqueles que nos conhecem melhor. Se não formos moldados pelo
processo de ferro afiando ferro, por meio de pessoas que nos conhecem de perto, os
buracos em nossa alma acabarão sendo expostos.

Comece com o círculo mais próximo e cresça a partir daí.

Acredito que Deus usa as pessoas mais próximas de nós para formar e
modelar os nossos discípulos fora de casa. É com as pessoas mais intimas que nós
precisamos praticar com sucesso o discipulado, crescendo através do conflito. Muitos
ficam ansiosos para começar com a multidão, porém o plano de Deus é começar no
pequeno primeiro. Quem é seu próximo? Olhe para sua casa, trabalho, faculdade, igreja,
com quem você se relaciona mais frequentemente.

▪ AMIGOS

Você tem amigos? Jesus fez da amizade como prioridade máxima. Jesus
ia a casa de Maria, Marta e Lázaro, provavelmente um lugar onde ele se sentia um ser
humano normal. Todos nós precisamos compartilhar detalhes íntimos de nossas vidas.
“Cônjuges precisam de amizades fora do casamento”
 Amigos que vocês se divertem, praticam esportes, sejam transparentes,
tomem café, cultive amizades do passado e do presente. Crie vínculos com seu
discipulador, discípulos. Cuidado com a dependência emocional.

▪ DISCIPULADO RELACIONAL NA IGREJA

Quantos de nós temos histórias surpreendentes antes e depois que

passamos a congregar. Quantos testemunhos temos de amor, cuidado dentro de um
Grupo Vida.

Larry Crabb diz: “A comunidade de cura não depende de levar as

pessoas a fazerem o que é certo, ou em descobrir em que as forças psicológicas
prejudiciais estão lhe causando problemas para, em seguida, tentar consertar o que
está errado. Uma comunidade que cura é uma comunidade que crê que o evangelho
oferece perdão para todos os pecados, um futuro garantido de uma comunidade
perfeita para sempre, e a liberdade no presente para saciar os desejos mais profundos
do nosso coração, porque a lei de Deus está escrita dentro de nós – temos apetite pela
santidade. As comunidades são curadas quando se concentram em liberar o que é
bom.”

A Palavra grega para igreja, Ekklesia, se refere a uma assembleia ou

reunião. Estar em Ekklesia implica não podermos experimentar igreja até que nos
ajuntemos. Não é um ajuntamento humano somente, mas sim um ajuntamento onde tem
Deus presente.

▪ GRUPO VIDA

No novo testamento, a igreja local desenvolvia-se principalmente nas

casas. Deus usou o ambiente doméstico para amadurecer os primeiros discípulos
relacionais. Eles praticavam “uns aos outros” no lar.

Os irmãos da igreja primitiva sacrificavam seu tempo e casa para

viverem em comunidade. O Espirito Santo abençoou ricamente essas comunidades,
sendo um exemplo para nós. Deus não quis e não quer que os cristãos vivam como uma
ilha. Ele quer que cada crente cresça com outros irmãos cristãos. Infelizmente, muitos
não querem ter este crescimento, não querem abrir sua casa para um Grupo Vida.
Querem somente sentar na igreja, ouvirem uma pregação, mas nunca terão além de uma
informação.
 Grupo vida, ao contrário das reuniões nos templos, conecta as pessoas em
ajuntamento face a face. Em um Grupo vida, ninguém se assenta em um banco de trás,
todos estão no banco da frente. Cada membro é um sacerdote que ministra.

O ambiente íntimo do pequeno grupo ajuda cada pessoa a viver a vida

cristã e não apenas compreendê-la. O Grupo Vida, é um lugar onde uma pessoa pode
provar a autêntica comunidade. É o lugar para encontrar um verdadeiro sentimento de
pertencer. As pessoas se sentem mais humanas em um Grupo Vida, onde ela tem um
nome, um propósito. Há um grupo de pessoas que se importam. A vida adquire um
novo significado.

Veja o seu Grupo Vida como uma igreja. O culto maior é onde se reúnem
os Grupos Vida, onde você ouve a palavra. Nos GV aplicamos a palavra de Deus às
nossas vidas.

“Menor é melhor para forjar e manter conexões”

O Grupo Vida é o ponto de partida para relacionamentos um a um que

acontecem fora das reuniões.

5.7. DISCIPULADO RELACIONAL = DESENVOLVENDO

RELACIONAMENTOS

Para que o Discipulado Relacional funcione de forma eficaz, é necessário

desenvolvermos o Grupo de Discipulado, Pastoreio, Discipulado um a um e relações
pessoais com não crentes.

Jesus demonstrou a importância dos relacionamentos. Ele não apenas

desenvolveu um relacionamento profundo e duradouro com os 12 discípulos, mas
estava constantemente com sua agenda aberta para alcançar pessoas ao seu redor. Jesus
se permitia sair de sua agenda se alguém estivesse precisando de ajuda.

A igreja primitiva seguiu o exemplo de Jesus, imitando-O em Seu viver

diário com aqueles que os rodeavam. Precisamos desenvolver nosso Oikos (casa), que é
a nossa família, amigos, colegas de trabalho.

Quando vivemos em isolamento, podemos facilmente perder a

perspectiva correta da vida. Precisamos estar nos cultos de celebração sim, mas são nos
GVs que vamos desenvolver relacionamentos profundos. O mundo quer nos conformar
ao padrão do individualismo, mas Deus quer nos transformar em Sua própria natureza.
 Peça a Deus para fazer de você um discípulo relacional, que cumpre uns
aos outros. E lembre-se, de que o discipulado relacional começa com as pessoas mais
próximas de nós. Quando desenvolvemos relacionamentos profundos e íntimos com
aqueles que nos conhecem melhor, podemos então espalhar para os outros.
 ATENÇÃO!

DESAFIO DA QUINTA SEMANA!

ASSISTA À MINISTRAÇÃO ABAIXO E FAÇA UMA RESENHA, EXPONDO

AO FINAL SUA OPINIÃO PESSOAL:

https://www.youtube.com/watch?v=cESu5-WIluY&t=1350s&ab_channel=TiagoBrunet

ATENÇÃO: a Ministração da semana: APRENDA A FALAR – Tiago Brunet

Enviar tudo (resenha) para o e-mail até sábado que antecede a próxima aula.

treinamentochurch@gmail.com
DINÂMICA V

▪ Dois participantes, um para dizer o que compreendeu

sobre o discipulado e um para dizer o que mais a
mensagem do Pr. Tiago Brunet falou ao seu coração.

(00:03min);

Bora!!!
 CAPÍTULO VI

6. A ARTE DE FORMAR LÍDERES

Este Treinamento está alicerçado em princípios de liderança. Procuramos

desde o início aliar a teoria à prática, por isso, apresentamos diversas ferramentas que
podem potencializar sua liderança, como o “foco”, “foco na solução sempre”, “escuta
atenta”, “escuta estruturada”, “empatia/rapport”, “s.m.a.r.t.” e “roda da vida”.
Estudamos nosso perfil comportamental13 e concluímos no capítulo V o estudo sobre
discipulado.

Uau!

Tudo isso tem por objetivo prepara-lo para extrair seu potencial máximo
em todas as áreas de sua vida, seja pessoal, profissional, familiar ou ministerial,
sobretudo na sua liderança nestas áreas.

Dentro de uma organização (empresa), o que mais importa? Em uma

igreja o que mais importa?

Uma pesquisa aponta que os grandes líderes – os que têm sucesso, que
são 1% - tem uma coisa em comum: “sabem que conseguir e manter boas pessoas é a
tarefa mais importante de um líder.

O único bem que realmente tem valor dentro de uma organização, seja
empresa ou igreja, são as pessoas. Prédios se deterioram, sistemas e ferramentas se
tornam obsoletas, mas as pessoas podem crescer, desenvolver-se e tornar-se mais
eficientes “se tiverem um líder que compreenda seu valor potencial”.

Dave Ferguson e Warren Bird dizem que precisamos ser formadores de

heróis14. O grande erro de parte dos líderes é medir sua liderança pelo número de
seguidores. O líder precisa se cercar de outros líderes.

Por quê?

13
“Dominante”, “Influente”, “eStável” e “Cauteloso”.
14
Ferguson, Dave. Formador de heróis: 5 práticas essenciais para líderes multiplicarem líderes. Brasília:
Palavra, 2018.
 Porque os seguidores vão desistir na primeira oportunidade, já os líderes
vão levar a visão adiante.

Uau!!!

Olhe para a liderança de Jesus, o maior líder que já existiu. Seus

seguidores desistiram, mas os líderes que ele formou não.

O segredo de se cercar de outros líderes está em encontrar os melhores e

transformá-los nos melhores líderes. Grandes líderes geram outros líderes!

Por quê?

▪ Aqueles que estão mais próximo do líder determinarão o nível de sucesso

daquele líder

É uma verdade!

O curioso é que o contrário também é verdade, isto é, aqueles que estão

mais próximo do líder determinarão o nível de sucesso ou ruína daquele líder. Eles o
promoverão ou o derrubarão. Serão promotores ou detratores.

Pense nas 5 (cinco) pessoas mais pertos de você, seja no contexto de

empresa ou igreja. Você está desenvolvendo essas pessoas? Elas estão crescendo? Elas
carregam as suas cargas?

Elas carregam água ou gasolina? Em um incêndio, elas vão apagar o fogo

ou colocar mais fogo?

▪ O potencial de uma organização (GV, igreja ou empresa) está diretamente

relacionado ao potencial de seu pessoal

John Maxwell diz: “desenvolva um líder – desenvolva a organização”.

Uma organização (empresa/igreja) não pode crescer a menos que seus

líderes cresçam dentro dela. Uma igreja com slogan atrativos, frases de efeito jamais
poderão suplantar (superar) um líder competente.

“A força de qualquer organização é um resultado direto da força de seus

líderes. Líderes fracos correspondem a organizações fracas. Líderes fortes
correspondem a organizações fortes. Tudo sobe e desce de acordo com a liderança.
 ▪ Potenciais líderes ajudam a dividir a carga

Existe uma falsa ideia de que o líder deve competir com as pessoas que
estão próximas a ele, em vez de trabalhar com elas. “A melhor maneira de seguir em
frente é dando-se bem com os outros”.

O líder precisa ser interdependente, isto é, manter uma interação positiva

de forma a estar comprometido com relacionamento que beneficiem ambos os lados.
Veja o quadro abaixo e dê uma olhada nas diferenças entre as duas concepções que os
líderes têm sobre as pessoas:

SUCESSO POR MEIO DA SUCESSO POR MEIO DA

COMPETITIVIDADE COOPERAÇÃO

Você olha para os outros como inimigos Você olha para os outros como amigos

Você concentra em si mesmo Você se concentra nos outros

Você desconfia dos outros Você apoia os outros

Você só tem sucesso se for bom Você tem sucesso, caso você ou os outros
sejam bons

O sucesso é determinado por suas O sucesso é determinado pela habilidade

habilidades de muitos

Pequeno sucesso Grande vitória

Pouca alegria Muita alegria

Existem vencedores e perdedores Existem apenas vencedores

Nenhum líder irá sofrer porque seu pessoal é forte, ao contrário, seus liderados
carregarão sua carga de várias formas. Aqui estão duas:

I. Eles se tornam uma base de apoio para o líder. O líder que trabalha com outros
líderes reconhece que estes sabem tomar decisões, portanto, podem servir como
bons conselheiros. Seguidores dizem o que você quer ouvir; líderes dizem aquilo
que você precisa ouvir.
 II. Eles têm uma mentalidade de liderança. Os parceiros de liderança não só
trabalham com o líder, mas pensam como ele. Isso lhes dá a capacidade de
tornar a carga mais leve.

Esta mentalidade de liderança que consiste em compartilhar a carga é

notavelmente demonstrada justamente pelos gansos, como ilustra Tom Worsham:

“Quando você vir gansos voando para o sul no inverno em uma formação em “V”, é
possível que tenha interesse em saber que a ciência descobri por que eles voam dessa
forma. Pesquisas revelam que, ao bater as asas, cada ganso cria uma sustentação para
a ave que vem logo em seguida. Voando em uma formação em “V”, todo o bando
consegue voar com um desempenho 71% melhor do que se cada pássaro voasse
sozinho. (Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe
podem atingir seus objetivos mais rápido e facilmente, pois seguem contando com o
impulso que dão umas às outras.)

Sempre que um ganso sai da formação em “V”, sente subitamente o arrasto e a forte
resistência por tentar voar sozinho e rapidamente volta para a formação, aproveitando
o poder de sustentação da ave que está logo à sua frente. (Se nós, como pessoas,
tivermos tanto senso quanto um ganso, manteremos a formação e o mesmo
acontecerá com aqueles que seguem a mesma direção que a nossa) Quando se cansa,
o ganso-líder vai para trás da formação em “V”, e outro ganso assume seu lugar.
(compensa revezar-se quando se fazem tarefas difíceis)

Os gansos de trás na formação grasnam para incentivar os da frente a manter a

velocidade (O que dizemos quando “grasnamos” lá de trás?)

E, por fim, quando um ganso adoece ou é atingido por uma arma de fogo e cai, dois
outros gansos saem da formação e vão atrás dele para ajuda-lo e protege-lo. Eles ficam
com o ganso até que ele tenha condições de voar novamente ou morra, e então
reiniciam a jornada sozinhos ou se unem a outra formação até encontrar seu bando.
(Se tivermos o senso de um ganso, apoiaremos uns aos outros da mesma forma).

▪ Os líderes atraem potenciais líderes

Verdadeiros líderes são capazes de atrair potenciais líderes porque:

✓ Líderes pensam como líderes;

✓ Líderes expressam sentimentos que outros líderes sentem;

 ✓ Líderes criam um ambiente que atrai potenciais líderes;

✓ Líderes não se sentem ameaçados por pessoas que têm grande potencial.

Preste atenção!

“Uma pessoa em uma posição de liderança que tenha uma nota “5” em uma escala de “1
a 10” não atrairá um líder que tenha uma nota “9”.”

Por quê?

“Porque os líderes naturalmente avaliam todo grupo e migram para outros grupos
de líderes que estejam no mesmo nível ou em um nível superior”.

Uau!

Qualquer líder que só tenha seguidores à sua volta será obrigado a contar
sempre com seus próprios recursos para que as coisas sejam feitas. Sem outros líderes
com quem dividir a carga, ele ficará cansado e fadigado. Você ultimamente já se
perguntou: “Estou cansado?”

A menos que você queira carregar toda a carga sozinho, você precisa
desenvolver líderes.

▪ Líderes que mentoreiam potenciais líderes aumentam a eficiência deles

Líderes criam e inspiram novos líderes, instilando fé na capacidade de

liderança deles e ajudando-os a desenvolver e aperfeiçoar habilidades de liderança que
eles não sabem que têm.

▪ Líderes desenvolvidos expandem e melhoram o futuro da organização

A diferença entre uma boa organização e uma grande organização está na

liderança. É isso mesmo!

George Barna disse que “grandes organizações podem ter grandes líderes
e uma estrutura precária, mas nunca vi uma grande organização que tivesse uma grande
estrutura e um líder ineficiente.”

Em síntese, a estrutura pode significar a diferença ente uma boa

organização e uma ruim. Henry Ford sabia que pessoas é melhor que estrutura. Ele
disse: “Você pode levar minhas fábricas, queimar meus prédios, mas dê-me meu
pessoal, e iniciarei meu negócio novamente”. Ele sabia que prédio e burocracia não são
essenciais ao crescimento, pessoas sim, sobretudo líderes.
 “A maioria das pessoas só produzem quando tem vontade. Os líderes
produzem mesmo quando não tem vontade”.

▪ Quanto mais pessoas você lidera, mais líderes são necessários

Se voltarmos para a Bíblia você perceberá que Moisés foi um grande

líder. Na medida que a nação de crescia Moisés ficava cansado, e as necessidades do
povo não eram supridas. Qual era o problema? Moisés estava fazendo tudo sozinho.

Foi necessário levantar líderes para ajuda-lo e dividir a carga.

6.1. QUAL O DESAFIO MAIS DIFÍCIL DO LÍDER

Criar um ambiente para potenciais líderes.

Como fazê-lo?

▪ Os líderes devem ser agentes que geram mudança no ambiente

Criar um ambiente que atraia líderes é vital para qualquer organização. É

este o trabalho dos líderes. Eles devem ser ativos, devem gerar atividades que sejam
produtivas e devem incentivar, criar e comandar mudanças na organização. Devem criar
um ambiente que permita aos potenciais líderes ter sucesso.

O líder deve ser um termostato. O que é isso? Existe uma diferença entre
“termômetro” e “termostato”. Aquele é passivo, apenas mede a temperatura do
ambiente; já o segundo é ativo, controla a temperatura do ambiente. Os líderes geram
mudança a fim de criar um clima.

A atitude de um líder, associada a uma atmosfera positiva na

organização, pode incentivar pessoas a realizar grandes coisas. A realização consistente
gera dinamismo. O dinamismo é imprescindível para se obter um clima de crescimento
positivo e de sucesso.

O dinamismo é o maior de todos os agentes de mudança. Somente os

líderes podem controlar o ambiente de sua organização. Eles podem ser os agentes de
mudanças cujo intuito seja o de criar um clima que leve ao crescimento.

▪ Os líderes devem ser modelos do tipo de liderança que desejam

Segundo Albert Schweitzer, “o exemplo não é o principal elemento

quando se influencia pessoas (...) é o único elemento”.
 Parte daquilo que consiste em criar um clima atrativo é o modelo da
liderança. As pessoas imitam aquilo que elas veem sendo exibido. Modelo positivo –
proposta positiva. Modelo negativo – proposta negativa.

O que os líderes fazem, os potenciais líderes que estão à volta deles

fazem. O que eles valorizam é o que o pessoal valoriza. Os objetivos dos líderes
tornam-se objetivos deles.

São os líderes que criam o ambiente.

“A rapidez do chefe (líder) é a rapidez da equipe”15. Um líder não pode

exigir dos outros aquilo que não exige de si mesmo.

Se você quiser que sua equipe cresça, começa já a crescer.

▪ Procure o líder no íntimo da pessoa

Não há futuro em nenhum cargo.

O futuro está na pessoa que ocupa o cargo. É preciso que haja um líder
com visão para ver o futuro líder no íntimo da pessoa. Michelângelo, quando
questionado sobre sua obra-prima Davi, respondeu que a escultura sempre existira
dentro da pedra. Ele simplesmente esculpira a pedra.

Os líderes devem ter o mesmo tipo de visão quando veem potenciais

líderes. Entre algumas das qualidades que se devem procurar em uma pessoa estão as
seguintes:

POSITIVIDADE A habilidade de trabalhar com pessoas e ver as pessoas e as situações de

uma maneira positiva.

SERVENTIA A disposição de submeter-se, cooperar e seguir o líder.

POTENCIAL PARA Um desejo de crescer e desenvolver-se como pessoa; a habilidade de

CRESCER continuar a crescer à medida que o trabalho se expande.

ACOMPANHAMENTO A determinação de ver todo o trabalho feito com consistência.

LEALDADE A disposição de colocar sempre o líder e a organização acima de desejos

pessoais.

RESILIÊNCIA A habilidade de recuperar-se quando surgirem problemas.

INTEGRIDADE Probidade e caráter sólido; palavra e conduta consistentes.

MENTALIDADE DA A habilidade de ver a organização como um todo e todas as suas

15
Lee Lococca.
 SITUAÇÃO COMO necessidades.
UM TODO

DISCIPLINA A disposição de fazer o que é necessário, independentemente da

disposição pessoal

GRATIDÃO Uma atitude de gratidão que passa a ser um modo de vida

Se você encontrar um potencial na vida do seu líder, cave e você

descobrirá a fonte!

▪ Ofereça oportunidade de crescimento

Contam uma estória que um turista parou em uma cidadezinha para

descansar. Vendo um senhor sentado à porta da única loja da cidade, perguntou:
“Amigo, você pode me dizer algo que torna esta cidade notável?”

“Bem, respondeu o senhor”, “não sei exatamente, exceto que ela é o ponto de partida
para o mundo. Você pode começar aqui e ir para onde quiser.”

Você já parou para notar que nem todas as pessoas veem sua posição
atual como um ponto de partida?

Os líderes devem incentivar os líderes à sua volta a verem sua posição

atual como um ponto de partida. Criar um ambiente que promova o crescimento pessoal
é importante.

Entretanto, se as pessoas que estão ao seu redor não saibam que estão em
um ambiente como esse, é provável que não desfrutem dele. Por isso, é importante que
criar oportunidades de crescimento.

▪ Lidere (e não gerencie) com visão

Uma parte importante da liderança implica em apresentar uma visão.

Muitos líderes se esquecem de apresentar uma visão porque ficam muito

envolvidos com a gerência. Gerentes são mantenedores que têm a tendência de recorrer
a sistemas e controle. Líderes são inovadores e criadores que recorrem a pessoas.

Uma visão eficiente oferece orientação, dá direção.

 A verdadeira direção para uma organização nasce de uma visão. Começa
quando o líder a aceita. Ganha aceitação quando o líder a apresenta. E torna-se uma
realidade quando as pessoas respondem a ela.

▪ Tome decisões difíceis

Algumas decisões difíceis que um líder enfrenta têm a ver com pessoas
cujo desempenho não é satisfatório. Grandes líderes fazem escolhas inteligentes neste
sentido. Um líder que não trata eficientemente dessas questões prejudicará:

✓ A capacidade da organização de atingir seu objetivo;

✓ Os princípios morais daqueles cujo desempenho é primoroso;

✓ Sua própria credibilidade;

✓ A autoimagem e possível eficiência daqueles cujo desempenho é baixo.

Especificamente no contexto de organizações religiosas, as decisões

difíceis são tomadas naqueles casos onde o líder está exercendo uma função para a qual
não foi chamado. O líder deve promover um ambiente propício para despertar no
coração do seu líder/liderado o real chamado dele para cumprir os propósitos de Deus.

▪ Pague o preço que atraia líderes

O sucesso tem um preço.

Criar um clima para potenciais líderes é algo que também requer que o
líder pague um preço. Começa com o crescimento pessoal. O líder deve examinar-se,
fazer-se as perguntas difíceis para si mesmo e, então, optar por fazer a coisa certa,
independentemente da atmosfera e disposição.

Frise-se, o compromisso de proporcionar um clima que permita aos

potenciais líderes crescer deve começar com o compromisso do líder com o crescimento
pessoal.

6.2. QUAL A TAREFA CRUCIAL DO LÍDER?

Incentivar potenciais líderes.

Muitas organizações hoje não conseguem usar seu potencial.

 Por quê?

Porque a única gratificação que oferecem aos seus colaboradores é o

salário. Observe que a relação entre empregado e colaborador nunca vai além deste
ponto.

Organizações de sucesso assumem outra abordagem. Em troca do

trabalho que oferece, a pessoa não só recebe seu salário, mas também estímulos das
pessoas para quem trabalha. O estímulo tem a capacidade de transformar a vida das
pessoas.

Tão logo tenha identificado potenciais líderes, você precisa começar o

trabalho de transformá-los nos líderes que eles podem ser. John Maxwell apresenta o
acrônico CICA como um lembrete do que as pessoas precisam quando inicial o trabalho
nas empresas dele:

Confiar nelas

Incentivá-las

Compartilhar experiências com elas

Acreditar nestas
O CICA é o começo do próximo elemento de desenvolvimento dos
líderes que estão à sua volta: estimular líderes potenciais. (incentivar) O estímulo
beneficia a todos.

Na realidade, a maior responsabilidade do líder no processo de estímulo é

ser exemplo de liderança, de uma forte ética profissional, de responsabilidade, de
caráter, de franqueza, de consistência, de comunicação e de confiança nas pessoas.

Mesmo quando está no processo de oferecer algo às pessoas que estão à

sua volta, o líder também é um exemplo (paradigma). No contexto de organização,
nosso paradigma é Cristo.

O próprio líder precisa escolher um exemplo de liderança para si mesmo.

Isso consiste em sem mentoriado. Diretrizes para relacionamento de mentorização:

✓ Faça perguntas certas

✓ Deixe claro seu nível de expectativas

 ✓ Aceite uma posição subordinada de aprendizado

✓ Respeite o mentor, mas não o idolatre

✓ Ponha imediatamente em prática o que você está aprendendo

✓ Seja disciplinado ao relacionar-se com o mentor

✓ Recompense seu mentor com seu próprio progresso

✓ Não ameace desistir

O QUE EXIGIR DIARIAMENTE DO LÍDER?

Equipar potenciais líderes.

A esta altura você sabe identificar potenciais líderes, criar um clima no

qual eles possam ser estimulados e incentivá-los. É hora de observar mais
especificamente como prepara-los para a liderança dentro da organização. Esse processo
de preparação é chamado de equipagem.

O equipador ideal é aquele que pode transmitir a visão do trabalho,

avaliar o líder potencial, dar a ele as ferramentas de que precisa e, então, ajuda-lo ao
longo do caminho logo do início da jornada, da preparação, do processo.

O equipador é um modelo – um líder que faz trabalho, e o faz bem,

direito e com consistência.

O equipador é um mentor – um conselho que tem a visão da organização

e que pode apresenta-lo é um capacitador – aquele que pode instilar no potencial líder o
desejo pessoa que está sendo equipada.

O equipador é um capacitador – aquele que pode instilar (inspirar) no

potencial líder o desejo e habilidade de fazer o trabalho. Ele é capaz de liderar, ensinar e
avaliar o progresso da pessoa que está sendo equipada.

Para ver como estão suas habilidades de discernimento, observe a

seguinte tabela com as características de um potencial líder:
FATORES DE EXCEDE EM EXCEDE AS CUMPRE AS PRECISA DE CERTO NÃO CUMPRE AS
DESEMPENHO MUITO AS EXIGÊNCIAS DO EXIGÊNCIAS DO APERFEIÇOAMENTE EXIGÊNCIAS
EXIGÊNCIAS DO TRABALHO TRABALHO MÍNIMAS
TRABALHO

Qualidade Transpõe Precisa pegar o Só consegue Choca-se contra os Não consegue

obstáculos altos impulso correndo transpor um obstáculos ao tentar reconhecer um
com um único para transportar obstáculo transpô-los obstáculo, que
salto obstáculos altos pequeno ou médio dirá transpô-lo
sem pináculos

Pontualidade É mais rápido do É tão rápido Não é tão rápido Você acreditaria em Machuca-se com
que uma bala quanto uma bala quanto uma bala uma bala que atinge o a bala ao tentar
alvo lentamente? atirar com a arma

Iniciativa É mais forte do É mais forte do É mais forte do Atira no touro Tem cheiro de
uma locomotiva que um elefante que um touro touro

Adaptabilidade Caminha sobre as Caminha sobre as Lava-se nas águas Bebe a água Rejeita água em
águas águas em casos de
regularmente situações de emergência
emergência

Comunicação Conversa com Conversa com os Conversa consigo Discute consigo Perde as
Deus anjos mesmo mesmo discussões

ANEXO 1.

QUAIS SÃO AS 12 AÇÕES QUE UM LÍDER DEVE TOMAR PARA

TRANSFORMAR POTENCIAIS LÍDERES?

I. FAÇA AS TRÊS PERGUNTAS DA MOTIVAÇÃO

Todo crescimento começa com motivação.

1. O que eles querem?

2. Eles têm um jeito de conseguirem o que querem?

3. Eles serão gratificados se tiverem sucesso?

II. SEJA UM BOM OUVINTE

Bons líderes são bons ouvintes.

III. DESENVOLVA UM PLANO DE CRESCIMENTO PESSOAL

IV. MEDIDAS PRÁTICAS PARA O CRESCIMENTO PESSOAL

 1. Reserve tempo diariamente para o crescimento

2. Arquive logo o que você aprende

3. Aplique logo o que você aprende

4. Cresça com alguém

5. Faça o plano de seu crescimento e siga-o por um ano

V. CONTINUE A CRESCER

VI. USE O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO EM QUATRO ESTÁGIOS

1. Pela visão

2. Pela emoção

3. Pela experiência

4. Pela convicção

VII. SIGA O CRONOGRAMA DE IDEIAS

INSTRUÇÃO

DEMONSTRAÇÃO

EXPOSIÇÃO

RESPONSABILIDADE

VIII. DÊ-LHE DIVERSAS EXPERIÊNCIAS

IX. EMPENHE-SE PARA CHEGAR À EXCELÊNCIA

X. IMPLEMENTE A LEI DO EFEITO

RECOMPENSA

INDICADORES

SUPORTE (EQUIPE)

EXPECTATIVAS

XI. IMPORTE-SE O BASTANTE PARA CONFRONTAR

1. Confronte o mais rápido possível

2. Separe a pessoa do que ela fez de errado

 3. Confronte só o que a pessoa pode mudar

4. Dê à pessoa o benefício da dúvida

5. Seja específico

6. Evite sarcasmo

7. Evite palavras como sempre e nunca

8. Diga à pessoa como você se sente com relação ao que foi feito errado

9. Dê à pessoa uma estratégia para solucionar o problema

10. Aceite-a como pessoa amiga

XII. TOME AS DECISÕES DIFÍCEIS

 ATENÇÃO!

DESAFIO DA ÚLTIMA SEMANA!

Será postado no grupo do Treinamento um livro do John Maxwell, “AS 21 LEIS

IRREFUTÁVEIS DA LIDERANÇA”. São 21 capítulo. Você escolherá uma das 21
Leis, fará a leitura e uma resenha.

A resenha deverá ser postada no e-mail: treinamentochurch@gmail.com

 CAPÍTULO VII

7. LIDERE DE DENTRO PARA FORA

Logo no primeiro capítulo o princípio que abre a lista de princípios de

uma liderança forte é “A liderança começa em você”. O renomado John C. Maxwell
disse que o maior desafio de um líder é liderar a sim mesmo, seu maior inimigo está
dentro do próprio líder. É por isso, que encerraremos este treinamento com o título
“Lidere de dentro para fora”.
Daremos algumas orientações, as quais reputamos ser de grande
relevância para o desenvolvimento de uma liderança eficaz. Todos os grandes líderes
devem observar essas orientações:

▪ GRANDES LÍDERES VALORIZAM A EXCELÊNCIA

“As pessoas que atingem o seu potencial são

aquelas que gastam mais tempo perguntando: “O
que eu estou fazendo bem?” ao invés de: “O que
eu estou fazendo errado?” Katharine Graham

Excelência não é uma habilidade. É uma atitude.

Excelência não tem a ver com instrução, dinheiro, habilidades ou

conexões. Excelência tem a ver com o compromisso de fazer o melhor com os recursos
que você tem à sua disposição.

Excelência é algo extremamente valioso e está aberta a qualquer pessoa

que esteja comprometida em segui-la. Excelência vem de um sincero desejo de fazer
uma positiva diferença.

Em Eclesiastes 9.10 diz: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças”. Em Colossenses 3.23-24 fica mais claro isso, veja: “Tudo
quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens,
cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança”.

Um líder eficaz valoriza a excelência, pois sabe que excelência atrai

excelência!
 ▪ GRANDES LÍDERES NÃO ACEITAM MEDIOCRIDADE

Os dicionários conceituam o medíocre como "mediano, ordinário,

insignificante, vulgar, sem mérito, aquele que está entre mau e insuficiente".
Infelizmente grande parte da humanidade é medíocre, não no sentido pejorativo da
palavra, mas sim, mediano. Não passa da média.

Preste atenção!

Qual é o antônimo de medíocre?

Grandioso, estimado, excelente!

Um líder não pode aceitar a mediocridade, ele sempre fará além do

esperado; ele sempre buscará um resultado nunca alcançado; ele sempre se desdobrará
para entregar o melhor em qualquer área de sua vida.

▪ GRANDES LÍDERES PRESTAM ATENÇÃO AOS DETALHES

Os maiores líderes sabem que não podem negligenciar neste quesito. Imagine
que você tenha organizado um mega evento, mas esqueceu de reservar o hotel dos
preletores. Algo tão simples, mas que pode causar um grande problema.

Você tem sido detalhista, observador, atento?

Infelizmente, grande parte dos líderes não presta atenção aos detalhes. Por vezes
negligenciam isso. Essa habilidade deve ser observada em todas as áreas da nossa vida.
Ela está muito ligada com a excelência.

▪ GRANDES LÍDERES MANTÉM-SE COMPROMETIDO

O compromisso vem antes de tudo na vida de um líder. Líderes que completam

uma tarefa possuem estas características:

✓ Propósito irresistível > eles possuem um grande compromisso para uma grande
causa.

✓ Perspectiva clara > eles não deixam o medo nublar sua visão do futuro.

✓ Prece constante > eles oram sobre tudo e ganham a preferência de Deus.

✓ Persistência corajosa > eles se movem à frente apesar dos percalços.

Se você está enfrentando um desafio de Deus, cultive essas características para

se dar a melhor oportunidade para o sucesso.
 ▪ MOSTRAR INTEGRIDADE E ÉTICA

Em regra, os líderes desejam resultados, mas para tê-los é preciso fazer.

✓ Para conquistar metas altas, você deve ser um líder mais eficiente;

✓ Para atrair pessoas melhores, você deve ser uma pessoa melhor;

✓ Para ter grandes resultados, você deve ser uma pessoa de grande caráter.

Um problema comum ocorre quando a identidade real de um líder e os

resultados desejados não combinam. Mas, quando líderes mostram competência,
propósito e consistência de caráter, revelam-se poderosos modelos para a equipe.

Se você deseja grandes realizações, seja uma pessoa melhor e um líder

melhor. Caráter é mais do que palavras; talento é um dom, mas caráter é uma escolha; o
caráter traz sucesso eterno às pessoas; os líderes não podem ultrapassar as limitações de
seu caráter.

Jamais podemos valorizar mais o talento do que o caráter.

▪ GRANDES LÍDERES MOSTRAM RESPEITO GENUÍNO AOS

OUTROS

Se você deseja influenciar outras pessoas, precisa cuidar delas. O que o

clérigo John Knox disse há mais de quatrocentos anos atrás ainda é verdade: “Você não
pode antagonizar e influenciar ao mesmo tempo”.

Cuidar significa, sobretudo nutrir uma preocupação genuína com os

outros. Para ajudar e influenciar positivamente, é preciso cultivar sentimentos positivos
pelos liderados.

Não se pode desgostar deles ou ridicularizá-lo. Você lhe deve amor e

respeito.

▪ GRANDES LÍDERES DEMONSTRAM CONSISTÊNCIA

Firmeza, consistência e assertividade são características dos grandes

líderes

▪ GRANDES LÍDERES NUNCA PARAM DE MELHORAR

Vivemos em uma sociedade que vê a doença como um destino final.

Muitos querem fazer o suficiente para “chegar” e, depois, querem se aposentar. Aqueles
que querem crescer sabem o que deve fazer, não importam com as circunstâncias. Há
três processos em ciclos contínuos de sua vida:

✓ Preparação. Quando se quer aprender algo novo todos os dias, torna-se mais
fácil preparar-se para possíveis desafios.

✓ Contemplação. Um tempo sozinho é essencial para o autoaprendizado. Isto

permite ganhar perspectiva quanto aos próprios erros e aprender com eles,
proporcionando tempo e espaço para moldar sua visão pessoal ou
organizacional.

✓ Aplicações. O músico Bruce Springsteen afirmou: “Chega a hora em que você

precisa parar de esperar pelo homem que quer se tornar e começar a ser o
homem que você quer ser”. Isto é, precisa aplicar o que aprendeu.

Se você investir continuamente no desenvolvimento da sua liderança, o

resultado inevitável é o crescimento com o tempo. Embora seja verdade que algumas
pessoas nascem com alguns dons naturais maiores do que outras, a habilidade de liderar
é na verdade uma coleção de habilidades, e quase todas podem ser aprendidas e
melhoradas.

Mas esse processo não acontece da noite para o dia. Líderes bem-
sucedidos são aprendizes. E o processo de aprendizagem é contínuo, resultado de
autodisciplina e perseverança. O objetivo de cada dia deve ser melhorar um pouco,
edificando a partir do progresso conquistado no dia anterior.

Por enquanto fim...

ATENÇÃO!

O material está atualizado até o dia 19/9/2020.

Esta não é a versão final deste material de

apoio. O próximo Curso será em março de 2021. Até lá,
todo material será revisado, outros conteúdos serão
inseridos e novos desafios planejados.
 Embora este treinamento seja específico para
liderança, você pôde perceber que todo conteúdo é
direcionamento para o conhecimento geral sobre
liderança. Os líderes de GV e Ministério terão
treinamentos específicos, os quais serão preparados e
aplicados ainda este ano.

Associado a isso, é imprescindível que você

estude a Palavra de Deus, pois a Bíblia é nossa única
fonte de fé e prática.

Forte abraço!

Obrigado por ter estado conosco!!!

FORMULÁRIO 1ª AULA - MOMENTO CRIATIVO

Quero desafiar você a pegar uma folha de papel em branco e a responder com as
primeiras palavras que vierem a sua mente as seguintes perguntas:

Aponte 3 (três) adjetivos (qualidades) bons a seu respeito:

_____________________

_____________________

_____________________

Aponte 3 (três) adjetivos (defeitos) ruins a seu respeito:

_____________________

_____________________

_____________________

Na sua perspectiva, você se relaciona bem com as pessoas? Porquê?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Na sua perspectiva, qual é seu estilo de liderança?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
FORMULÁRIO 2ª AULA

Quero desafiar você a responder às perguntas abaixo:

1) Você identificou o seu perfil? Quais tem sido seus maiores desafios em relação ao seu perfil
comportamental?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

2) E como você pode lidar com o temperamento do seu cônjuge, filhos, familiar mais próximo,
ou seus liderados?
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3) Desafio: fazer algo na prática, está semana, que venha trazer crescimento na sua vida,
melhorar a sua comunicação com as pessoas que te rodeiam.
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4) O que você percebeu que precisa equilibrar no seu temperamento para viver melhor
consigo mesmo e com as pessoas?
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5) Ficou claro para você que o mundo se lembrará de sua existência de acordo com seu
comportamento? Escreva como o mundo lembrará de você se você morrer hoje e o que
você gostaria de mudar.
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

6) Desafio: leia para alguém, que está fazendo o curso com você, todas as suas respostas, e a
pessoa que estiver ouvindo não poderá fazer nenhum comentário. Quais os sentimentos que
você observou em você quando você ouviu o que você estava lendo?

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