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MÓDULO 1: O EMPREENDEDOR
UNIDADE 1: ABERTURA DA DISCIPLINA
Objetivos:
Promover a apresentação dos estudantes e do professor. Levantar
expectativas dos estudantes.
Promover atividades de ambientação dos estudantes na disciplina virtual.
Apresentar a Disciplina de Empreendedorismo aos estudantes e o
cronograma de realização na IES e na turma.
Sensibilizar os estudantes para o tema empreendedorismo.
“SER EMPREENDEDOR”
O que diferencia os empreendedores de outras pessoas? Quais são essas
diferenças e como elas se formam nas pessoas? Ou são os empreendedores
pessoas com superpoderes?
Preste atenção em uma palavra que se repetiu três vezes no trecho acima:
pessoas. Colocando no singular: pessoa. Este é o ponto de partida desta charada ou
questão que gera tanto debate: antes de tudo, o empreendedor é uma pessoa.
Parece óbvio ou piada, mas não é.
Joseph A. Schumpeter (1934), economista austríaco, relaciona o
empreendedor ao desenvolvimento econômico, argumentando que este é
impulsionado por um chamado “processo de destruição criativa”, no qual se
considera a necessidade de renovar e de destruir o velho para se criar o novo. O
empreendedor é quem gera e mantém tal processo.
Para criar algo, é preciso agir.
Fernando Dolabela (2008), brasileiro renomado como estudioso do
comportamento empreendedor, argumenta que “todos podem, se quiserem agir de
forma empreendedora. É empreendedor, em qualquer área, alguém que sonha e
busca transformar o seu sonho em realidade”.
Para transformar um sonho em realidade, é preciso agir.
Entre os argumentos de Schumpeter e os de Dolabela, temos um intervalo de
mais de 60 anos e ambos trazem um elemento determinante e comum: a ação
geradora de resultados. Quem age para alcançar os resultados esperados? Os
empreendedores.
O que diferencia os empreendedores é justamente a forma como agem na
busca daquilo que esperam alcançar. São os comportamentos que determinam os
empreendedores. Muitas vezes as pessoas consideradas empreendedoras são
vistas como “deuses”, “infalíveis”, “inatingíveis”, “pessoas de sorte extrema”, entre
outros adjetivos.
Muitos dizem que não se pode formar empreendedores; alguns afirmam que
eles têm seu diferencial comportamental trazido na herança genética; outros
profissionais entendem que é na vivência da infância e da adolescência que se
formam tais diferenças, vinculadas a certos estímulos oferecidos pelo meio. Há
também quem sustente a ideia do surgimento aleatório de empreendedores. Afinal,
como ser empreendedor? É possível aprender a empreender?
Os empreendedores, assim como eu e você, são pessoas que aprendem e se
desenvolvem a cada dia, agindo com comprometimento e persistência diante das
diversas situações da vida.
O empreendedor é um ser social, e assim sendo, se estabelece e se
desenvolve pela relação entre suas características individuais e o meio em que vive,
em um desenvolvimento contínuo.
Nem sempre houve concordância quanto ao ensino do empreendedorismo. O
fato é que estamos falando de comportamento, da forma como as pessoas agem.
Desta forma, um caminho é estimular que as pessoas decidam por agir de
determinada forma, tendo consciência dos riscos e das possibilidades envolvidas
nesta decisão. Percebe-se que não é possível imaginar apenas um ensino teórico na
formação de um empreendedor; a prática é fundamental.
Existe a tempo considerável uma preocupação em identificar comportamentos
que caracterizam a conduta empreendedora e os traços que mobilizam tais ações.
Esta preocupação justifica-se pela grande importância das ações empreendedoras
no quadro econômico e social do mundo atual. Existe necessidade emergente, e
para diversos contextos, de pessoas que ajam determinadas a alcançar melhores
resultados individuais e coletivos, impulsionando um ciclo de desenvolvimento
harmonioso.
Na busca pelo conhecimento dos comportamentos que caracterizam a
conduta empreendedora, um grande número de mapeamentos foi feito por diversos
pesquisadores ao redor do mundo, os quais chegaram a conclusões bastante
semelhantes.
É importante termos consciência de que não se pode estabelecer uma
relação absoluta de causa e efeito. Ou seja, se uma pessoa apresenta tais traços ou
padrão de conduta, não se pode afirmar de forma absoluta que certamente vai obter
sucesso. O que se pode dizer é que, se determinada pessoa possui as
características e as aptidões mais comumente encontradas nos empreendedores,
mais chances terá de ser bem-sucedida.
Na prática, os empreendedores diferenciam-se pelo elevado grau de
realização que possuem. É possível fazer uma simples relação e dizer que os
empreendedores são, essencialmente, realizadores; são pessoas que “fazem
acontecer”, como se diz popularmente.
O empreendedor persiste, acredita em sua capacidade e vê os fracassos
como oportunidades de aprendizado. Planeja e avalia os resultados alcançados,
buscando excelência naquilo que desenvolve.
Empreendedores não esperam a vida passar observando-a pela janela; eles
fazem parte do cenário como agentes de transformação e realização.
Para empreender, o “ser” deve se relacionar de forma equilibrada com o
“saber” e com o “fazer”. É preciso se conhecer, saber o que se pretende alcançar, se
posicionar em um ciclo de contínuo aprendizado e agir de forma planejada e focada
aos objetivos propostos.
Empreender é buscar, é uma ação cíclica; não é chegar e parar. Como se
percebe, para ser empreendedor é preciso predispor-se a isso, predispor-se a se
desenvolver como tal.
Este texto não traz respostas, mas lhe convida para a prática: “seja”, “saiba”,
“faça”. Busque, aja, alcance e continue.
Questionário de motivações
Você deverá escolher apenas uma das três alternativas propostas em cada
uma das dez questões apresentas na sequência (marque um X).
8) Imagine três mesas, cada uma com três convidados. De qual delas gostaria
de participar?
( ) 22) Santos Dumont, Bernardinho e Barão de Mauá.
( ) 23) Lula da Silva, Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek.
( ) 24) Zilda Arns, Nelson Mandela e João Paulo ll.
10) Sem considerar o preço, qual o presente que mais lhe agradaria receber?
( ) 28) Uma coleção de moedas.
( ) 29) Uma máquina fotográfica.
( ) 30) Um álbum de família.
Motivo de realização
Motivação predominante pelas necessidades de realização
Motivo de afiliação
Motivação predominante pelas necessidades de afiliação ou afeto
(participação social)
Motivo de poder
Motivação predominante pelas necessidades de poder
Você já parou para pensar em responder à pergunta que intitula este texto?
Propomos que faça um exercício de expandir suas ideias e imaginar algo
além de um simples movimento físico em uma determinada direção. Imagine e
busque compreender o que te move, em essência, em uma determinada direção.
Será a própria direção que te move? Será que os desafios do caminho te movem?
Será a obrigação quase imposta a todos de ser bem-sucedido e o desejo unânime
de ser feliz? Será tudo isso e mais um pouco até? O que te move a tudo isso que
deseja, afinal? E por que tudo isso te move?
Os motivos que nos movem pela vida certamente são diferentes, e fato é que
cada um de nós tem seus motivos e suas necessidades para agir em uma
determinada direção. Motivos para agir, motivos para ação, motivação – assunto
comumente discutido e para o qual existem muitas receitas e fórmulas propagadas.
Você já deve ter ouvido ou lido coisa do tipo “faça isso e seja mais feliz”, “tenha mais
motivação fazendo assim”. Será que funciona? Pode até ser, afinal só você pode
responder “o que te move”? Quais são os motivos que te levam a agir?
O objetivo deste texto é bem simples: provocar sua reflexão. Pense sobre
isso, reflita o que te move, quais são as necessidades que impulsionam suas ações
e o que pode estimular sua motivação. Não fique esperando que os outros ou o
mundo o motivem e o façam a pessoa mais feliz do universo; busque se conhecer
melhor e identificar quais necessidades e qual a essência dos motivos que te levam
a agir. E, claro, aja!
ENCONTRO 4
CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO
EMPREENDEDOR
Objetivos:
Apresentar aos estudantes as características do comportamento
empreendedor.
Caro aluno, parabéns por suas conquistas, você chegou até nosso 5º
Encontro. Aqui, muito mais do que a busca por ensinar, nós da Faculdade Novo
Milênio e nosso parceiro SEBRAE queremos potencializar o que você já possuí de
“Empreendedor” e óbvio destacar o que você ainda precisa melhorar.
O objetivo desta autoavaliação é propiciar a reflexão sobre a prática de
comportamentos empreendedores em seu dia a dia.
Não há melhor ou pior resposta; o que importa é a resposta verdadeira. Seja
honesto consigo! Lembre-se de que ninguém é perfeito em tudo e estamos em
constante desenvolvimento dos comportamentos empreendedores.
1ª ETAPA – AUTOAVALIAÇÃO
Para preencher a autoavaliação, reflita e escolha o número que melhor
descreva a sua prática no dia a dia, conforme cada comportamento listado.
Obs.: não deixe nenhum item sem resposta.
Comportamentos Prática no dia a dia
2
O que você fará para desenvolver/fortalecer essa característica do comportamento
empreendedor durante a disciplina?
Ação Prazo
3
O que você fará para desenvolver/fortalecer essa característica do comportamento
empreendedor durante a disciplina?
Ação Prazo
4
O que você fará para desenvolver/fortalecer essa característica do comportamento
empreendedor durante a disciplina?
Ação Prazo
Em seu dia a dia, dedique um tempo para refletir sobre suas ações e os
resultados alcançados, analise as situações de dificuldade ou fracasso, vibre com
suas conquistas; enfim, aprenda praticando, aprenda a empreender, empreendendo.
Estabelecimento de metas
ESTABELECENDO METAS
Após compreender os critérios para estabelecimento de metas, dedique-se a
estabelecer metas para curto, médio e longo prazos para você.
b) Como essa meta contribuirá para você conseguir realizar o que quer da
vida?
c) De que modo atingirá essa meta?
d) De que maneira você irá medir ou monitorar seu progresso rumo à meta?
Especifique critérios de acompanhamento!
ENCONTRO 1:
IDEIAS E OPORTUNIDADES
Objetivos:
Apresentar conceitos sobre ideias e oportunidades.
Apresentar conceitos sobre mercado.
Ambiente interno: os fatores internos são aqueles que são controláveis pelo
empreendedor, pois se referem ao ambiente interno da atividade desenvolvida;
Valor agregado
Agregar valor ao produto ou serviço é exceder a sua finalidade básica, sendo
que tal valor é determinado pela percepção do cliente.
TEXTO “NEGOCIAÇÃO”
A toda hora estamos negociando na nossa vida. Negociamos até com nós
mesmos. Negociar é escolher entre diferentes alternativas, buscando a harmonia
nos diferentes interesses de todas as partes envolvidas.
O que quero?
Aspectos desejáveis na negociação.
O que eu posso?
Aspectos possíveis de mudança, concessão, adequação na negociação.
O que eu devo?
Aspectos dos quais não é possível abrir mão na negociação. É o mínimo
necessário para alcançar um resultado positivo.
Em uma negociação, você deve tomar alguns cuidados. Procure, sempre que
possível:
Manter o foco nos interesses, naquilo que os dois necessitam;
Evitar ser inflexível em coisas que não têm importância e podem ser
adequadas;
Separar o que está sendo negociado das pessoas que estão negociando;
Negociação não é uma disputa que exige um vencedor. Não acuse a pessoa
durante a negociação; exponha fatos e argumentos relacionados ao objetivo
dela;
Persistir em resolver a situação com base nos fatos. Não traga para o espaço
de negociação antigos ressentimentos ou mágoas;
Preparar uma última melhor alternativa, em caso de tudo sair errado.
1º desafio: percepção
Dicas:
2º desafio: emoção
Dicas:
3º desafio: comunicação
Dicas:
Ouça ativamente;
Fale com o outro lado;
Fale sobre você mesmo, seus argumentos e pontos de vista, não sobre
os outros;
Fale segundo um interesse determinado para a negociação;
Minimize o impacto negativo de ruídos do ambiente: telefone, pessoas
falando ao lado, música etc.
Outras dicas:
Concentre-se nos interesses, não nas posições.
Você identifica os interesses:
Crie opções:
Separe a criação da decisão. Promova a geração de ideias;
Amplie e aumente suas opções;
Procure o ganho mútuo;
Facilite a decisão deles.
Diante de interlocutores (seja um ou sejam dois, dez, 20, 100, 500 ou mais),
evite:
A mania de colocar a mão no bolso, mexer nos botões da roupa, lápis,
folha de papel ou no fio do microfone;
Roer unhas;
Cruzar, de maneira descontrolada, braços e pernas;
Andar sem rumo de um lado para o outro, sem propósito;
Tossir, pigarrear;
Olhar através das pessoas, para um ponto no infinito, para o chão, ou
fechar os olhos constantemente;
Falar sempre no mesmo ritmo, sem alterar a voz;
Gesticular em demasia;
Falar sem ter se preparado com antecedência;
Imaginar cenas pessimistas e desastrosas sobre o processo de
comunicação e seu resultado;
Não demonstrar emoção, comportando-se com frieza, apatia.
Na comunicação interpessoal:
Não demonstre prepotência;
Não forneça informações incorretas;
Não interrompa o interlocutor, desrespeitando a sua vez de falar;
Não tente adivinhar o que o interlocutor irá dizer ou questionar.
Na comunicação escrita:
Verifique e utilize o tratamento adequado ao receptor da mensagem;
Tenha cuidado com a correta formação de frases: conjugação verbal,
pontuação, entre outros aspectos;
Seja claro e objetivo;
Evite abreviamentos;
Não utilize termos referentes a gírias;
Releia a mensagem antes de finalizá-la e encaminhá-la.
INOVAÇÂO
Mas a inovação não acontece do nada. Para inovar é preciso entender o que
é inovação. Segundo o Manual de Oslo, criado pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), justamente para orientar os métodos de
inovação:
É importante sempre se lembrar de que uma ideia criativa nem sempre é uma
inovação. Pode acontecer que a ideia não esteja coerente com o perfil do seu cliente
ou até mesmo pode não ser o momento ideal para aplicá-la.
Somente se considera que houve inovação quando as ações trazem
resultados impactantes em relação ao crescimento e aos resultados para a atividade
empreendedora. Avalie sempre este aspecto.
Tipos de inovação
1) Inovação de produto
2) Inovação de marketing
Uma inovação de marketing é a implementação de um novo método de
marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua
embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de
preços.
Inovações de marketing são voltadas para melhor atender às necessidades
dos consumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma
empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas.
A característica distintiva de uma inovação de marketing comparada com
outras mudanças nos instrumentos de marketing de uma empresa é a
implementação de um método de marketing que não tenha sido utilizado
previamente pela empresa. Isso deve fazer parte de um novo conceito ou estratégia
de marketing que representa um distanciamento substancial dos métodos de
marketing existentes na empresa. O novo método de marketing pode ser
desenvolvido pela empresa inovadora ou adotado de outras empresas ou
organizações. Novos métodos de marketing podem ser implementados para
produtos novos ou já existentes.
3) Inovação de processo
Uma inovação de processo é a implementação de um método de produção
ou distribuição novo ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças
significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares.
COOPERAÇÃO
O cenário atual reserva muitas oportunidades para os empreendedores em
nosso país: aumento de renda da população, em especial das classes C e D, e
estabilidade e crescimento econômico, o que gera condições favoráveis para o
desenvolvimento das empresas. Ao lado das oportunidades residem inúmeros
desafios que exigem muito cuidado: a alta carga tributária, a informalidade em vários
setores e a carência em infraestrutura. De todos esses, o mais estimulante está no
próprio cerne do ambiente empresarial: a competitividade entre as empresas.
Trabalhar junto significa lidar com tempos e práticas muitas vezes diferentes
entre as pessoas. Interagir com necessidades e interesses diferentes. Acomodar
essas questões contemplando todas as pessoas exige diálogo, habilidade pouco
necessária em uma sociedade amplamente competitiva.
O desafio real na cooperação não é técnico enquanto ferramentas de gestão,
técnicas de produção ou formas organizativas. Para todas essas existem respostas
já testadas e consolidadas. O grande desafio é a cultura, uma vez que nossa
sociedade ainda é dominantemente competitiva, não privilegiando o aprendizado do
trabalhar junto como forma de alcançar resultados. Superar esse desafio tem sido
conquista de muitas pessoas que já descobriram e multiplicam a cooperação como
prática cotidiana. Como disse Einstein, “a mente que se abre a uma nova ideia
jamais voltará ao seu tamanho original”.
Desafios e oportunidades
Para o segmento dos Pequenos Negócios, os desafios do desenvolvimento
sustentável são muitos: o cumprimento de exigências de uma legislação ambiental
cada vez mais rigorosa e a observância das tendências (riscos e oportunidades) dos
mercados dinâmicos e internacionalizados.
Trata-se, portanto, não de uma moda passageira, mas de uma nova realidade
que veio para ficar. Compreender que sustentabilidade é pressuposto para
competitividade implica acesso ao conhecimento técnico necessário à adequação do
negócio, o que envolve ecoeficiência nos processos, avaliação do ciclo de vida dos
produtos, gerenciamento de resíduos, relação com clientes, avaliação sistemática de
fornecedores, desenvolvimento e utilização de indicadores de sustentabilidade.
TENDÊNCIAS
Tendência é todo movimento social, espontâneo ou induzido, que aglutina um
grupo significativo de pessoas em torno de comportamentos ou características
semelhantes, identificáveis em uma série de tempo determinada. As tendências
envolvem movimento em uma determinada direção e são diretamente ligadas às
mudanças, não são estanques e imutáveis. Se várias pessoas, em um espaço de
tempo observado, que mudam seu comportamento e tendem a agir de uma mesma
forma. Temos aí, por exemplo, uma tendência.
Disponibilidade de matéria-prima
A disponibilidade de matéria-prima é indicada pelas seguintes considerações:
As matérias-primas estão disponíveis localmente em quantidade
adequada;
Há confiança no fornecimento, seja de fonte local ou importada;
Disponibilidade sazonal, perecimento, qualidade e variabilidade das
matérias-primas são considerados satisfatórios;
O preço da matéria-prima é razoável;
O aumento de preços das matérias-primas no futuro é percebido como
razoável e previsível.
Disponibilidade de tecnologia/equipamentos
A disponibilidade de tecnologia pode ser avaliada em termos dos seguintes
indicadores:
A tecnologia ou as tecnologias a serem usadas foram testadas e
aprovadas;
Estão disponíveis tecnologias a preços razoáveis para produzir o
produto;
A tecnologia é adequada ao nível de produção e de investimento e à
qualidade desejada ao produto;
O projeto não sofrerá por uma obsolescência de tecnologia que o torne
inviável;
Proximidade dos centros de venda do maquinário/equipamentos
necessários;
Disponibilidade sazonal do maquinário/equipamentos necessários.
Parcerias possíveis
Ao estudar previamente o mercado do setor relacionado às ideias de
negócios pesquisadas, respectivamente, é possível projetar possíveis parcerias, seja
com fornecedores, seja com concorrentes ou outras empresas e instituições.
Convém ao empreendedor buscar reconhecer como se estabelece o relacionamento
de cooperação e colaboração no respectivo setor, pois tal aspecto pode representar
oportunidades ou ameaças ao novo projeto.
Concorrentes
Quanto mais concorrentes oferecerem o mesmo tipo de produto ou serviço,
mais competitivo o setor e maiores os desafios para o empreendedor conquistar
mercado e expandir suas atividades. É por isso que a pontuação obtida (5 para
muitos concorrentes, 0 para nenhum) deve ser subtraída na apuração da pontuação
de análise. Com base nisso, os participantes podem calcular seu “total atualizado”.
Dicas de outros parâmetros que podem ser utilizados para a avaliação das
ideias de negócios
Adequação estratégica
A adequação estratégica dos projetos analisados é indicada pelos seguintes
critérios:
O projeto proposto está perfeitamente adequado à competência e à
experiência do empreendedor ou de sua equipe principal;
O projeto proposto identifica-se bem à linha de produção, tecnologia,
rede de distribuição, sistema de produção, instalações e recursos já
pertencentes ao empreendedor ou à empresa;
O projeto complementa e fortalece a organização atual, a viabilidade
ou o crescimento da empresa por meio de uma sinergia positiva.
Facilidade de implementação
A facilidade de implementação pode ser medida pelos seguintes critérios:
O projeto pode ser implementado dentro de um período curto de
gestação ou período preparatório razoável (por exemplo, de três meses
a um ano);
O projeto pode começar a ser operado dentro de um ano, depois de
completado o treinamento e finalizado o planejamento detalhado;
Quaisquer dificuldades não previstas podem ser controladas pelo
empreendedor e pela equipe.
Exposição ao risco
O projeto é considerado excelente se for considerado menos arriscado ou se
os riscos forem mínimos, ao mesmo tempo em que os lucros e os resultados
projetados forem mais ou menos garantidos. O grau de risco também pode ser
avaliado por meio dos seguintes fatores:
O produto ou serviço pode ser copiado ou imitado prontamente se
outras pessoas acharem que o projeto é muito lucrativo;
Os concorrentes que têm mais recursos e experiência podem
efetivamente contra-atacar ao se sentirem ameaçados pelo projeto;
As mudanças no estilo de vida, hábitos de compra, padrões de
consumo e gasto dos clientes e consumidores, entre outras, podem
ocorrer a qualquer hora, antes que o projeto possa atender ao
mercado;
O projeto pode sofrer fatores imprevistos, como: condições climáticas,
disponibilidade de matérias-primas, obsolescência de tecnologia,
mudanças nas políticas do governo, prioridades ou programas;
Dependência do projeto com relação a insumos importados, sejam
matériasprimas, tecnologias, habilidades profissionais ou outros
recursos.
Custo/benefício
O fator relacional custo e benefício é, praticamente, a soma de todos os
outros critérios avaliados, oferecendo uma impressão geral com relação a quão
desejável e viável é o projeto. As várias considerações a serem feitas ao se avaliar
esse fator incluem:
Os benefícios do projeto no que se refere à lucratividade, ao risco, à
necessidade de investimento, à disponibilidade de insumos etc.,
valendo todos os esforços a serem despendidos em conceituar,
organizar e implementar o projeto;
O projeto oferece benefícios suficientes (tangíveis e visíveis) à
comunidade, seja por meio da geração de empregos, ligação com
outras indústrias ou atividades econômicas; disponibilidade de
produtos e serviços necessários etc.;
O projeto é economicamente viável por seus próprios méritos e não por
meio de intervenções artificiais do governo.
A prática do design thinking estimula olhar para alguma coisa que não esteja
na cena, deslocando o olhar do cenário convencional para vislumbrar cenários
futuros. É um processo exploratório que pode conduzir a descobertas inesperadas e
inovadoras ao longo da sua trajetória. Visa atender às necessidades das pessoas
com aquilo que é tecnologicamente viável e que, por uma adequada estratégia de
negócios, transforma tais necessidades em valor para o cliente e em uma
oportunidade de mercado.
O design thinking agrega métodos e técnicas que permitem criar novos
conhecimentos dentro da organização, além de auxiliar as empresas a identificarem
novas oportunidades para inovar em seus negócios pela compreensão dos desejos
das pessoas, gerando valor.
1) Descobrir
Momento em que se ajustam os olhares sobre o tema proposto. Via de regra,
define- -se um tema ou uma palavra para que o grupo discorra sobre todos os
conceitos e as ideias que lhes vêm à mente, mantendo sempre no pensamento as
pessoas. Lembre- se que é um momento de divergência, de colher opiniões
contrárias e diferentes. É a quantidade que importa. Quanto mais ideias, mais rico
será o exercício.
Técnicas que podem ser utilizadas nesta etapa
a) Pesquisa etnográfica: é a observação e o levantamento de hipóteses a
partir da visão do pesquisador que procura descrever e interpretar o que está
ocorrendo no contexto pesquisado.
2) Definir
Consiste em estabelecer o foco de análise do tema em estudo visando à
identificação de um problema que possa ser trabalhado. Funciona como um roteiro
para gerar novas ideias na busca de uma solução. A etapa é convergente, isto é,
busca conciliar as diferentes opiniões e ideias em torno do objetivo comum.
3) Desenvolver
É o momento de se estabelecer algumas ideias passíveis de serem entregues
ao cliente em estudo, visando resolver as suas necessidades. Lembre-se de que se
está abrindo novamente uma etapa de divergência. É preciso abrir a mente e despir-
se dos preconceitos.
4) Entrega
Nesta etapa, o protótipo desenvolvido é apresentado ao maior número de
pessoas identificadas com o segmento de clientes ou personas, a fim de capturar e
receber feedbacks para proceder posteriormente às melhorias e aos ajustes do
modelo até a sua implantação definitiva e a colocação do produto no mercado.
Revisão do módulo
Nesse módulo, você teve a oportunidade de contextualizar a atuação do
empreendedor na identificação de oportunidades de mercado junto a seus
estudantes, sensibilizando-os para esta prática empreendedora. O foco das
discussões contribuiu para a vivência do processo de identificação de oportunidades
na prática, considerando seu contexto local, por meio de metodologias e estratégias
de análise do ambiente interno e externo e a ferramenta de Design Thinking, cujo
objetivo é apresentar soluções de problemas, com foco na experiência do cliente.
ENCONTRO 1:
Modelo de negócios e quadro de modelo de negócios
Objetivos:
Apresentar o conceito de Modelo de Negócios e a metodologia do Quadro de
Modelo de Negócios.
Proporcionar aos estudantes a vivência no preenchimento do Quadro de
Modelo de Negócios.
Estimular a percepção do entendimento de um Modelo de Negócios.
“O QUE É MODELO DE NEGÓCIOS”
Antes dos anos 1990, raramente o termo Modelo de Negócios era encontrado
na literatura acadêmica, e, até hoje, notamos que isto ainda é muito escasso.
“Um modelo de Negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte
de uma organização” (OSTERWALDER, 2011)
1) Segmento de clientes
A quem sua organização pretende atender ou resolver algum problema?
Identifique para quem você entregará um valor ou um serviço representativo.
Procure identificar uma categoria de clientes pelos seus hábitos ou costumes. Evite
segmentar por faixa etária ou classe social. Agrupe-os pelos gostos ou pelas
necessidades em comum.
Exemplo: pessoas que gostam de pizzas de diferentes sabores e que dispõem de
tempo para saboreá-las.
2) Proposta de valor
A proposta de valor descreve o pacote de produtos e serviços que criam valor
para um segmento de clientes específicos. É o motivo pelo qual os clientes mudam
de uma empresa em detrimento de outra. Deve resolver necessidades ou dores dos
segmentos de clientes atendidos.
Exemplo: oferecer alimento de forma variada e diversifica, por meio de pizzas
saborosas e diferenciadas.
3) Canais
O bloco dos canais descreve como uma organização interage com o
segmento de cliente para a entrega da proposta de valor. Identifica os principais
meios físicos de contato com os clientes, seja na fase de aquisição, seja na de
manutenção ou no pós-venda.
5) Fontes de receita
O fluxo de receita representa o dinheiro que uma empresa gera a partir de
cada segmento de cliente. Compete à organização questionar qual o valor que cada
segmento de clientes está disposto a pagar. Pode ser por diferentes maneiras: taxa
de uso, leasing, venda de produtos, assinatura, aluguel, publicidade e propaganda,
licenciamento, comissão etc.
Exemplos: venda de produtos, clube de assinantes e propaganda nas toalhas de
mesas.
6) Recursos principais
Os recursos principais são os elementos ativos para oferecer e entregar a
melhor proposta de valor ao segmento de clientes. Podem ser os recursos físicos,
humanos, financeiros etc.
Exemplos: pizzaiolo, ambiente agradável, matéria-prima de qualidade, atendentes
treinados.
7) Atividades-chave
As atividades principais são aquelas que são necessárias e imprescindíveis
para uma adequada entrega da proposta de valor. Normalmente começam com um
verbo de ação, conforme o que se segue.
Resolução de problemas
O negócio relaciona-se à solução de problemas vinculados a algum serviço.
Produção
Desenvolvimento, fabricação e entrega de produtos.
Plataformas ou redes
Solução de relacionamento ou de comunicação para redes.
8) Parcerias principais
É a rede de fornecedores e parceiros necessária para o funcionamento do
negócio. Normalmente são elementos externos à organização e efetivamente
contribuem para que tudo ocorra de maneira adequada.
9) Estrutura de custo
Neste bloco, evidenciam-se os principais custos inerentes ao negócio. Não é
o Plano de Contas, mas os principais itens que estejam relacionados à entrega dos
demais blocos e que efetivamente são fundamentais.
Isto quer dizer que quando um cliente adquire um produto ou um serviço, não
estamos vendendo tal produto ou serviço, mas sim o resultado que ele proporciona a
esta pessoa.
Vamos imaginar um serviço de van para levar e buscar crianças em
atividades extraclasses, tais como: aula de natação, ballet ou inglês. Normalmente,
os pais estão ocupados em seus compromissos profissionais e não dispõem de
tempo para transportar seus filhos. Contratar um motorista particular pode ficar muito
caro e dispendioso, impedindo que as crianças participem destas atividades. Assim,
os pais ou responsáveis preferem comprar ou contratar o serviço oferecido por uma
empresa de van, pois ele resolve melhor as suas necessidades do que um motorista
particular.
1) Tarefas do cliente
São as tarefas que o cliente executa sem a solução proposta por você –
produto e/ou serviço –, que descrevem como ele se resolve no seu dia a dia.
2) Dores
Que dores o cliente tem ao resolver sozinho suas tarefas?
As dores descrevem as consequências da realização de uma tarefa para a
qual o cliente não está preparado, ou não possui todas as habilidades necessárias
para, por exemplo, pregar um prego na parede, ou enfrentar o trânsito para ir
trabalhar, ou preparar uma refeição requintada.
3) Ganhos
Que ganhos o cliente tem por atingir suas metas?
1) Produtos e serviços
Nesse momento, todos os produtos e serviços que podemos oferecer ao
segmento de clientes identificado na etapa anterior, serão relacionados. Deve-se
listar tudo o que pode ser oferecido, sem censura ou restrições.
3) Criadores de ganhos
Os criadores de ganhos identificam como os nossos produtos e serviços
ampliarão os ganhos dos clientes.
+ + +
- - -
Publicidade e propaganda
De um lado o modelo é projetado para atrair usuários com conteúdo, produtos
e serviços gratuitos. De outro, a geração de receita é proveniente da venda de
espaços de publicidade.
Exemplos: editoras de jornais e revistas, sites de relacionamento como
Facebook, eventos esportivos e culturais.
Modelo freemium
Uma junção das palavras em inglês free – que significa gratuito – e premium –
que significa especial –, o modelo freemiun apresenta um conjunto de produtos
básicos gratuitos com serviços pagos. É caracterizado por uma grande base de
usuários que se beneficiam do uso gratuito, e cerca de 10% de usuários que pagam
pelos serviços.
Exemplos: algumas plataformas de serviços disponíveis na internet, como o
serviço de armazenamento de dados chamado Dropbox, ou o serviço de
transmissão de voz e dados Skype.
Plataformas multilaterais
São Modelos de Negócios baseados em plataformas múltiplas que têm como
fim reunir dois ou mais grupos interdependentes e distintos de clientes, em que um
acontece somente se o outro existir. A plataforma proporciona valor, ao facilitar a
interação entre os diferentes grupos de usuários.
Exemplo: os desenvolvedores de aplicativos para telefones celulares ou
smartphones. Para que eles possam produzir seus conteúdos e oferecer aos
usuários seus serviços, eles dependem da empresa que produz os aparelhos.
Cauda longa
O padrão cauda longa – expressão criada por Chris Anderson (2006) –
representa a força de segmentos de clientes altamente identificados, ou seja, um
grande público que deseja produtos muitos específicos e em pequenas quantidades,
gerando um grande volume no todo. Este Modelo de Negócio exige como recurso-
chave uma plataforma de sistema muito robusta, para receber todas as transações
comerciais inerentes ao padrão.
Exemplos: as plataformas de compras on-line Amazon ou Americanas.com.
Modelo aberto
Este termo teve origem a partir do conceito de inovação aberta, criado por
Henry Chesbrough (2012) – escritor, professor e diretor executivo do Centro de
Inovação Aberta, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos.
Dicas!
Prototipagem é a criação de um protótipo do produto que se pretende
entregar – um produto com o menor custo possível, que seja capaz de
representar o todo – para testar a aceitação junto aos clientes;
Tipos de protótipos:
i. Mock up – protótipos físicos que reproduzem o produto a ser
entregue de forma rudimentar e provisória.
ii. Fluxograma de etapas de um processo – descreve o caminho
percorrido por um usuário e as etapas que ele cumpre para
chegar ao seu objetivo.
iii. Landing page (página de chegada) – representada pela
construção de um site de forma simples para demonstrar uma
ideia de sistema ou apresentar uma solução de um problema.
iv. Demo – é a menor versão de um sistema ou software em
funcionamento de forma limitada.
v. Piloto – trata-se de um protótipo para serviços, em que é
disponibilizado ao usuário uma versão reduzida ou um escopo do
serviço a ser oferecido.
vi. Maquete ou modelo físico – é a representação física e funcional
de um produto.
Importância da prototipagem:
Dicas!
Este roteiro deve ser ajustado e adaptado em função do público ouvinte, das
características do evento em que será apresentado, do tempo disponível e do
estágio em que seu negócio se encontra. Ajuste-o às necessidades específicas de
cada momento e situação.
Lembre-se que seu pitch não precisa ter todas as informações do seu
negócio. O mais importante é despertar o interesse do ouvinte para que ele tenha o
desejo de conhecer mais sobre o seu negócio.
Faça uma breve descrição sobre você, dizendo o seu nome e o nome do
negócio que apresentará em seguida;
ENCONTRO 1:
Objetivos:
Apresentar agrupamento conceitual sobre o que é, importância e principais
Etapas de um Plano de Negócios.
Coluna 1 Coluna 2
Então pode-se observar que o estudo de clientes é uma das etapas mais
importantes da elaboração do seu plano. Afinal, sem clientes não há negócios. Os
clientes não compram apenas produtos, mas soluções para algo que precisam ou
desejam. Você pode identificar essas soluções se conhecê-los melhor. Para isso,
responda às perguntas e siga os passos a seguir:
3.2. Preço
Preço é o que consumidor está disposto a pagar pelo que você irá oferecer. A
determinação do preço deve considerar os custos do produto ou serviço e ainda
proporcionar o retorno desejado. Ao avaliar o quanto o consumidor está disposto a
pagar, você pode verificar se seu preço será compatível com aquele praticado no
mercado pelos concorrentes diretos.
Determine de que maneira você irá divulgar seus produtos, pois todas as
formas de divulgação implicam custos. Descreva suas estratégias no quadro Hora
de Praticar. Leve em conta o retorno dessa estratégia, seja na imagem do negócio,
no aumento do número de clientes ou no acréscimo da receita.
Fique de olho
Os catálogos de produtos apresentam a empresa de forma
organizada e detalhada. Inclua em seu catálogo fotos, informações
técnicas e formas de utilização.
Panfletos e volantes podem ser entregues em locais com grande
fluxo de pessoas. Neles, você deve colocar informações básicas
sobre os produtos e serviços (nome da empresa, endereço, telefone,
etc.).
Uma alternativa interessante é a divulgação em revistas
especializadas ou em jornais de bairro. Esses anúncios são mais
baratos e atingem diretamente o seu público-alvo.
Feiras são bons locais para apresentar sua empresa a um público
selecionado por juntar clientes, especialistas, concorrentes e
fornecedores, além de gerar vendas.
Uma marca bem trabalhada contribui para o sucesso do
empreendimento. Crie uma marca (nome e logotipo) que seja fácil de
pronunciar e memorizar. Consulte o nome e a logomarca junto ao
INPI – INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL –,
para certificar-se de que poderá fazer uso de ambos. Busque mais
informações na página do INPI (www.inpi.gov.br) ou em um ponto de
atendimento do SEBRAE
Fique de olho
A comercialização dos produtos e/ou serviços pode ser feita pelos
proprietários, por vendedores ou por outras empresas. Independente
da forma, o importante é que isso seja feito.
Uma opção é montar uma boa equipe interna de vendas, que
conheça bem os produtos da empresa e as vantagens sobre a
concorrência.
Outra alternativa é a contratação de representantes comerciais. Isso
é viável quando se explora uma região extensa e desconhecida. Ao
trabalhar com representantes, tome cuidado com questões
trabalhistas e não se esqueça de elaborar um contrato específico.
Consulte um contabilista ou um advogado.
O telefone é um instrumento de vendas muito utilizado atualmente.
Pode ser conjugado com a divulgação dos produtos e serviços da
empresa.
Fique de olho
A compra de um imóvel para a instalação da empresa é uma opção
pouco comum. Agindo assim, você imobiliza a maior parte dos
recursos, comprometendo os valores destinados para capital de giro.
Escolha a localização em função do tipo de empreendimento. Você
pode querer montar um bar em um espaço que você já tem
disponível. Cuidado, pois poderá forçar o negócio em um local
inapropriado. Se você já possui o local, encontre o negócio mais
adequado para ele.
Caso alugue um imóvel, não feche o contrato de locação sem antes
verificar se, no local é permitida a atividade desejada. Essa consulta
é feita na Prefeitura de sua cidade. Verifique se há implicações em
órgãos como a vigilância sanitária e o corpo de bombeiros.
4.1. Layout
Por meio do layout ou arranjo físico, você irá definir como será a distribuição
dos diversos setores da empresa, de alguns recursos (mercadorias, matérias-
primas, produtos acabados, estantes, gôndolas, vitrines, prateleiras, equipamentos,
móveis, matéria-prima etc.) e das pessoas no espaço disponível. Um bom arranjo
físico traz uma série de benefícios, como:
aumento da produtividade;
diminuição do desperdício e do retrabalho;
maior facilidade na localização dos produtos pelos clientes na área de
vendas;
melhoria na comunicação entre os setores e as pessoas.
Fique de olho
Verifique se há exigências específicas quanto ao layout, conforme a
legislação vigente para este tipo de negócio;
Certifique se é possível adequar o layout da empresa para pessoas
portadoras de necessidades especiais.
Investimento total
Nessa etapa, você irá determinar o total de recursos a ser investido para que
a empresa comece a funcionar. O investimento total é formado pelos:
Investimentos fixos.
Capital de Giro.
Investimentos pré-operacionais.
O investimento fixo corresponde a todos os bens que você deve comprar para
que seu negócio possa funcionar de maneira apropriada.
No quadro a seguir, relacione os equipamentos, máquinas, móveis, utensílios,
ferramentas e veículos a serem adquiridos, a quantidade necessária, o valor de cada
um e o total a ser desembolsado.
Fique de olho
Evite imobilizações desnecessárias. Quando possível, alugue ao invés de
construir ou comprar;
Considere a possibilidade de terceirizar algumas atividades, isso reduzirá a
necessidade de compra de máquinas e equipamentos;
Pesquise e avalie as diversas opções de aquisição (leilões, classificados,
lojas de usados). Cuidado com o estado de conservação e a garantia do que irá
comprar.
A – Máquinas e equipamentos
Descrição Qtde (X) valor unitário (=) total
B – Móveis e utensílios
Descrição Qtde (X) valor unitário (=) total
C – Veículos
Descrição Qtde (X) valor unitário (=) total
B – Caixa Mínimo
É o capital de giro próprio necessário para movimentar seu negócio.
Representa o valor em dinheiro que a empresa precisa ter disponível para cobrir os
custos até que as contas a receber de clientes entrem no caixa. Corresponde a uma
reserva inicial de caixa.
Partindo da premissa que 50% das compras são realizadas à vista e 50% em
30 dias, novamente devemos ponderar os prazos, multiplicando o percentual do
volume de compras pelos prazos médios concedidos pelos diversos fornecedores.
Nessa situação a empresa tem aproximadamente 15 dias para o pagamento de seus
débitos.
B – Caixa Mínimo
Representa a reserva em dinheiro necessária para que a empresa financie
suas operações iniciais. É obtida ao multiplicarmos a necessidade líquida de capital
de giro em dias pelo custo total diário da empresa.
Outras despesas
TOTAL
5.4. Investimento total (resumo)
Agora que você estimou os valores para investimentos fixos, financeiros e
pré-operacionais, é o momento de conhecer o total a ser investido no negócio.
Total R$
Fique de olho
As empresas optantes pelo SIMPLES devem desconsiderar o
recolhimento dos seguintes impostos: IRPJ, PIS, COFINS,
Contribuição Social e IPI;
O ICMS é um imposto de abrangência estadual e estão obrigadas a
recolhê-lo as empresas que trabalhem com a venda de produtos ou
com serviços de transporte intermunicipal e interestadual. O ISS é
devido à prefeitura pelas empresas prestadoras de serviços.
5.8. Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias
vendidas
Nesta etapa, você deverá apurar o CMD – Custos com Materiais Diretos (para
a indústria) – ou o CMV – Custo das Mercadorias Vendidas (para o comércio).
Total R$
Por exemplo, imagine que, em um determinado mês, uma empresa sofra uma
queda em suas vendas. Ainda assim, pagará despesas com aluguel, energia,
salários, etc. Esses valores são custos fixos porque são pagos, normalmente,
independente do nível de faturamento do negócio.
No quadro abaixo, liste todos os seus custos fixos e estime os valores
mensais de cada um. Procure ajustar o quadro de acordo com os tipos de despesas
do seu empreendimento.
Descrição Custo Total mensal (em R$)
Aluguel
Condomínio
IPTU
Água
Energia elétrica
Telefone
Pró-labore
Depreciação – quadro 5.10
Outras despesas
TOTAL
5.13.2. Lucratividade
É um indicador que mede o lucro líquido em relação às vendas. É um dos
principais indicadores econômicos, pois está relacionado à competitividade. Se sua
empresa possui uma boa lucratividade, ela apresentará maior capacidade de
competir, isso porque poderá investir mais em divulgação, na diversificação dos
produtos e serviços, na aquisição de novos equipamentos, etc.
5.13.3. Rentabilidade
É um indicador de atratividade dos negócios, pois mede o retorno do capital
investido aos sócios. É obtido sob a forma de percentual por unidade de tempo (mês
ou ano). É calculada por meio da divisão do lucro líquido pelo investimento total. A
rentabilidade deve ser comparada com índices praticados no mercado financeiro.
Isso significa que, a cada ano, o empresário recupera 25% do valor investido
através dos lucros obtidos no negócio.
F: Força
O: Oportunidade
F: Fraqueza
A: Ameaça
FORÇAS OPORTUNIDADES
Faça uso das forças Explore as oportunidades
São fatores internos que colocam a São situações externas nas quais se têm
empresa em situação de desvantagem pouco controle e que colocam a empresa
frente à concorrência ou que prejudicam diante de dificuldades, ocasionando a perda
sua atuação no ramo escolhido. de mercado ou a redução de sua
Exemplos: lucratividade.
• Pouca qualificação dos funcionários Exemplos:
• Indisponibilidade de recursos financeiros • Impostos elevados e exigências legais
(capital) rigorosas
• Falta de experiência anterior no ramo • Existência de poucos fornecedores
• Custos de manutenção elevados • Escassez de mão-de-obra qualificada
• Insegurança e violência na região
Construindo o Plano de Negócios
Etapa 8 – Avaliação do Plano de Negócios
Avalie cada uma das informações e lembre-se de que o plano de negócio tem
por objetivo ajudá-lo a responder a pergunta lançada no início desse manual: “Vale a
pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”.
Será que ele vai ler “todos” os planos de negócios sobre a sua mesa? O certo
é que podemos facilitar e muito a decisão gerencial, podemos produzir um bom
Resumo, ou melhor, produzir um bom Sumário Executivo. Então, mãos à obra:
TOTAL 100,00 %
2. Análise de Mercado
2.1 Estudo dos clientes
Público-alvo (perfil dos clientes)
3.2 Preço
Endereço:
Telefones:
4 Plano Operacional
4.1 Layout
4.2 Capacidade Produtiva/ Comercial/ serviços
Qual será sua capacidade máxima de produção (ou serviço) e
comercialização?
Qual será o volume de produção (ou serviços) e comercialização iniciais?