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UNIDADE 1

EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDORISMO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

AUTOR

ÂNGELO JOSÉ PENNA MACHADO


APRESENTAÇÃO
Nos últimos tempos, o mundo tem passado por diversas mudanças. E no mundo
do trabalho não foi diferente. As profissões e os ambientes organizacionais
mudaram de acordo com as questões econômicas, sociais e principalmente em
função dos avanços tecnológicos. Profissões tradicionais tiveram que se adaptar
ao mundo virtual e novas possibilidades de trabalho surgiram. Uma das
mudanças mais destacadas, indubitavelmente, foi o crescimento do
Empreendedorismo, algumas vezes por vocação, outras por necessidade. O fato é
que muitos profissionais, das mais diversas áreas do conhecimento, têm no
Empreendedorismo sua principal – em alguns casos até a única – fonte de
rendimentos.

Mas para que esses profissionais, independentemente se por necessidade ou por


vocação, tenham êxito em suas empreitadas, é necessário um mínimo de
conhecimento sobre aspectos de gestão, finanças, mercado, plano de negócio,
enfim, o conhecimento necessário para abrir uma empresa ou até mesmo para
atuar como autônomo. Para iniciar na seara do mundo dos negócios, o
profissional precisa se inteirar destes importantes aspectos, não importando se o
negócio em mente é uma grande empresa ou um pequeno consultório ou clínica.

Portanto, a disciplina de Empreendedorismo tem por objetivo principal


sensibilizar os alunos e alunas sobre a importância do conhecimento sobre os
aspectos ligados à área empresarial para o sucesso profissional. As respectivas
capacidades técnicas são imprescindíveis para qualquer profissional, mas o
conhecimento sobre gestão é o que proporciona a longevidade da empresa.

A disciplina foi dividida em 3 módulos, cada um contendo textos e slides para


facilitar o aprendizado sobre o tema. No Módulo 1, veremos a base conceitual
sobre Empreendedorismo e suas nuances (empreendedorismo social e
intraempreendedorismo). No Módulo 2, vamos estudar sobre dois componentes
fundamentais para o empreendedorismo, que são a criatividade e a inovação. E
por último, no Módulo 3, será possível conhecer duas ferramentas fundamentais
para o primeiro passo na direção da criação de uma empresa: o Plano de Negócio
e o Modelo Canvas de Negócios.

01
CONHEÇA O
CONTEUDISTA

ÂNGELO JOSÉ PENNA MACHADO

Ângelo José Penna Machado: Graduado em Administração de Empresas pela


Fundação Presidente Antônio Carlos (1992). Professor das Faculdades ICESP de
Brasília. É oficial da Reserva das Forças Armadas – Exército Brasileiro, onde atuou,
desde 1993, na área de Gestão Pública e, entre 2000 a 2018, na área de licitações
e contratos no Comando Logístico. Possui experiência docente, a partir de 1997,
em cursos de graduação e pós graduação lato sensu em Administração e
Contabilidade em várias instituições do Distrito Federal, nas áreas de
Administração Pública, Teoria Geral da Administração, Administração de Materiais
com ênfase em Logística, Organização Sistemas e Métodos, Metodologia de
Pesquisa Científica, Gestão da Criatividade e da Inovação, Empreendedorismo,
Gestão de Projetos e orientação de trabalhos de conclusão de curso. Mestre em
Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e pós graduado, nível
especialização, em Logística e Contabilidade pela Fundação Getúlio Vargas.
Participa do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gestão e Saúde do Trabalhador
das Faculdades de Administração, Contabilidade e Economia (FACE) da
Universidade Federal de Goiás (UFG).

02
UNIDADE 1
Introdução

Nesta unidade, poderemos aprender, por meio da compilação de alguns artigos


científicos e estudos, sobre o conceito de empreendedorismo, a teoria sobre o
assunto e a evolução conceitual ao longo do tempo. Os resultados referem-se à
discussão sobre os conceitos de empreendedorismo, os tipos de
empreendedores, as características dos empreendedores (homens) e
empreendedoras (mulheres), as diferenças entre ser um inventor, um
empreendedor, um gestor ou um líder e ainda sobre o processo de
empreender.

Conceitos de Empreendedorismo

De acordo com Say (1814); Mender (1871) e Hayec (1959) citados por
Chiavenato (2012), o empreendedorismo é a habilidade de se acreditar em algo
futuro, movimentando riquezas de áreas de baixa produtividade para as de alta
produtividade, correndo todos os riscos necessários para se atingir o objetivo e
exercer as atividades necessárias no alcance das metas almejadas.

Corroborando com o conceito anteriormente citado, Hisrich e Peters (2004, p.


29), citados por Baggio e Baggio (2014) explicam o empreendedorismo como o
“o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço
necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais
correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação
econômica e pessoal”.

O termo empreendedorismo surgiu na França por volta de 1725, definido pelo


economista Richard Cantillon, ao utilizar o termo “entrepeuner”, que significa
correr riscos. Um dos primeiros relatos de empreendedorismo é de Marco Polo
(1254 – 1324) que tentou estabelecer uma rota para o Oriente, assinando um
contrato com um homem que possuía dinheiro (capitalista) para vender a
mercadoria deste. Enquanto quem tinha o dinheiro assumia os riscos
passivamente, Marco Polo se aventurava correndo os riscos físicos e
emocionais, no que era chamado Rota da Seda, nos séculos XIII e XIV.

03
EMPREENDEDORISMO

De acordo com Baggio e Baggio (2014), o empreendedorismo pode ser


compreendido como a arte de fazer acontecer com criatividade e motivação.
Consiste no prazer de realizar, com sinergismo e inovação, qualquer projeto
pessoal ou organizacional, em desafio permanente às oportunidades e riscos. É
assumir um comportamento proativo diante de questões que precisam ser
resolvidas.

O empreendedorismo é o despertar do indivíduo para o aproveitamento integral


de suas potencialidades racionais e intuitivas. É a busca do autoconhecimento em
processo de aprendizado permanente, em atitude de abertura para novas
experiências e novos paradigmas. Ainda de acordo com Baggio e Baggio (2014), o
comportamento empreendedor impulsiona o indivíduo e transforma contextos.
Neste sentido, a essência do empreendedorismo está na mudança, uma das
poucas certezas da vida. O empreendedor vê o mundo com novos olhos, com
novos conceitos, com novas atitudes e propósitos, pois é um inovador de
contextos.

Empreendedorismo, segundo Schumpeter (1988), citado por Machado, Silva e


Fernandes (2019), é um processo de ‘‘destruição criativa’’, através da qual
produtos ou métodos de produção existentes são destruídos e substituídos por
novos. Corresponde a um o processo de transformar sonhos em realidade e em
riqueza.

Para Barreto (1998, p. 190) “empreendedorismo é a habilidade de criar e


constituir algo a partir de muito pouco ou de quase nada”. É o desenvolver de
uma organização em oposição a observá-la, analisá-la ou descrevê-la.

Outro importante conceito, citado por Chiavenato (2012) com base nas ideias de
Schumpeter (1950), Kirsner (1970) e Casson (1982) define o empreendedor como
a pessoa capaz de fazer o processo de “destruição criativa”, por viabilizar a
criação de novos negócios e atividades, sejam elas inovadoras ou inventivas, em
que, o empreendedor é capaz de tomar decisões com recursos escassos e pode
ser visto como uma pessoa criteriosa. O mesmo autor destaca, ainda, que
empreendedores são pessoas “antenadas”, que enxergam oportunidades onde as
demais pessoas não veem.

04
EMPREENDEDORISMO

Teorias sobre Empreendedorismo

Hisrich e Peter (2004), citados por Baggio e Baggio (2014), apresentam


informações sobre o desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do
termo empreendedor a partir da Idade Média até 1985, quando ele define o
empreendedorismo como “processo de criar algo diferente e com valor,
dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros,
psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes
recompensas da satisfação econômica e pessoal”.

As principais teorias que abordam o empreendedorismo são: a teoria econômica


e a teoria comportamentalista. A Teoria Econômica, também conhecida como
Teoria Schumpeteriana, demonstra que os primeiros a perceberem a importância
do empreendedorismo foram os economistas. Estes estavam primordialmente
interessados em compreender o papel do empreendedor e o impacto da sua
atuação na economia. O principal nome desta teoria é Joseph Schumpeter.
A essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das
novas oportunidades no âmbito dos negócios, sempre tem a ver com criar uma
nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados de seu
emprego tradicional e sujeitos a novas combinações. Uma das principais críticas
destinadas a esses economistas é que eles não foram capazes de criar uma
ciência comportamentalista.

A teoria comportamentalista refere-se a especialistas do comportamento


humano: psicólogos, psicanalistas, sociólogos, entre outros. O objetivo desta
abordagem do empreendedorismo foi ampliar o conhecimento sobre motivação e
o comportamento humano. Um dos primeiros autores desse grupo a demonstrar
interesse foi Max Weber. Ele identificou o sistema de valores como um elemento
fundamental para a explicação do comportamento empreendedor. Via os
empreendedores como inovadores, pessoas independentes cujo papel de
liderança nos negócios inferia uma fonte de autoridade formal. Todavia, o autor
que realmente deu início à contribuição das ciências do comportamento foi David
C. McClelland.

Nessa linha, McClelland foi um dos primeiros autores a estudar e destacar o


papel dos homens de negócios na sociedade e suas contribuições para o
desenvolvimento econômico. Esse autor concentra sua atenção sobre o desejo,
como uma força realizadora controlada pela razão.

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EMPREENDEDORISMO

Outros pesquisadores têm estudado a necessidade de realização, porém,


nenhum deles parece ter chegado a conclusões definitivas sobre qualquer tipo de
conexão com o sucesso dos empreendedores. Alguns autores percebem que a
necessidade de realização é insuficiente para a explicação de novos
empreendimentos, enquanto outros compreendem que ela não é suficiente o
bastante para explicar o sucesso dos empreendedores. É importante observar
que os autores da teoria comportamentalista não se opuseram às teorias dos
economistas, e sim ampliaram as características dos empreendedores.

O referencial teórico da teoria econômica diz que “os economistas associaram o


empreendedor à inovação e os comportamentalistas que enfatizam aspectos
atitudinais, com a criatividade e a intuição”. Zarpellon (2010) apud Baggio e
Baggio (2014) apresenta a Teoria Econômica Institucional de Douglas North,
ganhador do Prêmio Nobel de 1993, como marco teórico do empreendedorismo.
Ele afirma que os estudos e as publicações sobre empreendedorismo no Brasil,
de maneira geral, utilizam referencial teórico de autores ligados a duas correntes
principais de estudo do empreendedorismo: os economistas e os
comportamentalistas. Ainda de acordo com o citado autor, “as mais diversas
sociedades têm demonstrado grande interesse no processo de geração de
emprego e renda, através da criação de empresas e no processo de
desenvolvimento econômico e social. Diante dessa realidade, a Teoria Econômica
Institucional nos proporciona um marco teórico adequado para o estudo do
empreendedorismo”.

O empreendedorismo é visto, conforme a Teoria Econômica, mais como um


fenômeno individual, ligado à criação de empresas, quer por meio de
aproveitamento de uma oportunidade ou simplesmente por necessidade de
sobrevivência, do que também um fenômeno social, o qual pode levar o indivíduo
ou uma comunidade a desenvolver capacidades de solucionar problemas e de
buscar a construção do próprio futuro, isto é, de gerar Capital Social e Capital
Humano (Zarpellon, 2010, p. 48 e 49, citado por Baggio e Baggio, 2014, p. 28).

Outra importante teoria que buscou ajudar a compreender um outro tipo de


empreendedor (o empreendedor social) foi a Teoria das Mudanças, surgida a
partir da necessidade de uma abordagem diferenciada que permitisse
descortinar elementos contidos na complexidade dos fenômenos
socioeconômicos. Segundo Baggio e Baggio (2014), a Teoria da Mudança é uma
metodologia, um conjunto de diretrizes, que orientam os empreendedores sociais
a concretizarem o seu objetivo último – mudança social.

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EMPREENDEDORISMO

Os empreendedores sociais fazem um mapeamento dos requisitos e das


condições necessárias para o seu fim e desenvolvem indicadores para medir os
progressos e resultados avaliando, assim, o desempenho da sua iniciativa de
mudança. Atualmente, o empreendedorismo social apresenta-se como um
conceito em desenvolvimento, mas com características, princípios e valores
próprios, sinalizando diferenças entre uma gestão social tradicional e uma
empreendedora. O empreendedorismo social surge como uma forma de
solucionar problemas de pobreza e exclusão social. Inicialmente era uma
derivação do empreendedorismo empresarial e foi fortemente influenciado pela
ação das empresas privadas no campo social e público, assumindo, contudo, as
suas próprias estratégias, num contexto de crescimento do terceiro setor e da
necessidade e procura de ações de grande impacto e mudanças sociais efetivas
(BAGGIO E BAGGIO, 2014, p. 30)

Quem é o empreendedor?

Segundo Dornelas (2008), as pessoas acabam confundindo o papel do


administrador com o do empreendedor, sendo que ambas as atividades são bem
diferenciadas, conforme destaca Hampton (1991 apud CHIAVENATO, 2007) ao
afirmar que o administrador é muito mais focado no resultado e na
esquematização do processo, visando maximização dos resultados. Chiavenato
destaca, ainda, que o empreendedor possui uma alta sensibilidade para as
necessidades a serem atendidas no contexto social. Para Fillion (1999, p.19), “um
empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”.

No mesmo diapasão, Felipe (1996) citado por Pombo (2017) destaca que o
empreendedor é a pessoa motivada pelo desejo de autorrealização, assumindo
todas as responsabilidades e deveres para que isso ocorra. Outro viés importante
percebido por Cury (2003, p. 30) em relação ao empreendedor diz que “ser um
empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os
problemas mesmo não tendo forças, é caminhar por lugares desconhecidos
mesmo sem bússola. É tomar atitude que ninguém tomou. É ter a consciência de
que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança,
mas construir uma história”.

Segundo Dornelas (2008), empreendedor é aquele que detecta uma


oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos
calculados.

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EMPREENDEDORISMO

Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os


seguintes aspectos referentes ao empreendedor: i) tem iniciativa para criar um novo
negócio e paixão pelo que faz; ii) utiliza os recursos disponíveis de forma criativa,
transformando o ambiente social e econômico onde vive; e iii) aceita assumir os
riscos calculados e a possibilidade de fracassar. Chiavenato (2007) destaca que o
espírito empreendedor é a energia da economia de um país, a alavanca de recursos,
o impulso de talentos, a dinâmica de ideias. Mais ainda: ele – o empreendedor – é
quem fareja as oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as
oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam. O empreendedor é
a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto
pessoal, assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente.

Tipos de empreendedores

Não existe unanimidade entre os autores quanto aos tipos de empreendedores.


Baggio e Baggio (2014) apresentam algumas abordagens de alguns autores sobre o
assunto:
Leite e Oliveira (2007) classificam o Empreendedorismo em dois tipos: o
Empreendedorismo por Necessidade (criam-se negócios por não haver outra
alternativa) e o Empreendedorismo por Oportunidade (descoberta de uma
oportunidade de negócio lucrativa);
Pessoa (2005) define em três os principais tipos de empreendedores: O
empreendedor corporativo (intraempreendedor ou empreendedor interno), o
empreendedor startup (que cria novos negócios/empresas) e o empreendedor
social (que cria empreendimentos com missão social). Independentemente do
tipo, estes empreendedores são pessoas que se destacam onde quer que
trabalhem;
Conforme Bennett (1992) um novo estilo de empreendedor está surgindo, ele
corresponde ao ecoempreendedor. Ser ecoempresário abrange uma grande
variedade de negócios, tais como: recolhem materiais recicláveis para fábricas
que os transformam em novos produtos; vendem para empresas e para o
público produtos feitos com materiais reciclados; transformam óleo usado de
motor, que seria jogado em estradas sujas, em lubrificantes de alta qualidade;
reciclam os líquidos resfriados de aparelhos de ar condicionado quebrados ou
desmontados; transformam embalagens plásticas de leite em um plástico
parecido com “madeira”, que não apodrece nem exige manutenção; usam
jornais velhos para fazer forragens baratas e resistentes a bactérias, para
animais de fazendas; transformam sedimentos e restos de alimentos em
fertilizantes e corretivos de solo;

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EMPREENDEDORISMO

Por fim, um último tipo de empreendedor corresponde ao empreendedor


tecnológico. O empreendedor tecnológico tem o seu perfil caracterizado pela
familiaridade com o mundo acadêmico, por uma busca de oportunidades de
negócios na economia digital e do conhecimento, por uma cultura técnica que o
leva a arriscar-se investindo em nichos de mercado em que a taxa de
sobrevivência é baixa, e pela falta de visão de negócios e conhecimento das
forças de mercado (INSTITUTO EUVALDO LODI, 2000).

Formica (2000, p. 71) apresenta os traços mais importantes da personalidade do


empreendedor tecnológico, que são:
Possui familiaridade com o mundo acadêmico;
Busca oportunidades de negócios na economia digital e do conhecimento,
sobretudo nos campos das TIC, eletrônica, computação e software,
biotecnologia, tecnologia voltadas para o meio ambiente;
Tem uma cultura técnica predominante que o leva a arriscar-se investindo em
um pequeno nicho do mercado onde a porcentagem de sobrevivência é baixa; e
Normalmente, possui falta de visão dos negócios e conhecimento inadequado
das forças competitivas do mercado.

Características psicológicas e sociais de empreendedores

Lopes e Souza (2005) apud Chiavenato (2007) buscaram alguns traços psicossociais
de empreendedores. Para isso, sintetizaram um perfil com base em vários autores,
os quais descrevem algumas características atitudinais de empreendedores,
conforme a seguir:
Autoeficaz: O empreendedor precisa ser auto eficaz, ou seja, confiar em sua
capacidade.
Assume riscos calculados: assumir riscos calculados é intrínseco ao
empreendedor inteligente.
É planejador: outro atributo do empreendedor é ser planejador. O
empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e
tem uma visão futura da organização.
Identifica oportunidades: O empreendedor precisa saber identificar
oportunidades e ter capacidade de identificar, explorar e capturar o valor das
oportunidades de negócio.
É persistente: ser persistente requer capacidade para trabalhar de forma
intensiva, sujeitando-se até a privações sociais, em projetos de retorno incerto.
É sociável: Os empreendedores criam e fornecem empregos, introduzem
inovações e estimulam o crescimento econômico.

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EMPREENDEDORISMO

É inovador: É necessário ser arrojado, moderno e contemporâneo, para


acompanhar a evolução constante no mercado.
É um bom líder. Um líder conduz seu empreendimento e seus colaboradores,
clientes, parceiros e fornecedores, assumindo responsabilidades e conquistando
o respeito por intermédio de seus exemplos.

Embora não haja consenso entre estudiosos de empreendedorismo, algumas


características em comum são citadas por alguns autores. O quadro abaixo
representa um resumo das características frequentemente encontradas nos
empreendedores, segundo vários autores:

Empreendedorismo feminino: características e diferenças

Outro ponto importante na temática sobre empreendedorismo, indubitavelmente se


refere à participação das mulheres neste universo, cada vez maior e mais
significativa. As mulheres estão ocupando espaços também na criação e
desenvolvimento dos negócios. Segundo Gomes (2005), citado por Machado, Silva e
Fernandes (2019), o crescimento da presença feminina no mercado demonstra um
movimento diverso daquele tradicionalmente verificado na sociedade até então.
Não se trata apenas de episódios de ingresso no mercado de trabalho para
complementar a renda familiar, embora essa motivação também esteja presente,
especialmente, quando se consideram as sucessivas crises da economia brasileira e
as altas taxas de desemprego. Trata-se de uma mudança social de grandes
proporções, pois envolve transformações na expectativa de vida profissional,
pessoal e nas relações familiares.

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EMPREENDEDORISMO

Uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor 2016 (GEM), realizada
anualmente e fruto de uma parceria entre o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas) e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade
(IBQP) revelou que a mulher brasileira é, historicamente, uma das mais
empreendedoras no mundo. Entre os empreendedores iniciais, 51% são homens e
49,6% mulheres, mantendo o equilíbrio entre gêneros no empreendedorismo
nacional. Os empreendimentos criados pelas mulheres apresentam uma maior taxa
de sobrevivência. São negócios menores e tendem a estar no setor de serviços. Em
33% dos casos, as mulheres preferem atividades ligadas ao comércio varejista, 20%
investem em alimentação, e 12% na indústria de transformação (GEM, 2016).

Ainda de acordo com a mencionada pesquisa, uma análise do SEBRAE revela que a
cada dia que passa as mulheres estão cada vez mais conquistando e ganhando
força no mundo corporativo. Essa participação crescente possibilita vislumbrar,
segundo o SEBRAE, um futuro em que ambos os gêneros venham atuar no
empreendedorismo em situação de equilíbrio.

As mulheres apresentam características inerentes ao empreendedorismo, tendo


especificidades com relação às características dos homens empreendedores,
conforme demonstrado no próximo quadro:

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EMPREENDEDORISMO

Habilidades e competências necessárias para empreender

Baggio e Baggio (2014) ensinam que para ser empreendedor não basta possuir
habilidades técnicas e administrativas. É necessário, também, possuir e desenvolver
habilidades empreendedoras. Estas habilidades relacionam-se com a gestão de
mudanças, liderança, inovação, controle pessoal, capacidade de correr riscos e visão
de futuro.

O bom empreendedor, ao agregar valor a produtos e serviços, está


permanentemente preocupado com a gestão de recursos e com os conceitos de
eficiência e eficácia. Drucker (1998), citado por Baggio e Baggio (2014), não vê os
empreendedores causando mudanças, mas vê os empreendedores explorando as
oportunidades que as mudanças criam (na tecnologia, na preferência dos
consumidores, nas normas sociais etc.).

Isso define empreendedor e empreendedorismo: o empreendedor busca a


mudança, responde e explora a mudança como uma oportunidade. Para isto, é
necessário desenvolver e aprimorar um conjunto de habilidades, competências e
atitudes de suma importância para quem deseja adentrar no mundo do
empreendedorismo. O quadro a seguir apresenta o comparativo das habilidades
técnicas, administrativas e empreendedoras desejáveis para empreendedores:

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EMPREENDEDORISMO

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EMPREENDEDORISMO

O processo empreendedor

De acordo com Fillon (1999), citado por Baggio e Baggio (2014), o coração do
processo de empreendedorismo – e o aspecto que melhor distingue o
empreendedor do gerente e do pequeno empresário – parece recair no
desenvolvimento e na implementação do processo visionário.

Uma oportunidade surge de uma ideia que representa potencial para um novo
negócio. Oportunidades se originam do trabalho, do diálogo entre pessoas, do
contato com clientes, de fornecedores, da moda e de viagens.
Uma vez detectada uma oportunidade, o empreendedor deve ouvir pessoas, tais
como potenciais clientes, amigos sinceros e potenciais fornecedores, com o intuito
de testar a aceitação do negócio por parte da sociedade.

Se as pessoas contatadas se manifestarem positivamente com relação ao novo


negócio, o empreendedor deve analisar a viabilidade financeira das ideias e das
oportunidades. Para tanto, utiliza a técnica denominada “Plano de Negócios”
(businessplan), que é, segundo Dornelas (2008, p. 84) “um documento usado para
descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa”.
A figura a seguir representa, de forma sintética, o processo empreendedor:

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EMPREENDEDORISMO

Existem muitas pessoas que têm inibido o seu potencial empreendedor. Os


principais fatores que ocasionam a inibição são, segundo Dornelas (2008, p. 95): a
imagem social, a disposição de assumir riscos e a herança cultural. Muitas pessoas
gostariam de abrir o seu próprio negócio. Dispõem de reservas financeiras para tal.
Contudo, acham que a sua imagem social será denegrida pelo fato de ter exercido
uma função de destaque na sociedade e agora terá que desempenhar tarefas
marcadas por outros padrões. Não são todas as pessoas que têm coragem de
assumir riscos com financiamentos e riscos de não ter o produto do seu negócio
aceito no mercado.

Existem, ainda, outros motivos que dificultam a materialização do potencial


empreendedor. São as causas de resistências às mudanças: ansiedade diante do
desconhecido; percepção distorcida; interesses pessoais afetados e problemas de
ajustamento, dentre outros.

Diniz (2009) ensina que o empreendedor não é um ser mágico, é uma pessoa como
qualquer outra. Porém, apresenta algumas características que o diferem dos
demais, por exemplo, o senso de oportunidade, a capacidade de lidar com pessoas,
a persistência e a criatividade. Isso é muito bom, uma vez que todas estas
características são passíveis de se adquirir com a vivência, busca de instrução em
instituições de ensino e com a força de vontade.

Portanto, ser empreendedor não diz respeito somente a uma habilidade nata,
depende muito mais de esforço. O retorno financeiro é quase que consequência,
pois ser empreendedor não significa gerar rios de dinheiro, mas sim realizar
projetos, e principalmente, ter atitude.

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CONCLUINDO A
UNIDADE

Nesta unidade, foi possível conhecer de forma mais aprofundada, os conceitos e


as nuances sobre o Empreendedorismo. Saber sobre as questões psicológicas,
sociológicas e econômicas ligadas ao tema, certamente nos permite conceber a
importância do empreendedorismo tanto para a academia quanto para a
economia de um país.

Certamente, alguns de vocês, em algum momento da vida profissional, poderão


pensar em empreender. Conhecendo melhor sobre o tema, diminui-se
sensivelmente o risco de o empreendimento não ter sucesso.

Óbvio que apenas isto não é suficiente; é necessário adquirir outros


conhecimentos e dominar algumas ferramentas que permitem tomadas de
decisão em relação à viabilidade de um negócio. Mas o 1° passo foi dado!

Na próxima unidade de aprendizagem, veremos mais um tema ligado ao


empreendedorismo, porém, com uma “pegada” mais social: o
EMPREENDEDORISMO SOCIAL, um tema muito importante pois traz à tona não só
o conceito, mas uma necessidade de influenciar negócios sociais que ajudam a
população menos favorecida e de levar conhecimento sobre gestão para quem
deseja viabilizar uma ideia neste importante setor da nossa economia.

15
DICA DO
PROFESSOR

Além de compreender a importância do empreendedorismo para a economia do


país e também como fator gerador de emprego e renda, é muito importante
saber que existem outras formas de empreender além da tradicional. Tanto o 3°
Setor quanto as organizações públicas e privadas necessitam de profissionais
com perfil empreendedor para viabilizar ideias e criar soluções criativas e
inovadoras para os problemas que se apresentam. Portanto, não há limites para
quem quer empreender!

Não deixem de ler o material complementar sugerido e também recomendo que


assistam ao vídeo disponibilizado na seção “SAIBA MAIS” desta unidade.

Artigo: DINIZ, Marcos Paulo. Empreendedorismo, uma nova visão: enfoque


no perfil empreendedor. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/empreendedorismo-uma-
nova-visao-enfoque-no-perfil-empreendedor/35960/
Artigo: BAGGIO, Adelar Francisco; BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo:
Conceitos e Definições. Disponível em:
https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/view/612/522.

Vídeo: Empreendedorismo: O que é? Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=VvvaZrHWfLc

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
1ª Questão: De acordo com Baggio e Baggio (2014), os economistas perceberam
que o empreendedor é essencial ao processo de desenvolvimento econômico de
qualquer país, pois são uma importante fonte geradora de renda e empregos.
Sobre a importância do empreendedorismo, tanto no âmbito individual quanto
no coletivo, é correto afirmar que:

a) O comportamento empreendedor impulsiona o indivíduo e transforma


contextos.
b) O empreendedor é um inovador de contextos e suas atitudes e iniciativas são
construtivas
c) o empreendedorismo traduz-se num conjunto de práticas capazes de garantir
a geração de riqueza e uma melhor performance àquelas sociedades que o
apoiam e o praticam
d) O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais
do que apenas o aumento de produção e renda per capita; envolve iniciar e
constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade
e) Todas as afirmativas acima revelam a importância do empreendedorismo para
indivíduos e para a sociedade de um modo geral

SEU GABARITO

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

2ª Questão: Joseph Alois Schumpeter foi um economista e cientista político


austríaco. É considerado um dos mais importantes economistas da primeira
metade do século XX, e foi um dos primeiros a considerar as inovações
tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista. De acordo com
Schumpeter, “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica
existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de
novas formas de organização, ou pela exploração de novos recursos e materiais”.
Esta constatação de Schumpeter está diretamente ligada ao conceito de:

a) Economia criativa
b) Socialismo e cooperativismo
c) Destruição ou disrupção criativa
d) Planejamento estratégico
e) Tecnologia da Informação

SEU GABARITO

18
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

3ª Questão: No artigo “Empreendedorismo: conceitos e definições”, Adelar


Francisco Baggio e Daniel Knebel Baggio fazem uma diferenciação entre as
características de homens e mulheres empreendedoras. De acordo com citados
autores, as mulheres estão ocupando espaços também na criação e
desenvolvimento dos negócios. Muitas delas apresentam características de
empreendedores, tendo especificidades com relação às características dos
homens empreendedores. Com base nesta premissa, avalie as asserções a seguir:
I – As mulheres empreendedoras, na maioria das vezes, optam por negócios
relacionados à prestação de serviços – serviço educacional, consultoria ou
relações públicas, serviços estéticos, vendas de produtos cosméticos, etc.

PORQUE

II – Possuem como características de personalidade a flexibilidade, a tolerância e


também por serem mais realistas que os homens, estes considerados mais
idealistas e persuasivos
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II explica a I
b) As asserções I e II são proposições incorretas
c) A asserção I é uma proposição correta e a II é uma proposição falsa
d) As asserções I e II são corretas, mas a II não explica a I
e) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira

SEU GABARITO

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

4ª Questão: Conforme Hirsch e Peter (2004) citados por Baggio e Baggio (2014),
são necessários 03 tipos de habilidade para os empreendedores: habilidades
técnicas, habilidades administrativas e habilidades empreendedoras pessoais. A
partir desta constatação, avalie as afirmações a seguir:

I) Entre as habilidades técnicas, pode-se considerar a capacidade de correr riscos


como uma das mais importantes;
II) Uma das habilidades administrativas mais importantes é a capacidade de
elaborar planejamento e estabelecer metas;
III) A orientação para lidar bem com mudanças é uma das habilidades
empreendedoras pessoais necessárias para o sucesso do negócio;
IV) A liderança visionária é uma das habilidades técnicas necessárias para o
empreendedor.

Estão corretas as afirmativas:

a) II e IV
b) I e II
c) II e III
d) III e IV
e) I e IV

SEU GABARITO

20
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

5ª Questão: A teoria comportamentalista refere-se a especialistas do


comportamento humano: psicólogos, psicanalistas, sociólogos, entre outros. O
objetivo desta abordagem do empreendedorismo foi ampliar o conhecimento
sobre motivação e o comportamento humano. O autor que deu início à
contribuição das ciências do comportamento foi David C. McClelland. Ele foi um
dos primeiros autores a estudar e destacar o papel dos homens de negócios na
sociedade e suas contribuições para o desenvolvimento econômico. McClelland
concentra sua atenção sobre o desejo, como uma força realizadora controlada
pela razão. Sobre isto, avalie as afirmativas a seguir:

I) Entre os fatores que motivam o empreendedor, está a satisfação no trabalho


advinda do desejo de estar no comando.
II) Pode-se dizer que entre os fatores que motivam os empreendedores, estão os
fatores ambientais, os quais consistem em analisar e identificar oportunidades de
negócios ou a possibilidade de participar de um projeto.
III) O único fator que leva o empreendedor a iniciar um negócio, de acordo com a
Teoria Comportamentalista, é o econômico-financeiro. Os demais fatores são
secundários em relação à tomada de decisão.
IV) Em relação aos fatores sociológicos, a influência de familiares e parentes que
sejam empreendedores não são relevantes para a decisão de abrir um negócio.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e IV
b) III e IV
c) I e II
d) II e III
e) Todas as afirmativas estão corretas.

SEU GABARITO

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ANOTAÇÕES

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BAGGIO, Adelar Francisco; BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: Conceitos e
definições. In: Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, Passo Fundo, v. 1,
n.1, p. 25-38, jan. 2015. Disponível em:
https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/view/612. Acesso em: 07 fev. 2021.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor - 2.ed.


rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2007.

CURY, Augusto. Dez Leis Para Ser Feliz: Ferramentas para se apaixonar pela vida. Rio de
Janeiro: Sextante, 2003. 36 p.

DINIZ, Marcos Paulo. Empreendedorismo, uma nova visão: enfoque no perfil


empreendedor. 2009. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/empreendedorismo-uma-nova-
visao-enfoque-no-perfil-empreendedor/35960/. Acesso em 09/07/2022.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2008.

___________________. Empreendedorismo na prática: Mitos e Verdades do Empreendedor de


Sucesso. 3.ed. São Paulo: LTC, 2015.

FILION, Louis Jacques. O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial. RAE


– Revista de Administração de Empresas. FGV, São Paulo, jul./set.1999.
FORNICA, P. Inovação e empreendedorismo: Um ponto de vista do contexto italiano das
PME. In: Instituto Euvaldo Lodi. Empreendedorismo: ciência, técnica e arte. 2000.

GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR (GEM) - Empreendedorismo no Brasil: 2016.


Curitiba: IBQP. 2017. 208 p.

MACHADO, Ângelo José Penna; SILVA, Carlos Rodrigo; FERNANDES, Ywrynickson Ramos.
Perfil dos empreendedores brasileiros: o que mostra a pesquisa SEBRAE/ IBPQ/Global
Entrepreneurship Monitor. pp. 18-33. IN: Administração 4.0: flexibilidade para a inovação
das organizações / Org. Clayton Robson Moreira da Silva. Ponta Grossa, PR: Atena Editora,
2019.

POMBO, Adriane Alvarenga da Rocha. O que é ser empreendedor. 2017. Disponível em:
<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/A2EEEA
D6407D759003256D520059B1F8/$File/NT00001D9A.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2017.

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GABARITOS

1- GABARITO: Letra “E”. Todas as afirmativas acima estão corretas em relação à importância
do empreendedorismo para o contexto econômico e social de um país.

2- GABARITO: Letra “C”. A Teoria Disruptiva de Schumpeter diz que o empreendedorismo,


em uma das suas vertentes, simplesmente altera o padrão de algo existente de forma
disruptiva por meio de uma inovação. Como exemplo, podemos citar a invenção das
máquinas fotográficas digitais, que simplesmente tiraram de circulação as antigas
máquinas que utilizavam filmes.

3- GABARITO: Letra “D”. Ambas as asserções estão corretas, pois de acordo com a pesquisa
citada pelos autores referenciados, mulheres e homens normalmente optam por
diferentes áreas para empreender, mas estas escolhas não têm ligação, em tese, com as
características femininas citadas na 2ª asserção.

4- GABARITO: Letra “C”. A afirmativa I está errada porque a capacidade de correr riscos é
uma habilidade empreendedora pessoal e não técnica. Já a afirmativa IV está incorreta
porque liderança visionária também não é uma habilidade técnica e sim uma habilidade
empreendedora pessoal.

5- GABARITO: Letra “C”. A afirmativa III está incorreta porque foi comprovado, pela Teoria
Comportamentalista, que não é apenas ganhar dinheiro o fator que motiva alguém a
empreender. Já a afirmativa IV está equivocada pelo fato de os ambientes social e familiar
possuem grande influência na decisão de empreender.

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