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O Empreendedorismo como Ferramenta nas

Cooperativas

Conteudista: Prof. Me. Antonio Carlos de Alcantara Thimóteo


Revisão Textual: Esp. Laís Otero Fugaitti

Objetivos da Unidade:

Saber identificar os diferentes tipos de empreendedores;

Proporcionar a identificação da relevância do empreendedor no mercado 4.0 e a


análise mercadológica para as organizações e para a economia do país;

Saber identificar perfis diversos de empreendedorismo;

Perceber a relevância da análise mercadológica e estratégica para uma


organização;

Saber reconhecer as oportunidades do mercado.

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ʪ Referências
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ʪ Material Teórico

Empreendedorismo
Para iniciarmos nosso entendimento sobre empreendedorismo, cabe inicialmente provocar
uma reflexão: você é daquelas pessoas que ainda têm a visão de que empreendedorismo se trata
apenas da atividade de abrir uma empresa e, por consequência, se tornar um empreendedor?

Vale então desmistificar essa visão distorcida a respeito desse assunto e observar a abrangência
e a relevância do conceito de empreendedorismo para o mercado, o país e as pessoas envolvidas.

Se ao escutar a palavra empreendedorismo você só consegue visualizar “uma pessoa


registrando seu novo negócio”, cuidado! Não é isso! Ou, pelo menos, não é só isso.

Cabe, já desde o início, reforçar o olhar que apresenta o empreendedorismo, sendo muito mais
complexo e amplo do que somente a parte de abrir uma nova empresa no mercado, ficando
restrito à posição de ser mais um que arriscará valores, tempo e ideias em forma de uma nova
organização que atuará no mercado já bastante competitivo; porém, muitas pessoas ainda
pensam erroneamente que o empreendedorismo se limita a esse processo apenas.

Então, vamos entender onde tudo começou e a abrangência desse processo?

Vamos entender melhor… Devemos identificar que a visão empreendedora é o caminho que nos
levará ao entendimento do quão amplo é o assunto e, assim, entender os tipos de
empreendedorismo existentes, suas características e conhecer mais sobre os empreendedores.
Dando início às reflexões referentes ao empreendedorismo, identificamos a visão de analisar a
diferença entre o que é ser um empresário e o que é ser empreendedor. O segundo o Código Civil
Brasileiro, de 2002, que condensou em um único corpo de lei as matérias civil e mercantil, no
art. 966 descreve que: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços” (BRASIL, 2002).

Podemos complementar com a visão acadêmica de Bertoldi (2006, p. 52): “o empresário nada
mais é senão o comerciante dos dias atuais, que, na verdade, representa o sujeito com o qual se
ocupa o direito comercial, ou numa nomenclatura mais atualizada, o direito empresarial”.

Já o empreendedor, conforme Leite (2012), é o indivíduo que toma para si os riscos referentes à
criação de um novo negócio, sendo assim, o empresário, por vezes, pode ser apenas o
proprietário de uma organização, pois nem sempre demonstra características, habilidades e
atitudes que podem ser consideradas como ações empreendedoras.

Levando em conta a visão de Drucker (1987) a respeito de empreendedor, “a origem da palavra,


nos remete há 800 anos atrás, com o verbo francês entreprendre, que significa fazer algo”.

Segundo o Dicionário de Ciências Sociais (1987), o termo “empreendedor” descreve a pessoa


que executa parcial ou totalmente as funções de:

“Iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores transformações no negócio da

empresa; e/ou assume riscos com esta operação que derivam da natureza dinâmica
da sociedade e do conhecimento imperfeito do futuro, e que não pode ser
convertido em certos custos através de transferência, cálculo ou eliminação.”
Observamos que “empresário” não se refere a atitudes ou características, e sim a uma profissão
ou função na organização, sendo o dono e administrando a empresa, com foco em mantê-la
sobrevivendo no mercado competitivo e acirrado dos dias atuais. Já o empreendedor é aquele que
identifica determinado problema ou oportunidade, cria um negócio ou propõe ações que
contribuirão para transformações.

Existem empresários que se tornam empreendedores quando agem de tal forma, e existem
empreendedores que a princípio não são empresários e que podem ser se investirem em um
negócio, gerando valor agregado a um produto ou serviços ofertado, lembrando que nem todos
os projetos de empreendedorismo focam em geração de lucros, há exemplos de
empreendedorismo sem fins lucrativos, como as organizações não governamentais (ONGs),
que normalmente pretendem resolver um problema, mobilizando recursos e pessoas.

Conceitos Iniciais de Empreendedorismo


No século XVIII, a palavra “empreendedorismo” trazia o significado relativo aos indivíduos que,
partindo do comportamento de assumir riscos, adquiriam matérias-primas e as processavam,
para em seguida comercializar com terceiros, objetivando uma oportunidade de negócios que
lhe trouxesse resultados positivos.

Observa-se que o termo entrepreneur foi incorporado à língua inglesa no princípio do século XIX,
direcionando o olhar a inovações trazidas por ações que colaboraram para a renovação do
sistema econômico capitalista e progredissem constantemente. Assim, a partir dessas
observações, os economistas da época consideraram o desenvolvimento econômico como o
resultado da criação de novos empreendimentos.

Para Dornelas (2020), o significado de empreendedorismo advém do termo inglês


entrepreneurship, com o intuito de designar pesquisas e entendimentos relativos ao
comportamento do empreendedor.

Joseph Schumpeter, economista, foi quem teve maior influência a respeito do avanço da teoria e
prática do empreendedorismo. Em estudo realizado em 1934, ele descreve o empreendedorismo
como “a máquina propulsora do desenvolvimento da economia” (1997) e aponta que “sem
inovação, não existe empreendedores, sem investimentos empreendedores, não se observa
retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona”.

Conforme Hashimoto (2013), o empreendedorismo pode ser visto como um fenômeno;


pesquisadores desejam estudar o tema, escolas colocam em suas grades de disciplinas, o
governo e as empresas, com o olhar de futuro, apoiam e subsidiam projetos, motivando o
interesse de diversas pessoas.

Saiba Mais
Segundo constantes pesquisas realizadas pelo Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil é visto como um
dos países mais empreendedores do mundo, e o brasileiro, como um
empreendedor nato. Porém, cabe destacar que nos mesmos estudos e
pesquisas se observa que o índice de mortalidade das pequenas e
médias empresas no país ainda é muito elevado.

Muitas vezes, as organizações não acompanham as mudanças no mercado em que atuam; as


que identificam em tempo buscam investir em novas tecnologias, por vezes sem avaliar que a
vantagem competitiva de sua empresa nem sempre está relacionada a fatores tecnológicos,
físicos ou até financeiros, mas sim em ações e conhecimentos inerentes às pessoas que
desenvolvem os processos, que, ao serem bem desenvolvidos, estimulados e aproveitados,
podem ser aplicados de forma a gerar atitudes práticas, inovadoras e sustentáveis.
Dessa forma, observa-se que o empreendedorismo não pode ser visto como um processo
isolado ou individualizado, mas sim uma ação conjunta e apoiada pelas organizações que levam
ao desenvolvimento das empresas, resultando em crescimento econômico, mercadológico e
tecnológico. Pode-se entender como sendo uma ação de criar e implementar novos mercados
para organizações já constituídas, trazendo inovações ou explorando negócios novos,
envolvendo recursos que geram algum tipo de valor.

O empreendedorismo é muito significativo para a economia do país, para a sociedade e para as


pessoas que se dedicam a explorar essa situação de criar e colocar em prática novas soluções,
pois gera motivações e benefícios para todos os envolvidos, criando empregos e renda,
aumentando o poder aquisitivo, levando novidades ou inovações ao mercado consumidor e
provocando até reflexões no mercado concorrente para que não se acomode, além de trazer
soluções para problemas da sociedade.

Empreendedorismo no Brasil
Observamos o empreendedorismo no Brasil em crescimento e a cada dia que passa
identificamos novos empreendedores, sendo alguns por necessidade e outros, por
oportunidade. A quantidade de empreendedores no Brasil já ultrapassou os 53 milhões.

Segundo pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2020) realizada no ano de 2019, o
empreendedorismo no Brasil cresceu 38,7%, representando assim o quanto essa área evolui no
país, embora muitos empreendedores, por falta de apoio ou ausência de planejamento adequado,
infelizmente encerrem seus negócios nos dois primeiros anos de existência.

A pesquisa do GEM (2020) tem visão e amplitude mundiais e é realizada anualmente,


observando o nível nacional da atividade empreendedora também no Brasil. Ela é acompanhada
por órgãos de alta confiabilidade, como o Instituto Brasileiro de Qualificação Profissional (IBQP)
e o Sebrae.
Leitura
Empreendedorismo no Brasil – GEM 2019
Entende-se o trabalho desenvolvido pelo GEM como único, afinal,
enquanto a maioria das pesquisas coletam e analisam dados a respeito
do empreendedorismo com base apenas em novas e pequenas
empresas, o GEM analisa, em nível aprofundado, o comportamento
dos empreendedores quanto ao gerenciamento e à criação de
empreendimentos, inclusive os que não são formalizados.

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ACESSE

Mundialmente conhecido atualmente, entende-se que o estudo realizado pelo GEM é o maior a
respeito da visão e evolução empreendedora, explorando não só o número de novas empresas,
como também identificando o reflexo do empreendedorismo no crescimento econômico
nacional. Ele demonstra a riqueza das condições relacionadas com a atividade empreendedora,
além de ter uma representação considerável no Produto Interno Bruto (PIB) do país,
contribuindo com a evolução de micro e pequenas empresas e apoiando o crescimento da renda
e da economia brasileira.

Perfis Diversos de Empreendedorismo


Pode-se encontrar diversas visões e abordagens em relação aos perfis ou tipos de
empreendedorismo existentes, sendo que para Leite e Oliveira (2007) existem apenas dois tipos:
o empreendedorismo por necessidade (gerado por não haver alternativa ao empreendedor) e o
empreendedorismo por oportunidade (no qual o empreendedor identifica uma oportunidade de
negócio que demonstre ser lucrativa e desenvolve investimento e conhecimento).

Já para Pessoa (2005) existem três tipos: empreendedorismo corporativo, empreendedorismo


startup e, por fim, empreendedorismo social (que desenvolve um negócio com foco em missão
social, gerando soluções para déficits sociais existentes).

O empreendedorismo corporativo, também conhecido como intraempreendedorismo ou


empreendedorismo desenvolvido dentro das organizações, é desempenhado por um
colaborador de uma organização, sendo entendido como um processo de observação,
desenvolvimento, coleta e implementação de oportunidades novas dentro do negócio já
existente.

No empreendedorismo startup, observa-se que o indivíduo empreendedor investe seus


conhecimentos, ideias e foco na criação de negócios/empresas, com o objetivo de formar um
novo empreendimento, partindo da análise do cenário e diante de uma oportunidade
demonstrada por identificação de um novo negócio.
Figura 1 – Há uma relação entre demanda de mercado e
empreendedorismo
Fonte: Getty Images

Entende-se como óbvio atender a uma existente demanda no mercado que ainda não tenha sido
atendida; promove-se assim, por meio de diferenciais implantados, a conquista de um espaço
no mercado existente, que demonstra lacunas para atuação, valorizando superação da
concorrência, atendendo a anseios dos consumidores desse segmento e os fidelizando, e
gerando rentabilidade e lucros por meio da apresentação de negócios que supram as
necessidades observadas.

No que se refere ao empreendedorismo social, pode-se identificar a relação do


empreendedorismo com necessidades da sociedade por meio de relações entre empresa,
comunidade e governo, partindo de um modelo de parcerias e tendo como objetivo a valorização
da qualidade de vida social, econômica, cultural e ambiental sob a ótica da sustentabilidade.

Muitas vezes, o empreendedorismo social é identificado como sendo um mix de arte e ciência,
intuição e racionalidade, ideia e visão, sensibilidade social e pragmatismo responsável, realidade
e utopia. Promove as necessidades da comunidade acima dos interesses econômicos,
valorizando o coletivo e com foco em transformar a realidade atual de determinado local ou
região.

O empreendedorismo social tem como diferença do empreendedorismo propriamente dito dois


aspectos: não gera produtos e/ou serviços com o intuito da venda propriamente dito e foco no
capital financeiro, mas tem como intuito desenvolver soluções para os problemas sociais
identificados, além de não ter pretensão de atingir o mercado de forma ampla, mas em áreas
específicas, como comunidades e setores da população que se encontrem em situações de
exclusão social, pobreza, miséria, risco de morte ou risco social em geral.

A Relevância da Análise Mercadológica e Estratégica


para uma Organização
A relevância do empreendedorismo pode ser observada em muitos aspectos, como o social e o
econômico, entre outros, e demonstra uma condição que deve ser vista com destaque na relação
com a melhoria das políticas econômicas realizadas pelos países desenvolvidos e em
desenvolvimento.

O empreendedorismo desempenha um fator relevante no que se refere ao desenvolvimento


econômico do país, tratando de muito mais do que apenas o crescimento de processos e
volumes produtivos e a evolução da renda per capita. Ele provê valores que motivam e promovem
transformações nas estruturas dos negócios e na sociedade, que influencia e é influenciada por
esses produtos ou serviços comercializados (HISRICH; PETER, 2004).

O empreendedorismo tem características específicas, não se comparando com apenas uma


visão acadêmica para ser tratado em uma disciplina, indo além enquanto campo de estudo,
afinal, não há consenso e muito menos um modo absoluto de ser tratado por quem o utiliza.
Transmite a visão de um conjunto de ações que desempenham o papel de gerar riqueza, ampliar
oportunidades de empregos e levar à sociedade e à nação que o promovem um retorno de
melhor performance.

Ações empreendedoras possuem o poder de gerar bem-estar à sociedade, apresentando


soluções para determinados problemas, partindo do foco visionário dos empreendedores e sua
responsabilidade com a inovação e a evolução, o que dá suporte e promove a evolução das nações
que se encontram em processo de desenvolvimento, como o Brasil.

Além disso, existe a relação direta do empreendedorismo com a geração de emprego, gerando
oportunidades de trabalho e mesmo funções até então não existentes no mercado de trabalho,
promovendo criação de empregos e refletindo em aumento de renda.

O crescimento econômico de um país está diretamente relacionado à geração de postos de


trabalho. Novos empreendimentos promovem a oportunidade de uma nova vaga, contribuindo
com a mão de obra que não estiver alocada ou gerando melhoria para a já alocada, contribuindo
com os trabalhadores e com os desempregados.
Saiba Mais
O Brasil é um país de empreendedores. De acordo com uma pesquisa
realizada pelo Sebrae (2021), as empresas pequenas empregam mais,
são responsáveis por 54% dos postos de trabalho formais, sendo que a
maioria está no setor de comércio e serviços.

A importância do empreendedorismo está na geração de empregos e riqueza para o sucesso de


um país, mas ele também está relacionado a novas oportunidades de implantação de processos
criativos e de reflexões da sociedade a respeito de conceito pré-existentes em alguns setores da
economia, colaborando, algumas vezes, com produtos ou serviços que facilitem o dia a dia dos
consumidores ou que tragam novos olhares para conceitos enraizados em alguns setores.

Todo país tem necessidade de processos inovadores e criativos para se desenvolver, pois é por
meio destes que se observa a transformação da mentalidade das pessoas com relação ao
consumo e até mesmo ao uso de materiais, considerando hábitos que devem ser revistos.
Figura 2 – Crescimento no número de
microempreendedores individuais (MEIs) durante a
pandemia
Fonte: Adaptada de SEBRAE MARANHÃO, 2021

O empreendedorismo contribui para melhor distribuição de riqueza entre as classes sociais de


um país e gera benefícios com a inovação desenvolvida, promovendo um mercado mais
competitivo e levando novas opções aos consumidores.

Nos casos de localidades ou públicos consumidores que necessitam de determinado produto ou


serviço, eles pagam por isso e, considerando o foco empreendedor, há a possibilidade de o
dinheiro circular na própria localidade, gerando recolhimento de impostos para a melhoria da
infraestrutura da região e colaborando com a comunidade como um todo.

Esses são os fatores principais que demonstram a relevância do empreendedorismo com foco
estratégico e mercadológico, sem deixar de refletir na evolução social e econômica de um país.
Sendo assim, o empreendedorismo deve ser visto com um olhar especial e merece apoio de
todas as esferas da sociedade, pois ele colabora de forma ativa com o desenvolvimento do país.
Saber Reconhecer as Oportunidades do Mercado
A capacidade de identificar e aproveitar as oportunidades se origina no olhar que o
empreendedor tem para o mercado, observando o mundo de forma diferenciada do que a
maioria vê normalmente. Mas não basta reconhecer as oportunidades, é preciso também estar
capacitado para criar negócios, produtos ou serviços que atendam às necessidades ou desejos
dos consumidores. Dornelas (2020) descreve que as oportunidades estão sempre no momento
presente e devem ser observadas de forma atenta.

Você deve se permitir ter um olhar mais amplo do mercado e das situações que o cercam,
atentando-se a problemas do cotidiano e reclamações de determinados consumidores a
respeito do mesmo produto ou serviço ofertado, assim como identificar problemas comuns a
diversas pessoas.

Logicamente, não basta apenas ouvir reclamações e já pensar em ter uma ideia que supra a
necessidade ou que colabore de modo a minimizar os problemas de determinada situação.
Também deve ser realizada uma análise mais detalhada a respeito do assunto e do motivo das
queixas, afinal, nem sempre a origem do problema é a mesma; ao pesquisar mais
minuciosamente, você poderá encontrar diversos problemas relacionados e nem sempre a sua
ideia vai atender corretamente à maioria deles.

Se após analisar a origem você encontrar condições que são similares ou idênticas e tiver uma
ideia que possa contribuir com essa situação, mesmo assim, deverá desenvolver um plano de
negócios que analisará a viabilidade do negócio e sua continuidade após suprir inicialmente as
necessidades encontradas.

Como passo a passo para identificação dessa oportunidade, pode-se entender que é necessário:

Identificar e avaliar a oportunidade com um olhar de criação e amplitude da


oportunidade;

Analisar os riscos inerentes desse negócio;

Desenvolver o plano de negócios para analisar a viabilidade;


Identificar todos os tipos de recursos necessários para o sucesso do negócio;

Observar como será gerido e gerenciado o novo negócio;

Refletir sobre a experiência dos envolvidos diante do mercado do negócio;

Pesquisar sobre informações diversas relacionadas ao negócio.

Após realizar a trilha proposta, é preciso entender que todas as oportunidades devem ser
observadas sob os seguintes aspectos:

A qual mercado atenderá?

Qual retorno financeiro que esse negócio proporcionará?

Quais vantagens competitivas que esse negócio trará?

Qual é valor necessário para investir?

Quais são a equipe necessária e as capacitações para que o negócio tenha sucesso?

Até que ponto o empreendedor está comprometido com a ideia desse negócio?

Afinal, o que vale realmente não é ser o primeiro em determinado negócio ou segmento, ou criar
apenas uma ideia que revolucione o setor, mas identificar um negócio que disponha de
condições para atender a necessidade encontrada.

Conceitos de Cooperativa
Podemos descrever cooperativas como sendo instituições cujos membros desenvolvem
trabalhos em conjunto, de modo democrático, tendo os mesmos deveres e direitos e com foco
comum a todos.

Encontramos cooperativas de diversos setores do mercado, em maior número no agronegócio,


com a junção de diversos produtores rurais para agregar melhores resultados e ampliar o poder
de barganha com os atravessadores e até com distribuidores.

Essas ações conjuntas geram melhores retornos para os cooperados e têm características tanto
de colaborador de uma empresa quanto de proprietário, pois ao mesmo tempo que o indivíduo
realiza as atividades, está ciente de que o lucro obtido se reverterá para seu bolso.

Essa junção de esforços da cooperativa reflete nas ações conjuntas e, quando tratamos da visão
de empreendedorismo cooperado, entende-se que as pessoas envolvidas se unem em
cooperativas para conquistar condições melhores, que normalmente sozinhos não
conseguiriam, assumem os riscos e tomam decisões com o apoio uns dos outros.

Por meio dos conhecimentos explorados até aqui, identificamos a concepção de que o
empreendedorismo depende de indivíduos que tenham espírito de empreendedor, sendo este a
pessoa que possui conceitos e novas ideias e que realiza ações que promovem iniciativas de
novos negócios ou de novas organizações, tendo diversas caraterísticas que o fazem
diferenciado no mercado. Entenderemos melhor na continuidade de nossos estudos quais são
essas características e habilidades.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros

Empreendedorismo
AFFONSO, L. M. F.; RUWER, L. M. E.; GIACOMELLI, G. Empreendedorismo, 2019.

Empreendedorismo: Ciência, Técnica e Arte


INSTITUTO EUVALDO LODI. Empreendedorismo: ciência, técnica e arte, 2001.

Vídeo

O que é Empreendedorismo em 2022?


O vídeo a seguir aborda o empreendedorismo no mundo atual e discute o que é ser
empreendedor. Você poderá refletir sobre o empreendedorismo no cenário atual e as principais
características requeridas neste contexto.
O que é o EMPREENDEDORISMO em 2022? O que é ser Empreend…

Leitura

Intraempreendedorismo: Fatores Organizacionais,


Individuais e Barreiras
O artigo a seguir mostra os principais conceitos e características do intraempreendedorismo,
bem como seus desafios. Você poderá se aprofundar nas discussões sobre
intraempreendedorismo, como conceitos, história e características centrais.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
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ʪ Referências

BERTOLDI, M. M. Acordo de acionistas. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006.

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União,
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SEBRAE MARANHÃO. Cresce o número de empreendedores individuais em todo o Brasil. G1, S.l.,
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individuais-em-todo-o-brasil.ghtml>. Acesso em: 12/05/2022.

SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Conheça as


características empreendedoras desenvolvidas no Empretec. Sebrae, Brasília, 2021. Disponível
em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/conheca-as-caracteristicas-
empreendedoras-desenvolvidas-no-
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TEIXEIRA NETO, J. M. F. Uma revisão da Teoria dos Stakeholders e principais pontos de


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