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Introdução

Após a queda do preço do petróleo, Angola viu crescer uma série de problemas de ordem
política, social e acima de tudo econômica, onde a diminuição das receitas provenientes do
petróleo impactou de forma negativa a capacidade financeira do governo, arrastando consigo
uma inflação assustadora, e também, a desvalorização do kwanza.

Tendo em conta que a economia é dos maiores expoentes para o crescimento saudável das
sociedades, e as empresas desempenharem um papel crucial neste quesito. O governo
angolano como resposta a queda do petróleo tem envidado esforços para a diversificação da
economia, que por via de políticas públicas, vai incentivando o surgimento de unidades
produtivas de natureza diversa em todo o país, atraindo investimento privado, criando assim
um ambiente quase perfeito para o empreendedorismo e inovação.

Mas a verdade é que, em todo e qualquer mercado hoje, a competitividade é muito acirrada,
levando seus intervenientes a novos tipos de desafios, e até mesmo uma maior complexidade
nos negócios, onde a capacidade de empreender com inovação é interessante pela sua
capacidade de diferenciar productos e serviços, tornando-os assim mais atraentes para o
público alvo.

Nesse sentido, assume-se que aliar o empreendedorismo e inovação à uma estratégia muito
bem analisada, delineada e executada, no mercado angolano, pode trazer excelentes
benefícios para empreendedores, empresas, economia e consequentemente a sociedade
angolana de modo geral.

Problema de pesquisa / pergunta de partida

O empreendedorismo e a inovação são práticas cada vez maiores na realidade da sociedade


angolana, onde pessoas em certos casos sem formação técnica, carregadas apenas de uma
visão, ideia, sonho ou ambição, anseiam, ver esta tomar forma e realizar-se, mas com esse
ímpeto, vem também a necessidade da diminuição de riscos e incertezas.
Deste modo, muitas empresas surgem e sobrevivem de forma desordenada, podendo até
existir por um certo tempo no mercado. Mas com tantas mudanças nos aspectos políticos,
econômicos, sociais e tecnológicos, em um mercado altamente competitivo, a estratégia
correcta, pode trazer resultados mais atraentes que conduzem a seguinte questão:
 De que modo o empreendedorismo e a inovação, aliados à estratégia impactam o
crescimento das empresas em Angola?
Objectivos

Objectivo geral

 Descrever de que modo o empreendedorismo e a inovação, aliados à estratégia


impactam o crescimento das empresas em Angola.

Objectivos específicos

 Apresentar os conceitos de empreendedorismo, inovação e estratégia.


 Analisar a importância do empreendedorismo e inovação no seio das empresas em
Angola.
 Discutir a relação entre empreendedorismo, inovação e a estratégia.

Formulação das hipóteses

 Inovações constantes têm a capacidade de aumentar as vendas de productos e serviços.


 O empreendedorismo tem influência no crescimento de oportunidades de emprego.

Justificativa

Empreendedorismo e inovação se tornaram um fenômeno quase que de modismo nas mais


variadas sociedades e Angola não é a excepção, a verdade é que apesar do sucesso deste
fenômeno, existem muitos outros casos com resultados desanimadores onde a falta de
conhecimento técnico acaba levando abaixo muitos sonhos que tinham tudo para dar certo,
daí a produção de um trabalho com este tema para contribuir na exploração desse tema e na
melhoria continua dos processos envolvidos no mesmo.
Capitulo I – Empreendedorismo e Inovação

1. Empreendedorismo e Inovação - Breves Considerações

De acordo com Silva et al (2014) desde meados de 1940 que temas vinculados ao
empreendedorismo vêm ganhando força. Para se ter uma ideia desta realidade basta digitar no
motor de busca google a palavra empreendedorismo e vê-se mais de quatro milhões de
páginas para visita, ao refinar a busca em outros idiomas, como, por exemplo, em inglês, e
consultarmos enterpreneurship, surgem mais de 21 milhões de páginas.

Segundo Silva (2019) fruto das várias transformações tecnológicas ao longo do tempo, que
impactam às dinâmicas do mercado, às formas de gestão, e abertura de novos negócios. Neste
sentido, o empreendedorismo tem tido um papel crucial, reconhecido como um conjunto de
acções individuais e colectivas que se propõe a gerar recursos para às partes envolvidas e
acompanhar as constantes mudanças dos mercados.

Deste modo Cardoso et al (2017) o aumento de uma cultura de aprendizagem por meio da
prática e experimentação em ambientes cuja criatividade e inovação são encorajadas é uma
tendência mundial. Alterando o paradigma da velocidade do ciclo de inovação de productos,
processos e serviços.

Conforme Silva (2019) os profissionais que desejem seguir esse caminho tanto pela
oportunidade ou necessidade, deve munir-se de certas características comuns aos
empreendedores que são:

 Iniciativa e busca de oportunidades;


 Disposição para correr riscos;
 Busca de informações
 Liderança;
 Capacidade de solucionar problemas de forma eficiente;
 Independência e autoconfiança;
 Persistência

Contudo, é de suma importância que o candidato a empreender tenha o conhecimento do


mercado no qual deseja entrar, analisando também o período econômico em que o país
atravessa, a fim de que o seu negócio venha a ter sucesso (SILVA, 2019).
Por outro lado, existem alguns factores que acabam influenciando o processo empreendedor
como pode ser observado no quadro nº 01 logo abaixo:

Figura nº 01 – Factores que têm influência no processo de empreendedorismo

Fonte:
Dornelas (2005, p. 41)

Enquanto o processo de inovação pode ser visto em dois prismas principais criatividade e
comercialização, um está ligado ao outro pela necessidade da geração de valor. Ou seja é
necessário ser criativo até ao ponto em que essa criatividade seja comercial e possa gerar
valor.

Figura nº 02 – Equilíbrio entre criatividade e comercialização


,
Fonte: Adaptado de Davila, Epstein e Shelton (2007)

1.1. Conceitos

Como aponta Milian (2020) desde seu surgimento na literatura o conceito de


empreendedorismo é assumido como sinônimo de transformação, derivando das palavras
“entre” e “prende” que significa estar no mercado entre fornecedor e consumidor. Podendo-se
afirmar que o empreendedorismo segue um caminho de mudança no seu próprio significado e
acompanha as vicissitudes do capitalismo.

Existem diferentes estudos, visões, e ideiais, que conceituam o empreendedorismo de vários


modos diferentes num dos quais Schermerhorn (cit in Silva et al, 2014, p. 16) afirma que:

o empreendedor é um indivíduo que corre riscos e procurar agarrar as oportunidades


que outros deixaram passar ou as enxergam como problemas ou ameaças. No
contexto empresarial, um empreendedor inicia novos empreendimentos dando vida a
novas ideias de produtos ou serviços.

Por conseguinte Miguez e Lezana (2018) olham para o empreendedor como pessoa criativa,
capaz de estabelecer e atingir objetivos, com elevado nível de conscientização do ambiente a
sua volta do qual se apropria para detectar oportunidades de negócio, tomar decisões por
vezes arriscadas e que procuram a inovação. Sendo um agente que imagina, desenvolve, e
realiza visões, sem esperar pela inovação, mas sim buscando-a sistematicamente através de
acções proactivas.

De acordo com Silva (2019) empreendedorismo parte da compreensão de que tal escolha
requer superar desafios, colocar constantemente o aprendizado e novas ideias em prática, é
escolher ter seu próprio negócio e sentir-se motivado a desenvolvê-lo, e estar disposto a
abdicar da zona de conforto e se motivar a fazer algo que crie valor para a sociedade.

É também visto como aquele que gera riqueza e conhecimento, o qual é transformado em
productos/serviços, inovando em variadas áreas como marketing ou producção. Com isso em
mente assume riscos; tem criatividade e iniciativa; inova; assume grandes responsabilidades; é
ambicioso; e busca alcançar seus sonhos (FERREIRA E BRENNAND, 2019).

Segundo Milian (2020) Uma das ferramentas do empreendedor é a inovação, que visto num
panorama geral o mercado caracteriza-se pela floresta, onde empresas nascem e morrem, e o
empreendedor é o semeador destas empresas enquanto a inovação assume o papel de
instrumento da longevidade.

A inovação e a invenção são palavras muitas vezes confundida. Invenção refere-se a


colocação de alguma ideia em prática enquanto inovação “contempla os recursos com a nova
capacidade de criar riqueza: A Inovação, de facto, cria um recurso” (FERREIRA E
BRENNAND, 2019).

De acordo com Drucker (cit in Ferreira e Brennand, 2019) a inovação é definida como sendo:
o acto de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e processos) existentes na
empresa para gerar riqueza. É o esforço para criar mudanças objectivamente focadas
no potencial econômico ou social de um empreendimento. A inovação é a
ferramenta específica de empreendedores, por meio da qual exploram a mudança
como uma oportunidade para diferentes negócios ou serviços. É passível de ser
apresentada como uma disciplina, passível de ser aprendida, passível de ser
praticada.

Para Kotler et al (2017) inovar nem sempre significa dar passos gigantescos para frente, por
vezes os passos são graduais e é tão ou mais importante que a versão radical pois é isso que
torna o negócio realmente sustentável. Esta pode ser vista também como a criação de uma
cultura de inovação nos meandros da empresa, pois é o que permite produzir e levar ao
mercado um fluxo constante de inovações menores e incrementais.

Segundo Silva et al (2014) inovação é a criação de uma ruptura no sistema econômico,


removendo o equilíbrio, mudando, deste modo, padrões de producção e consequentemente
criar diferenciação para empresas num dado mercado.
1.2. Empreendedorismo e inovação no panorama angolano

De acordo com o Jornal de Angola (2023) num estudo realizado pela Global
Entrepreneurship verificou-se que o número de empreendedores no país tem estado a crescer
a cada ano resultando na maior taxa (53,4%) de empreendedorismo do mundo entre os países
de baixo rendimento, onde 77% dos inquiridos afirmou ser fácil abrir um negócio em Angola.
Registando ainda que a faixa etária mais jovem dos (18-24) é aquela que tem tido maior
crescimento.

Segundo Linktoleaders (2022) essa realidade numa economia como a angolana tem um
potencial de impacto futuro ainda maior não só por ser um mercado ainda pouco explorado,
mas também pelas condicções demográficas e econômicas do país. Com uma população
maioritariamente jovem onde cerca de 60% está abaixo dos 25 anos e a taxa de crescimento
populacional nos 3% ao ano, e uma taxa de desemprego no 8,5 %.

Neste sentido Linktoleaders (2022) o cenário desemprego tende a piorar com cada vez mais
jovens a entrarem em idade activa e no mercado de trabalho. A solução óbvia para criação de
empregos passa pelo empreendedorismo e não em esperar que as empresas existentes tenham
capacidade de absorver tal influxo de pessoas no mercado de trabalho.

Segundo o Pnud (2022) tal compromisso verifica-se nas palavras da Ministra do Ensino
Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação afirmando que:
A promoção da inovação e do empreendedorismo contribui, de forma significativa,
para o desenvolvimento social e económico. Além de gerarem empregos, através da
inovação e do empreendedorismo são qualificados jovens criativos e com forte
empenho, que sabem identificar e aproveitar as oportunidades, em prol do
desenvolvimento pessoal e da sociedade, transformando ideias em projectos.
Como descrito por Jornal de Angola (2021) para tal o governo angolano tem investido na
criação de programas como:
 Programa de Apoio ao Crédito (PAC);
 Fundo de Capital de Risco (FACRA);
 Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE);
 Programa de Apoio e Produção;
 Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

Voltados às micro, pequenas e médias empresas como forma de incentivar pessoas com veia
empreendedora e auxiliar o Executivo a reduzir a elevada taxa de desemprego e a impulsionar
a economia do país.

1.3. Analisar a importância do empreendedorismo e inovação no seio das


empresas em Angola

Segundo Neto et al (2019) o cenário econômico vivido actualmente por Angola tem afectado
toda a população, perda do grau de investimento, os altos níveis de desemprego e a crescente
criação de negócios informais são exemplos desse ambiente de incertezas. O
empreendedorismo, surge como força catalisadora, pois é considerado um fenômeno social e
econômico tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos. Ao longo dos anos o
empreendedorismo vem se destacando mundialmente por meio de vários estudos.

De acordo com Silva et al (2024) é interessante descrever que o empreendedorismo dos


factores essenciais que contribuem para o desenvolvimento econômico de um país,
proporcionando para sociedade a inovação por meio de novos productos e serviços, no
desenvolvimento humano e na geração de emprego e renda. Torna-se importante na criação
desses novos empreendimentos políticas governamentais capazes de trazer benefícios que lhe
assegurem estabilidade, observando a necessidade de estimular o processo de formalização.

Para Mateus (2016) é importante salientar que em Angola o empreendedorismo está ligado
maioritariamente às micro, pequenas e médias empresas e que os grandes conglomerados
empresariais terem origem estrangeira que por si só aumenta o grau de dependência externa
podendo ser um entrave na distribuição dos benefícios econômicos.
Por outro lado Mateus (2016) vale ressaltar a capacidade das micro, pequenas e médias
empresas de:

 Gerar empregos e absorver mão-de-obra;


 Diversificação da economia;
 Aumentar a concorrência e a qualidade dos productos e serviços;
 Proporcionar estímulos de crescimento regional;
 Aumento da oferta;
 Prática de preços mais atrativos;

Reforçar ainda que o empreendedorismo e o quesito inovação têm também influência no


crescimento tecnológico o que reduz distâncias quando comparados com outras realidades, o
incentivo à especialização técnica, ajuda no combate ao analfabetismo, na geração de impacto
social, e ainda colmatar problemas específicos de certas regiões ou comunidades.

Capitulo II – Estratégia

2. Conceitos

Estratégia é um tema que já faz parte da literatura desde os primórdios, sendo a “Arte da
guerra” escrito por Sun Tzu um dos mais conhecidos, enfatizando a necessidade dos generais
conhecerem bem a si e seus adversários, a importância de evitar confrontos directos mas sim
quebrar a resistência do adversário sem luta, ideias destas, tiveram impacto no tecido
empresarial com autores criando desdobramentos na busca de roteiros e declarações de
princípios voltados para a estratégia de negócios (VIEIRA, 2023).

De acordo com Chiavenato (cit in Vieira, 2023) estratégia pode ser vista ou até mesmo
definida como “o plano dos objectivos gerais da empresa, política e acções organizadas de
forma coesa. Se bem pensada esta aloca e integra os recursos de modo viável com base nas
suas valências internas para antecipar mudanças ambientais e dar resposta a essas mudanças”
o que é interessante nas situações em que se disputa os mesmos clientes e fornecedores.

Entretanto Porter (1999) olha para a estratégia como a capacidade de ser único, tendo
liberdade para escolher dentre um conjunto de acções e atribuir-lhe um mix de valor
exclusivo. Significa ter a capacidade de olhar para as bases da estratégia e identificar às
características exclusivas atribuídas às actividades, portanto, dentro deste contexto, a essência
da estratégia é a criação de uma posição única e valiosa

Com base nesses autores Carvalho e Laurindo (2010) a estratégia surge como um elemento
para gerenciar as acções e objectivos definidos para o seu negócio, considerando os ambientes
que envolvem a organização, mantendo o trabalho alinhado aos objectivos.

Enquanto Neto et al (2019) define como a arte de planejar e colocar em acção o plano com
intuito de conseguir ou manter posições relativas e potenciais favoráveis a futuras acções
táticas sobre um objectivo achando condicções favoráveis para alcançar objectivos
específicos. Quer dizer, é um programa geral para consecucção dos objectivos de uma
organização e, portanto, para o desempenho desta. Forma de direccionar a empresa ao
aproveitamento dos recursos.

Portanto Neto et al (2019) divide a estratégia empresarial em três níveis: estratégias de


Crescimento; estratégias de Manutenção; estratégias de Investimento. A estratégia como um
todo mobiliza os diversos recursos, tanto tangíveis quanto intangíveis de uma empresa, em
prol de um objectivo específico a longo prazo. Para facilitar a mensuração do alcance deste
objectivo é necessário fraccioná-lo. Surgindo assim, as metas que podemos chamar de micro
estratégias.

Capítulo III - Relação entre empreendedorismo, inovação e a estratégia

3. Pontos de ligação entre Empreendedorismo, Inovação e Estratégia

Conforme Miguez e Lezana (2019) empreendedorismo e inovação são fenômenos ligados


entre si, sua essência está na visualização e no aproveitamento das novas oportunidades de
negócios, em criar uma nova forma de uso dos recursos, deslocados de seu emprego
tradicional e sujeitos a novas combinações. Empreendedorismo é definido como a soma de
inovação de uma empresa, a criação de nova riqueza a partir de novas combinações de
recursos.

Essa relação fica bem patente na visão deste autor aonde segundo Schumpeter (cit in Silva et
al 2014) o processo de inovação está dividido em três fases:

 Invenção: está associado à geração de novas ideias podendo potencialmente estar


preparada para a exploração comercial;
 Inovação: diz respeito à exploração comercial de uma invenção;
 Difusão: caso a invenção seja adoptada pelo mercado, ocorre a propagação de novos
productos, serviços e processos pelo mercado.

No entanto Silva (2019) no campo do empreendedorismo, não se tem dado muita atenção à
influência do ambiente cultural das organizações, pois a adopção de actividades inovadoras
representa uma mudança em comportamentos estratégicos para responder às mudanças
institucionais e proporcionar uma transformação empresarial necessária para alcançar a
eficiência, melhorar a productividade e criar riqueza. Tais actividades inovadoras geralmente
são motivadas ou impulsionadas por empreendedores.

Segundo Miles e Snow (apud Chiavenato, 2014, p. 588:590) essa estratégia pode estar
alinhada as formas apresentas a seguir: Estratégia defensiva, Estratégia ofensiva, Estratégia
analítica, Estratégia reativa.

 Estratégia defensiva: seu foco está na defesa e na estabilidade, particionando o


mercado para criar um domínio estável, sendo limitado os productos destinados a um
segmento do mercado total. Para se defender da concorrência, a empresa pratica
preços competitivos ou se concentra na qualidade. Sua base está na eficiência
tecnológica bem como o rigoroso controle da empresa.
 Estratégia ofensiva: Baseia-se na exploração e agressividade, buscando
constantemente novas e inovadoras oportunidades tanto de productos como mercados,
mesmo afetando os lucros. O que implica certas mudanças e alguma flexibilidade, em
tecnologia e arranjos organizacionais.
 Estratégia analítica: É quando a empresa utiliza a estratégia defensiva e a ofensiva,
procurando minimizar o risco e, ao mesmo tempo, maximizar a oportunidade de lucro.
O que a torna numa forma de busca equilibrada pelas metas e objectivos financeiros
da empresa.
 Estratégia reativa: ao contrário das outras três alternativas, a organização reage
intempestivamente ao ambiente. É um comportamento inconsistente, instável e
residual que surge quando uma das outras três estratégias são seguidas de maneira
inadequada. Constitui um sinal de fracasso.

De acordo com Miguez e Lezana (2018) embora sejam diversos os factores que interferem na
capacidade de inovação e nos resultados do crescimento econômico do país, o empreendedor
tem um papel significante. É ele quem identifica as políticas do país e aproveita-as para
alavancar a inovação.
Segundo Silva (2019) ser empreendedor, não se resume a uma boa ideia. Para atingir o
sucesso, é preciso muita dedicação, investimento, estudo, e à medida que a empresa vai
crescendo isso só se intensifica, daí uma boa estratégia ser necessária para assumir o controle
da empresa e mapear o negócio de forma inteligente. Daí que uma estratégia muito bem
planejada ajuda a:

 Entender o cenário actual;


 Definir metas e objectivos;
 Antecipar problemas e oportunidades;
 Criar planos de acção;
 Direccionar os próximos passos com mais clareza;

Tal como Neto et al (2019) a importância da estratégia nas empresas estabelecer-se sob 7
prismas:

 Assumir o controle sobre o destino;


 Visualizar com clareza as oportunidades;
 Transformar ameaças em oportunidades;
 Definir novos rumos para a organização;
 Pensar em longo prazo;
 Canalizar recursos para objectivo comum;
 Promover a mudança;

Considerações finais

O tema Empreendedorismo e inovação como estratégia para o crescimento em angola,


demonstrou ser muito pertinente ao permitir verificar o crescimento destes fenômenos no país,
principalmente na camada jovem da população angolana pertencente a faixa etária dos 18 aos
24 anos de idade.

Foi possível também identificar os esforços do governo angolano para incentivar o


empreendedorismo e inovação no mercado angolano, através de várias politicas como
incentivos fiscais, e programas ligados à financiamentos, e facilidade de constituição de
empresas.

Neste sentido as hipóteses


 H1 - Inovações constantes têm a capacidade de aumentar as vendas de productos e
serviços.
 H2 - O empreendedorismo tem influência no crescimento de oportunidades de
emprego.

Acabaram sendo confirmadas pela literatura ao demonstrar que inovações de productos e


serviços que realmente geram valor, conduzem mais facilmente a atracção, e fidelização de
clientes ou usuários o que tem impactos significativo no aumento das vendas, e por outro lado
o empreendedorismo pela sua capacidade de absorver mão-de-obra, acaba servindo para gerar
mais empregos.

Por último, salientar que o estudo evidencia ainda, a existência de uma ponte entre
empreendedorismo, inovação e estratégia e permitiu observar através da literatura que estas
funcionando em simultâneo e na mesma direção, aumentam as probabilidades de sucesso das
empresas e dos negócios de modo geral.

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