Você está na página 1de 5

EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Alan Cassanego
Cíntia dos Santos de Oliveira
Carla Adriana Frey Back
Prof. Orientador Patrícia Ines Schwab
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI

FLC10059 EMD – Seminário Interdisciplinar: Introdução à Pesquisa


22/05/2022

RESUMO

Palavras-chave: Empreendedorismo. Covid19. Mercado.

1 INTRODUÇÃO
2
2 O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O empreendedorismo no Brasil teve uma crescente no início na década de 90. Com maior
incentivo econômico por parte do governo e com o surgimento de entidades apoiadoras aos
microempreendedores, o Brasil começou a dar seus primeiros passos nas criações e inovações de
novos negócios. O SEBRAE e a Soflex foram umas das entidades que tiveram grande importância
para que o empreendedorismo ganhasse forma, antes disso o assunto quase não era falado no
Brasil.
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990,
quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas.
Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas
empresas (DORNELAS, 2005, p.26).

Hoje o Brasil é um criador de novos empreendedores, especialmente quando o assunto é


novas tecnologias. Uma pesquisa realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) nos
mostra que que a TEA (Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial) atingiu 21,5% em 2021 no
Brasil. Esta estatística nos mostra que ainda tem muitas pessoas no Brasil buscando no
empreendedorismo uma “porta de entrada” para novas ocupações, seja por necessidades ou para
realizar o sonho de ter seu próprio negócio.

O relatório da GEM mostra que a Taxa de Empreendedorismo Inicial – composta por


“nascentes” (quem realizou alguma ação visando ter um negócio ou abriu um em até três
meses) e por “novos” (com 3,5 anos de operação) – sofreu uma queda de 2,4 pontos
percentuais e atingiu o patamar de 21% (SEBRAE, 2022)

3 O EMPREENDEDORISMOS PÓS CODIV-19

No início de 2020 o cenário econômico Brasileiro era de incertezas devido a chegada da


pandemia de COVID-19, porém ao contrário do que se podia imaginar o Brasil registrou um
aumento do empreendedorismo no território nacional. Como aponta Rocha (2021) os dados do
Ministério da Economia mostram um recorde na abertura de novas empresas em 2020,
representado um aumento de 6% quando comparado com o ano anterior.
Houve muitas empresas que reduziram temporariamente a jornada semanal de trabalho e
aquelas que colapsaram na crise e simplesmente fecharam as portas. Estes fatores contribuíram
para o acentuado aumento de novos empreendedores que por necessidade se viram obrigados a
abrir seu próprio negócio.

É inegável que o cenário pandêmico contribuiu para o aumento dos novos empreendedores,
contudo não se pode dizer que este foi o principal fator para a crescente deste número. Uma
pesquisa realizada pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade) aponta que as
pessoas que começaram a empreender por necessidade saltou de 37,5% para 50,4% comparado
com o ano de 2019, porém a mesma pesquisa mostra que 38,7% veem que empreender no Brasil é
uma ótima oportunidade para mudar de carreira e aumentar seu ordenado (GRECO, 2019).

O que ocorre no Brasil é algo novo que ainda não havia sido apresentado entre os novos
empreendedores. Antes a motivação da maioria das pessoas para abrir um negócio próprio era por
enxergar uma oportunidade e criavam seus negócios para suprir determinada lacuna do mercado,
víamos também sonhos projetados e arquitetados desde a infância que viravam empreendimentos,
hoje podemos dizer que o padrão é outro. Após o cenário pandêmico nasceu uma nova geração de
empreendedores, pessoas que tiveram na crise uma mudança de pensamento em relação ao
trabalho. A motivação desta nova geração de empreendedores é a capacidade da flexibilidade de
horários que o trabalho oportuniza. Há uma mudança de prioridades por parte dos novos
empreendedores, vemos as pessoas focando em tempo de qualidade com a família e no descanso
metal fazendo com que seu nicho de clientes se adapte a suas próprias necessidades ao invés do
empreendedor se adaptar a lacuna do mercado.
O que se observa agora nos Estados Unidos – e aqui também no Brasil – é um fenômeno
totalmente diferente. Os novos empreendedores não necessariamente sonharam em ser seus
próprios patrões desde crianças. Ou ficaram desempregados e viram a livre iniciativa como
a única alternativa que restou. Ou acharam que o caminho do empreendedorismo seria uma
forma de driblar uma aposentadoria forçada, como eu. O que vemos é gente empreendendo
porque deseja ter horários mais flexíveis e quer estar mais com a família... Em alguns
nichos de mercado, isso é totalmente possível – especialmente nas funções mais voltadas
para a tecnologia, ou que não necessitem de um forte convívio com empresas e seus
representantes. Contudo, há outros setores que precisam de uma presença constante do
empreendedor na condução do business ou mesmo junto aos clientes (esses setores não
devem interessar os “neoempreendedores”) (FILHO, 2021).

3 O PERFIL DO EMPREENDEDOR NO BRASIL

Atualmente no Brasil a maioria dos empreendedores são jovens que têm de idade de 18 a 30
anos e são pessoas que não almejam a riqueza como objetivo principal, são pessoas focadas no
crescimento a longo prazo e almejam o sustento familiar no primeiro momento.

A pesquisa feita pelo SEBRAE no ano de 2019 mostrou que a maioria dos empreendedores
brasileiros ainda são jovens, eles são movidos por um sonho de independência financeira e
autonomia para trabalhar... A princípio, o perfil do empreendedor brasileiro não está
focando na riqueza, é um perfil contido é que está apenas lutando por um lugar ao sol.
(FAVARI, 2021)

Com a chegada da nova onda de empreendedores priorizando a família e a sua saúde mental,
consequentemente alguns nichos estão sendo mais escolhidos na hora de empreender. Os negócios
focados na aérea da tecnologia e do digital estão em acelerado crescimento devido ao alcance
ilimitado que a internet proporciona ao empreendedor. Baseado nestas informações se entende que
o perfil do empreendedor brasileiro está mudando.

Para entender essa mudança de perfil, precisamos analisar primeiramente o que leva o
empreendedor a mudar o seu modo de agir e de pensar.
Segundo Chiavenato (2007), o empreendedor está a todo tempo sensível a mudanças do
mercado e dispõe de uma capacidade de detectar oportunidades enquanto outras pessoas podem não
notar, também dispõe de um instinto financeiro e alta sensibilidade para os negócios.
Com essa sensibilidade aguçada e somada a uma sociedade pós pandêmica que precisou se
reinventar em praticamente todas as áreas, o empreendedor coloca as suas próprias necessidades e
objetivos e adiciona as da sociedade em que está inserido. O resultado disso são inovações e a
criação de novos nichos no mercado.

Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício
da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra
imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a
transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no
mercado (CHIAVENATO, 2007, P.7)

A mudança do perfil do empreendedor também pode ser explicada através de Skinner


(1974) onde ele afirma que o comportamento do ser humano é moldado conforme o ambiente e a
sociedade que o mesmo está inserido, ou seja, toda ação do indivíduo está totalmente ligado aos
acontecimentos no mundo e em seu grupo familiar.
Neste caso podemos afirmar que não foi somente o perfil do empreendedor que mudou,
também o consumidor alterou seus hábitos de consumo e modo de vida. Então para que houvesse
êxito na sua trajetória empreendedora, os donos de negócios tiveram que inovar e reinventar.

Vieira (2003) salienta que a sociedade em que vivemos é dominada pela incerteza e
imprevisibilidade e que nada dura para sempre e sempre haverá mudança e inovação em qualquer
processo. Assim podemos afirmar que o empreendedorismo está em constante inovação e
reinvenção, exigindo dos empreendedores permanente flexibilidade e adaptações diante das
mudanças variáveis.

4 DESAFIOS DO EMPREENDEDOR

Para ...... Site abaixo


https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/desafios-e-perspectivas-em-inovacao-para-os-pequenos-
negocios,040e55a4873c4410VgnVCM1000003b74010aRCRD

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

GEM Brasil 2019 (Greco, 2019) IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade)

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, I. (2007). Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor. São Paulo: Saraiva.
Dornelas, J. C. (2005). Empreendedorismo. ELSEVIER .
Filho, A. F. (01 de 12 de 2021). O perfil dos novos empreendedores – versão pós-pandemia. Fonte: Exame:
https://exame.com/colunistas/money-report-aluizio-falcao-filho/o-perfil-dos-novos-empreendedores-versao-
pos-pandemia/
Greco, S. M. (2019). GEM 2019 – Relatório executivo empreendedorismo no Brasil 2019. Fonte: IBQP Instituto
Brasileiro de Qualidade e Produtividade: https://ibqp.org.br/PDF%20GEM/Relat%C3%B3rio%20Executivo
%20Empreendedorismo%20no%20Brasil%202019.pdf
Rocha, I. (08 de 10 de 2021). Empreendedorismo no Brasil dispara; é hora de abrir o próprio negócio? Fonte: EXAME:
https://exame.com/pme/empreendedorismo-no-brasil-dispara-e-hora-de-abrir-o-proprio-negocio/
SEBRAE, R. (24 de 03 de 2022). Agência Sebrae de Notícias. Fonte: SEBRAE:
https://www.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/aumenta-o-numero-de-negocios-com-mais-de-35-anos-
no-pais,07ed433bf8cbf710VgnVCM100000d701210aRCRD#:~:text=O%20relat%C3%B3rio%20da%20GEM
%20mostra,atingiu%20o%20patamar%20de%2021%25.
SKINNER, B. (1974). Sobre o behaviorismo. (M. V. Lobos, Trad.) São Paulo: Cultrix.
Vieira, E. F. (12 de 2003). RGANIZAÇÕES E DESEMPENHO: MUDANÇA,INOVAÇÃO E COMPORTAMENTO. Rio Grande, RS
, Brasil.

Você também pode gostar